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Transcrição de Teleconferência Resultado 4T15 BB Seguridade (BBSE3) 23 de novembro de 2016

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Operador: Bom dia a todos. Obrigado por aguardarem. Sejam bem-vindos à teleconferência da BB Seguridade para discussão dos resultados referentes ao 4º trimestre de 2015.

Este evento está sendo gravado e todos os participantes estarão apenas ouvindo a teleconferência durante a apresentação da BB Seguridade. Em seguida, iniciaremos a sessão de perguntas e respostas, quando mais instruções serão fornecidas. Caso algum dos senhores necessite de alguma assistência durante a teleconferência queiram, por favor, solicitar a ajuda de um operador digitando asterisco zero dois.

A apresentação encontra-se disponível no site de Relações com Investidores da BB Seguridade, no

endereço www.bancodobrasilseguridade.com.br, aba Informações Financeiras.

Antes de prosseguir, gostaríamos de esclarecer que eventuais declarações sobre projeções de resultados e estratégias da BB Seguridade feitas durante essa teleconferência baseiam-se nas atuais expectativas da Administração, não constituindo garantia de desempenho futuro, uma vez que envolvem riscos e incertezas que podem extrapolar o controle da Administração.

Para mais informações sobre os resultados da Companhia, por favor, acesse o relatório de Análise do Desempenho, disponível em seu site de Relações com Investidores.

Con - Corporativa e Relação com Investidores, e Rafael Sperendio, Gerente de Relações com Investidores. Agora, gostaria de passar a palavra ao senhor Rafael Sper

Por favor, Sr. Sperendio, queira prosseguir.

Sperendio: Bom dia a todos. Desculpem-me pelo atraso técnico que tivemos aqui. Obrigado por participarem de nossa teleconferência dos resultados do 4º tri de 2015.

Iniciando na página 3, nós temos aqui os principais destaques do resultado do ano. O primeiro deles, um lucro líquido ajustado de 3,9 bilhões de reais, um crescimento de 22,4% em relação ao resultado alcançado em 2014, uma contribuição bastante equilibrada entre resultado operacional não decorrente de juros e resultado financeiro. Sobre faturamento, o volume de prêmios, contribuição de Previdência e arrecadação com Títulos de Capitalização, um total de 60,2 bilhões de reais em 2015, um volume 11,4% superior ao volume atingido em 2014. Na nossa operação de Vida, Habitacional e Rural, BB MAPFRE SH1,

implementando uma boa melhora do índice combinado de 3,5 pontos percentuais de melhora em relação ao índice reportado em 2014, chegando a 69% de índice combinado no ano.

No segmento de automóvel e patrimonial, SH2, um lucro de 416 milhões, um crescimento de 52% em relação a 2014, grande destaque para a melhora do resultado do financeiro neste segmento. O segmento de Previdência foi um dos grandes destaques do ano. Nós assumimos a liderança de reservas de mercado em reservas de P e VGBL, e fechamos o ano com 148 bilhões de reais em total de reservas, uma captação líquida de 23 bilhões, praticamente, equivalente a quase metade da captação líquida total da indústria.

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No segmento de distribuição foi feito o total de corretagem de 2,6 bilhões de reais no ano, um

crescimento de 11% em relação a 2014, puxado bastante pela venda de seguros na SH1, principalmente nas modalidades de Vida e Rural. E no segmento de Previdência, foi outro que contribuiu bastante para o crescimento de receita de corretagem. E para fechar, 3,4 bilhões de reais distribuídos a títulos de dividendos no ano, uma subscrição equivalente a 80% do lucro líquido.

Na página 4, nós detalhamos aqui os eventos extraordinários que impactaram nosso resultado. Neste ano tivemos dois eventos, o primeiro deles, a reversão de previsão na BRASILPREV no segundo trimestre de 2015, já adequando a companhia para as novas exigências de capital quanto a risco de mercado. E nas empresas de subscrição de risco de seguros, SH1 e SH2, tivemos a atualização de ativo fiscal diferido a nova alíquota de CSSL, que gerou impacto de 42 milhões de reais, impacto positivos no resultado. Com isso, o lucro líquido contábil foi de 4,2 bilhões, após ajustes, 3,9 bilhões de reais.

Na página 5 temos uma visão geral de como foi o perfil da arrecadação e como isso se traduziu em resultado. Então, um volume de prêmios, seguros, contribuições de Previdência e arrecadação de Títulos de Capitalização crescendo 1% ano contra ano, e 11% no comparativo anual. Destaque em ambas as fases para a contribuição da BRASILPREV, que mais cresceu em receita no ano de 2015, representando aí 61% do total das receitas de seguros, Previdência e Capitalização do ano. Do ponto de vista de resultado, um lucro crescendo 12% ano contra ano, atingindo 1 bilhão no ano de reais no 4º trimestre de 2015, e 3,9 bilhões de reais como falei, 22% de crescimento no ano de 2015, equivalente a um retorno sobre o patrimônio líquido médio de 55%. Quanto à origem do resultado, a corretora ainda continua sendo a companhia mais representativa em termos de lucro em 38% de contribuição do resultado final, seguida pelo segmento de Vida e Rural com 31% de contribuição.

Na próxima página, nós temos aqui uma breve análise do comportamento do resultado financeiro da companhia ao longo de 2015. No ano, o resultado financeiro cresceu 42%, equivalente a 31% do lucro de 2015, no trimestre no comparativo ano contra ano crescendo 37%, atingindo uma participação de 35% do resultado do 4º trimestre de 2015. Em ambas as bases de comparação, aqui nós tivemos diversos fatores que contribuíram para esta evolução bastante robusta do resultado financeiro. A primeira relação mais direta é a questão do aumento do volume de recursos financeiro aplicados. A segunda é o aumento da taxa Selic. E a terceira foi um maior retorno dos instrumentos financeiros vinculados à inflação que ajudou bastante a evolução do resultado financeiro no comparativo. Aqui, quase metade de todos os

investimentos, independentemente de classificação no portfólio combinado de todas as companhias praticamente metade está relacionada de alguma maneira a títulos que remuneram a inflação. Não poderia ser diferente, já que boa parte de nossas obrigações, também em grande parte, são corrigidas pela inflação.

Na página 7, nós começamos aqui um breve detalhamento de como foi a performance de companhia por companhia. Então, iniciamos por uma operação que tem uma maior representatividade no resultado, a operação de Vida e Rural. Nós temos no 4º tri de 2015 um volume de prêmios retidos caindo 9% ano contra ano, justificado principalmente por uma performance um pouco mais fraca na linha de Prestamista. E no comparativo anual, um crescimento de 1%, também sentido ao longo do ano, uma performance um pouco mais fraca das linhas que dependem de crédito, Prestamista e Habitacional principalmente, como por outro lado, um crescimento bastante forte na linha de Rural, crescendo 18% em relação ao ano de

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2014. E na linha de Vida, no segmento em que nós atuamos na distribuição neste tipo de produto no canal bancário, que cresceu 7%. O produto de Vida distribuído no canal bancário tem apresentado uma boa performance, mas por outro lado, também encontramos um cenário mais difícil, a questão do produto de Vida distribuído no canal corretor, então um crescimento combinado um pouco mais fraco, no canal bancário está desempenhando muito bem, mas o canal corretor tem apresentado uma queda no ano contra ano, isso também no comparativo com o ano de 2014, contribuiu para uma performance um pouco mais fraca no volume total de prêmios emitidos neste segmento. Por outro lado, nós tivemos aqui uma boa performance, tanto no operacional como no financeiro, ao longo do ano, com o resultado financeiro crescendo 62% ano contra ano, 53% no comparativo anual, auxiliado pela melhora do operacional que a gente verá na próxima página, teve um crescimento de 9% do lucro ano contra ano, 26% no comparativo anual, atingindo no ano um retorno sobre patrimônio líquido médio de 47%.

Na página 8, temos aqui um detalhamento da performance operacional desta operação, então uma queda de sinistralidade ano contra ano, e no comparativo anual, em ambas as bases de comparação, esta melhora resulta, em boa parte, da redução da sinistralidade nas operações de Vida e Prestamista, além de um mix, como mencionei anteriormente, como o canal corretor tem apresentado uma queda no ano contra ano, e o canal bancário tem ganhado espaço no volume de emissão de prêmios, com uma

qualidade de originação do canal bancário, ela é melhor que a gerada no canal corretor, que é o índice de sinistralidade mais baixo, então, este efeito mix também ajudou com relação à queda de sinistralidade em ambas as bases de comparação.

No próximo gráfico, temos aqui um índice de comissionamento crescendo ano contra ano e no comparativo anual, e a justificativa é basicamente por conta da mudança de mix, com um aumento de participação das operações de Vida, que têm um mix total, que tem um índice de comissionamento maior que as demais linhas de negócio. Temos também uma leve alta das despesas administrativas, aqui, no caso, no comparativo ano contra ano, ao aumento do índice combinado, e quando a gente olha no comparativo anual, o índice se mantém estável em bases ajustadas na ordem de 70%.

Passando para a página 9, nós temos um descritivo da operação de automóvel e patrimonial, prêmios retidos caindo 4% ano contra ano, e permanecendo praticamente estável no comparativo anual. O automóvel ainda se mantém como o principal produto nesta linha de negócios, respondendo por quase 2/3 do volume de prêmios retidos. E aqui o destaque fica principalmente por conta da melhora do lucro líquido de 52% do comparativo anual, 66% ano contra ano, puxado em grande parte pelo resultado financeiro, que evoluiu 77% em 2015, e 106% no comparativo ano contra ano do 4º trimestre. No operacional, aqui nesta operação especificamente, nós observamos uma pequena alta da sinistralidade, principalmente nas linhas de grandes riscos, uma queda no comissionamento e aumento da participação destas linhas e da operação no canal bancário, que tem um índice médio de comissionamento um pouco mais baixo do que o praticado no canal corretor, o aumento de despesas administrativas na ordem de quase 3 pontos percentuais, basicamente relacionada a um reforço na provisão de crédito de liquidação duvidosa relacionado a operações de resseguro. Indiretamente está, de certa forma, está relacionada ao aumento das operações de grandes riscos, que demanda um volume maior de operações retidas para resseguro. O combinado com isso, neste aumento de sinistralidade e despesas por conta deste reforço de provisão, levou à alta do índice combinado, atingindo 101,7% neste trimestre, e a 99,4% no ano de 2015.

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Na página 11, nós temos o desempenho do nosso segmento de previdência, na Brasilprev. No ano, foram 37 bilhões de reais arrecadados em planos de Previdência, 19% de crescimento em relação a 2014, uma redução no índice de resgate de 9,4 para 9,3, que resultou numa captação líquida de 23 bilhões de reais, com crescimento de 11% em relação a 2014, e levou a BRASILPREV a atingir a marca de 148 bilhões de reais em reservas de Previdência, um crescimento de 32% ao longo de 2015.

Na taxa de gestão, ao longo do ano nós observamos uma queda de 0,07 ponto percentual, basicamente justificada, ainda, pela questão de mix e o foco que a companhia vem dando na captação de recursos no segmento de alta renda. Com relação a resultado, o lucro crescendo 18% em relação a 2014, um retorno sobre patrimônio líquido médio de 39%, a queda em relação a 2014, mesmo com o aumento de 18% do lucro, ainda totalmente justificado pelo aumento na retenção de lucro que a gente fez para fazer frente à nova regulação de risco de mercado, que passa a vigorar a partir de 2016, 50% em 2016 e 50% do requerimento em 2017.

No segmento de Capitalização, foi a companhia que teve um desempenho mais fraco em 2015 em termos de arrecadação, sendo 3% no ano, mas por outro lado, o trabalho de retenção tem sido bastante forte. A reserva cresceu 5%, que em conjunto com o crescimento de 40% da margem financeira levou a um aumento de 17% do lucro em relação a 2014. O mesmo racional aqui vai se aplicar no comparativo ano contra ano do resultado apresentado no 4º trimestre de 2015.

Segmento de distribuição da página 13, BB Corretora, nós temos aqui 11% de crescimento da receita de corretagem em 2015, puxada, como falei no início da apresentação, pelo segmento de Vida, Rural e Previdência, um crescimento de 17% no lucro do ano, e a margem líquida com aumento de 3,3 pontos percentuais ano contra ano e 3 pontos no comparativo anual, explicado em grande parte pelo mix de produtos vendidos e pelo caso deste casamento contábil que nós temos, principalmente nos produtos de seguro, a gente tem um diferimento de receitas, mas a despesa é sempre registrada em regime de caixa, então hoje nós temos um volume muito maior de receitas diferidas, passando pelo resultado sem uma despesa associada, além da questão de mix e o produto que levou ao aumento da margem líquida em ambas as bases de comparação.

Na página 14, nós temos nossa prestação de contas aqui em relação ao guidance de 2015. O primeiro deles, um guidance de lucro. Devíamos uma range de 3,3 a 3,9 bilhões de reais. Fechamos o ano com 3,9. No segundo, um guidance de crescimento de prêmios emitidos na BB MAPFRE SH1, tínhamos uma estimativa de 5 a 8 e ficamos em 2,3%, abaixo do intervalo. Os principais motivos pros desvio aqui estão relacionados ao ambiente mais desafiador que tivemos nos produtos atrelados a Crédito, Prestamista e Habitacional principalmente, bem como o volume de prêmios emitidos abaixo do esperado também no segmento de Vida distribuído por meio do canal corretor. E por último, o guidance de crescimento de reservas de Previdência: estabelecemos uma range de 27 a 36%. Atingimos 34,7% na parte superior das nossas estimativas.

Para fechar a apresentação, na página 15 nós temos nosso guidance de 2016, um guidance que traduz efetivamente o que pretendemos entregar, que é a maximização do resultado para os nossos acionistas, um crescimento de lucro de 8 a 12% para o ano de 2016. Com isso, eu encerro a apresentação e podemos passar agora para a sessão de perguntas e respostas.

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Operador: Senhoras e senhores, iniciaremos agora a sessão de perguntas e respostas. Para fazer uma pergunta, por favor, digite *9. Nossa primeira pergunta vem do Sr. Guilherme Costa, do Itaú BBA. Sr. Guilherme, muito bom dia.

Guilherme: Bom dia, pessoal. Parabéns pelo resultado e obrigado pela oportunidade. Tenho duas perguntas. A primeira é em relação ao crescimento de prêmios e contribuições em 2016. Sei que vocês não abriram o guidance formal para este ano, mas vocês poderiam comentar sobre quais produtos vocês esperam um crescimento maior em 2016? Além disso, quando a gente olha o total de prêmios,

contribuições e arrecadação, que cresceu 11% em 2015, vocês acham que é possível entregar um crescimento de um dígito alto, ou algo próximo de dois dígitos em 2016? E a minha segunda pergunta é sobre o guidance de lucro líquido que vocês deram: eu queria saber o que vocês estão esperando de Selic média em comparação a 2015, e se vocês esperam que o resultado financeiro continue representando algo em torno de 35% ao longo de 2016, se existe possibilidade de até aumentar um pouco, antes de retornar à média histórica de 25 a 27%. Obrigado.

Sperendio: Obrigado pela pergunta. Com relação ao mix de faturamento, o que a gente espera entregar ao longo de 2016 é um crescimento combinado em linha com o crescimento médio de mercado. Com relação à composição deste crescimento, ainda que a gente pretenda dar um foco nas linhas que trazem uma maior rentabilidade para a companhia, destaque para Vida e Previdência, o Rural também tem uma contribuição importante no mix de receita esperada para 2016. Na questão do financeiro, se o cenário permanecer como está, tudo indica que a gente tenha uma taxa média Selic maior do que a que tivemos em 2015, nós estamos trabalhando com isso agora, mas com relação à composição do resultado entre operacional e financeiro, a gente não espera que este patamar de 35%, que foi o patamar atingido no 4º trimestre de 2015, se repita. Mesmo com um financeiro bastante favorável, é difícil esperar que ele supere a marca de 30% no acumulado do ano. Pode ser até que num trimestre ou outro isso aconteça, no ano com um todo, a gente não está trabalhando com esta hipótese.

Guilherme: Perfeito, obrigado. Só um follow-up aqui na primeira pergunta. Sobre penetração, vocês ainda veem espaço para aumentar a penetração do Vida e Previdência?

Sperendio: Sim, este é um dos fatores em que a gente vai trabalhar bastante forte ao longo de 2015, que é principalmente o aumento da penetração e no cross-selling do produto de Vida e Previdência,

principalmente nas classes média e no segmento alta renda na base de clientes do Banco do Brasil. Guilherme: Perfeito! Obrigado, Rafael.

Sperendio: Obrigado.

Operador: A próxima pergunta vem do Sr. Gustavo Lobo, do BTG Pactual. Sr. Gustavo, bom dia. Gustavo: Bom dia, pessoal. Tenho duas perguntas. Primeiro, eu queria entender melhor o aumento do índice de combinado de SH1 no 4º trimestre. No release vocês falam que foi um efeito mix. Eu queria entender o que é o patamar que a gente deve esperar para 2016, se teve alguma coisa específica no trimestre ou foi só sazonalidade. E depois eu tenho uma segunda pergunta.

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Sperendio: Só para esclarecer sua questão, o aumento a que você se refere, ele é com relação ao 3º trimestre ou ano contra ano?

Gustavo: Bom, se puder explicar os dois...

Sperendio: O 3º trimestre realmente foi um ponto fora da curva na questão da sinistralidade,

principalmente no ramo Prestamista. Então, ele não indica o que é nossa expectativa, que é a tendência para o futuro na questão da sinistralidade. No caso do ano contra ano, aí a gente teve uma queda da sinistralidade com aumento do índice do combinado. Ele veio principalmente por conta do aumento do comissionamento, e aí é questão de mix, o Vida aumentando a participação, ele tem um índice de

comissionamento médio mais alto entre todas as modalidades dentro da SH1. Mas é sempre bom lembrar que esse comissionamento vai para nossa corretora, então não é algo que, no resultado global da

companhia, este efeito seja positivo. E na questão de despesas, essa pequena alta que a gente teve foi pontual no 4º trimestre de 2015, não é algo que a gente espera a nível recorrente. A gente espera que ela volte para a média que ela vinha ao longo de 2015, que é algo na faixa de 13%.

Gustavo: Perfeito, está claro. Minha segunda pergunta é sobre a alíquota efetiva de imposto das subsidiárias. Entendo que no 4º trimestre você pagou JCP no nível dos operacionais para as SHs, e isso levou a uma alíquota efetiva de imposto mais baixa, tanto em SH1 e SH2 no 4º trimestre, e que esse JCP foi referente a todo o resultado que você tinha acumulado ao longo do ano. Então, eu queria entender duas coisas, primeiro, qual será o nível de alíquota efetiva de imposto de SH1 e SH2 para o ano de 2016, imagino que será acima do que foi no 4º trimestre. E se vocês pretendem também pagar JCP em Brasilprev e Brasilcap.

Sperendio: Com relação à alíquota efetiva, a gente prefere não dar um guidance com relação a isso, pois ela depende de uma serie de fatores, dentre eles, os principais: depende muito da composição do mix de produto e como principalmente o Rural vai desempenhar ao longo de 2016. O Rural, apesar de ter uma contribuição obrigatória para o fundo de estabilidade do seguro rural, ele é isento de tributos. Isso influência bastante na alíquota efetiva ao longo de 2016. Com relação ao pagamento de giro sobre o capital próprio, a gente já vem trabalhando no grupo segurador nas empresas SH1 e SH2. A gente pretende continuar a adotar a mesma prática ao longo de 2016, mas em periodicidade, talvez a gente chegue à periodicidade mensal. No IRB, nós também já estamos adotando esta prática já há algum tempo, se não me engano em 2014 já teve, e no segmento de Capitalização também vamos adotar a prática de JCP. No segmento de Previdência, ainda estão em discussão. Ainda não temos definido com relação ao formato de distribuição, se vamos ou não distribuir JCP ou se vamos continuar com a distribuição de 100% de dividendos.

Gustavo: Perfeito, obrigado.

Operador: Próxima pergunta vem do Sr. Rafael, do Bradesco. Sr. Rafael, por favor.

Rafael: Bom dia a todos. São duas perguntas. A primeira, com relação a SH1, me chamou atenção bastante a questão do nível de Capitalização da SH1, teve uma redução bem relevante do nível de capitalização no trimestre. Queria entender se é alguma coisa pontual, como vocês vêm recompondo a solvência da

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empresa nos próximos trimestres. E a segunda pergunta seria com relação ao Brasilprev. Quando a gente fala de resultado financeiro, o resultado financeiro da Brasilprev foi bastante forte, só que não fica muito claro pra gente o quanto que vocês têm um ganho na parte dos planos tradicionais, o spread, o que vocês ganham nos planos tradicionais, que não necessariamente acompanha o aumento da Selic, então isso pode ser algo que jogue contra para 2016 na evolução do resultado financeiro da Brasilprev. Então, se puder dar alguma cor para a gente, talvez uma quebra do que seja o ganho dos planos tradicionais e se é razoável esperar que o resultado financeiro aumente para 2016, seria ótimo.

Sperendio: Obrigado pela pergunta. No caso da solvência na SH1, que foi o seu primeiro questionamento, a companhia trabalha ainda com uma folga bastante grande de capital em relação ao mínimo requerido, e a redução que teve no índice foi basicamente por conta da distribuição de proventos que nós fizemos no final do ano. Foi por isso que o índice caiu para o nível de 113%. Isso se deve, ao longo do primeiro trimestre, que a gente recompõe esta base de capital, neste segmento principalmente, a companhia é uma forte geradora de caixa, então tranquilamente a gente recompõe este capital e alinha à média histórica, sendo que ela vinha em torno de 2 ou 3 vezes o mínimo requerido. No segmento de Previdência, o resultado financeiro teve uma boa performance ao longo do ano, mas o crescimento foi muito mais relacionado a volume de fato do que a um crescimento por conta de taxa. Quando a gente olha a receita isolada, ela teve um forte crescimento, mas boa parte deste crescimento é consumido no caso também pelo aumento da taxa do passivo. Ali, o que a gente trabalha e o que tem uma forte influência do resultado financeiro da companhia é a questão do gap de IPCA contra o IGPM, e isso fica claro quando a gente olha na questão do spread, que ele caiu praticamente nas obrigações no ano, no comparativo anual, ele era em torno de 3,8 pontos e caiu para 3,3 pontos em 2015. No caso da performance deste resultado ao longo de 2016, ela vai depender muito de como vão se comportar os índices de inflação. A gente ainda trabalha com uma situação de aumento de resultado financeiro, mas não no nível que a gente teve ao longo de 2015.

Rafael: Obrigado Rafael. Só um follow-up nessa última questão. Então uma dúvida que a gente tem é com relação a quanto exatamente este spread, este gap, ele em parte no passado tinha um componente de títulos, a taxas muito maiores que vocês tinham investido no passado, que hoje não estão mais disponíveis, e a preocupação é o quanto este spread cai devido a isso. Mas vocês acreditam que isso é muito mais relacionado ao gap entre o IPCA e IGPM do que efetivamente aos novos títulos que vocês estão investindo, seria isso?

Sperendio: Exatamente. Quando a gente olha num histórico um pouco mais longo, a representatividade da carteira que remunerava a IGPM seria praticamente o NTN-C, ela era muito maior. Como hoje você já não tem mais este título no mercado, os novos fluxos estão sendo investidos em NTN-B, que remunera a IPCA. Esse é o principal fator na redução do spread das obrigações e os investimentos que nós temos na Brasilprev.

Rafael: Entendi. Perfeito! Obrigado. Sperendio: Obrigado.

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Eduardo: Bom dia. Obrigado pela oportunidade. Eu queria fazer uma pergunta com relação ao cenário. Apesar de muito difícil, vamos ver 2016 com o PIB contraindo novamente, talvez 2017 tenha um cenário ainda fraco. Minha pergunta é um pouco mais genérica e conceitual. Eu queria saber como vocês estão vendo os negócios de seguros em geral para 2016, talvez também para 2017. Se puderem compartilhar com a gente a visão de vocês para o negócio de seguros, de forma geral, o resultado financeiro em 2016 deve ainda vir forte por conta dos juros altos, mas quero saber, vai ter o momento em que os juros vão cair, e gostaria de saber com vocês como encaram a parte de crescimento, o crescimento de prêmios, o crescimento de contribuições, se dá para acelerar ainda quando os juros começarem a cair, talvez um cenário econômico um pouco melhor, se dá para voltar a crescer a SH1 e a Prev num ritmo mais acelerado. Depois eu faço minha segunda pergunta. Obrigado.

Labuto: Obrigado pela questão. As nossas perspectivas para o ano de 2016 estão em linha com o que você estava mencionando. Então a gente imagina que teremos um ano bastante desafiador realmente, mas o mercado de seguros, por outro lado, é um mercado ainda com muita baixa penetração na participação dos negócios. A indústria como um todo ainda está muito sub-explorada. Associado a isso existe todo um processo de evolução do próprio consumidor, que ao longo dos últimos anos passou a entender um pouco mais o significado e os motivadores para poder adquirir produtos de Previdência, Capitalização e Seguros de uma forma geral, o que vem ao longo do tempo complementando toda a estratégia de venda de produtos e serviços que nós oferecemos. Naturalmente, neste ano desafiador a gente vai focar nossos negócios com maior margem. Temos umas linhas de negócios, como já mencionado pelo Rafael ao longo da apresentação, os negócios de Vida, de Previdência, os Rurais, que são as principais linhas que dão a maior margem de resultado e que existe bastante aceitação pelo mercado consumidor de uma forma geral, serão os nossos focos para 2016. Associada à estratégia de venda, a gente também vai promover muitas ações voltadas para a retenção dos nossos clientes. Então é um outro desafio também para 2016, quando a gente entra num processo de cenários mais desafiadores, o consumidor passa a fazer as suas escolhas, ele monta seu orçamento, sua lista de prioridades, o que redobra a nossa necessidade de nos fazermos presentes e estarmos constantemente conversando com esse cliente, mostrando para ele a justificativa do por que ter, manter os nossos produtos. Então estaremos redobrando as nossas ações voltadas para a retenção, e que o nosso negócio é basicamente um negócio feito de novas vendas associadas à recorrência de antigas vendas, o que vem da sustentação e a previsibilidade de nosso resultado. Quando a gente pensa em cenários futuros, ninguém acredita que as taxas de juros

permanecerão por mais muito tempo nos atuais patamares, naturalmente a nossa expectativa é de que as linhas que são mais atreladas a movimentos macroeconômicos, que são atreladas a crédito, habitacional, ou prestamista, elas tendem a voltar para um processo de normalidade, inclusive com potencial de crescimento, uma vez que nós ainda não tínhamos atingido as expectativas que a gente tinha de penetração para estes produtos. Associado a estes movimentos, ao longo dos últimos anos, a gente vem desenvolvendo trabalhos específicos para melhorias de processos, ganhos de eficiência, desenvolvimento de modelos voltados para canais alternativos, canais digitais. Então, estes movimentos vão preparar a companhia para o retorno dos patamares econômicos originais, os razoáveis, e que a gente possa continuar trazendo resultados consistentes, crescentes, como a gente vem apresentando ao longo dos últimos anos.

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forma geral, o que você está dizendo é que vocês vão focar muito em produtos de maior margem, o que significa que se a gente pensar aqui, os prêmios, por exemplo, da SH1, que ficaram flats em 2015,

praticamente não crescendo os retidos, comprometendo um pouco o crescimento para frente. Se você for focar em produtos de maior margem, em tese, o que a gente pode esperar aqui, então, é um índice combinado um pouco melhor, melhorando ao longo do tempo este foco em processo, foco em ganho de eficiência e em canais digitais, enfim, deve também levar a um ganho no combinado de vocês, estou certo ou estou errado? E para a Prev, eu queria explorar um pouco mais os resgates. Queria saber como vocês veem os resgates se comportando num cenário um pouco mais adverso em 2016. Obrigado.

Sperendio: Com relação à pergunta de crescimento de prêmios da SH1 e como isso impacta o combinado, claro que o foco vai direcionado neste segmento de Vida, um tanto distribuído no canal bancário. Está em curso uma reformulação deste portfólio, a ideia de tangibilizar realmente, criar a cultura do seguro de vida para o brasileiro, que isso hoje é ainda muito incipiente, então a gente está trabalhando bastante para isso. E uma outra linha em que a gente vai direcionar nossos esforços de crescimento neste segmento de negócios é a linha de Rural, que apresenta uma rentabilidade bastante boa no combinado, principalmente no segmento de Penhor Rural, no segmento de Vida Produtor Rural, a gente pretende dar mais ênfase ao longo de 2016. Para todas estas ações que estão em curso agora, justamente buscando esta melhora de combinado. A gente não pretende dar nenhum tipo de guidance, o quanto a gente pretende melhorar o índice, mas este é um dos principais objetivos desta estratégia e é o que a gente vai buscar ao longo de 2016. Na questão de Previdência, até o momento nós não temos observado nenhum movimento anormal no índice de resgate, de acordo com a média histórica. Até então, o índice tem se comportado em linha com o que a gente observou ao longo da série histórica da Brasilprev. Com relação às nossas expectativas de 2016, a princípio não estamos vendo nenhum tipo de indício mais forte de que este índice venha a apresentar um crescimento fora do padrão histórico ao longo do ano. Este é o cenário que a gente tem até então, e não estamos trabalhando com uma alta significativa do índice de resgates ao longo de 2016. Eduardo: Ok, muito obrigado.

Sperendio: Obrigado.

Operador: Lembrando a todos os convidados que, para fazer alguma pergunta, basta digitar *9 (asterisco nove) em seu aparelho para que possamos abrir a sua linha. Próxima pergunta é do Sr. Victor, do Credit Suisse. Sr. Victor, bom dia.

Victor: Bom dia. Na verdade a pergunta é do Bruno, do Credit Suisse também. A gente vê um aumento das despesas administrativas dentro de SH1, aumentando 53% neste trimestre. Gostaria de saber se é alguma sazonalidade, se é alguma tendência mais recorrente. Se pudessem comentar neste sentido, por favor. Obrigado.

Sperendio: Obrigado pela pergunta. Na questão do aumento no trimestre que a gente teve de despesas administrativas na SH1, ela se refere principalmente às despesas que a gente está realizando agora por conta da mudança da sede. Então a partir de 2016, senão não me engano em março de 2016, a operação toda do grupo segurador, tanto de SH1 como de SH2, vai ser centralizada num único prédio. Então, por conta desta mudança, houve este aumento de despesas agora ao longo do quarto trimestre.

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Victor: Excelente. Muito obrigado.

Operador: Próxima pergunta do Sr. Yuri Fernandes, do Banco JP Morgan. Sr. Yuri, por favor.

Yuri: Olá, pessoal. Obrigado pela oportunidade. É uma dúvida bem simples. Acho que é assunto antigo, mas só para entender se tem alguma coisa nova para falar com relação à venda da carteira do Banco do Brasil. É uma coisa que ficou fora da mídia agora, mas eu lembro que tiveram algumas conversas, e se isso poderia de alguma forma ser repassado na comissão que vocês pagam ao Banco do Brasil. É, de novo, só para ver se vocês tem alguma coisa nova para falar neste assunto. Obrigado.

Sperendio: Esclarecendo o ponto a que você se refere, na verdade, a negociação que foi feita entre o Banco do Brasil e o Governo Federal, por conta da folha dos servidores públicos, né?

Yuri: Isso, perfeito.

Sperendio: Ok! De acordo com os mecanismos que a gente tem hoje, os contratuais de distribuição, BB Corretora e Banco do Brasil, incluindo aí a questão de ressarcimento de custos, ele não prevê hoje este tipo de alocação de despesa, tá? Então este não é um tipo de negócio novo, o banco já tem outros tipos de convênios com prefeituras, com outros governos, então nós não participamos ainda de nenhum tipo de reembolso, por conta deste tipo de convênio, a relação contratual entre banco e demais entes aí, sejam privados ou governamentais. Nosso contrato hoje prevê o reembolso pelo uso da estrutura física do banco, seja por uma questão de tecnologia de uso na estrutura de pessoal, gerentes de agência e por aí vai, ela não prevê o ressarcimento por conta de verbas de relacionamento negocial que negociamos internamente aqui, tá? No momento, não temos nada com relação a isso, e nem tem nenhuma discussão em curso sobre este assunto.

Yuri: Muito obrigado. Sperendio: Obrigado.

Operador: Senhores convidados, lembramos a todos que para fazer uma pergunta basta digitar *9 no seu aparelho uma única vez para que possamos, então, liberar o seu microfone.

Operador: Encerramos neste momento a sessão de perguntas e respostas. Gostaria, então, de passar a palavra ao Sr. Marcelo Labuto, diretor-presidente, para as considerações finais. Sr. Labuto, por favor. Labuto: Obrigado. Gostaria de agradecer a todos por participarem da nossa teleconferência de resultados do 4º trimestre de 2015, e também do ano de 2015. Apesar de um ano difícil em alguns segmentos, especialmente aqueles que são atrelados à linhas de crédito, alcançamos resultados consistentes. Com uma estratégia de mix mais focada em produtos de melhores margens associados, principalmente ao nosso principal canal, que é o canal bancário, permitindo uma expansão do resultado operacional das nossas principais linhas de negócios. O desempenho operacional, em conjunto com a boa performance do resultado financeiro, nos permitiu atingir o topo do intervalo estimado de lucro líquido em nosso

guidance. Para 2016, mesmo com a expectativa de continuarmos em um cenário desafiador, temos uma visão positiva em relação ao mercado e à performance de nossa companhia. Com os ajustes que estamos

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promovendo em nosso portfólio, acreditamos que ainda temos espaço para crescer de forma consistente, e o mais importante é que manteremos nosso foco na rentabilidade de nossas operações. Agradeço a oportunidade e a participação de todos, e lembro que nosso time de RI está à disposição para qualquer esclarecimento adicional. Muito obrigado e um bom dia a todos.

Operador: Apresentações. Agradecemos a participação de todos e tenham um excelente dia.

Referências

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