COMO TRATAR UMA DISLIPIDEMIA
Elisabete Rodrigues Serviço de Endocrinologia,
Hospital S. João, Faculdade Medicina do Porto (Director: Prof. Doutor JL Medina)
COMO TRATAR UMA DISLIPIDEMIA
Normas práticas de actuação
1.
Caracterizar tipo de dislipidemia
2.
Avaliação global do risco
3.
Estabelecer objectivos lipídicos
4.
Escolher terapêutica inicial
COMO TRATAR UMA DISLIPIDEMIA
Normas práticas de actuação
1.
Caracterizar tipo de dislipidemia
2.
Avaliação global do risco
3.
Estabelecer objectivos lipídicos
4.
Escolher terapêutica inicial
Perfil lipídico (12 h jejum)
•
Colesterol total
•
Colesterol HDL
•
Triglicerídeos
•
Colesterol LDL
•
Fórmula de Friedwald
(aplicável se TG < 400 mg/dl)5
TG
+
HDL
-CT
=
LDL
DISLIPIDEMIAS
Primária
Secundária
Hipercolesterolemia Dislipidemia
DISLIPIDEMIAS SECUNDÁRIAS
HIPERCOLESTEROLEMIA HIPERTRIGLICERIDEMIA DISLIPIDEMIA MISTA
Hipotiroidismo Obesidade Sind nefrótico Sind nefrótico Álcool Hipotiroidismo
Disgamaglobulinemia Diabetes Corticóides/ D. Cushing Porfiria intermitente
aguda Uremia D. Cushing Doença hepática
obstrutiva Tiazidas, estrogénios, corticóides Diuréticos Lupus eritematoso
sistémico Diabetes mellitus Disgamaglobulinemia
Dça armazenamento do glicogénio tipo 1
TRATAMENTO DA DISLIPIDEMIA
Principais Objectivos
1.
Diminuir colesterol LDL
2.
Reduzir triglicerídeos
COMO TRATAR UMA DISLIPIDEMIA
Normas práticas de actuação
1.
Caracterizar tipo de dislipidemia
2.
Avaliação global do risco
3.
Estabelecer objectivos lipídicos
4.
Escolher terapêutica inicial
NCEP ATP III
A redução do colesterol-LDL é o principal
objectivo terapêutico
A agressividade terapêutica deve ser maior
em doentes coronários
Três categorias de risco requerendo
objectivos terapêuticos distintos
Doença coronária ou equivalente
Múltiplo FRs (≥ 2)
Sem FRs (≤ 1)
NCEP Adult Treatment Panel III JAMA 2001;285:2486
AVALIAÇÃO DO RISCO CV GLOBAL
1.
Identificar a presença de doença aterosclerótica
clínica que se associa a risco elevado de eventos
coronários –
Risco equivalente a doença coronária
•
Dça coronária clínica
•
Dça arterial carotídea sintomática
•
Dça arterial periférica
•
Aneurisma da aorta abdominal
•
Diabetes mellitus
AVALIAÇÃO DO RISCO CV GLOBAL
2.
Determinar a presença de outros
factores de risco
major
(para além do colesterol LDL)
−
Tabagismo
−
Hipertensão arterial (>140/90mmHg ou sob tratº)
−
C-HDL baixo (< 40 mg/dL)*
−
História familiar de DCA prematura
Familiar 1º grau ♂ < 55 anos, ♀ < 65 anos
−
Idade (♂ > 45 anos; ♀ > 55 anos)
AVALIAÇÃO DE RISCO –FRAMINGHAM
Nos doentes de risco intermédio
• Tabela especifica para cada género
• Calcula o risco baseada em
– Idade
– Colesterol Total
– Tabagismo
– Colesterol HDL
– Pressão arterial sistólica
• A pontuação global permite calcular risco a 10 anos de sofrer evento cardiovascular
• Framingham estratifica os doentes em
– Risco elevado (equivalente a DCA) risco a 10 anos > 20%
– Risco moderado risco a 10 anos 10-20%
Expert Panel on Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Cholesterol in Adults. JAMA. 2001;285:2486-2497.
1: IDADE Idade Pontos 20-34 -9 35-39 -4 40-44 0 45-49 3 50-54 6 55-59 8 60-64 10 65-69 11 70-74 12 75-79 13 2: COLESTEROL TOTALCT Pontuação Pontuação Pontuação Pontuação Pontuação (mg/d) 20-39 a 40-49 a 50-59 a 60-69 a 70-79a <160 0 0 0 0 0 160-199 4 3 2 1 0 200-239 7 5 3 1 0 240-279 9 6 4 2 1 ≥280 11 8 5 3 1 HDL-C (mg/dl) Pont. ≥60 -1 50-59 0 40-49 1 <40 2 3: HDL-COLESTEROL
Systolic BP Points Points (mm Hg) if Untreated if Treated <120 0 0 120-129 0 1 130-139 1 2 140-159 1 2 ≥160 2 3 4: PA SISTÓLICA 5: TABAGISMO
Pontuação Pontuação Pontuação Pontuação Pontuação 20-39 a 40-49 a 50-59 a 60-69 a 70-79 a Não fumador 0 0 0 0 0 Fumador 8 5 3 1 1 Idade Colesterol Total HDL-C PA sistólica Tabagismo Pontuação total 6: ADICIONAR PONTUAÇÕES
Pont. Total Risco10 anos Pont Total Risco10 a
<0 <1% 11 8% 0 1% 12 10% 1 1% 13 12% 2 1% 14 16% 3 1% 15 20% 4 1% 16 25% 5 2% ≥17 ≥30% 6 2% 7 3% 8 4% 9 5% 10 6% 7: RISCO CORONÁRIO
– Indivíduos com doença cardiovascular estabelecida:
• doença coronária
• doença vascular periférica
• doença cerebrovascular
Definem como prioridade
– Indivíduos com alto risco cardiovascular
• Risco > 5%
• Grande elevação de 1 só f. risco – Col >320, LDL>240, TA>180/110
• Diabetes tipo 2
• Diabetes tipo 1 + microalbuminúria
– Os familiares próximos de indivíduos com
• Doença aterosclerótica precoce
• Indivíduos de alto risco assintomáticos
European Guidelines on CVD Prevention
Risco a 10 anos de DCV fatal em populações de alto risco de DCV Risco a 10 anos de DCV fatal em populações de alto risco de DCV
COMO TRATAR UMA DISLIPIDEMIA
Normas práticas de actuação
1.
Caracterizar tipo de dislipidemia
2.
Avaliação global do risco
3.
Estabelecer objectivos lipídicos
4.
Escolher terapêutica inicial
European Guidelines on CVD Prevention
De Backer G. Eur Heart J 2003;24:1601
Colesterol - total
Nível normal
< 190 mg/dl
Objectivo terapêutico
em doentes coronários
ou equivalentes
(diabéticos)
< 175 mg/dl
European Guidelines on CVD Prevention
De Backer G. Eur Heart J 2003;24:1601
Colesterol - LDL
Nível normal
< 115 mg/dl
Objectivo terapêutico
em doentes coronários
ou equivalentes
(diabéticos)
< 100 mg/dl
ATP III - update
Categoria de risco
LDL-C (mg/dL)
Objectivo IniciarAEV Considerar tx farmacológica
Risco Elevado: DCI e equivalentes DCI (risco 10-anos >20%) <100 (opcional: <70) ≥100 (<100: considerar tx ≥100 farmacológica) Risco moderadamente elevado: 2+ f. risco (risco 10-anos 10–20%) <130 (opcional: <100) ≥130 (100–129: considerar tx ≥130 farmacológica) Risco moderado: 2+ f. risco (risco10- anos <10%) <130 ≥130 ≥160 Baixo risco: 0–1 f risco <160 ≥160 (160–189: terapêutica ≥190 opcional)
ATP III - update
Categoria de risco
LDL-C (mg/dL)
Objectivo IniciarAEV Considerar tx farmacológica
Risco Elevado: DCI e equivalentes DCI (risco 10-anos >20%) <100 (opcional: <70) ≥100 (<100: considerar tx ≥100 farmacológica) Risco moderadamente elevado: 2+ f. risco (risco 10-anos 10–20%) <130 (opcional: <100) ≥130 (100–129: considerar tx ≥130 farmacológica) Risco moderado: 2+ f. risco (risco10- anos <10%) <130 ≥130 ≥160 Baixo risco: 0–1 f risco <160 ≥160 (160–189: terapêutica ≥190 opcional)
ATP III - update
Categoria de risco
LDL-C (mg/dL)
Objectivo IniciarAEV Considerar tx farmacológica
Risco Elevado: DCI e equivalentes DCI (risco 10-anos >20%) <100 (opcional: <70) ≥100 (<100: considerar tx ≥100 farmacológica) Risco moderadamente elevado: 2+ f. risco (risco 10-anos 10–20%) <130 (opcional: <100) ≥130 (100–129: considerar tx ≥130 farmacológica) Risco moderado: 2+ f. risco (risco10- anos <10%) <130 ≥130 ≥160 Baixo risco: 0–1 f risco <160 ≥160 (160–189: terapêutica ≥190 opcional)
ATP III - update
Categoria de risco
LDL-C (mg/dL)
Objectivo IniciarAEV Considerar tx farmacológica
Risco Elevado: DCI e equivalentes DCI (risco 10-anos >20%) <100 (opcional: <70) ≥100 (<100: considerar tx ≥100 farmacológica) Risco moderadamente elevado: 2+ f. risco (risco 10-anos 10–20%) <130 (opcional: <100) ≥130 (100–129: considerar tx ≥130 farmacológica) Risco moderado: 2+ f. risco (risco10- anos <10%) <130 ≥130 ≥160 Baixo risco: 0–1 f risco <160 ≥160 (160–189: terapêutica ≥190 opcional)
COMO TRATAR UMA DISLIPIDEMIA
Normas práticas de actuação
1.
Caracterizar tipo de dislipidemia
2.
Avaliação global do risco
3.
Estabelecer objectivos lipídicos
4.
Escolher terapêutica inicial
MEDIDAS DE ALTERAÇÃO ESTILO VIDA
(AEV)
•
Iniciar medidas de AEV se níveis de LDL acima dos
objectivos:
•
DIETA
–
Gordura saturada < 7% VET
–
Colesterol < 200mg/dia
–
Fibras
•
CONTROLO PESO
TERAPEUTICA FARMACOLÓGICA
•
Considerar terapêutica farmacológica em todos os
doentes com DCA ou Risco equivalente de DCA.
•
Considerar adição de terapêutica após 3 meses em
todos os outros casos se as medidas de AEV não
forem eficazes.
FÁRMACOS HIPOLIPEMIANTES
Classe
Kwiterovich P Jr. Am J Cardiol. 2000;86(suppl):5L-10L; Piepho RW. Am J Cardiol. 2000;86(suppl):35L-40L; Plutzky J. Curr Atheroscler Rep. 2000;2:327-335.
Mecanismo de acção
Interferem com a síntese de colesterol, aumentam expressão receptores LDL, reduzem C-VLDL, aumentam C-HDL, reduzem colesterol não-HDL
Reduz a produção de C-VLDL, diminui captação de C-HDL
Agonistas PPARα, aumentam actividade da lipoproteina lípase, diminuem produção de C-VLDL
Impedem a reabsorção de ácidos biliares, aumentam expressão de receptores LDL Estatinas Niacina Fibratos Resinas Inibidores da absorção do
Gotto AM Jr. Management of lipid and lipoprotein disorders. In: Gotto AM Jr, Pownall HJ, eds. Manual of Lipid Disorders. Baltimore: Williams & Wilkins; 1992; Rubins HB, et al. N Engl J Med. 1999;341:410-418.
* Adapted from NCEP ATP III. Circulation. 2002;106:3143-3421.
Efeitos dos fármacos nos lipídos
RESINAS ↓ 20% ÁC. NICOTÍNICO ↓ 25% FIBRATOS ↓ 15% ESTATINAS ↓ 15%–60% INIB.ABSORÇÃO — COLESTEROL (EZETIMIBE)* Classe farmacológica CT LDL HDL TG Variável ↓ 20%–50% ↓ 20%–50% ↓ 10%–40% _ ↑ 3%–5% ↑ 15%–35% ↑ 6%–15% ↑ 3%–15% ↑ 4%–9% ↓10%–20% ↓10%–15% Variável ↓ 20%–60% ↓ 15%–20%
•
Reduzem C-LDL 20–60 % e TG 7–30%
•
Aumentam C-HDL 5–15%
•
Efeitos laterais principais
– Miopatia
– Elevação das transamínases hepáticas
•
Contraindicações
– Absoluta: doença hepática
– Relativa: uso com certos fármacos
INIBIDORES DA HMG COA REDUCTASE
(ESTATINAS)
INIBIDORES DA HMG COA REDUCTASE
(ESTATINAS)
Benefícios Terapêuticos demonstrados
Redução de eventos coronários major
Redução da mortalidade coronária
Redução de procedimentos coronários (PTCA/CABG)
Redução do AVC
Fármaco Dose, mg/d Redução LDL (%) Atorvastatina 10 † 39 Lovastatina 40 † 31 Pravastatina 40 † 34 Simvastatina 20-40 † 35-41 Fluvastatina 40-80 25-35 Rosuvastatina 5-10 ‡ 39-45
Doses de estatinas actualmente disponíveis
necessárias para reduzir 30-40% de C-LDL
Grundy, S. et al., Circulation 2004;110:227-39.
† Todas têm doses disponiveis sté 80 mg. Para cada duplicação da dose de estatina obtem—se reduçao adicional de 6% C-LDL.n be obtained.
‡ Rosuvastatina: doses disponiveis até 40 mg; a eficácia de 5 mg é calculada subtraindo 6% da eficácia de 10 mg, reportada pela FDA
RESINAS
• Efeitos Lipídicos: – Reduzem C- LDL 15–30% – Aumentam C-HDL 3–5% – Podem aumentar os TG • Efeitos laterais – Distúrbios GI/obstipação– Menor absorção de outros fármacos
• Contraindicações
– Disbetalipoproteinemia
RESINAS
Fármaco Dose
Colestiramina 4–16 g
Colestipol 5–20 g
Colesevelam 2.6–3.8 g
Benefícios Terapêuticos demonstrados
Redução de eventos coronários major
ÁCIDO NICOTINICO
• Efeitos Major
– Diminui C-LDL 5–25%
– Diminui TG 20–50%
– Aumenta C-HDL 15–35%
• Efeitos laterais: flushing, hiperglicemia, hiperuricemia, distúrbios GI, hepatotoxicidade
FIBRATOS
•
Efeitos Major
– Reduzem C-LDL 5–20% (com TG normais) – Reduzem TG 20–50%
– Aumentam HDL-C 10–20%
•
Efeitos laterais: dispepsia, litíase vesicular, miopatia
FIBRATOS
Clofibrato 1000 mg, 2x/d Gemfibrozil 600 mg 2x/d Bezafibrato 200 mg, 3x/d (lib. Prolongada) 400 mg/d Fenofibrato 200 mg 1x/d ou 267 mg 1x/d Ciprofibrato 100 mg, 1x/dBenefícios terapêuticos demonstrados
redução da progressão de lesões coronárias
redução de eventos coronários major
Absorção do Colesterol no Intestino
1000 mg
Resinas
Esteróis vegetais (Ezetimibe)NPC1L1
Inibidores
*Variação % mediana
Adaptado de Worldwide Product Circular (ezetimibe), MSP; Dados do dossier de registo, MSP. c-LDL –20 –15 –10 –5 0 +5 –18 +1 Triglicéridos* –8 0 c-HDL –2 +1.0 Placebo (n=431) Ezetimibe 10 mg (n=1288)
EZETIMIBE
Resultados combinados de Fase III em
Monoterapia: Eficácia
COMO TRATAR UMA DISLIPIDEMIA
Normas práticas de actuação
1.
Caracterizar tipo de dislipidemia
2.
Avaliação global do risco
3.
Estabelecer objectivos lipídicos
4.
Escolher terapêutica inicial
OPÇÕES TERAPÊUTICAS
Se ↑ LDL
tratar com ESTATINA
se necessário adicionar:
ezetimibe ou
resina (BAS) ou
niacina
TERAPÊUTICA COMBINADA
Estatina+Resina
•
A adesão dos doentes pode ser um problema com
o uso de doses elevadas de resinas devido à
palatabilidade e efeitos gastro-intestinais
ESTATINA + RESINA
(COLESEVELAM)
-50 -40 -30 -20 -10 0 A lt er açã o m éd ia d o C-LD L r ela ti va m en te ao ba sa l ( %) Col 2.3g Col 3.8g Sim 10mg Sim 20mg Sim 10mg + Col 3.8g Sim 20mg + Col 2.3g Tratamento diário*
*
*
*
* P < 0.05 vs placebo Knapp HH et al, 2001TERAPÊUTICA COMBINADA
Estatina + Ác.Nicotínico
•
Efeitos adversos < 2%
•
Adesão dos doentes (90%)
•
Agrava controlo glicémico
•
Exacerba hiperuricemia
ESTATINA + NIACINA
-50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 Al te ra çã o re la ti va m en te a o ba sl (% ) niacina pravastatina niacina + pravastatina LDL-C TG HDL-C Davignon et al, 1994TERAPÊUTICA COMBINADA
Estatina + Ezetimibe
•
Diminui C-LDL, C-HDL e TG
Racional para a co-administração do
ezetimibe com estatinas
CO-ADMINISTRAÇÃO numa única etapa
Titulação em 3 etapas 10 20 30 40 50 60 % de Redução no C-LDL 0
Estatina 10 mg
mg20 mg40 mg80Estatina 10 mg
+Ezetimibe 10 mgUm passo único na co-administração de ezetimibe semelhante a 3 passos na titulação das estatinas
*p< 0.01 terapêutica combinada vs. estatina monoterapia Ballantyne CM. Circulation 2003;107:2409-2415. 10 mg Ezetimibe 10 mg + atorvastatina 10 mg 20 mg 40 mg 80 mg Atorvastatina –50 –40 –30 –20 –10 0 –60 –54 –45* –42* –37* –53
Ezetimibe Co-administrado com Atorvastatina:
Eficácia no C-LDL
V ari aç ão % m éd ia n o c-LD L c al cu la do de sd e a lin ha ba sa l às 1 2 se m an asSe ↑LDL
tratar com ESTATINA
se necessário adicionar:
ezetimibe ou
resina ou
niacina
Se ↑ LDL + ↑ TG
estatina em combinação com:
fibrato
omega -3 (óleos de peixe)
TERAPÊUTICA COMBINADA
ESTATINA-FIBRATO
• Risco aumentado de miopatia e rabdomiólise
• Risco aumenta no idoso, insuf. renal e terapêutica
concomitante que interfira com metabolismo da estatina – não usar nestes casos
• NUNCA utilizar gemfibrozil
• Fibrato de manhã e estatina à noite
• Utilizar doses baixas de estatina e fibrato
• Considerar medição de CPK basal e repetir se o doente manifestar sintomas musculares
•
EPA+DHA reduziu os TG de forma adicional até 30% em
associação com a simvastatina (10 mg) às 48 semanas.
TERAPÊUTICA COMBINADA
ESTATINA+ OMEGA-3
ABORDAGEM DE DOENTES COM
HIPERTRIGLICERIDEMIA
Triglicerídeos ≥ 200 mg/dl
–
1º. Atingir os valores alvo de C-LDL
–
2º. Atingir
Colesterol não HDL < LDL+ 30 mg/dl
Risco LDL (mg/dl) Não HDL (mg/dl) DCA, > 20% < 100 < 70 (opcional) < 130< 100 (opcional) ≥ 2FR, 10-20% < 130 < 100 (opcional) < 160< 130 (opcional) ≥ 2FR, < 10% < 130 < 160 0-1 FR, < 10% < 160 < 190
1º. Atingir os valores alvo de C-LDL
2º. ↓ peso, ↑ actividade física
3º. Considerar
tratº farmacológico
para atingir
C não HDL
Intensificar terapêutica de redução do C-LDL
Adicionar Ácido nicotínico ou fibrato
Triglicerídeos 200 - 499 mg/dl
ABORDAGEM DE DOENTES COM
HIPERTRIGLICERIDEMIA
1º. Reduzir primeiro os triglicerídeos (risco pancreatite)
Dieta muito pobre em gordura
Iniciar ácido nicotínico ou fibrato
2º. Quando triglicerídeos < 500 mg/dl
mudar para estratégia de redução do C-LDL
Triglicerídeos ≥ 500 mg/dl
ABORDAGEM DE DOENTES COM
HIPERTRIGLICERIDEMIA
ATP III:
Abordagem do doente com C-HDL baixo
• C-HDL baixo: <40 mg/dL (não é definido um limite a partir do qual intervir para aumentar o C-HDL)
• Objectivos da terapêutica:
– Em todas as pessoas com C-HDL baixo: alcançar o nível alvo de C-LDL; depois ↓ peso, ↑ actividade física (se está presente sindrome metabólico)
– Nas que têm TG 200–499 mg/dl: alcançar o objectivo do
Colesterol não–HDL* é a 2ª prioridade
– Nas que têm TG <200 mg/dl: considerar fármacos para elevar o C-HDL (fibratos, ácido nicotínico)
Expert Panel on Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Cholesterol in Adults.