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SEM REDUÇÃO DE SALÁRIO, VAREJO FALA EM DEMISSÃO

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Academic year: 2021

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SEM REDUÇÃO DE SALÁRIO, VAREJO FALA EM DEMISSÃO - Com a maioria das lojas fechada por causa das medidas de restrição para conter o avanço da pandemia, pesos pesados do varejo brasileiro veem risco iminente de demissões em massa dos trabalhadores, se o governo não reeditar o Programa Emergencial de Manutenção de Emprego e Renda, conhecido como BEm. Em reunião ontem, associados do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) manifestaram preocupação com a lentidão da reedição da Medida Provisória 936, que criou o programa que expirou em dezembro de 2020. Com suspensão de contratos e redução de jornada de trabalho, com pagamento de parte dos salários pelo governo, o programa garantiu a manutenção de 11 milhões de empregos, segundo o próprio ministro da Economia, Paulo Guedes. “Já estamos terminando março e o programa não foi reeditado, isso está trazendo uma inquietação muito grande entre os empresários, porque muitas lojas estão fechadas em São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Pernambuco, por exemplo”, diz o presidente do IDV, Marcelo Silva. (OESP/AE)

MERCADO ELEVA PREVISÃO DE INFLAÇÃO PELA 11ª VEZ - Mesmo após o Comitê de Política Monetária (Copom) elevar em 0,75 ponto porcentual a Selic na semana passada, para 2,75% ao ano, os economistas do mercado financeiro elevaram pela 11.ª semana seguida a previsão para o IPCA - o índice oficial de preços - em 2021. O Relatório de Mercado Focus, divulgado ontem pelo Banco Central, mostra que a mediana para o IPCA este ano foi de alta de 4,60% para 4,71%. Há um mês, estava em 3,82%. Já a projeção para o índice em 2022 oscilou de 3,50% para 3,51%. Quatro semanas atrás, estava em 3,49%. A projeção dos economistas para a inflação já está acima do centro da meta de 2021, de 3,75%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%). O mercado financeiro também passou a prever alta maior dos juros básicos da economia, fixados pelo BC para controlar a inflação, neste ano e em 2022. Os analistas do mercado subiram a expectativa para taxa Selic, no fim deste ano, de 4,5% para 5% ao ano. Na semana passada, na primeira elevação em quase seis anos, a taxa básica da economia foi elevada pelo BC para 2,75% ao ano. Para o fechamento de 2022, os economistas do mercado financeiro elevaram a expectativa de uma alta da Selic de 5,5% para 6% ao ano. (OESP/AE)

SEM A FORD, CAMAÇARI VAI PERDER 12 MIL EMPREGOS - A Prefeitura de Camaçari, na Bahia, estima que a desativação da fábrica da Ford vai eliminar 12 mil empregos no município - o equivalente a 15% dos 78,1 mil postos de trabalho existentes na cidade. A situação deverá se agravar a partir de junho, quando cessa o pagamento de salários e benefícios garantidos para 5,8 mil trabalhadores por um acordo na Justiça. O fim da Ford elimina "postos de boa remuneração, cujo fechamento atinge em cheio a economia da cidade", disse o ex-senador Waldeck Ornelas (DEM) ao jornal Valor Econômico. Os trabalhadores da Ford tinham salários de R$ 1,8 mil a R$ 7,7 mil. (VE/AE)

Finanças públicas

ARRECADAÇÃO TEM ALTA DE 4,3% EM FEVEREIRO - A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 127,747 bilhões em fevereiro, o melhor resultado para o mês na série histórica da Receita Federal. O resultado representa um aumento real (descontada a

País Hora Indicador

Tendências Mercado

BR 08:00 FGV: IPC-S (Q3 mar)

BR 08:00 FGV: sondagem do consumidor (mar)

BR 08:00 Copom: Ata da última reunião de política monetária

EUA 11:00 Vendas de imóveis novos (fev) -4.90%

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inflação) de 4,3% na comparação com o mesmo mês de 2020. Já em relação a janeiro deste ano, houve queda de 29,72% no recolhimento de impostos. O resultado das receitas veio dentro do intervalo de expectativas das instituições ouvidas pelo Broadcast Projeções, que ia de R$ 99 bilhões a R$ 129 bilhões, sendo que a maioria estimava o ingresso de R$ 124,7 bilhões. De acordo com a Receita Federal, o comportamento da arrecadação de fevereiro na comparação com o mesmo mês do ano passado decorre das principais variáveis macroeconômicas no mês e da arrecadação extraordinária de R$ 5 bilhões a mais no Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas e na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. No acumulado do ano até fevereiro, a arrecadação federal somou R$ 307,968 bilhões, também recorde para o primeiro bimestre. O montante ainda representa um avanço real de 0,81% na comparação com os primeiros dois meses do ano passado. (OESP/AE)

ORÇAMENTO DÁ A MILITAR 22% DO INVESTIMENTO E REAJUSTE DE SOLDO - O Orçamento de 2021, segundo relatório apresentado ontem pelo senador Márcio Bittar (MDB-AC), vai destinar R$ 8,3 bilhões para investimentos do Ministério da Defesa, um quinto (22%) de todas as verbas do governo federal com essa finalidade. Os militares serão a única categoria que deve ter reajuste de salários neste ano, o que deverá consumir outros R$ 7,1 bilhões. Todo o restante do funcionalismo está com o salário congelado até dezembro. Em vez de cortes, como aplicados a outros ministérios, o relatório aumentou os investimentos nas Forças Armadas de R$ 8,17 bilhões para R$ 8,32 bilhões. A lista dos projetos dos militares inclui construção de submarinos e aquisição de caças e blindados. No momento de colapso do SUS, o parecer aumentou em apenas R$ 1,2 bilhão os recursos para a saúde. O Orçamento deve ser votado nesta semana. (OESP/AE) PRESSÃO DE SERVIDOR E CORTE NOS GASTOS AMEAÇA CENSO 2021 - Além das crescentes pressões de servidores pelo adiamento do Censo Demográfico, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) enfrenta agora a perspectiva de um corte de orçamento que pode inviabilizar a realização do levantamento este ano. O censo deveria ter ido a campo em 2020, mas foi adiado por causa da pandemia de covid-19. O órgão trabalhava para dar início à coleta, que visitaria todos os cerca de 71 milhões de lares brasileiros, a partir de agosto deste ano. De R$ 2 bilhões programados pelo Executivo, o orçamento do Censo Demográfico ficará em apenas R$ 240,7 milhões este ano, de acordo com o relatório do senador Márcio Bittar (MDB-AC). Desse total, R$ 50 milhões ainda ficarão “presos” ao descumprimento da regra de ouro. Para destravar essa parcela, o governo poderá fazer um remanejamento interno antes da aprovação do Orçamento. Depois disso, a execução dependerá da aprovação de outro projeto de lei pelos parlamentares. Por outro lado, diante do agravamento da pandemia, trabalhadores do órgão em dez Estados já demandaram às chefias estaduais e à direção que o levantamento seja transferido para 2022. (OESP/AE)

Setorial

FERROVIA NO MT VAI COMEÇAR A SAIR DO PAPEL APÓS 10 ANOS - Uma nova ferrovia vai começar a desenhar seu traçado sobre a malha logística nacional, para mexer um bocado com o tabuleiro do escoamento de grãos do País. Projetada há mais de dez anos, a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico) terá seus primeiros dormentes lançados sobre o solo daqui a dois meses. As obras terão início na cidade de Mara Rosa, em Goiás, onde os trilhos vão se conectar à malha da Ferrovia Norte-Sul, que já está em operação. Partindo desse ponto, a Fico avançará rumo a Mato Grosso, em um trajeto de 383 quilômetros, até chegar ao município de Água Boa (MT), na região do Vale do Araguaia, que hoje registra as maiores taxas de expansão agrícola no Estado. A execução das obras está por conta da mineradora Vale. A companhia assinou um contrato com o governo no fim do ano passado, com previsão de investir R$ 2,73 bilhões na Fico, no prazo de quatro anos estimado para sua conclusão. Renovação antecipada. O acordo firmado entre a empresa e o Ministério da Infraestrutura se deve à decisão do governo de permitir que as atuais concessionárias de ferrovias do País façam a renovação antecipada de seus contratos. A proposta, que era estudada desde 2017, autoriza que concessões de 30 anos realizadas na década de 1990 - e que só venceriam entre 2026 e 2028 - sejam renovadas agora, por mais 30 anos. Como contrapartida, essas empresas se comprometem a expandir as malhas onde já atuam, além de fazerem o chamado “investimento cruzado”. (OESP/AE)

"É PRECISO CREDIBILIDADE PARA REACENDER OS INVESTIMENTOS" - O Brasil precisa executar uma série de reformas estruturais, como a tributária e administrativa, para pavimentar

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um caminho para o crescimento econômico e atração de investimentos. No entanto, dado o contexto vivido hoje no País, com a piora drástica da pandemia, neste momento a vacinação da população se torna a grande prioridade, deixando o resto como secundário, afirma o presidente da Telefônica Brasil, dona da marca Vivo, Christian Gebara. “Esse deveria ser o foco”, afirma. Para o executivo, o Brasil é um foco natural de investimentos para empresas de todo o mundo, mas é necessário criar condições para isso. “E isso é credibilidade fiscal, credibilidade de realização de reformas, credibilidade de vacinação”, diz. (OESP/AE)

IBCG LANÇA INICIATIVA DE GOVERNANÇA AMBIENTAL - O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) lançou ontem o Capítulo Brasil do Chapter Zero. O Chapter Zero é uma rede global de organizações independentes que mobilizam empresários para que as questões relacionadas ao meio ambiente sejam discutidas pelas lideranças e incluídas na agenda estratégica dos conselhos de administração. Movimento que nasceu por iniciativa do Fórum Econômico Mundial, o Chapter Zero está presente em vários países e é coordenado também pela Universidade de Cambridge. Segundo Silvio Dulinsky, membro do comitê executivo e responsável pelas interlocuções do Fórum Econômico Mundial com o setor privado na América Latina, a origem do movimento remonta a 2018, quando, a pedido de alguns presidentes de colegiados de empresas globais, o Fórum começou a discutir o tema com conselhos de administração. “A transição dos modelos de negócio para uma economia baixa ou sem carbono realmente é um desafio transversal para as organizações, com um grande impacto estratégico e de longo prazo. Portanto, é fundamental que os conselhos estejam envolvidos. Mas os presidentes dos conselhos percebiam que as discussões eram muito diferentes e eles sentiam essa necessidade de ter esse piso, esse chão comum”, explica Dulinsky. O trabalho do Fórum resultou na publicação de um documento, no encontro anual de 2019, que estabeleceu princípios para a implementação de uma governança climática efetiva nos conselhos, que servem de base para o Chapter Zero. (OESP/AE)

Mercados

ÍNDICE BOVESPA CAI 1,07%; DÓLAR SOBE A R$ 5,5179 - Os ativos brasileiros ficaram pressionados no pregão de ontem, em um dia negativo para emergentes devido à demissão abrupta do presidente do Banco Central da Turquia na sexta-feira. No noticiário doméstico, os dados positivos da arrecadação federal de fevereiro e o compromisso do ministro da Economia, Paulo Guedes, de estimular a vacinação no País ajudaram a reduzir as perdas. O Índice Bovespa encerrou o dia em queda de 1,07%, aos 114.978,86 pontos. Em Nova York, Dow Jones subiu 0,32%, S&P 500 ganhou 0,70% e Nasdaq avançou 1,23%. A mudança no comando do banco central turco também repercutiu negativamente nas moedas emergentes, incluindo o real. Nesse cenário, e diante da piora da situação da pandemia no País, o dólar encerrou o dia em alta de 0,59%, cotado a R$ 5,5179 no mercado à vista. Os riscos do exterior e os domésticos, diante da piora da pandemia, também pressionaram o mercado de juros. Ontem, a curva ganhou inclinação, com queda dos juros curtos e alta dos longos. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro para janeiro de 2022 cedeu a 4,605%, de 4,625% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2027 avançou de 8,084% para 8,220%. (OESP/AE)

Política e Congresso

PARA GOVERNO, CARTA É "MOVIMENTO POLÍTICO" CONTRA PRESIDENTE - A carta aberta que juntou banqueiros e economistas em defesa de medidas efetivas de combate à pandemia foi interpretada no governo como um “movimento político” contra o governo Jair Bolsonaro nessa fase mais dura da pandemia da covid-19. Num momento de queda da popularidade, o documento, que começou a ser construído em conversas de economistas em grupos de WhatsApp, ganhou força no fim de semana com mais de 500 assinaturas e causou enorme desconforto, mas o presidente não mudou a estratégia de repetir o discurso contrário ao lockdown - que tem endosso nos setores empresariais que o apoiam. A expectativa do governo é que esses setores também se posicionem contrários às medidas de restrição de mobilidade, apontadas por autoridades sanitárias como essenciais para que o colapso hospitalar não seja disseminado por todo o País. Não há sinais de que Bolsonaro vai abandonar esse discurso porque ele está convencido de que as medidas de isolamento são uma “armadilha” para afundar ainda mais a economia, sem chances de recuperação para garantir a sua reeleição. Bolsonaro já foi avisado do quadro extremamente ruim da economia, com impacto na arrecadação, das vendas e

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queda do PIB no primeiro semestre. O presidente vê nas medidas de restrições um entrave a mais. (OESP/AE)

"VAMOS ATACAR O VÍRUS, E NÃO O GOVERNO", AFIRMA BOLSONARO- Diante da pressão para o combate à pandemia da covid-19, o presidente Jair Bolsonaro pediu ontem que o novo coronavírus seja o foco dos “ataques” e não o seu governo. Um dia após mais de 500 economistas e banqueiros pedirem lockdown em todo o País para evitar o colapso hospitalar e como forma de recuperar a economia, Bolsonaro voltou a atacar a medida, distorcendo declaração da Organização Mundial da Saúde (OMS). O apelo ocorre depois de pesquisas de opinião mostrarem queda na avaliação do governo quanto à atuação durante a crise sanitária. “Vamos destruir o vírus, e não atacar o governo. Não pode essa questão continuar sendo politizada em nosso Brasil”, disse em evento do Palácio do Planalto. Com ironia, o presidente chegou a dizer que adotaria a política de lockdown por 30 dias, caso esta de fato funcionasse. “Se ficar em lockdown 30 dias e acabar com o vírus eu topo, mas sabemos que não vai acabar”, declarou. “Pesquisas sérias dos Estados Unidos mostram que a maior parte da população contraiu o vírus em casa”, disse sem citar fontes. Em seguida, o chefe do Executivo afirmou que só mudaria o seu discurso contra políticas de isolamento e de restrição de circulação caso fosse convencido da eficácia dessas ações. “Eu devo mudar meu discurso? Eu devo me tornar mais maleável? Eu devo ceder? Fazer igual a grande maioria está fazendo? Se me convencerem do contrário, faço, mas não me convenceram ainda. Devemos lutar é contra o vírus, e não contra o presidente”, acrescentou. (OESP/AE)

"CARTA REFLETE INDIGNAÇÃO DA SOCIEDADE" - Sensação de desespero. De urgência. Vontade de ser propositivo. Os economistas que assinaram a carta cobrando medidas efetivas no combate à pandemia, ao lado de empresários e banqueiros, têm palavras diferentes para explicar o que os levou a escrevê-la e a divulgá-la no fim de semana. Ex-presidente do Banco Central e um dos idealizadores do Plano Real, Persio Arida recorre às crônicas de futebol de Nelson Rodrigues para falar do momento atual do País no enfrentamento da covid-19: “‘Não se improvisa uma derrota’… ainda mais uma derrota desse tamanho”, diz ele, completando a frase. No caso, afirma, o fracasso anunciado seria resultado da “postura negacionista e da falta de seriedade com que o governo federal tem enfrentado o problema”, há exatamente um ano. “É uma mistura de ideologia, com não entendimento e despreparo”, diz Arida. “O governo federal foi omisso, conivente e partícipe da situação de calamidade que vivemos hoje.” A repercussão alcançada pela carta, com mais de 500 assinaturas e que continua recebendo adesões, surpreendeu os próprios signatários. Afinal, eram assuntos que todos tinham tratado em artigos e palestras, ao longo do último ano. (OESP/AE)

INDÚSTRIA PRESSIONA GOVERNO POR REFORMAS - Em ano pré-eleitoral, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia que há um aumento da urgência das votações consideradas estratégicas para o País, como as reformas tributária e administrativa. Este será o pedido da Agenda Legislativa da Indústria, que será entregue hoje ao presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG). O documento elaborado em parceria com 110 entidades do setor produtivo aponta prioridades para melhorar o ambiente de negócios e viabilizar o crescimento do País. “Na avaliação da CNI, 2021 é um ano estratégico para as pautas avançarem já que não haverá eleições e os parlamentares podem concentrar esforços em promover ajustes que aumentem e melhorem o ambiente de negócios, garantam a sobrevivência das empresas e estimulem a geração de empregos”, elencou a entidade. A agenda apresenta 140 proposições, incluindo uma “pauta mínima” com 14 projetos considerados prioritários. “A pandemia de covid-19 gerou a necessidade de união de todos os brasileiros em favor da saúde e do sustento dos trabalhadores e de suas famílias e, mais que nunca, precisamos adotar medidas que não só facilitem, mas também estimulem a recuperação dos empregos e o crescimento da economia”, afirma o presidente da CNI, Robson Andrade. (OESP/AE)

PACHECO CRITICA NEGACIONISMO: "BRINCADEIRA MACABRA" - O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou ontem, em São Paulo, que o negacionismo diante da pandemia da covid-19 “passou a ser uma brincadeira de mau gosto, macabra e medieval”. “Não será uma minoria desordeira e negacionista que fará pautar o povo brasileiro e o Brasil nesse momento que nós precisamos de união”, disse ele. Pacheco evitou fazer críticas diretas ao presidente Jair Bolsonaro - de quem recebeu apoio para se eleger presidente do Senado. Para o presidente do Senado, há dois caminhos a seguir na pandemia. “É o caminho da união nacional e o caminho do caos nacional. Cabe a nós, responsavelmente, escolhermos o

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melhor.” As declarações foram feitas durante a posse da nova diretoria da Associação Comercial de São Paulo, ao lado do presidente do PSD e ex-ministro Gilberto Kassab. Pacheco defendeu ainda um pacto envolvendo o Congresso, o Supremo Tribunal Federal e o Executivo, além de governadores e prefeitos, para combater a pandemia. Ao propor uma “articulação nacional”, citou também o Ministério Público. “Gostaria, em nome desse momento que vivemos no Brasil, invocar o aspecto humano, a solidariedade, a compaixão, a empatia, e é por isso que proponho um grande pacto nacional do presidente da República, Jair Bolsonaro, do presidente da Câmara, Arthur Lira, do Senado, do presidente do Supremo, ministro Luiz Fux, do doutor Augusto Aras, procurador-geral da República, dos governadores de Estado, dos prefeitos municipais”, afirmou. (OESP/AE) SENADOR GARANTE QUE CENTRÃO FICA COM BOLSONARO - Um dos principais nomes do Centrão, o senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI) garante que o bloco partidário não se desligará do governo Bolsonaro. “Não vejo a menor perspectiva de não estarmos com ele. Vamos estar agora e em 2022”, disse o parlamentar à coluna Painel, da Folha de S.Paulo. Apesar da pandemia, Nogueira crê que o presidente chegará fortalecido nas eleições. “Eles (os governadores) falam de vacina, mas não vejo ninguém comprando. Quem vai vacinar é o Bolsonaro.” (FSP/AE)

SAÚDE TEM DOIS MINISTROS E NINGUÉM NO COMANDO - O Ministério da Saúde está acéfalo no momento mais agudo da pandemia de covid-19. O diagnóstico é de governadores e secretários de Estados e municípios que buscaram a pasta nos últimos dias, principalmente para tratar da falta de medicamentos de intubação e de oxigênio. Anunciado há uma semana como novo ministro, o médico Marcelo Queiroga ainda não teve sua nomeação oficializada e, portanto, ainda não responde pela pasta. Enquanto isso, o general Eduardo Pazuello segue como ministro no papel, mas cumprindo uma espécie de “aviso prévio” no cargo. A posse de Queiroga ainda está travada porque ele precisa, antes, desvincular-se da sociedade de empresas das quais é sócio. O presidente Bolsonaro chegou a marcar sua nomeação para a última sexta-feira; a nova previsão é quinta-feira. “Temos dois ministros e, na verdade, não temos nenhum”, definiu ontem o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). “O que entra não está autorizado a agir e o que sai não está com disposição de comandar, pois já é um ex-ministro”, concluiu. (OESP/AE)

ENTIDADES ACUSAM "ASSÉDIO INSTITUCIONAL" - Casos de censura prévia em órgãos públicos, processos administrativos contra servidores que criticam o governo, demissões e transferências de funcionários sem justificativa legal estão mais frequentes, segundo associações do funcionalismo federal. Episódios como estes têm sido classificados como “assédio institucional” por uma coalização de entidades representativas do setor, a Articulação Nacional das Carreiras Públicas para o Desenvolvimento Sustentável (Arca). Nos últimos dois anos, a Arca diz ter contabilizado 684 denúncias de “assédio institucional”. Todos os registros são públicos, e muitos deles tiveram cobertura da imprensa. Há cinco meses, a entidade criou uma ferramenta, o “Assediômetro”, para compilar todos os casos. O que une todas as situações é o cerceamento à liberdade de expressão - que inclusive contraria as normas das instituições - e a “instauração de um clima organizacional autoritário, desrespeitoso e pautado pelo medo”, segundo os organizadores. “É um assédio que se pratica contra opositores do governo, ou contra políticas e medidas desses órgãos públicos”, disse o economista José Celso Cardoso Junior, presidente da Associação dos Servidores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Afipea). “Está matando por dentro essas organizações públicas que foram criadas, ou fortalecidas desde Constituição de 1988, para cumprir esse objetivo de atender a população.” (OESP/AE)

REVISÃO DE LEI ANTICORRUPÇÃO OPÕE TÉCNICOS A BOLSONARO- Pareceres dos Ministérios da Justiça e da Casa Civil sobre o projeto que altera a Lei de Improbidade Administrativa mostram preocupação de integrantes do governo com prejuízos ao combate à corrupção caso a medida seja aprovada. Técnicos das pastas sugerem mudanças no texto que está na Câmara. Apesar dos pareceres dos assessores, o presidente Jair Bolsonaro defende a votação do projeto e disse já ter conversado com o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), sobre o assunto. (OESP/AE)

GILMAR ARQUIVA INQUÉRITO CONTRA AÉCIO NO CASO FURNAS - O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou o arquivamento do inquérito que investigou o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) por suspeita de desvios em Furnas, estatal do setor energético. A decisão de Gilmar

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é de sexta-feira passada. O pedido de arquivamento da apuração partiu da subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo. Ela considerou os indícios reunidos contra Aécio e o ex-diretor da estatal Dimas Toledo insuficientes para dar início a uma acusação formal. Na avaliação da subprocuradora, embora a investigação tenha encontrado contas bancárias de familiares do tucano no exterior, não foi possível comprovar o recebimento de vantagens indevidas. “Após a realização de diversas diligências investigativas, não se obteve êxito na produção de lastro probatório apto à deflagração de ação penal efetiva e com perspectiva de responsabilização criminal dos investigados, ante a ausência de confirmação plena dos fatos afirmados pelos colaboradores”, afirma a manifestação da Procuradoria-Geral da República. (OESP/AE)

SEGUNDO PROCESSO CONTRA SILVEIRA AVANÇA NA CÂMARA - O Conselho de Ética da Câmara aprovou ontem a admissibilidade de um segundo processo contra o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ). A acusação foi feita pela Rede, PSOL e PSB, sob o argumento de que ele ameaçou, em vídeo divulgado em maio do ano passado, manifestantes contrários ao governo do presidente Jair Bolsonaro. Foram 11 votos a favor e dois contra, dos deputados Fábio Schiochet (PSL-SC) e Hugo Leal (PSD-RJ). Esse processo se soma a outro, já em tramitação no colegiado, aberto no início do mês. A primeira investigação tem como objeto o mesmo motivo pelo qual ele foi preso, em fevereiro: um vídeo no qual fez apologia do AI-5 e pediu a destituição de ministros do Supremo Tribunal Federal. Os dois processos podem levar à perda do mandato. No último dia 14, o ministro do STF Alexandre de Moraes concedeu a Silveira o direito de cumprir prisão domiciliar, com tornozeleira. (OESP/AE)

"É TERRIVELMENTE INJUSTO VER O BRASIL COMO AMEAÇA GLOBAL" - O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, considera “terrivelmente injusto” o Brasil ser visto como ameaça global por ter se tornado o epicentro da pandemia da covid-19, com recorde de mortes e infecções, além de celeiro de uma cepa com maior poder de transmissão. Em entrevista ao Estadão/Broadcast, concedida em seu gabinete, no Itamaraty, Araújo criticou a tentativa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de liderar a discussão sobre vacinas com o ex-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e com o G-20. “Lula não tem credibilidade nenhuma”, avaliou. O chanceler afirmou que a expectativa de oposição entre Biden e o presidente Jair Bolsonaro já foi “dissipada”, mas observou que países ricos ainda não foram solidários na distribuição de imunizantes. Apesar da cobrança por sua demissão, Araújo disse não se sentir ameaçado porque executa um trabalho em nome do presidente, e não pessoal. (OESP/AE)

Covid-19

USO DE KIT COVID MATA E LEVA À FILA DE TRANSPLANTE DE FÍGADO - Após o uso do kit covid, que reúne medicamentos como hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina, todos sem eficácia comprovada contra a doença, cinco pacientes foram à fila do transplante de fígado em São Paulo. Dois deles morreram e um terceiro caso de óbito foi registrado em Porto Alegre. Pacientes que usaram o kit covid têm apresentado hemorragias, insuficiência renal e arritmia. O grupo de drogas continua sendo prescrito por médicos e seu uso é defendido pelo presidente Jair Bolsonaro. (OESP/AE)

CIDADE DE SÃO PAULO REGISTRA RECORDE DE ENTERROS - Com 373 enterros em apenas um dia, a capital paulista registrou anteontem o recorde diário de sepultamentos em cemitérios públicos, privados e crematórios desde o início da pandemia. O Serviço Funerário do Município de São Paulo já fez a contratação de oito torres de energia para a realização de enterros noturnos por 60 dias, ratificados a cada 30, medida que será adotada se o número diário de enterros chegar a 400. O pico de 2020 foi em 26 de maio, com 322 enterros. Até o momento, não foi necessário realizar sepultamentos no período noturno, mas duas torres já estão disponíveis no Cemitério da Vila Formosa, o maior da América Latina, na zona leste. Os equipamentos podem ser utilizados caso sepultamentos agendados ultrapassem o horário de funcionamento do local. No caso de morte por covid-19, a realização de velório não é permitida e o caixão é fechado. A despedida é breve e ocorre apenas no momento do sepultamento. Para os demais óbitos, o velório pode durar até uma hora com permissão de participação de dez pessoas. Se o número de sepultamentos por dia chegar a 400, nenhum velório poderá ser realizado. Nesse caso, “novas medidas serão aplicadas, tais como a realização de enterros noturnos e a suspensão de velórios”, adianta a autarquia. (OESP/AE)

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BELO HORIZONTE NÃO TEM MAIS UTIS PARA TRATAR COVID-19 - Não há mais leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) para tratamento de pacientes com a covid-19 na capital mineira. Cinco dias depois de esgotarem as vagas para casos graves da doença na rede particular, um boletim da prefeitura de Belo Horizonte divulgado nesta segunda-feira mostra que também não há mais vagas para esse tipo de tratamento na rede pública. O relatório aponta que a ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva nos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) da cidade atingiu 101,4%. É a primeira vez durante a pandemia que os leitos para tratamento de casos graves da doença na rede pública se esgotam. Na rede privada, a ocupação dos leitos de UTI para covid-19 é de 114,4%. A reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde para posicionamento sobre como está sendo feita a gestão da pandemia na capital depois do colapso na ocupação dos leitos de UTI. Até esta segunda-feira 3.020 pessoas morreram na cidade com covid-19. O total de casos confirmados é de 132.201. Para tentar aliviar o fluxo nas unidades de pronto atendimento (UPAs), a prefeitura anunciou que postos de saúde serão utilizados para acolhimento de casos de baixa e média complexidade que não sejam de doenças respiratórias. (OESP/AE)

RIO E NITERÓI DECIDEM FECHAR COMÉRCIO NÃO ESSENCIAL POR 10 DIAS - As prefeituras do Rio e de Niterói anunciaram ontem, em conjunto, que as duas cidades fecharão todos os serviços não essenciais por dez dias, a partir do dia 26, sexta-feira, até 4 de abril. O novo decreto, orientado pelos comitês científicos dos dois municípios, tem como objetivo frear o avanço da covid-19. O decreto, a ser publicado pelas duas prefeituras, determina o fechamento de bares, restaurantes, academias, shoppings, clubes, boates e salões de beleza, quiosques e parques de diversão, além de todos os comércios que não sejam essenciais. Continuam permitidos supermercados, farmácias, transportes, serviços médicos, serviços funerários, pet shops, lojas de material de construção e comércio atacadista. Mais cedo, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM), externou uma insatisfação que vinha alimentando nos últimos dias contra o governador em exercício, Cláudio Castro (PSC). Ao compartilhar no Twitter uma matéria jornalística na qual Castro afirma que municípios ficarão proibidos de fechar bares e restaurantes durante o “superferiado”, Paes foi irônico e alegou que ele não entendeu o objetivo das medidas de isolamento para combate à covid-19. “CastroFolia! A micareta do governador! Definitivamente ele não entendeu nada do objetivo de certas medidas.” (OESP/AE)

INTERNAÇÃO EM UTIS ESTÁ 85% ACIMA DO PICO EM SP - Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que o número de pessoas internadas em UTIs no Estado de São Paulo é 85% maior do que o registrado no pior momento do ano passado - que se deu entre junho e agosto, dependendo da região. A taxa de ocupação dos leitos de UTI ontem estava em 91%, mas já há cerca de 60 municípios que estão com a capacidade de atendimento em UTIs esgotada. Ao todo, 30 mil pessoas estão internadas por causa da covid-19 no Estado, sendo 12 mil em UTI. (FSP/AE)

Internacional

NETANYAHU LUTA PARA CONTINUAR PRIMEIRO-MINISTRO EM ISRAEL - Os israelenses vão às urnas hoje pela quarta vez em menos de dois anos. O cenário mudou desde as últimas eleições, há um ano. Na época, o primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, enfrentava protestos por acusações de corrupção. Seu grande apoiador, Donald Trump, estava à frente da Casa Branca e a pandemia estava no início. Hoje, Netanyahu é reconhecido como o líder do mais bem-sucedido programa de vacinação contra a covid-19 do mundo, com quase metade da população de Israel imunizada. Mas, ainda assim, ele terá de lutar para se manter no cargo contra três oponentes. (OESP/AE)

MADURO CULPA CEPA DO BRASIL E DECRETA QUARENTENA RADICAL - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou a adoção de uma “quarentena radical” no país como forma de tentar conter o avanço do novo coronavírus. O esforço deverá durar ao menos duas semanas. “Fazemos isso pela saúde da família, pela saúde do nosso povo”, disse o presidente, que até então demonstrava resistência a adotar medidas mais drásticas de isolamento social. A entrada da cepa do coronavírus originada no Amazonas, porém, agravou a situação e obrigou Maduro a tomar uma atitude. Com 30 milhões de habitantes, a Venezuela já registrou oficialmente 1.500 mortes decorrentes da covid-19 e 150 mil casos da doença, mas os números são questionados por organizações não governamentais. Há relatos de hospitais públicos e privados lotados em diversas regiões do país. (OESP/AE)

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ATAQUE A SUPERMERCADO DEIXA DEZ MORTOS NOS EUA - Dez pessoas morreram após um homem abrir fogo contra os clientes de um supermercado na cidade de Boulder, no Colorado, Estados Unidos, ontem. O suspeito do ataque foi preso, mas não teve o nome revelado. O motivo do crime está sob investigação da polícia local. Uma das vítimas foi um policial. (OESP/AE)

Referências

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