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Servidores protestam durante o Pan contra reformas que tiram direitos

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Previdência Social no Estado do Rio de Janeiro 2 / julho / 2007 Página 6 Página 3

Servidores protestam durante o Pan

contra reformas que tiram direitos

Novo prazo para opção dos

47,11% ainda não foi definido

Petrópolis vive caos e

sucateamento na saúde pública

Ato dia 12 na zona oeste

protestará contra fundações

Governo demite no HSE

e selecionados públicos

respondem com mobilização

Ato no dia 13 também denunciará violência

policial no Rio de Janeiro

Em um grande ato nacional no próximo dia 13 de julho — com

concentração a partir das 11h, em frente à Prefeitura do Rio (Cidade

Nova) — servidores públicos federais protestarão contra as reformas

que tiram direitos. A manifestação também denunciará a violência

policial contra comunidades carentes, como ocorrido recentemente no

Complexo do Alemão, onde 19 pessoas foram mortas em circunstâncias

até agora não explicadas pelo Estado.

Página 5

Acusações a João Pereira Martins são falsas

Coordenador de Equipe em Santa Cruz foi injustiçado

Página 2 Página 5 Página 2 Página 6 Página 7

Servidores do MPS cobram

equiparação salarial com INSS

Sindsprev conquista regularização

dos ACS e ACE em Três Rios

GT discute PCCS específico

do Ministério do Trabalho

Página 4 F OTO : N IKKO FOTO : J ORGE N UNES

Selecionados continuam mobilizados pela efetivação

Ato do dia 12 está sendo preparado com manifestações contra a privatização, como no ‘abraço de servidores ao Carlos Chagas’

(2)

O

Edição: André Pelliccione (Mtb JP19301RJ) | Redação: Helcio Duarte Filho (Mtb JP16379RJ), Vânia Gomes (Mtb JP18880RJ), Olyntho Contente (Mtb JP14173RJ) e Ricardo Portugal (Mtb JP16959RJ) | Diagramação: Virginia Aôr (Mtb JP185880RJ) | Fotografia: Fernando de França | Tiragem: 40 mil exemplares | Impressão: Folha Dirigida | Secretaria de Imprensa e Divulgação Tel.: (21) 3478-8220 | Fax (21) 3478-8223 | website: http://www.sindsprevrj.org.br | e-mail: imprensa@sindsprevrj.org.br

Rua Joaquim Silva, 98-A - Centro - Rio de Janeiro | (21) 3478-8200 | fax: (21) 3478-8233

Informativo do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social no Estado do Rio de Janeiro

Lula demora a sancionar e opção dos 47,11%

na seguridade é prorrogada

Por Olyntho Contente

presidente Lula demorou quase um mês para sancio-nar a lei 11.490 (ex-MP 341), que reestruturou a carreira da seguridade social, que passou a se chamar da “Pre-vidência Social, Saúde e Trabalho”. A demora fez com que o novo prazo de 29 de junho fosse insuficiente para que todos optassem pela nova carreira e as-segurassem o pagamento parcelado dos

47,11%. A lei foi aprovada em 24 de maio, mas a sanção só aconteceu em 20 de junho.

Com isto, segundo levantamento da Federação Nacional dos Trabalhadores na Previdência Social, Saúde e Traba-lho (Fenasps), cerca de 40 mil servido-res ficariam de fora. Somente após muita negociação, o governo aceitou dilatar o prazo. Até o fechamento desta edição, porém, a nova data não havia sido divulgada.

MPS

Sindsprev pede intermediação de ministro do Trabalho

para equiparar servidores do MPS aos do INSS

seria uma medida inconstitucional. O grupo solicitou ainda que o ministro do Trabalho interfira no sentido de garan-tir o pagamento das parcelas dos 47,11% até dezembro de 2008 – desde março de 2006 estão sendo pagas apenas duas par-celas ao ano, até 2011. Durante o encon-tro, o ministro Carlos Lupi disse também que fará gestões para viabilizar a capacitação dos servidores, com treina-mento e atualização constantes.

Os sindicalistas estiveram ainda com líderes dos partidos políticos, da Câmara e do Senado na tentativa incorporá-los à luta em defesa do cum-primento dos planos de carreira propos-tos pela Fenasps.

Segundo Mariano, o ministro do Tra-balho tem o mesmo entendimento e se comprometeu a interceder junto ao mi-nistro da Previdência, Luís Marinho. O dirigente do Sindsprev/RJ reconheceu, no entanto, que há segmentos no go-verno e no Congresso, como é o caso do Ministério do Planejamento, da Casa Civil e da Comissão de Constituição e Justiça, que têm opinião contrária.

Na avaliação desses segmentos, ex-plica o sindicalista, não pode haver isonomia de tratamento nem planos de carreira iguais porque o Ministério da Previdência faz parte da administração direta, e o INSS, sendo uma autarquia, é vinculado à administração indireta. Logo, Centro do Sindsprev, Edílson Busson

Gonçalves (o Mariano), a comissão so-licitou a intermediação do ministro no sentido de que o Ministério da Previ-dência Social (MPS) inclua seus servi-dores no PCCS do Seguro Social.

- As Juntas de Recursos e Câmaras de Julgamento do MPS trabalham com processos referentes a benefícios e com-põem o Conselho de Recursos da Previ-dência, que é o órgão de correição do INSS. Fica acima da estrutura organizacional da autarquia. Isso demonstra que os servido-res do Ministério da Previdência e do INSS têm atividades afins, logo se justifica a in-clusão dos servidores do MPS no plano de carreira do Seguro Social.

comissão de Se-guridade Social do Sindsprev/RJ intensificou a pressão sobre o governo com a finali-dade de garantir o cumprimento dos acordos de greve dos anos anteriores. O grupo esteve com o ministro do Tra-balho e Emprego (MTE), Carlos Lupi. Além de tratar das questões pertinen-tes aos servidores do respectivo minis-tério, solicitou o apoio e a intervenção do ministro para solucionar os proble-mas relativos aos servidores do Minis-tério da Previdência.

Um deles diz respeito ao plano de carreira. Segundo o diretor da regional

A

O

VIII Congresso do Sindsprev será de 30 de agosto

a 2 de setembro de 2007

Os assuntos a serem debatidos pela

categoria são: conjuntura nternacional

(América Latina); governo Lula e as

reformas neoliberais; adequações no

projeto de construção do ramo da

seguridade social; alterações

esta-tutárias; Sindsprev Comunitário;

processo de reorganização do

movi-mento sindical e popular, Conlutas;

calendário eleitoral; prorrogação do

mandato da diretoria colegiada; e

aprovação do relatório do Conselho

Fiscal de 2005, entre outros.

O VIII Congresso do Sindsprev/

RJ será realizado entre os dias 30

de agosto e 2 de setembro, no

auditório do Hospital dos Servidores

do Estado (HSE), de 9 às 19 horas.

O endereço é Rua Sacadura Cabral,

178, Bairro da Saúde, Praça Mauá.

Os delegados ao congresso devem

ser eleitos em assembléias de base,

do dia 10 de julho a 10 de agosto.

O prazo para a entrega das atas e

demais formulários é o dia 17 de

agosto.

que nos será comunicado posterior-mente”, disse o sindicalista.

No encontro, os dirigentes sindicais entregaram a Duvanier uma lista com as principais reivindicações dos servi-dores da Saúde, a serem levadas ao ministro. O chefe de gabinete se com-prometeu a apresentar a resposta, em nova negociação, no dia 9 de julho. En-tre as reivindicações estão: jornada de 30 horas, redução do número de parce-las de pagamento dos 47,11%, pagamen-to do retroativo do percentual e melho-res condições de trabalho.

A negociação

Em negociação, no último dia 27 de junho, dirigentes do Sindsprev/RJ e da Fenasps obtiveram do Ministério da Saúde o compromisso de prorrogar o prazo para a assinatura do termo de opção pela carreira reestruturada da Previdência Social, Saúde e Trabalho. Segundo o diretor do Sindicato e da Federação, Sidney Castro, a conversa foi com Duvanier Paiva, chefe de gabi-nete do ministro José Gomes Temporão. “Ele nos disse que haveria prorrogação, faltando apenas definir o novo prazo, o

F

OTO

N

IKO

Pagamento antecipado das parcelas dos 47,11% na seguridade é reivindicado por servidores da saúde federal, trabalho e previdência em todo o país

SINDICALIZE-SE E

PARTICIPE DA SUA LUTA

(3)

Manifestantes vão denunciar ‘massacres’ e dizer

que modelo está sendo ‘importado’ do Haiti

CAMPANHA SALARIAL UNIFICADA

Protestos nos Jogos Pan-Americanos

Servidores vão participar do ato nacional previsto para 13 de julho no Rio, que atacará ‘reformas’ de Lula,

defenderá direitos ameaçados e denunciará violência policial

Por Hélcio Duarte Filho

As cerimônias de abertura dos Jo-gos Pan-Americanos no Rio vão ser ‘acompanhadas’ de protestos, nas ruas, contrários aos projetos do governo Lula que retiram direitos dos trabalhadores, à tentativa em curso de criminalizar os movimentos sociais e à violência poli-cial contra comunidades pobres.

Os servidores públicos federais aprovaram, como próxima atividade prioritária da campanha salarial unificada, a participação nesta manifestação.

O ato nacional está marcado para 13 de julho, com concentração a partir das 11 horas da amanhã, em frente à Prefeitura, na Cidade Nova. Carava-nas de outros estados, em especial da região sudeste, devem chegar ao Rio. Os principais alvos da manifestação devem ser as ‘reformas’ do governo Lula.

Os manifestantes vão defender a derrubada do PLP 01/2007, decorrente do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), cujo teor é apontado como pró-congelamento dos salários de ser-vidores. E vão se opor às reformas da

Plenária nacional do funcionalismo reafirma

defesa da ‘unidade’ da categoria

Lula aumenta cargos de confiança em 140%

enquanto tenta aprovar PL que ‘congela’ salários

Para o presidente do Andes (sindicato dos docentes), a medida agride os servidores: “Não temos nada contra aumentos para cargos de confiança, mas é uma atitude discriminatória por parte de um governo que não negocia com os servidores, não resolve problemas de diversos segmentos, não resolve o problema dos controladores de vôo. É uma agressão aos servidores públicos”, disse. Os servidores estão indignados. O

presidente Lula concedeu aumento de até 140% restrito aos ocupantes dos 22 mil cargos de confiança do Executivo. Enquanto isso, articula para aprovar no Congresso Nacional o PLP 01, projeto ligado ao PAC (Programa de Acele-ração do Crescimento) que poderá levar a 10 anos de salários congelados para o funcionalismo.

Previdência e do Trabalho preparadas por Lula, que mexem com direitos liga-dos à aposentadoria e às leis de prote-ção trabalhista.

Direito de greve será defendido

Um dos aspectos a serem levanta-dos com relação à criminalização levanta-dos movimentos sociais e sindicais será a tentativa do governo de jogar a greve dos servidores na ilegalidade. No mes-mo ato, as recentes ações da polícia carioca serão denunciadas como um ‘massacre’ contra a população civil e pobre (ver texto nesta página).

O ato está sendo preparado por en-tidades como a Conlutas (Coordenação Nacional de Lutas), Intersindical e par-tidos como PSOL, PCB e PSTU, entre outras organizações. O Sindsprev-RJ também participará da atividade.

Os servidores sabem que poderá haver repressão ao protesto, mas não admitem o cerceamento à liberdade de expressão e de organização dos traba-lhadores. “A manifestação é um direi-to e vamos buscar realizá-la”, afirma Paulo Riso, presidente do Andes, o sin-dicato nacional dos docentes.

de feridos e pessoas já rendidas, seria parte desse processo.

Segundo Gualberto Tinoco, o Pitel, dirigente do Sepe (sindicato da educa-ção no Rio), existe a suspeita de que estaria sendo adotado no Rio um modelo baseado na experiência dos soldados brasileiros nas favelas do Haiti. “É o mata primeiro e pergunta depois”, critica.

Além do ato no dia 13, está sendo articulada uma manifestação para o dia 10, provavelmente em Nova Iguaçu, durante a passagem da tocha do Pan. A política de segurança que vem

sendo aplicada no Rio de Janeiro será alvo dos protestos marcados para acontecer durante os Jogos Pan-Americanos.

A recente operação nas comuni-dades do Complexo do Alemão, na zona norte do Rio, está sendo apontada como ‘laboratório’ de uma nova política nacional de segurança que tem como alvos não apenas os criminosos, mas também a população pobre.

As 19 mortes em apenas um dia, com denúncias de possíveis execuções

sindical que vêm boicotando o fórum unificado da categoria estiveram presentes em boa parte dos discursos dos participantes. O recado foi, princi-palmente, para as direções da Fasubra e Condsef (entidades dos servidores da administração direta, respectivamente). A plenária reafirmou o apoio aos setores que já estão em greve, caso dos funcionários administrativos das uni-versidades e de órgãos como o Ibama, Incra e ligados à Cultura. A próxima plenária do funcionalismo acontecerá no Rio em 14 de julho, dia seguinte à manifestação prevista para abertura do Pan.

Os servidores públicos federais voltaram a defender a unidade na campanha salarial para enfrentar os projetos do governo Lula que atacam a categoria.

Na plenária nacional do funcio-nalismo convocada pela Cnesf (coor-denação nacional do setor), realizada no dia 1º de julho em Brasília, os servidores definiram a participação no ato público do dia 13 no Rio como prioridade. Também reafirmaram a necessidade de seguir trabalhando pela construção da greve unificada.

Críticas aos setores do movimento

F OTO : I CHIRO G UERRA F OTO : R ICARDO B ORGES - A BRIL DE 2007

Plenárias do funcionalismo vêm reafirmando necessidade da luta unificada Luta contra reformas que tiram direitos é a principal pauta dos servidores desde o segundo semestre de 2006, quando Lula anunciou nova reforma previdenciária

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Ato da saúde estadual no dia 12

denunciará privatização e fundações

Servidores se concentrarão às 10h, no Hospital Rocha Faria, com passeata até o calçadão de Campo Grande

unidade. Carlos Edson ‘desculpou-se’ perante os estatutários, criticando a for-ma como a Científica Lab estava entran-do no Saracuruna, e comprometeu-se a intermediar encontro [para o dia 29] en-tre o Secretário de Saúde, Sérgio Côrtes, dirigentes do Sindsprev/RJ e servidores da unidade. A reunião, contudo, só teve a presença de Carlos Édson.

A Científica Lab também tentou as-sumir o controle do laboratório do Hospi-tal Pedro II no dia 29. No entanto, servi-dores e usuários fizeram ato na porta do setor para impedir a privatização.

União entre servidores e

usuários

Para Rosimeri Paiva Nunes, servidora do Adão Pereira Nunes e integrante do Departamento da Saúde Estadual do Sindsprev, é preciso construir um amplo movimento que conquiste o apoio dos usu-Na prática, será o fim do serviço público,

gratuito e universal, com servidores sem estabilidade e descartáveis”, critica.

Privatização começa por

laboratórios

Independente das fundações, a privatização dos hospitais já foi iniciada em junho. Sem licitação ou consulta ao Conselho Estadual de Saúde, no dia 26 o governo do Estado transferiu o labora-tório do hospital Adão Pereira Nunes (Saracuruna) para a empresa Científica Lab. Os servidores lotados no setor fo-ram pegos de surpresa e convidados a ‘se retirar’. No Carlos Chagas, um ato público com a participação de 300 servidores e usuários, realizado no dia seguinte [27/06], impediu tempora-riamente que o laboratório daquela unidade fosse também privatizado. Após o ato, finalizado com um abraço ao Hospital, servidores reuniram-se com Aramis Martins Costa Filho, diretor-geral do Carlos Chagas, que atribuiu à Secre-taria Estadual de Saúde a responsabili-dade pela privatização. Em resposta aos questionamentos do Sindsprev, Aramis apenas comprometeu-se a ‘não agir uni-lateralmente, como em Saracuruna’, no caso de privatização do laboratório.

Em Saracuruna, servidores ocuparam o laboratório da unidade no dia 28, em protesto contra a privatização. A ocupa-ção forçou a vinda do Superintendente de Saúde, Dr. Carlos Edson, e dos diretores geral e médico do Hospital, Carlos Alberto Chaves e Moreira, que se reuni-ram com os trabalhadores no auditório da Por André Pelliccione

esabastecimento, falta de pessoal, equipamentos quebra-dos, privatização e ataques aos direitos de servidores, tra-balhadores terceirizados e usuários. Com seis meses de mandato, o governador Sergio Cabral Filho (PMDB) continua (e aprofunda) as políticas de Rosinha e Garotinho, que nos últimos oito anos sucatearam a saúde em nível sem precedentes.

Como resposta a essas políticas, os servidores da saúde estadual e previdên-cia farão, no próximo dia 12 de julho, ato público na zona oeste do Rio. A concen-tração está prevista para as 10 horas, no Hospital Rocha Faria, com passeata até o calçadão de Campo Grande. “Com esse ato, queremos unificar as ações da seguridade para barrar as políticas de privatização dos governos estadual, mu-nicipal e federal, que hoje atacam servi-dores e usuários de forma orquestrada”, explica o servidor Gilberto Custódio de Mesquita, do Hospital Pedro II, e mem-bro do Departamento da Saúde Estadual do Sindsprev.

Gilberto acrescenta que um dos principais alvos da manifestação será a proposta de entrega da gestão dos hospi-tais públicos a fundações estahospi-tais de di-reito privado, lançada pelo governo Lula e elogiada por Cabral. “As fundações pre-vêem a contratação pela CLT, o fim da carreira única e a introdução das avalia-ções individuais de desempenho, que po-dem servir como pretexto para po-demissões.

D

ários na defesa da saúde pública. “A po-pulação já não agüenta mais ser tão des-respeitada e sabe que algo precisa ser feito para interromper o caos nos hospi-tais e barrar a privatização, que prejudi-cará a todos”.

“A resposta dos diretores do Carlos Chagas e Saracuruna não nos atende por-que o por-que por-queremos é evitar qualpor-quer privatização, e para isso continuaremos mobilizados. Não é privatizando que vai se resolver o problema da saúde”, avaliou a diretora do Sindsprev e também membro do Departamento Estadual, Clara Fonse-ca. Segundo ela, os laboratórios dos hospi-tais públicos do Rio atendem a uma média superior a 500 exames ao dia. “Não é à toa que querem privatizá-los, pois são uma verdadeira mina de ouro”, diz.

Além do Carlos Chagas e Saracuruna, a privatização de laboratórios pode atingir outras unidades da rede estadual.

Refiliações de servidores da saúde

estadual ao Sindsprev já começaram

Começaram dia 25 de junho, no Hospital Saracuruna, as refiliações dos servidores da saúde estadual ao Sindsprev. A cada semana, uma grande unidade da saúde estadual terá uma banquinha de refiliações ao Sindicato. As refiliações são necessárias para atender a exigência do governo estadual, que tudo tem feito para dificultar o estabelecimento do Sindsprev como legítimo representante dos servidores da saúde estadual.

Em breve, o Departamento da Saúde Estadual do Sindsprev publicará um calendário completo das refiliações em cada uma das grandes unidades do Estado. F OTO : J ORGE N UNES F OTO : J ORGE N UNES

Ato em Saracuruna forçou gestores do Hospital Adão Pereira Nunes a discutir a situação do laboratório da unidade com os servidores

Acima, servidores e usuários durante ato no Carlos Chagas contra a privatização do laboratório da unidade. Trabalhadores continuarão a luta com novas manifestações

(5)

ma das principais unidades federais do país, o Hospital dos Servidores do Esta-do (HSE) está funcionanEsta-do quase que apenas pela obstinação de seus funcio-nários. Por decisão do governo Lula, exe-cutada pelo ministro José Gomes Tempo-rão, desde o dia 13 de junho vêm sendo demitidos, gradativamente, 736 seleciona-dos públicos do hospital, comprometendo o funcionamento de setores importantes, como o Centro Cirúrgico (cujas ativida-des chegaram a ser suspensas com as primeiras 90 dispensas), Centro de Tra-tamento Intensivo, Banco de Sangue, Laboratório e Plantão Geral.

Nesses setores a falta de pessoal é flagrante e compromete o serviço. De-núncias dão conta de que no CTI, por exemplo, funcionários da limpeza têm tro-cado lençóis e dado banho em pacien-tes. A coleta de sangue diminuiu consi-deravelmente e, no Laboratório, muitos exames são realizados por estagiários. “Além dos servidores efetivos, que es-tão sobrecarregados, e dos selecionados, quem paga pelo descaso e pela intran-sigência do governo Lula é a população”,

acusou Luiz Henrique Santos, diretor do Sindsprev/RJ.

Ministro ‘não está nem aí’

Temporão, que ainda não se dignou a receber a comissão de selecionados do Sindsprev/RJ para discutir uma solução para o problema, tem dito à imprensa que as demissões (mais de 300 até agora) ocor-rem porque os selecionados estão subme-tidos a contratos temporários que come-çaram a vencer em 31 de maio. A verda-de, porém, é que os trabalhadores deveri-am ser efetivados definitivdeveri-amente como servidores estatutários, pois foram admiti-dos depois de aprovaadmiti-dos em uma seleção pública, em 2005, com todas as normas e etapas exigidas por um concurso.

“O que ocorreu, na verdade, foi que a direção do HSE da época fez um con-curso disfarçado de seleção pública, para flexibilizar direitos e poder, mais adiante, demitir os aprovados, como está aconte-cendo agora”, argumentou Fábio Luiz da Silva, da Comissão de Selecionados do Sindsprev/RJ. O diretor do Sindicato Luiz Henrique acrescentou que o correto, por-tanto, seria efetivar os 736 aprovados e garantir aos usuários o retorno do HSE ao funcionamento normal.

Caos na saúde de Petrópolis compromete

funcionamento do Hospital Alcides Carneiro

goria. Há casos de funcionários receben-do menos que um salário mínimo.

Os baixos salários têm provocado a saída de bons funcionários do Hospital Alcides Carneiro, sobretudo médicos.

Sindicato local nada faz para

reverter o caos

Muitas queixas foram dirigidas ao Sindicato dos Servidores de Petrópolis. A entidade local é acusada pelos trabalha-dores de nada fazer em benefício da categoria, a ponto de existir gente traba-lhando há dois anos e meio no H.A.C. afirmar nunca ter visto nenhum diretor do citado sindicato aparecer ali para saber dos problemas que atingem funcionários e usuários.

Outra queixa partiu do pessoal que trabalha como motorista de ambulância do H.A.C. Apesar de terem prestado con-curso para motorista, esses profissionais são obrigados a carregar macas para o interior da ambulância, sem receberem nenhum adicional por mais essa função. O secretário municipal de Saúde de Petrópolis, André Pombo, comprometeu-se a dar uma solução para o caso, o que até agora não ocorreu.

Bontempo) afirmar ser o H.A.C. “um peso” para o mu-nicípio, as verbas existem para o funcionamento daquela unidade, mas não são repas-sadas em sua totalidade. É o que garantem algumas fontes ligadas ao próprio hospital.

Outro dado estarrecedor: a maioria dos equipamentos é antiga, sucateada, muitos deles da década de 70, como por exemplo os monitores cardíacos. O pior é que não existe qualquer previsão de compra de novos equipa-mentos, apesar de existirem recursos para esse fim.

Os usuários do H.A.C. também so-frem com a falta de pessoal. Há carência de médicos e enfermeiros, principalmen-te às sextas, sábados e domingos, quando aumenta a procura por atendimento. Isso faz com que o profissional de saúde que lá trabalha tenha sempre que dobrar o ser-viço, realizando plantões que chegam a 72x24 horas. De um lado, pela carência de profissionais. De outro, pela necessi-dade de complementar renda em função dos baixos salários recebidos pela cate-de Petrópolis ser cate-de 300 mil habitantes. O

Hospital Alcides Carneiro recebe 250 mil reais por mês, assim divididos: 70 mil pela condição de hospital-escola repassados pelo Ministério da Saúde, e mais 180 mil vindos do governo do Estado. Sem falar nos repasses especiais de verbas, fruto da realização de cirurgias cardíacas e de ca-tarata, além do atendimento aos doentes renais crônicos, à quimioterapia e radiote-rapia. Há outras fontes de recursos, vindas do programa de hipertensão, diabetes e imunização. Ou seja, apesar de a prefeitura de Petrópolis (administração Rubens Por Ricardo Portugal

nidade de saúde fe-deral municipalizada em 1991, o Hospital Alcides Carneiro pa-dece vítima do descaso das autoridades. A falta de materiais de trabalho e equipa-mentos chega a comprometer seriamen-te o aseriamen-tendimento médico. Uma sala do centro cirúrgico chegou a ser desativada, em virtude do desabamento do teto. Tais denúncias são de funcionários que trabalham no hospital, que procuraram a direção da Regional Serrana do Sinds-prev-RJ e pediram o anonimato por cau-sa da ameaça de represálias da direção. Eles citaram a inexistência de luvas, seringas, algodão, gaze e álcool. Muitas vezes o material usado é de péssima qualidade, como é o caso do cateter para pulsionamento de veia, o que pode ocasionar sérios problemas para o paci-ente, como amputação do braço em vir-tude do risco de infecções cruzadas.

“Verbas são insuficientes”

A Secretaria Municipal de Saúde cebe do governo federal, por mês, dez re-ais por habitante. Isso totaliza três milhões de reais mensais, pelo fato de a população

U

U

Pressão obriga governo

a negociar

A disposição de lutar em defesa dos seus direitos, desrespeitados pelo gover-no Lula, tem levado os selecionados pú-blicos a uma mobilização constante. Pas-seatas, atos públicos, assembléias e ca-ravanas a Brasília estão sendo realizadas para pressionar e garantir a efetivação. A mobilização já arrancou alguns resulta-dos, embora até aqui não tenha consegui-do o principal objetivo.

O primeiro foi forçar a abertura de

negociação, mesmo sem a presença de Temporão.

Em audiência no ministério da Saúde no Rio, e depois em Brasília, o governo colocou na mesa a proposta de convocar os selecionados para trabalhar em outras unidades federais do Rio de Janeiro, “conforme a necessidade”. Embora insuficiente, a proposta mostra a preocu-pação em fazer algo que diminua as mo-bilizações e o desgaste político que elas causam ao governo Lula. Para arrancar a efetivação, a mobilização tem que con-tinuar e crescer.

Lula e Temporão demitem e

levam caos ao HSE

Por Olyntho Contente FOTO

: N IKO F OTO : N IKO

Pressão dos selecionados forçou ministério a considerar hipótese de aproveitamento em outras unidades. Mas trabalhadores querem a efetivação no HSE

Sucateamento marca instalações do Alcides Carneiro, que está caindo aos pedaços

(6)

Por Olyntho Contente

pós intensas mobilizações, os agen-tes comunitários de saúde (ACS) e os agentes de combate a endemias de Três Rios ga-rantiram a sua regularização funcional, através da cria-ção do cargo pela prefeitura local. Foram meses de manifestações e negociações, organizadas pelo Sindsprev/RJ, até o envio e aprovação de projeto de lei do Executivo Municipal pela Câmara dos Vereadores. A regularização funcional, não apenas em Três Rios, mas em todo o país, está prevista na Emenda Constituci-onal 51 e na Lei 11.350. Apesar disto, a maioria das pre-feituras ainda não cumpriu a determinação legal e cons-titucional. “O Sindicato vem pressionando pela regulari-zação em todo o Estado. A meta é conseguir isto nas 92 prefeituras fluminenses. Esta foi a primeira regulariza-ção baseada na lei 11.350 em todo o Estado. Outras vi-rão, só dependendo da pressão da mobilização”, afirmou a diretora do Sindsprev Shirley Coelho.

Selecionados

Os ACS de Três Rios passaram por um processo simplificado de seleção em 2001. Mas não foram con-tratados como servidores, e sim como prestadores de serviço. Com a aprovação da Emenda 51, regulamenta-da pela Lei 11.350, eles tinham de ser contratados com base no emprego público.

Sindsprev conquista regularização dos

ACS e ACEs em Três Rios

para a Câmara dos Vereadores, e dis-cutir o texto, antes, com o Sindsprev. Foi uma conquista da pressão dos trabalhadores”, afirmou Wallace. O compromisso do procurador foi apresen-tar o esboço do texto do anteprojeto em até 20 dias.

“A categoria continuará mobilizada, cobrando o compromisso. Vamos mar-car uma assembléia para pouco antes do dia 20”, adiantou o sindicalista.

Pressão garante negociação de ACS e

ACE em Campos

gente do Sindsprev/RJ, Wallace Oli-veira, e Marcos Soares, da comissão de reintegrados da Funasa, pelos trabalhadores. Pela prefeitura, o se-cretário de Governo, Toninho Viana, e o procurador-geral do Município, Alex Campos.

“Foi um pequeno, mas importante avanço. A prefeitura se comprometeu a estudar o assunto, enviar anteprojeto de lei de regularização dos ACS e ACEs

A

tério da Saúde e à Secretaria Municipal de Saúde, solicitando audiência para tra-tar do assunto. “O contrato é com a pre-feitura. Por isto, entendemos que a ne-gociação tem que acontecer com a pre-feitura, que é quem paga à cooperati-va”, argumentou.

Para a sindicalista, a saída é a pre-feitura efetivar os contratados da Multiprof como ACSs, com base na lei 11.350 e na Emenda 51. “A regulariza-ção do vínculo está prevista em lei. Fal-ta ter vonFal-tade política para fazer isto”, afirmou.

Sindsprev/RJ está reivindi-cando, da prefeitura de Ma-ricá, a efetivação dos agen-tes comunitários de saúde (ACS) contratados pelo Executivo Municipal através da Multiprof. Os trabalhado-res ptrabalhado-restam serviço no Pro-grama de Saúde da Família (PSF) e, pela Emenda 51 e lei 11.350, têm direito à regularização de sua situação funcional.

A diretora do Sindicato Maria da Conceição Marques Porto disse que

Sindicato quer que prefeitura efetive

contratados da Multiprof

A

São falsas as acusações

ao coordenador João

Pereira Martins

Panfleto da Regional Oeste é

inverídico e ofensivo

O Sindsprev/RJ afirma serem to-talmente falsas e inverídicas as acu-sações feitas por sua Regional Oeste ao servidor da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), João Pereira Mar-tins. Em novembro de 2005, no pan-fleto intitulado “Boletim Funasa/Santa Cruz, João — que é Coordenador da Equipe de Ação Complementar Fo-cal da Secretaria Estadual de Saúde em Santa Cruz — foi acusado de ‘ameaçar, pressionar, perseguir e fa-zer cobranças absurdas’ contra o pes-soal de campo. Também foi acusado de ‘utilizar seu cargo para perseguir os trabalhadores no campo’ e ‘impe-dir as atividades dos ‘impe-diretores da Re-gional Oeste’.

Outra falsa acusação, feita a João de forma indireta, é a de que o coor-denador praticaria ‘assédio moral’.

No referido boletim da Regional Oeste, João foi ainda ofendido com o qualificativo de ‘chefete’.

O Sindsprev, por sua diretoria e militantes, repudia o conteúdo do re-ferido boletim, por ser inverídico e desrespeitoso para com um trabalha-dor de sua base. E desde já pede desculpas publicamente a João Pe-reira Martins.

O

estes trabalhadores têm uma relação de trabalho precarizada, com a sonegação de inúmeros direitos pela Multiprof, uma empresa terceirizada que se apresenta com uma cooperativa de fachada. “E faz isto para não pagar 13º salário, férias, FGTS. Além disto a Multiprof desconta mas não recolhe ao INSS. Nenhum de-les têm sequer carteira de trabalho assinada porque figuram como coope-rados da Multiprof, embora não par-ticipem da divisão dos lucros”, afirmou a dirigente.

O Sindicato enviou ofício ao

Minis-pós várias passeatas e atos públicos, os agentes comu-nitários de saúde (ACS) e os agentes de combate a ende-mias (ACE) de Campos con-seguiram ser recebidos pela prefeitura da cidade para ne-gociar a sua regularização funcional. O encontro foi no último dia 27, na sede do Executivo Municipal. Dele participaram o

diri-FOTO

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FERNADO

DE

FRANÇA

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REINTEGRADOS DA FUNASA

Governo pede mais tempo para se

posicionar sobre equiparação salarial

pós intensa pressão que resul-tou em manifestações no Rio e vigília, em Brasília, os rein-tegrados da Funasa concorda-ram em prorrogar, até o dia 9 de julho, o prazo concedido ao Ministério do Planejamento (MPOG) para que se posi-cione em relação ao pedido de equiparação salarial da cate-goria,aos servidores do ramo da Seguridade Social. Nesta data está prevista uma audiência com técnicos da área administrativa e de recursos hu-manos do ministério.

Segundo a comissão de reintegra-dos, o prazo foi estendido porque o MPOG alegou que seus técnicos não tiveram tempo para concluir o estudo do impacto relativo à equiparação so-bre a folha de pagamento. A categoria reivindica ainda a concessão de gratifi-cações, como a GESST e GDASST, e os 47,11% relativos ao PCCS da Seguridade. Os reintegrados também

fizeram gestões no Ministério da Saúde, encaminhando um ofício no qual soli-citaram a intervenção do ministro junto ao Ministério do Planejamento para que a pauta fosse cumprida.

Essas e outras reivindicações – como a transformação da indenização de campo em gratificação permanente e a implementação do horário corrido – deram o tom das manifestações. No Rio, cerca de mil reintegrados saíram em passeata da Central do Brasil à Can-delária, onde se juntaram às demais categorias do funcionalismo na marcha contra as reformas que retiram direitos dos trabalhadores (trabalhista, sindical, previdenciária e universitária).

Em Brasília, os reintegrados par-ticiparam de manifestações na Fu-nasa, acampamento, com vigília, no Ministério do Planejamento, e do ato que reuniu trabalhadores de várias categorias em um dos maiores protes-tos contras as reformas do governo

MINISTÉRIO DO TRABALHO

MTE cria grupo de trabalho para PCCS específico

do Trabalho tem 7.200 servidores, inclu-indo auditores, aposentados e pensionis-tas, sendo que, deste total, 95% são terceirizados. De acordo com o minis-tro, esses trabalhadores custam três vezes mais ao estado do que os servido-res de carreira.

O diretor da regional Centro do Sindsprev/RJ, Jorge Queiroz, afirma que um servidor de nível médio ganha cerca de R$ 1.200 líquidos, enquanto um terceirizado recebe cerca de R$ 2.700. Já servidores de nível superior percebem R$ 2.100 e os terceirizados, R$ 3.100.

‘Os concursados são mais baratos para o Estado, tanto que o ministro se declarou radicalmente contra a tercei-rização. Ele disse que não acaba com a terceirização imediatamente porque, se fizer, terá que fechar muitos seto-res’, explicou o sindicalista. A previsão é que sejam abertas 1.900 vagas ainda este ano – há 24 anos não há concurso público.

A audiência foi marcada pelo núcleo da DRT/RJ. O Sindsprev/RJ foi o pri-meiro sindicato recebido pelo ministro. Por Vânia Gomes

ministro do Traba-lho e Emprego (MTE), Carlos Lupi, defende com vee-mência a elaboração de um plano de carreira (PCCS) específico dos servi-dores do ministério e garante que priorizará a implementação do plano e a revitalização das delegacias regionais do trabalho (DRTs). ‘Essa será a loco-motiva do Ministério do Trabalho’, as-segurou o ministro a dirigentes do Sindsprev/RJ.

Carlos Lupi afirmou, no entanto, que pretende seguir as diretrizes do plano de carreira acordado entre a Fenasps e o go-verno. Exigiu, entretanto, que os represen-tantes da federação, da CNTSS e da Condsef, que vão compor o grupo de tra-balho – a primeira reunião será no dia 2 de julho –, sejam servidores do ministério. - Não queremos pessoas estranhas discutindo e interferindo no plano. Se-guiremos as diretrizes da cartilha do PCCS da Fenasps, mas faremos um pla-no que contemple os servidores e as especificidades do órgão – ressaltou o ministro.

Lupi adiantou que ‘está empenhado pessoalmente’ na convocação imediata do concurso. Segundo ele, o Ministério

cedidos aos efetivos da Funasa pela lei 11.350. No caso, a GESST, a GDASST e os 47,11%.

Lula. Em todas as manifestações, foi unânime o repúdio pela não extensão, aos reintegrados, de benefícios

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FOTO : I CHIRO G UERRA

Reintegrados apresentaram sua pauta em audiência com Planejamento na primeira quinzena de junho (foto acima) e querem solução para este mês

PCCS sempre foi um dos pontos centrais debatidos nas assembléias da DRT, como a da foto ao lado

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não tem margem confiável para se trabalhar, pois muitas informações ali contidas estão desatualizadas ou mesmo truncadas, dificultando a concessão de benefícios.

A Fenasps reapresentou no Senado as emendas à MP rejeitadas na Câma-ra (novo pCâma-razo de opção pela carreiCâma-ra do Seguro Social, paridade entre ativos e inativos e prazo de opção para o pes-soal redistribuído para a Receita Fede-ral permanecer vinculado ao INSS). Fabiano também considerou a avalia-ção de desempenho com risco de dimi-nuição salarial um flagrante desrespei-to à Constituição, que consagra o prin-cípio da irredutibilidade de vencimentos dos trabalhadores, tanto do serviço pú-blico como na iniciativa privada.

Servidores do INSS mantêm mobilização contra

avaliações previstas na MP 359

FOTO

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NIKKO

Por Ricardo Portugal

Senado aprovou, na calada da noite do último dia 21 de ju-nho, o PLV 15/07 (novo nú-mero da MP 359), regulamen-tando o aumento no valor da GDASS (Gratificação de Desempenho de Atividade do Seguro Social), além de regulamentar a situação funcional dos redistribuídos para a RFB (Receita Federal do Brasil). Segundo informa-ções repassadas pela servidora do INSS Maysa Cabral, o PLV 15/07 aguarda a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para entrar em vigor dentro de 15 dias, a contar de 21 de junho. A aprovação da MP no Senado contemplou quatro reivindicações da categoria, apresentadas pela Fenasps sob a forma de emendas: o ingresso na carreira do Seguro Social; a manutenção da GEAP como plano de assistência médica aos redistribuídos; a manutenção da nomenclatura do cargo de Técnico do Seguro Social, para enquadramento de todos os servidores de nível médio; e o direito de opção de permanência no INSS para os servidores redistribuídos à Receita Federal do Brasil (RFB).Em razão da aprovação da MP 359, o Sindsprev-RJ orienta a todos os ser-vidores interessados na carreira do Seguro Social que continuem entre-gando os termos de opção para

perma-Senado aprova Medida Provisória 359

contemplando reivindicações de servidores do INSS

Ingresso na carreira do Seguro Social; manutenção da GEAP e direito de opção para redistribuídos à

Receita Federal do Brasil ainda dependem de sanção presidencial

valor da GDASS, está relacionada à produtividade. Ou seja, só receberá mais quem trabalhar mais e isso é impossí-vel, dadas as péssimas condições de tra-balho enfrentadas pelos servidores e usuários nas agências da Previdência Social.

Um exemplo citado por ele foi a reunião havida em junho entre a gerência executiva do INSS-Petrópolis com os funcionários, para tratar de problemas como falta de mão-de-obra provocada pela ausência de concurso. Sem falar na falta de lâmpadas nas dependências das APS, impressoras que não funcionam, caracterizando a situação de caos nos locais de trabalho. Outro dado estarrecedor : o Cadastro Nacional de Informações dos Segurados descumprido a cláusula segunda do

Acordo de Greve de 2005 (documento do qual o próprio governo foi signatá-rio), que previa a incorporação das gra-tificações. Repudiada pela plenária da Fenasps, a avaliação individual e institucional como critério para recebi-mento de pontos na GDASS é classifi-cada por Fabiano como uma verdadeira ameaça ao servidor do INSS. Isso por-que tais avaliações poderão ser usadas para justificar punições e perseguições (como a não concessão de aumento na GDASS ou a colocação pura e simples do servidor em disponibilidade, caso o desempenho seja avaliado como insatis-fatório). Segundo Fabiano, o risco de isto ocorrer é real, uma vez que a avaliação institucional, que representa 80% do Medida Provisória 359/07

(PLV 15/07) segue provo-cando polêmica. Se por um lado atendeu parte do acordo de greve de 2005 do INSS – como o aumento no valor da GDASS –, de outro estabeleceu crité-rios de avaliação individual (20%) e institucional (80%) dos servidores, tema que não constou das discussões ocorri-das no GT sobre a reestruturação da nova carreira do Seguro Social.

Decisão arbitrária

Para Fabiano Villardo, diretor da Regional Serrana do Sindsprev-RJ, o critério de avaliação foi imposto pelo governo federal na MP 359 e no GT de forma autoritária, tendo com isso

nência no INSS. Ou seja, nenhum servidor deve se sentir coagido à trans-ferência para a RFB. Qualquer forma de pressão deve ser denunciada ao sin-dicato, que está atento para prevenir qualquer prejuízo aos trabalhadores.

Além de ter regulamentado o rea-juste da GDASS, a aprovação também

garantiu aos servidores lotados no INSS não enquadrados na carreira do Segu-ro Social o direito de opção à carreira nas condições previstas na lei 10.855/ 04, de maneira irretratável e sem ne-cessidade de parecer das chefias ime-diatas, num prazo de 120 dias, assegu-rando para si os direitos conquistados

pela categoria.

Mas atenção: enquanto o PLV 15/07 não for sancionado, não vigora a abertura de prazo para ingresso na carreira do seguro social nem o direito de opção irretratável aos redistribuídos à RFB. Para estes, vigora ainda o prazo de 180 dias para apresentem seus requerimentos.

Reivindicações dos servidores do INSS foram contempladas no PLV, mas pressão será necessária para garantir a sanção presidencial. Redistribuídos à RFB também devem participar desta luta

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