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ATOS DE PESSOAL SUJEITOS A REGISTRO PROF. MARCELO ARAGÃO MARÇO DE 2014

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(1)

ATOS DE PESSOAL SUJEITOS A

REGISTRO

(2)

COMPETÊNCIA FISCALIZADORA ESTABELECIDA

NO INCISO III DO ART. 71 DA CF

III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos

atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na

administração direta e indireta, incluídas as fundações

instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas

as nomeações para cargo de provimento em

comissão,

bem

como

a

das

concessões

de

aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as

melhorias

posteriores

que

não

alterem

o

(3)

ATOS SUJEITOS A REGISTRO PELO TC

São submetidos a registro pelo TC os seguintes atos:

Não são submetidos a registro pelo TC os seguintes atos

Admissões de pessoal feitas por órgãos e entidades de toda a administração pública (direta e indireta), a qualquer título (temporárias, servidores estatutários e celetistas).

Nomeações para cargo de provimento em comissão.

Concessões de reformas, aposentadorias e pensões pagas com recursos do Tesouro Nacional (TCU) ou do DF (TCDF) (não inclui os benefícios pagos pelo regime geral de previdência).

Os atos posteriores (melhorias) que não alterem o fundamento do ato concessório inicial.

(4)

ALTERAÇÕES POSTERIORES A SEREM OU NÃO

APRECIADAS

• Constituem alteração do fundamento legal do ato concessório as eventuais revisões de tempo de serviço ou contribuição que impliquem alteração no valor dos proventos e as melhorias posteriores decorrentes de acréscimos de novas parcelas, gratificações ou vantagens de qualquer natureza, bem como a introdução de novos critérios ou bases de cálculo dos componentes do benefício, quando tais melhorias se caracterizarem como vantagem pessoal do servidor público civil ou do militar e não tiverem sido previstas no ato concessório originalmente submetido à apreciação do Tribunal.

• Não se encontram sujeitas a registro, e, portanto, não devem ser remetidas ao Tribunal, as alterações no valor dos proventos decorrentes de acréscimos de novas parcelas, gratificações ou vantagens concedidas em caráter geral ao funcionalismo ou

(5)

NATUREZA DOS ATOS SUJEITOS A REGISTRO

O registro de concessão de aposentadoria, reforma ou

pensão

é

considerado

condição

resolutiva

para

eficácia da concessão.

O pagamento do benefício não depende do registro,

iniciando-se logo após à produção do ato pelo órgão ou

entidade pagadora. Porém, se o registro for negado, o

pagamento deve cessar imediatamente.

Não há direito adquirido do aposentado, reformado ou

pensionista, pois o ato só se aperfeiçoa com a concessão

do registro pelo órgão de contas.

(6)

NATUREZA DOS ATOS SUJEITOS A REGISTRO

Em mais de uma oportunidade, o Supremo Tribunal

Federal manifestou-se nesse sentido. Exemplo:

O ato de aposentadoria configura ato administrativo

complexo, aperfeiçoando-se somente com o registro

perante o Tribunal de Contas. Submetido à condição

resolutiva, não se operam os efeitos da decadência

antes da vontade final da Administração (MS nº

24.997/DF; Rel. Min. Eros Grau, DJ 01/04/05.

(7)

NATUREZA DOS ATOS SUJEITOS A REGISTRO

QUESTÃO PROVA PROCURADOR MINISTÉRIO PÚBLICO

TCDF 2013

– CESPE

37

O

direito

da

administração

de

anular

os

atos

administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os

destinatários decai em cinco anos, contados da data em que

foram

praticados.

Não

obstante,

segundo

orientação

jurisprudencial que vem sendo firmada no âmbito do STF,

não

se

opera

esse

prazo

decadencial

no

período

compreendido entre o ato administrativo concessivo de

aposentadoria ou pensão e o posterior julgamento de sua

legalidade e registro pelo TCU - que consubstancia o

exercício da competência constitucional de controle externo.

(8)

TRÂMITE DESSES ATOS

A autoridade administrativa responsável por ato de

admissão de pessoal ou de concessão de aposentadoria,

reforma ou pensão, submeterá os dados e informações

necessários a respeito ao órgão de controle interno

Compete ao controle interno emitir parecer sobre a

legalidade dos referidos atos e torná-los disponíveis à

apreciação do TC.

O Tribunal determinará ou recusará o registro dos atos,

conforme os considere

, respectivamente, legais ou ilegais.

(9)

APRECIAÇÃO PELO TRIBUNAL

Ao apreciar os atos sujeitos a registro, o Tribunal:

considerará legais e ordenará o registro dos atos nos quais

não tenham sido identificadas falhas ou inconsistências;

considerará ilegais e negará o registro dos atos editados em

desconformidade com a legislação pertinente.

Os atos que, a despeito de apresentarem algum tipo de

inconsistência ou irregularidade em sua versão submetida ao

exame do Tribunal, não estiverem dando ensejo, no momento

de sua apreciação de mérito, a pagamentos irregulares, serão

considerados legais, para fins de registro, com determinação

ao órgão ou à entidade de origem para efetivação das devidas

anotações nos assentamentos funcionais dos servidores.

(10)

APRECIAÇÃO PELO TRIBUNAL

Considerado o ato ilegal, o Tribunal fixará prazo para que

o órgão ou entidade de origem adote as medidas

saneadoras cabíveis, fazendo cessar todo e qualquer

pagamento decorrente do ato impugnado, e comunique ao

Tribunal, no mesmo prazo, as providências adotadas, sob

pena de solidariedade da autoridade administrativa na

obrigação de ressarcimento das quantias pagas após

essa data, sem prejuízo das sanções previstas na Lei

Orgânica do Tribunal.

(11)

CONTRADITÓRIO NA APRECIAÇÃO, PELO TC, DOS

ATOS DE CONCESSÃO DE APOSENTADORIA,

REFORMA E PENSÃO – JURISPRUDÊNCIA DO STF

A jurisprudência clássica do STF considerava desnecessário

o contraditório na apreciação, pelo TCU, da legalidade dos

atos de concessão de aposentadoria, reforma e pensão.

Os fundamentos eram diversos: a relação era travada

apenas entre a própria administração pública e o Tribunal de

contas, ou seja, seria uma relação endoadministrativa (MS

24.784); o contraditório se daria no recurso (MS 24.001) e, o

mais frequente, trata-se de ato administrativo complexo,

somente se aperfeiçoando com a apreciação do TCU (MS

24.742).

(12)

CONTRADITÓRIO NA APRECIAÇÃO, PELO TC, DOS

ATOS DE CONCESSÃO DE APOSENTADORIA,

REFORMA E PENSÃO – JURISPRUDÊNCIA DO STF

Uma exceção a esse entendimento foi consignada no MS

24.268, no qual foi enfatizado que a segunda apreciação do

ato,

por

exemplo,

revisão

de

ofício,

necessita

de

contraditório. Posição reafirmada no MS 24.728.

Outra exceção consiste no caso em que há imputação de

má-fé

ao

interessando,

situação

que

também

exige

contraditório prévio (MS 24.927).

Esses

precedentes

foram

consolidados

na

Súmula

Vinculante nº 3, na qual há ressalva expressa da apreciação

da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria,

reforma e pensão.

(13)

CONTRADITÓRIO NA APRECIAÇÃO, PELO TC, DOS

ATOS DE CONCESSÃO DE APOSENTADORIA,

REFORMA E PENSÃO – JURISPRUDÊNCIA DO STF

STF Súmula Vinculante nº 3. Processos Perante o Tribunal

de Contas da União Contraditório e Ampla Defesa

-Anulação

ou

Revogação

de

Ato

Administrativo

-Apreciação da Legalidade do Ato de Concessão Inicial de

Aposentadoria, Reforma e Pensão

Nos processos perante o tribunal de contas da união

asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da

decisão puder resultar anulação ou revogação de ato

administrativo que beneficie o interessado, excetuada a

apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de

aposentadoria, reforma e pensão.

(14)

CONTRADITÓRIO NA APRECIAÇÃO, PELO TC, DOS

ATOS DE CONCESSÃO DE APOSENTADORIA,

REFORMA E PENSÃO – JURISPRUDÊNCIA DO STF

A seguir, foram realizadas reflexões por ocasião do julgamento do MS 25.116.

Defendeu o Relator, Ministro Carlos Britto, que se o TCU não apreciasse o ato em cinco anos, deveria ser franqueado o contraditório antes do julgamento.

Os Ministros Marco Aurélio, Sepúlveda Pertence e Ellen Gracie defenderam a desnecessidade de contraditório, nos termos da jurisprudência tradicional.

Já os Ministros Cezar Peluso e Celso de Mello defenderam a incidência de contraditório em qualquer situação.

Venceu a tese do Relator, acompanhado pelos Ministros Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Joaquim Barbosa.

(15)

CONTRADITÓRIO NA APRECIAÇÃO, PELO TC, DOS

ATOS DE CONCESSÃO DE APOSENTADORIA,

REFORMA E PENSÃO – JURISPRUDÊNCIA DO STF

Restava definir o termo inicial para a contagem desse prazo

de cinco anos. Nos segundos embargos de declaração no

MS 26.053, definiu-se que esse prazo é contado a partir da

data em que o processo administrativo é recebido na Corte

de

Contas.

Mais

recentemente,

esclareceu-se

que

o

ingresso não se confunde com a autuação, sendo a data

daquele

o termo

inicial

para

a contagem

do

prazo

quinquenal (MS 31.342 AgR).

(16)

CONTRADITÓRIO NA APRECIAÇÃO, PELO TC, DOS

ATOS DE CONCESSÃO DE APOSENTADORIA,

REFORMA E PENSÃO – JURISPRUDÊNCIA DO STF

Em síntese,

a) a apreciação, pelo TCU, dos atos de concessão de

aposentadoria, reforma e pensão, prescinde, em regra, de

prévio contraditório;

b) o contraditório faz-se necessário em três situações:

b.1) revisão de ato já registrado;

b.2) imputação de má-fé ao interessado;

(17)

EXERCÍCIOS

1) (TCM/RJ/2011) Um servidor requer a sua aposentadoria. A Administração Pública defere esse pedido e o remete ao Tribunal de Contas, para o seu registro. Antes do julgamento desse registro, o Tribunal de Contas determina a realização de uma diligência, que consiste em uma recomendação ao órgão da Administração Pública para que reveja a sua decisão sobre a aposentadoria. Instado a se manifestar, o aludido órgão reitera as suas razões para deferir a aposentadoria. Diante dessa resposta, caberá ao Tribunal de Contas:

(A) determinar ao órgão público que atenda à sua recomendação

(B) aplicar sanção administrativa ao administrador público que deixou de atender à recomendação

(C) apreciar o pedido de aposentadoria, podendo negar o seu registro, caso entenda que as condições para o seu deferimento não estejam presentes

(D) obrigatoriamente, deferir o registro da aposentadoria

(E) questionar o administrador público sobre o não atendimento à recomendação

(18)

EXERCÍCIOS

2) (TCM/RJ/2011) A Constituição de 1988 ampliou significativamente as

competências do Tribunal de Contas da União e, consequentemente, dos Tribunais de Contas dos Estados e dos Municípios. Entre essas competências, está a de apreciar, para fins de registro, a legalidade das concessões de aposentadorias, reformas e pensões. Com respeito a essa

atribuição, verifica-se que:

(A) o registro das aposentadorias, reformas e pensões não é requisito de validade e eficácia desses benefícios, caracterizando-se como um ato formal, que confere publicidade ao ato de concessão

(B) caberá ao Tribunal de Contas examinar a legalidade da concessão da aposentadoria, reforma ou pensão, podendo negar o registro, caso julgue que os requisitos para a concessão do benefício não estejam presentes, ou até rever o ato de concessão, para aumentar ou reduzir o valor dos proventos ou pensão fixados

(19)

EXERCÍCIOS

(C) a concessão de aposentadoria, reforma e pensão é um ato composto, por meio do qual caberá à Administração Pública conceder o benefício, mas a sua exequibilidade dependerá de posterior verificação pelo Tribunal de Contas

(D) a concessão de aposentadoria, reforma e pensão se dá por meio de um processo administrativo, cuja decisão final e definitiva caberá ao Tribunal de Contas, que deverá apreciar a legalidade do benefício requerido e promover o seu registro, se o pedido for deferido

(E) a concessão de aposentadoria, reforma e pensão é um ato complexo, que somente se aperfeiçoa pelas manifestações convergentes da Administração Pública e do Tribunal de Contas

(20)

EXERCÍCIOS

3) (TCM/RJ/2011) Durante um procedimento de tomada de contas ocorrido em uma empresa pública, verificou-se que atos de admissão resultantes de concurso interno para ascensão a empregos públicos não tinham sido levados à apreciação do Tribunal de Contas, para fins de registro. Diante dessa situação, deverá o Tribunal de Contas:

(A) determinar à empresa pública que promova o competente registro daqueles atos de admissão de pessoal junto ao Tribunal de Contas

(B) efetuar o registro daqueles atos de admissão de pessoal, aplicando multa ao administrador que deixou de fazê-lo

(C) declarar a ilegalidade dos atos de admissão, em razão da

inconstitucionalidade da ascensão a emprego público, e, consequentemente, negar registro àqueles atos de admissão

(D) impor sanções administrativas pelo atraso no registro daqueles atos de pessoal

(E) efetuar o registro daqueles atos de pessoal, recomendando ao chefe do setor de recursos humanos que leve à apreciação do Tribunal de Contas os atos de admissão de pessoal, inclusive aqueles decorrentes de ascensão funcional

(21)

EXERCÍCIOS

4) (TCE/RJ/2012) Sobre o controle exercido pelo Tribunal de Contas do

Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), ao apreciar a legalidade dos atos de admissão de pessoal decorrentes de concurso público para provimento de cargos efetivos no âmbito da Assembleia Legislativa do Estado (ALERJ), é correto afirmar que se trata de:

A) controle externo, jurisdicional-administrativo e concomitante; B) controle externo, legislativo e prévio;

C) controle interno, parlamentar e posterior;

D) controle externo, para fins de registro e posterior; E) controle interno, administrativo e posterior.

(22)

EXERCÍCIOS

5) Assinale a alternativa correta.

A) nos processos perante o Tribunal de Contas da União, asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da apreciação de legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.

B) em processo concernente à admissão de pessoal ou concessão de aposentadoria, reforma ou pensão, apreciados pelo TCDF, caberão recursos de reconsideração, embargos de declaração e revisão.

C) o Tribunal de Contas pode apreciar, para fins de registro, os provimentos efetivos e em comissão.

D) constatada a ocorrência de ilegalidade no ato concessivo de aposentadoria, é lícito ao Tribunal de Contas proceder a inovação no título jurídico de aposentado, ordenando correção posterior.

E) caso o titular de um órgão do governo distrital tenha nomeado determinado cidadão para o cargo de chefe do seu gabinete, o TCDF não precisa apreciar, para fins de registro, a referida nomeação.

(23)

EXERCÍCIOS

6) (TCE/AC/CESPE/2009) Em conformidade com a CF, os atos

relacionados a pessoal que são apreciados pelo TCU para fins de registro ou reexame não incluem

A) a admissão de pessoal nas empresas públicas.

B) a admissão de pessoal nas fundações instituídas e mantidas pelo poder público.

C) as nomeações para cargo de provimento em comissão na administração direta.

D) a concessão inicial de pensão.

E) as melhorias posteriores em aposentadorias que tenham alterado o fundamento legal da concessão inicial.

Referências

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