08
set
2019
Gustav Mahler
Jugendorchester
Herbert Blomstedt
Christian Gerhaher
mecenas principal gulbenkian música mecenas ciclo piano mecenas concertos de domingo mecenas
estágios gulbenkian para orquestra mecenas
música e natureza Duração total prevista: c. 1h 50 min.
Intervalo de 20 min.
Gustav Mahler Jugendorchester
Herbert Blomstedt
MaestroChristian Gerhaher
BarítonoAntonín Dvořák
Canções Bíblicas, op. 99
1. Ele está rodeado de nuvens e escuridão 2. Tu és o meu amparo e a minha proteção 3. Ouve, ó Deus! Ouve a minha oração 4. O Senhor é o meu pastor
5. Deus! Deus! Um cântico novo 6. Ouve, ó Deus, o meu clamor 7. Junto aos rios da Babilónia
8. Olha para mim e tem piedade de mim 9. Levanto os olhos para os montes 10. Cantai ao Senhor um cântico novo
intervalo
Anton Bruckner
Sinfonia n.º 6, em Lá maior
Majestoso Adagio Scherzo Finale 08 SETEMBRO DOMINGO 18:00 — Grande AuditórioCiclo Grandes
Intérpretes
Canções Bíblicas, op. 99
composição: 1894 duração: c. 25 min.
Canções Bíblicas, op. 99, constitui o derradeiro
ciclo de canções do compositor checo Antonín Dvorák, composto no curso da sua estadia nos Estados Unidos da América, corria o mês de março de 1894. É muito interessante e revelador que o músico, de matriz católica, tenha escolhido como fonte de inspiração os salmos da denominada Bíblia de Kralice, a primeira tradução para língua checa das Sagradas Escrituras, empreendida por seguidores da Reforma protestante. Terá sido esta a solução encontrada por Dvorák para reavivar a ligação às raízes da cultura natal, numa altura em que se sentia isolado da maior parte da família e dos amigos mais próximos. A versão originária dos dez salmos bíblicos foi destinada à formação de canto e piano, sobejamente explorada por Dvorák em recolhas anteriores, mas o prodigioso talento sinfónico que possuía levou-o a orquestrar as cinco primeiras canções do ciclo, logo no início do ano de 1895. As restantes cinco canções foram objeto de versões orquestrais póstumas, pela pena dos compositores checos Jan Hanuš (1915-2004) e Jarmil Burghauser (1921-1997). As Canções Bíblicas, op. 99, encerram grande variedade de soluções musicais, de natureza
rítmica, melódica ou harmónica, consoante a semântica dos textos sacros. Passamos, por exemplo, da atmosfera altamente cromática e difusa de Ele está rodeado de nuvens e escuridão (canção n.° 1) para um plano de grande linearidade tonal em Ouve, ó Deus! Ouve a minha
oração (n.º 3). De permeio, Tu és o meu amparo e a minha proteção (n.º 2), revela a oscilação do
crente, entre a esperança na salvação e o receio da morte, produzida por recurso à alternância entre o modo maior e o modo menor.
A influência das danças tradicionais dos índios iroqueses está presente na última canção do ciclo, Cantai ao Senhor um cântico novo (n.º 10), mas outras alusões ao universo afro-americano são subtilmente processadas por Dvorák, como acontece em O Senhor é o meu pastor (n.º 4) e Junto
aos rios da Babilónia (n.º 7). O regozijo do salmista
em Deus! Deus! Um cântico novo (n.º 5) contrasta com o tom implorante de Ouve, ó Deus, o meu
clamor (n.º 6) e de Olha para mim e tem piedade de mim (n.º 8), momentos em que o crente recorda
o pecado e a miséria humanos. No salmo seguinte, Levanto os olhos para os montes (n.º 9) o compositor enunciou algumas das mais belas modulações de todo o ciclo, inspiradas pelo tom de confiança do crente no seu Deus.
Antonín Dvořák
Nelahozeves, 8 de setembro de 1841 Praga, 1 de maio de 1904ˇ
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mãos que oram.
Zaletěl bych a poodpočinul. Aj, daleko bych se vzdálil, A prěbýval bych na poušti. Pospíšil bych ujíti větru Prudkému a vichřici. 4. Hospodin jest muj pastýr
(Salmo 23:1-4)
Hospodin jest můj pastýř; Nebudu míti nedostatku. Na pastvách zelených pase mne, K vodám tichým mne přivodí. Duši mou občerstvuje; Vodí mne po stezkách Spravedlnosti pro jméno své. Byť se mi dostalo jíti Přes údolí stínu smrti: Nebuduť se báti zlého, Nebo Ty se mnou jsi; A prut Tvůj a hůl Tvá, Toť mne potěšuje.
5. Bože! Bože! písen novou
(Salmos 144:9; 145:1-3, 5/6)
Bože! Bože! píseň novou Zpívati budu Tobě na loutně, A žalmy Tobě prozpěvovati. Na každý den dobrořečiti budu Tobě A chváliti jméno Tvé na věky věků. Hospodin jistě veliký jest A vší chvály hodný,
A velikost jeho nemůž vystižena býti. O slávě a kráse a velebnosti Tvé,
I o věcech Tvých předivných mluviti budu. A moc přehrozných skutků Tvých Všichni rozhlašovati budou; I já důstojnost Tvou Budu vypravovati.
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Para poder voar e encontrar abrigo. Sim, fugiria para bem longe, E viveria no deserto.
Apressar-me-ia em busca de refúgio Contra o furação e a tempestade.
O Senhor é o meu pastor
O Senhor é o meu pastor; Nada me falta.
Em verdes prados me faz descansar, E conduz-me às águas refrescantes. Reconforta a minha alma; Guia-me por caminhos retos, Por amor do seu nome. Ainda que atravesse O vale da sombra da morte: De nenhum mal terei medo, Porque Tu estás comigo; A tua vara e o teu cajado Dão-me confiança.
Deus! Deus! Um cântico novo
Deus! Deus! Um cântico novo Cantarei para Ti no alaúde, E os salmos Te louvarão. Exaltarei a tua grandeza Bendirei o teu nome para sempre. O Senhor é grande
E digno de todo o louvor, E a sua grandeza é insondável.
Anunciarão o esplendor da tua majestade E eu meditarei sobre as tuas maravilhas. Contarão o poder
Das tuas obras E eu proclamarei A tua grandeza.
Biblické Písně / Canções Bíblicas, op. 99
Antonín Dvorák
1. Oblak a mrákota jest vukol neho
(Salmo 97:2-6)
Oblak a mrákota jest vůkol něho, Spravedlnost a soud základ trůnu jeho.
Oheň předchází jej a zapaluje vůkol nepřátele jeho. Zasvěcujíť se po okršku světa blýskání jeho; To vidouc země děsí se.
Hory jako vosk rozplývají se před obličejem Hospodina,
Panovníka vší země.
A slávu jeho spatřují všichni národové. 2. Skrýše má a paveza má Ty jsi
(Salmos 119:114-117; 120)
Skrýše má a paveza má Ty jsi, Na slovo vzaté očekávám. Odstuptež ode mne, nešlechetníci, Abych ostříhal přikázáni Boha svého. Posiluj mne, bych zachován byl, A patřil ku stanoveným Tvým ustavičně. Děsí se strachem před Tebou tělo mé, Nebo soudů Tvých bojím se náramně. 3. Slyš, ó Bože! Slyš modlitbu mou
(Salmo 55:1/2, 4-8)
Slyš o Bože! slyš modlitbu mou, Neskrývej se před prosbou mou. Pozoruj a vyslyš mne;
Neboť naříkám v úpění svém, A kormoutím se.
Srdce mé tesklí ve mně, A strachové smrti přišli na mne, A hrůza přikvačila mne.
I řekl jsem: Ó bych měl křídla jako holubice,
Ele está rodeado de nuvens e escuridão
Ele está rodeado de nuvens e escuridão, Justiça e direito são a base do seu trono. Precede-o um fogo que abrasa os inimigos em redor.
Os seus relâmpagos iluminam o mundo; A terra vê-os e estremece.
As montanhas derretem-se como cera, Diante do Senhor de toda a terra.
E todos os povos contemplam a sua grandeza.
Tu és o meu amparo e a minha proteção
Tu és o meu amparo e a minha proteção; Na tua palavra pus a minha esperança. Afastai-vos de mim, pecadores,
Pois quero cumprir os mandamentos do meu Deus. Ampara-me, segundo a tua promessa,
E observarei sempre os teus decretos.
O meu corpo estremece de temor na tua presença, E os teus decretos inspiram-me respeito.
Ouve, ó Deus! Ouve a minha oração
Ouve, ó Deus! Ouve a minha oração, Não rejeites a minha súplica. Ouve-me e responde-me; Estou atormentado pela angústia, E estou em desalento.
O coração aperta-se no meu peito, E os terrores da morte caem sobre mim, Apodera-se de mim o terror.
E exclamo: quem me dera ter asas como a pomba,
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8. Popatriž na mne a smiluj se nade mnou (Salmo 25:16-18, 20)
Popatřiž na mne a smiluj se nade mnou nebot’ jsem opuštěný a ztrápený. Soužení srdce mého rozmnožují se, z úzkostí mých vyved’ mne. Smiluj se nade mnou! Viz trápení mé a bídu mou a odpust’ všecky hřichy mé. Ostříhej duše mé a vytrhni mne, at’ nejsem zahanben,
nebot’ v Tebe doufám.
9. Pozdvihuji ocí svých k horám (Salmo 121: 1-4)
Pozdvihuji očí svých k horám, Odkud by mi přišla pomoc. Pomoc má jest od Hospodina, Kterýž učinil nebe i zemi. Nedopustít’, aby se pohnouti Měla noha Tvá,
Nebo nedřímet’ strážný Tvůj. Aj, nedřímet’, ovšem nespí ten, Kterýž ostříhá Izraele.
10. Zpívejte Hospodinu písen novou (Salmos 98:1, 4/5, 7/8; 96:11/12)
Zpívejte Hospodinu píseň novou, Neboť jest divné věci učinil; Zvuk vydejte, prozpěvujte A žalmy zpívejte.
Zvuč, moře, i to, což v něm jest; Okršlek světa, i ti, což na něm bydlí. Řeky rukama plesejte,
Spolu s nimi i hory prozpěvujte. Plesej, pole, a vše, což na něm; Plesej, země, zvuč i moře, I což v něm jest.
Olha para mim e tem piedade de mim
Olha para mim e tem piedade de mim porque estou solitário e aflito. A aflição do meu coração multiplica-se liberta-me das minhas ansiedades Tem piedade de mim!
Olha para a minha aflição e para a minha dor e perdoa todos os meus pecados.
Guarda a minha alma, e livra-me, Não me deixes confundido, porquanto confio em ti.
Levanto os olhos para os montes
Levanto os olhos para os montes; De onde me virá o auxílio. O meu auxílio vem do Senhor, Que fez o céu e a terra.
Ele não deixará que vacilem os teus pés; Aquele que te guarda,
Não dormirá.
Pois não há de dormir nem dormitar. Aquele que guarda Israel.
Cantai ao Senhor um cântico novo
Cantai ao Senhor um cântico novo, Porque Ele fez maravilhas; Exultai de alegria e cantai E cantai os salmos.
Ressoe o mar e tudo o que ele contém; O mundo inteiro e os que nele habitam. Os rios aplaudam;
Regozijem-se também as montanhas. Alegrem-se os campos e todos os seus frutos; Exulte a terra e ressoe o mar
E tudo o que nele existe.
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6. Slyš, o Bože, volání mé
(Salmos 61:1, 3, 4; 63:1, 4-5)
Slyš, o Bože, volání mé, pozoruj modlitby mé! Nebo jsi býval útočiště mé a pevná věže před tváří nepřítele. Budu bydleti v stánku Tvém na věky, schráním se v skrýši křídel Tvých. Bože! Bůh silný můj Ty jsi, tebe hned v jitře hledám, tebe žízní duše má, po Tobě touží tělo mé, v zemi žíznivé a vyprahlé, v níž není vody.
A tak, abych Tobě dobrořečil a s radostným rtů prozpěvováním chválila by Tě ústa má.
7. Pri rekách babylonských (Salmo 137:1-5)
Při řekách babylonských, tam jsme sedávali a plakávali, rozpomínajíce se na Sion. Na vrby v té zemi zavěšovali jsme citary své, a když se tam dotazovali nás ti, kteříž nás zajali,
na slova písničky, říkajíce:
Zpívejte nám některou píseň Sionskou, odpovídali jsme:
Kterakž bychom mohli zpívati píseň Hospodinovu
v zemi cizozemců?
Jestliže se zapomenu na tebe, ó Jeruzaléme,
ó zapomeniž i pravice má umění svého. ˇ ˇ
Ouve, ó Deus, o meu clamor
Ouve, ó Deus, o meu clamor, atende à minha oração! Pois tens sido o meu refúgio e uma torre forte contra o inimigo. Habitarei no teu tabernáculo para sempre, abrigar-me-ei no oculto das tuas asas. Deus! Tu és o meu Deus,
de madrugada te buscarei, a minha alma tem sede de ti, a minha carne deseja-te numa terra seca e cansada, onde não há água. Assim eu te bendirei e a minha boca te louvará com alegres lábios.
Junto aos rios da Babilónia
Junto aos rios da Babilónia, sentámo-nos e chorámos, lembrando-nos de Sião. Nos salgueiros que ali há pendurámos as nossas harpas,
porquanto aqueles que nos levavam cativos, nos pediam uma canção,
e que os alegrássemos, dizendo: Cantai-nos um dos cânticos de Sião, nós respondemos:
Mas como entoaremos o cântico do Senhor em terra estranha? Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém,
notas de rui cabral lopes
Sinfonia nº 6, em Lá maior
composição: 1879-1881
estreia (integral): 26 de fevereiro de 1899 duração: c. 55 min.
Como vários outros exemplos do catálogo sinfónico de Anton Bruckner, a Sinfonia n.º 6 teve uma génese prolongada devido às numerosas revisões e alterações a que o texto musical foi sendo sujeito, entre o outono de 1879 e o mês de setembro de 1881. O compositor nunca chegou a elaborar uma versão definitiva da partitura, sendo visíveis diferenças de pormenor entre as edições dos musicólogos Robert Haas e Leopold Nowak. No rescaldo da bem-sucedida Sinfonia n.º 4, em Mi bemol maior, “Romântica”, estreada em Viena, a 20 de fevereiro de 1881, Bruckner teve a oportunidade de concluir a Sinfonia n.º 6 em ambiente de franco otimismo, propício à concretização de um projeto de grande escala com forte pendor espiritual, o qual, em última análise, foi dedicado ao Criador, como gesto de profundo agradecimento. Caracterizada por uma linguagem musical audaciosa, por vezes surpreendente, a Sinfonia n.º 6 conheceu estreia integral póstuma em Viena, a 26 de fevereiro de 1899, sob a direção do carismático compositor e maestro Gustav Mahler.
O caráter intrépido do idioma de Bruckner faz-se sentir a partir dos compassos iniciais do primeiro andamento, Majestoso, com a palpitação constante de um motivo rítmico obsessivo nas cordas, o qual virá a tornar-se elemento recorrente da partitura. O imponente tema principal é enunciado, piano, pelos violoncelos e contrabaixos e depois repetido pelo tutti orquestral, com grande saliência
das trompas e trombones. Já o segundo tema é introduzido pela flauta, com a indicação
Bedeutend langsamer (“Muito mais lento”),
na tonalidade de Mi bemol maior. Um terceiro elemento temático é exposto fortissimo e em uníssono, no seio de uma textura dominada pela vivacidade dos complexos rítmicos. Segue-se o prolongado desenvolvimento, secção que explora, como habitualmente, os campos tonais mais afastados da tonalidade principal. Após a recapitulação tem lugar uma coda conclusiva, na qual sobressai o timbre brilhante dos trompetes. A vertente mais lírica do pensamento de Bruckner sobressai no segundo andamento,
Adagio, o qual faz recordar a escrita orquestral
do compositor russo Piotr Ilitch Tchaikovsky. Ao nostálgico primeiro tema sucede um
Anton Bruckner
Ansfelden, 4 de setembro de 1824 Viena, 11 de outubro de 1896segundo tema de cariz expressivo, entoado pelos violinos na tonalidade de Mi maior. São igualmente os primeiros violinos a introduzir o terceiro tema, desta vez com caráter triste, fúnebre, claramente associado a uma dimensão mais sombria da experiência humana. Em terceiro lugar, Bruckner posicionou um Scherzo, indicado Nicht schnell (“Sem precipitação”), em grande medida devido à originalidade das suas atmosferas harmónicas, as quais despertam um sentimento épico, lendário, capaz de imergir profundamente o ouvinte no continuum de ideias musicais. O quarto e último andamento, Finale, baseia-se, tal como o primeiro, numa forma de sonata regular, dotada de exposição com três temas. O primeiro tema é apresentado pelos violinos sobre os pizzicati das cordas graves e o tremolo
ligeiro das violas. As trompas, em registo agressivo, vêm desestabilizar a harmoniosa conjunção das cordas até conseguirem impor o segundo tema, de perfil essencialmente rítmico. São de novo as cordas que expõem o terceiro tema, ansiando por regressar ao lirismo e à serenidade do anterior Adagio. O desenvolvimento tem por base a engenhosa progressão da tonalidade de Dó maior para a tonalidade relativa de Lá menor, servindo de prelúdio à recapitulação de todos os temas principais da exposição, pela ordem original de apresentação. Qual derradeira reminiscência, na triunfante coda final ecoa um breve segmento do tema inicial da obra, entoado pelos trombones.
Herbert Blomstedt
Maestro © r en sk e v ro li jkChristan Gerhaher
Barítono © g re go r h oh en be rgDurante os seus estudos com Paul Kuen e Raimund Grumbach, o barítono alemão Christian Gerhaher frequentou a Escola de Ópera da Academia de Música de Munique e, em conjunto com Gerold Huber, estudou Interpretação de Lied com Friedemann Berger. Aperfeiçoou-se nas master-classes de Dietrich Fischer-Dieskau, Elisabeth Schwarzkopf e Inge Borkh. Atualmente orienta as suas próprias master-classes e é professor honorário na Academia de Música de Munique. Foi-lhe atribuído o título Bayerischer Kammersänger e a
Bayerische Maximiliansorden für Wissenschaft und Kunst. As interpretações de Christian Gerhaher
e Gerold Huber, o seu pianista acompanhador, estabeleceram novos padrões de abordagem ao Lied, tendo as suas gravações merecido a atribuição de vários prémios, incluindo o BBC
Music Award e o Nachtigall, o prémio honorário
da Deutsche Schallplatenkritik. O álbum
Nachtviolen recebeu o Gramophone Classical Music Award em 2015.
Christian Gerhaher apresenta-se nas principais salas de concertos, sob a direção de maestros como S. Rattle, D. Harding, B. Haitink, C. Thielemann, K. Petrenko, N. Harnoncourt, P. Boulez, D. Barenboim, A. Nelsons, K. Nagano ou M. Jansons. Grandes orquestras solicitam
regularmente a sua colaboração, incluindo a Sinfónica de Londres, a Orquestra do Concertgebouw de Amesterdão, a Filarmónica de Berlim – primeiro cantor de sempre como artista em residência – ou a Sinfónica da Rádio da Baviera. Sob a direção de Daniel Harding, Gerhaher gravou o seu primeiro álbum de árias de ópera, centrado no período romântico alemão, tendo então recebido o International
Opera Award 2013. Entretanto, outro recital
de ópera foi lançado em CD em 2015: “Árias de Mozart”, em colaboração com a Freiburg Baroque Orchestra.
No domínio das produções de ópera, Christian Gerhaher atuou na Ópera de Frankfurt, na Ópera Estadual de Viena, no Theater an der Wien, no Teatro Real de Madrid, na Royal Opera House - Covent Garden de Londres, bem como nos Festivais de Salzburgo, Edimburgo e Lucerna, entre outros palcos. Pelas suas interpretações de Prinz von Homburg (H. W. Henze) e Wolfram (Tannhäuser de Wagner), em Viena e Munique, foi votado “Cantor do Ano” pela revista Opernwelt e recebeu o prestigioso Prémio Laurence Olivier. A sua interpretação de Pelléas (Pélleas et
Mélisande de Debussy) mereceu a atribuição
do Deutsche Theaterpreis “Der Faust“. Nobreza, fascínio, sobriedade e modéstia são
qualidades que desempenham um importante papel na coexistência humana e que são certamente apreciadas. No entanto, são algo atípicas de personalidades proeminentes como os maestros. Neste domínio, Herbert Blomstedt será sempre visto como uma exceção, precisamente porque exibe essas mesmas qualidades que aparentemente têm tão pouco a ver com uma declarada pretensão de liderança. O facto de desafiar os clichés usuais em muitos aspetos, não deve, no entanto, conduzir à assunção de que Blomstedt não tem o poder de afirmar objetivos musicais claramente definidos. Nos seus ensaios, o maestro concentra-se na essência da música, na precisão do fraseado e dos factos e circunstâncias musicais que surgem na partitura, na forma tenaz de implementar uma determinada visão estética. Basicamente, Blomstedt sempre representou o tipo de artista cuja competência profissional e autoridade natural tornam supérflua qualquer ênfase externa. O seu trabalho como maestro está intimamente ligado à sua religiosidade e ethos humano. A fidelidade à partitura e uma extrema precisão analítica insuflam a música com uma alma que a desperta para uma vida palpitante.
Ao longo de mais de sessenta anos de carreira, Herbert Blomstedt ganhou o respeito sem restrições do mundo musical. Nasceu nos Estados Unidos da América, sendo filho de pais suecos. Cresceu e estudou em Uppsala, Nova Iorque, Darmstadt e Basileia e estreou-se como maestro em 1954 à frente da Orquestra Filarmónica de Estocolmo. Foi Maestro Principal da Filarmónica de Oslo, da Orquestra da Rádio Sueca, da Orquestra da Rádio Dinamarquesa e da Staatskapelle Dresden. Mais tarde foi Diretor Musical da Sinfónica de São Francisco, Maestro Principal da Sinfónica NDR de Hamburgo e Diretor Musical da Orquestra do Gewandhaus de Leipzig. É Maestro Laureado das Sinfónicas de São Francisco, Leipzig, Copenhaga, Estocolmo, Dresden, Bamberg e NHK de Tóquio. Foram-lhe conferidos vários doutoramentos honorários, é membro eleito da Real Academia Sueca de Música e foi condecorado com a Cruz do Mérito da República Federal da Alemanha. Dirigiu todas as grandes orquestras mundiais e, com mais de noventa anos, continua a estar regularmente ao leme de muitas das principais orquestras internacionais, sempre com uma grande presença mental e física, além de entusiasmo e impulso artístico.
Gustav Mahler
Jugendorchester
Fundada em Viena em 1986/87, por iniciativa de Claudio Abbado, a Gustav Mahler
Jugendorchester (GMJO) é hoje considerada uma das melhores orquestras de jovens do mundo, tendo sido distinguida pela Fundação Cultural Europeia em 2007. Para além de encorajar o desenvolvimento e intercâmbio artístico de músicos jovens, foi a primeira orquestra internacional de jovens a abrir audições nos países do Leste europeu. Em 1992 alargou o seu âmbito aos músicos até aos 26 anos de idade, provenientes de toda a Europa. Em função desta sua abrangência geográfica, conta com o alto patrocínio do Conselho da Europa.
Anualmente, um júri internacional seleciona os músicos entre uma média de 2000 candidatos que se apresentam nas audições realizadas em mais de 25 cidades. O júri é constituído por destacados músicos de orquestras europeias, sendo estes também responsáveis pela preparação do repertório. Muitos dos antigos membros da GMJO integram atualmente as principais orquestras europeias, alguns deles como solistas dos respetivos instrumentos. O repertório da GMJO estende-se da música clássica à contemporânea, com especial incidência nas grandes obras sinfónicas do período romântico. O seu alto nível artístico
tem atraído muitos maestros de renome internacional como H. Blomstedt, P. Boulez, C. Davis, C. Eschenbach, P. Eötvös, I. Fischer, D. Gatti, B. Haitink, P. Järvi, M. Jansons, P. Jordan, V. Jurowski, I. Metzmacher, K. Nagano, V. Neumann, J. Nott, S. Ozawa, A. Pappano, ou F. Welser-Möst. Entre os solistas que colaboraram com a GMJO podem destacar-se Martha Argerich, Yuri Bashmet, Lisa Batiashvili, Renaud e Gautier Capuçon, Christian Gerhaher, Matthias Goerne, Susan Graham, Thomas Hampson, Leonidas Kavakos, Evgeny Kissin, Christa Ludwig, Radu Lupu, Yo-Yo Ma, Anne-Sophie Mutter, Anne Sofie von Otter, Maxim Vengerov, ou Frank Peter Zimmermann. A GMJO é convidada regular de prestigiados festivais e salas de concertos como o Concertgebouw de Amesterdão, o Suntory Hall de Tóquio, os Festivais de Salzburgo, Edimburgo, e Lucerna, os BBC Proms, ou a Semperoper Dresden. Desde 2010, tem-se apresentado todos os anos na Fundação Calouste Gulbenkian. Em 2012 teve início uma intensa parceria artística com a Staatskapelle Dresden. Por ocasião do seu 25.º aniversário, a Gustav Mahler Jugendorchester foi nomeada Embaixadora UNICEF Áustria. O Erste Group e o Vienna Insurance Group são os seus parceiros principais.
Gustav Mahler Jugendorchester
Claudio Abbado
(1933-2014) FundadorTobias Wögerer
Maestro AssistenteAlexander Meraviglia-Crivelli
Secretário Geral violinos i
Raphaëlle Moreau França Concertino Kamilia Boris Lituânia
Pablo Flores Regidor Espanha Laura Fougeroux França Valerie Gahl Áustria
Marta Gómez Gualix Espanha
Catarina Manuel Gonçalves de Resende Portugal Dumitrita Gore Roménia
Laura Katherina Handler Alemanha Agata Janczy Polónia
Torben Jans Alemanha Elena Luisa Lichte Alemanha Iona Mcdonald Grã-Bretanha Robin Magny França Manja Slak Eslovénia Mirjam Šolar Eslovénia Sara Sousa Cymbron Portugal violinos ii
Dorothee Appelhans Alemanha Principal Clara Ahsbahs França
Sesim Bezdüz Turquia Diane Cesaro França Vanessa De Luze Suíça Lois Decloitre França Iris Dominé França
Joschka Fléchet-Lessin França Antoine Guillier França Maria Gvozdetskaya Rússia Viola Klein Alemanha Margot Kolodziej Holanda Romance Leroy França Carolin Lindner Alemanha Sophia Maiwald Alemanha Mateusz Marut Polónia Florian Rainer Áustria Xenia Rubin Áustria violas
Héctor Cámara Ruiz Espanha Principal Ane Aguirre Nicolas Espanha Alicia Alvarez Lorduy Espanha
Cátia Alexandra Sousa dos Santos Portugal
Julia Casañas Castellvi Espanha Alba de Diego Herrera Espanha
Francisco de Oliveira Vassalo Lourenço Portugal Nicolas Garrigues França
Adèle Ginestet França
Patricia Gómez Carretero Espanha Lise Guérin França
Anna Meenderink Holanda Mathilda Piwkowski França Caroline Spengler Alemanha Marek Ulanski Polónia Agnieszka Zyniewicz Polónia violoncelos
Marlene Muthspiel Áustria Principal Chiara Borgogno Itália
Pauline Boulanger França Lisa Braun Áustria Maike Clemens Alemanha Pierre Deppe França
Constantin Duisberg Itália / Alemanha Emma Gergely França
Juliette Giovacchini França Alma Hernán Benedí Espanha Katarina Leskovar Eslovénia Emilija Mladenovic Sérvia contrabaixos
Javier Serrano Santaella Espanha Principal Selin Balkan Turquia
Clea Garzon Tenorio Espanha Clemens Holzner Áustria Anna Kögler Áustria
Francisca Ferreira de Sá Machado Portugal Mehdi Nejjoum França
María del Mar Rodríguez Matínez Espanha Julian Schlootz Alemanha
Klaudia Wielgórecka Polónia flautas
David Lopes e Silva Portugal Tomasz Sierant Polónia Luna Vigni Itália
´ ´ · © g m – m ár ci a l es sa
oboés
Louis Baumann França Yann-Joseph Thenet França Barbora Trncikova República Checa clarinetes
Claudia Camarasa Fort Espanha Stefan Dorfmayr Áustria Anna Sysová República Checa fagotes
Jérémy Bager Suíça Oscar Pérez Méndez Espanha Pedro Antonio Pérez Méndez Espanha trompas
José Nuno Carvalho Teixeira Portugal Rodrigo Ortiz Serrano Espanha Nuno Miguel Pinto Nogueira Portugal Eloy Schneegans França
Solène Souchères França trompetes
Roberto Manuel Bolaño Amigo Espanha Florian Buchard Suiça
Eliecer Caro Gomez Espanha Mary Tyvand Noruega
patrocinadores oficiais
Gustav Mahler Jugendorchester
trombones
Alberto Bonillo Losa Espanha William Foster Grã-Bretanha Ines Zeitlhofer Áustria trombone baixo Nejc Kurbos Eslovénia tuba
Matthijs Jannes Leffers Holanda percussão
Felix Kolb Alemanha Guillem Ruiz Brichs Espanha harpas
Sara D’Amico Itália Louise Grandjean França piano / celesta
Carlos Sanchis Aguirre Espanha
herbert blomstedt com gustav mahler jugendorchester © caroline doutre
direção criativa
Ian Anderson
design e direção de arte
The Designers Republic
tiragem
500 exemplares
preço
2€
Lisboa, Setembro 2019 Pedimos que desliguem os telemóveis durante o espetáculo. A iluminação dos ecrãs pode igualmente perturbar a concentração dos artistas e do público. Não é permitido tirar fotografias nem fazer gravações sonoras ou filmagens durante os espetáculos.
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