Universidade Federal da Paraíba-UFPB Estágio em Docência Disciplina: Ecologia de Populações e Comunidades 2017.1 Adonias Teixeira/Daniel Mesquita
O que é Predação?
•É o consumo de um organismo (a presa) por outro organismo (o predador), em que a presa está viva quando o predador a ataca pela primeira vez. Exclui a Detrivoria (consumo de matéria orgânica morta)Classificação dos Predadores
•Classificação Taxonômica 1. Carnívoros – consomem animais 2. Herbívoros – consomem vegetais 3. Onívoros – consomem presas de mais de um nível trófico Ex: vegetais e herbívoros/herbívoros e carnívorosClassificação dos Predadores
•Classificação Funcional Tipo Diversidade depresas Modo de consumo Letalidade Exemplos
Predadores
Verdadeiros Grande diversidade de presas Frequentemente consomem a presa por completo Morte quase imediata após a captura Carnívoros Pastadores Grande diversidade de presas Consomem apenas parte da presa Raramente é letal a curto-prazo Grandes Herbívoros Parasitas Ataques concentrados em poucos indivíduos Consomem apenas parte da presa (hospedeiros) Raramente é letal a
curto-prazo Helmintos,carrapatos, ácaros, bactérias etc.
Parasitóides Insetos, aranhas ou
isópodes Consome quase completamente Morte da presa (hospedeiro) no fim do processo
Alguns Himenópteras e Dípteras
Parasitóides x Demais Predadores
(Semelhanças)
•São intimamente ligados com uma única/ou poucas presa Parasitas •Não causam a morte imediata das presas Pastadores e Parasitas •Efeito letal é inevitável Predadores verdadeirosClassificação dos Carnívoros
•Mesopredadores – são carnívoros relativamente pequenos que consomem herbívoros •Predadores de topo – consomem Mesopredadores e herbívorosTópicos do assunto
•Interações Predador-Presa/Herbívoros-Produtores •Modelos de predadores e herbívoros – Flutuação das populações de presas •Predadores e Presas – Evolução das defesas em presas e plantasPredadores e Herbívoros – Limitam a
Abundância das populações
•Predadores Schoener & Spiller (1995) Obs: D de aranhas em ilhas c/s Lagartos Exp: 10 ilhas (5c/L – 5s/L)Predadores e Herbívoros – Limitam a
Abundância das populações
•Controle de populações por espécies introduzidas •O que são espécies introduzidas? É uma espécie que se estabeleceu em determinada região do mundo onde ela não existia historicamente •O que é uma espécie invasora ? É quando uma espécie introduzida se estabelece rapidamente e afeta negativamente as espécies nativasPredadores e Herbívoros – Limitam a
Abundância das populações
Predação e espécies Introduzidas
Boiga irregularesPredadores e Herbívoros – Limitam a
Abundância das populações
•Parasitóides Controle de pragas em cítricos Experimento: Murdoch et al. (2005) Add. grande quant. de insetos (4 Arv.)Predadores e Herbívoros – Limitam a
Abundância das populações
Mesopredadores – Predadores de topo (atividades humanas) Ex: Dingos e raposas (Austrália)Predadores e Herbívoros – Limitam a
Abundância das populações
•Herbívoros Austrália - Cacto-de-pera-espinhosa (substituiu o pasto) Introdução Cactoblastis cactorum (mariposa)Predadores e Herbívoros – Limitam a
Abundância das populações
•Herbívoros Europa -> Califórnia Erva-de-são-joão (venenosa animais criação) Chrysolina quadrigemina (besouro)Predadores e Herbívoros – Limitam a
Abundância das populações
•Herbívoros Controlam populações de plantas Criação de bovinos, populações de cervos. Ex: Parque no CanadáPopulações de predadores e presas flutuam
regularmente
•A investigação secular do ciclo populacional Lince-lebre Charles Elton (1924) Companhia Hudson’s Bay Compra de peles (70 anos)Populações de predadores e presas flutuam
regularmente
•A investigação secular do ciclo populacional Lince-lebre (hipóteses) 1. Ciclo de 9 a 13 anos das manchas solares 2. Lebres excedem a capacidade de suporte (>Abd / <Rep) 3. 1976 a 1985 experimento controlando a quantidade de alimento para lebres. (>Cap. Sup. Ainda ocorria <Pop. Lebre) 4. Linces causavam os ciclos (>Linces / <Lebres)Populações de predadores e presas flutuam
regularmente
•A investigação secular do ciclo populacional Lince-lebre (hipóteses) 5. Experimento (presença e ausência de alimentos e predadores (linces). Outros predadores consumiam as lebres 6. 2009 (<Reprod. Lebres – presença de predadores) Fim – Ciclo da lebre (disponibilidade de recursos e principalmente efeitos diretos e indiretos da predação)Ciclos predador presa em Lab.
•Experimento de Huffaker (1958)Presa: Ácaro-de-seis-pontos (Eotetranychus sexmaculatus) Predador: Ácaro-do-oeste (Typhlodromus occidentalis)
Ciclos predador presa em Lab.
•Experimento de Huffaker (1958) 3 ciclos/8 meses Ciclos estáveis (ambiente complexo)Modelos matemáticos/Ciclo predador-presa
Alfred Lotka (1880-1949) Vito Volterra (1860-1940) •Modelo de Lotka-Volterra: Verificar oscilações na abundancia de predadores e presas, mostrando que P. predadores é afetada pela P. presas.Modelos matemáticos/Ciclo predador-presa
•1914 a 1918 – Pesca proibida no Mar Adriático (1°G. Mundial) •Biólogo Marinho Umberto D’Ancona notou aumento da Frequência relativa de seláquios •Peixes vendidos mercados Trieste, Fiume e VenezaModelos matemáticos/Ciclo predador-presa
•Volterra escreveu um par de equações diferenciais para descrever o sistema •Ele fez isso ao calcular a taxa de variação na população de presas e a taxa de variação na população de predadoresModelos matemáticos/Ciclo predador-presa
•Equação Presas
(dN/dt) Variação n° de presas/variação do tempo
(rN) Crescimento exp. população de presas com base na t. crescimento intrínseco (r) (cNP) Perda de indivíduos em virtude da predação (NP- encontro; C- captura)
Alterações Populações de Presas
•Estabilização População de presas dN/dt=rN-cNP 0=rN-cNP (variação População = 0) rN=cNP(rearranjo) (crescimento P. presas = Encontro e captura c/predador) P=r/c(rearranjo) P<r/c (crescimento P. presas) P>r/c (diminuição P. presas)Modelos matemáticos/Ciclo predador-presa
•Equação Predadores (dP/dt) Variação n° de predadores/variação do tempo(acNP) Taxa de natalidade população de predadores (cNP – n° presas consumidas; a - > prole pelo consumo de presas) (mP) Taxa de mortalidade população de predadores
Alterações Populações de Predadores
•Estabilização População de predadores dP/dt=acNP-mP 0=acNP-mP (variação População = 0) acNP=mP(rearranjo) (aumento p. predadores pelo consumo de presas = mortalidade de predadores) N=m/ac (rearranjo) N>m/ac(crescimento p. predadores) N<m/ac(diminuição p. predadores)Trajetórias Populações Predadores-Presas
•Isóclina de equilíbrio: Tamanho populacional de uma espécie que faz com que a população de outra espécie se torne estável. Também denominada Isóclina de crescimento zero.Trajetórias Populações Predadores-Presas
•Trajetória populacional conjunta: Trajetória simultânea das populações de predadores e presas.Trajetórias Populações Predadores-Presas
•Representação gráfica das variações nos tamanhos das duas populações (Predador-Presa) ao longo do tempo Pop. presas ¼ de fase a frente da pop. predadoresRespostas Funcionais e Numéricas
•Necessárias para obter um panorama mais realista da interação Predador-Presa •Resposta Funcional Relação entre a densidade das presas e a taxa de consumo alimentar de um predador individualRespostas Funcionais e Numéricas
•Respostas Funcionais Tipo 1 (Linear) Ocorre quando a taxa de consumo de presas de um predador aumenta de modo linear, com um aumento na densidade das presas, até que ocorra a saciedade Ex: Aranhas TecedeirasRespostas Funcionais e Numéricas
•Respostas Funcionais Tipo 2 (Não Sinótico) Ocorre quando o número de presas consumidas diminui à medida que a densidade das presas aumenta e, em seguida, alcança o platô quando ocorre a saciedade Ex. PelicanoRespostas Funcionais e Numéricas
•Respostas Funcionais Tipo 3 (Sigmoide) O predador exibe baixo consumo de presas sob baixas densidades de presas, um rápido consumo sob densidades de presas moderadas e uma diminuição do consumo de presas sob altas densidades de presasRespostas Funcionais e Numéricas
•Baixo consumo em baixas densidades de presas (explicações) 1. Em densidades de presas muito baixas, as presas podem se esconder em refúgios nos quais estão a salvo dos predadoresRespostas Funcionais e Numéricas
•Baixo consumo em baixas densidades de presas (explicações) 2. Em baixas densidades de presas, os predadores têm menos prática para localizar e capturar as presas e, portanto, são relativamente ineficientes para fazer isso Formulação da Imagem de BuscaRespostas Funcionais e Numéricas
•Baixo consumo em baixas densidades de presas (explicações) 3. Isso ocorre quando uma espécie de presas é rara e um predador altera a sua preferência para outra espécie de presa mais abundante. Se a primeira espécie em seguida aumentar em densidade, o predador pode voltar-se para ela Substituição de presasRespostas Funcionais e Numéricas
•Baixo consumo em baixas densidades de presas (explicações) Substituição de presas Experimento: Lawton et al. (1974) Manipularam as proporções de cada espécie de presas Isópodos (Asellus aquaticus)Efeméridas (Cloeon dipterum)
Respostas Funcionais e Numéricas
•Respostas Funcionais: São dependentes das presas, pois a taxa de
Respostas Funcionais e Numéricas
•Respostas Numéricas É uma variação no número de predadores pelo crescimento ou deslocamento populacional em virtude de imigração ou emigração Ex: Mariquita-de-peito-castanho D: 25p/Km2 (concentração normal de traças) 300p/Km2 (surto de traças) Redução rápida das presasA Predação e a Herbivoria favorecem a
evolução de defesas
•Defesas contra predadores Tipos de forrageio Forrageio ativo Cnemidophorus ocellifer Forrageio de emboscada (senta e espera) Tropidurus hispidusA Predação e a Herbivoria favorecem a
evolução de defesas
•Defesas contra predadores Caça é dividida em eventos:Detectar – Perseguir – Capturar – Manipular – Consumir a presa Presas desenvolvem estratégias para frustra o predador em diferentes pontos desta série.
A Predação e a Herbivoria favorecem a
evolução de defesas
•Defesas comportamentais Chamada de alarme Evasão Redução da atividadeA Predação e a Herbivoria favorecem a
evolução de defesas
•Cripsia CamuflagemA Predação e a Herbivoria favorecem a
evolução de defesas
•Defesas estruturais Carpa cruciana (Carassius carassius)A Predação e a Herbivoria favorecem a
evolução de defesas
•Defesas Químicas e AposematismoA Predação e a Herbivoria favorecem a
evolução de defesas
•Mimetismo das defesas químicas Batesiano MüllerianoA Predação e a Herbivoria favorecem a
evolução de defesas
•Custos das defesas contra predadores Def. comportamentais – redução atv. alimentar Def. mecânicas – redução crescimento e rep. Def. química – custo energéticoA Predação e a Herbivoria favorecem a
evolução de defesas
•Adaptação de contra-ataque dos predadores Defesas da presa devem favorecer a seleção de contramedidas nos predadores (corrida armamentista) Coevolução: quando duas ou mais espécies afetam a evolução uma da outraA Predação e a Herbivoria favorecem a
evolução de defesas
•Adaptação de contra-ataque dos predadores Sapo-cururu e cobra-preta AustralianaA Predação e a Herbivoria favorecem a
evolução de defesas
•Defesas contra herbívoros Plásticas ou Fixas •Defesas estruturaisA Predação e a Herbivoria favorecem a
evolução de defesas
•Defesas Químicas Fruta-do-vômitoDrosophila sechellia (resistente)