• Nenhum resultado encontrado

O ENSINO DO PORTUGUÊS COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA: A INCLUSÃO DAS EXPRESSÕES IDIOMÁTICAS DA LÍNGUA EM DICIONÁRIOS MONOLINGUES

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "O ENSINO DO PORTUGUÊS COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA: A INCLUSÃO DAS EXPRESSÕES IDIOMÁTICAS DA LÍNGUA EM DICIONÁRIOS MONOLINGUES"

Copied!
11
0
0

Texto

(1)

ISSN: 1981-8211

O ENSINO DO PORTUGUÊS COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA: A INCLUSÃO DAS EXPRESSÕES IDIOMÁTICAS DA LÍNGUA EM DICIONÁRIOS

MONOLINGUES

Camila Maria Corrêa ROCHA (UNESP)1

Introdução

O ensino do português como língua estrangeira na Argentina foi assegurado pela lei nº 26.468/2009, que, desde 1999, torna obrigatória a sua oferta no Ensino Médio. Entretanto, apesar deste crescente interesse pela nossa língua, o governo argentino não deu o suporte necessário para sua devida difusão no país, o que se comprova por uma abordagem limitada da língua portuguesa, especialmente dos conteúdos lexicais e culturais, responsáveis por apresentar ao hispanofalante o comportamento linguístico e social do brasileiro. Soma-se a isso, a carência de dicionários monolíngues, assim como de dicionários pedagógicos de português como língua estrangeira (LE) para aprendizes da Argentina.

As expressões idiomáticas (EIs) são unidades lexicais frequentes na linguagem coloquial e reveladoras de crenças e valores que permeiam a vivência dos falantes que as utilizam. Porém, como um conteúdo lexical a ser ensinado a aprendizes de português como língua estrangeira, determinadas características próprias implicam em dificuldade, tanto para o professor, que não tem em que se apoiar devido à carência de materiais didáticos sobre elas, quanto para os aprendizes, em virtude de elas serem estruturas cristalizadas, cujo significado não pode ser compreendido mediante a compreensão dos termos isolados que as compõem. Diante de tais dificuldades, apontamos o dicionário como um instrumento capaz de minimizá-las.

Acreditamos que, especialmente, os dicionários gerais monolíngues sejam um recurso por meio do qual os aprendizes de língua estrangeira tenham acesso às EIs e consigam compreendê-las em sua totalidade, com todas as particularidades lexicais,

(2)

ISSN: 1981-8211

semânticas e culturais que lhes são inerentes. Assim, pretendemos, neste estudo, verificar se uma pequena amostra de expressões idiomáticas da língua portuguesa pertencentes ao campo semântico dos corpos humano e animal, especificamente as que se constroem a partir do vocábulo pé, está contemplada em três dicionários monolíngues gerais impressos do português: o Aurélio (2009), o Houaiss (2004) e o Michaelis (2002), assim como analisar seu tratamento lexicográfico nestas obras lexicográficas. Dada a diversidade de elementos que a teoria lexicográfica abarca, focaremos nossa análise em três deles, ao observarmos o tratamento lexicográfico dado às EIs: a) na sua inclusão na macro ou na microestrutura; b) no tipo de definição utilizada para e explicitação do seu significado (por paráfrase e/ou por equivalência); c) e na presença de exemplos.

1. Elementos da teoria lexicográfica 1.1 A macro e a microestrutura

O dicionário compõe-se de uma macroestrutura, também chamada de nomenclatura, e de uma microestrutura. Entendemos a primeira, sob uma perspectiva vertical, como o conjunto de entradas ou lemas que compõem o dicionário, ao passo que a microestrutura consiste nas informações que compõem os verbetes (encabeçados pelas entradas).

Biderman (1984a) define macroestrutura como o conjunto de entradas (ou lemas) que remetem ao universo conceptual de determinada língua. Castillo Carballo (2003) a vê como um conjunto de verbetes seguidos de informações sobre eles e dispostos habitualmente em ordem alfabética.

A microestrutura, por sua vez, envolve os verbetes e as informações presentes neles (Biderman, 1984a). O verbete constitui-se da entrada, também chamada lema, e das informações apresentadas sobre ela, como explicita Garriga Escribano (2003). Estas informações podem remeter à etimologia do vocábulo, à pronúncia, à ortografia, à categoria gramatical, a questões relativas ao uso, a antônimos e sinônimos, a combinações léxicas derivadas dele, a definições e acepções.

(3)

ISSN: 1981-8211

No que diz respeito à sua inclusão nos dicionários, Castillo Carballo (2003) explica que a prática lexicográfica ocidental determina que podem constituir entradas todas as unidades lexicais, inclusive as gramaticais, desde que sua proposição respeite o paradigma lexicográfico canônico existente para a classe gramatical à qual pertencem. A autora acrescenta que definir quais palavras serão incluídas como entradas, como elas serão dispostas e em que quantidade devem ser decisões que obedeçam à tipologia e à finalidade do dicionário que se pretende elaborar.

Para Porto Dapena (2002), a existência de questionamentos sobre quais delas devem figurar como entradas e como deve ser feita a inclusão apontam a necessidade do estabelecimento de critérios. As unidades lexicais simples, invariáveis não apresentam problemas ao serem incluídas, pelo fato de não se flexionarem e, portanto, assumirem uma única forma; o problema está, como explica Porto Dapena (2002), naquelas que sofrem variações léxico-semânticas. Neste caso, deve-se, segundo o autor, eleger, dentre as variantes, a que se considera básica ou canônica (no caso dos substantivos e dos adjetivos, a forma canônica é, em geral, o masculino singular e, nos verbos, é o infinitivo).

Também é problemática a inclusão de unidades lexicais complexas, como as expressões idiomáticas. O que se observa é que sua proposição na microestrutura de dicionários gerais de língua, que é a forma de inclusão mais comum, é, em geral, feita sem embasamento teórico, ou seja, não há critérios que indiquem a forma como elas devem ser propostas. Como consequência desta assistematicidade, os lexicógrafos evitam incluí-las em suas obras de referência devido à dificuldade que sentem em organizá-las e, quando o fazem, apresentam-nas a partir de um verbete base, eleito de forma aleatória (LAPA, 1998).

1.2 A definição lexicográfica

A definição lexicográfica começa a receber um tratamento científico e, consequentemente, a atenção dos linguistas a partir da segunda metade do século XX, momento de auge dos estudos semânticos, como explica Medina Guerra (2003).

(4)

ISSN: 1981-8211

[...] consiste no estabelecimento de equivalência de significado entre o item definido e seus definidores. Cria-se assim uma metalinguagem que deve ser capaz de levar o usuário à compreensão dos significados que busca.

Porto Dapena (2002) considera definição qualquer tipo de equivalência ou expressão explicativa que é atribuída à entrada em dicionários monolíngues e postula que uma definição lexicográfica será constituída, impreterivelmente, por dois elementos: o definido (definiendum), que é a entrada, e o definidor (definiens), que é a definição propriamente dita, a explicação metalinguística que esclarece o significado do definido.

As definições podem se realizar por paráfrase e por equivalência. A primeira consiste na definição analítica, naquela que explica o definido em sua totalidade. Na definição por equivalência, por sua vez, o definido é explicado por meio de um definidor que lhe seja equivalente, ou seja, que possua os mesmos traços gramaticais, sintáticos, morfológicos e semânticos. As definições por paráfrase e por equivalência são chamadas por Porto Dapena (2002), lexicógrafo espanhol, de definição linguística conceitual perifrástica e a de definição linguística conceitual sinonímica, respectivamente.

Com respeito à definição por equivalência, Xatara (2001) explica que atribuir um equivalente é uma tarefa complexa, uma vez que o lexicógrafo deve avaliar se ele é utilizado no mesmo contexto, tem a mesma freqüência de uso e pertence ao mesmo nível lingüístico. Não obstante, a autora acredita que, para uma definição completa, não basta, no caso das expressões idiomáticas, que elas sejam definidas por uma paráfrase; é necessária, também, a proposição de outra EI que lhe corresponda conotativamente, para que não se percam seus valores conotativos.

Medina Guerra (2003) apresenta três pré-requisitos a serem considerados na elaboração da definição lexicográfica: 1. A unidade léxica definida não deve ser citada na definição; 2. Não pode ser detectável na definição qualquer indício de ideologia do lexicógrafo. Este pré-requisito é discutido pela autora, para quem não só a influencia do lexicógrafo, mas também a política editorial suprimem a neutralidade esperada na elaboração da uma definição; 3. A linguagem utilizada na definição deve condizer com a que os usuários comumente empregam e, portanto, obedecer ao princípio da simplicidade.

(5)

ISSN: 1981-8211

Bugueño Miranda (2009) explica que, apesar de a definição ser o componente metalexicográfico mais procurado pelo consulente, sua abordagem teórica ainda é lacunar, no sentido de indeterminar que elementos devem compor uma definição lexicográfica para que ela seja considerada satisfatória. Por outro lado, a autor destaca que há, entre os lexicógrafos, a tentativa de estabelecer uma taxonomia. Ao averiguar os verbetes de um dicionário, o autor observou que as paráfrases explanatórias, nome que ele dá às definições, são, em geral, muito extensas e compostas por lexias de difícil compreensão.

Weinreich (1984) critica os métodos usados pelos lexicógrafos ao elaborarem a definição lexicográfica em dicionários monolingues e propõe que elas sejam construídas com base na semântica descritiva, que “[...] consiste na formulação, em termos apropriados, dos significados que as formas dessa língua têm, de acordo com o grau de interpessoalidade desses significados” (WEINREICH, 1984, p.104). Isso pressupõe que, ao construir uma definição lexicográfica, o lexicógrafo deve partir do pressuposto de que os vocábulos de uma língua se complementam e que a significação de um vocábulo acaba onde a de outro se inicia, por isso não se pode falar de definições fechadas e absolutas, mas em definições circulares, como explica Weinreich (1984).

1.3 Os exemplos

Os exemplos são elementos essenciais à microestrutura de um dicionário. Suas funções são, de acordo com Garriga Escribano (2003), esclarecer sintaticamente o vocábulo por meio de informações sobre suas possíveis relações e servir de veículo para a transmissão dos valores culturais e sociais que o permeiam.

Eles podem ser reais (documentados), retirados de obras literárias, ou inventados. Para Garriga Escribano (2003), os documentados são, em geral, os mais objetivos e os inventados correm o risco de serem artificiais e, até mesmo, forçados. Biderman (1984b) atesta a importância deles na composição do verbete, em conjunto com os outros componentes: “[...] a definição, a explicação, a descrição de um conceito só se completam quando postas no contexto do discurso” (BIDERMAN, 1984b, p.41); em outras palavras, a

(6)

ISSN: 1981-8211

autora quer dizer que é o exemplo quem assevera a definição, que é por meio dele que a ilustração contextual é garantida.

2. Análise dos dicionários

Com base nos pressupostos teóricos acima apresentados, serão observados os seguintes elementos da teoria lexicográfica nos dicionários Aurélio (2009), Houaiss (2004) e Michaelis (2002):

1) A inclusão das EIs na micro ou na macroestrutura;

2) A definição lexicográfica utilizada: por paráfrase e/ou por equivalência; 3) A presença de exemplos na definição.

O quadro abaixo mostra as 8 EIs analisadas e a forma como elas foram propostas nos dicionários em análise:

Expressão

idiomática Dicionário (2009) Aurélio Dicionário (2004) Houaiss Dicionário Michaelis (2002) 1. Com o pé atrás 1. Na microestrutura de pé. 2. Tipo de definição: Com desconfiança ou reserva (p.1514)=

definição por paráfrase. 3. Ausência de exemplos. 1. Na microestrutura de pé. 2. Tipo de definição: Com reservas, desconfiado (p.2159)= definição por paráfrase. 3. Ausência de exemplos. - 2. Com o pé na cova 1. Na microestrutura de pé. 2. Tipo de definição: Estar perto da morte

(p.1514)= definição por paráfrase. 3. Ausência de exemplos. 1. Na microestrutura de pé. 2. Tipo de definição: a) Estar à beira da

morte= definição por

paráfrase. b) Ter um pé na cova (p.2159)= definição por equivalência. 1. Na microestrutura de pé. 2. Tipo de definição: Estar perto da morte

(p.1575)= definição

por paráfrase.

3. Ausência de exemplos.

(7)

ISSN: 1981-8211 3. Ausência de exemplos. 3. Dar no pé 1. Na microestrutura de pé. 2. Tipo de definição: Fugir (p.1514)= definição por paráfrase. 3. Presença de exemplos: “ele sentiu que a barra estava ficando pesada e deu no pé” (Carlos Drummond de Andrade, De Notícias e não notícias faz-se a crônica, p.7) (p.1514). 1. Na microestrutura de pé. 2. Tipo de definição: a. Ir embora, retirar-se; b. Fugir, escapar, debandar (p.2159)=

definição por paráfrase. 3. Presença de

exemplos:

“finalmente deram no pé, pois já eram duas da manhã”; “mal chegou a polícia e os baderneiros deram no pé” (p.2159). - 4. Fazer um de meia - - 1. Na microestrutura de pé. 2. Tipo de definição: Pecúlio, mealheiro, economia (p.1574)= definição por paráfrase. 3. Ausência de exemplos. 5. Meter os pés pelas mãos 1. Na microestrutura de pé. 2. Tipo de definição: a. Atrapalhar-se, atordoar-se, confundir-se na execução de uma tarefa, de uma atividade

qualquer; b. Praticar inconveniências; cometer disparate ou gafe (p.1515)= definição por 1. Na microestrutura de pé. 2. Tipo de definição: a. Atrapalhar-se, confundir-se na realização de alguma

coisa; b. Cometer deslizes

(p.2159)= definição por paráfrase. 3. Ausência de 1. Na microestrutura de pé. 2. Tipo de definição: a. Atrapalhar-se, desorientar-se; b. Dizer ou praticar disparates (p.1575)= definição por paráfrase. 3. Ausência de

(8)

ISSN: 1981-8211 paráfrase.

3. Presença de Exemplos:

“eu precisava me

concentrar para não

meter os pés pelas mãos” (José J. Veiga, Os pecados da tribo, p.75) (p.1515).

exemplos. exemplos.

6. Sem pé

nem cabeça - - 1. Na microestrutura de pé.

2. Tipo de definição: Despropositado, disparatado (p.1575)= definição por paráfrase. 3. Ausência de exemplos. 7. Ser um pé no saco - - - 8. Tirar o pé da lama 1. Na microestrutura de pé. 2. Tipo de definição: a) Sair de uma situação

inferior; melhorar de

vida; subir de posição

(p.1515)= definição por paráfrase. b) Tirar o pé do lodo (p.1515)= definição por equivalência. 3. Ausência de exemplos. 1. Na microestrutura de pé. 2. Tipo de definição: a) Sair de uma situação de inferioridade material; subir na vida (p.2159)= definição por paráfrase.

b) Tirar o pé do lodo (p.2159)= definição por equivalência. 3. Ausência de exemplos. 1. Na microestrutura de pé. 2. Tipo de definição: Sair de uma situação

difícil ou inferior; melhorar de posição (p.1575)= definição por paráfrase. 3. Ausência de exemplos.

(9)

ISSN: 1981-8211

O primeiro ponto a ser destacado sobre a análise refere-se à presença das EIs nos dicionários. Ainda que concordemos com Cano (1998), para quem a seleção dos conteúdos lexicais a comporem um dicionário deve levar em consideração a frequência de uso da unidade lexical e seu papel na construção de um usuário competente da língua, pôde-se averiguar, nesta pequena amostra, que a EI “ser um pé no saco” não foi mencionada pelos três dicionários, e que outras deixaram de ser contempladas por algum deles, especialmente pelo Michaelis (2002). Defendemos a presença das EIs nesta instituição linguística transmissora de valores culturais que é o dicionário, já que elas são unidades lexicais nas quais estão impressos saberes culturais, mitos, crenças e valores da sociedade que as emprega.

Quanto à sua forma de inclusão, todas elas foram incluídas na microestrutura da entrada pé. Assim, ao contrário do que diz Lapa (1998), os estudos lexicográficos parecem estar avançando no que concerne à inclusão das unidades lexicais complexas, posto que, ainda que pequena, a amostra analisada demonstrou a existência de um embasamento teórico subjacente e de uma sistematicidade.

Pôde-se averiguar, também, sob outra perspectiva, a preferência dos autores dos dicionários monolíngues em análise pelo uso da definição por paráfrase, que é, segundo Porto Dapena (2002), a mais utilizada na lexicografia monolingue tradicional, por ser analítica e, portanto, capaz de oferecer uma definição mais completa. Entretanto, ao contrário do que constatou Bugueño Miranda (2009) ao analisar alguns verbetes de um dicionário, as paráfrases utilizadas nas definições que observamos foram curtas, construídas com palavras simples e, portanto, de fácil entendimento pelo consulente.

Ressaltamos, quanto à definição, que, das nove EIs, somente duas foram definidas pela junção da paráfrase e da equivalência: “com o pé na cova” (Houaiss, 2004) e “tirar o pé da lama” (Aurélio, 2009; Houaiss, 2004). A nosso ver, estes dois tipos de definição devem ser combinados na conceituação das EIs nos dicionários monolíngues da língua portuguesa. Isso porque, estas unidades lexicais são metafóricas, ou seja, seu sentido não pode ser depreendido mediante a observação do significado isolado das unidades lexicais que as constituem; disso resulta uma complexidade na significação, a qual acreditamos

(10)

ISSN: 1981-8211

poder ser minimizada pela proposição de uma definição que apresente uma paráfrase e que seja complementada pela atribuição de um equivalente.

Por fim, acerca dos exemplos, apesar de eles serem essenciais na definição das EIs, pudemos observar que, das nove EIs, somente duas tiveram sua definição explicitada por meio de exemplos: “dar no pé” (no Aurélio e no Houaiss) e “meter os pés pelas mãos” (no Aurélio), o que demonstra a desconsideração das obras lexicográficas para com este elemento imprescindível nas definições e para com as particularidades das EIs. Acreditamos que, em muitos casos, o nível de opacidade das EIs é tamanho que somente os exemplos são capazes de revelar seu significado.

Considerações finais

A modo de conclusão, constatamos que, de um modo geral, o tratamento lexicográfico dado às EI foi uniforme, quanto à sua forma de inclusão (na microestrutura), como demonstramos pela análise. No que concerne ao tipo de definição lexicográfica utilizado pelos dicionários, acreditamos que uma definição completa para as EIs é aquela em que se observa a preocupação do lexicógrafo em definir por paráfrase e, posteriormente, pela atribuição de um equivalente semântico, o que, de um modo geral, não evidenciamos na análise. Com relação à proposição de exemplos, observamos uma abordagem incoerente e em desacordo com os pressupostos da teoria lexicográfica.

Referências

BIDERMAN, M. T. C. A ciência da Lexicografia. In: Revista Alfa, nº28 (supl.). São Paulo, 1984a, p.1-26.

BIDERMAN, M. T. C. O dicionário padrão da língua. In: Revista Alfa, nº28 (supl.). São Paulo, 1984b, p.27-43.

BUGUEÑO MIRANDA, F. Para uma taxonomia de paráfrases explanatórias. In: Revista Alfa: São Paulo, 53 (1), 2009, p.243-260.

CANO, W. M. Os dicionários de língua, a norma cultural e os terminologismos. In: ENCONTRO NACIONAL DO GT DE LEXICOLOGIA, LEXICOGRAFIA E

(11)

ISSN: 1981-8211

do GT de Lexicologia, Lexicografia e Terminologia da Anpoll. Rio de Janeiro: CNPq, 1998. p.205-215.

CASTILLO CARBALLO, M. A. La macroestructura del diccionario. In: MEDINA GUERRA, Antonia M. (coord.). Lexicografía española. Espanha: Editorial Ariel, 2003, p.79-100.

FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. Curitiba: Positivo, 4 ed, 2009.

GARRIGA ESCRIBANO, C. La microestructura del diccionario: las informaciones lexicográficas. In: MEDINA GUERRA, Antonia M. (coord.). Lexicografía española. Espanha: Ariel Lingüística, 2003, p.105-126.

HOUAISS, A.; VILLAR, M. S. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004.

KRIEGER, M. G. Lexicografia: o léxico no dicionário. IN: SEABRA, Maria Cândida T. C. (org.). O léxico em estudo. BH: UFMG, 2006.

LAPA, M. R. Estilística da língua portuguesa. 4.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998. MEDINA GUERRA, A. M. La microestructura del diccionario: la definición. In: MEDINA GUERRA, Antonia M. (coord.). Lexicografía española. Espanha: Ariel Lingüística, 2003, p.129-146.

MICHAELIS: Moderno dicionário da língua portuguesa. São Paulo: Companhia Melhoramentos, 2002.

PORTO DAPENA, J. A. Manual de técnica lexicográfica. Madrid: Arco Libros, 2002. WEINREICH, U. Definição lexicográfica em semântica descritiva. In: Revista Alfa. Tradução de Maria Cecília P. Barbosa Lima. São Paulo, 28 (supl.), 1984, p.103-118. XATARA, C. M. et al. As dificuldades na tradução de idiomatismos. Disponível em: <http://www.cadernos.UFSC.br/8/pdf/Claudia_Cadernos 8 >. Acesso em: 24 de maio. 2001.

Referências

Documentos relacionados

Investigação sobre canções de rock traduzidas para a Língua Portuguesa no Brasil nas : estratégias tradutórias, o Princípio do Pentatlo, análise via WS Tools e

Ao passo que as expressões idiomáticas são encaradas como sendo expressões que não podem ser traduzidas literalmente, pois possuem um significado metafórico que

Pretende-se sintetizar o estado da questão do ensino de literaturas de língua portuguesa na República Popular da China; apontar algumas mais-valias do ensino e aprendizagem do conto

Para isso, investigou-se o ensino e a aprendizagem de vocabulário em língua não materna, características específicas das expressões idiomáticas, fatores e estratégias que tornam

Com este trabalho de investigação pretendo aprofundar os meus conhecimentos enquanto professora de Português do 3.º Ciclo do Ensino Básico e dar um contributo para o

fraseológicas em níveis mais baixos, só nos níveis mais altos é que as expressões idiomáticas adquirem uma expressão mais significativa. No entanto, como estes

1 Nível 1 – EIs que têm equivalência, além de idiomática, também literal, na língua portuguesa (para iniciantes no francês); nível 2 – EIs com equivalência

Além disso, considera-se que a existência da língua materna desempenha um papel relevante no contexto do ensino e aprendizagem da língua estrangeira, por isso neste