Estrutura da Matéria
Prof. Fanny Nascimento Costa
(
fanny.costa@ufabc.edu.br
)
Aula 04
• Elétrons
• Lei da eletrólise de Faraday • Eletrólise
•
John Dalton
–
A teoria de Dalton não era perfeitamente correta.
Sabemos hoje em dia, por exemplo, que átomos podem
ser divididos e que muitos elementos existem como
misturas de dois ou mais isótopos, que são átomos de
um elemento com massas ligeiramente diferentes.
Nenhum destes fatos afeta, no entanto, a capacidade
da teoria de explicar as leis das combinações químicas
•
De acordo com esta teoria, uma reação química é
simplesmente um rearranjo dos átomos de uma
configuração para outra
A Descoberta das
Partículas Subatômicas
•
Nosso conhecimento atual da estrutura atômica foi
construído a partir de fatos obtidos de experiências
feitas por cientistas desde o século XIX. Em 1834,
Michael Faraday descobriu que a passagem de corrente
elétrica através de soluções em água podia causar
transformações químicas, evidenciando, pela primeira vez,
a
natureza elétrica da matéria
•
No mesmo século, os pesquisadores começaram a fazer
Os gases são condutores ou isolantes?
•
Um gás pode ser condutor ou isolante, dependendo da sua
pressão, da distância entre os eletrodos e da diferença de
potencial existente entre eles
•
Essa é uma diferença entre o comportamento de um gás e
o de um metal. O metal sempre é condutor: por menor que
seja a diferença de potencial entre seus extremos, passa
por ele um corrente elétrica.
Condição para que um gás
seja condutor: ionização
•
O íon de um gás pode ser formado por fontes externas de
energia como radiação (luz), feixes de elétrons
energéticos colidindo com os átomos, descargas elétricas
ou então pelo aquecimento do gás. Qualquer um destes
processos faz com que elétrons sejam arrancados dos
átomos, permitindo que as cargas positivas (íons) e as
negativas (elétrons) se movam livremente
Descargas nos gases rarefeitos
(Tubo de Geissler)
•
Gases, de um modo geral, não conduzem corrente elétrica
quando à pressão ambiente. No entanto, no século XIX, os
trabalhos de Henrich Geissler (1859), Johann Hittorf
(1869)
e
William
Crookes
(1886)
mostraram
experimentalmente que, quando submetidos a baixas
pressões, os gases podem se tornar condutores elétricos
Descargas nos gases rarefeitos
(Tubo de Geissler)
•
A cor dessa luminosidade depende do gás residual usado (gás
residual é o gás que resta quando diminui a pressão interna).
Vejamos alguns exemplos de tubos de raios catódicos no nosso
cotidiano:
-
Luminosos de neon: onde o gás residual é o neônio. São usados em letreiros comerciais e abajures- Lâmpadas de sódio: o gás residual é o vapor de sódio, que confere uma luz amarela característica. São usadas na iluminação de vias públicas e de túneis
- Lâmpadas fluorescentes de mercúrio: utilizam vapor de mercúrio, que emite luz violeta e ultravioleta. O tubo é revestido com uma tinta especial (fluorescente) cuja função é absorver a luz emitida e reemiti-la como luz branca. São usadas em residências, escritórios e algumas vias públicas
- Tubo de imagem da televisão: é um tubo de alto vácuo que, com mudanças complexas, é capaz de dar origem às imagens na tela
Aspecto da descarga
•
A pressão do gás
•
A natureza do gás
Descargas nos gases a alta pressão:
Nos gases a alta pressão, os íons iniciais são formados quase que
totalmente pela atração de elétrons das moléculas do gás situadas
próximas do anodo
Raios Catódicos
•
A luminescência esverdeada que aparece na parede do tubo de
Crookes sempre aparece no lado oposto ao catodo, em frente a
este. Quando este fenômeno foi descoberto, deu-se o nome muito
vago de
raios catódicos
a essa “coisa que saía do catodo”, isso
porque sua natureza era inteiramente desconhecida
•
Os elétrons do vidro emitem então, onda eletromagnética cujo
comprimento de onda está nos limites da luz, isto é, onda
eletromagnética visível
Raios Catódicos
•
No gás a baixa pressão, há um número relativamente grande de
moléculas, de maneira que a
descarga é formada pelo movimento
de íons do gás para o catodo, e elétrons para o anodo
. Durante a
ionização do gás se produz luz, e é por este motivo que nessas
descargas há um feixe luminoso do anodo ao catodo (Tubos de
Geissler)
•
Na descarga no vácuo, o número de moléculas de gás que resta no
interior do tubo é insignificante, de maneira que o número de íons
formados também é insignificante, e não chega a se formar a
corrente de íons como no caso anterior. Neste caso, a corrente
elétrica no interior do tubo é constituída somente por elétrons que
são arrancados do catodo e atraídos pelo anodo, isto é, raios
catódicos. E como não há formação de íons, não há produção de luz
no interior do tubo, e não há feixe luminoso entre o catodo e o
anodo. (Tubo de Crookes)
A descoberta da estrutura atômica
•
Os gregos antigos foram os primeiros a postular que a
matéria é constituída de elementos indivisíveis (do grego,
a = não; tomo = divisão)
•
Mais tarde, os cientistas constataram que o átomo era
constituído de entidades carregadas
Raios catódicos e elétrons
•
Um tubo de raios catódicos (CRT) é um recipiente
profundo com um eletrodo em cada extremidade
A descoberta da estrutura atômica
Raios catódicos e elétrons
•
A voltagem faz com que partículas negativas se desloquem
do eletrodo negativo para o eletrodo positivo
•
A trajetória dos elétrons pode ser alterada pela presença
de um campo magnético
•
Considere os raios catódicos saindo do eletrodo positivo
através de um pequeno orifício
–
Se eles interagirem com um campo magnético
perpendicular a um campo elétrico aplicado, os raios
catódicos podem sofrer diferentes desvios
A descoberta da estrutura atômica
Raios catódicos e elétrons
–
A quantidade de desvio dos raios catódicos depende
dos campos magnético e elétrico aplicados
–
Por sua vez, a quantidade do desvio também depende da
proporção carga-massa do elétron
•
Em 1897, Thomson determinou que a proporção
carga-massa de um elétron é 1,76 x 10
8C/g
•
Objetivo: encontrar a carga no elétron para determinar
Raios catódicos e elétrons
Experimento de J.J. Thomson e
a descoberta do elétron em 1897
Thomson mostrou que os
raios catódicos
eram formados
por partículas,
menores e mais leves
que do que os átomos
e todas aparentemente idênticas.
Ele criou feixes bem estreitos e mediu o seu desvio na
presença de campos elétricos e campos magnéticos.
Podemos imaginar que o
valor do desvio
vai depender de
três quantidades:
a massa da partícula, a rapidez dela e
de sua carga
.
Experimento de J.J.Thomson
Aceleração de elétrons por
um campo elétrico muito forte
Deflexão de elétrons por
um campo elétrico ajustável
Medida da deflexão total
da trajetória do raio catódico
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Experimento de J.J.Thomson
1º PASSO: aceleração.
O campo elétrico de aceleração dá velocidade ao elétron, graças à força elétrica.
\
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2º PASSO: deflexão.
O campo elétrico aplicado provoca uma força perpendicular ao movimento do elétron.
y1: movimento perpendicular durante a deflexão
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y2: movimento perpendicular após a deflexão
Após a deflexão, o elétron continua andando em linha reta.
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y1 + y2
deflexão total
Experimento de J.J.Thomson
y, l e L podem ser facilmente medidos
o campo elétrico E pode ser ajustado, e portanto
seu valor também é conhecido.
mas como determinar v ?
Thomson aplicou um campo
magnético perpendicular.
Pela regra da mão direita,
este campo provoca uma força magnética para cima numa partícula de carga negativa que se move para a direita.
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Thomson então ajustou
o campo Elétrico E até que a força elétrica para baixo cancelasse exatamente a força magnética para cima, de forma que não houvesse deflexão.
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Com estas duas fórmulas, Thomson foi capaz de determinar experimentalmente a razão carga/massa da partícula negativa da qual os raios catódicos são feitos.
Thomson encontrou que
Os valores atuais que temos para a razão é
Thomson, repetiu o experimento para diferente gases e provou que os “corpúsculos” que formavam os raios catódicos tinham carga negativa e uma massa aproximadamente 2.000 vezes menor que a do átomo mais leve e eram parte integrante de todos os átomos.
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Experimento de Millikan
O próximo a investigar as propriedades do elétron foi Robert Millikan em 1909, que conseguiu medir o valor da carga do elétron.
Medindo a carga do elétron, e usando a razão e/m determinada por Thomson, Milikan também possibilitou determinar a massa dos elétrons.
Millikan recebeu o Prêmio Nobel em 1923 por seus experimentos, que estabeleceram definitivamente o elétron como uma partícula elementar da
natureza.
Raios catódicos e elétrons
1.
Gotas de óleo são
borrifadas sobre uma
chapa
inicialmente
neutra.
2.
Durante a queda, as
gotas alcançam uma
velocidade terminal,
que tem que ser
medida observando a
queda por um pequeno
telescópio.
campo elétrico
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Qualquer corpo em queda sente pelo menos duas forças:
1. a força peso
2. uma força de resistência do ar, proporcional à velocidade.
Durante a queda, a velocidade aumenta até que a força de resistência se torna igual ao peso.
Deste ponto em diante, o corpo cai com esta velocidade terminal constante.
Velocidade Terminal
𝑃 = 𝐹 𝑎 𝑚𝑔 = 𝑏𝑣 𝑣1 = 𝑚𝑔 𝑏 𝐹 𝑎 𝑃 = 𝑚𝑔 sites.google.com/site/alyssonferrariExperimento de Millikan
1. Velocidade terminal
2. (campo elétrico desligado)
Experimento de Millikan
campo elétrico
Ligando um campo elétrico para baixo, as gotas carregadas
negativamente sentem uma força para cima que se opõe ao peso. A equação para a velocidade terminal modifica-se:
𝑣1 = 𝑚𝑔 𝑏 𝑚𝑔 = 𝑏𝑣 + 𝑞𝐸 𝑣 2 = 𝑚𝑔 − 𝑞𝐸 𝑏 sites.google.com/site/alyssonferrari
Elimina-se b entre as duas equações: Isola-se a carga da gota q:
𝑣1 = 𝑚𝑔 𝑏 𝑣2 = 𝑚𝑔 − 𝑞𝐸 𝑏 𝑣2 = 𝑚𝑔 − 𝑞𝐸 𝑚𝑔 𝑣1 𝑞 = 𝑚𝑔 𝐸𝑣1 𝑣1 − 𝑣2
A partir desta fórmula, Millikan conseguiu mostrar que, para todas as gotas de óleo observadas, o valor de q era sempre um múltiplo inteiro de uma carga elementar, que corresponde à carga de um elétron:
Com este valor para e, Millikan também pode calcular a massa do elétron:
𝒆 = 𝟏, 𝟔𝟎 × 𝟏𝟎−𝟏𝟗𝑪
𝒎 = 𝟗, 𝟏𝟎 × 𝟏𝟎−𝟐𝟖𝒈
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Eletrólise de soluções aquosas
• As reações não espontâneas necessitam de uma corrente externa
para fazer com que a reação ocorra
• As reações de eletrólise
são
não
espontâneas
• Nas células voltaicas e eletrolíticas:
–
a redução ocorre no catodo;
–
a oxidação ocorre no anodo;
–
No entanto, em células eletrolíticas, os elétrons são forçados a
fluir do anodo para o catodo.
•
Nas células eletrolíticas, o anodo é
positivo e o catodo é negativo.
•
Num experimento de eletrólise, uma
corrente elétrica aplicada sobre
uma solução iônica, por exemplo de
Cloreto de Sódio dissolvido em água.
•
O trânsito de elétrons pela corrente
faz com que ocorra um depósito de
Sódio sobre o cátodo, e a liberação
de Cloro gasoso no ânodo.
•
O que acontece é que elétrons são
cedidos pelos íons de Cl
-no ânodo,
transportados até o cátodo, onde
são cedidos aos íons de Na
+.
Eletrólise
Eletrólise de soluções aquosas
• Exemplo: a decomposição de NaCl fundido
• Catodo: 2Na
+(
l
) + 2e
-
2Na(
l
)
• Anodo: 2Cl
-(
l
)
Cl
2
(
g
) + 2e
-• Industrialmente, a eletrólise é usada para produzir metais como o
Al.
Aspectos quantitativos da eletrólise
• Queremos saber a quantidade de material que obtemos com a
eletrólise
• Considere a redução do Cu
2+a Cu
–
Cu
2+(
aq
) + 2e
-
Cu(
s
)
–
2 mol de elétrons se depositarão em 1 mol de Cu
–
A carga de 1 mol de elétrons é 96.500 C (1
F
)
–
Uma vez que Q = It, a quantidade de Cu pode ser calculada
pela corrente (I) e tempo (t) levado para a deposição
Lei de Faraday para a eletrólise:
“A
quantidade de produto formado
ou do
reagente consumido por uma corrente
elétrica é estequiometricamente
equivalente à quantidade de elétrons
fornecidos”
Aspectos Quantitativos da Eletrólise
• Para determinar a quantidade de elétrons fornecida por uma
determinada carga, usamos a
constante de Faraday
,
F, a
quantidade de carga por mol de elétrons, como fator de
conversão. Como a carga fornecida é
nF
, em que
n é o número
de elétrons
e
Q = nF
, segue-se que:
n = Q/F = I x t / F
• A constante de Faraday é a magnitude da carga elétrica por
mols de elétrons
F = NA x e onde:
Preparando o caminho para a descoberta do
núcleo atômico
O conhecimento do núcleo atômico teve início com a descoberta acidental da radioatividade em 1986, que foi baseado por sua vez na descoberta dos raios X dois meses antes. Tempos depois da descoberta da radioatividade, ficou evidente que ela era um fenômeno que acontecia no núcleo atômico.
Antes do início do século XX, Wilhelm Roentgen descobriu um novo tipo de raio, produzido por um feixe de raios catódicos (que como vimos, mais tarde se descobriu que era formado por elétrons). Ele os denominou “raios X”, por sua natureza desconhecida. Roentgen descobriu que os raios X:
Podiam atravessar materiais sólidos; Podiam ionizar o ar;
Não sofriam reflexão no vidro;
Não eram defletidos por campos magnéticos.
Os Raios -X
Hoje sabemos que os raios X
são ondas
eletromagnéticas
de altíssima frequência (e
energia).
Roentgen percebeu que os raios X podiam
atravessar vários materiais
,
inclusive
tecidos. Colocando a mão da esposa entre a
fonte de raios X e um filme fotográfico, ele
conseguiu produzir a
primeira radiografia da
história!
Mesmo antes de se compreender a natureza
dos raios X, sua utilidade na medicina ficou
evidente.
Roentgen ganhou o
1º Prêmio Nobel
da
história, em 1901.
Radioatividade
Dois meses depois de Roentgen ter descoberto os raios X, Henri Becquerel acidentalmente descobriu um material que emitia raios X espontaneamente. Ele envolveu uma porção de um sal de urânio num papel preto para protegê-lo da luz, e o guardou numa gaveta sobre um filme fotográfico. Dias mais tarde, revelando este filme, ele descobriu que o material havia emitido raios X, que atravessaram o papel preto e marcaram o filme.
Nos próximos anos, vários outros elementos radioativos foram descobertos: tório, actínio, polônio e rádio.
Estes últimos foram descobertos por Marie e Pierre Curie. Maria Curie foi a primeira mulher a ganhar um prêmio Nobel, e a primeira pessoa a ganhar um Nobel de Física e um de Química.
Radiações alfa, beta e gama
Hoje sabemos que todos os elementos com número atômico maior que 82 (chumbo) são radioativos.
Eles emitem três diferentes espécies de radiação, que receberam a denominação:
alfa, beta e gama.
Os raios alfa possuem carga elétrica positiva.
Os raios beta possuem carga elétrica negativa.
Os raios gama não possuem carga elétrica.
A natureza diferente destes raios é evidente quando eles atravessam um campo magnético.
Os raios alfa são carregados positivamente e pesados (defletem pouco num campo magnético). Na verdade, são núcleos de hélio (2p e 2n).
Os raios beta são carregados negativamente e
leves (defletem bastante num campo magnético). São elétrons emitidos por materiais radioativos. Os raios gama são radiação eletromagnética, logo são neutros. Sua frequência (e energia) é ainda maior que a do raios X, logo tem poder penetrante ainda maior.
Devido a sua natureza (carga e massa) raios alfa
são facilmente absorvidos pela matéria. Raios
beta tem maior poder de penetração. Raios gama
podem atravessar a maioria dos materiais, tendo altíssimo poder de penetração.
Radiações alfa, beta e gama
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• Raios gama são radiação eletromagnética – não carregam carga elétrica, carregam apenas energia. Ou seja, um núcleo que emite radiação gama continua mantendo sua identidade. • Uma partícula alfa, contudo, é um núcleo de Hélio (2p + 2n), logo o núcleo ao emitir uma
partícula alfa muda sua identidade. Como o número total de prótons e nêutrons é preservado, contudo, podemos escrever equações de reações nucleares.
Um átomo de Rádio (Ra) tem 88 prótons, e um de seus isótopos tem 138 neutrons, de forma que o número de massa do isótopo é 226.
Escrevemos:
nº de prótons
nº de massa (prótons + neutrons)
Partícula alfa
Radiações alfa, beta e gama
Ao emitir uma partícula alpha, o Rádio perde dois prótons e 2 neutrons, logo fica com 86 prótons e número de massa 222. Isso corresponde a um isótopo
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Lembre-se: o que dá a identidade química de um elemento é o seu número de prótons (ou número atômico).
elementos químicos diferentes elementos químicos diferentes mesmo número de massa
diferentes números de massa
mesmo elemento químico diferentes números de massa
Dois isótopos de um mesmo elemento químico.
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Radioatividade
Isso significa que uma equação como essa, representa a transformação de um elemento químico (Rádio) em outro (Radônio): transmutação de elementos.
A transformação de elementos químicos era um dos sonhos dos alquimistas, que foram precursores de muitos conhecimentos e técnicas que foram sistematizadas no que conhecemos como química hoje.
A radiação beta corresponde a transformação de um nêutron em um próton, emitindo um elétron (partícula beta):
A radiação beta também muda a natureza do elemento emissor.
Existe também uma radiação beta positiva, que emite um pósitron (anti-elétron, com carga positiva). Toda radiação beta também implica na emissão de neutrinos, que são partículas sem carga e praticamente sem massa, e que não precisam ser levadas em conta nessa descrição simples das transmutações radiativas....
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Considere uma certa amostra de um material radiativo, por exemplo Rádio. Suponha que inicialmente tenhamos N0 átomos de Rádio nesta amostra.
Se você observar a amostra com um contador de radiação, verá que átomos de rádio estão continuamente sofrendo decaimento para átomos mais estáveis. Este processo não é regular ou periódico, na verdade, o intervalo entre decaimentos é aleatório. Não há como prever exatamente quando um determinado átomo de Rádio vai decair.
Esta não é uma limitação simples da nossa ignorância: as leis fundamentais da Mecânica Quântica, que contam este processo, afirmam que o decaimento é efetivamente aleatório.
O que é certo é que, conforme o tempo passa, os átomos de Rádio vão decaindo, então o número de átomos de rádio num certo instante de tempo t, chamado de N(t), vai decrescendo continuamente...
Radioatividade
O número de decaimentos por segundo é proporcional ao número de átomos de
Rádio presentes na amostra num determinado instante
● Resolvendo a equação:
Encontramos que:
Isso significa que o número de átomos de Rádio presentes na amostra decai exponencialmente com o tempo.
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Com essa solução em mãos, podemos também determinar quanto tempo demora para que
metade dos átomos de rádio tenham decaído. Este tempo é chamado de meia-vida:
Cancelando os fatores comuns N0 e simplificando:
Tirando logaritmo dos dois membros da equação:
Encontramos assim uma fórmula relacionando a meia-vida com a constante λ que aparece na equação.
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Meia vida de alguns elementos: Carbono-11 20,3 minutos Carbono-14 5.715 anos Cálcio-41 1,02 x 105 anos Urânio-238 4,51 x 109 anos