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Estrutura da Matéria Prof.ª Fanny Nascimento Costa

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Academic year: 2019

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(1)

Estrutura da Matéria

Prof.ª Fanny Nascimento Costa

(fanny.costa@ufabc.edu.br)

Aula 09

• Ligações químicas

• Representação de Lewis

(2)
(3)
(4)

Sempre que átomos ou íons estão muito ligados a outros

diz-se que existe

uma ligação química

entre eles

Ligações Químicas

Ligação

Iônica

Covalente

Ligação

(5)

O termo ligação iônica refere-se às forças

eletrostáticas que existem entre íons de carga de

sinais contrários. Interações entre os

metais do lado

esquerdo

da tabela periódica com

não-metais do lado

direito

Exemplos:

LiF, NaCl, KBr, KCl,MgCl

2

(6)

Resulta do compartilhamento de elétrons entre dois

átomos. Os exemplos mais familiares são vistos em

interações entre elementos

não-metálicos

Exemplo:

Molécula de H

(7)

São encontradas em metais, sendo que, cada átomo será

ligado aos seus átomos vizinhos

Os elétrons ligantes estão relativamente livres para se

movimentar na estrutura tridimensional

Dão aos metais propriedades como alta condutividade

elétrica e brilho

Exemplos:

Cobre, Ferro, Alumínio

(8)
(9)

Quando o sódio metálico, Na (

s

) é colocado em contato

com o gás cloro, Cl

2

(

g

), ocorre uma reação muito

violenta. O produto dessa reação é o cloreto de sódio

NaCl (s), sal de cozinha.

Ligações Iônicas - Propriedades

2

1

Na( )

Cl ( )

NaCl( )

2

(10)

Os átomos de sódio perdem elétrons. Estes
elétrons ligam-se aos

átomos de cloro. Os íons
resultantes agrupam-se e formam o cristal

Sódio Na  grupo 1A [Ne]3s1 deve formarum íon +1

Elétron fortemente atraído pela carga nuclear
efetiva não o deixa

desprender  Energia deionização = 494 kJ.mol-1

Na(g) Na+(g) + e-(g) energia necessária: 494kJ.mol-1

Afinidade eletrônica do Cl  349 kJ.mol-1 liberados quando elétrons

são ligados ao átomo de cloro para formar ânions:

Cl(g) + e-(g) Cl-(g) energia liberada = 349kJ.mol-1

Balanço de energia: energia necessária - energia
liberada: 494 - 349 =

+145 kJ.mol-1

Ligação Iônica – Cloreto de Sódio (NaCl)

(11)

O que falta? A contribuição da forte atração
coulômbica (eletrostática) entre os

íons de
cargas opostas no sólido

Quando íons sódio e cloro se juntam para
formar um sólido cristalino sua atração

mútua
libera uma grande quantidade de energia

Experimentalmente:

Na+(g) + Cl-(g) NaCl(s) energia liberada =

787
kJ/mol

A mudança de energia líquida é:

145 - 787 = -642 kJ/mol decréscimo de energia!

Um sólido composto de Na+ e Cl- tem energiamais baixa

que um gás de átomos de Na e Cl

(12)

• Temperaturas de fusão e ebulição geralmente elevadas devido à forte atração entre os íons

• Como consequência, são sólidos duros, mas quebráveis e formam geralmente estruturas cristalinas à temperatura ambiente

• São bons condutores de eletricidade quando dissolvidos ou

fundidos, pois assim os íons podem se mover. Os cristais secos não conduzem eletricidade, a menos que apresentes defeitos

(13)
(14)
(15)

Generalizando:

metais

podem perder seus

elétrons de

valência para formar

cátions

e os

não-metais

acomodam

estes elétrons em suas

camadas de valência formando,

ânions

Modelo iônico:

apropriado para descrever

compostos

binários entre elementos não-metálicos e elementos

metálicos especialmente

aqueles do

bloco s

Sólido iônico:

conjunto de cátions e ânions

empacotados em

um arranjo regular

Sólidos iônicos

são exemplos de

sólidos

cristalinos

sólidos constituídos de átomos,

moléculas ou íons

(16)

NaCl (CFC) CsCl (CS)

Modelos de sólidos cristalinos

esfarelita (ZnS) fluorita (CaF2)

wurtzita (ZnS) arseneto de níquel rutilo

(17)

Ciclo de Born-Haber

Em 1917, Born e Haber propuseram um ciclo termodinâmico para o cálculo da energia de retículo de substâncias iônicas (ΔEret)

Os termos energéticos envolvidos na formação de um retículo cristalino podem ser considerados em etapas. Os elementos em seus estados padrão são inicialmente convertidos a átomos gasosos, em seguida a íons, e finalmente dispostos segundo um retículo cristalino

As entalpias de sublimação e dissociação e a energia de ionização são positivas, já que eles envolvem fornecimento de energia ao sistema

A afinidade eletrônica e a energia reticular são negativas, pois nesses processos há liberação de energia

(18)
(19)

Energia de rede

UMA MEDIDA DA ESTABILIDADE DA REDE CRISTALINA:

ENERGIA DE REDE ou RETICULAR (U) – energia liberada por mol de íons gasosos quando eles se unem e formam um mol do sólido

(20)

Ligações iônicas

A energia

reticular é útil

pois indica a

solubilidade do

cristal e

informações

sobre a natureza

(21)
(22)

X

-

X

2-

X

3-

M

+

MX

M

2

X

M

3

X

M

2+

MX

2

MX

M

3

X

2

M

3+

MX

3

M

2

X

3

MX

(23)

NaCl

K

2

O

Na

3

N

CaF

2

MgO

Ca

3

P

2

FeBr

3

Al

2

O

3

AlN

(24)

• Os elétrons envolvidos em ligações químicas são os elétrons de valência, ou seja, os localizados nos níveis mais externos do átomo

• Lewis (1875-1946) sugeriu uma maneira simples de mostrar os elétrons, que são representados pelo símbolo do elemento mais um ponto para cada elétron de valência

Símbolos de Lewis

X

Cloro (Z= 17)

Cl: 1s

2

2s

2

2p

6

3s

2

3p

5

(25)
(26)

• Os átomos, frequentemente, ganham, perdem ou compartilham seus elétrons para atingir o número de elétrons do gás nobre próximo dele na tabela periódica

• Todos os gases nobres (menos o He), têm oito elétrons de valência

Regra do Octeto os átomos tendem a perder, ganhar ou compartilhar elétrons até que eles sejam circundados por oito elétrons

Válido especialmente para: C, N, O, halogênios, metais alcalinos/alcalino terrosos.

• Cuidado! Existem várias exceções à regra do octeto

(27)

Ligações Múltiplas

É possível que mais de um par de elétrons seja compartilhado

entre dois átomos (ligações múltiplas):

Um par

de elétrons compartilhado =

ligação simples

(H

2

)

Dois pares

de elétrons compartilhados =

ligação dupla

(O

2

)

Três pares

de elétrons compartilhados =

ligação tripla

(N

2

)

Em geral, a distância entre os átomos ligados diminui à medida

que o número de pares de elétrons compartilhados aumenta

(28)

Ligações Múltiplas

Metano

, CH

4

(29)

Estruturas de Lewis: Regras

Passo 1: Elétrons de valência

Conte o número de elétrons de valência de todos

os átomos da molécula

(30)

Passo 2: Ligue os átomos

Desenhe linhas representando ligações entre

átomos

GERALMENTE, o elemento

menos eletronegativo

é o átomo central

Passo 3: Atribua elétrons aos átomos terminais

Subtraia o número de elétrons usado nas ligações

do total obtido no passo 1

Complete o octeto de todos os átomos terminais

(exceto para o H)

(31)

Passo 4: Atribua elétrons aos átomos centrais

Se sobrarem elétrons no passo 3, coloque-os no

átomo central

Passo 5: Ligações múltiplas

Se nenhum elétron restou após o

passo 3

e os

átomos centrais ainda não completaram o octeto,

use um ou mais pares de elétrons para formar

ligações duplas/triplas.

(32)

Estrutura de moléculas poliatômicas

2(1) + 6 = 8 elétrons de valência

Passo 4:

Passo 1:

Passo 2:

par de elétrons ligantes

par de elétrons livres

H

O

H

H

2

O

H

O

H

(33)

CCl

4

4 + 4(7) = 32 elétrons de valência

Passo 3:

Passo 1:

Passo 2:

C

Cl

Cl

Cl

Cl

Cl

C

Cl

Cl

Cl

(34)

CH

2

O

4 + 2(1) + 6 = 12 elétrons de valência

Passo 3:

Passo 1:

Passo 2:

C

H

O

H

H

C

O

H

Passo 5:

C

H

O

H

H

C

O

H

Passo 4:

Não se aplica

(35)

H

3

O

+

3(1) + 6

- 1

= 8 elétrons de valência

Passo 4:

Passo 1:

Passo 2:

O

H

H

H

H

O

H

H

1+

Passo 3:

Não se aplica

Aonde está esta carga????

(36)

Ligações Covalentes

Estruturas de Lewis: uma revisão

A regra do octeto: Lewis percebeu que ele poderia justificar a existência de um grande número de moléculas propondo a regra do octeto: cada átomo compartilha elétrons com seus átomos vizinhos para atingir um total de oito elétrons de valência

(37)

-•

Com o crescente desenvolvimento dos semicondutores um

sólido bastante importante é o GaAs (arseneto de gálio)

Ga necessita de 5 elétrons para completar o octeto

As necessita de 3 elétrons para completar o octeto

Formam então ligação covalente

AlP e InSb também formam este tipo de ligação e são

importantes na indústria de semicondutores

(38)

(A) Ressonância

Algumas moléculas têm estruturas que não podem ser expressas corretamente por uma única estrutura de Lewis

Híbrido de ressonância: é a mistura de duas ou mais estruturas de Lewis

A ressonância entre estruturas de Lewis reduz a energia calculada da molécula e modela o caráter de ligação, distribuindo-a sobre toda a molécula. As estruturas de Lewis com energias similares fornecem uma maior estabilização por ressonância

(39)

Evidências experimentais:

Uma única estrutura de Lewis para molécula de benzeno, C6H6, não explica todas as evidências experimentais:

- Reatividade: O benzeno não sofre as reações típicas de compostos com ligações duplas

- Comprimento de ligação: Todas as ligações carbono-carbono têm o mesmo comprimento

- Evidência estrutural: Só existe um dicloro-benzeno no qual os dois átomos de cloro estão ligados a carbonos adjacentes

(40)

Estrutura de Lewis e ressonância

(41)
(42)

(B) Carga formal

É a carga que um átomo teria se os pares de elétrons fossem compartilhados igualmente. As estruturas de Lewis com baixas cargas formais geralmente têm a menor energia.

f = V

L

½ P

onde:

V

= no. de elétrons de valência do átomo livre

L

= no. de elétrons presentes nos pares isolados

P

= no. de elétrons compartilhados

Geralmente a estrutura de menor energia é aquela com: (1) a menor carga formal nos átomos; e (2) a estrutura na qual o elemento mais eletronegativo é atribuída uma carga formal negativa e ao elemento menos eletronegativo é atribuída uma carga formal positiva

(43)

Ligações Covalentes

Desenhe as estruturas de Lewis e encontre as cargas

formais para:

OCO

OOC

(44)

(C) Número de oxidação

A carga formal é um parâmetro obtido exagerando-se o caráter covalente de uma ligação. O número de oxidação é um parâmetro obtido exagerando-se o caráter iônico de uma ligação

Ele pode ser considerado como a carga que um átomo teria se o átomo mais eletronegativo em uma ligação ficasse com os dois elétrons da ligação

Na prática, os NOXs são atribuídos aplicando-se uma série de regras

(45)

(D) Radicais

As espécies que têm elétrons com spins não-emparelhados são chamados de radicais. Eles são, em geral, muito reativos

CH

3

Exceções da regra do octeto

(46)

(E) Hipervalência

Espécies as quais demandam a presença de mais do que um octeto de elétrons ao redor de um átomo, são denominados hipervalentes

PCl

3(l)

+ Cl

2(g)

PCl

5(s)

Exceções da regra do octeto

(47)

Geometria: Definida pela repulsão dos pares de elétrons.

Moléculas assumem a geometria que minimiza as repulsões

dos pares de elétrons.

Teoria VSEPR (VESPER)

VSPER: Valence Shell Electron Pair Repulsion

(48)
(49)

Geometria de Grupo Eletrônica

X

(50)
(51)
(52)
(53)
(54)
(55)
(56)

Os pares de elétrons isolados (PI) devem sempre ser

colocados de forma seja gerada a menor repulsão (maior

ângulo):

a) contar as repulsões resultantes à 90º dos PI

b) se ocorre um par de elétrons isolado a estrutura com

menor interações à 90º PI

PL é a preferida.

c) se ocorrem dois ou mais pares isolados a estrutura com

menor interações à 90º PI

PI e PI-PL é a preferida.

Exemplos: SF

4

e ClF

3

(57)
(58)
(59)

• Em uma ligação covalente, os elétrons estão compartilhados

O compartilhamento de elétrons para formar uma ligação covalente não significa compartilhamento igual daqueles elétrons

• Existem algumas ligações covalentes nas quais os elétrons estão localizados mais próximos a um átomo do que a outro

O compartilhamento desigual de elétrons resulta em ligações polares

(60)

Eletronegatividade

(c):

é a habilidade de um átomo de

atrair elétrons para si

em certa molécula

Pauling estabeleceu as

eletronegatividades em uma escala

de 0,7 (Cs) a 4,0 (F)

A

eletronegatividade aumenta

:

ao longo de um período e

ao subirmos em um grupo

(61)
(62)

• A diferença na eletronegatividade entre dois átomos é uma medida da polaridade de ligação:

• as diferenças de eletronegatividade próximas a 0 resultam em ligações covalentes apolares (compartilhamento de elétrons igual ou quase igual): F2 (4,0 – 4,0 = 0,0)

• as diferenças de eletronegatividade próximas a 2 resultam em ligações covalentes polares (compartilhamento de elétrons desigual): HF (4,0 – 2,1 = 1,9)

• as diferenças de eletronegatividade próximas a 3 resultam em ligações iônicas (transferência de elétrons): LiF (4,0 – 1,0 = 3,0)

(63)

Característica da Ligação

(64)

Forma molecular e polaridade da ligação

(molécula apolar)

(65)

Na água, a molécula não é linear e os dipolos de ligação não

se cancelam

Consequentemente, a água é uma molécula polar

(66)

Exercícios Recomendados

1. Explique por que o sódio ocorre como Na+ e não como Na2+ em compostos iônicos.

2. Escreva a representação de Lewis para os seguintes compostos iônicos: (a) fluoreto de potássio; (b) sulfeto de alumínio; (c) óxido de cálcio; (d) óxido de sódio.

3. Escreva as estruturas de Lewis para os seguintes íons poliatômicos: (a) íon amônio, NH4+; (b) íon hipoclorito, ClO-. Represente o processo de dissociação iônica do cloreto de amônio e do hipoclorito de sódio quando dissolvidos em água.

4. Determine o número de pares de elétrons ligantes e de pares de elétrons isolados no átomo de fósforo em: (a) PCl3; (b) PCl5; (c) PCl4+; (d) PCl6-. Tente prever o formato espacial destas moléculas por meio do modelo VSEPR.

5. Explique o fenômeno de ressonância na molécula de benzeno e a consequência dele para os comprimentos médios das ligações entre átomos de carbono e para a energia destas ligações.

6. Qual a relação entre as eletronegatividades de dois átomos e o tipo de ligação que eles formarão (covalente apolar, covalente polar, iônica)?

(67)

Exercícios Recomendados

(68)

Bibliografia

1. Brown, T., Química a Ciência Central, Pearson Education, 9ª Edição, 2005.

Referências

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