Introdução a aproximações
assintóticas
Introdução
• Em geral, os termos não lineares das eqs. NS
são não nulos
• Solução analítica não é possível
• Soluções aproximadas:
– soluções numéricas
– aproximações analíticas:
• balanços macroscópicos: valores globais (vazão, forças médias, etc)
• soluções assintóticas: soluções para parâmetros
adimensionais muito grandes ou muito pequenos, tal que termos das eqs. possam ser desprezados
– métodos de pertubação
– expansões assintóticas (base dos métodos assintóticos é obter aproximações das eqs governantes)
Escoamento pulsátil num tubo: soluções
assintóticas para altas e baixas frequências
• Relembrando as equações e CC:
€ u z = uz G0R2/µ r =ˆ r R t =ˆ t R2/µ ∂ˆ u z ∂ˆ t = 1+ε sin ωR2 ν Rω ˆ t + 1 ˆ r ∂ ∂ˆ r r ˆ ∂ ˆ u z ∂ˆ r CC : ˆ r = 1 ˆ u z = 0 ˆ u z finito em ˆ r = 0 t = 0 u z = 0Obtivemos a solução exata (muito trabalhosa) para Rω<<1. A solução exata para Rω>>1 é muito difícil. Vamos obter soluções assintóticas. € uz = uz0 +εu1z uz0 = 1 4 1− ˆ r 2
(
)
u1z = Im ˆ( )
u z ˆRω<<1
• A equação anterior pode ser reescrita
como:
€ d2H dˆ r 2 + 1 ˆ r dH dˆ r − iHRω = −1 CC : ˆ r = 1 H( ˆ r ) = 0 H( ˆ r ) finito em ˆ r = 0 obs : ˆ u z = ei ωR 2 / v ( )t ˆ H( ˆ r )A solução exata é obtida em termos das funções de
Bessel, e depois é feita a aproximação para Rω. Agora, vamos usar a condição Rω<<1 e depois obter a solução.
• No limite
R
ω→
0
:
€ d2H dˆ r 2 + 1 ˆ r dH dˆ r = −1 ⇒ H = 1 4 1− ˆ r 2(
)
ˆ u 1z ≡ Im ˆ( )
u z = 1 4 sin ˆ t 1− ˆ r 2(
)
• O problema se reduz ao escoamento de Poiseuille quasi-permanente, com um gradiente de pressão instantâneo sin t • Os efeitos de inércia não aparecem na equação acima. Para determinar os efeitos de inércia com Rω→0, vamos procurar uma solução na forma de expansão assintótica do tipo:
€
H = H0
( )
r ˆ + RωH1( )
r ˆ + Rω2H2( )
r ˆ + O R( )
ω3Perturbução regular ou assintótica (a forma é mantida ao longo do domínio)
Substituindo na equação diferencial: € d2H0 dˆ r 2 + Rw d2H1 dˆ r 2 + Rw 2 d 2 H2 dˆ r 2 + 1 ˆ r dH0 dˆ r + Rw 1 ˆ r dH1 dˆ r + Rw 2 1 ˆ r dH2 dˆ r − iH0Rw − iHiRw 2 + O R
( )
w3 = −1 E da CC: € H0( )
1 + RωH1( )
1 + Rω2H2( )
1 + O R( )
ω3 = 0Como a eq acima vale para Rw arbitrário,
€
Assumindo que Rw é assintóticamente pequeno, mas arbitrário, as eqs acima tem que ser satisfeitas para
qualquer valor pequeno e arbitrário de Rw. Reescrevendo a eq. anterior: € 1+ 1 ˆ r d dˆ r r ˆ dH0 dˆ r + Rw 1+ 1 ˆ r d dˆ r r ˆ dH1 dˆ r − iH0 + Rw2 1+ 1 ˆ r d dˆ r r ˆ dH2 dˆ r − iH1 + O Rw 3
( )
= 0Os termos a cada nível de Rw são individualmente iguais a zero. Assim, H0 satisfaz a eq. anterior (obtida para o limite Rw 0, com a condição H0(1)=0, e a sua solução é
€
H
0=
1
4
1− ˆ
r
2
As funções H1 e H2 devem satisfazer:
€
1+
1
ˆ
r
d
dˆ
r
r
ˆ
dH
1dˆ
r
= iH
0H
1(1) = 0 e H
1(0) finito
€
1+
1
ˆ
r
d
dˆ
r
r
ˆ
dH
2dˆ
r
= iH
1H
2(1) = 0 e H
2(0) finito
Com H0, as CC e integrando chega-se a:
€ H1 = i 16 r ˆ 2 − r ˆ 4 4 − 3 4 H2 = − 1 256 r ˆ 4 − r ˆ 6 9 − 3ˆ r 2 + 19 9 H = 1 4 1− ˆ r 2
(
)
+ Rw i 16 r ˆ 2 − r ˆ 4 4 − 3 4 − Rw2 1 256 r ˆ 4 − r ˆ 6 9 − 3ˆ r 2 + 19 9 + O Rw 3( )
Método de perturbação no domínio:
escoamento num canal ondulado
- Geometria irregular: superfície não corresponde a nenhuma coordenada de qualquer
sistema de coordenadas, mas está próximo
- Paredes localizadas a y=+/- h(x) = d/2(1+ε sen2πx/L) - ε pequeno
Equações de conservação
€ µ ∂ 2 w ∂x2 + ∂2w ∂y2 = −G w = 0 em y = ±h(x) = ± d 2 1+ εsin 2πx L Obs: pode-se também usar a condição de simetria em y=0,
€
∂
w /
∂
y = 0
-A geometria depende de x, então w=w(x,y)
-Para ε<<1: substituir a CC com uma CC aproximada, que é assintoticamente equivalente para ε<<1, mas aplicada a y=d/2
Adimensionalização
€ d2 L2 ∂2w ∂x2 + ∂2w ∂y2 = −1 w = 0 em y = h (x) = 1 2(1+ εsin2πx ) ∂w ∂y = 0 em y = 0 w = w Gd2 /µ x = x L y = y dVamos aproximar a CC em y=h(x) a uma CC assintoticamente equivalente aplicada em y=1/2, usando uma aproximação em série de Taylor para w em y=h, em termos de w e de suas
€ w y = h = w y =1/ 2 + ∂w ∂y y =1/ 2 ε 2sin(2πx ) + 12 ∂ 2 w ∂y 2 y =1/ 2 ε 2sin(2πx ) 2 + O
( )
ε3Vamos procurar uma solução da forma:
€
w = w0 + εw1 + ε2w2 + O
( )
ε3Substituindo na eq. para a CC w=0 em y=h:
€ 0 = w0 +ε w1 + ∂w0 ∂y 1 2sin(2πx ) + ε2 w2 + ∂w1 ∂y 12sin(2πx ) + 12 ∂ 2 w0 ∂y 2 1 2sin(2πx ) 2 + O ε
( )
3 em y = 1/2Como ε é pequeno, cada termo da eq. acima tem que ser igual a zero. Assim,
€ O(0) : w0 = 0 em y = 1/2 O(ε) : w1 = − ∂w0 ∂y 1 2 sin 2
(
πx)
em y = 1/2 O(ε2) : w2 = − ∂w1 ∂y 1 2 sin 2(
πx)
− 1 2 ∂2w0 ∂y 2 1 2 sin 2(
πx)
2 em y = 1/2A CC original em y=h(x) foi transformada em CC assintoticamente equivalentes para as funções
w0, w1 e w2 em y=1/2. Resolvendo para estas funções, o problema em O(1), com as CC acima é:
€ d2 L2 ∂2w0 ∂x2 + ∂2w0 ∂y2 = −1 ∂w0 ∂y = 0 em y = 0
As CC neste nível independem de x, assim w0=w0(y), e a solução é dada por:
€ w0 = 1 2 1 4 − y 2 O problema em O(ε) é: € d2 L2 ∂2w1 ∂x2 + ∂2w1 ∂y2 = −1 ∂w1 ∂y = 0 em y = 0 w1 = 1 4 sin 2πx
(
)
em y = 1/2Vamos procurar uma solução do tipo: € w1 = F(y )sin 2πx
(
)
d2F dy 2 − 2πd L 2 F = 0 dF /dy = 0 em y = 0 F = 1/4 em y = 1/2 F = Aexp 2πd L y + B exp −2πd L y ⇒ w1 = 1 4 cosh 2πd /L[
(
)
y]
cosh πd /L(
)
sin 2πx(
)
Analogamente, podemos obter w2:
€ w2 = 1 16 1− 2πd L tanh πd L 1− cosh 4πd /L
(
)
y cosh 2πd /L(
)
cos 4πx(
)
Fluxo volumétrico
€ Q = 1 Ld −h(x;ε)wdydx h(x;ε)∫
0 L∫
Q = Gd 2 12µ 1+ 3 4 ε 2 + O(ε2) Para um mesmo gradiente de pressão,
a vazão é maior do que a obtida entre placas paralelas, mas como a primeira correção ocorre com termos