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SITUAÇÃO PATRIMONIAL

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Academic year: 2021

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Professor César Abicalaffe 31 2x 3.053.000 3.811.000 6.059.000 2.138.000 2.340.000 3.299.000 806.000 915.000 1.471.000 2.760.000 100 113 182 342 806.000 1.215.448 2.379.312 4.706.234 100 75 62 59

SITUAÇÃO PATRIMONIAL

É conveniente iniciar a análise pela verificação da SITUAÇÃO PATRIMONIAL da empresa. Alguns costumam denominá-la, erroneamente, de SITUAÇÃO ECONÔMICA.

Costumam dizer:

"Estou bem de situação 'econômica'. Tenho casas, prédios, terrenos, carros. Mas situação financeira ... dinheiro mesmo ... Ó ! "

A posse de BENS e DIREITOS corresponde à Situação PATRIMONIAL. Situação ECONÔMICA diz respeito à capacidade de GERAR LUCROS.

E a SITUAÇÃO PATRIMONIAL pode ser analisada sob vários aspectos: 1. PATRIMÔNIO LÍQUIDO e sua EVOLUÇÃO

2. CAPITALIZAÇÃO

3. GARANTIA DE CAPITAL DE TERCEIROS 4. PROCEDÊNCIA DE CAPITAIS

5. APLICAÇÃO DE CAPITAIS

6. COMPOSIÇÃO DO ATIVO CIRCULANTE PATRIMÔNIO LÍQUIDO - EVOLUÇÕES Cálculo

Ativo Real (–) Passivo Real (encontrados e preenchidos na ficha anterior). Basta transcrever seus valores e efetuar a subtração. O saldo corresponderá ao Patrimônio Líquido. (Valor que pertence efetivamente aos sócios). Deveria dar o mesmo valor constante do grupo PATRIMÔNIO LÍQUIDO do Balanço. Será diferente quando, para fins de análise, tivermos "deixado fora" os itens "Diferido" e "Ajustes".

EVOLUÇÃO NOMINAL E REAL - ANO BASE

1. SITUAÇÃO PATRIMONIAL x1 2xx2 2xx3 2xx4

1. PATRIMÔNIO LÍQUIDO ATIVO REAL

(–) Passivo Real (=) PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PL) 1.1 Índice de Evolução Nominal PL base x Ind. Var. Taxas (pág.27) 1.2 = Índice de Evolução REAL

(3)

Professor César Abicalaffe 2 2xx1 2xx2 2xx3 2xx4 500.000 806.000 915.000 1.471.000 806.000 915.000 1.471.000 2.760.000 13% 61% 88% 735.500 1.215.448 1.790.655 2.908.167 (25%) (18%) (5%)

(1.1) O Índice de Evolução Nominal é encontrado através de uma regra de três simples. Sendo o PL do ano-base igual a 100, cada PL dos anos seguintes será igual a "x".

(1.2) Já o Índice de Evolução Real será encontrado após se "corrigir" o valor do PL base pela variação das Taxas – Uma vez corrigido ele será comparado com o PL de cada ano. Espera-se que cresça, pelo menos à taxa do PIB no mesmo período. Melhor seria se au- mentasse acima da taxa internacional de juros ao ano. (Proporcional ao período)

EVOLUÇÃO NOMINAL E REAL - PERÍODO ANTERIOR

PL Anterior PL 1.3 = Evol. % NOM. (PL x 100/PLA) – 100 PL Anterior Corrigido 1.4 = Evol. % REAL (PL x 100/PLAC) – 100

PL = Patrimônio Líquido PLA= Patrimônio Líquido Anterior

PLAC= Patrimônio Líquido Anterior Corrigido

Os dois itens anteriores visavam comparar o crescimento NOMINAL e REAL do Patrimônio Líquido em relação ao ano-BASE.

Aqui o comparativo é feito em relação ao ano ANTERIOR, obtendo-se a Evolução Percentual NOMINAL ou REAL, no período.

QUOCIENTE DE CAPITALIZAÇÃO

xx1 2xx2 2xx3 2xx4

ROL atual (–) ROL anterior (:) ROL anterior (x 100) (=) VL (%) PL atual (–) PL anterior (:) PL anterior (x 100) (=) PL (%) Quoc. Cap. ( VL/ PL) 834.000 1.161.000 3.454.000 3.223.000 4.057.000 5.218.000 26 29 66 109.000 556.000 1.289.000 806.000 915.000 1.471.000 14 61 88 1,86 0,48 0,75

Se o Quociente de Capitalização aumentar constantemente significará que a um incremento das Vendas não está correspondendo um incremento do Patrimônio Líqui- do, que poderá ser causado por vendas com prejuízo ou pela retirada dos lucros não propiciando a capitalização. Acima de 1 = risco de “Overtrading”; abaixo = “Undertrading”.

VALOR DA AÇÃO / QUOTA

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 915.000 1.471.000 2.760.000 (:) Capital Integralizado 800.000 1.230.000 1.890.000

= VALOR 1,14 1,19 1,46

O Valor da Ação/Quota é auto-explicativo e mostra o valor contábil de cada ação/ quota, no período. A análise é “estática”. Refere-se a cada período.

(4)

Professor César Abicalaffe

33

GARANTIA CAP. TERCEIROS

2xx1 2xx2 2xx3 2xx4 ATIVO REAL (:) Passivo Real (=) Quociente de Gar. K. 3ºs 3.053.000 3.811.000 6.059.000 2.138.000 2.340.000 3.299.000 1,43 : 1 1,63 : 1 1,84 : 1

O Quociente da Garantia do Capital de Terceiros é aquele olhado com muita atenção por banqueiros e fornecedores. Mede quão garantidos estão os créditos dos credores da empresa. Quanto mais alto seu resultado, tanto melhor e mais sólida "patrimonialmente" é a empresa. Um quociente de 1,84 : 1 indica para cada “um” de dívida a empresa conta com 1,84. Num caso de liquidação da companhia, todas as dívidas seriam pagas e ainda restaria 84%. É evidente que os dados analisados precisam ser os mais próximos possíveis da realidade. Atenção quanto a empresas “especiais”... virtuais, por exemplo.

"LEVERAGE"

Está claro que o RETORNO SOBRE O TOTAL DOS INVESTIMENTOS (TRSIT) mede a eficiência do Administrador Financeiro.

Já o RETORNO SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO (TRSIP) vai representar o "valor" da empresa para seus acionistas ou proprietários.

Essas duas taxas diferem porque uma parcela do Ativo Operacional (Ativo Real ou, simplesmente, Investimento) foi suprida pelos CREDORES que recebem, também, uma "Taxa de Retorno", por assim dizer, sob a forma dos Juros que auferem.

Os fundos que investimos e os lucros que concordamos em deixar na empresa constituem o nosso Patrimônio Líquido, ou nossa participação no ativo.

Com a garantia de nosso Patrimônio Líquido, estamos em condições de obter Recursos de Terceiros. Assim sendo, estamos "trading on the equity" (significa: "aumento dos lucros resultantes da tomada de capital a uma taxa baixa e sua utilização em um negócio que renda taxa mais alta").

O termo mais comumente usado nos círculos financeiros para exprimir tal fenômeno é "LEVERAGE".

Ora, o "Leverage" (de "elevar: alavanca") vai propiciar um multiplicador (uma "alavanca") para o Retorno do Patrimônio Líquido, isso pode ser entendido se observarmos que:

"Leverage" : Ativo Real ( AO ou I) ou "L" : I

Patrimonio Líquido PL

Isto é, o "Leverage" mede o "Endividamento" da empresa. Mas, Rentabilidade Total

(TRSIT) : Lucro ou TRSIT : L

Ativo Real I

E, Rentabilidade do Patrimônio Líquido

(TRSIP) : Lucro ou TRSIP : L

(5)

Professor César Abicalaffe

Do exposto, podemos observar as seguintes igualdades L = L x I ou seja:

PL I PL

Rentabilidade do Patrimônio Líquido: Rentabilidade Total x "Leverage", ou TRSIP : TRSIT x "L"

Um exemplo dessa igualdade, em funcionamento, pode ser visto no seguinte exercício: A empresa "Produtos Plásticos" utiliza uma "meta" de TRSIT (Taxa de Retorno Sobre Investimento Total) de 9,4% e de Rentabilidade do Patrimônio Líquido: (TRSIP) (Investimento do acionista ou "dono"), de 11,5%.

O "Leverage" da empresa é de 1,23. Teremos então: TRSIP = TRSIT x "L"

0,115 0,094 1,23

11,5% 9,4 1,23

Por sua vez, o "Leverage" poderá ser encontrado como a seguir: "Leverage" : TRSIP

TRSIT

Com isto, temos mais um reforço do conceito de "Leverage" e que talvez facilite a compreensão: O "Leverage" mede, com efeito, a relação da Rentabilidade dos Donos ou Acionistas com a Rentabilidade Total.

EXERCÍCIO A

Com base no exposto, preencher os quadros seguintes, relativos aos quatro (4) Balanços apresentados e que vem sendo analisados.

AR ... 100 PR ... 70 : 3,33 PL ... 30 (LIMITE) 2xx1 2xx2 2xx3 2xx4 1 LUCRO LÍQUIDO 2 TRSIP (1 : 7) 0,3846 0,0491 0,2379 0,3539 3 TRSIT (1 : 5) 0,1521 0,0147 0,0918 0,1612 4 “LEVERAGE” (2 : 3) 2,5 3,3 2,5 2,1

5 ATIVO REAL (I) 2.038.000

6 PASSIVO REAL 1.232.000 7 PATRIMÔNIO LÍQUIDO (5 – 6) 806.000 8 “LEVERAGE” (5 : 7) 2,5 9 “LEV/PROPRIET.” 1,0 1,0 1,0 1,0 10 “LEV/TERCEIROS” (8 – 9) (6 : 7) 1,5

(6)

Professor César Abicalaffe 35 MOL (*) ... L/V GIRO ... V/I TRSIT ... M x G TRSIP ... L / PL “L” ... I / PL “L/P” ... 1.00 “L/T” ... "L" - "L/P" GAR. K. 3ºs (**) AR : PR ATIVO PASSIVO/PL At. Circulante ... 500 A. Permanente . 750 TOTAL Pas. Circulante 250 P. Líquido .... 1.000 TOTAL DESPESA RECEITA Diversas ... 300 LUCRO ... 200 TOTAL Vendas ... 500 TOTAL EXERCÍCIO B DADOS LUCRO = 100 VENDAS = 500 INVESTIMENTO / (AR) =1.000 PL ( AR - PR ) = 500 Pede-se :

(*) MOL = Margem Operacional Líquida.

(**) Quociente de Garantia do Capital de Terceiros.

EXERCÍCIO C DADOS Pede-se : MOL GIRO TRSIT TRSIP “L” “L/P” “L/T” GAR. K. 3ºs (*)

ENDIVIDAMENTO A CURTO E LONGO PRAZO (%)

2xx1 2xx2 2xx3 2xx4

ATIVO REAL 3.053.000 3.811.000 6.059.000

PASSIVO CIRCULANTE

(:) ATIVO REAL x 100 = CURTO PRAZO

833.000 1.083.000 1.999.000

27 28 33

EXIGÍVEL LONGO PRAZO (:) ATIVO REAL X 100 = LONGO PRAZO 1.305.000 1.257.000 1.300.000 42 33 21 PROCED. DE CAPITAIS A - Patrimônio Líquido (S) Capital Próprio (%) B - Passivo Real Capital de Terceiros (%) Cap. Total C=(a + b = c = $ = 100%) 2xx1 2xx2 2xx3 2xx4 915.000 1.471.000 2.760.000 30% 39% 46% 2.138.000 2.340.000 3.299.000 70% 61% 54% 3.053.000 3.811.000 6.059.000

A verificação da origem dos capitais existentes na firma se faz através da soma dos valores do Patrimônio Líquido e do Passivo Real. Igualando-se o total a 100% e cada um dos valores a "x", obtém-se o percentual de Capital Próprio (PL) e Capital de Terceiros (PR).

A prática tem demonstrado que o máximo de Capitais de Terceiros é de 70% (seten- ta por cento); seria esse o limite de "perigo". Está claro que se os Capitais de Terceiros forem "Não Onerosos" (fornecedores) ou empréstimos a juros subsidiados, poderá haver vantagens apesar da percentagem elevada. De qualquer forma, é conveniente ter um percentual mais alto de Capitais Próprios.

(7)

Professor César Abicalaffe APLICAÇÃO DE CAPITAIS 2xx1 2xx2 2xx3 2xx4 S = (a+b+c = $ = 100%) A....Ativo Circulante AC Percentual (%) B....Real. L. Prazo ($) RLP Percentual (%) C....Ativo Permanente AP Percentual (%) 3.053.000 3.811.000 6.059.000 1.333.000 1.707.000 3.166.000 44% 45% 52% 320.000 400.000 761.000 10% 10% 13% 1.400.000 1.704.000 2.132.000 46% 45% 35%

A análise da Aplicação de Capitais é importante para se verificar onde se encontram aplicados os valores e sua evolução ao longo dos anos.

Muitas indústrias entraram em dificuldades devido ao crescimento elevado do percentual aplicado no Ativo Permanente. Desta forma, a elevação de tal percentual seria um sintoma de alarme, especialmente quando acompanhado da queda dos índices de liquidez. COMPOSIÇÃO DO CIRCULANTE = 100% 2xx1 2xx2 2xx3 2xx4 A + B + C = $ = 100% A....Disponível DIS - Percentual (%) B....Valores a Receber VR - Percentual (%) C....Estoques EST - Percentual (%) 1.333.000 1.707.000 3.166.000 84.000 135.000 186.000 6% 8% 6% 1.008.000 1.106.000 2.188.000 76% 65% 69% 241.000 466.000 792.000 18% 27% 25%

A Composição do Ativo Circulante visa mostrar o comportamento de seus principais componentes no decorrer do tempo. Igual análise feita mensalmente daria a pulsação do Circulante.

GRAU DE RISCO A.B.M. (PATRIMONIAL)

O Professor Alberto Borges Matias que, por muitos anos foi diretor da SERASA, fez uma pesquisa extraordinária combinando vários índices de análise de situação patrimonial com rentabilidade, de várias empesas dos mais variados ramos, cujo resultado aponta, com alta probabilidade de acerto, o grau de risco de falência empresarial.

GRAU DE RISCO J.P.S. (FINANCEIRA)

Outro Professor: José Pereira da Silva combinou fórmulas financeiras com rentabili- dade, subdividindo-as em risco para 1o. ano e risco para o 2o. ano.

As duas fórmulas são as melhores para medir o grau de risco empresarial, os quais juntamente com o “Leverage” e o “Coverage” formam os quatro grandes indicadores de risco apresentados na Análise via internet (gráfico 33).

(8)

Professor César Abicalaffe

37

Vendas a Prazo 4.057.000 5.218.000 8.672.000

(:)Saldo Médio Dupl. a Receber 839.000 1.041.000 1.623.500

(=) Quoc. Rot. Recebtos./QRR 4,8 5,0 5,3

Prazo Médio

Período (Dias ano comercial) 360 360 360

(:) Quoc. de Rotação/QRR 4,8 5,0 5,3 =)Dias de Giro de Recebtºs/DGR 75 72 68

2.224.000 2.798.000 4.547.000 206.000 353.500 629.000 11 8 7 360 360 360 11 8 7 33 45 51

ANÁLISE DE QUALIDADE DE VIDA-FIN.

SITUAÇÃO FINANCEIRA

Ciclo de Financiamento

2xx1 2xx2 2xx3 2xx4

Rotação de Recebimentos

(

Quanto mais alta a rotação, menor o prazo médio de recebimento das duplicatas. Serve, em primeiro lugar, para comparar com o prazo médio concedido pela firma. A diferença corresponderá ao atraso da clientela e ensejará medidas que visem acelerar a cobrança, tais como: descontos, bonificações, cortes de fornecimento, encaminhamento a Cartórios de Protestos, SPC, Deptº Jurídico etc. ...

Em segundo, para comparar com o prazo médio de pagamentos efetuados, a fim de encontrar situação mais vantajosa.

Rotação de Pagamentos Compras (:) Saldo Médio Fornecedores (=) Quoc. Rot. Pagamentos/QRP

Prazo Médio

2xx1 2xx2 2xx3 2xx4

2.294.000 3.023.000 4.873.000 318.500 414.500 684.000

7,2 7,2 7,1

Período (dias ano comercial) 360 360 360

(:) Quoc. de Rotação/QRP 7,2 7,2 7,1

(=) Dias Giro de Pagtos./DGP 50 50 50

Intervalo (DGR - DGP) nº Dias 25 22 18

O prazo médio de pagamentos permite compará-lo com o de recebimentos, gerando o "intervalo" entre ambos. No caso dos Balanços em análise, há uma desvantagem face a se estar recebendo os haveres mais de 40 dias após o pagamento das dívidas com fornecedores.

É verdade que, quando se trata de Duplicatas a Receber, o preço é o de venda e, no caso de Compras, o preço é o de custo, e talvez o lucro seja tão bom que permita suportar essa defasagem de tempo.

O melhor seria se procurar receber em prazo MENOR que o de pagamentos. Se fosse possível "vender à vista" e comprar a prazo, tanto melhor para o giro da empresa.

2xx1 2xx2 2xx3 2xx4

Rotação de Estoques Custo de Mercadorias Vendidas

(:) Estoque Médio (=) Quoc. de Rot. do Estoque/QRE

Prazo Médio Período (Dias do ano comercial) (:) Quociente de Rotação/QRE (=)Dias de Giro de Estoques/DGE

(9)

Professor César Abicalaffe

2xx1 2xx2 2xx3 2xx4

ACELERAÇÃO

Vendas a Prazo (:) ROB 0,91 0,90 0,90

X QRR 4,8 5,0 5,3

= QVP Quoc. Vendas a Prazo 4,37 4,50 4,77

ROB (–) Vendas a Prazo 393.000 582.000 978.000

(:) ROB 4.450.000 5.800.000 9.650.000

= Subtotal 0,08 0,10 0,10

X QRE 11 8 7

= QVV Quoc. Vendas à Vista 0,88 0,80 0,70

QVP + QVV 5,25 5,30 5,47

(:) QRP 7,2 7,2 7,1

= CAF Coef. Aceler. Financeira 0,73 0,73 0,77

Este é um item importantíssimo de ser analisado. Além da evolução do comportamento anual, mostra o que está ocorrendo com os estoques. Uma redução na rotação causa em conseqüência uma elevação no número de dias em que o estoque permanece na empresa. E aí é que surge a necessidade de descobrir qual a causa.

Retração de Vendas? Por quê? Produto obsoleto? Concorrência? Custos muito altos que dificultam a venda? Especulação com estoque? O que fazer para reverter a tendência?

O ideal seria fazer tal análise por produto ou grupos de produtos.

Fórmula do Ciclo de Financiamento

19X1 19X2 19X3 19X4

DGE 33 45 51

+ Intervalo 25 22 18

= CFT Ciclo de Finan. Total 58 67 69

O CFT = Ciclo de Financiamento Total indica o prazo médio financiado pela empresa e como ele se comporta no tempo.

É utilizado também em uma das maneiras de se calcular as necessidades de Capi-tal de Giro.

Através do CAF = Coeficiente de Aceleração Financeira se busca verificar a possibilidade de evolução dos recebimentos e estoques comparado aos pagamentos.

Resultados superiores a 1 (um) mostram uma evolução favorável, como também seu crescimento. O dinheiro entra mais rápido do que sai. Abaixo de 1(um), o dinheiro sai mais rápido do que entra, o que em termos financeiros é mau!

2xx1 2xx2 2xx3 2xx4

CAPITAL DE GIRO

Desp. c/Vendas + Desp. (–) Rec. Financeiras + Desp. Administrativas = Subtotal (:) Período (Dias ano comercial) = Despesas/dia X CFT (=) NCG Necess. Cap. de Giro Ativo Circulante (–) Passivo Circulante = CCL = Cap. Circ. Líquido NCG – CCL = NCGT 1.205.000 1.261.000 1.757.000 214.000 205.000 330.000 292.000 316.000 431.000 1.711.000 1.782.000 2.518.000 360 360 360 4.753 4.950 6.994 58 67 69 275.674 331.650 482.586 1.333.000 1.707.000 3.166.000 833.000 1.083.000 1.999.000 500.000 624.00 1.167.000 0 0 0

(10)

Professor César Abicalaffe

39 A seguir, se analisará a Situação Financeira, costumeiramente apontada através de 3 quocientes principais:

Índices de Liquidez

a) Solvência Líquida. Também denominada:

Liquidez corrente, Comum, Simples, Relativa ou Normal. b) Solvência ou Liquidez Seca.

c) Solvência ou Liquidez Bruta, também chamada: Solvência ou Liquidez Geral ou Mediata.

SOLVÊNCIAS Ativo Circulante (:) Passivo Circulante = Solvência Líquida 2xx1 2xx2 2xx3 2xx4 1.333.000 1.707.000 3.166.000 833.000 1.083.000 1.999.000 1,60 : 1 1,58 : 1 1,58 : 1

Este, o principal quociente, indica:

1º. A capacidade TEÓRICA da empresa pagar suas dívidas de curto prazo. Teórica,

porque compara valores a receber com valores a pagar dentro do prazo de um ano. Por isso perguntamos: E se os valores do Ativo Circulante fossem representados, digamos, por uma só Duplicata a Receber cujo vencimento fosse daqui a 350 dias; e os valores do Passivo Circulante fossem representados por um só Título a Pagar e que se vence, digamos,

AMANHÃ? Ambos estariam dentro do período de um ano...

Por isso cada empresa deveria ter o seu próprio "curto prazo": aquele que ela concede a seus clientes e recebe de seus fornecedores, em média.

Contabilmente, o Balanço registrará o prazo de UM ano, conforme determina a lei, porém, para efeito de análise, cada empresa usaria para si própria o "seu" curto prazo.

Obs.: Também deve ser levado em consideração o "tipo" de atividade de cada firma. Há algumas que, como as outras, contabilizam todas as suas dívidas no Passivo Circulante; todavia não tem, no Ativo Circulante, Valores a Receber, pois vendem apenas à vista ou a 30 dias. Por exemplo: As Companhias de energia elétrica ou de água, ou de telefone têm registrado em seu Ativo Circulante valores a receber de apenas 1 (um) mês e os atrasos. Contudo seu Passivo abriga dívidas de até 12 meses.

Restaurantes, hotéis, cinemas, empresas de ônibus, de aviação etc. ... isto precisa ser lembrado por ocasião da Análise.

2º. Que, para cada $ 1,00 de dívida, a empresa conta com "x". É conveniente que ele

seja bem maior que 1. (Bancos apreciam um resultado de 1,80 ou 2,00 : 1), porém não pode ser alto demais pois aí não se estaria cumprindo o "2º mandamento" determinante da busca de maior "rentabilidade", através de aplicações em novas máquinas, por exemplo, geradoras de rentabilidade. Pode-se considerar que as aplicações financeiras sejam valores circulantes geradores de rentabilidade, assim como especulações com estoque (Embora não seja para isto que, parece-nos, as empresas tenham sido criadas).

3º. Quanto a companhia poderá retirar de seu Ativo Circulante para aplicar em

Imobilizações. Assim, quando surge a tentação de se comprar móveis novos, ampliar as instalações etc. ... através deste quociente se pode determinar "até quanto" se pode tirar do GIRO para aplicar em Capital Fixo, de modo que seu resultado ainda indique uma margem de segurança.

(11)

Professor César Abicalaffe 2 nte. xx1 2xx2 2xx3 2xx4 1.333.000 1.707.000 3.166.000 241.000 466.000 792.000 1.092.000 1.241.000 2.374.000 833.000 1083.000 1.999.000 1,31 : 1 1,15 : 1 1,19 : 1

4º. Que, se o quociente for baixando constantemente, é o primeiro sintoma de que a

empresa está caminhando para uma das três situações: CONCORDATA, FALÊNCIA ou MUDANÇA DE DONO. Ativo Circulante (–) Estoques = Subtotal (:) Passivo Circulante = Solvência Seca

A Solvência ou Liquidez Seca mostra como ficaria a situação da empresa em face das suas dívidas, se por qualquer razão ela não pudesse vender seus estoques.

Mostra, portanto, seu "grau de dependência" em relação a eles. Na empresa em análise, verifica-se que, mesmo sem os estoques, as dívidas estariam cobertas pelos demais itens do Ativo Circula

Ativo Circ. + Real. Longo Prazo (:) Passivo Real = Solvência Bruta 2xx1 2xx2 2xx3 2xx4 1.653.000 2.107.000 3.927.000 2.138.000 2.340.000 3.299.000 0,77 : 1 0,90 : 1 1,19 : 1

A Solvência Bruta, também chamada de Liquidez Mediata ou Geral, indica a dependência em relação aos Capitais de Terceiros e de Longo Prazo.

Aqui principalmente pode ocorrer a comparação entre fatores bastante heterogêneos. Normalmente são raras as empresas que têm registrado em sua contabilidade valores a receber com prazo superior a um ano. Já no PASSIVO não são poucas as que registram financiamentos com vencimentos em 5, 6 ou mais anos. Então, comparar 1 ano contra 5 ou 8 merece uma interpretação especial do resultado. Já vimos analistas de Balanços afirmarem, em casos semelhantes ao desta análise, o seguinte:

"Empresa demonstra boas condições financeiras a curto prazo (Solvência comum/ e seca acima de 1), porém a longo prazo inspira cuidados". (Solvência bruta abaixo de 1).

É muito temerário ser radical com base apenas em tal resultado. (Ex.: “BOI GORDO”) Para se ter uma melhor visão, seria necessário adicionar-se ao numerador os pro- váveis lucros que a empresa teria em igual prazo das dívidas. (Isto será mais difícil se nos anos anteriores a empresa só tiver tido... prejuízos...)

2xx1 2xx2 2xx3 2xx4

Solv. Comum 1,60 1,58 1,58

X CAF 0,73 0,73 0,77

Solv. Comum Dinâmica 1,17 1,15 1,22

Solv. Seca 1,31 1,15 1,19

X CAF 0,73 0,73 0,77

Solv. Seca Dinâmica 0,95 0,84 0,92

A multiplicação das Solvências pelo Coeficiente de Aceleração Financeira procura indicar a provável melhora ou piora futura dos quocientes e conseqüentemente da situação financeira, caso não sejam alteradas as "regras do jogo" dos prazos.

Aqui indica, evidentemente, uma piora prevista das solvências, provocando a necessidade de contínua injeção de Capital Circulante através de empréstimos de longo

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Professor César Abicalaffe

41

ALAVANCAGEM FINANCEIRA

$ 1000

Lucro Liq. antes das Desp.Fin. 2xx1 2xx2 2xx3 2xx4

Lucro Liq. depois I.R. 45 350 977

+ Desp. Financeiras 214 205 330

= LLADF 259 555 1.307

Capital Próprio + Cap. Bancos

PL 915 1.471 2.760 + Dupl. Descontadas 315 354 475 + Empréstimos 25 -o- 10 + Financiamentos a curto pr. 44 74 48 + Financiamentos a longo pr. 1.305 1.257 1.300 = CP + CB 2.604 3.156 4.593 TRSIP

Lucro Liq. depois I.R. 45 350 977

(:) P.L. 915 1.471 2.760 = TRSIP 0,0491 0,2379 0,3539 TRSIP + BANCOS LLADF 259 555 1.307 (:) CP + CB 2.604 3.156 4.593 = TRSIPB 0,0994 0,1758 0,2845 Alavancagem Financeira TRSIP 0,0491 0,2379 0,3539 (:) TRSIPB 0,0994 0,1758 0,2845 = Alavancagem Fin. 0,49 1,35 1,24

Mostra se os empréstimos foram vantajosos aos sócios ou se sua rentabilidade seria maior caso os capitais provenientes de Bancos fossem próprios, quando não existiriam Despesas Financeiras (ou a maior parte delas).

Acima de 1.00 vantagem. Abaixo, não.

LIQUIDEZ DIÁRIA E LIQUIDEZ GLOBAL QDL e Termômetro de Insolvência

Dentre os muitos estudiosos de Análise de Balanços, destacaremos dois deles e seus métodos: os professores A. LOPES DE SÁ e STEPHEN CHARLES KANITZ.

Professor A. Lopes de Sá combinou as fórmulas usadas para cálculo dos Dias de Giro de Estoques, de Recebimentos e de Pagamentos (às quais deu um requinte especial) com Numerários e Valores a Receber, relacionando-os às Dívidas a serem pagas e criou o QDL = Quociente Dinâmico de Liquidez, que apresento nas páginas seguintes.

Já o Prof. Stephen Charles Kanitz criou o "Termômetro de Insolvência" combinando 5 (cinco) fórmulas ponderadas com "fatores de solvência" obtidos através de pesquisa do professor.

Seu resultado aplicado ao termômetro indica: Resultado Positivo: empresa solvente; 0 a (-3) situação de penumbra e de (-3) a (-7): insolvente. Também apresento nas próximas páginas. Em anos seguintes criou outras fórmulas.

Hoje já existem indicadores melhores também criados através de fórmulas combinadas e ponderadas, que mostram o grau de risco na concessão de créditos, podendo apontar

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Professor César Abicalaffe

aquelas empresas consideradas de ALTO RISCO, MÉDIO RISCO, BAIXO RISCO e NENHUM RISCO; bem como outras que apontam as possibilidades da empresa analisada entrar em situação de dificuldades financeiras e até em regime falimentar com 1 (um) ou até 2 (dois) anos de antecedência. São, portanto, de grande valia para aquelas pessoas que têm a responsabilidade de analisar e conceder créditos. Constam do "software" INDICARE.

EXERCÍCIO

Preencher também com base nos Balanços já analisados. ATIVIDADES

QDL = QUOCIENTE DINÂMICO DE LIQUIDEZ

( $ 1.000) - ESTRUTURA PARA “QDL” 2xx1 2xx2 2xx3 2xx4 ROTAÇÃO DE ESTOQUES Estoque Inicial 88 171 + Compras 1.760 2.294 = Subtotal 1.848 2.465 (–) Estoque Final (171) (241) = CMV 1.677 2.224 : Estoque Médio 129,5 206 = Quoc. de RE 13 11 Dias do Ano 360 360 : Quoc. de RE 13 11

= Dias de G. Est. = DGE 28 33

ROTAÇÃO DE CRÉDITOS - CLIENTES

Dupls. a Rec. – Inicial 537 676

+ Vendas a Prazo 3.223 4.057

= Subtotal 3.760 4.733

(–) Dupls. a Rec. – Final (676) (1.002)

= Créditos Recebidos 3.084 3.731 : Média de Créditos 606,5 839 = Quoc. de RC 5,1 4,4 Dias do Ano 360 360 : Quoc. de RC 5,1 4,4 = Dias de G. Créd. = DGC 70 82

ROTAÇÃO DE DÍVIDAS (FORNECEDORES)

Fornec. – Inicial 180 266 + Compras a Prazo 1.760 2.294 = Subtotal 1.940 2.560 (–) Fornec. – Final (266) (371) = Dívidas Pagas 1.674 2.189 : Média de Fornecedores 223 318,5 = Quoc. de RD 7,5 6,9 Dias do Ano 360 360 : Quoc. de RD 7,5 6,9 = Dias de G. Div. = DGD 48 52 Numerário disponível 79 84 : DGD 48 52 = Quoc. de Num. = QN 1,6 1,6

Dupls. a Rec. Final 676 1.002

: DGC 70 82

= Quoc. de Créds. = QC 9,6 12,2

Estoque Final 171 241

: DGE 28 33

= Quoc. de Ests. = QE 6,1 7,3

Fornec. – Final + Desp.Diárias + (Outras Dívidas : 90d) 266 371

: DGD 48 52

= Quoc. de Dívidas e Despesas = QDD 5,5 7,1

QDL – QUOCIENTE DINÂMICO DE LIQUIDEZ Fonte: (Prof. A. Lopes de Sá)

QN 1,6 1,6 + QC 9,6 12,2 + QE 6,1 7,3 = Subtotal 17,3 21,1 : QDD 5,5 7,1 = QDL 3,14 2,97:1

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Professor César Abicalaffe

43

x1 x2 x3 x4 “Fator” x1 x2 x3 x4 a) TRSIP (L : PL) 0,38 x 0,1 = 0,04

+

b) Solv. Mediata (AC+RLP.PR) 0,93 x 1,6 = 1,49

+

c) Solv. Seca (AC – EST : PC) 1,01 X 3,5 = 3,54

(–)

d) Solv. Líquida (AC : PC) 1,24 x 1,1 = 1,36

(–)

e) “L/T” (PR : PL) 1,5 X 0,4 = 0,60

3,11

TERMÔMETRO DE (IN)SOLVÊNCIA

EXERCÍCIO

Preencher também com base nos Balanços já analisados 1) Cálculos

(QSFG) = Quociente de Solvência Financeira Global =

(Fonte Prof. Kanitz)

2) Gráficos - Termômetro de (In)solvência

3,1 3,15 3,14 3,92

2xx1 2xx2 2xx3 2xx4

QLD - QUOCIENTE DE LIQUIDEZ DIÁRIA

Outras DIV. 395 418 551 1.041 : Dias 90 90 90 90 QO 4,4 4,6 9,1 11,5 Financiamento 87 44 74 48 : Dias 360 360 360 360 QF 0,2 0,1 0,2 0,1 QDD 10,1 11,8 15,3 27,8 QLD

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Referências

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