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ÍNDICE 1 DESCRIÇÃO DA INSTALAÇÃO ENQUADRAMENTO E LOCALIZAÇÃO DESCRIÇÃO E CARATERIZAÇÃO GERAL DAS ATIVIDADES... 3

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RESUMO NÃO TÉCNICO

ÍNDICE

1 DESCRIÇÃO DA INSTALAÇÃO ... 2

1.1 ENQUADRAMENTOELOCALIZAÇÃO ... 2

1.2 DESCRIÇÃOECARATERIZAÇÃOGERALDASATIVIDADES ... 3

1.2.1 REGIME DE FUNCIONAMENTO E TRABALHADORES ... 3

1.2.2 TIPOLOGIA DE RESÍDUOS RECEBIDOS NO CTRO ... 3

1.2.3 ATERRO SANITÁRIO DO OESTE (ASO) ... 5

1.2.4 OUTRAS INFRAESTRUTURAS DO CTRO ... 8

1.2.5 GESTÃO DE RECURSOS ... 10

1.2.6 GESTÃO DE RISCOS ... 11

2 DESCRIÇÃO DAS EMISSÕES ... 12

2.1 ÁGUASRESIDUAIS ... 12

2.2 EMISSÕESATMOSFÉRICAS ... 12

2.2.1 EMISSÕES DE FONTES PONTUAIS ... 12

2.2.2 EMISSÕES DIFUSAS ... 13

2.3 RESÍDUOS ... 13

2.4 RUÍDO ... 13

3 EFEITOS DAS EMISSÕES NO AMBIENTE E RESPECTIVAS MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO ... 14

3.1 ÁGUASRESIDUAIS ... 14

3.2 EMISSÕESATMOSFÉRICAS ... 14

3.2.1 EMISSÕES ATMOSFÉRICAS DO CTRO ... 14

3.2.2 EMISSÕES ATMOSFÉRICAS DEVIDAS AO TRÁFEGO DE VEÍCULOS PESADOS ... 15

3.3 RESÍDUOS ... 15

3.4 RUÍDO ... 16

4 MELHORES TÉCNICAS DISPONÍVEIS (MTD) IMPLEMENTADAS NA INSTALAÇÃO ... 16

5 MEDIDAS DE PREVENÇÃO DOS EFEITOS DAS EMISSÕES NO AMBIENTE ASSOCIADAS À DESATIVAÇÃO DEFINITIVA DA INSTALAÇÃO ... 16

(2)

1

DESCRIÇÃO DA INSTALAÇÃO

1.1 ENQUADRAMENTO E LOCALIZAÇÃO

A VALORSUL - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos das Regiões de Lisboa e do Oeste, S.A. é a empresa responsável pelo tratamento e valorização das cerca de 950 mil toneladas de resíduos urbanos produzidos, por ano, em 19 Municípios da Grande Lisboa e da Região Oeste: Alcobaça, Alenquer, Amadora, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lisboa, Loures, Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Odivelas, Peniche, Rio Maior, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira.

A Valorsul tem atualmente a seu cargo a exploração Centro de Tratamento de Resíduos do Oeste (CTRO) constituído por um Aterro Sanitário (ASO) e um Centro de Triagem (CTO) e Ecoparque.

O Centro de Tratamento de Resíduos do Oeste fica situado no distrito de Lisboa, nos concelhos de Cadaval e Alenquer, 3,7 km a Noroeste de Vila Verde dos Francos (que pertence ao concelho de Alenquer) e a cerca de 2 km a Oeste de Vilar (que pertence ao concelho do Cadaval). O lugar de Olho Polido, freguesia do Outeiro da Cabeça, concelho de Torres Vedras, é o aglomerado populacional que se encontra mais próximo do CTRO, a cerca de 1 km, conforme pode verificar-se na Figura 1 com a localização do CTRO.

(3)

A capacidade global instalada licenciada da atividade PCIP é de 3443184 toneladas (a que corresponde a capacidade de 3316923 m3, considerando uma densidade na ordem de

1,15 t/m3) com uma deposição anual máxima de 170000 toneladas. A instalação iniciou o seu

pleno funcionamento em janeiro de 2002.

1.2 DESCRIÇÃO E CARATERIZAÇÃO GERAL DAS ATIVIDADES

1.2.1 REGIME DE FUNCIONAMENTO E TRABALHADORES

O Centro de Tratamento de Resíduos do Oeste (CTRO) funciona 6 dias por semana em dois turnos diários de 7 ou 8 horas. Apenas os Vigilantes trabalham 7 dias por semana e 24 horas por dia. Os trabalhadores afetos à exploração do CTRO são 107.

Estimam-se 251 dias de funcionamento da instalação e 115 dias de paragem pré-estabelecidos por ano.

1.2.2 TIPOLOGIA DE RESÍDUOS RECEBIDOS NO CTRO No CTRO são recebidos resíduos:

 Provenientes das recolhas indiferenciadas promovidas pelos Municípios;

 Provenientes de recolhas/entregas seletivas de materiais passíveis de reciclagem: i) vidro, ii) papel e cartão, iii) plástico, iv) metal, v) madeira e, vi) pilhas;

 Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (REEE) rececionados no Centro de Receção de REEE.

No Quadro 1 estão identificados os resíduos admissíveis no CTRO, por códigos LER. Quadro 1 – Resíduos Admissíveis no CTRO

CÓDIGOS LER

02 RESÍDUOS DA AGRICULTURA, HORTICULTURA, AQUACULTURA, SILVICULTURA, CAÇA E PESCA, E DA PREPARAÇÃO E PROCESSAMENTO DE

PRODUTOS ALIMENTARES:

02 01 Resíduos da agricultura, horticultura, aquacultura, silvicultura, caça e pesca:

02 01 03 Resíduos de tecidos vegetais

02 01 04 Resíduos de plásticos (excluindo embalagens) 02 01 07 Resíduos silvícolas

02 01 09 Resíduos agro-químicos não abrangidos em 02 01 08 02 01 10 Resíduos metálicos

03 RESÍDUOS DO PROCESSAMENTO DE MADEIRA E DO FABRICO DE PAINÉIS, MOBILIÁRIO, PASTA PARA PAPEL, PAPEL E CARTÃO: 03 01 Resíduos do processamento de madeira e fabrico de painéis e mobiliário:

03 01 05 Serradura, aparas, fitas de aplainamento, madeira, aglomerados e folheados não abrangidos em 03 01 04

15 RESÍDUOS DE EMBALAGENS; ABSORVENTES, PANOS DE LIMPEZA, MATERIAIS FILTRANTES E VESTUÁRIO DE PROTEÇÃO NÃO

ANTERIORMENTE ESPECIFICADOS:

15 01 Embalagens (incluindo resíduos urbanos e equiparados de embalagens, recolhidos separadamente):

15 01 01 Embalagens de papel e cartão 15 01 02 Embalagens de plástico 15 01 03 Embalagens de madeira 15 01 04 Embalagens de metal 15 01 05 Embalagens compósitas

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CÓDIGOS LER

16 RESÍDUOS NÃO ESPECIFICADOS EM OUTROS CAPÍTULOS DESTA LISTA:

16 01 Veículos em fim de vida de diferentes meios de transporte (incluindo máquinas todo o terreno) e resíduos do desmantelamento de veículos em fim de vida e da manutenção de veículos (exceto 13, 14, 16 06 e 16 08):

16 01 17 Metais ferrosos 16 01 18 Metais não ferrosos 16 01 19 Plástico

16 02 Resíduos de equipamento elétrico e eletrónico:

16 02 11 (*) Equipamento fora de uso contendo clorofluorcarbonetos, HCFC, HFC

16 02 13 (*) Equipamento fora de uso contendo componentes perigosos (2) não abrangidos em 16 02 09 a 16 02 12 16 02 14 Equipamento fora de uso não abrangido em 16 02 09 a 16 02 13

17 RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO (INCLUINDO SOLOS ESCAVADOS DE LOCAIS CONTAMINADOS): 17 02 Madeira, vidro e plástico:

17 02 01 Madeira 17 02 03 Plástico

17 04 Metais (incluindo ligas):

17 04 01 Cobre, bronze e latão 17 04 02 Alumínio

17 04 05 Ferro e aço 17 04 07 Mistura de metais

17 04 11 Cabos não abrangidos em 17 04 10

19 RESÍDUOSDEINSTALAÇÃODEGESTÃODERESÍDUOS,DEESTAÇÕESDETRATAMENTODEÁGUASRESIDUAISEDA PREPARAÇÃODEÁGUAPARACONSUMOHUMANOEÁGUAPARACONSUMOINDUSTRIAL:

19 01 Resíduos da incineração ou pirólise de resíduos:

19 01 12 Cinzas e escórias, não abrangidas em 19 01 11

19 08 Resíduos de estações de tratamento de águas residuais não anteriormente especificados:

19 08 99 Resíduos sem outras especificações

19 12 Resíduos do tratamento mecânico de resíduos (por exemplo, triagem, trituração, compactação, paletização), não anteriormente especificados:

19 12 12 Outros resíduos (incluindo misturas de materiais) do tratamento mecânico de resíduos, não abrangidos em 19 12 11 20 RESÍDUOS URBANOS E EQUIPARADOS (RESÍDUOS DOMÉSTICOS, DO COMÉRCIO, INDÚSTRIA E SERVIÇOS), INCLUINDO AS FRAÇÕES

RECOLHIDAS SELETIVAMENTE:

20 01 Frações recolhidas seletivamente (exceto 15 01):

20 01 01 Papel e cartão

20 01 08 Resíduos biodegradáveis de cozinhas e cantinas

20 01 21 (*) Lâmpadas fluorescentes e outros resíduos contendo mercúrio 20 01 23 (*) Equipamento fora de uso contendo clorofluorcarbonetos

20 01 25 Óleos e gorduras alimentares

20 01 33 (*) Pilhas e acumuladores abrangidos em 16 06 01, 16 06 02 ou 16 06 03 e pilhas e acumuladores não triados contendo essas pilhas ou acumuladores

20 01 34 Pilhas e acumuladores não abrangidos em 20 01 33

20 01 35 (*) Equipamento elétrico e eletrónico fora de uso não abrangido em 20 01 21 ou 20 01 23 contendo componentes perigosos (1)

20 01 36 Equipamento elétrico e eletrónico fora de uso não abrangido em 20 01 21, 20 01 23 ou 20 01 35 20 01 38 Madeira não abrangida em 20 01 37

20 01 39 Plásticos 20 01 40 Metais

20 01 99 Outras frações não anteriormente especificadas (rolhas de cortiça)

20 02 Resíduos de jardins e parques (incluindo cemitérios):

20 02 01 Resíduos biodegradáveis

20 03 Outros resíduos urbanos e equiparados

20 03 01 Outros resíduos urbanos e equiparados, incluindo misturas de resíduos 20 03 02 Resíduos de mercados

20 03 03 Resíduos da limpeza de ruas 20 03 07 Monstros

(1) Componentes perigosos de equipamento elétrico e eletrónico podem incluir acumuladores e pilhas mencionados em 16 06 e

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1.2.3 ATERRO SANITÁRIO DO OESTE (ASO)

1.2.3.1 Resíduos Admitidos no ASO

A VALORSUL, enquanto operador do CTRO, encontra-se autorizada a depositar no ASO, os resíduos urbanos de acordo com a alínea b) do Artigo 2º do Decreto-Lei n.º 152/2002, de 23 de maio.

Relativamente aos resíduos recolhidos seletivamente, a VALORSUL está autorizada a depositar em aterro o refugo proveniente da operação de triagem dos mesmos. As lamas geradas na Estação de Tratamento de Águas Lixiviantes são igualmente depositadas no ASO.

1.2.3.2 Alvéolos de deposição de resíduos

O Aterro é constituído por duas células diferenciadas de deposição de resíduos, sendo a primeira célula constituída por três alvéolos distintos (Alvéolos 1, 2 e 3) e a segunda célula por dois (Alvéolos 4 e 5), como apresentado na Figura 2.

Figura 2 – Células de deposição de resíduos no ASO

O enchimento do ASO segue um Plano de Exploração pré-definido. Atualmente encontra-se em exploração o alvéolo 1, estando todos os outros encerrados temporariamente.

O volume total de encaixe do Aterro é de 3316923 m3, sendo a área total ocupada pelas

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1.2.3.3 Infraestruturas de proteção ambiental

O Centro de Tratamento de Resíduos do Oeste (CTRO) apresenta diversas infraestruturas de proteção ambiental, que incluem:

 Sistema de impermeabilização;

 Sistema de captação, drenagem e tratamento de águas lixiviantes;  Sistema de drenagem de águas pluviais;

 Sistema de captação, drenagem e aproveitamento energético de biogás. Sistema de impermeabilização

O sistema de impermeabilização na base do aterro é constituído por, de baixo para cima:

 camada de solos compactados numa espessura de 0,5 m;

 geocompósito bentonítico;

 geomembrana em PEAD com espessura de 2 mm;

 geotêxtil com função de proteção à geomembrana;

 camada drenante (seixo rolado) com espessura de 0,5 m;

 geotêxtil com função de filtro.

Nos taludes, o geotêxtil e a camada drenante são substituídos por uma geomembrana tipo "Secudrain".

Sistema de captação, drenagem e tratamento de águas lixiviantes

A captação e drenagem das águas lixiviantes realiza-se através de valas moldadas no terreno, com o mesmo sistema de impermeabilização utilizado no fundo do aterro, que com adequadas inclinações garantem o escoamento destes líquidos até ao sistema de tratamento.

A drenagem dos lixiviados do aterro também é efetuada através de grupos eletrobomba submersíveis, instalados nas caixas de lixiviados existentes em todo o aterro.

O sistema de drenagem de águas lixiviantes tem como objetivo diminuir eventuais riscos de contaminação de solos e águas por estes líquidos. Tal objetivo é alcançado assegurando a rápida drenagem das águas lixiviantes, de modo a impedir a sua permanência prolongada no volume de resíduos. Deste modo, diminui-se o risco de infiltração na base do aterro.

O sistema de drenagem adotado engloba os seguintes elementos: i) sistema de drenagem inferior;

ii) valas coletoras; iii) caixas de passagem.

Os lixiviados provenientes do aterro, as águas residuais domésticas, o efluente proveniente de separadores de hidrocarbonetos instalados, respetivamente, na oficina e na plataforma de

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lavagem de viaturas e Ecoparque são encaminhados para a Estação de Tratamento de Águas Lixiviantes existente na instalação.

Sistema de drenagem de águas pluviais

Para minimizar a afluência de águas pluviais às zonas de exploração do aterro sanitário e, em consequência, reduzir a produção de águas lixiviantes, é utilizado um sistema periférico constituído por valetas pluviais de diâmetro variável. Com o mesmo objetivo, é utilizado um sistema de cobertura temporária das áreas do aterro que se encontram fora de exploração, mas onde ainda não foram atingidas as cotas finais de enchimento. Este sistema de cobertura permite o desvio das águas das chuvas para a rede pluvial, por intermédio de pendentes construídas. Para a drenagem da área das instalações de apoio e vias de acesso às mesmas, existe uma rede de drenagem de águas pluviais composta por valetas de bordadura e sumidouros associada a uma rede de coletores enterrada.

Para desvio das águas pluviais contributivas para as bacias hidrográficas dos dois vales ocupados pelo ASO, existem duas valas trapezoidais, com elevada capacidade, que se destinam a prevenir picos máximos de caudais que possam ocorrer em situação de temporal. As águas pluviais são descarregadas em linha de água, na ribeira da Amieira, afluente do rio Real, Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste.

Sistema de captação, drenagem e aproveitamento energético de biogás

O sistema de captação, drenagem e aproveitamento energético de biogás é um sistema evolutivo que acompanha o enchimento do aterro, sendo composto pelos elementos/componentes principais:

 drenos de captação de biogás;  caixas de lixiviados;

 cabeças de captação simples;

 estações de regulação e medição (ERM);  ramais de aspiração;

 coletores perimetrais;

 evacuadores de condensados;  grupos motogeradores;  unidade de queima.

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1.2.4 OUTRAS INFRAESTRUTURAS DO CTRO

1.2.4.1 Infraestruturas de Apoio

O Centro de Tratamento de Resíduos do Oeste (CTRO) contempla as seguintes infraestruturas de apoio:

 Portaria;

 Báscula de pesagem;  Edifício técnico-social;  Oficina;

 Plataforma de lavagem de viaturas e contentores;  Posto de abastecimento e combustível;

 Armazém e parque de estacionamento coberto;  Parque de estacionamento de viaturas pesadas;  Centro de formação ambiental;

 Ecoparque com centro de receção de resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos (REEE) e o alvéolo para armazenagem de vidro;

 Linha de triagem de embalagens e de papel/cartão;  Furo de captação;

 Reservatório;

 Estação de tratamento de água (ETA);  Depósito de combustível;

 Posto de abastecimento;  Vias de circulação interna;

 Sistema de impermeabilização das células do aterro;  Rede de drenagem de águas pluviais;

 Rede de abastecimento de água;

 Sistema de deteção e combate a incêndios, com furo de captação;

 Sistema de captação, drenagem e aproveitamento energético do biogás, com 3 motogeradores;

 Sistema de captação e drenagem de lixiviados;  Estação de tratamento de águas lixiviantes (ETAL);  Vedação;

 Piezómetros;

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O Centro de Triagem inclui uma linha de triagem de embalagens e papel/cartão com separação balística, mecânica, ótica e manual de materiais recicláveis. É realizado o processamento destes materiais com vista ao seu posterior encaminhamento para reciclagem.

O vidro é armazenado em depósito próprio (alvéolo) e as pilhas armazenadas em contentores próprios no interior da nave de triagem.

O Ecoparque pretende servir como órgão intermédio de apoio e controlo ao fluxo de resíduos sólidos não depositados em aterro, de modo a otimizar o seu acondicionamento e posterior transporte a destino final adequado, em especial dos seguintes materiais:

 Resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos (REEE);  Vidro;

 Sucata metálica diversa;  Madeira;

 Outros materiais passíveis de reciclagem.

1.2.4.2 Estação de Tratamento de Água (ETA)

O CTRO dispõe de um Furo de captação de água subterrânea com 152 metros de profundidade ligado a um reservatório de 30 m3 de capacidade de armazenamento, para

utilização na rega e demais fins.

Existe uma Estação de Tratamento de Água (ETA) para o tratamento da água captada no Furo de captação de água subterrânea com as seguintes etapas de tratamento: i) Pré-oxidação e controlo de pH, com adição de reagentes (corretor de pH (hidróxido de sódio), hipoclorito de sódio e coagulante (policloreto de alumínio)); ii) filtração com lavagem automática e, iii) desinfeção final por intermédio da adição controlada de hipoclorito de sódio no reservatório de água tratada existente.

1.2.4.3 Estação de Tratamento de Águas Lixiviantes (ETAL)

Para o tratamento das águas residuais produzidas no CTRO está instalada uma Estação de Tratamento de Águas Lixiviantes (ETAL) a qual recebe os lixiviados provenientes do aterro, as águas residuais domésticas, o efluente proveniente de separadores de hidrocarbonetos instalados, respetivamente, na oficina e na plataforma de lavagem de viaturas e Ecoparque, e os lixiviados das Estações de Transferência da Valorsul.

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Esta ETAL possui uma capacidade de regularização adequada à variação sazonal de caudais afluentes, realização de tratamento físico-químico e de tratamento biológico, sendo a descarga do efluente final efetuada no coletor multimunicipal da Águas do Tejo Atlântico.

1.2.5 GESTÃO DE RECURSOS

1.2.5.1 Água

A água de abastecimento do CTRO é proveniente de:

 rede pública de abastecimento de água, com um consumo anual de 2500 m3;

 e furo de captação, com um consumo anual de 36500 m3.

1.2.5.2 Energia

Os tipos de energia utilizados no CTRO e respetivos consumos médios anuais estimados são:

 Energia elétrica – 1600 MWh/ano1;

 Gasóleo –1000 m3/ano1.

O gasóleo encontra-se armazenado num tanque de 20 000 litros de capacidade, assente sobre uma bacia de retenção, devidamente licenciado.

As instalações elétricas encontram igualmente licenciadas pela autoridade competente.

1.2.5.3 Matérias-subsidiárias utilizadas

No CTRO são utilizadas algumas matérias-subsidiárias, nomeadamente ao nível dos reagentes utilizados para o tratamento da água:

i) hidróxido de sódio; ii) hipoclorito de sódio; iii) policloreto de alumínio.

Para o tratamento de águas residuais utilizam-se: i) policloreto de alumínio;

ii) hidróxido de cálcio; iii) polielectrólito; iv) carvão ativado; v) metanol.

1 Em 2018, o consumo anual de energia elétrica foi 1627538 kWh. O valor apresentado para o gasóleo trata-se, também, de uma estimativa, sendo que em 2018 o seu consumo total no CTRO foi de 844859 litros.

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As capacidades unitárias de armazenamento destes produtos são relativamente reduzidas, não ultrapassando os 1000 litros.

1.2.6 GESTÃO DE RISCOS

Alguns perigos para o ambiente e saúde pública decorrentes da exploração do CTRO, podem resultar das seguintes situações:

 Emissões acidentais de poluentes contaminando o ar, a água e o solo;

 Emissões de poluentes contínuas e baixas resultantes da exploração normal do CTRO;  Emissões contínuas resultantes da exploração normal do aterro, embora associadas a condições operacionais e de dimensionamento deficientes;

 Presença pontual de aves e roedores, muitas vezes associados à fase de deposição de resíduos.

Relativamente às emissões acidentais, podem ser enumerados os seguintes tipos de causas para a sua ocorrência:

 Falha dos sistemas de controlo e segurança;

 Desvios à exploração normal, resultantes por exemplo da ocorrência de falha do sistema de abastecimento de energia elétrica ou de água, ou dos sistemas de captação e tratamento de lixiviados e biogás;

 Erros humanos e organizacionais, como por exemplo o erro de um operador;

 Causas naturais, nomeadamente a ocorrência de um sismo, inundação ou queda de um raio;

 Atos de sabotagem;

 Ocorrência de um incêndio no aterro sanitário, com consequente combustão dos RSU;  Ocorrência de um incêndio na estação de tratamento de águas lixiviantes.

No que diz respeito ao biogás, o afastamento das habitações ao local do aterro, reduz a possibilidade de migração e contacto com o biogás formado, com possível ocorrência de explosão. Este perigo será mais significativo caso o sistema de captação de biogás não seja eficiente ou ocorra uma falha.

Relativamente a algumas das ações suscetíveis de causar acidentes, passíveis de medidas preventivas, estas foram implementadas, reduzindo assim a probabilidade de ocorrência de acidentes. Refere-se a este propósito a existência de uma bacia de retenção em redor do depósito de abastecimento de combustível, bem como as medidas de prevenção e combate a

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Está projetada a instalação de um sistema ATEX, como medida de prevenção e combate a incêndio pela utilização de metanol na estação de tratamento de águas lixiviantes.

2

DESCRIÇÃO DAS EMISSÕES

2.1 ÁGUAS RESIDUAIS

As águas residuais produzidas no CTRO são essencialmente as seguintes: i) Águas lixiviantes produzidas no Aterro sanitário;

ii) Águas residuais domésticas produzidas nas instalações sanitárias existentes e;

iii) Águas residuais de lavagem de viaturas e equipamentos e águas de escorrências de áreas específicas como sejam o ecoparque e o posto de abastecimento de combustível. Todas estas águas residuais são canalizadas para a ETAL, sendo aí tratadas (a capacidade de tratamento é de 250 m3/dia), e posteriormente drenadas até ao ponto de ligação ao coletor

multimunicipal da Águas do Tejo Atlântico, localizado a cerca de 6 km da instalação, onde são descarregadas no ponto de descarga identificado. Estas águas residuais tratadas descarregadas neste ponto são ainda conduzidas a tratamento na ETAR Multimunicipal da Charneca em Óbidos.

Em termos de monitorização, para além dos sistemas de supervisão e controlo indispensáveis à eficiente exploração da ETAL, é efetuada a monitorização dos lixiviados do ASO, os quais correspondem à grande fração das águas residuais globais antes do tratamento na ETAL, sendo efetuada a monitorização das águas residuais tratadas descarregadas no ponto de descarga no coletor da Águas do Tejo Atlântico, em conformidade com o já estipulado nesta matéria na atual Licença Ambiental.

2.2 EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

2.2.1 EMISSÕES DE FONTES PONTUAIS

As emissões atmosféricas decorrentes do funcionamento do CTRO são as provenientes da Central de Valorização Energética do Biogás (CVEB), com as seguintes fontes pontuais:

 Motogerador 1 – FF1;  Motogerador 2 – FF2;  Motogerador 3 – FF3;  Tocha de emergência – FF4.

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2.2.2 EMISSÕES DIFUSAS

As emissões difusas para a atmosfera decorrentes do funcionamento do Centro de Tratamento de Resíduos do Oeste (CTRO) consistem, essencialmente nas emissões do Aterro Sanitário do Oeste (ASO) propriamente dito (massa de resíduos depositada em alvéolos), dos drenos de biogás e da Estação de Tratamento de Águas Lixiviantes (ETAL).

Todos os drenos de biogás encontram-se ligados à Central de Valorização Energética de Biogás (CVEB).

2.3 RESÍDUOS

Sendo o Centro de Tratamento de Resíduos do Oeste (CTRO) uma instalação de gestão de resíduos, os resíduos produzidos não estão associados a um processo produtivo mas sim à operação do equipamento, da Estação de Tratamento de Águas Lixiviantes (ETAL) e às infraestruturas de apoio, como os serviços administrativos e oficinas de manutenção.

No que respeita à gestão global dos seus resíduos - recolha, transporte, armazenagem, tratamento, valorização e eliminação -, estas operações são efetuadas de forma a cumprir integralmente a legislação aplicável em vigor.

Assim, é efetuada uma separação dos resíduos na origem, de forma a promover a sua valorização por fluxos ou fileiras e, se necessário, a sua eliminação, a qual é efetuada no próprio ASO, para alguns dos resíduos.

Os resíduos produzidos, quer os classificados como perigosos quer os classificados como não perigosos, são devidamente acondicionados, de acordo com as suas caraterísticas. Os operadores de transporte e de destino final destes resíduos são devidamente autorizados para o efeito.

2.4 RUÍDO

As principais fontes de ruído do Centro de Tratamento de Resíduos do Oeste (CTRO) são as seguintes operações/instalações/equipamentos:

 Movimentação de máquinas na frente de descarga de RSU's – FR1;  Edifício de triagem – FR2;

 Estação de Tratamento de Águas Lixiviantes – FR3;

 Motogeradores da Central de Valorização Energética de Biogás – FR4;  Ecoparque – FR5;

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 Mini-pá carregadora – FR7;  Empilhador telescópico – FR8;  Gerador de emergência – FR9.

Relativamente a equipamentos, à exceção dos Motogeradores e do Gerador de emergência, todas as outras fontes principais de ruído são veículos móveis.

3

EFEITOS DAS EMISSÕES NO AMBIENTE E RESPECTIVAS MEDIDAS DE

MINIMIZAÇÃO

3.1 ÁGUAS RESIDUAIS

Tal como referido em 1.2.4.3, para o tratamento das águas residuais produzidas no CTRO está instalada uma Estação de Tratamento de Águas Lixiviantes (ETAL) que descarrega as águas residuais tratadas no coletor multimunicipal da empresa Águas do Tejo Atlântico. Deste modo, a potencial ação geradora de efeitos negativos sobre a qualidade da água superficial no meio hídrico recetor (Vala da Amieira) encontra-se anulada.

3.2 EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

Os potenciais efeitos negativos das emissões para a atmosfera decorrentes da atividade do CTRO podem ser considerados a dois níveis:

i) Das emissões atmosféricas da instalação propriamente dita (CTRO); ii) Das emissões atmosféricas devidas ao tráfego de veículos pesados.

3.2.1 EMISSÕES ATMOSFÉRICAS DO CTRO

O ASO poderá ser gerador de impactes sobre a qualidade do ar, devido a atividades e fatores que lhe estão associados, designadamente:

 Funcionamento e circulação de máquinas e viaturas afetas à exploração do aterro;  Emissões atmosféricas difusas, associadas à produção de biogás, com origem nas células de deposição de resíduos;

 Emissões atmosféricas pontuais provenientes do funcionamento do sistema de queima de biogás;

 Emissões atmosféricas difusas provenientes dos órgãos de tratamento das águas residuais.

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Um dos maiores problemas da produção de biogás é que, na sua constituição, estão presentes gases produtores de maus cheiros. Devido a fenómenos de transporte e dispersão na atmosfera, os poluentes atmosféricos atingem áreas circundantes do aterro, podendo provocar incómodos às populações aí residentes, dependendo das concentrações registadas.

O primeiro fator apontado é pouco expressivo, em termos dos impactes sobre a qualidade do ar, dado que o número de máquinas e viaturas em funcionamento não origina emissões atmosféricas passíveis de provocar problemas de qualidade do ar.

No caso concreto do Centro de Tratamento de Resíduos do Oeste (CTRO), encontram-se implementadas atualmente medidas destinadas a minimizar os efeitos negativos sobre a qualidade do ar, designadamente as seguintes:

 rede de drenagem de biogás, estando os drenos dos alvéolos ligados a uma Central de Valorização Energética de Biogás;

 procedimentos de exploração rigorosos no que se refere à cobertura diária dos resíduos depositados nas células;

 sistema de neutralização de odores.

3.2.2 EMISSÕES ATMOSFÉRICAS DEVIDAS AO TRÁFEGO DE VEÍCULOS PESADOS

Ao longo de toda a fase de exploração do CTRO, haverá circulação de viaturas pesadas nas imediações da instalação para transporte de resíduos.

As vias de tráfego (EN 361-1 e EN 115-2) mais utilizadas pelas viaturas pesadas, bem como as habitações das localidades mais próximas destas vias, serão as mais afetadas pelas emissões de poluentes atmosféricos. Contudo, há que ter em conta que o número de viaturas não é relevante e que a circulação destas se distribui por um período temporal alargado, não havendo situações de congestionamento de tráfego, por exemplo à entrada do CTRO e na via que lhe dá acesso direto (EN 361-1). Deste modo, o impacte sobre a qualidade do ar resultante do tráfego de veículos pesados de transporte de resíduos, é considerado pouco significativo.

3.3 RESÍDUOS

No CTRO são basicamente gerados resíduos equiparados a urbanos e resíduos de manutenção, em quantidades pouco significativas, para além das lamas da Estação de Tratamento de Águas Lixiviantes (ETAL). Por outro lado, estão previstas medidas adequadas para a sua gestão, e estes têm um destino final adequado recorrendo-se a entidades devidamente

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gerados pela atividade da instalação, nem se justifica a implementação de medidas de monitorização ambiental.

3.4 RUÍDO

No que respeita ao ruído produzido para o exterior resultante do funcionamento do CTRO, foi efetuado um estudo de ruído em 2016 pela MRLab. A avaliação dos níveis sonoros teve como referência o Regulamento Geral do Ruído (RGR).

No âmbito deste estudo foram realizadas medições de ruído ambiente em dois locais considerados como os significativos e representativos dos locais cujo ambiento sonoro poderá, eventualmente, sofrer a influência do ruído gerado pela laboração do CTRO.

O Estudo de Ruído realizado conclui pela não incomodidade para o exterior devido ao ruído, pelo que não se justifica a adoção de quaisquer medidas para a sua redução.

4

MELHORES TÉCNICAS DISPONÍVEIS (MTD) IMPLEMENTADAS NA INSTALAÇÃO

As Melhores Técnicas Disponíveis (MTD) definidas para a atividade de deposição de resíduos em aterro consistem, basicamente, em medidas de caráter geral, medidas de implementação ao longo do processo de exploração e encerramento da instalação, preconizadas pelo Decreto-Lei n.º 183/2009, de 10 de agosto.

Não existe, à data, um Documento de Referência sobre MTD (BREF2), elaborado pelo

European Integrated Pollution Prevention Bureau (EIPPC Bureau) a nível comunitário, para as

instalações da categoria 5.4.

A VALORSUL continuará a acompanhar o desenvolvimento de MTD aplicáveis às atividades do CTRO, para que possa efetuar adaptação às mesmas, sempre que relevante.

5

MEDIDAS DE PREVENÇÃO DOS EFEITOS DAS EMISSÕES NO AMBIENTE

ASSOCIADAS À DESATIVAÇÃO DEFINITIVA DA INSTALAÇÃO

No Centro de Tratamento de Resíduos do Oeste (CTRO) estão adotadas as várias medidas necessárias, incluindo as medidas preventivas, para que na altura da desativação definitiva da

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instalação, sejam evitados quaisquer riscos de poluição e para que o local da exploração seja reposto em estado satisfatório, de acordo com o uso previsto.

A VALORSUL dispõe de uma instalação que foi concebida, construída e instalada, de forma a que na altura da sua desativação definitiva cumpra todos os requisitos ambientais para estas fases estipulados na legislação.

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