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HORTA ESCOLAR: possibilidades pedagógicas para o Ensino de Ciências

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Contatos: cecifop@gmail.com gepeec@gmail.com Trabalho Completo II CECIFOP – 2019 ISSN: 2526-7485 (V. 2 -2019) Página 500 de 2382

HORTA ESCOLAR: possibilidades pedagógicas para o Ensino de Ciências

Eurico Cabreira dos Santos¹, Nelson Antunes de Moura², Andressa Alves Cabreira dos Santos³, Raquel Maria Xavier4, Altacis Marques Júnior5

¹Prof. Ms.Escola Estadual Criança Cidadã - dossantoseurico@gmail.com ²Prof. Dr. Universidade do Estado de Mato Grosso - nelsonamoura@unemat.com ³ Graduada em Agronomia Universidade do Estado de Mato Grosso - andressa_cabreira@hotmail.com 4Esp. Ensino de Ciências Naturais Universidade Federal de Mato Grosso - raquel_xavier_@hotmail.com 5Mestrando em Genética e Melhoramento deplantas - Universidade do Estado de Mato Grosso – altacismarquesfig@hotmail.com

Eixo 1: Ensino e Aprendizagem de Ciências

Resumo: A horta pedagógica é um ambiente interessante que pode ser construída em pequenos

espaços e apresentar grande resultados na escola, pois pode ajudar a melhorar a qualidade nutricional da merenda escolar, contribuir para discutir sobre questões ecológicas, educação ambiental,

sustentabilidade e principalmente para ajudar a dinamizar o ensino de ciências, pois ela cria uma atmosfera propicia para observações dos fenômenos naturais, gera curiosidade, participação e interesse nos alunos e abre a possibilidade de realizar o ensino pela pesquisa. O estudo teve como objetivo apresentar uma proposta para uso pedagógico da hortano ensino de ciências. A pesquisa foi desenvolvidaem Cáceres–MT, baseada nos principios da pesquisa qualitativa e a partir de algumas experiências realizadas em escolas da rede estadual de ensino. Consideramos que os resultados foram interessantes a medida que possibilitou elaborar uma proposta com sugestões de como podemos utilizar a horta pedagógica nos seus diferentes estágios de desenvolvimento e abrindo a possibilidade para novos olhares na maneira de ensinar ciências.

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O ambiente horta é um espaço interessante que na escola deveria sempre ganhar um lugar de destaque dada as várias possibilidades pedagógicas que ela pode oferecer aos profissionais que trabalham e aos alunos que nela estudam e podem ali, desenvolver uma série de estudos, pesquisas e conquistar um novo espaço. Além disso, como diz Rubem Alves: ―Uma horta é uma festa para os cinco sentidos. Boa de cheirar, ver, ouvir, tocar e comer. É coisa mágica, erótica, o cio da terra provocando o cio dos homens‖. (ALVES, 2004, p.117).

Essa pequena frase de Alves (2004), dá a dimensão e a importância de uma horta nos mais variados espaços, seja ela doméstica, comunitária ou mesmo escolar. Como enfatiza o autor ela mexe com todos os sentidos, provocando diferentes sensações no corpo humano. Além disso gera curiosidades, beleza cênica no ambiente escolar, motiva a pesquisa e cria um cenário novo a cada encontro, pois sempre tem fenômenos novos e diferentes acontecendo.

Tal dinâmica no espaço horta cria um ambiente importante para a ação pedagógica,podendo ser um atrativo aos conteúdos ensinados,pois ela proporciona aos alunos e professores sairem da ―clausura‖ da sala de aula e desafiam a conquistarem novas salas ambientes, onde a curiosidade é aguçada, o interesse se coloca emevidência, os alunos se posicionam como sujeitos que constrói seu conhecimento e o professor se destaca orientando e mediando o processo ensino aprendizagem.

Neste viés quando se trata do ensino de ciências naturais, existem barreiras epistemológicas que dificultam o trabalho do professor, pois geralmente as aulas se baseiam no uso do livro didático, onde o professor se destaca como o centro das atenções e geralmente os alunos têm uma participação passiva no processo ensino aprendizagem. Na maioria das vezes o professor centraliza o processo enchendo o quadro de textos e os alunos tornam-se copistas, o que contribui para indisciplina e desmotivação durante as aulas. Esse modelo de aula que vem sendo praticado nas escolas para o ensino de ciências limita a curiosidade, a criatividade, o diálogo e a participação ativa dos alunos.

Pensando o ensino de ciências como prática capaz de preparar sujeitos protagonistas do mundo em que vivem e com vistas às atuais demandas sociais, tal ensino exige do professor novos olhares pedagógicos, reduzir o verbalismo e repensar estratégias com novas

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Neste sentido:

É preciso romper com a ―educação que mata o poder criador não só do educando, mas também do educador, na medida em que este se transforma em alguém que impõe ou, na melhor das hipóteses, em um repassador de fórmulas e comunicados, recebidos passivamente pelos seus alunos‖é preciso reavaliar o papel de alunos e professores, visando à promoção de um ambiente escolar mais crítico e criativo, pois o engajamento público dos educandos inicia-se com sua participação em sala de aula (SUTIL et al. 2008 apud GONSALEZ, 2013, p.23).

Talvez esse seja um dos maiores desafios quando se pensa em mudar a rotina da sala de aula, ou seja, sair de um modelo de aula tradicional onde os alunos e professores são poucos dialógicos e passivos, e como num processo de metamorfose,despir-se de velhos hábitos pedagógicos para se aventurar por novas práticas que poderá deixar as aulas e o processo de ensino mais dinâmico, interessante e participativo.

Comentando sobre as possibilidades das atividades serem realizadas na horta Enisweler (2017) citando Cribb (2007) acredita que somente:

[...] a possibilidade de sair da sala para assistir aula em um espaço aberto, e estar em contato direto com a terra, com a água, poder preparar o solo, conhecer e associar os ciclos alimentares de semeadura, plantio, cultivo, ter cuidado com as plantas e colhê-las [...] torna-se uma diversão, além de ser um momento em que os alunos [...] aprendem a respeitar a terra (CRIBB, 2007 apud ENISWELER, 2017, p.49).

Outros autores como Faleiro et al. (2017), também comentando sobre atividades extraclasse como a horta por exemplo, revelam uma série de vantagens que alunos e professores ganham afirmando que:

A sala de aula, espaço entre quatro paredes, é o espaço sociocultural destinado à pratica pedagógica, que para muitos professores é o único espaço utilizado na promoção do conhecimento escolar formal mas não é o único espaço da ação educativa‖. E acrescenta [...]―Esses espaços não convencionais de ensino, propiciam um aprendizado mais prazeroso, livre e interativo, e com a condução do professor os alunos conseguem dialogar vários saberes disciplinares, com saberes e experiências do cotidiano (FALEIRO & FARIAS, 2017, p. 833).

A partir do que foi exposto percebe-se que as atividades fora das quatro paredes das salas de aulas, em áreas abertas ou extraclasse, se constituem em locais propícios, motivadores e insubstituível para a prática pedagógica, onde alunos e professores saem do isolamento para o contato direto com os fenômenos naturais e podem desenvolver suas atividades com dinamismo, motivação, interesse e participação. Neste contexto as aulas de

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Essa proposta busca apontar as possibilidades de ganhos que a escola, os alunos, professores e a comunidade têm com a implantação do projeto pedagógico, onde a horta se constitui em um eixo gerador de atividades na dimensão inter/transdisciplinar. Embora a implantação de tal atividade exija um pouco de investimento por parte das instituições interessadas, os ganhos motivacionais, pedagógicos, ambiental, nutricional e para pesquisa são muito significativos, além do mais são exigidos pequenos espaços ou até mesmo reutilizando recipientes como: baldes velhos, pneus, garrafas pet, latas, caixas d‘água velhas, entre outros.

Ainda nessa perspectiva à escola e o bairro vão diminuir a quantidade de lixo produzido, que poderá transformar-se em matéria orgânica a ser usada na horta através da compostagem, além de interferir na reprodução e proliferação dos possíveis vetores da dengue, zica e chikungunya, bem como na multiplicação de animais peçonhentos.

Neste sentido o objetivo do estudo foi apresentar propostas pedagógicas para uso da horta nos diferentes estágios de desenvolvimento para o ensino de ciências naturais.

Metodologia

O estudo foi realizado em Cáceres-MT, buscando refletir sobre as atividades desenvolvidas no ambiente horta pedagógica realizada em algumas cidades do estado, bem como em pesquisa bibliografica relacionada ao tema em foco, assim como assuntos relacionados ao ensino de ciências naturais. Tal proposta foi baseada nos principios da pesquisa qualitativa proposto por Lüdke e André (1986); Bogdan e Biklen (1994), que busca fazer uma análise minuciosa dos fatos investigados e narrativas de experiências realizadas, tendo como cenário o ambiente natural de hortas escolares.

A iniciativa tenta revelar possibilidades pedagógicas que as hortas oferecem ao ambiente escolar no que tange ao processo do ensino de ciências. Neste contexto a horta pedagógica se apresenta como uma possibilidade para dinamizar o processo de ensino, colocando o aluno como sujeito principal, ou seja, o aluno se destaca como o protagonista do processo fazendo estudos, pesquisas, observando fenômenos, realizando experimentos,

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Desenvolvimento

A horta no contexto da prática pedagógica

No contexto escolar, a horta tem ganhado atenção por ser uma atividade que pode ser praticada em pequenos espaços, em Mato Grosso tivemos várias experiências com trabalhos na horta, onde as escolas estaduais: Antonio Paes de Barros (Colider), José Bejo (Glória D´Oste), Desembargador Olegário Moreira de Barros(Nortelândia), Dr. Joaquim Augusto da Costa Marques (Araputanga), Dr. José Monteiro da Silva (APAE) e Dr. José Rodrigues Fontes (Cáceres) implantaram tais projetos visando melhorias no campo pedagógico, assim como no conforto e qualidade ambiental do ambiente escolar.

Através das hortas pedagógicas foram desenvolvidas várias ações, onde as diferentes áreas do conhecimentopuderam desenvolver várias atividades de iniciação científica voltada para o ensino pela pesquisa. Esse tema abre a possibilidade de ajudar criar uma nova dinâmica para as aulas, onde os alunos podem desenvolver vários estudos, aplicação de métodos,e podem colocar a sua criatividade e curiosidade em ação, se constituindo em sujeitos do processo ensino aprendizagem. Essa dinâmica de trabalho possibilitou construir o quadro de atividades que será apresentada nas fases de desenvolvimento da horta.

O assunto vem se destacando e recebendo a atenção de órgãos ligadoà educação que tem produzido alguns materiais pedagógicos, a exemplo do Projeto ―Educando com a Horta Escolar‖ Barbosa (2008, 2009); Fernandes (2009); Rocha (2009), que construiram os livros sobre a horta, abordando diferentes temas que podem ser discutidos nas diversas disciplinas e principalmente em ciências naturais que geralmente trabalham com as questões relacionadas aos seres vivos, solo, ar, água, valores nutricionais das hortaliças, educação ambiental, entre outros.

Todos os cadernos pedagógicos produzidos foram disponibilizados gratuitamente aos interessados via internet, tais cadernos trazem uma série de informações e orientações sobre a

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Contatos: cecifop@gmail.com gepeec@gmail.com Trabalho Completo II CECIFOP – 2019 ISSN: 2526-7485 (V. 2 -2019) Página 505 de 2382 implantação e dicas ou sugestões de como fazer a inclusão dos temas/assuntos no currículo escolar, se constituindo em um excelente material de apoio aos professores e pessoas que tenham interesse em trabalhar com esse tipo de projeto no ambiente escolar.

Essa política para fomentar o projeto horta também ganha incentivos por parte do MEC, para além do material didático visando melhorias na qualidade da educação. Neste sentido apóia a rede estadual e municipal de ensino através do Programa ―Mais Educação‖ financiando os projetos para implantação, manutenção da horta escolar e outras atividades que ajudam a melhorar a aprendizagem dos alunos (ENISWELLER, 2017).

Nas escolas do Estado de Mato Grosso até o inicio da década de 1980 a horta fazia parte do currículo como disciplina ―Práticas Agrícolas‖, entretanto, com as reformas do ensino ficou fora do currículo, embora tenha continuado na escola através de projetos pedagógicos, inclusive recebendo incentivo financeiro para os projetos hortas nas escolas.

A horta escolar pode ser classificada em três tipos, a saber:

Horta Pedagógica: tendo como principal finalidade a realização de um programa educativo prestabelecido, a horta escolar, como eixo organizador, permite estudar e integrar sistematicamente ciclos, processos e dinâmicas de fenômenos naturais [...]Hortas de Produção:visam a complementar a alimentação escolar através da produção de hortaliças e algumas frutas. Hortas Mistas: possibilita desenvolver tanto um plano pedagógico quanto melhorar a nutrição dos escolares mediante a oferta de alimentos frescos e sadios (FERNANDES, 2007, p. 12).

Como podemos observar, a horta dentro da escola pode ter finalidades distintas, neste contexto defendemos a idéia de que as hortas escolares devem ter um viés mais pedagógico, onde os alunos e professores possam realizar suas atividades de estudos e pesquisas sem a cobrança de que neste local tenham que produzir as hortaliças para ajudar na alimentação, venda ou outras finalidades. Embora ponderamos que eventualmente esse espaço possa atingir esses resultados referente a produção e ser utilizado na alimentação dos alunos ou distribuídos entre as pessoas que ajudam manter a horta, mas o foco é pedagógico.

Quando nos referimos ao trabalho com a horta na escola, logo pensamos em uma produção de várias hortaliças que podem fazer parte da alimentação dos alunos, entretanto, alguns autores como Barbosa (2009) nos faz refletir sobre essa percepção afirmando que:

Esse modo de pensar, além de ampliar a visão sobre a ação pedagógica, permite-nos compreender que a horta na escola pode ser muito mais que um canteiro de hortaliças. Nessa visão de currículo, a horta permite que muitos caminhos sejam traçados, que diversas questões, grandes, pequenas, simples e complexas, sejam

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abordadas na escola. Vale também ressaltar que a horta pronta não pode ser nosso objetivo maior. Parece contraditório, mas nosso produto com a horta escolar é o próprio processo de discussão, atividades e resultados que ela proporciona (BARBOSA, 2009, p. 51).

Poderíamos dizer que a horta escolar oportuniza várias atividades pedagógicas onde os professores, alunos, funcionários, pessoas voluntárias, pais poderiam desenvolver tais atividades com a horta criando um espaço interessante para o processo de ensino aprendizagem, onde a escola ganharia um novo cenário ambiental de melhor qualidade, curioso e que possivelmente despertaria o interesse dos alunos para novos saberes.

Para Ferreira (2016, p. 1) citando Morgado e Santos (2008 p. 9), a ―horta escolar é um dos projetos que possibilitam de maneira prática o maior envolvimento e interesse dos alunos pelo conhecimento‖. Nesse contexto os autores acrescentam que ―no trabalho de uma horta escolar, é possível elaborar uma ampla área de aprendizagem, podendo ser compreendida como um laboratório prático para o ensino das diversas áreas do conhecimento‖ possibilitando o trabalho interdisciplinar.Pesquisadores como Moreira e Masini (2001 apud Faleiro et al. 2017) defendem o uso de ambientes não convencionais de ensino, pois na opinião desses autores esses espaços:

[...] possibilitam maior contextualização, aplicação e associação de conceitos e conhecimentos, reduz as exigências de abstração do aprendiz e permitindo uma compreensão mais eficiente dos conhecimentos. O desenvolvimento de aulas em espaços não convencionais possibilita a integração de informações oriundas da intervenção e interpretação do ambiente para a associação com os conceitos já interiorizada na estrutura cognitiva do aprendiz. É importante ressaltar que as práticas desenvolvidas fora de sala de aula precisam estar em consonância com os objetivos curriculares, possibilitando assim a percepção de um sentido maior ao que é estudado (MOREIRA & MASINI, 2001 apud FALEIRO et al., 2017, p. 833-834). Assim, o espaço horta acena com várias possibilidades de trabalho no campo pedagógico da escola, gera uma dinâmica de trabalho diferente da rotina de sala de aula, abre espaço para a curiosidade ingênua tornar-se epistemológica, o interesse e a participação entram em cena e a construção do conhecimento ganha uma forte aliada. Além disso, essa proposta desafiadora presente na escola pode aumentar o grau de topofilia entre o aluno e a escola, que na opinião de Tuan (2015), amplia o elo afetivo entre a pessoa e o lugar ou o ambiente físico, esses propósitos são as utopias que sonhamos para a escola.

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Contatos: cecifop@gmail.com gepeec@gmail.com Trabalho Completo II CECIFOP – 2019 ISSN: 2526-7485 (V. 2 -2019) Página 507 de 2382 Ensino de Ciências: desafios para dinamizar o processo

O Ensino de Ciências Naturais na atualidade passa por um momento, onde as aulas aindaestão centradas pelo uso do livro didático, no discurso do professor e pelo trabalho realizado em sala de aula. Talvez, esse tipo de atividade pedagógica pode gerar um ambiente de passividade, pois os alunos vivem como copistas, limitando a participação, a criatividade, a curiosidade e a rotina se torna uma parceira de trabalho entre alunos e professores.

Buscar novos desafios para dinamizar as aulas de ciências ganha relevância e urgência, assim criar novos ambientes/espaços, novas estratégias metodológicas e novas situações para a aprendizagem podem ser um aliado interessante, pois pode provocar nos alunos motivações diferentes, curiosidade, interesse, e participação ativa no processo de ensino, onde o aluno se torna o sujeito do processode aprendizagem e o professor se coloca em evidência como mediador.

Alguns autores comentando sobre o ensino de ciências sugerem que uma das explicações sobre as dificuldades para tornar as aulas motivadoras e participativas pode estar no desconhecimento sobre a natureza cientifica e das pesquisas e inovações didáticas pelos professores considerando que:

Neste aspecto, Carvalho e Gil-Pérez (1998), Schnetzler (2002) e Fourez (2003), explicam que os professores de Ciências desconhecem o que as pesquisas e inovações didáticas vêm trazendo como fundamentais para o desempenho adequado de seu trabalho. Isso pode explicar essa ausência de atividades diferentes, criativas em sala de aula (apud SANTOS et al, 2011, p.76).

Outro autor que também colabora para essa reflexão é Argüello (1993, p.15) onde diz que ―o ensino de ciências nesse modelo trabalha com as cinzas do processo‖, ou seja, as atividades pedagógicas ficam na dependência do livro didático, memórias dos computadores e outros recursos que pouco contribuem no envolvimento dos alunos, para instigar a curiosidade e a criatividade, pois nessa perspectiva o aluno não vivencia processos, tudo já esta pronto.

Contribuindo nesse diálogo, Augusto (2010 apud Camargo et al. 2015),afirma que: Nos anos iniciais do processo de escolarização a criança [...] apresenta uma curiosidade natural em relação aos fenômenos do mundo físico e biológico com o qual interage cotidianamente. Assim sendo, os docentes precisam aguçar e explorar ainda mais essa curiosidade para que não se perca ao longo do processo. No entanto,

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ainda de acordo com o autor, nessa etapa de escolarização, muitos docentes sentem dificuldade em ensinar Ciências, o que pode estar relacionado com o processo da sua formação polivalente que não da ênfase suficientemente aprofundada a essa área(AUGUSTO, 2010, p. 38 apud CAMARGO; BLASZKO &UJIIE, 2015, p. 2216).

Para muitos professores as dificuldades em realizar atividades pedagógicas para o ensino de ciências como: experimentação e observações de fenômenos esta na ausência de laboratórios nas escolas, pois talvez na compreensão destes profissionais, para fazer ciências é necessários equipamentos sofisticados. Entretanto, conforme sugere Santana (2011apud FILHO et al. 2016, p. 2)―As atividades experimentais com finalidade didática não dependem exclusivamente de um laboratório de ciências, muitas delas podem ser realizadas com materiais do cotidiano‖.

Neste viés Morgado (2006),afirma que a horta inserida no ambiente escolar pode ser um ―laboratório vivo‖ que abre a possibilidade para o desenvolvimento de muitas atividades de cunho pedagógico em educação ambiental e alimentar unindo teoria e prática de forma contextualizada, colabora para o processo de ensino e potencializa o trabalho coletivo entre os sujeitos do processo educativo (apud FILHO et al. 2016, p. 2).

Para Jesus (2017), o ambiente horta pode acrescentar outras possibilidades de interesse educativo que contribui de forma dinâmica para a aprendizagem e a formação humana dos sujeitos. Para esse autor:

Mesmo entendendo que a existência da horta na escola é por si só, elemento motivador e potencial para mudança de hábitos alimentares, acreditamos que a atividade na horta desenvolvida na perspectiva do ensino de ciências por investigação pode ir, além disso, pois torna-se uma ferramenta poderosa para a formação de estudantes tanto no que se refere a aprendizagem de conceitos como também para a tomada de decisões e para a emissão de posicionamento sobre situações vivenciadas em suas vidas (JESUS, 2017, p.10).

Quando se trata de buscar novos horizontes para melhorar o ensino de ciências no país compartilhamos com o pensamento da Academia Brasileira de Ciências(2008), quando esta propõe que:

[...] O ensino adequado de ciências estimula o raciocínio lógico e a curiosidade, ajuda a formar cidadãos mais aptos a enfrentar os desafios da sociedade contemporânea e fortalece a democracia, dando à população em geral melhores condições para participar dos debates cada vez mais sofisticados sobre temas

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científicos que afetam nosso cotidiano (ACADEMIA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS, 2008 apud SANTOS et al. 2011, p.69).

Consideramos que precisamos somar esforços para conquistar possíveis melhorias quando se trata do ensino de ciências, criar novas possibilidades pedagógicas que potencialize a assimilação dos conceitos trabalhados, aguçar a curiosidade e a criatividade dos alunos,distanciar da ―clausura‖ da sala de aula é um convite para sonhar com outros desafios, onde o ensino de ciências ganhe evidência na melhoria dos índices de aprendizagem.

Sugestões de atividades Conforme as Fases de Desenvolvimento da Horta

Baseado em algumas atividades realizadas em várias hortas nas escolas da rede estadual, assim como em estudos relacionados a temática,elaboramos sugestões de algumas atividades pedagógicas observando os diferentes estágios de desenvolvimento das plantas. Neste sentido apresentamos as seguintes fases: escolha da área, preparação dos canteiros, semeadura e plantio, crescimento e desenvolvimento das plantas e colheita.

Em cada etapa, baseado em nossos estudos e experiências com a horta sugerimos proposta com uma temática, problematização e sugestão de atividade. Entretanto, os professores podem usar de todo seu potencial criativo e inovador e adaptar, modificar, reelaborar, criar novas propostas, enfim sonhar com outras possibilidades pedagógicas para o ensino de ciências, para que as aulas sejam transformadas em ação, movimento, em processo e construção do conhecimento.

Fases de Desenvolvimento Vegetal e Atividades Didáticas que Poderão ser Desenvolvidas na Horta Pedagógica.

Escolha da Área

O trabalho na horta começa com a escolha da área, considerando os seguintes fatores: boa quantidade de luz solar, o solo bem drenado, boa declividade, água de qualidade, área com pouca vegetação nas proximidades e que seja isolada dos animais.

Temáticas Problematização Atividades

Escolha da área

Local deve ter boa

quantidade de luz solar ao

Qual deve ser a posição dos canteiros na horta em relação a posição do sol na nossa

- Realizar com os alunos estudos para conhecer o percurso do sol durante o dia

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sombreada pode ser um fator limitante para o cultivo das hortaliças. Evitar construir a horta em locais próximos a fossas e que seja cercada para evitar a entrada de animais.

região?

Todas as espécies olerículas

necessitam da mesma

quantidade de luz solar durante o dia?

Na sua região todas as espécies de hortaliças são semeadas na mesma estação do ano?

na área da horta (usar o gnomo ou bússola), marcar os pontos cardeais e a quantidade de horas luz solar diária.

- Registrar a temperatura média nas diferentes estações do ano e comparar com o desenvolvimento das plantas

Fontes: Adaptado de Kaufman e Serafini (1999); Barbosa (2008, 2009); Fernandes (2009); Rocha (2009).

Preparação do Canteiro

Atividade começa com a limpeza da área a ser cultivada, preparo do solo (gradagem do solo ou revolver o solo com enxadão), adubação orgânica e sua incorporação no solo, delimitar a área dos canteiros, covas e sulcos, espaços destinados ao cultivo. Usar material vegetal para fazer a cobertura do solo nos canteiros e espaços entre covas e sulcos.

Temáticas Problematização Atividades

Solo

Conhecer os tipos de solo e suas características físicas. Conhecer os componentes que formam o solo

Horizontes do solo

Propriedades físicas do solo Erosão do solo

Como é o processo de formação de um solo? Quais

são os fatores que

influenciam na formação do solo?

Quais são as camadas que formam o solo? Entre as propriedades físicas quais diferenciam os tipos de solo? O que é erosão? Quais são os danos causados pela erosão ao solo?

- Observar com alunos amostras de diferentes tipos solo e procurar identificar

através do tato a

granulometria das

partículas), plasticidade, infiltração de água no solo (teste de infiltração de água). - Aula campo para observar os horizontes do solo em área de escavação bem como possíveis danos da erosão.

Fontes: Adaptado de Kaufman e Serafini (1999); Barbosa (2008, 2009); Fernandes (2009); Rocha (2009).

Semeadura e Plantio

Após o preparo do solo, são semeadas as hortaliças de semeadura indireta (fazer mudas: couve, repolho, entre outras) e as de semeadura direta (rúcula, cenoura, entre outras).

Temáticas Problematização Atividades

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Partes vegetativas (caule, rizomas, tubérculos, bulbos, raízes, entre outras).

Característica externa e estrutura interna da semente. As sementes variam de

tamanho, desde quase

invisíveis até vários centímetros. As partes essenciais das sementes são o tegumento, o embrião e o tecido de armazenamento de substância de reserva.

formam uma semente e sua respectiva função? Qual deve ser a profundidade ideal para uma boa germinação da semente? Quais os cuidados devemos ter para garantir uma boa germinação? Todas as plantas podem se propagar por sementes ou partes vegetativas? Qual a diferença entre rizoma, tubérculo e raiz?

partes constituintes de uma semente e registrar através de desenhos.

-Realizar teste de germinação das sementes para verificar o seu potencial germinativo. Conhecer os tratos culturais que devem ser feitos após a semeadura para obter sucesso na germinação.

- Realizar estudos para saber distinguir as diferentes estruturas vegetativas usadas na propagação de plantas.

Fontes: Adaptado de Kaufman e Serafini (1999); Barbosa (2008, 2009); Fernandes (2009); Rocha (2009).

Crescimento e Desenvolvimento das Plantas

Nesta etapa também deve ser realizada os tratos culturais como irrigação, desbaste, monda, escarificação, amontoa, controle de pragas e doenças, adubação, entre outras. Também pode ser estudados alguns processos da fotossíntese e respiração.

Temáticas Problematização Atividades

Tratos Culturais

As plantas olerículas para se desenvolverem bem tem a necessidade de cuidados diários como a irrigação. Além disso, exige cuidados periódicos como as técnicas:

monda, escarificação,

desbaste, amontoa, cobertura morta do solo, adubação, rotação de culturas, manejo de praga, controle de pragas e doenças através de receitas caseiras.

- Qual o tipo de solo da nossa horta? Quais dos solos necessitam de mais água durante o dia um solo

arenoso ou argiloso?

Existem prejuízos às

hortaliças que recebem água abaixo ou acima da sua necessidade? Quais os cuidados devemos ter com as plantas na horta? Com relação às doenças qual o manejo ideal para evitá-las?

- Realizar análise do solo para conhecer o potencial nutricional e o tipo de solo. - Cultivar hortaliças de plantio direto e indireto para praticar as diferentes técnicas dos tratos culturais.

- Pesquisar sobre os métodos alternativos para o

tratamento de pragas e doenças para produção orgânica das hortaliças.

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Após um período intenso de muito trabalho e superado alguns desafios como ataque de pragas e doenças, chegou o momento esperados por todos: a colheita de folhas, raízes, frutos, tubérculos, flores, entre outros.

Temáticas Problematização Atividades

Colheita

Momento esperado pelos envolvidos na horta e ajudaram na produção. Essa prática consiste em colher os produtos da horta, onde são recolhidas as folhas, os frutos, as raízes, caules, tubérculos, sementes e rizomas. A produção da escola são destinados ao consumo na alimentação

escolar e possíveis

excedentes são distribuídos entre os participantes.

Quais são os desafios enfrentados para produzir hortaliças na escola? No cultivo da horta quanto tempo leva para colher as hortaliças? Qual cultura tem o ciclo mais curto e qual tem o ciclo mais longo na horta? Durante a colheita quais são os cuidados devemos ter para não estragar os produtos colhidos?

- Realizar estudos para comparar a duração dos ciclos das culturas até o momento da colheita.

- Elaborar com os alunos um calendário de plantio para diferentes espécies da horta. - Pesquisar com os alunos os melhores métodos para armazenar as hortaliças colhidas e preservar as suas propriedades nutricionais. - Construir gráficos sobre a produção durante o período anual.

Fontes: Adaptado de Kaufman e Serafini (1999); Barbosa (2008, 2009); Fernandes (2009); Rocha (2009).

Considerações Finais

A atividade com a horta pedagógica se constitui em um laboratório vivo com vários instrumentos que podem ser utilizados pelos alunos, professores e demais colaboradores para que o ensino de ciências ganhe uma motivação diferente, participação ativa dos alunos, desperte a criatividade e curiosidade e conquiste melhores resultados no processo deaprendizagem.

O ambiente horta é um espaço que tem o potencial aglutinador, pois pode reunir diferentes áreas do conhecimento para discutir os vários fenômenos que ocorrem, possibilitando ampliar a fonte de informações e conhecimento aos alunos. Além disso, pode ser uma ferramenta para o diálogo e aproximação da escola com a comunidade, já que muitos pais tem conhecimento e gostam de ajudar quando convidados e ainda fortalecer o trabalhocoletivo da escola.

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Contatos: cecifop@gmail.com gepeec@gmail.com Trabalho Completo II CECIFOP – 2019 ISSN: 2526-7485 (V. 2 -2019) Página 513 de 2382 Referências

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