• Nenhum resultado encontrado

Estudo e aplicações da norma de codificação de vídeo H.264/AVC

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Estudo e aplicações da norma de codificação de vídeo H.264/AVC"

Copied!
115
0
0

Texto

(1)

Se a evolução da espé ie humana fosse

tão rápida omo a evolução te nológia,

seria o Mundo melhor? 2009

Luís Miguel

de Oliveira Matos

Estudo e apli ações da norma de odi ação de

(2)

2009

Luís Miguel

de Oliveira Matos

Estudo e apli ações da norma de odi ação de

vídeo H.264/AVC

Dissertaçãoapresentada àUniversidadede Aveiropara umprimentodos

re-quisitos ne essáriosàobtenção do grau de Mestre emEngenharia de

Com-putadores e Telemáti a, realizada sob a orientação ientí a do Professor

DoutorAntónio JoséRibeiroNeves,ProfessorAuxiliarConvidadodo

Depar-tamentodeEle tróni a,Tele omuni açõeseInformáti adaUniversidadede

Aveiro, e do ProfessorDoutor Armando José Formoso de Pinho, Professor

Asso iadodoDepartamentodeEle tróni a,Tele omuni açõeseInformáti a

(3)

presidente DoutoraAna Maria Perfeito Tomé

Professora Asso iadadaUniversidadedeAveiro

vogais Doutor Armando José Formoso de Pinho

ProfessorAsso iadodaUniversidadedeAveiro

Doutor Vítor Manuel de Jesus Filipe

ProfessorAuxiliar omAgregaçãodaUniversidadedeTrás-os-MonteseAltoDouro

Doutor António José Ribeiro Neves

(4)

Pinho,portodooempenhoeapoiodisponibilizadosaolongodaDissertação

de Mestrado. Sem a ajuda deles, seria impossível on luir um trabalho

desta omplexidade.

Aos doutores Alexis Tourapis, Gary Sullivan e Yung-Lyul Lee pelos

es lare- imentosforne idos, relativamenteàutilizaçãodosoftwarede referên iado

H.264/AVC (JM14.2).

Aos meus amigos e olegas que me ajudaram e apoiaram nos momentos

mais difí eis. Aos residentes do Blo o 12, por me terem animado sempre

que pre isava.

Por último, quero dedi ar este trabalho às pessoas mais importantes da

minha vida, a minha família. Os meus sin eros agrade imentos, aos meus

(5)

resumo A odi ação devídeo temsidoumadas áreasmaisexploradas nosúltimos

anos. Devido ao forte res imento te nológi o, prin ipalmente no número

deapli açõesdevídeodigital,torna-sene essáriodesenvolvernovasté ni as

de ompressão de vídeo/imagemmais robustase modernas, que permitam

satisfazer as ne essidades da a tual e da futura so iedade. A norma

H.264/AVC surgiu para satisfazerestas ne essidades.

Na parte ini ial desta dissertação, são des ritos alguns on eitos sobre

sinaisde vídeo, algumasté ni as de odi ação e asnormasde odi ação

de vídeo/imagem mais importantes. De seguida, é apresentado um estudo

da norma H.264/AVC om algum detalhe, onde são identi adasas

ara -terísti as prin ipais da norma e suas diferenças relativamente às prin ipais

norma de odi ação de vídeo maisantigas (MPEG-1, MPEG-2, MPEG-4,

H.261 e H.263). A parte práti a deste trabalho onsistiu na avaliação

e na omparação do desempenho do H.264/AVC om outras normas de

odi ação. Para poder usar as implementações de algumas normas de

odi ação, foi ne essário desenvolver algumas ferramentas de

manipu-laçãodevídeo,queseen ontramdes ritasnestapartepráti adadissertação.

Os resultadosobtidosnassimulaçõesmostramqueoH.264/AVC éanorma

om o melhor desempenho, independentemente do débito binárioutilizado

na odi ação omperdas(lossy). Relativamenteà odi açãosem perdas

(lossless), a norma H.264/AVC não propor iona os melhores resultados de

(6)

abstra t Video odinghasbeenoneofmostexploredareasinthe lastyears. Duethe

high te hnologygrowth,mainly in the numberof digitalvideoappli ations,

it is ne essary to develop new, more robust and modern video/image

ompressionte hniques,thatwillsatisfytheneeds ofthepresentandfuture

so iety. TheH.264/AVC standard emergedtofullltheseneeds.

Inthe rstpartofthis dissertation,wedes ribesomevideosignal on epts,

some oding te hniques and the most important video/image oding

standards. Then, it is presented a detailed study of the H.264/AVC

standard, where are identied the main features of the standard and

its main dieren es, omparatively to the oldest video oding standards

(MPEG-1, MPEG-2, MPEG-4, H.261 e H.263). The experimental part

of this work onsists in the evaluation and omparison of the H.264/AVC

performan e with other oding standards. To use some oding standards

implementations, it was ne essary to develop some manipulation video

tools,thataredes ribed in thelast partof thiswork.

The results obtained in the simulations show that the H.264/AVC is the

standard with the highest performan e, regardless of the bitrate used in

lossy oding. Forthe lossless oding, the H.264/AVC does not provide the

(7)

1 Introdução 1

1.1 Obje tivos . . . 2

1.2 Estrutura . . . 2

2 Con eitos de vídeo 3 2.1 Amostragem temporal/espa ial . . . 3

2.2 Constituintesde umasequên ia de vídeo . . . 4

2.3 Espaço de ores . . . 5

2.3.1 RGB . . . 6

2.3.2 YUV/YCbCr . . . 6

2.4 Formatos de vídeo . . . 9

2.5 Qualidade e omplexidadedo vídeo . . . 10

2.5.1 Qualidade . . . 10

2.5.2 Complexidade . . . 12

3 Con eitos bási os de odi ação de vídeo 13 3.1 Métodospredi tivos . . . 13

3.1.1 Predição espa ial . . . 15

3.1.2 Predição temporal ( ompensação de movimento) . . . 15

3.2 Métodosde transformação . . . 16

3.2.1 Transformadade Co-seno Dis reta(DCT) . . . 16

3.2.2 Quantização. . . 18

3.2.3 Varrimento zig-zag . . . 19

3.2.4 Codi ação deentropia . . . 20

4 Prin ipais normasde odi ação de vídeo e imagem 27 4.1 Codi ação devídeo . . . 27

(8)

4.1.2 H.263 . . . 28 4.1.3 MPEG-1. . . 29 4.1.4 MPEG-2. . . 29 4.1.5 MPEG-4. . . 30 4.2 Codi ação deimagem . . . 32 4.2.1 A norma JBIG . . . 32 4.2.2 A norma PNG . . . 33 4.2.3 A norma JPEG-LS . . . 34 4.2.4 A norma JPEG2000 . . . 35

5 Estudo da norma H.264/AVC 39 5.1 Estrutura doH.264/AVC . . . 39

5.1.1 Video CodingLayer (VCL) . . . 40

5.1.2 Sli es e sli e groups . . . 41

5.1.3 Predição espa ial(intra-frame) . . . 42

5.1.4 Predição temporal (inter-frame) . . . 46

5.1.5 Filtro anti-blo os adaptativo . . . 50

5.1.6 Codi adoresde entropia (CAVLC eCABAC) . . . 51

5.2 PersH.264/AVC. . . 54

5.3 Níveis H.264/AVC . . . 57

5.4 Prin ipais diferençasrelativamenteàsnormas anteriores . . . 58

6 Resultados experimentais 61 6.1 Sequên ias de vídeo utilizadas . . . 61

6.2 Codi adoresutilizados . . . 61

6.2.1 Implementaçõesdasnormas de odi ação devídeo ( odi ação lossy) . 64 6.2.2 Implementaçõesdasnormas de odi ação de imagem( odi ação los-sless) . . . 65

6.3 Ferramentas de vídeo desenvolvidas . . . 65

6.4 Resultados de ompressão devídeo om perdas (lossy) . . . 66

6.4.1 CAVLCvs CABAC . . . 66

6.4.2 Resultados maisgerais . . . 68

6.5 Resultados de ompressão devídeo sem perdas(lossless) . . . 72

(9)

A Video tools 79

A.1 Data Stru tures . . . 79

A.2 File List . . . 79

A.3 VideoCompare. FileReferen e . . . 80

A.3.1 Detailed Des ription . . . 80

A.3.2 Fun tionDo umentation . . . 80

A.4 VideoConverter. FileReferen e . . . 81

A.4.1 Detailed Des ription . . . 82

A.4.2 Enumeration Type Do umentation . . . 82

A.4.3 Fun tionDo umentation . . . 83

A.5 VideoEntropyCal ulator. File Referen e . . . 83

A.5.1 Detailed Des ription . . . 84

A.5.2 Dene Do umentation . . . 84

A.5.3 Fun tionDo umentation . . . 84

A.6 VideoFrameExtra tor. FileReferen e . . . 86

A.6.1 Detailed Des ription . . . 86

A.6.2 Fun tionDo umentation . . . 86

A.7 VideoShow. FileReferen e . . . 88

A.7.1 Detailed Des ription . . . 88

A.7.2 Fun tionDo umentation . . . 88

(10)
(11)

AAC Advan edAudioCoding

AFX Animation Framework eXtension

ASO ArbitrarySli e Ordering

ASP Advan edSimpleProle

ATM Asyn hronous Transfer Mode

AVC Adva edVideoCoding

AVOs Audio/VisualObje ts

BAC Binary Arithmeti Coding

BIFS BInaryFormat for S enes

BP BaselineProle

CABAC Contex-Adaptive BinaryArithmeti Coding

CALIC Context-Based, Adaptive, LosslessImageCoder

CAVLC Contex-Adaptive Variable-Lenght Coding

CA Contex-Adaptive

CELP Code Ex ited LinearPredi tion

CIF Common Intermediate Format

CMYK Cyan,Magenta, Yellow, and Key (bla k)

CMY Cyan,Magenta and Yellow

CREW Compression withReversible Embedded Wavelets

DCT Dis reteCosine Transform

DETI Departamento de Ele tróni a,Tele omuni ações e Informáti a

DMIF Delivery MultimediaIntegration Framework

DPCM Dierential Pulse Code Modulation

DP Data Partitioning

(12)

DVD Digital VideoDis ou Digital VersatileDis

EBCOT Embedded Blo kCodingwithOptimized Trun ation

FELICS FastE ient &LosslessImage Compression System

FMO FlexibleMa roblo kOrdering

FRExt FidelityRange Extensions

FTP FileTransportProto ol

GFX Graphi al Framework eXtension

HD HighDenition

HHR Horizontal HalfResolution

HP HighProle

HSL Hue,Saturation, Lightness/Luminan e

HSV Hue,Saturation, Value

Hi10P High10 Prole

Hi422P High4:2:2 Prole

Hi444P High4:4:4 Prole

IEC International Ele trote hni al Commission

IPMP Intelle tual PropertyManagement andProte tion

IP Internet Proto ol

ISDN IntegratedServi esDigital Network

ISO International Organization for Standardization

ITU-T International Tele ommuni ation Union- Tele ommuni ation

JBIG Joint Bi-LevelImageExpertsGroup

JPEG-LS Joint Photographi ExpertsGroup - LS

JVT JoinVideo Team

LASeR Lightweight Appli ation S eneRepresentation

LOCO-I LOsslessCOmpression for Images

MBAFF Ma roBlo k-Adaptive Frame/Field

MPEG Moving Pi ture Experts Group

MP MainProle

MSE MeanSquared Error

MSSG MPEGSoftwareSimulation Group

(13)

NAL NetworkAbstra tionLayer

OFFS Open Font Format Spe i ation

PGM Portable GrayMap

PNG Portable Network Graphi s

PPM Portable PixelMap

PSNR PeakSignal-to-Noise Ratio

PSTN Publi Swit hed Telephone Network

PVRG Portable Video Resear hGroup

Pi AFF Pi ture-Adaptive Frame-Field En oding

QCIF Quarter CommonIntermediateFormat

RGB Red,Green, Blue

RMSE Root Mean SquaredError

RS Redundant Sli es

RTI RealTime Interfa e

SD Standard Denition

SI Swit hing I

SMR Symboli Musi Representation

SPMG Signal Pro essing& MultimediaGroup

SP Swit hing P

UVLC UniversalVariableLength Coding

VCD Video CD

VCEG Video CodingExpertsGroup

VCL Video CodingLayer

VHS Video HomeSystem

VLC VariableLength Coding

WWW WorldWide Web

(14)
(15)

Introdução

Nos últimos anos, houve um res imento bastante a entuado no número de apli ações

de vídeo digital nas mais diversas áreas: omuni ações de vídeo, segurança e/ou vigilân ia,

indústriaeprin ipalmente entretenimento. Naáreadeentretenimento desta am-seatelevisão

digital,vídeo onferên ia, streamdevídeonaInternet,DVD-Vídeoemaisre entementeo

Blu-ray. Esteforte res imentorequerumaumentotantonopoder omputa ional omonalargura

de banda das redes sem os existentes. As velhas redes PSTN (Publi Swit hed Telephone

Network) já não têmlargura de banda su ientepara asapli ações de vídeo mais re entes e

estãoaentraremdesuso. Oinvestimentoemlarguradebandanasredessemosémuito aro

enãoé su iente parasuportartodasasapli açõesdevídeo digitala tuais. Aúni asolução é

desenvolverté ni asde ompressão devídeo maisrobustasqueusemmenos largurade banda

doque asté ni as anteriores, suportandoas apli açõesde vídeo maisre entes. Assim sendo,

osgrupos de investigação na área de odi ação de vídeo e algumas indústrias trabalharam

no sentido de ompensar este forte res imento riando novas té ni as de odi ação. Desta

uniãosurgiram algumasnormas om grandesu esso, tais omo o MPEG-1, MPEG-2, H.261

e o H.263 (H.263+ e H.263++). O MPEG-2 foi o odi ador de vídeo usado na televisão

digital e no Vídeo-DVD ao longo dos últimos anos. Apesar de ter sido um grande su esso,

este odi ador já se en ontra um pou o ultrapassado. Neste momento, om os avanços

te nológi os no poder de pro essamento, é possível onstruir e usar té ni as de odi ação

de vídeo mais robustas e e ientes que satisfaçam as ne essidades das apli ações de vídeo

existentes. O obje tivo prin ipal é substituir as velhas normas de odi ação de vídeo por

outras maismodernas e poderosas, sem que sejane essário adi ionar anais de omuni ação

(16)

1.1 Obje tivos

Nestadissertaçãopretende-se apresentar oestadodeartede algumasnormasde

ompres-sãodevídeo/imagemmaisimportantes. Estetrabalhoin idesobreumestudoaprofundadoda

mais re ente norma de odi ação de vídeo, o H.264 Advan ed Video Coding (H.264/AVC).

Para além de um estudo detalhado da norma, iremos efe tuar alguns testes que medirão o

desempenho da norma relativamente àsprin ipais normas de odi ação maisantigas. Para

poder usar as implementações de algumas normas, tivemos de desenvolver um onjunto de

ferramentasde manipulação devídeo.

1.2 Estrutura

Estedo umento en ontra-seestruturalmente dividoem sete apítulos e umanexo:

O Capítulo 2 apresenta-nos alguns on eitos base de vídeo, que são ne essários para a ompreensão do Capítulo 3,sobre odi ação de vídeo.

O Capítulo3 pretende reveralguns on eitos bási ossobre odi ação devídeo.

No Capítulo 4, sãodes ritasalgumas normas de odi ação de vídeo maisimportantes tais omo oH.261,H.262,MPEG-1, MPEG-2 eMPEG-4.

O Capítulo5 des reve om algumdetalhe a estrutura danorma H.264/AVC.

O Capítulo 6 ontém alguns resultados práti os relativos à ompressão de algumas sequên ias de vídeo. O software utilizado para obter os resultados de ompressão

en ontra-se des rito neste apítulo, juntamente om a des rição das sequên ias de

ví-deo utilizadas. Este apítulo também ontém uma des rição resumida do software de

manipulação de vídeo desenvolvido.

Capítulo 7 é o apítulo nal que ontém as on lusões do estudo e indi ação de um possíveltrabalho futuro.

OAnexoA ontémado umentaçãodasferramentasdemanipulação devídeo desenvol-vidas, queserviram de apoioparaa obtenção dosresultados práti os.

(17)

Con eitos de vídeo

Neste apítulo, apresentam-se os on eitos bási os ne essários para a ompreensão da

odi ação de vídeo (ver Capítulo 3 para mais detalhes). Ini ialmente, iremos des rever o

on eito de amostragem de um sinal de vídeo. De seguida, são apresentados os espaços de

oresprin ipaispararepresentarumasequên iadevídeo. Porm,é expli ado omopodemos

avaliara qualidadede umvídeo re onstruído, tanto obje tivamente omosubje tivamente.

2.1 Amostragem temporal/espa ial

Um sinal de vídeo digital é representado por uma sequên ia de imagens (frames), que

sãoobtidas através de um pro esso de amostragem espa ial e temporal. A frame resulta da

amostragemouresoluçãoespa ial,enquantoqueaamostragemtemporal, traduz-senonúmero

deframesquesão apturadasporumadeterminadaunidadedetempo. Estasframes,aoserem

reproduzidas emsequên ia, riam umailusãode movimento (verFigura2.1)[81 ℄.

Analisando a frame n+3 da Figura 2.1, ada ponto a inzento representa uma amostra

espa ial, que designamos omo píxel (da língua inglesa pi ture element). A um onjunto de

píxeis,inseridosnomesmoplanoespa ial, hamamosamostratemporalouframe. Cadapíxel

representa o brilho e a or da sua posição espa ial, usando valores numéri os. O número

de valores ne essários para representar o brilho e a or depende do espaço de or utilizado.

No aso do RGB (ver Se ção 2.3.1) que tem três omponentes, são ne essários três valores

numéri ospararepresentarobrilhoea ordaamostraespa ial. SeemvezdeRGBestivermos

a usar um vídeo em es ala de inzentos, é possível representar ada píxel utilizando apenas

umvalor numéri o, que representa apenasobrilho [64 , Cap.1℄.

A qualidade da imagem de um determinado vídeo está dire tamente rela ionada om o

número de amostras espa iais (píxeis) que tem. Quanto mais amostras espa iais a imagem

(18)

onúmero de amostras por unidade de tempo, melhorserá auidez de movimentos do vídeo.

Se numadeterminadasequên ia devídeoutilizarmos pou asamostras espa iais,énotórioum

aspe torugoso (efeitotipomosai o) na qualidade da imagem do mesmo. Se,por outro lado,

utilizarmos pou as amostras temporais por unidade de tempo (10 a 15 frames por segundo,

típi oem omuni açõesdebaixodébito),veri a-seapresençadesaltosentreosmovimentos.

Ataxamaistípi autilizadanassequên iasdevídeoa tuaisvaide25a30framesporsegundo.

Aestataxa,osmovimentosdovídeouem ommaiorqualidade. A tualmente, omatelevisão

de altadenição,utiliza-se umaamostragemtemporalentre50a 60frames porsegundo, que

providen iam umasensaçãode ummovimento suavee uído(sem saltos) [14 , 81℄.

Amostragem espacial

Amostragem temporal

frame n

frame n+1

frame n+2

frame n+3

Figura 2.1: Amostragem temporal eespa ial de umasequên ia devídeo (adaptada de [72 ℄).

2.2 Constituintes de uma sequên ia de vídeo

Na Figura 2.2 é-nos apresentado omo é que uma sequên ia de vídeo é dividida para ser

posteriormente odi ada. Um sequên ia de vídeo onsiste numa sequên ia de frames. Cada

umadessasframespodeserdividiaemumoumaissli es(verSe ção5.1.2paramaisdetalhes).

Cada um dossli es, ontém vários ma roblo os. Cada um dos ma roblo os obre uma área

re tangular de 16

×

16 píxeis. Por m, ada umdesses ma roblo os ainda podes ser dividido

em4blo os de8

×

8 píxeis.

Existemtrêstiposdeframesquepodemserusadasno ontextoda odi açãodevídeo[64 ,

Cap.14℄:

Frames tipo I- Estetipode frame é odi ada deforma independentesem re ursoa outras frames, usandoapenaspredição espa ial (ver Se ção3.1.1).

Frames tipo P- A predição temporal (verSe ção 3.1.2) utiliza dois tipos de frames, tipo P e B. As frames do tipo P são odi adas usando a redundân ia temporal das

(19)

000

000

000

000

111

111

111

111

000

000

000

000

111

111

111

111

0000

0000

0000

0000

1111

1111

1111

1111

000

000

000

000

111

111

111

111

000

000

000

000

111

111

111

111

0000

0000

0000

0000

1111

1111

1111

1111

00000000

00000000

00000000

00000000

00000000

00000000

00000000

00000000

00000000

11111111

11111111

11111111

11111111

11111111

11111111

11111111

11111111

11111111

000

000

000

111

111

111

000

000

000

111

111

111

000

000

000

111

111

111

000

000

000

111

111

111

000

000

000

111

111

111

00

00

00

11

11

11

00

00

00

11

11

11

00000

00000

00000

00000

00000

00000

00000

00000

11111

11111

11111

11111

11111

11111

11111

11111

000

000

000

111

111

111

000

000

000

111

111

111

00000

00000

11111

11111

Sequência de vídeo

8 píxeis

8 píxeis

slice

frame

macrobloco

bloco

Conjunto de frames

Figura2.2: Componentes de umasequên ia devídeo.

frames do tipo I e P anteriores. Este tipo de frames ne essita de menos bits para ser

odi ada, omparando omaframe do tipo I.

Frames tipo B - A predição bidire ional utiliza este tipo de frames. Para odi ar umaframe dotipoB,podemosusarqualquerframe(I,PouB)dopassadooudofuturo.

O pro esso de odi ação deste tipo de frames é relativamente mais omplexo que os

tiposanteriores.

2.3 Espaço de ores

Oespaço de ores é um método pararepresentar umadeterminada intensidade luminosa

(luminân ia)eumadeterminada or( rominân ia). Existemdiversosespaçosde ores,alguns

deles são mais e ientes no ponto de vista da per epção (aproximam-se do sistema visual

humano),outros maise ientes noponto de vista te nológi o (sãomaisfá eisde representar

ede transmitir)[62 , 92 ℄.

Alguns exemplosde espaçode ores:

RGB

YUV/YCbCr

CMY/CMYK

CIE XYZ

HSV

HSL

(20)

2.3.1 RGB

No espaço de ores RGB (Red Green Blue), os píxeis de uma determinada imagem ou

sequên iadevídeosãorepresentadosatravésdetrêsnúmerosqueindi amaproporçãode ada

omponente de vermelho, verde e azul. Qualquer orpode ser riada atravésda ombinação

do vermelho, verde eazul [58,91 ℄.

Na Figura 2.3 podemos visualizar a divisão das três omponentes de uma determinada

imagem. O papagaio da direita é em grande parte vermelho e por isso, se analisarmos a

divisão em omponentes RGB em baixo, veri amos que a omponente vermelha (R) nessa

zona é mais lara do quenasoutras omponentes.

Figura 2.3: Visualização das omponentes do espaço de ores RGB. Em ima a imagem

original. Em baixo, à esquerda a omponente vermelha (R), no entro a omponente verde

(G) e à direitaa omponente azul(B) [60 ℄.

2.3.2 YUV/YCbCr

OYUVé umespaçode ores alternativo aoRGBqueseaproximamaisdosistemavisual

humano. Osistemavisualhumanoéespa ialmentemenossensívelà or( rominân ia)doqueà

intensidadeluminosa(luminân ia). Oespaçode oresYUVébastanteusadona ompressãode

vídeopoisseparaas omponentesda rominân iaedaluminân iapararepresentara ordeum

determinado píxel. Esta separação permite a utilização de té ni as de ompressão diferentes

na omponente da luminân ia e nas omponentes de rominân ia, de forma a explorar as

limitações do sistema visual humano. A omponente G do RGB é a omponente onde o

(21)

YUV.As omponente Be Rsão representadas entãopelas omponenteUV/

C

b

C

r

do espaço

de ores YUV[35 , Cap.3℄[48℄.

NaFigura2.4podemosobservararepresentaçãodastrês omponentesdoYUVdamesma

imagem usadana Figura2.3.

Figura 2.4: Visualização das omponentes do espaço de ores YUV. Em ima a imagem

original. Em baixo, à esquerdaa omponenteY, no entro a omponenteU/Cb e àdireita a

omponente V/Cr [60℄.

Por vezes, é ne essário onverter uma imagem no formato RGB para YUV devido às

limitaçõesdememóriaedelargura debandaexistentesnumadeterminada apli açãodevídeo.

Asequaçõespara onverter umaimagemem RGB paraYUVe vi e-versaestão apresentadas

em (2.1) e(2.2), onde

k

r

e

k

b

sãofa toresde peso[72℄.

Y = k

r

R + (1 − k

b

− k

r

)G + k

b

B

C

b

=

0.5

1 − k

b

(B − Y )

C

r

=

0.5

1 − k

r

(R − Y )

(2.1)

(22)

R = Y +

1 − k

r

0.5

C

r

G = Y −

2k

b

(1 − k

b

)

1 − k

b

− k

r

C

b

2k

r

(1 − k

r

)

1 − k

b

− k

r

C

r

B = Y +

1 − k

b

0.5

C

b

(2.2)

Are omendaçãoITU-RBT.601[70℄deneosvaloresdosfa tores,

k

b

= 0.114

e

k

r

= 0.299

.

Substituindoem (2.1)e (2.2) temos

Y = 0.299R + 0.587G + 0.114B

C

b

= 0.564(B − Y )

C

r

= 0.713(R − Y )

(2.3)

R = Y + 1.402C

r

G = Y − 0.344C

b

− 0.714C

r

B = Y + 1.772C

b

.

(2.4) Sub-amostragem da rominân ia

Asub-amostragemda rominân ia onsiste nautilização demenos largura debanda

(me-nosbits)na rominân iadoquenaluminân ia. Comoosistemavisualhumanoémaissensível

à luminân ia,a utilizaçãodemenosdados(bits) na omponenteda rominân ianão irá

afe -tar a qualidade nal do vídeo. Existemvários tiposde sub-amostragem da rominân ia. Os

prin ipaistiposapresentam-sena Figura2.5.

Na primeira sub-mostragem não existe distinção nenhumaentre as3 omponentes

(lumi-nân iae rominân ia)ouseja, ada omponenteY,UeViráutilizaromesmonúmerodebits

pararepresentar opíxel emquestão. No YUV4:2:2 a rominân ia usametade dalargura de

bandada luminân ia (a resolução horizontal éreduzida parametade). Estasub-amostragem

reduz o tamanho do vídeo para um terço sem que se note muita diferença relativamente ao

YUV 4:4:4. Finalmente o YUV 4:2:0 apenas ne essita de metade da largura de banda da

resolução horizontal e verti al da luminân ia para representar a rominân ia. A utilização

dos últimos doistiposdesub-amostragem ausaperdade informaçãoque nãose podevoltar

a re uperar. A perda em ausaé tãopou o relevante que para o sistema visual é fa ilmente

(23)

YUV 4:2:2

YUV 4:2:0

YUV 4:4:4

Crominância

Luminância

Figura2.5: Ostrês prin ipaistiposdesub-amostragem doYUV.

2.4 Formatos de vídeo

Existeumagrandevariedadedeformatosde odi açãodevídeo,quedenemaresolução

dasimagensdomesmo. Dentrodo ontextodestetrabalhoapenasserãoabordadososformatos

perten entesaogrupoCommonIntermediate Format (CIF).OsformatosCIFsãoimportantes

umavezquerepresentamabasedeumasériedeformatos[14℄. NaTabela2.1,sãoapresentados

alguns dosformatosmais onhe idos,ondeé in luídainformaçãorelativaàresoluçãodovídeo

eo número de bitsne essários parao poderarmazenar.

Formato

Resolução da luminân ia

Bits por frame

(usando o formato YUV

(horizontal x verti al)

4:2:0, a 8 bits por píxel)

Sub-QCIF 128x96 147456

QuarterCIF (QCIF) 176x144 304128

CIF 352x288 1216512

4CIF 704x576 4866048

Tabela2.1: Formatos dasframes de vídeo [72 ℄.

Na Figura 2.6, é apresentada umaframe de umadeterminada sequên ia de vídeo,

amos-trada em diversas resoluções, desde Sub-QCIF até4CIF. A es olha de umtipo de resolução

depende daapli ação, da apa idade dearmazenamento disponívele da apa idade de

trans-missão. Porexemploo4CIFéapropriadoparaatransmissãodetelevisãoeparaoVídeo-DVD.

(24)

eSQCIFsãoadequadosparaapli açõesde multimédiamóvelonde aresolução dodisplay e o

bitrate sãoreduzidos.

Figura2.6: Frame de uma sequên ia de vídeo, amostrada em diversasresoluções (adaptada

de[72℄).

2.5 Qualidade e omplexidade do vídeo

2.5.1 Qualidade

Parasepoder ara terizarumsistemadevídeo,éne essáriomedirequanti araqualidade

de uma imagem de vídeo, de forma a se poder omparar om outros sistemas de vídeo. A

avaliação da qualidade de um sinal de vídeo não é fá il de apli ar, pois depende de muitos

fa toresque podeminuen iar os resultados. Normalmente, a avaliaçãoda qualidade de um

sinalé lassi adasegundoum ará tersubje tivoenãoobje tivo. Paraumdadoobservador,

a qualidade de imagem de uma determinada sequên ia de vídeo pode ser muito boa. No

entanto, umoutroobservadorpoderápensarque aqualidade é meramenterazoável[72℄.

De forma a resolver os problemas da avaliação subje tiva da qualidade de imagem de

umadeterminadasequên ia devídeo,oITU-Temitiuare omendaçãoITU-RBT.500-11[71 ℄,

onde indi a um método para fazer uma análise subje tiva. Esse método tem omo nome

Double Stimulus Continuous Quality S ale (DSCQS) e sugere que o observador seja sujeito

a várias sequên iasde imagens do vídeo A e B.As imagens de ambos osvídeos são exibidas

(25)

disso, é pedido ao observadorque lassique a imagem dentro de umaes ala sequen ial. No

nal do teste, os valores obtidos por parte do observador são normalizados e é atribuida

uma pontuação a ada sequên ia de vídeo. Este método, apesar de apresentar resultados

satisfatórios, apresenta alguns problemas práti os. Se o observador es olhido para fazer a

avaliaçãodassequên iasdevídeo forumapessoa omalguma experiên ia nestaárea, esteirá

realizar uma avaliação ompletamente diferente, prejudi ando assim a pontuação do vídeo.

Por outro lado, para efe tuar uma avaliação ável da qualidade do vídeo, é ne essária uma

vasta gamade observadores,querequerum usto a res ido emuito tempo despendido.

Outra forma de avaliara qualidade dasimagens de uma determinada sequên ia de vídeo

é utilizartestesobje tivos. Aqualidadedeimagemneste tipodetesteséobtidadire tamente

atravésde algoritmos de análise. Umdosmétodosobje tivos éa relaçãosinal/ruído de pi o,

ou,eminglês, Peak Signal toNoise Ratio

PSNR = 10 log

10

(2

n

− 1)

2

MSE

(dB)

(2.5)

RMSE =

MSE

(2.6) onde,

MSE =

1

mn

m−1

X

i=0

n−1

X

j=0

||f(i, j) − F (i, j)||

2

.

(2.7)

PSNR é medido numa es alalogarítmi a e depende do erro quadráti o médio (MSE) da

imagem original,

F (i, j)

, e da manipulada,

f (i, j)

, relativamente ao valor máximo possível

dosinal ao quadrado,

(2

n

− 1)

2

,onde

n

representa o número de bits a usarpara representar

ada píxel. Como se pode veri ar, o PSNR é fá il e rápido de al ular, pelo que, o PSNR

tornou-seummétodo muito popular usado paraa omparaçãode imagens. A Equação (2.6)

orresponde àformulapara al ularo Root Mean Squared Error.

Noentanto,estemétodotemlimitações. Parapoder al ularoPSNR,éne essáriosempre

aimagemoriginalpara onseguir omparar omaimagemmanipulada. Nemsempreosvalores

doPSNR obtidos orrespondemaosresultadosqueasanálisesde qualidadesubje tivageram.

Existemalguns asos onde a qualidade da imagem atribuida pelo PSNR é boa mas o efeito

visual não é o ideal (análise subje tiva). Os asos mais típi os são os exemplos de imagens

onde o rosto de uma pessoa, na imagem, apresenta alguma distorção devido ao pro esso de

odi ação. Apesar do PSNR nestes asos ser relativamente bom, o observador humano dá

maisimportân iaàqualidadedorostohumanonaimagemdoqueaorestodaimagem[14 ,81 ℄.

Devido àslimitações do PSNR, tem havido muito trabalho nosúltimos anospara

(26)

subje tivos. Já surgiram várias propostas, mas nenhuma delas é uma boa alternativa ao

PSNR, pelo quenão serãoenun iados neste trabalho.

2.5.2 Complexidade

Avaliar a omplexidade de uma determinada sequên ia de vídeo não é uma tarefa fá il.

No ontexto da odi ação de vídeo, a omplexidade de umasequên ia de vídeo depende de

diversos fa tores. A forma mais e iente e simples de estimar a omplexidade de um vídeo

é utilizando o on eitode entropia de primeira ordem. Dadoum determinado alfabeto

A

de

n

símbolos,em que ada um deles o orre om umaprobabilidade

P

i

,a entropia de primeira ordemé dada por

H = −

n

X

i=1

P

i

log

2

(P

i

).

(2.8)

Emprin ípio,quantomais omplexaforafontedeinformação(sequên iadevídeo),maior

(27)

Con eitos bási os de odi ação de

vídeo

Grandeparte dasnormas de odi ação devídeo riadasatéhoje sãobaseadas nomesmo

modelo híbrido de odi ação (Ver Figura 3.1). Este modelo ontém na primeira etapa um

estimador para a ompensação de movimento, uma etapa de transformação, uma etapa de

quantização, varrimento zig-zag e nalmente o odi ador de entropia. Estas etapas têm

omo obje tivo eliminar ao máximo a redundân ia existente nas sequên ias de vídeo [72 ,

Cap.3℄[88 ℄.

Ostrês tiposderedundân ia existentes são:

Redundân ia espa ial.

Redundân ia temporal.

Redundân ia estatísti a.

Os dois primeiros tipos de redundân ia representam a informação dupli ada existente

tanto espa ialmente omo temporalmente, na estrutura de dados que representa a sequên ia

de vídeo. A última redundân ia está rela ionada om a estatísti a dos dados. O obje tivo

das etapas de odi ação referidas na Figura 3.1 é explorar as três redundân ias de forma

a propor ionar boas taxas de ompressão. Seguidamente, iremos des rever ada umadessas

etapas om maisdetalhe.

3.1 Métodos predi tivos

Os métodos predi tivos exploram a redundân ia existente entre frames onse utivas ou

(28)

DCT

Quantização

Predição espacial

Estimativa e compensação de movimento

Aquisição em RGB

de vídeo codificada

Stream

Varrimento zig−zag

Codificador de entropia

Converter para YUV

(29)

é odi ada, armazenadae transmitida.

3.1.1 Predição espa ial

A predição espa ial (intra-frame), também onhe ida omo DPCM (Dierential Pulse

Code Modulation), é um método que usa os píxeis vizinhos que já foram odi ados para

odi ar opíxela tual. Na Figura3.2temosumpíxelX queéne essário odi arusandoos

píxeisvizinhos(A,BeC)já odi ados. Umpíxeljá odi adopodeserdiferentedooriginal,

ouseja,ovalordopíxellidopelo odi adorantesdeser odi adopodeserdiferentedovalor

queiráserlidonodes odi adordepoisdedes odi ado. O odi ador,para odi arovalor

do píxel X, ria uma predição usando uma ombinação dos píxeis vizinhos já odi ados,

subtrai essa predição do valor do píxel X e odi a apenas o valor residual (diferença entre

a predição eo valororiginal de X). No des odi ador, é possívelobter amesma predição e o

valorresidual dopíxelX.Se adi ionarmosaovalordapredição oresíduo,serápossíveldepois

obter ovalor dopíxel X[66, Cap.9℄.

Order

Scan

Raster

A

B

C

X

Figura3.2: Prediçãoespa ial. OvalordopíxelXseráestimado ombasenosvaloresde A,B

e C(adaptada de [72 ℄).

3.1.2 Predição temporal ( ompensação de movimento)

A predição temporal aproveita a redundân ia temporal existenteentre frames para obter

melhores taxasde ompressão. Primeiro aframe a odi ar édividida emblo os(o tamanho

do blo o varia nas diferentes normas de odi ação). Para ada blo o da frame é feita uma

pesquisa de um blo o na frame de referên ia (pode ser passada ou futura) na mesma zona

do blo o daframe a tual, queseja o maispare ido possível( om menor erro). As diferenças

entreoblo oa tual eoreferên iasão odi adasjuntamente omove tordemovimento que

estáasso iadoaodeslo amentotemporaldoblo oem ausa. NaFigura3.3podemosobservar

(30)

Vector movimento a codificar

Bloco mais parecido

Calcular a diferença entre os blocos

e depois codificar

PSfragrepla ements

Frame referên ia

Frame a odi ar

Figura3.3: Prediçãotemporal (motion ompensation)

3.2 Métodos de transformação

Os métodos de transformação são utilizados para transformar os dadosque representam

umasequên ia devídeo,de umdomíniomatemáti o paraoutromaisadequadoao método de

ompressão. Nesta se çãoiremos des reveralgunsdesses métodos.

3.2.1 Transformada de Co-seno Dis reta (DCT)

A transformada de o-seno permite representar de uma forma diferente um dado sinal

(bidimensional pois estamos a falar de uma imagem) alterando o seudomínio, neste aso de

espaço parafrequên ia. Basi amente, olhamos para umsinal numa perspe tiva diferente. A

DCT alterao domíniodo espaçopara frequên iade forma avisualizar de forma on entrada

toda a energia do sinalem pou os oe ientes. Em geral,este pro esso reduza redundân ia

espa ial. A DCT é a transformada mais usada na odi ação de vídeo apesar de não ser

óptima. Parapoderapli ar a DCT, ada frame da sequên ia de vídeo tem de serdivida em

blo os (normalmente de 8

×

8 amostras). A transformada é apli ada aos valores de

intensi-dade de ada píxel do blo o. Deste pro esso resulta um onjunto de NxN oe ientes que

representamaframe nodomíniodafrequên ia. Tipi amente, antesde apli aratransformada

DCT osvaloresdeintensidade de ada píxelsãodeslo adosdo onjunto dosnúmerosinteiros

não negativos entre [0, 2

p

-1℄, para o onjunto dos números inteiros entre [-2

p−1

, 2

p−1

(31)

Figura3.4podemosverumesquemadatransformadaDCT.Estepro esso,paraalémdegerar

muitos oe ientespróximosdezero,tendetambéma on entraraenergiados oe iente

pró-ximodo oe iente de oordenadas (0,0). Este oe iente denomina-se por DC e representa

aluminosidade média doblo o. Os restantes oe ientes, que sãonormalmente próximos de

zero, am on entrados no antoinferiordireitoedepoisdopro esso dequantização irãoser

transformadosemzeros [41 , 49℄.

Podemosanalisarumexemplo on retodaDCTnasTabelas3.1e3.2. NaTabela3.1temos

arepresentação dasamplitudesdeumdeterminado blo o 8

×

8e naTabela3.2os oe ientes

resultantes datransformada DCT.

DCT

IDCT

j

8 pixels

8 pixels

l

Frequência Vertical

k

i

Frequência Horizontal

DC

PSfragrepla ements Blo o de amplitudes8

×

8 Blo ode oe ientes8

×

8

Figura 3.4: Transformada DCT dire tae inversade umblo o de 8

×

8.

88 84 83 84 85 86 83 82 86 82 82 83 82 83 83 81 82 82 84 87 87 87 81 84 81 86 87 89 82 82 84 87 81 84 83 87 85 89 80 81 81 85 85 86 81 89 81 85 82 81 86 83 86 89 81 84 88 88 90 84 85 88 88 81

(32)

675 1 -6 2 -2 0 5 -5 -4 1 2 1 5 1 -3 0 2 3 4 6 -2 2 1 5 -3 -1 0 2 0 -2 2 -4 4 3 1 -1 -2 1 -3 1 1 -2 0 -3 2 -1 1 1 3 0 -1 0 -1 -1 0 -2 -1 -1 -5 5 2 -2 2 0

Tabela 3.2: Coe ientes resultantes da apli ação da DCT sobre o blo o representado na

Tabela 3.1.

3.2.2 Quantização

Aquantizaçãoéumaté ni aquepermiteo envio demenos informação (menosbits)para

serpro essadanodes odi ador. Estemétodoreduzaqualidadedovídeoeéirreversível( om

perdas), pelo que é fundamental um orre to a erto dos parâmetros de quantização usados

paranão reduziremdemasiaa qualidadedovídeo. Existemdiversosmétodosdequantização

que podemser usados no ontexto de odi ação de vídeo. Aquantizaçãoes alar eve torial

são dois métodos de quantização simples que estão detalhados em [72, Cap.3℄. Por outro

lado, geralmente podemos denir uma matriz de quantização que tem em onsideração a

distribuição dos oe ientesdebaixafrequên ia. Nos oe ientesdealtafrequên ia,podemos

usarparâmetrosdequantizaçãomaiselevados,poisaperdadeinformaçãonesses oe ientesé

menos relevante paraosistemavisualhumano. Tendoem onsideraçãoasparti ularidadesdo

sistemavisual humano noqueto a àsensibilidade naluminân ia, épossívelusarmatrizesde

quantizaçãodiferentesparaas omponentes deluminân ia ede rominân iadoYUV[49, 97 ℄.

Na Tabela 3.3, é apresentado um exemplo de uma matriz de quantização. Para apli ar

esta matrizdequantizaçãoaos oe ientesdaTabela3.2, éne essárioefe tuarumaoperação

de divisão e arredondamento usando

CQ

i,j

= round

C

i,j

Q

i,j

!

,

(3.1)

onde

C

representa os oe ientesresultantesda DCT,

Q

representa amatriz dequantização,

CQ

representa a matrizdos oe ientes já quantizados,

i

e

j

representam a linha e a oluna damatriz. O arredondamento é efe tuado parao inteiro maispróximo. Usandoesta formula

e os valores das Tabelas 3.2 e 3.3, podemos hegar à matriz apresentada na Tabela 3.4. No

(33)

paraobteros oe ientes da DCT.Os oe ientes obtidos sãodiferentesdosoriginaisdevido

ao arredondamento efe tuado no odi ador. Onível de distorção pode ser ontrolado pelos

valoresusados na matrizde quantização.

2 4 6 8 10 12 14 16 4 6 8 10 12 16 18 20 6 8 10 12 14 16 18 22 8 10 12 14 16 18 20 24 10 12 14 16 18 20 22 26 12 14 16 18 20 22 24 28 14 16 18 20 22 24 26 30 16 18 20 22 24 26 28 32

Tabela3.3: Exemplode umamatrizde quantização.

338 0 -1 0 0 0 0 0 -1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Tabela 3.4: Coe ientes resultantes da apli ação da quantização sobre o blo o representado

na Tabela3.2, usandoa matrizde quantização apresentada naTabela 3.3.

3.2.3 Varrimento zig-zag

Existem dois tiposde varrimento zig-zag: a progressiva e a entrelaçada (ver Figura3.5).

Ambostêmomesmoobje tivodereordenarparaagruparos oe ientes omvaloresidênti os,

tornando arepresentaçãodosrestantes valores(zeros), maise iente. A ordenação dos

oe- ientes omeça peloDC,situado no anto superioresquerdo doblo o. Seguindo qualquerum

dosvarrimentosapresentadosnaFigura3.5,os oe ientesnãonulostendema aragrupados

logo no ini io da matriz ordenada, depois do DC.No nal da matriz,  am assequên ias de

(34)

Figura3.5: Varrimento zig-zag parasistemas om varrimento progressivo à esquerda e para

sistemas omvarrimento entrelaçado àdireita.

3.2.4 Codi ação de entropia

A odi ação de entropia é uma té ni a que permite onverter uma série de símbolos,

perten entes a um qualquer alfabeto, numa sequên ia de bits que possa ser armazenada ou

transmitidamaise ientemente. Oobje tivoéexplorararedundân ia estatísti amen ionada

noCapítulo 3, de formaa usar omenor número de bits possível. No ontexto da odi ação

devídeo, existemduasté ni as maisusadas:

Codi ação de omprimento variável

Codi ação aritméti a

Codi ação de omprimento variável

Esta té ni a de odi ação mapeia os símbolos de entrada num onjunto de ódigos de

omprimento variável. Os símbolos mais frequentes são odi ados om menos bits. Os

símbolos menos frequentes são odi ados om mais bits. Desta forma, é possível reduzir o

omprimento médioda mensagem. A odi ação de Humané umexemplo desta té ni ade

odi ação. Para poder usar a odi ação de Human [32℄, é ne essário al ular no iní io a

probabilidadedeo orrên iade adasímbolo,parapoderfazeraatribuição orre tadonúmero

de bits que ada símbolovaiusar. A odi ação de Human possuiumadesvantagem muito

signi ativa, pois se numa transmissão existirem erros, poderá será impossível des odi ar

orre tamente o onjuntodesímbolosenviados. Paraalémda odi açãodeHuman,existem

outras té ni as de odi ação, tais omo os ódigos de Golomb, Levenstein, Goldba h e de

(35)

Na Figura 3.6 podemos visualizar um exemplo de odi ação de Human. À esquerda

en ontra-se um onjunto de símbolos (X1 a X4) om as respe tivas probabilidades ao lado.

A árvore binária é onstruída da esquerda para a direita ombinando os dois símbolos de

menor probabilidade. Esta ombinação resulta num símbolo uja probabilidade orresponde

à soma da probabilidade dos símbolos ombinados. Este pro esso repete-seatéhaver apenas

umsímbolo omprobabilidade um. A árvorebinária é agoralida da direita paraa esquerda

parapoderatribuirosbits a ada símbolo. NaTabela 3.5é apresentado oresultado nal.

X1: 0.4

X2: 0.35

X3: 0.2

X4: 0.05

0.25

0.6

1

0

1

0

0

1

1

111

110

10

0

Figura 3.6: Codi açãode Human.

Símbolo Código

X1 0

X2 10

X3 110

X4 111

Tabela 3.5: Códigosde Human paraossímbolos X1,X2, X3e X4.

Codi ação aritméti a

A odi ação aritméti a é umaboa alternativa à odi ação deHuman, des rita

anteri-ormente. Este método de odi ação omeçou a ser desenvolvido na dé ada de sessenta e a

suaversão nalsurgiu nonaldosanossetenta, iní ios dosanosoitenta,atravésdeJorma J.

Rissanen[74℄. Neste tipo de odi ação, o onjunto de símbolos é representado por um

nú-merorealnointervaloentrezeroeum. Àmedidaqueonúmero desímbolosda mensagemvai

res endo, o intervalo ini ial vaidiminuindo e o número de bits ne essários para representar

(36)

aritmé-ti a é elegante e versátil, pois gera resultados de ompressão e ientes na maioria dos asos,

dependendoda distribuição dafontede informação[11, 31 ,77℄.

NaTabela3.6temosum onjuntodesímbolos omumaprobabilidadeeintervaloasso iado.

Para odi ara palavraDETI,usandoum odi ador aritméti o, temosqueseguirospassos

da Tabela 3.7 e da Figura 3.7. Ini ialmente o intervalo de odi ação é [0, 1). O primeiro

símboloa odi aréaletra D.ComoaletraDtêmumintervalode[0.1,0.2),onovointervalo

é al ulado atravésde

LI

n+1

= LI

n

+ i(LS

n

− LI

n

)

LS

n+1

= LI

n

+ s(LS

n

− LI

n

),

(3.2) onde

LI

n

e

LS

n

são,respe tivamente,oslimitesinferioresuperiordointervalodopasso

n

. O

i

e o

s

representam oslimites do próximo símboloa odi ar. Assimsendo, o novo intervalo, após odi ar osímboloD,é

LI

1

= LI

0

+ i(LS

0

− LI

0

) = 0 + 0.1(1 − 0) = 0.1

LS

1

= LI

0

+ s(LS

0

− LI

0

) = 0 + 0.2(1 − 0) = 0.2

(3.3)

[0.1, 0.2).

Estepro esso érepetidoparatodosossímbolos dapalavra a odi ar, omopodemosver

na Tabela3.7 ena Figura3.7, atéobtermos ointervalonal[0.1476, 0.1479).

Depois de al ulado o intervalo nal, a mensagem a ser enviada é um número nesse

in-tervalo. Consideremos agora que a mensagem re ebida no des odi ar é o número 0.1478

(representado pela variável X). Esse número en ontra-se, segundo a Tabela 3.6, no intervalo

do símbolo D. O primeiro símbolo des odi ado é então o D. Para al ular o novo X, om

vista aobter osrestantessímbolos al ula-se

X

n+1

= (X

n

− LI)/(LS − LI)

= (0.1478 − 0.1)/(0.2 − 0.1)

= 0.478.

(3.4)

O novo valor de X é 0.478. O valor de X é re- al ulado até hegar ao m da palavra.

Note-se que não existe uma forma automáti a de dete tar o m de uma mensagem. Para

resolver este problema é ne essário enviar informação adi ional, omo o número de símbolos

total ouum símboloespe ial paramde mensagem. A etapa de des odi ação está des rita

(37)

Símbolo Probabilidade Intervalo C 0.1 [0,0.1) D 0.1 [0.1,0.2) E 0.3 [0.2,0.5) F 0.1 [0.5,0.6) I 0.05 [0.6,0.65) S 0.15 [0.65,0.8) T 0.2 [0.8,1)

Tabela3.6: Conjunto de símbolos omassuas probabilidades erespe tivo intervalo.

n Símbolo I S i s 0 - 0 1 0.1 0.2 1 D 0.1 0.2 0.2 0.5 2 E 0.12 0.15 0.8 1 3 T 0.144 0.15 0.6 0.65 4 I 0.1476 0.1479 -

-Tabela 3.7: Pro esso de odi ação da palavra DETI.As letrasI e S representam oslimites

inferior e superiordo intervalo a tual,respe tivamente. Asletras ies representam oslimites

inferior e superior do símbolo a ser odi ado. A informação odi ada a ser enviada é um

número nointervalo[0.1476, 0.1479). n I S X Símbolo 0 0.1 0.2 0.1478 D 1 0.2 0,5 0.478 E 2 0.8 1 0.9267 T 3 0.6 0.65 0.6333 I

Tabela3.8: Pro essodedes odi açãodapalavraDETI.AsletrasIeSrepresentamoslimites

inferiore superior dointervaloda letra des odi ada.

Modelode ontexto-nitoadaptativo Para onseguirboastaxasde ompressãoé

ne es-sário terum bommodelo da fonte de informação. Ao longodos tempos foram riadas várias

té ni as paramodelar asfontesde informação[46, 75,102 , 103 ℄.

(38)

pro-0.2

0.1

0.12

0.15

D

E

T

I

<−−−−−−−−−− [0, 1] −−−−−−−−−−>

0.144

0.15

T

I

[0.1476, 0.1479)

Figura3.7: Esquema da odi ação aritméti a dapalavraDETI.

babilidadede adasímbolode umalfabeto

A

,tendoem onta um ontexto al uladousando

um onjunto nitode Mo orrên ias dopassado (modelode ontexto-nitode ordem M).No

instante

t

,o ontextoé representado por

c

t

= x

t−M +1

, . . . , x

t−1

, x

t

. O número de estados de umdadomodeloé

|A|

M

,queditaa omplexidade domesmo. No asode

A

={0,1},

|A|

=2.

Napráti a, a probabilidade dopróximo símbolo,

x

t+1

,serzeroé al ulada atravésde

P (x

t+1

= 0|c

t

) =

n(0, c

t

) + δ

n(0, c

t

) + n(1, c

t

) + 2δ

,

(3.5)

onde

n(s, c

t

)

representa o número de o orrên ias do símbolo

s ∈ A

,no passado,tendo omo

ontexto ondi ionante

c

t

. O parâmetro

δ > 0

, para além de anar o estimador, evita a

geração de probabilidadesnulas quandoo primeiro símboloé odi ado [56℄[82 , Cap.2℄.

Autilizaçãodeummodelode ontexto-nitodeumadeterminadaordem

O > 1

permiteo

ál ulodaprobabilidade dossímbolosqueapare em ommaisfrequên ia,de formaaatribuir

menos bits a estes. Normalmente, quanto maior for a ordem do modelo, mais pre isa será a

(39)

t+1

x

t−4

x

symbol

Input

t+1

P(x = s | c )

t

Model

c

t

Encoder

Output

bit−stream

0

0

0

1

...

1

0

1 1

...

Context

1

0

0

Figura3.8: Modelode ontexto nito: a probabilidade do próximosímbolo,

x

t+1

ondi io-nadapelasúltimas

M

o orrên iasdo passado. Nesteexemplo,

M

=5. Oblo o nagura om

(40)
(41)

Prin ipais normas de odi ação de

vídeo e imagem

4.1 Codi ação de vídeo

Existemdiversasnormas de odi ação de vídeo que foram usadas nosúltimos anos. Na

Figura 4.1 podemos visualizar um esquema ronológi o das normas de odi ação de vídeo

desenvolvidaspelaITU-TepelaMPEG. Nestese çãoiremos des rever omalgumdetalheas

normas maisimportantes.

1988

1990

1992

1994

1998

2000

2002

2004

2006

2008

2010

2012

1984

1996

H.265

1986

(ITU−T + MPEG)

MPEG

ITU−T

JVT

H.263

H.263+

H.263++

MPEG−1

MPEG−4 (ASP)

H.262 ou

MPEG−2

H.264

FRExt

H.264 ou

H.261

MPEG−4 AVC

Figura 4.1: Cronologia do desenvolvimento das diversas normas de ompressão de vídeo,

apresentadasisoladamentepelosórgãoITU-TeMPEGeem onjuntoJVT(adaptadade[24 ℄).

(42)

4.1.1 H.261

OH.261foiaprimeiranormade odi açãodevídeodesenvolvida. FoidenidapelaITU-T

para ser usada em vídeo- onferên ia e vídeo-telefone utilizando ir uitos ISDN (Integrated

Servi es Digital Network). O débito binário era

64kbit/s, onde

p

representa o número de

anaisBda redeISDN(1

≤ p ≤

30)[33 , 95℄. As ara terísti as prin ipaisdanorma são:

Tipos de resolução ompatíveis: 176x144 (QCIF) e 352x288 (CIF) om amostragem 4:2:0 de rominân ia;

Usa frames do tipo Ie P( ompensaçãode movimentos) masnão B;

A quantizaçãodos oe iente é linear;

Utiliza ódigos de omprimento variável(VLCs);

Filtro anti-blo os.

4.1.2 H.263

Algum tempo depois,o grupoITU-T, para podermelhorara qualidadedoH.261,de idiu

desenvolveroH.263. Relativamente ao H.261,este odi ador de vídeo providen ia uma

me-lhor ompressão,suportandodébitosbináriosnaordemdos30kbit/s. Apesardasuaestrutura

ser em muitos aspe tos semelhante ao H.261, o H.263 forne e melhor qualidade de imagem

om débitos binários de transmissão menores, à usta de um pou o mais de omplexidade.

Existem algumasdiferenças relativamenteao H.261,desta ando-seasseguintes:

Utiliza 4 ve tores de movimento em vez de um úni o omo no H.261. Cada ve tor de movimento está asso iadoa umblo o de 8x8do ma roblo o emvez de estar asso iado

ao ma roblo o inteiro.

Ve toresdemovimentomaispre isos(meiopíxeldepre isão) quepropor ionammelhor qualidade de imageme melhores taxasde ompressão.

Nestanorma foramadi ionados tambémquatro modosop ionaisqueservempara

melho-rara performan e da ompressão do vídeo e a robustez da transmissão através de um anal

de omuni ação. Apesar de todos os esforços para desenvolver té ni as que melhoraram a

qualidade eataxade ompressãodosvídeos, afra aqualidadedaslinhastelefóni aslimitava

de erta forma o desempenho dos odi adores de vídeo. O H.263 tornou-se a norma mais

usadaparavídeo- onferên iaesuporta odi açãodanorma H.261paraossistemasmais

(43)

ara terísti ase modosde odi ação. Estas extensõesserviram paramelhorar a ompressão

dos vídeos, propor ionando um ontrolo melhorado sobre osparâmetros do odi ador e um

desempenho maiornas redesde omuni açõesexistentes[17 , 23 ℄.

4.1.3 MPEG-1

Aprimeiranormade odi açãodevídeodesenvolvidapelogrupoMPEG(MovingPi tures

Experts Group) foioMPEG-1. Estafoidesenvolvida espe ialmente para o armazenamento e

reprodução de vídeo no formato VídeoCD (VCD). OMPEG-1 foi riado para ompetir om

astradi ionais assetes devídeo no formato VHS(Video Home System),quejá ne essitavam

de ser substituídas. Esta norma é semelhante ao H.261 mas ne essita de maisre ursos para

poder omprimir uma sequên ia de vídeo. Contrariamente ao H.261, o MPEG-1 permite o

uso de frames do tipo B e quantização per eptual adaptativa. A norma é assim onstituída

por in opartes:

Parte 1: Systems.

Parte 2: Video.

Parte 3: Audio.

Parte 4: Conforman e testing.

Parte 5: Software simulation.

O MPEG-1 foi usado por várias indústrias, em vários produtos, serviços e apli ações,

desen adeando assim umforte res imento em outros que surgiram maistarde. Esta norma

usa várias té ni as de odi ação de vídeo, entre as quais desta am-se a ompensação de

movimento, DCT (Dis rete Cosine Transform) e a quantização. O débito de transmissão do

MPEG-1 ronda aproximadamente 1.5Mbit/s,o qual serevelouinsu iente parasubstituiras

assetes VHS. Apesar do Vídeo CD não ter sido muito popular na Europa e nos Estados

Unidos, teve bastante su esso em alguns países do ontinente Asiáti o. Apesar de tudo, o

MPEG-1 é uma norma de odi ação bastante usada para armazenamento de vídeo/áudio

nosPCs e naInternet [51 , 87℄.

4.1.4 MPEG-2

A seguir ao MPEG-1 su edeu-se o MPEG-2. O MPEG-2 foidesenvolvido espe ialmente

paraatelevisãodigitalefoiumanormade odi ação ommuitosu esso. A normaMPEG-2

(44)

maisfun ionalidadesparaproviden iar umamaior interoperabilidade, qualidadee

fun ionali-dade, sem prejudi ar a exibilidade do odi ador. Entre essas fun ionalidades desta am-se

osnovos modos de predição que permitem odi ar e ientemente vídeo entrelaçado, as

ex-tensões para es abilidade do vídeo e o aumento da zona de pro ura paraa ompensação de

movimento. Estasalteraçõesmelhoramgrandementeaqualidadedevídeo,masne essitamde

poder omputa ional adi ional. O MPEG-2, no entanto, pode também des odi ar

sequên- iasde vídeo no formato MPEG-1 paraasapli ações maisantigas. Aspartes adi ionadas no

MPEG-2são:

Parte 6: Software extensions - DSM-CC.

Parte 7: Audio extensions - AAC (Advan ed Audio Coding).

Parte 8: 10 Bit video (abandonado por falta de interesse da indústria).

Parte 9: System extensions - RTI (Real Time Interfa e).

Parte 10: DSM-CC - Conforman e testing.

Parte 11: IPMP on MPEG-2 System.

Para além de ter mais partes, o MPEG-2 foi a primeira norma a usar o on eito de

perl e de nível. O perl é basi amente um onjunto de algoritmos que são usados para

odi ação devídeos. Osníveis orrespondemao onjuntode parâmetros quesãosuportados

naimplementaçãodo odi ador. Estanorma, omojáfoireferido,tevemuitosu esso,estando

rela ionadodire tamente omosu essodasapli açõesquesurgiram omela(TelevisãoDigital,

serviçosATM,VídeoDVD,et ). Estanorma onseguiunalmentesubstituirasvelhas assetes

devídeoVHSpeloVídeo-DVD,dandoumpassoimportantenaste nologiasdearmazenamento

devídeo, passoesse quenão foipossívelatravésdo MPEG-1e do VídeoCD [29 , 47,94℄.

4.1.5 MPEG-4

OMPEG-4éumanormade odi açãodevídeoISO/IECdesenvolvidapelogrupoMPEG

omintuitode ante ipar arápida onvergên ia dasindústriasdetele omuni ações,

omputa-dores e da indústria da Televisão/Filmes. MPEG-4 tem por base o su esso omprovado em

três amposmuitoimportantes:

Televisãodigital;

Apli açõesgrá as intera tivas ( onteúdosintéti o);

(45)

Depois do su esso das normas MPEG-1 e MPEG-2, desenvolvidas também pelo grupo

MPEG,oMPEG-4foiresultadodeumesforço interna ional queenvolveu entenasde

investi-gadoreseengenheirosdetodooMundo. OgrupoMPEG omeçouadeniranormaMPEG-4

em1994. O obje tivo desta primeira fase era a espe i ação dosalgoritmos e ferramentas a

usar na ompressão e na representação da informação áudio-visual, de uma forma exível e

que umprisse os futuros requisitos das apli ações e serviços da multimédia intera tiva. De

formaa umpriressesobje tivos, foine essário riar novosmétodosuniversais e e ientes de

odi ação áudio-visual, onhe idos também omo obje tos áudio-visuais (em inglêsAV

ob-je ts ou AVOs). A norma MPEG-4,denidapelaISO/IEC 14496,foinalizadaem Outubro

de 1998 e tornou-se num International Standard nos primeiros in o meses de 1999. Várias

extensõesforamadi ionadasànorma omode orrerdotempo. OMPEG-4Versão2adquiriu

o estatuto de International Standard no ano 2000. A tualmente ainda existe trabalho em

progresso para adi ionar novasextensões[100 ℄.

OMPEG-4herdouemelhoroumuitasdasfun ionalidadesdasnormasMPEG-1eMPEG-2 .

Para além dessasmelhorias, foram adi ionadas novas fun ionalidades omoo suportede

ob-je tos 3D, sprites 1

,textoe outros tiposde media [83 , 86℄.

Esta norma é onstituída por um onjunto de partes inter-rela ionadas. Estas partes

podemserimplementadas individualmenteou em onjunto omoutras partes [53 , 59℄.

Algumasdessaspartesaindaestãoemdesenvolvimento,outrasjáseen ontramnalizadas.

Existem 23 partes no MPEG-4, dasquais desta amos asseguintes, por estarem rela ionadas

om odi açãode vídeo:

Parte 2: Visual - Espe i a os ode s para a odi ação de dados visuais (vídeo, texturas,imagenssintéti as,et .). UmdospersmaisusadoséoASP(Advan ed Simple

Prole).

Parte 10: Advan ed Video Coding (AVC) - Code de vídeo mais onhe ido por H.264 (verSe ção 5paramais detalhes).

Existemváriasentidadesqueusam oMPEG-4 omonorma de odi ação, masestasnão

espe i am expli itamente qual é a parte da norma a que se referem. A Parte 2 (in lui o

perl ASP), é usada emalguns ode s muito onhe idos tais omo o DivX [2℄, o Xvid [6℄, o

NeroDigital[3 ℄,o3ivx[1℄epeloQui ktime6[4℄. AParte10(MPEG-4AVC/H.264),éusada

pelo ode x264 [5℄,pelo NeroDigital AVC[3℄,Qui ktime 7 [4℄e pela nova geraçãode DVDs

omo o HDDVD e osdis osBlu-ray. No Capítulo 5 podemos en ontrar maisdetalhes sobre

a Parte 10 doMPEG-4.

1

Ossprites sãoobje tosexibidosemduasdimensões,quegeralmente ompõemelementosdefundoousão

(46)

Assim omoanormaMPEG-2,oMPEG-4 tambémusao on eitoperlenível. Ospers

permitem aos utilizadores es olher um onjunto de ferramentas que são mais adequadas às

suas ne essidades. Em ada perl,podemosespe i aronívelausar. Osníveis sãoummeio

de limitar a omplexidade ausar na odi ação de umasequên ia devídeo [53 , 83℄.

Na Tabela4.1podemos en ontrar ospers mais omuns do MPEG-4.

Pers de vídeo mais omuns

Perl Cara terísti as

Simple Visual Semelhante à odi ação do MPEG-2.

Advan ed Simple Visual Suporte de frames do tipo B, ompensação

de movimento global e odi ação

entrela-çada(níveis 4 e5).

Core Visual Suporte para obje tos binários do vídeo e

frames dotipoB.

AVCBaseline, AVC Main,AVCExtended e

AVCHigh

Ver Capitulo 5.2 para mais detalhes sobre

estespers.

Tabela4.1: Pers mais omuns no MPEG-4 [53 ℄.

4.2 Codi ação de imagem

Nesta se ção iremos apresentar, om algum detalhe, as quatro normas prin ipais de

o-di ação de imagem (JBIG, PNG, JPEG-LS e JPEG2000). Estas normas utilizam té ni as

diferentes de ompressão deimagem, omo iremosobservar.

4.2.1 A norma JBIG

A normaJBIG (JointBi-level Image Group) foi desenvolvida em1993 pelaInternational

Organization for Standardization / International Ele trote hni al Commission (ISO/IEC) e

pelaTele ommuni ationStandardizationSe toroftheInternationalTele ommuni ationUnion

(ITU-T)providen iando odi açãolossless eprogressiva(lossy-to-lossless)emimagens

biná-rias. Uma dasvantagens mais importantes do JBIGem omparação om outras normas é a

sua apa idade de odi açãoprogressiva easuae iên ia [22,27 ℄. A odi ação progressiva

onsiste nadivisão da imagem emdiferentes amadas no pro esso de ompressão. Quando a

imagem é des omprimida para servisualizada, o observador visualiza uma primeira imagem

(47)

Apesar doJBIG tersido on ebido para imagensa pretoe bran o(imagens binárias), é

pos-sível apli á-lo a imagens grays ale (es ala de inza) separando-as por planos e apli ando a

ompressão em ada plano omo se ada umdeles fosse umaimagem binária. Neste aso, a

utilizaçãodo Códigode Gray emvez dotradi ional ódigobináriopodemelhorar ae iên ia

de ompressão[7℄. Na Figura4.2en ontra-seodiagramade blo osdo odi adorprogressivo

JBIG.Atravésdessediagramadeblo os,podemos on luirqueoalgoritmobasede odi ação

do JBIG baseia-se num modelo de ontexto-nito e num odi ador aritméti o adaptativo.

Estealgoritmode odi ação podeser en ontrado om maisdetalhe em[55 ℄.

Apesar da norma JBIG ter apa idade para odi ação lossy, as imagens obtidas dessa

ompressão tinham qualidade signi ativamente inferior relativamente às imagens originais.

Deforma aresolverestesproblemasde qualidadede imagem, surgiu maistardeoJBIG2que

suporta odi ação lossy,lossless elossy-to-lossless. A normaJBIG2 tinha omo obje tivo a

obtenção de melhores resultados de ompressão lossless/lossy relativamente às normas

exis-tenteseporoutroladomelhorara ompressãolossy reduzindoadegradaçãodaqualidadedas

imagens. OJBIG2al ançou osobje tivospretendidos e paraalém dissoadi ionou um modo

de odi açãoprogressiva adi ionalquedependedo onteúdodaimagem ( ontent-progressive

oding). Estade omposição onsistebasi amentenaseparaçãodasimagensemregiões(texto,

halftone egenéri a). Cadaregiãoé então odi adautilizando métodosadequadosaotipo de

região. Estade omposiçãodo onteúdoémuitoimportanteprin ipalmenteparaasapli ações

de vídeo intera tivo [57℄.

Typical

Prediction

Deterministic

Prediction

Conditional

Predictive

Arithmetic

Model

Encoding

Adaptative

Binary

Image

Pixel − Skipping Prediction

Image Code

Resolution

Reduction

Resolution

Reduction

Table

Deterministic

Prediction

Table

Matched Tables (PRES, QT, etc.)

Compressed

Figura4.2: Diagrama de blo osdo odi adorJBIG(adaptada de [22 ℄).

4.2.2 A norma PNG

OPNG (Portable Network Graphi s) éum formato de  heiro utilizado paraarmazenar,

transmitir e visualizar imagens. Este formato suporta odi ação lossless, diversos modos

de or ( or-indexada, grays ale e imagens true- olor) om uma transparên ia óptima (alpha

(48)

destas ara terísti as,esteformatosuportamaisalgumasfun ionalidadesavançadastais omo:

orre çãode oresedegama,visualizaçãoentrelaçadaeprogressiva,umespaçode orespadrão

e in lusão de informação textualparaguardar dados extra(título,nomedo autor, opyright,

et .)[76 ℄. UmapartemuitoimportantedanormaPNGéoalgoritmode ompressãousado. O

algoritmo Deate,espe i ado na RFC1951 [19℄, éuma ombinaçãodo algoritmo LZ77 e de

odi ação de Human. Este algoritmo Deate é usado pelanorma PNG na ompressão de

imagens, pois é bastante e iente omparado-o om a generalidade dos melhores algoritmos

de ompressão maisa tuais.

OPNG foidesenvolvido parasubstituirosformatos maisantigos tais omoo GIF epara

ser utilizado em apli ações de visualização online (WWW - World Wide Web). O PNG

é bastante robusto, pois para além de permitir uma veri ação da integridade do  heiro,

onsegue dete tar oserrosde transmissão mais omuns [55 , 61℄.

4.2.3 A norma JPEG-LS

AnormaJPEG-LS(ISO-14495-1/ITU-T.87) foidesenvolvida peloJoint Photographi

Ex-perts Group (JPEG) omo obje tivo de providen iar um odi ador de imagens, lossless ou

near-lossless, mais e iente do que o Lossless JPEG, reduzindo a omplexidade do mesmo e

os requisitos de memória ne essários. A Parte 1 da norma foi nalizada em 1999. Existem

determinadas apli açõesemqueporvezes épreferívelterumalgoritmo de ompressão menos

omplexo do queum queofereça melhores taxas de ompressão. Foi entãoneste sentido que

oJPEG-LSfoidesenvolvido [68,98 ,99℄.

Váriosalgoritmos de ompressão foram propostos paraintegrarem a norma JPEG-LS. O

omitéresponsável, apósumalonga fase de testes, elegeu o LOCO-I (LOssless COmpression

for Images) dos Laboratórios daHewlett-Pa kard [30℄ omoo melhor algoritmo. Havia mais

propostas, omo o CALIC, FELICS e o CREW da Ri oh, mas LOCO-I saiu ven edor. O

LOCO-I, para além de ofere er boas taxas de ompressão, é relativamente fá il e rápido

de implementar [39, 80 ℄. Este algoritmo baseia-se num modelo de previsão residual e num

ontexto adaptativo para a odi ação de resíduos. A baixa omplexidade desta té ni a

provém do pressuposto que a previsão residual segue uma distribuição geométri a e do uso

de ódigos de Golomb (verSe ção 5.1.6), que sãoóptimos paraeste tipo de distribuições. O

JPEG-LS também tem in orporado ummodo lossy onde podemos ontrolar o erro absoluto

máximo no odi ador. Este modo é mais onhe ido por near-lossless ompression ou L

- onstrained ompression [55℄.

Referências

Documentos relacionados

As crianças têm capacidade e estrutura de aprender muito mais, isso não significa que deve ser ensinado tudo de uma vez no início da aprendizagem, mas que pode ir além

Para ele, a educação que se opõe à capacitação técnica é tão ineficiente quanto aquela que nega a formação geral humanista, limitando-se ao desenvolvimento das

• Aumentar a incorporação de valerato no copolímero P[3HB-co-3HV], produzido por Escherichia coli recombinante, utilizando como substrato glicose e como precursor das unidades

Na fase dos estudos ergonômicos foi necessário conhecer como a escova dental é estruturada. Fotografou-se o produto conforme a Figura 1a, onde pode-se observar claramente as

Devemos, sim, ensinar às criaturas a saber usar bem a sua liberdade e a oportunidade de ser feliz, mesmo que seja através dos folguedos do mundo, uma vez que para

Freqüência de diagnóstico de Staphylococcus aureus e taxa de novas infecções, pós-parto, de quartos mamários negativos na secagem e submetidos à terapia de vaca seca associada

Uma Dimensão Fractal (D) constante em diferentes escalas indica auto-similaridade dos objetos (MILNE apud LAGRO, 1991), ou seja, cada porção pode ser considerada uma imagem em

Durante o ano crucial de 2008, no qual teve lugar o lançamento da primeira convocatória de projectos e a selecção de 24 projectos, o Welsh Assembly Government presidiu o