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Perfil autonômico, variáveis antropométricas e respostas psicofisiológicas agudas ao exercício aeróbico em intensidade autosselecionada em mulheres obesas

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE

PERFIL AUTONÔMICO, VARIÁVEIS ANTROPOMÉTRICAS E RESPOSTAS PSICOFISIOLÓGICAS AGUDAS AO EXERCÍCIO AERÓBIO EM INTENSIDADE

AUTOSSELECIONADA EM MULHERES OBESAS

FABIANO HENRIQUE RODRIGUES SOARES

NATAL/RN 2019

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FABIANO HENRIQUE RODRIGUES SOARES

PERFIL AUTONÔMICO, VARIÁVEIS ANTROPOMÉTRICAS E RESPOSTAS PSICOFISIOLÓGICAS AGUDAS AO EXERCÍCIO AERÓBIO EM INTENSIDADE

AUTOSSELECIONADA EM MULHERES OBESAS

Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito para obtenção do título de Doutor em Ciências da Saúde.

ORIENTADORA: Profa. Dra. Maria Bernardete Cordeiro de Sousa

NATAL 2019

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS

Soares, Fabiano Henrique Rodrigues.

Perfil autonômico, variáveis antropométricas e respostas psicofisiológicas agudas ao exercício aeróbico em intensidade autosselecionada em mulheres obesas / Fabiano Henrique Rodrigues Soares. - 2019.

98f.: il.

Tese (Doutorado) - Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal, RN, 2019.

Orientadora: Maria Bernardete Cordeiro de Sousa.

1. Obesidade Tese. 2. Exercício aeróbio Tese. 3. Afeto -Tese. I. Sousa, Maria Bernardete Cordeiro de. II. Título. RN/UF/BS-CCS CDU 616-056.25

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE

Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde: Profª. Drª. Ana Katherine da Silveira Goncalves de Oliveira

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FABIANO HENRIQUE RODRIGUES SOARES

PERFIL AUTONÔMICO, VARIÁVEIS ANTROPOMÉTRICAS E RESPOSTAS PSICOFISIOLÓGICAS AGUDAS AO EXERCÍCIO AERÓBIO EM INTENSIDADE

AUTOSSELECIONADA EM MULHERES OBESAS

Aprovada em 28 de junho de 2019

Banca Examinadora:

Presidente da banca:

MARIA BERNARDETE CORDEIRO DE SOUSA

Membros da Banca:

PAULO MOREIRA DA SILVA DANTAS GRASIELA PIUVEZAM

RADAMÉS MACIEL VITOR MEDEIROS AMILTON DA CRUZ SANTOS

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DEDICATÓRIA

Dedico com amor essa Tese à minha esposa Aline Maraschin que sempre esteve ao meu lado e nunca me deixou desanimar. Essa jornada só foi possível por que eu tive você ao meu lado.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente aos meus pais Maria dos Anjos e Renato Moura por toda dedicação à minha instrução e formação.

À Professora Dra. Maria Bernardete Cordeiro de Sousa, pela preciosa orientação e fundamental ajuda na caminhada.

Ao Professor MSc. Gleidson Mendes Rebouças pela força e ajuda nos procedimentos técnicos das coletas de dados.

À MSc. Luzia Leiros pelo total compromisso na organização do PesqClin e fundamental ajuda durante o longo processo de coleta de dados e gerenciamento de voluntárias.

À Professora Dra. Telma Maria Lemos pela preciosa ajuda na coleta e processamento dos testes bioquímicos.

Ao Professor Dr. Eduardo Caldas Costa pela ajuda e colaboração na elaboração das ideias desse projeto.

À excelente ajuda de alguns dos melhores alunos de Educação Física do UNI-RN durante a coleta de dados Charles Lucena, Hamilcar Mater, Wagner Santos, Isaac Cavalcante, Thiago Trindade, entre outros. E também aos alunos de Medicina da UFRN que embarcaram na ideia desse projeto e realizaram seus TCCs com dados preliminares de nossa pesquisa: Melissa, Joel, Alexandra, Arthur, Luis Felipe, Thaís, Letícia, Igor, Layssa e Matheus.

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RESUMO

A prevalência de obesidade aumentou em todo o mundo nas primeiras décadas do século XXI. A carga de doenças relacionadas à obesidade apresenta um desvio entre sexos, uma vez que a obesidade e seu grau de severidade são maiores em mulheres do que em homens considerando todas as faixas etárias. Desequilíbrios na modulação autonômica e inflamação sistêmica crônica associadas à obesidade estão na base da morbimortalidade cardiovascular. A atividade física regular representa um dos pilares do tratamento comportamental da obesidade. Entretanto, indivíduos com sobrepeso e obesos tendem a evitar atividade física, não atendendo aos regimes impostos, com taxas de desistência que variam de 71% a quase 100%. A atividade física realizada na intensidade autosselecionada poderia representar uma alternativa válida aos regimes impostos para melhorar a adesão. O objetivo dessa pesquisa foi identificar as associações entre variáveis antropométricas e a presença de desequilíbrio autonômico no controle cardíaco e identificar se mulheres obesas atingem recomendações internacionais de atividade física quando se exercitam em intensidade autosselecionada. Inicialmente, o estudo realizou uma pesquisa descritiva de corte transversal para investigar até que ponto a obesidade poderia identificar a disfunção autonômica do controle cardíaco com 65 mulheres sedentárias (entre 18 e 45 anos), categorizadas como eutróficas, com sobrepeso ou obesas. Esse estudo observacional gerou um artigo onde foi demostrado que o índice de massa corporal está associado à variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e ao desequilíbrio autonômico do controle cardíaco. Em seguida, foi realizado um ensaio clínico randomizado cego com mulheres obesas para avaliar os efeitos agudos do exercício aeróbio com intensidade autosselecionada em marcadores psicofisiológicos, estresse, inflamação, lesão muscular e dor em um desenho paralelo. Dois artigos foram produzidos a partir dessa pesquisa. Os resultados evidenciaram que mulheres jovens inativas e sadias com obesidade (n = 46; entre 18 a 45 anos) exercitaram-se durante 60 min em esteira em velocidade imposta ou autosselecionada que poderia ser trocada a cada 5 minutos e atingem intensidade moderada a vigorosa ao se exercitarem em ritmo autosselecionado, referindo a sensação de prazer durante toda a sessão. Há diminuição do estresse e um pico de dano associado à dor muscular 24h após a intervenção. Concluiu-se que o índice de massa corporal identifica e presença de desequilíbrio autonômico no controle cardíaco e que mulheres obesas atingem as recomendações internacionais de atividade física quando se exercitam em intensidade autosselecionada.

Palavras-chave: obesidade, exercício aeróbio, intensidade autosselecionada, afeto, inflamação, dano muscular.

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AUTONOMIC PROFILE, ANTHROPOMETRIC VARIABLES AND ACUTE PSYCHOPHYSIOLOGICAL RESPONSES TO AEROBIC EXERCISE IN

SELF-SELECTED INTENSITY IN OBESE WOMEN

ABSTRACT

The prevalence of obesity has increased worldwide in the first decades of the 21st century. The burden of obesity-related diseases is different between genders since obesity and its degree of severity are higher in women than in men considering all age groups. Imbalances in autonomic modulation and chronic systemic inflammation associated with obesity are at the basis of cardiovascular morbidity and mortality. Regular physical activity is one of the pillars of the behavioral treatment of obesity. However, overweight and obese individuals tend to avoid physical activity, not attending to the imposed regimes, with drop rates ranging from 71% to almost 100%. Physical activity performed at self-selected intensity could represent a valid alternative to the imposed regimes to improve adherence. The objective of this research was to identify associations between anthropometric variables and the presence of autonomic imbalances in cardiac control and to identify whether obese women reach international recommendations for physical activity when exercising at self-selected intensity. Initially, we conducted a descriptive cross-sectional study to investigate the extent to which obesity could identify autonomic dysfunctions of cardiac control with 65 sedentary women (age 18-45), categorized as being eutrophic, overweight or obese. This observational study generated an article that demonstrated that body mass index is associated with heart rate variability (HRV) and autonomic imbalances of cardiac control. Then, a blinded randomized clinical trial with obese women was conducted to evaluate the acute effects of aerobic exercise with self-selected intensity on psychophysiological markers, stress, inflammation, muscle injury and pain in a parallel design. Two articles were produced from this research. Inactive and healthy young women with obesity (n = 46, 18-45 years) exercised for 60 min in a treadmill at an imposed or self-selected, rate that could be changed every 5 minutes. The results showed that the experimental group reaches moderate to the vigorous intensity when exercising at a self-selected pace, feeling pleasure throughout the session. There is a decrease in stress and a peak of muscle damage associated with muscle pain 24 hours after the intervention. It was concluded that the body mass index identifies the presence of autonomic imbalances in cardiac control and that obese women reach the international recommendations of physical activity when exercising in self-selected intensity.

Key words: obesity; aerobic exercise; self-selected intensity; feeling scale; inflammation; muscle damage.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ACSM American College of Sports Medicine ANOVA Análise de variância

CA Circunferência abdominal CC Circunferência da cintura CK Creatina kinase

CQ Circunferência do quadril DCM Doenças crônicas metabólicas DM Diabetes mellitus

DMT2 Diabetes mellitus tipo 2

DEXA Absortometria de dupla energia de raios-X FCMáx Frequência cardíaca máxima

GE Gordura epicárdica

Hs-CRP Proteína C-reativa ultrassensível HUOL Hospital Universitário Onofre Lopes IL-¨6 Interleucina 6

IMC Índice de massa corporal

IPAQ International Physical Activity Questionnaire LDH Lactato desidrogenase

LSD Least significant difference LV Limiar ventilatório

PESQCLIN Laboratório de Pesquisa Clínica e Epidemiológica PETO2 Oxigênio expirado

PETCO2 Dióxido de carbono expirado PCR Proteíba C reativa

PSE Percepção subjetiva de esforço

RBR Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos RCE Relação cintura estatura

RCQ Relação cintura quadril

RER Ponto de compensação respiratório RPI Resistencia periférica à Insulina SM Síndrome metabólica

TCLE Termo de consentimento livre esclarecido TNF- α Fator de necrose tumoral α

UFRN Universidade Federal do rio Grande do Norte VA valência afetiva

VO2Máx Consumo Máximo de Oxigênio VE/VO2 Equivalente ventilatório para o O2 VE/VCO2 Equivalente ventilatório para o CO2 VFC Variabilidade da frequência cardíaca

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Fluxograma do estudo 21

Figura 2. Trabalho apresentado em Jornada Estadual 1 76 Figura 3. Trabalho apresentado em Jornada Estadual 2 77 Figura 4. Trabalho apresentado em Congresso Estadual 1 77 Figura 5. Trabalho apresentado em Congresso Estadual 2 78 Figura 6. Trabalho apresentado em Congresso Brasileiro 1 78 Figura 7. Trabalho apresentado em Congresso Brasileiro 2 79 Figura 8. Trabalho apresentado em Congresso Estadual 3 79

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SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO 12 2. INTRODUÇÃO 13 3. JUSTIFICATIVA 17 4. OBJETIVOS 18 4.1. OBJETIVO GERAL 18 4.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 18 5. MÉTODOS 19 5.1. DELINEAMENTO DA PESQUISA 19 5.2. PARTICIPANTES 19 5.3. COLETA DE DADOS 20

5.3.1. Sessão de exercício aeróbio agudo 24

5.3.2. Avaliação da dor por algometria 24

5.3.3. Dosagens bioquímicas 25

5.4. ANALISE ESTATÍSTICA 25

6. RESULTADOS 27

6.1. ARTIGO DO ESTUDO SECCCIONAL 27

6.1.1. Descrição do Periódico 27

6.1.2. Carta de aceite 27

6.1.3. Artigo Produzido 28

6.2. PRIMEIRO ARTIGO DA FASE EXPERIMENTAL 40

6.2.1. Descrição do Periódico 40

6.2.2. Carta de aceite 40

6.2.3. Artigo Produzido 41

6.3. SEGUNDO ARTIGO DA FASE EXPERIMENTAL 48

6.3.1. Descrição do Periódico 48

6.3.2. Artigo Produzido 49

7. COMENTÁRIOS, CRÍTICAS E CONCLUSÕES 75

8. REFERÊNCIAS 82

APÊNDICES 88

APÊNDICE 1 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 89

ANEXOS 91

ANEXO A – Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa 92

ANEXO B – Escala de Percepção Subjetiva de Esforço (PSE) 93

ANEXO C – Escala de valência afetiva (VA) 95

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1. APRESENTAÇÃO

Apresentamos as produções resultantes do projeto de pesquisa já identificado como requisito para conclusão de curso de Doutorado em Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Essa Tese está no formato de coletânea de artigos produzidos.

Identificamos inicialmente a problemática abordada por meio de uma breve introdução, resultado da revisão bibliográfica realizada, com a identificação das lacunas do conhecimento a serem preenchidas por essa pesquisa. Em seguida identificamos a justificativa e nossos objetivos.

Apresentamos a metodologia utilizada durante toda pesquisa de forma integral identificando as distintas fases desse estudo. Para os resultados, apresentamos os artigos produzidos com a identificação dos periódicos nos quais foram publicados e também apresentamos como outras produções os certificados de participação em congressos nos quais apresentamos recortes desse estudo.

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2. INTRODUÇÃO

A pandemia de obesidade e sobrepeso representa um grande problema de saúde pública com escopo global, padrões heterogêneos de desenvolvimento, largo espectro de impactos na saúde, inexistência de uma única causa e falha nas tentativas de buscar uma única solução (1). Nesse contexto, a prevalência da obesidade vem aumentando nos últimos 30 anos e já dobrou em mais de 70 países com estimados mais de 600 milhões de adultos obesos no mundo (2).

A obesidade se constitui em conhecido fator de risco para um grande número de doenças crônicas e de incapacidade físicas (3) e contribuiu para mais de quatro milhões de mortes em 2015, quase três milhões das quais por doenças cardiovasculares (2). Essa carga de doenças associadas à obesidade é maior no sexo feminino já que a prevalência de mulheres com obesidade e obesidade severa é maior do que em homens em todas as faixas etárias, ultrapassando os valores de 21% e 9%, respectivamente (2, 4). Apesar do fato do sobrepeso e da obesidade serem adaptações a um ambiente obesogênico, susceptível primariamente a intervenções de políticas públicas, programas de promoção à saúde caracterizados pela adoção de atividade física regular e dieta balanceada podem influenciar mudanças em padrões de comportamento na direção a um estilo de vida mais saudável (5).

A prática regular de atividade física representa um dos componentes mais importantes no tratamento contra a obesidade, na redução de fatores de risco associados a doenças crônico-metabólicas e na melhoria da saúde associada ao aumento do condicionamento cardiorrespiratório (6). Esses benefícios ocorrem com ou sem perda de peso (7). No entanto, indivíduos obesos, ainda que metabolicamente saudáveis, apresentam risco aumentado para doenças cardiovasculares, doenças coronárias agudas e insuficiência cardíaca congestiva, 7%, 49% e 96%, respectivamente (8, 9).

Esse risco mais elevado de morbidade cardiovascular está associado a influência que a obesidade exerce no controle autonômico do coração e em processos inflamatórios sistêmicos, cujo mecanismo subjacente envolve as funções dos adipócitos e dos macrófagos como remanescentes de uma adaptação evolutiva (10) que levam a uma relação causal entre obesidade eventos cardiovasculares e é uma possível explicação da associação entre disfunção autonômica, inflamação sistêmica

(15)

e distúrbios metabólicos como diabetes mellitus tipo 2 (DMT2) (11). Esta resposta faz parte da capacidade do organismo sobreviver a agentes estressores, incluindo infecções e fome, ainda agravada pela resistência periférica à insulina (RPI) que tem como objetivo preservar o suprimento de glicose para o sistema nervoso central (12). Essa hipótese busca explicar por que os hormônios glicocorticoides, como o cortisol, causam RPI e estimulam respostas imunes inatas (13).

A visão evolutiva da inter-relação entre o sistema imune e o sistema neuroendócrino mostra que esses mecanismos são mediados por um grupo de moléculas, as citocinas inflamatórias, onde os macrófagos atuam como principal agente promotor. Portanto, tem sido evidenciado cada vez com mais profundidade que as respostas imunes, o estresse e a inflamação sistêmica estão interconectados desde o início do processo evolutivo dos seres humanos. Antígenos e outros agentes estressores provocam uma cascata de respostas biológicas que incluem respostas imunes e inflamatórias (10). Essas reações são ancestrais e envolvem citocinas e outras moléculas, como por exemplo o óxido nítrico, que aparentemente atua em reações inflamatórias como neutralizador de estímulos que perturbem a homeostase (10).

As conexões recíprocas entre as redes de controle autonômico central e o metabolismo evidenciam a importância da avaliação de marcadores autonômicos do coração de acordo com os níveis de obesidade (14). A modulação autonômica cardíaca vem sendo validamente acessada através de marcadores da atividade simpática e parassimpática por meio de medidas de variabilidade da frequência cardíaca (VFC), que representa um método simples e não invasivo para avaliar a modulação autonômica do ritmo cardíaco. Nesse contexto, desequilíbrios no controle autonômico, como por exemplo a atividade parassimpática reduzida, representam fatores de risco importantes para desordens tanto metabólicas quanto cardiovasculares (15). Medidas antropométricas de composição corporal também são indicadores válidos de risco cardiometabólico. Por isso, a avaliação da quantidade e distribuição do tecido adiposo possui o potencial de indicar a presença e a gravidade dessas desordens que são associadas a inflamação sistêmica e a ocorrência de eventos cardíacos(16).

O aumento do tecido adiposo está associado ao aumento nos níveis de citocinas tais como fator de necrose tumoral α (TNF- α), interleucina 6 (IL-6) e proteína

(16)

C-reativa (PCR), causando agravamento nos índices metabólicos e nas funções endoteliais relacionadas ao surgimento de ateromas (17). Considerando estas evidências, constata-se que o caminho metabólico desenhado pela evolução, no qual os genes humanos foram selecionados para permitir o metabolismo aeróbio e orquestrar a complexa integração sistêmica necessária para a atividade física, tornou possível a sobrevivência e a reprodução (18).

Como o ambiente obesogênico atual reduziu a necessidade de atividade física para sobrevivência, torna-se necessária a sua substituição por atividade física eletiva numa tentativa de minimizar os danos causados pela hipocinesia. Assim, a prescrição de atividade física regular oferece proteção contra doenças crônicas do metabolismo (19-23), reduzindo o impacto negativo da obesidade na saúde, mesmo que a perda de peso seja mínima (24). No entanto, os modelos vigentes de prescrição de atividade física para emagrecimento e controle de peso recomendam pelo menos 60 min de atividade física de moderada a vigorosa diariamente (25, 26) que representa, do ponto de vista de sua observância no dia-a-dia da sociedade contemporânea, uma meta com grande dificuldade de ser alcançada.

Indivíduos obesos e com sobrepeso tendem a evitar a atividade física, falhando em alcançar as metas dos regimes prescritos com taxas de insucesso entre 71% e quase 100% (27). Em estudos de base populacional avaliando medidas objetivas (acelerometria) encontra-se que o tempo gasto com atividade física diária em intensidades moderada e vigorosa alcançam apenas 17,3 minutos e 3,2 minutos, respectivamente (28) e que mulheres realizam ainda menos, apenas 13,8 minutos em intensidade moderada e 10,2 segundos de atividade física vigorosa, enquanto que homens alcançam 23,4 minutos e 36 segundos, respectivamente. (29).

Além disso, estudos tem demonstrado que a falta de aderência e taxas de desistência em programas prescritos com demandas ainda menores que as atuais recomendações (30 min/dia de atividade física moderada) estão diretamente associadas ao peso e a composição corporal, sendo a efetividade desses programas ainda menor entre mulheres obesas ou com sobrepeso (30). Sensações subjetivas relacionadas às experiências ao se exercitar parecem ter grande importância na compreensão do porquê as pessoas que mais precisam se exercitar são exatamente aquelas que menos o fazem. Essas sensações são influenciadas pelo estresse, esforço percebido, resposta afetiva, dispneia, dor muscular, entre outros fatores

(17)

durante a sessão de exercício (27). O desconforto gerado por razões psico-fisiológicas e biomecânicas, pode reduzir o prazer ao se exercitar e influenciar negativamente a experiência afetiva associada ao exercício (31).

Uma crescente base empírica vem sugerindo que a atividade física realizada em intensidade autosselecionada representa uma alternativa válida aos modelos tradicionais impostos ao reduzir o impacto de tais sensações subjetivas (29). O exercício em intensidade autosselecionada representa um modo de prescrição no qual o participante pode escolher a que intensidade preferida em se exercitar e a escolha nesse contexto está ligada à motivação intrínseca necessária para persistir em continuar se exercitando até a cronicidade (30, 31). A teoria da autodeterminação explica essa ligação já que evidencia melhorias na autonomia e bem-estar e ajuda a promover mudanças comportamentais sustentáveis (32). Além disso, evidências tanto laboratoriais quanto ecológicas demonstram que indivíduos que se exercitam em intensidade autosselecionada experimentam sensações de prazer ao mesmo tempo que alcançam níveis de intensidade de exercício necessários para desenvolver aderência ao programa de condicionamento e adaptações fisiológicas que levam a melhorias na saúde de forma geral (33, 34).

Diante deste cenário, o presente estudo pretende responder às seguintes questões: i) medidas de estresse fisiológico variam entre os níveis de obesidade? ii) Até que ponto as medidas antropométricas se relacionam com disfunções autonômicas? iii) Como se comportam os marcadores psicofisiológicos durante 60 min de exercício aeróbio em intensidade autosselecionada? iv) Qual o impacto agudo de uma sessão de exercício de 60 min em marcadores de estresse muscular, inflamação, dano muscular e dor muscular de início tardio em intensidade autosselecionada? v) Existem diferenças nas variáveis psicofisiológicas, hormonais, inflamatórias, de dano e dor muscular de início tardio quando comparados o modelo tradicional e o modelo autosselecionado na prescrição de intensidade até 72h pós-intervenção?

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3. JUSTIFICATIVA

Ainda existem lacunas a serem preenchidas na compreensão da associação entre a obesidade e os desequilíbrios autonômicos no controle cardíaco e do papel que o modelo autosselecionado de controle de carga pode ter na solução do impasse necessidade-possibilidade de realizar atividade física suficiente para saúde.

A obesidade está associada a disfunções cardiovasculares por meio de diversos mecanismos, entre eles os ajustes autonômicos do metabolismo e os processos inflamatórios de base. A esse respeito, as evidências até o momento apontam para uma associação entre desequilíbrios autonômicos e obesidade em populações com morbidades associadas, como diabetes tipo II, hipertensão arterial e dislipidemias. No entanto, ainda são escassas evidências de associações na população saudável e assintomática.

A totalidade dos estudos que envolvem o exercício em intensidade autosselecionada se concentra em sessões muito curtas de exercício (20 a 30 min), apenas a metade do que é recomendado para emagrecimento e gerenciamento de peso, ou então em testes máximos e submáximos de capacidade aeróbica como modelos experimentais. Além disso, até o momento, as investigações focaram apenas em aspectos psicofisiológicos (afeto, percepção subjetiva de esforço, intensidade escolhida). Assim, se torna importante investigar essas mesmas respostas em uma sessão de exercício que atenda aos guidelines aceitos para emagrecimento e gerenciamento de peso. Também é importante investigar aspectos essenciais ao início de um programa de promoção a saúde centrado na atividade física que ainda não foram explorados, tais como estresse percebido, dano muscular, inflamação e dor muscular de início tardio uma vez que podem influenciar a aderência inicial às sessões de exercício físico antes que se estabeleça a cronicidade desse comportamento.

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4. OBJETIVOS

4.1. OBJETIVO GERAL

Avaliar variáveis psicofisiológicas, endócrinas e inflamatórias em resposta a uma sessão aguda de exercício aeróbio em intensidade imposta e autosselecionada em mulheres obesas sedentárias.

4.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) Caracterizar a amostra em termos de perfil autonômico e marcadores antropométricos de risco cardiometabólico;

b) Avaliar associações entre variáveis antropométricas, marcadores bioquímicos e função autonômica do controle cardíaco;

c) Avaliar se mulheres obesas sedentárias alcançam a intensidade recomendada para gerenciamento de peso e emagrecimento durante 60 minutos de exercício aeróbio em ritmo autosselecionado, comparando esses resultados aos alcançados quando seguem as recomendações oficiais;

d) Caracterizar o padrão de respostas afetivas e de percepção de esforço durante a sessão de exercício em intensidade autosselecionado e comparar essas variáveis entre os modelos de aplicação de carga;

e) Analisar o impacto da intervenção em marcadores de estresse, dano e dor muscular de início tardio até 72h pós-intervenção, comparando os dois modelos de aplicação de carga.

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5. MÉTODOS

5.1. DELINEAMENTO DA PESQUISA

A pesquisa foi conduzida em duas fases distintas: a primeira foi realizada a partir do método descritivo, com desenho transversal; e a segunda, caracterizada como pesquisa experimental, por meio de um ensaio clínico paralelo randomizado, controlado e unicego. Na primeira fase exploramos características amostrais relativas às variáveis de interesse e avaliamos possíveis associações entre essas variáveis e desfechos de risco cardiometabólico. Na fase experimental comparamos os efeitos psicofisiológicos, bioquímicos, hormonais e inflamatórios de dois modos de prescrição de intensidade de exercício aeróbio. A Figura 1 mostra o fluxograma do estudo. 5.2. PARTICIPANTES

As participantes desse estudo foram recrutadas no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) e em outros ambientes universitários da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), na comunidade por convites verbais, panfletos e mídia social. Incluímos no estudo mulheres inativas (<150min/semana de atividade física moderada, definido por meio do IPAQ) para o estudo descritivo e selecionamos intencionalmente as obesas (>40% de gordura corporal confirmados pela absortometria de dupla energia de raios-X) para a fase experimental. Para ambos os estudos as voluntárias eram aparentemente saudáveis e sem histórico de complicações cardíacas ou metabólicas, na faixa etária entre 18 e 45 anos, não deveriam usar medicamentos conhecidos por influenciar variáveis de desfecho; não estar grávida ou na menopausa. Foram excluídas as voluntárias que não atenderam às orientações prévias ou durante o estudo, ou no caso de ausência de duas ou mais coletas agendadas.

Para o cálculo do tamanho amostral usamos duas abordagens distintas aplicadas ao software G*Power (versão 3.1.9.2, Universidade de Kiel, Alemanha). Para o estudo transversal a amostra foi estimada em 61 voluntárias assegurando um coeficiente de correlações de Pearson r = 0,256, α = 0,05 e poder estatístico 0,95 (32) para todas as variáveis de desfecho. Para a fase experimental o tamanho da amostra foi determinado a priori por meio de estudo piloto (Figura 2) em 44 participantes (22 em cada grupo), garantindo um tamanho de efeito médio entre as variáveis de η2 = 0,377, significância estatística de α = 0,05, potência 0,865, Fcrítico = 4,072 e graus de liberdade

(21)

1 e 42 (32, 33). Na segunda abordagem, asseguramos que o tamanho amostral de n = 46 (23 em cada grupo) garantiu 99% de chance das margens de erro dos intervalos de confiança de 95% estimados não ultrapassaram 0,4 desvios-padrão na população alvo, estimativa baseada em uma correlação entre as medidas de desfecho pré- e pós-intervenção de 0,7 em todas as variáveis de interesse (34). As participantes foram informadas sobre os benefícios e riscos envolvidos no estudo antes de serem convidadas a assinar o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE, Apêndice A).

O TCLE e o protocolo de pesquisa foram delineados conforme as diretrizes propostas na Declaração de Helsinki como revisada em 2013 e pela Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde sobre pesquisas envolvendo seres humanos e aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (nº 0153.0.051.000-09, Anexo A). O estudo está devidamente cadastrado no Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (RBR-4w6yh4/).

5.3. COLETA DE DADOS

O estudo incluiu oito visitas das participantes ao Laboratório de Pesquisa Clínica e Epidemiológica do HUOL (PESQCLIN/HUOL), nas quais foram realizadas as seguintes ações: (i) triagem inicial das voluntárias elegíveis; (ii) avaliação antropométrica e sessão de familiarização com os instrumentos e equipamentos; (iii) avaliação da composição corporal; (iv) teste máximo de capacidade aeróbica e ecocardiograma; (v) sessão aguda de caminhada na esteira com coletas de marcadores pré e pós-intervenção; (vi) coletas de marcadores de estresse, inflamação, dano e dor muscular 24h pós-intervenção; (vii) marcadores de dor e dano muscular 48h intervenção; (viii) marcadores de dor e dano muscular 72h pós-intervenção.

Inicialmente as participantes foram avaliadas por meio do International Physical Activity Questionnaire (35), Anexo D. Em seguida, responderam a anamnese e questionários para identificação do perfil sociodemográfico e características clínicas. Todas as medidas antropométricas foram tomadas de acordo com as normas propostas pelo American College of Sports Medicine (ACSM) e incluíram massa corporal (kg), estatura (cm), circunferência abdominal (CA, em cm), circunferência da cintura (CC, em cm) e circunferência do quadril (CQ, em cm). A obesidade e a

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distribuição central do tecido adiposo foram expressas como índice de massa corporal (IMC, em kg/m2), relação cintura-quadril (RCQ) e relação cintura-estatura (RCE). A composição corporal foi avaliada com a mensuração do percentual de gordura corporal total e pelo percentual de gordura central (tronco), investigados pela absortometria de dupla energia de raios-X (DEXA, GE Healthcare Lunar DXA Systems, Madinon, USA).

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Após a triagem, por ocasião da segunda visita ao laboratório, as participantes receberam informações sobre o equipamento e sobre o uso da escala de percepção subjetiva de esforço (PSE, Anexo B) de Borg (36) e da escala de valência afetiva (VA, Anexo C) (37) e foram submetidas a uma sessão de familiarização com caminhada de 8 min na esteira para esse fim. No dia da intervenção a escala de esforço percebido de 15 pontos (6-20) foi utilizada para mensurar a PSE durante a sessão aguda de exercício aeróbio sendo aplicada a cada cinco minutos. Nesta escala, os descritores verbais variam de "muito, muito leve" a "muito, muito pesado". A VA de 11 pontos, variando de -5 à +5, foi empregada para mensurar a dimensão afetiva de prazer/desprazer e também foi aplicada a cada cinco minutos. Esta escala possui descritores verbais entre "pouco prazer" a "muito prazer", com um ponto zero "neutro".

O teste máximo de capacidade aeróbica foi agendado para a semana seguinte mais próxima com o fim de determinar o consumo máximo de oxigênio (VO2Máx), frequência cardíaca máxima (FCMáx), limiar ventilatório (LV), pondo de compensação respiratória (RER) e para definir as âncoras perceptuais inferiores e superiores para a PSE. O protocolo incremental iniciou após dois minutos de aquecimento a uma velocidade de 3,6 km/h sem inclinação. Houve a progressão em estágios de dois minutos com aumentos consecutivos de velocidade (0,6 km/h) e inclinação (2%) até a exaustão voluntária. Um eletrocardiograma de 12 derivações foi continuamente monitorado durante o teste (Micromed® Elite, Brasília, Brasil). O consumo de oxigênio, liberação de gás carbônico e a ventilação minuto foram acessadas por meio do ar expirado com sistema de testes VO2000 VO2 (MedGraphics®, St. Paul, USA) a cada 20 segundos durante o teste. O VO2Máx foi determinado na presença de pelo menos um dos seguintes critérios: presença de troca respiratória > 1,1; platô de consumo de oxigênio; ou exaustão voluntária. O LV foi determinado quando VE/VO2 e PETO2 aumentavam, enquanto VE/VCO2 e PETCO2 permanecessem estáveis. O RER foi determinado no momento em que VE modificou de forma não proporcional ao VCO2 (exemplo aumento sistemático no VE/VCO2) com redução consequente do PETCO2(38).

A medida da gordura epicárdica (GE) foi realizada na parede livre do ventrículo direito a partir da vista do eixo longo paraexternal (39). A GE foi identificada como um espaço hipoecoico nas camadas pericárdicas na ecocardiografia bidimensional e sua espessura foi medida perpendicularmente à parede ventricular ao final das diástoles

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de três ciclos cardíacos (média usada para análise estatística). Para padronizar os pontos de mensuração entre dois observadores cardiologistas treinados, usamos o anel valvar aórtico como referência anatômica (40). Os coeficientes de correlação intra e inter avaliadores foi de 0,94 e 0,90, respectivamente.

Todas as visitas ocorreram entre 8h e 10h da manhã para minimizar influências circadianas e em condições ambientais similares (humidade 50% ±15,90 e temperatura 20°C ±2.93). As participantes do estudo foram instruídas a se absterem de atividade física moderada ou vigorosa e produtos cafeinados desde o dia anterior à intervenção até a última coleta 72h depois. Além disso, foram instruídas a se absterem de álcool, a manterem suas rotinas dietéticas e bons padrões de sono durante esse mesmo período.

Após essas avaliações e instruções iniciais, as participantes selecionadas foram randomizadas para ingresso em um dos grupos de intervenção, o grupo de intensidade imposta (GImp) e grupo de intensidade autosselecionada (GAuto). A randomização ocorreu através do uso de envelopes selados e numerados randomicamente por computador contendo o tipo de intervenção. Esses envelopes só foram abertos no dia agendado e na hora da intervenção de cada voluntária. Amostras de sangue foram coletadas para posterior análise dos biomarcadores pré-teste bem como medidas de limiar da percepção de dor localizada foram realizados por meio da algometria.

Intervalos consecutivos das curvas R-R foram registradas usando um monitor cardíaco (RS800CX, Polar Electro OY, Kempele, Finlândia). Após a colocação do sensor torácico, as participantes se deitaram em colchonetes confortáveis e foram solicitadas a respirar normalmente e relaxar. As coletas pré e pós-intervenção duraram pelo menos 10 minutos com cinco minutos de aclimatação ao ambiente e adaptação ortostática à posição supinada, seguidos de cinco minutos de gravações sem aviso prévio. Os intervalos inter batidas foram extraídos com software específico (Polar ProTrainer 5, 5.40.170, Polar Electro OY, Kempele, Finlândia). Em seguida, a detecção de artefatos foi realizada com algoritmo automático usado pelo software ARTiiFACT, versão 2.9, e foram processados com interpolação cúbica como proposto por Kaufman (41). Menos de 1% das batidas precisaram ser corrigidas. Finalmente, usamos o software Kubios HRV, versão 2.2 (Kubios OY, Kuopio, Finlândia), para

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computar medidas dos domínios de tempo e frequência, além de medidas não lineares da variabilidade da frequência cardíaca (VFC).

Ao término da intervenção, novo momento de repouso era cumprido com cinco minutos de adaptação ortostática à posição supinada para registros fisiológicos pós-teste. Em seguida, testes de percepção de dor e coletas de sangue pós-intervenção para comparação. Todos os procedimentos de coleta pós-intervenção foram repetidos 24h, 48h e 72h após a coleta inicial pré-teste.

5.3.1. Sessão de exercício aeróbio agudo

A sessão aguda de exercício aeróbio foi composta por 60 minutos de caminhada contínua para ambos os grupos, em esteira ergométrica. A cada cinco minutos de intervenção as participantes foram questionadas quanto à PSE e VA. Nestes mesmos momentos foi anotada velocidade da esteira. O GImp teve a velocidade de caminhada controlada pelos pesquisadores para manutenção da FC entre 64% e 76% da FCMáx, medida em teste ergoespirométrico como preconizado pelo ACSM (42). O GAuto realizou a sessão de exercício a uma intensidade autosselecionada. Esse grupo teve a liberdade para escolher manter, aumentar ou reduzir a velocidade da esteira a cada cinco minutos. A distância total percorrida registrada na esteira e o gasto calórico total fornecido pelo monitor cardíaco foram anotadas ao final da sessão de exercício. 5.3.2. Avaliação da dor por algometria

O limiar de dor muscular foi definido como a mínima pressão, aplicada com algômetro no ponto a ser avaliado, necessária para que haja mudança da sensação de dor (43). O algômetro de pressão é um dispositivo manual que consiste em um disco de borracha com 1cm2 de superfície ligada a uma haste de metal inserida em um medidor que grava a pressão exercida na superfície corporal em quilogramas (kg). Os limites de pressão são expressos em kg/cm2. A precisão das medidas é de 0.01kg/cm2 variando de 0 a 10 kg/cm2.

Os pontos escolhidos para aplicação do algômetro nas participantes foram: ventre muscular do quadríceps (músculo reto da coxa); ventre muscular dos músculos isquiotibiais (bíceps da coxa), ambos na altura do ponto mesofemural, no ventre muscular do gastrocnêmio e do músculo tibial anterior, ambos na altura do ponto de maior massa muscular (42).

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5.3.3. Dosagens bioquímicas

A coleta de sangue foi realizada no braço não dominante por punção da veia de melhor acesso. As amostras de sangue venoso foram coletadas antes do exercício (8:00, a coleta de 24h pós exercício foi realizada em jejum de 8h a 12h), após a sessão (antes das 10:00) e durante o follow-up (8:00) para acessar a glicemia, perfil lipídico, cortisol (estresse), proteína C reativa ultra sensível (hs-CRP, inflamação, apenas no GAuto), CK e LDH (dano muscular). Os valores considerados como padrão de normalidade: cortisol 5 a 25 µg/dL; hs-CRP 0 a 5 mg/L; CK 26 a 189 U/L; LDH 200 a 480 U/L. Glicemia, perfil lipídico, CK e LDH foram testados com analisador automático (Labmax Plenno, Labtest). Cortisol sérico foi avaliado por quimioluminescência com analisador automático (UnicelTM DxI, Beckman Coulter) e reagentes protocolares (Access Cortisol, Beckman Coulter, nº Cat. 33600). Hs-CRP foi avaliado por imunoturbidimetria e analisador automático (CMD 800iX1, Wiener Lab) e reagentes protocolares (PCR ultrasensible Turbitest AA, codeo 1683262, Wiener Lab). Todos os testes foram realizados segundo as normas propostas pelos fabricantes.

5.4. ANÁLISE ESTATÍSTICA

Menos de 2% dos dados coletados estavam ausentes, por ausência do teste ou falha técnica nos procedimentos de análise, e foram estimados por imputação múltipla como descrito por Schenker e colaboradores (44). Valores discrepantes foram identificados pelo método de rotulagem de valores extremos proposto por Hoaglin e Iglewicz (1987) e foram substituídos pelo maior ou menor valor mais próximo não considerado outlier como descrito na literatura anteriormente (45, 46). Estas técnicas preservam o poder estatístico dos testes para estimativas populacionais provenientes de amostras.

Antes de conduzir os testes de hipóteses, a normalidade dos dados foi avaliada com o teste de Shapiro-Wilk e considerada adequada a esses testes já que suas distribuições apresentaram assimetria e curtose abaixo de 2,0 e 9,0, respectivamente

(47). As exceções foram transformadas logaritmicamente com base 10 (variáveis de VFC pNN50, Total Power, LF(ms) e HF(ms)).

Na fase descritiva, testamos a hipótese de diferenças nas médias das medidas de modulação autonômica entre as categorias do IMC por meio de uma análise de

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variância (ANOVA). Aplicamos o teste de igualdade de médias de Welch quando a premissa de homogeneidade de variâncias não foi satisfeita. Aplicamos sequencialmente o teste de Fisher (least significant difference, LSD) para comparações pareadas entre os grupos. Realizamos regressões logísticas para testar se as medidas antropométricas poderiam estimar a presença de disfunção autonômica. Incluímos variáveis no modelo quando as análises univariadas retornaram uma significância estatística de p < 0,20. Variáveis foram removidas do modelo se não fossem significantes ou se não fossem confundidoras. A significância foi avaliada com ao nível de α = 0.100 e foi considerada variável de confusão aquelas que modificavam as estimativas em mais de 15% quando comparado ao modelo total. O ajuste do modelo final foi avaliado pelo teste de Hosmer-Lemeshow.

Na fase experimental, aplicamos análise de variância de design misto (Spli-Plot ANOVA) e testes t independentes para i) avaliar o efeito da intensidade do exercício na PSE, ES e intensidade relativa durante os 60 min de caminhada e ii) para testar o efeito da intervenção nas demais variáveis até 72h pós-intervenção. Realizamos comparações pareadas com a correção de Bonferroni para avaliar diferenças entre os pontos temporais de coleta de dados sempre que a ANOVA atingisse significância estatística. Reportamos os valores de F com a correção de Greenhouse-Geisser para ajustar os graus de liberdade quando a premissa de esfericidade foi violada.

O eta parcial ao quadrado (ηp2) foi usado como estimativa de tamanho de efeito, além do g de Hedges e o tamanho de efeito em linguagem comum (CL) como tamanhos de efeito padronizados como descritos por Lakens (48) com objetivo de facilitar a integração metanalítica de nossos dados e permitir conhecimento científico cumulativo sobre os efeitos da intensidade do exercício aeróbio dos diferentes modelos de prescrição sobre as variáveis de desfecho.

O presente estudo gerou a produção de três artigos, sendo um da fase observacional e dois da fase experimental, que serão apresentados na seção de Resultados.

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6. RESULTADOS

6.1. ARTIGO DO ESTUDO SECCIONAL 6.1.1. Descrição do periódico

O primeiro artigo foi publicado no Women & Health (ISSN: 0363-0242) um periódico na área de saúde da mulher com 10 números anuais indexado em várias bases, entre elas CINAHL, EBSCOhost Online Research Databases, MEDLINE/PubMed, OVID, PsycINFO, entre outras. O W&H tem fator de impacto 1.307 e recebeu avaliação B2 em Medicina II, A2 em Saúde Coletiva e B1 em Educação Física na classificação de periódicos do quadriênio 2013-2016.

6.1.2. Carta de aceite 11-Apr-2019

Dear Professor Soares:

Ref: CAN BODY MASS INDEX IDENTIFY CARDIAC AUTONOMIC DYSFUNCTION IN WOMEN WHO ARE APPARENTLY HEALTHY?”

Our referees have now considered your paper and have recommended publication in Women & Health. We are pleased to accept your paper with the edits tracked in the attached version, which will now be forwarded to the publisher for further copy editing and typesetting.

Once the Taylor & Francis production department receives and performs an initial check on your article, they will send you a link to complete your online article publishing agreement. This is an essential step. Your completed agreement must be accepted by the publisher before we can publish any version of your paper The publisher also requests that proofs are checked and returned within 48 hours of receipt.

Thank you for your contribution to Women & Health and we look forward to receiving further submissions from you.

Sincerely, Dr. Ellen Gold

Editor in Chief, Women & Health womenandhealth@ucdavis.edu

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6.2. PRIMEIRO ARTIGO DA FASE EXPERIMENTAL 6.2.1. Descrição do periódico

O segundo artigo foi publicado no Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research (ISSN: 2317-4404) um periódico multidisciplinar e trimestral produzido e distribuído pela Master Editora e indexado no Latindex, EBSCO host, DRJI e Periódicos CAPES. O BJSCR recebeu avaliação B5 em Medicina II e em Saúde Coletiva na classificação de periódicos do quadriênio 2013-2016.

6.2.2. Carta de aceite

--- Mensagem encaminhada ---

De: BJSCR - Braz. J. Surg. Clin. Res. <bjscr@mastereditora.com.br> Data: 5 de abril de 2018 10:38

Assunto: BJSCR: comunicado de publicação

Para: "BJSCR - Braz. J. Surg. Clin. Res." <bjscr@mastereditora.com.br> Prezado(a) Autor(a),

Informamos que seu mais recente artigo científico aprovado para publicação no periódico BJSCR - Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research, já está disponível online na edição 22(2)

Acesse o website da Master Editora: https://www.mastereditora.com.br/bjscr

================================================================ ===A Master Editora não faz oposição à divulgação de seu trabalho, ou do link de acesso deste nas redes sociais, desde que citada a fonte.

Não se esqueça de atualizar seu currículo Lattes, inserindo os dados de seu artigo recém publicado.

Para fins curriculares, o autor poderá imprimir o índice geral da edição 22(2) e o artigo na íntegra.

Agradecemos pela oportunidade de contato! Parabéns pela publicação!

Cordialmente,

Prof. Dr. Mário Neto Editor-Chefe BJSCR

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6.3. SEGUNDO ARTIGO DA FASE EXPERIMENTAL 6.3.1. Descrição do periódico

O segundo artigo será submetido European Journal of Applied Physiology (ISSN: print 1439-6319, internet 1439-6327) um periódico com foco na fisiologia integrativa e translacional humana e indexado em várias bases, entre elas CINAHL, EBSCOhost Online Research Databases, MEDLINE/PubMed, OVID, PsycINFO, entre outras. O EJAP tem fator de impacto 2.401 e recebeu avaliação B1 em Medicina II A1 em Educação Física na classificação de periódicos do quadriênio 2013-2016.

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7. COMENTÁRIOS, CRÍTICAS E CONCLUSÕES

O projeto inicial passou por adequações em função de fatores estruturais e de falta de recursos financeiros e de pessoal. Inicialmente a pesquisa iria englobar a medição de marcadores metabólicos, de estresse e de inflamação em resposta ao exercício aeróbio agudos em mulheres entre 18 e 45 anos de idade. Para execução deste projeto, no entanto, seria necessária a implantação de uma sala de exercícios físicos nas dependências do HUOL.

Ingressei no Doutorado em fluxo contínuo do Mestrado em agosto de 2013. Houve uma grande demora no processo de coleta de dados. Parte dessa demora foi devida à falta de equipamentos necessários para realização da intervenção baseada em exercícios físicos no PesqClin e fundos para custeio dos testes de laboratório. Além disso, a burocracia para liberação de testes e exames foi crescente com a passagem da administração do HUOL para a EBSERH. Outro fator estrutural foi a falta de equipamento e pessoal disponível para realização dos testes ergoespirométricos, situação que só foi sanada com a entrada em funcionamento do CORE em setembro de 2014. Esse equipamento ainda ficou fora de operação por quase um ano entre 2015 e 2016.

Mesmo tendo passado por tudo isso, consegui finalizar as coletas em 2017.1 e iniciei a redação dos artigos para publicação. Essas publicações expressam algumas adequações metodológicas ao projeto inicial pelo fato de buscar responder a mesma questão, porém, com um maior número de procedimentos e desfechos de interesse. Destacam-se as mensurações do cortisol plasmático, de dano muscular e de outras variáveis hematológicas e metabólicas, em resposta ao exercício aeróbio agudo, com intensidade imposta e autosselecionada. Os resultados e as reflexões oriundas desse projeto forneceram subsídio para novas pesquisas. Em especial, a replicação de nossa metodologia em outras populações, utilizando outros modos de intervenção (por exemplo, exercícios resistidos) e com desenhos de estudos mais robustos.

É importante ressaltar também a grande evolução intelectual nesta trajetória da realização do Doutorado, não apenas devido ao aumento nos conhecimentos acerca do papel dos exercícios físicos como terapia, mas, também, sobre o conhecimento de métodos de desenvolver e de aplicar os princípios da Saúde Baseada em Evidências, tão conhecidos e valorizados na medicina, para a área de Educação Física. Estes

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conhecimentos melhoraram muito a atividade docente e de orientação em pesquisa, exercida nos cursos de Bacharelado e de Licenciatura em Educação Física no Centro Universitário do Rio Grande do Norte (UNI-RN) e como professor substituto no Departamento de Saúde Coletiva (DSC) da UNFRN.

Ao longo do desenvolvimento do Doutorado as orientações realizadas como Docente no DSC/UFRN especialmente para os alunos do curso de Medicina, geraram diversas apresentações de recortes do estudo em congressos locais e nacionais. Essas produções refletem de maneira adequada o caráter multidisciplinar do presente estudo. Em especial, pelas contribuições pedagógicas e científicas aos graduandos orientados. Os certificados referentes a essas participações são mostrados nas Figuras 2 a 9.

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Figura 3. Trabalho apresentado em Jornada Estadual 2.

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Figura 5. Trabalho apresentado em Congresso Estadual 2.

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Figura 7. Trabalho apresentado em Congresso Brasileiro 2.

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Figura 9. Certificado Iniciação Científica.

7.1. CONCLUSÕES

As conclusões gerais da pesquisa realizada foram as seguintes: i) mulheres aparentemente saudáveis apresentam atividade parassimpática reduzida e desequilíbrio autonômico no controle cardíaco na medida em que se eleva a categoria do IMC; ii) pontos de corte do IMC 25 kg/m2 e 30 kg/m2 ajudam a identificar disfunções autonômicas em mulheres assintomáticas; iii) mulheres obesas inativas se exercitando em intensidade autosselecionada atingem as recomendações internacionais de prescrição de treinamento para emagrecimento e controle de peso no tocante a intensidade, velocidade, distância percorrida e percepção de esforço; iv) durante o exercício, atingem frequências cardíacas mais altas que no modelo imposto; v) experimentam mais prazer ao se exercitar que no modelo imposto; vi) apresentam moderado dano muscular 24h após a sessão do exercício, mesma resposta que no modelo imposto, e não apresentam variações em biomarcador inflamatório; e vii) experimentam redução do estresse equivalente ao modelo imposto.

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A aplicabilidade prática desse estudo reside na necessidade de intervenções eficazes para combater a pandemia de obesidade mundial com o auxílio da atividade física regular. Chamamos a atenção para o fato de que melhores experiências afetivas associadas ao exercício poderão influenciar positivamente a aderência a um estilo de vida mais ativo. A autodeterminação permite que mulheres obesas atinjam as recomendações internacionais de atividade física para emagrecimento e controle de peso por meio da liberdade de escolher a intensidade na qual se exercitarão. Assim, mesmo em ambientes onde o Profissional de Educação Física não esteja presente, a população em geral, especialmente a obesa, apresenta condições de autonomamente identificar qual intensidade escolher para uma sessão de exercício aeróbio e essa autonomia revela um potencial importante, que deve ser considerando, por estar provavelmente associada a comportamento mais ativo no futuro.

Finalmente, percebe-se por meio deste relato que realizar pesquisa no Brasil é desafiante. Existe capacidade intelectual e vontade de pesquisar. Porém, são necessários maiores investimentos, principalmente em infraestrutura laboratorial e insumos, por parte dos órgãos governamentais responsáveis, com o objetivo de criar as condições necessárias para que o Brasil conquiste tradição e excelência em sua produção científica.

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8. REFERÊNCIAS

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Referências

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