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Demografia de Serviços: contribuições para a demanda de telecomunicações

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Academic year: 2021

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Demografia de Serviços: contribuições para a demanda de

telecomunicações *

Simone J. S. de Azevedo♣♣

Palavras-chave: espaço intra-urbano, telecomunicações, demanda por serviços, geoprocessamento

Resumo

O objetivo deste trabalho é dar subsídios para avaliar a demanda por serviços de Telecomunicações na cidade de Campinas, utilizando dados provenientes dos Censos Demográficos. Analisaremos a distribuição e o perfil da população e dos domicílios de algumas regiões da cidade (renda, escolaridade, infra-estrutura do domicílio, composição familiar), comparando com a quantidade de linhas telefônicas e de computadores, buscando descobrir possíveis correlações entre, por exemplo, as diferentes composições familiares e a demanda por linhas telefônicas.

Atualmente, as empresas operadoras de telefonia fazem levantamentos de campo para coletar, por meio das fachadas e dimensões do terreno, as características físicas das edificações (tipo de acabamento, material utilizado na construção, jardins e áreas de recreação, entre outros). As informações coletadas são utilizadas para uma posterior classificação socioeconômica da edificação (A, B, C ou D) e para determinar seu tipo de uso (residencial ou comercial). Este tipo de procedimento além de apresentar alguns problemas como custo elevado, não leva em conta a composição familiar do domicílio ou perfil dos moradores.Consideramos muito importante levar em consideração estes dois últimos elementos para determinar a demanda por serviços. Deste modo, pretendemos apontar algumas contribuições que os dados do censo demográfico oferecem para estimar a demanda pelos serviços de telecomunicações e sobretudo a importância de se fazer um bom planejamento da demanda a fim de melhorar a qualidade e custo dos serviços, garantindo assim maior difusão do uso de tecnologias da informação. Esta difusão representa não apenas maior modernidade permitindo uma ampla integração da população na atual “Era da Informação”, mas também permite melhores possibilidades para a formação dos cidadãos, com a democratização do acesso aos serviços de telecomunicações.

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Trabalho apresentado no XIV Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em Caxambu-M G-Brasil, de 20 a 24 de setembro de 2004.

Mestranda em Demografia, Núcleo de Estudos de População (NEPO) – Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

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Demografia de Serviços: contribuições para a demanda de

telecomunicações *

Simone J. S. de Azevedo♣♣

Introdução

A acelerada e profunda mudança pela qual passou a sociedade brasileira nas últimas décadas, sobretudo a partir de 1970, resultou numa sociedade urbana “pobre e de consumo, heterogênea e desigual – na periferia da economia mundial crescentemente internacionalizada.” (FARIA, 1991). Inserida neste contexto das aglomerações urbanas brasileiras, a cidade de Campinas enfrenta “problemas urbanos e sociais (...) como segregação socioespacial, os problemas de moradia, desemprego, etc.” (CUNHA & OLIVEIRA, 2001)

Desta forma, o presente trabalho estudará o município de Campinas, pois trata-se de uma cidade com suficiente complexidade e heterogeneidade no padrão sociodemográfico de ocupação territorial para permitir caracterizações diferenciadas do espaço intra-urbano, possibilitando segmentações a fim de avaliar diferentes perfis de demanda por serviços de Telecomunicações.

No planejamento dos serviços de telefonia, as questões demográficas, como por exemplo: sua distribuição geográfica, densidade, mobilidade espacial, distribuição por faixa etária, taxas de natalidade, taxas de mortalidade, sexo, casamentos e arranjos familiares, grupos étnicos e grupos religiosos entre outras, são muito importantes, pois permitem que sejam analisadas a população e os domicílios a fim de planejar a demanda, o tipo e a infra-estrutura dos serviços a serem oferecidos.

Cabe ainda ressaltar, o alto custo despendido na implantação de uma rede de telecomunicações. Em função deste alto custo destaca-se a importância de uma estimativa precisa da demanda de mercado, pois o setor de engenharia utiliza as informações de mercado para realizar: planejamento técnico e estrutural detalhado, para especificar equipamentos de prédios, entre outros. Portanto, o planejamento errado da rede resulta na perda ou subutilização de um grande volume de investimentos.

A rede externa de telecomunicações corresponde à rede que está fora das Estações Telefônicas (prédio que abriga pelo menos uma central de comutação). Ela é composta de:

• Rede de canalização (rede formada por um conjunto de dutos enterrados e conectados à caixas subterrâneas)

*

Trabalho apresentado no XIV Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em Caxambu-M G-Brasil, de 20 a 24 de setembro de 2004.

Mestranda em Demografia, Núcleo de Estudos de População (NEPO) – Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

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• Rede aérea (rede de cabos suspensos)

• Rede subterrânea (rede dos cabos que passam pela rede de canalização)

Deste modo, este trabalho busca pensar o perfil da demanda por serviços e políticas públicas apontando algumas contribuições que os dados do Censo Demográfico oferecem para estimar a demanda pelos serviços de telecomunicações e sobretudo a importância de se fazer um bom planejamento da demanda a fim de melhorar a qualidade e custo dos serviços, garantindo assim maior difusão do uso de tecnologias da informação. Esta difusão representa não apenas maior modernidade permitindo uma ampla integração da população na atual “Era da Informação”, mas também permite melhores possibilidades para a formação dos cidadãos, com a democratização do acesso aos serviços de telecomunicações.

Telecomunicações: um breve histórico do caso brasileiro

A história das telecomunicações brasileiras tem início em 1877, quando D. Pedro II ordenou a instalação de linhas telefônicas interligando o Palácio do Quinta da Boa Vista às residências dos seus Ministros. De 1877 a 1972, as telecomunicações foram comandadas pela iniciativa privada que favoreceu apenas as classes mais privilegiadas da sociedade no acesso aos serviços de telefonia. Ressaltamos que em 1962 “o país contava com pouco mais de 1 milhão de telefones para uma população de mais de 70 milhões de habitantes. Mais de 900 concessionárias de serviços telefônicos operavam no país.”1

Em 1972, os serviços passaram para controle estatal:

11 de agosto de 1972 - A Lei 5.792 criou a Telebrás (Telecomunicações Brasileiras S/A) constituída somente em 09/11/1972. Holding de um sistema destinado, entre outras atividades, a coordenar todo o desenvolvimento das telecomunicações no país, sobretudo dos serviços locais, então caóticos e carentes de investimentos muito mais pesados que os investidos na infra-estrutura de longa distância. A Telebrás veio, portanto, preencher essa lacuna com a flexibilidade de uma organização empresarial privada, que implementasse a política geral de telecomunicações estabelecida pelo Ministério das Comunicações. A primeira grande tarefa da Telebrás foi a incorporação das operadoras locais e desta ação resultou o sistema Telebrás (STB), constituído de 22 subsidiárias e 4 associadas.( http://www.mct.gov.br. Acesso em: 18/03/2004)

Em 1995, o Brasil quebra o modelo monopolista de Telecomunicações e em 1997 é aprovada a:

“Lei Geral de Telecomunicações (LGT), que define as linhas gerais do novo modelo institucional e cria um órgão regulador independente, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A Lei Geral das Telecomunicações, aprovada em julho de 1997, traçava o novo modelo para as telecomunicações no Brasil. A base era a universalização dos serviços e a livre competição. Para facilitar a privatização, o Sistema Telebrás foi dividido em várias empresas. Na área de telefonia celular, as concessionárias estaduais foram agrupadas em oito holdings da banda A. Na área de telefonia fixa, as 26 operadoras estaduais foram agrupadas em três holdings regionais. A Embratel continuou atuando em todo o País com serviços de longa distância. .( http://www.mct.gov.br. Acesso em: 18/03/2004)

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A Anatel fiscaliza o cumprimento dos compromissos de qualidade e universalização dos serviços firmados pelas novas operadoras de telecomunicações. Ela também estabelece as regras para o setor de telecomunicações, fixa e controla tarifas dos serviços, além de atuar no sentido de conquistar potenciais investidores, nacionais e estrangeiros para garantir a livre competição no setor.

Em linhas gerais, o que ocorreu após a privatização das telecomunicações foi uma maior universalização do telefone com redução significativa do tempo de instalação das linhas. Até então, o telefone constituia-se em um bem de consumo caro e limitado para a grande parte da população.2

Os telefones celulares também tiveram grande expansão, sendo que em setembro de 2003 “o Brasil já registrava o maior número de celulares do que de linhas fixas: 40,1 milhões contra 39,1 milhões.”3 Porém as linhas fixas continuam tendo grande importância, pois têm

um custo tarifário menor e não apresentam problemas de cobertura de sinal, o que garante sua continuidade de uso.

Segundo a ANATEL:

No novo modelo das telecomunicações, tudo é planejado a longo prazo. Em 2005, o Brasil deve ter 116 milhões de telefones - 58 milhões de telefones fixos e 58 milhões de celulares. O Serviço Móvel Pessoal vai acelerar a competição na telefonia celular e todos os núcleos com mais de 100 habitantes terão telefones públicos - serão 1,642 milhão de orelhões pelo país afora. A TV paga deverá ter 16,5 milhões de assinantes. A Internet dará vez à Hipernet e com ela a uma série de serviços na velocidade da luz. Em 2005, 34 milhões de brasileiros deverão estar usando os serviços de dados. O padrão digital vai revolucionar a qualidade da TV e do rádio. Os avanços tecnológicos não serão mais privilégio de uma minoria. Todos os brasileiros estarão integrados à Sociedade da Informação e o País fará parte do seleto grupo do Primeiro Mundo na área de telecomunicações. (http://www.anatel.gov.br. Acesso em: 18/03/2004)

Elementos para a construção do perfil da demanda

Atualmente, as empresas operadoras de telefonia costumam fazer levantamentos de campo para coletar, por meio das fachadas e dimensões do terreno, as características físicas das edificações (tipo de acabamento, material utilizado na construção, jardins e áreas de recreação, entre outros). As informações coletadas são utilizadas para uma posterior classificação socioeconômica da edificação (A, B, C ou D) e para determinar seu tipo de uso (residencial ou comercial). Feito isto, é estimada uma quantia de telefones que estaria de acordo com a classificação socioeconômica da edificação e, de posse desta informação, estima-se para determinada região qual seria sua demanda por linhas telefônicas.

Este tipo de metodologia de trabalho, além de apresentar imprecisões no levantamento de campo, não considera a composição familiar do domicílio ou perfil de seus moradores na estimativa da demanda. Na tentativa de demonstrar a importância destes elementos para a estimativa da demanda, fizemos um recorte de 2 regiões da cidade de Campinas, diferentes quanto ao padrão sociodemográfico de ocupação territorial, para avaliar alguns dados demográficos.

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Não faz parte desta proposta de trabalho discutir questões referentes à problemática da privatização das telecomunicações, seus benefícios e prejuízos à sociedade brasileira.

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Estas regiões são apresentadas no Mapa 1 e foram delimitadas segundo alguns aspectos de heterogeneidade, resultando nas regiões: 1) Centro/Cambui - área mais consolidada na cidade e apresentando uma ocupação por camadas da população com renda mais elevada, sobretudo no Cambui e 2) Sudoeste – área de expansão recente marcada pela ocupação de população de baixa renda , com muitos loteamentos populares e invasões.4

Mapa 1

Regiões delimitadas no município de Campinas

Fonte: Eixos de rua - SANASA

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O processo de delimitação das regiões heterogêneas baseou-se no trabalho de CUNHA,2001; o qual investigou e apontou diferenças sociodemográficas nos espaço intra-ubano de Campinas.

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No desenvolvimento deste trabalho, utilizamos o Sistema de Informações Geográficas (SIG) - MapInfo. O SIG corresponde a um tipo de geotecnologia usada no campo de estudo do Geoprocessamento. Os SIGs são definidos de várias maneiras, mas em geral, todas têm algumas características em comum como: necessidade de meio digital (hardware, software); dados espacialmente referenciados e integrados com uma base; permitir armazenamento, manipulação, visualização e análise de objetos georreferenciados.

Calculamos para as regiões de interesse alguns dados demográficos, provenientes do Censo Demográfico de 2000.5 Ressaltamos que este trabalho representa um esforço inicial,

sendo que não tivemos oportunidade, ainda, de explorar profundamente as potencialidades dos resultados encontrados.

Deste modo, pela tabela 1, percebemos que a região 1 concentra 10,3% dos telefones e 15,6% dos computadores do município de Campinas, enquanto a região 2 apresenta 5% e 2,4% respectivamente. A região 1 apresenta 8,3 % dos domicílios particulares permanentes do município contra 7,5 da região 2, o que demonstra que a quantidade de domicílios está equilibrada entre regiões, mas a participação do número de telefones e computadores se faz bem maior (quase o dobro) na região 1 que caracteriza-se por um padrão de renda mais elevado. Porém a relação domicílio/ telefone deve ser feita com cuidado. Isto é comprovado pelo fato de ao dividirmos a quantidade de telefones por domicílio particular permanente encontramos 1,0 para o Centro/Cambui e 0,5 para o Sudoeste; para computadores os valores são de 0,5 e 0,1 respectivamente. Já ao dividirmos os telefones por pessoa encontramos 0,4 para o Cambui e 0,1 para o Sudoeste; para computadores temos 0,2 e 0,0 respectivamente. Assim, podemos destacar a relevância de se avaliar a demanda de telefones ou serviços de internet de alta velocidade, em função também do perfil das pessoas que habitam uma região e não apenas em função das características socioeconômicas dos domicílios ali presentes, pois quando avaliamos os dados por pessoas, percebemos que a diferença dos números entre regiões é menor, porém, como veremos mais adiante, as diferenças de infraestrutura dos domicílios, quantidade de moradores e faixa etária são significativas. Deste modo, a análise apenas pelas características do domicílio pode super estimar a demanda. A tabela 1 também nos permite destacar a verticalização da região Centro/Cambui, dado que 87,6% dos domicílios particulares permanentes desta área são do tipo apartamentos e 12,2% são do tipo casa. Para a região Sudoeste, os números praticamente se invertem sendo 84,3% casas e 13,8% apartamentos.

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Utilizamos os dados de domicílio, população, responsável e escolaridade por setor censitário e a quantidade de telefones e computadores por Área de Ponderação que constitui num agrupamento de setores censitários. “Setor censitário corresponde à menor unidade territorial para a qual são disponibilizados os Dados dos Censos Demográficos. Utilizados também como menor unidade para efeito de amostragem do levantamento censitário, costumam compreender uma área com mais ou menos 300 domicílios. Isso implica que suas dimensões territoriais variam segundo o grau de adensamento da cidade.” (CUNHA & OLIVEIRA, 2001) Para evitar imprecisões nos cálculos realizado pelo SIG, delimitamos as regiões de estudo segundo os polígonos das Áreas de Ponderação, o que pode ter distorcido um pouco a delimitação das áreas em função dos limites de bairros adotados pela população, por exemplo, a região do Centro/Cambui abrange um pedaço da Guanabara. Por outro lado, garantimos deste modo a confiabilidade dos dados.

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Tabela 1

Quantidade de telefones, computadores e características dos domicílios de Campinas – 2000

* representa o % em relação aos totais da própria região ou Município. Fonte: FIBGE - Censo Demográfico de 2000.

A tabela 2, contribui para se avaliar as desigualdades das duas regiões no tocante às questões de infraestrutura básica dos domicílios. Deste modo, percebemos que a rede de água e a coleta de lixo, embora apresentem valores menores na região Sudoeste, são serviços presentes para a maioria da população. O Centro/Cambui tem 100% dos seus domicílios particulares permanentes atendidos pela rede de água contra 97,4% para a região Sudoeste. Para a coleta de lixo por serviços de limpeza os números são 99% contra 87%. E como já apontado (CUNHA & OLIVEIRA, 2001) há uma quase universalização dos serviços de água e luz, sendo a coleta de esgoto um melhor indicativo para se apreender as carências da população.

Para a coleta de esgoto as regiões apresentam uma diferença maior do que o percebido quanto a água e coleta de lixo. O Centro/Cambui possui 99,7% dos domicílios particulares permanentes atendidos pela rede contra 67,2% da região Sudoeste. A quantidade de banheiros também ajuda a entender o padrão de ocupação das regiões, o Centro/Cambui possui 17,9% dos domicílios particulares permanentes com 3 banheiros, enquanto para a região Sudoeste este número é de 1,3%. Por estas informações confirmamos que as 2 regiões são bastante diferentes quanto as condições socioeconômicas da população.

% em relação ao município Região 1 Região 2 Município Centro/

Cambui %* Sudoeste %* Campinas %*

Centro/

Cambui Sudoeste Campinas Area(km²) 5,60 32,50

Telefones 22.357 10.836 217.630 10,3 5,0 100,0 Computadores 12.224 1.892 78.426 15,6 2,4 100,0 Telefones por Dom PP 1,0 0,5 0,8 100,0 Telefones por Pessoas 0,4 0,1 0,2 100,0 Computadores por Dom PP 0,5 0,1 0,3 100,0 Computadores por Pessoas 0,2 0,0 0,1 100,0 Pessoas 53.846 100 78.536 100 969.375 100 5,6 8,1 100,0 Pessoas - dom PP 53.263 98,9 78.238 100 959.483 99 5,6 8,2 100,0 Homens - dom PP 23.388 43,4 39.021 49,7 464.961 48,0 5,0 8,4 100,0 Mulheres - dom PP 29.875 55,5 39.217 49,9 494.522 51,0 6,0 7,9 100,0 Domicílios 23.869 21.494 290.760 8,2 7,4 100,0 Domicílios particulares 23.510 21.453 284.431 8,3 7,5 100,0

Dom Particulares Permanentes (Dom PP) 23.456 100 21.384 100 283.444 100 8,3 7,5 100,0

Dom PP - casa 2.869 12,2 18.031 84,3 221.629 78 1,3 8,1 100,0 Dom PP - apartamento 20.546,0 87,6 2.942,0 13,8 59.743 21,1 34,4 4,9 100,0 Dom PP - comodo 41 0,2 411 1,9 2.069 0,7 2,0 19,9 100,0 Município Região 2 Região 1 Domicílios Pessoas

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Tabela 2

Características dos domicílios ( água, saneamento e coleta de lixo), Campinas – 2000

*representa o % em relação aos totais da própria região ou Município. Fonte: FIBGE - Censo Demográfico de 2000.

A tabela 3, demonstra que a região Sudoeste tem um peso maior na participação do total da população do município 8,1% contra 5,6% do Centro/Cambui. Já na questão da quantidade de moradores o Centro/Cambui apresenta 64,7% dos domicílios particulares permanentes com 1 morador ou 2 moradores. Na região Sudoeste são apenas 24,5%. Isto implica que o padrão de ocupação do Centro/Cambui revela-se de poucos moradores, o que está de acordo com o já conhecido fato de que famílias de renda mais alta tendem a apresentar menor fecundidade e vice versa. Assim, para as populações de mais baixo estrato socioeconômico

“(...) várias questões – entre elas o acesso inadequado (ou, às vezes, não acesso) aos serviços de saúde, o baixo nível de informação sobre métodos contraceptivos, questões relativas as questões de gênero, etc. – fazem com que a população apresente, de maneira geral, um número médio de filhos maior, o que se reflete em sua estrutura etária mais jovem.” (CUNHA & OLIVEIRA, 2001)

A diferença da quantidade de filhos por região revela-se no fato de que para o Centro/Cambui temos 26,4% das pessoas nesta condição em relação ao responsável do domicílio contra 44% na região Sudoeste.

Região 1 Região 2 Município Centro/

Cambui %* Sudoeste %* Campinas %*

Centro/

Cambui Sudoeste Campinas Dom PP - água/rede geral 23.452 100,0 20.830 97,4 273.147 96,4 8,6 7,6 100,0

Dom PP - água/poço ou nascente (na propriedade) 4 0,0 182 0,9 7.252 2,6 0,1 2,5 100,0

Dom PP - água/outra forma

- - 372 1,7 3.042 1,1 - 12,2 100,0

Dom PP - sem banheiro ou sanitário 51 0,2 175 0,8 986 0,3 5,2 17,7 100,0

Dom PP - com banheiro 23.309 99,4 20.480 95,8 279.885 98,7 8,3 7,3 100,0

Dom PP - com banheiro ou sanitário/esgotamento

sanitário/rede geral de esgoto ou pluvial 23.391 99,7 14.378 67,2 241.826 85,3 9,7 5,9 100,0

Dom PP - com banheiro ou sanitário/esgotamento

sanitário/fossa séptica 9 0,0 1.848 8,6 14.657 5,2 0,1 12,6 100,0

Dom PP - com banheiro ou sanitário/esgotamento

sanitário/fossa rudimentar 4 0,0 2.893 13,5 15.786 5,6 0,0 18,3 100,0

Dom PP - com banheiro ou sanitário/esgotamento

sanitário/vala 1 0,0 511 2,4 1.867 0,7 0,1 27,4 100,0

Dom PP - com banheiro ou sanitário/esgotamento

sanitário/rio, lago ou mar - - 1.444 6,8 7.511 2,6 - 19,2 100,0

Dom PP - com banheiro ou sanitário/esgotamento

sanitário/outro escoadouro - - 135 0,6 808 0,3 - 16,7 100,0 Dom PP - 1 banheiro 10.372 44,2 17.787 83,2 185.395 65,4 5,6 9,6 100,0 Dom PP - 2 banheiros 6.772 28,9 2.363 11,1 60.576 21,4 11,2 3,9 100,0 Dom PP - 3 banheiros 4.194 17,9 270 1,3 22.819 8,1 18,4 1,2 100,0

Dom PP - 4 banheiros ou mais

1.971 8,4 60 0,3 11.095 3,9 17,8 0,5 100,0

Dom PP - sem banheiro

147 0,6 904 4,2 3.556 1,3 4,1 25,4 100,0

Dom PP - destino do lixo/coletado

23.454 100,0 20.539 96,0 278.596 98,3 8,4 7,4 100,0

Dom PP - destino do lixo/coletado por serviço de

limpeza 23.233 99,0 18.611 87,0 270.538 95,4 8,6 6,9 100,0

Região 1 Região 2 Município

% em relação ao município

Domicílios Particulares Permanentes (Dom PP) -

Banheiros/ Lixo

Domicílios Particulares

Permanentes (Dom

PP) - Água

Domicílios Particulares Permanentes (Dom PP) -

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Tabela 3

Características das pessoas, quantidade de moradores dos domicílios particulares permanentes (Dom PP) e pessoas responsáveis pelos Dom PP, Campinas – 2000

* representa o % em relação aos totais da própria região ou Município. Fonte: FIBGE - Censo Demográfico de 2000.

A tabela6 4, demonstra as diferenças das regiões quanto ao envelhecimento. A região do Centro/Cambui possui 19,1% de pessoas com menos de 20 anos contra 41,2 da região Sudoeste. Em relação as pessoas mais velhas os números são de 13,5% e 2,8% respectivamente, para as pessoas com mais de 65 anos de idade.7 É importante levar em conta a estrutura etária da população para se pensar na demanda por serviços, sendo que o “envelhecimento crescente da população urbana brasileira terá, certamente, importantes efeitos sobre a estrutura social das cidades, alguns dos quais têm sido analisados por Elza Berquó.8” (FARIA,1991)

6

Em função da limitação dos dados por setor censitário não foi possível fazer pirâmides etárias.

7

Sobre a questão dos idosos morarem, em geral, nas áreas mais consolidadas e centrais da cidade ver (CUNHA & OLIVEIRA, 2001).

8

“Elza Berquó tem estudado o impacto desse envelhecimento conjugado com outros fatores, como a maior esperança de vida das mulheres e os padrões prevalecentes de nupcialidade em termos de idade e sexo. O crescimento no número de domicílios unipessoais de pessoas idosas, sobretudo mulheres é uma das conseqüências previsíveis. As implicações sociais dessa mudança são fáceis de perceber.” (FARIA,1991)

% em relação ao município Região 1 Região 2 Município Centro/

Cambui %* Sudoeste %* Campinas %*

Centro/

Cambui Sudoeste Campinas Pessoas 53.846 100 78.536 100 969.375 100 5,6 8,1 100,0 Pessoas - dom PP 53.263 98,9 78.238 100 959.483 99 5,6 8,2 100,0 Homens - dom PP 23.388 43,4 39.021 49,7 464.961 48,0 5,0 8,4 100,0 Mulheres - dom PP 29.875 55,5 39.217 49,9 494.522 51,0 6,0 7,9 100,0 Dom PP - 1 morador 8.156 34,8 1.671 7,8 31.435 11,1 25,9 5,3 100,0 Dom PP - 2 moradores 7.024 29,9 3.562 16,7 58.002 20,5 12,1 6,1 100,0 Dom PP - 3 moradores 3.892 16,6 5.246 24,5 66.392 23,4 5,9 7,9 100,0 Dom PP - 4 moradores 3.020 12,9 5.264 24,6 68.112 24,0 4,4 7,7 100,0 Dom PP - 5 moradores 1.037 4,4 3.181 14,9 35.322 12,5 2,9 9,0 100,0 Dom PP - 6 moradores 240 1,0 1.399 6,5 14.243 5,0 1,7 9,8 100,0 Dom PP - 7 moradores 52 0,2 565 2,6 5.412 1,9 1,0 10,4 100,0 Dom PP - 8 moradores 19 0,1 268 1,3 2.340 0,8 0,8 11,5 100,0 Dom PP - 9 moradores 9 0,0 115 0,5 1.087 0,4 0,8 10,6 100,0

Dom PP - 10 moradores ou mais 7 0,0 113 0,5 1.096 0,4 0,6 10,3 100,0

Pessoas - relação com a pessoa responsável pelo domicílio/pessoa

responsável 23.561 43,8 21.453 27,3 284.590 29,4 8,3 7,5 100,0

Pessoas - relação com a pessoa responsável pelo

domicílio/cônjuge, companheiro(a) 10.295 19,1 15.719 20,0 195.558 20,2 5,3 8,0 100,0

Pessoas - relação com a pessoa responsável pelo

domicílio/filho(a), enteado(a) 14.216 26,4 34.559 44,0 389.738 40,2 3,6 8,9 100,0

Pessoas - relação com a pessoa responsável pelo domicílio/pai,

mãe, sogro(a) 805 1,5 914 1,2 14.430 1,5 5,6 6,3 100,0

Pessoas - relação com a pessoa responsável pelo

domicílio/neto(a), bisneto(a) 730 1,4 2.079 2,6 30.424 3,1 2,4 6,8 100,0

Pessoas - relação com a pessoa responsável pelo domicílio/irmão,

irmã 1.132 2,1 1.169 1,5 14.114 1,5 8,0 8,3 100,0

Pessoas - relação com a pessoa responsável pelo domicílio/outro

parente 973 1,8 2.189 2,8 25.375 2,6 3,8 8,6 100,0

Pessoas - relação com a pessoa responsável pelo

domicílio/agregado(a) 437 0,8 256 0,3 4.088 0,4 10,7 6,3 100,0

Pessoas - relação com a pessoa responsável pelo

domicílio/pensionista 1.031 1,9 133 0,2 2.933 0,3 35,2 4,5 100,0

Pessoas - relação com a pessoa responsável pelo

domicílio/empregado(a) doméstico(a) 328 0,6 22 0,0 1.779 0,2 18,4 1,2 100,0

Pessoas - relação com a pessoa responsável pelo

domicílio/parente do(a) empregado(a) doméstico(a) 30 0,1 2 0,0 179 0,0 16,8 1,1 100,0

Pessoas - relação com a pessoa responsável pelo

domicílio/individual em domicílio coletivo 308 0,6 41 0,1 6.167 0,6 5,0 0,7 100,0

Região 1 Região 2 Município

Pessoas

Pessoas respons. pelos dom PP

Domicílios Particulares Permanentes (Dom PP) -

(10)

10

Assim, também consideramos importante avaliar nas estimativas de demanda para serviço de telecomunicações a estrutura etária, pois os adolescentes tendem a utilizar mais o telefone e fazem maior uso de computadores/internet, enquanto o inverso ocorre com os idosos. Para este trabalho, em função da forma de divulgação dos dados pela FIBGE, não foi possível fazer a composição das famílias por setor censitário para avaliar melhor a relação entre arranjos familiares, ciclo vital e demanda por telefones. Porém, esta é uma questão que merece ser melhor analisada e com a qual pretendemos ainda nos aprofundar.

Tabela 4

Pessoas por Faixa Etária, Campinas – 2000

* representa o % em relação aos totais da própria região ou Município. Fonte: FIBGE - Censo Demográfico de 2000.

A tabela 5, revela que em relação aos anos de estudo das pessoas responsáveis pelos domicílios particulares permanentes, as diferenças entre as regiões são grandes, dado que para o Centro/Cambui 24,7% possuem 15 anos de estudo ou mais contra 1% da região Sudeste. Os dados de renda também são significativos, pois a renda nominal mensal das pessoas responsáveis no Centro/Cambui está em sua maioria na faixa acima de 20 salários mínimos - 28,9% contra 0,7% para a região Sudoeste. Esta última apresenta a maioria dos responsáveis 21,8% na faixa de 3 a 5 salários mínimos.

A tabela 6, apresenta um esforço inicial e reconhecidamente sem robustez enquanto indicador demográfico de tentar avaliar as composições familiares, dado que como já citado, não foi possível reconstruir sua composição por setor censitário. Deste modo, fizémos uma simples relação de “Responsável por Cônjuge” e “Filhos por responsável”para se ter uma idéia das famílias. Os números encontrados demonstram que para o Centro/Cambui há 1,6 filho por responsável e 2,3 responsável por cônjuge contra 1,4 e 1,6 respectivamente para o Sudoeste. Estas informações podem servir de indicativo dos diferentes tipos de famílias que habitam as regiões, havendo no Centro/Cambui maiores indícios (por estes indicadores e pelos outros dados já apresentados) de que a área é ocupada tipicamente por famílias nucleares e com poucos ou nenhum filho, enquanto no Sudoeste o número de filhos é maior e de famílias nucleares possivelmente é menor.

% em relação ao município Região 1 Região 2 Município Centro/

Cambui %* Sudoeste %* Campinas %*

Centro/

Cambui Sudoeste Campinas Pessoas - 0 a 4 anos de idade 2.143 4,0 8.974 11,4 75.057 7,7 2,9 12,0 100,0

Pessoas - 5 a 9 anos de idade 1.986 3,7 8.129 10,4 75.460 7,8 2,6 10,8 100,0

Pessoas - 10 a 14 anos de idade 2.441 4,5 7.687 9,8 82.086 8,5 3,0 9,4 100,0

Pessoas - 15 a 19 anos de idade 3.726 6,9 7.594 9,7 90.407 9,3 4,1 8,4 100,0

Pessoas - 20 a 24 anos de idade 5.609 10,4 8.188 10,4 94.476 9,7 5,9 8,7 100,0

Pessoas - 25 a 29 anos de idade 5.572 10,3 7.853 10,0 85.952 8,9 6,5 9,1 100,0

Pessoas - 30 a 34 anos de idade 4.811 8,9 7.217 9,2 81.871 8,4 5,9 8,8 100,0

Pessoas - 35 a 39 anos de idade 4.697 8,7 5.995 7,6 78.376 8,1 6,0 7,6 100,0

Pessoas - 40 a 44 anos de idade 4.354 8,1 5.087 6,5 71.277 7,4 6,1 7,1 100,0

Pessoas - 45 a 49 anos de idade 3.845 7,1 3.860 4,9 59.602 6,1 6,5 6,5 100,0

Pessoas - 50 a 54 anos de idade 2.948 5,5 2.749 3,5 47.201 4,9 6,2 5,8 100,0

Pessoas - 55 a 59 anos de idade 2.346 4,4 1.748 2,2 35.054 3,6 6,7 5,0 100,0

Pessoas - 60 a 64 anos de idade 2.102 3,9 1.228 1,6 29.188 3,0 7,2 4,2 100,0

Pessoas - 65 a 69 anos de idade 1.976 3,7 917 1,2 22.990 2,4 8,6 4,0 100,0

Pessoas - 70 a 74 anos de idade 2.026 3,8 633 0,8 17.877 1,8 11,3 3,5 100,0

Pessoas - 75 a 79 anos de idade 1.553 2,9 379 0,5 11.305 1,2 13,7 3,4 100,0

Pessoas - 80 anos de idade ou mais 1.711 3,2 298 0,4 11.196 1,2 15,3 2,7 100,0

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Tabela 5

Pessoas responsáveis pelos domicílios particulares permanentes (Dom PP) por sexo, faixa etária, alfabetização, escolaridade e renda, Campinas – 2000

* representa o % em relação aos totais da própria região ou Município. Fonte: FIBGE - Censo Demográfico de 2000.

Tabela 6

Alguns indicadores, Campinas – 2000

Fonte: FIBGE - Censo Demográfico de 2000.

% em relação ao município Região 1 Região 2 Município Centro/

Cambui %* Sudoeste %* Campinas %*

Centro/

Cambui Sudoeste Campinas Pessoas respons pelos dom PP 23.456 100,0 21.384 100,0 283.441 100,0 8,3 7,5 100,0

Homens respons pelos dom PP 13.665 58,3 16.997 79,5 212.033 74,8 6,4 8,0 100,0

Mulheres respons pelos dom PP 9.791 41,7 4.387 20,5 71.408 25,2 13,7 6,1 100,0

Pessoas respons pelos dom PP/10 a 19 anos de idade 191 0,8 185 0,9 1.518 0,5 12,6 12,2 100,0

Pessoas respons pelos dom PP/20 a 29 anos de idade 4.013 17,1 4.771 22,3 40.003 14,1 10,0 11,9 100,0

Pessoas respons pelos dom PP/30 a 39 anos de idade 5.144 21,9 6.620 31,0 71.267 25,1 7,2 9,3 100,0

Pessoas respons pelos dom PP/40 a 49 anos de idade 4.871 20,8 5.121 23,9 69.210 24,4 7,0 7,4 100,0

Pessoas respons pelos dom PP/50 a 59 anos de idade 3.205 13,7 2.762 12,9 47.377 16,7 6,8 5,8 100,0

Pessoas respons pelos dom PP/60 a 69 anos de idade 2.567 10,9 1.287 6,0 31.465 11,1 8,2 4,1 100,0

Pessoas respons pelos dom PP/70 a 79 anos de idade 2.370 10,1 532 2,5 17.417 6,1 13,6 3,1 100,0

Pessoas respons pelos dom PP/80 anos de idade ou mais 1.095 4,7 106 0,5 5.184 1,8 21,1 2,0 100,0

Pessoas respons pelos dom PP -alfabetizadas 23.383 99,7 19.428 90,9 267.751 94,5 8,7 7,3 100,0

Homens respons pelos dom PP- alfabetizados 13.633 58,1 15.678 73,3 202.583 71,5 6,7 7,7 100,0

Mulheres respons pelos dom PP- alfabetizadas 9.750 41,6 3.750 17,5 65.168 23,0 15,0 5,8 100,0

Pessoas respons pelos dom PP- não alfabetizadas 73 0,3 1.956 9,1 15.690 5,5 0,5 12,5 100,0

Homens respons pelos dom PP- não alfabetizados 32 0,1 1.319 6,2 9.450 3,3 0,3 14,0 100,0

Mulheres respons pelos dom PP- não alfabetizadas 41 0,2 637 3,0 6.240 2,2 0,7 10,2 100,0

Pessoas respons pelos dom PP- sem instrução e menos de 1 ano

de estudo 127 0,5 1.954 9,1 16.603 5,9 0,8 11,8 100,0 Pessoas respons pelos dom PP- 1 ano de estudo 161 0,7 1.047 4,9 8.945 3,2 1,8 11,7 100,0

Pessoas respons pelos dom PP- 2 anos de estudo 142 0,6 1.193 5,6 10.364 3,7 1,4 11,5 100,0

Pessoas respons pelos dom PP- 3 anos de estudo 261 1,1 1.351 6,3 13.003 4,6 2,0 10,4 100,0

Pessoas respons pelos dom PP- 4 anos de estudo 1.619 6,9 4.212 19,7 50.839 17,9 3,2 8,3 100,0

Pessoas respons pelos dom PP- 5 anos de estudo 164 0,7 1.851 8,7 14.153 5,0 1,2 13,1 100,0

Pessoas respons pelos dom PP- 6 anos de estudo 164 0,7 1.078 5,0 8.535 3,0 1,9 12,6 100,0

Pessoas respons pelos dom PP- 7 anos de estudo 296 1,3 1.152 5,4 10.074 3,6 2,9 11,4 100,0

Pessoas respons pelos dom PP- 8 anos de estudo 1.398 6,0 3.242 15,2 34.892 12,3 4,0 9,3 100,0

Pessoas respons pelos dom PP- 9 anos de estudo 137 0,6 407 1,9 4.131 1,5 3,3 9,9 100,0

Pessoas respons pelos dom PP- 10 anos de estudo 301 1,3 479 2,2 5.562 2,0 5,4 8,6 100,0

Pessoas respons pelos dom PP- 11 anos de estudo 4.312 18,4 2.694 12,6 46.493 16,4 9,3 5,8 100,0

Pessoas respons pelos dom PP- 12 anos de estudo 536 2,3 97 0,5 3.323 1,2 16,1 2,9 100,0

Pessoas respons pelos dom PP- 13 anos de estudo 732 3,1 114 0,5 4.237 1,5 17,3 2,7 100,0

Pessoas respons pelos dom PP- 14 anos de estudo 1.155 4,9 107 0,5 5.506 1,9 21,0 1,9 100,0

Pessoas respons pelos dom PP- 15 anos de estudo 5.797 24,7 221 1,0 23.344 8,2 24,8 0,9 100,0

Pessoas respons pelos dom PP- 16 anos de estudo 3.572 15,2 89 0,4 13.065 4,6 27,3 0,7 100,0

Pessoas respons pelos dom PP- 17 anos de estudo ou mais 2.565 10,9 69 0,3 9.774 3,4 26,2 0,7 100,0

Pessoas respons pelos dom PP- rend nominal mensal - até 1/2

salário mínimo 5 0,0 113 0,5 555 0,2 0,9 20,4 100,0 Pessoas respons pelos dom PP- rend nominal mensal - mais de 1/2

a 1 salário mínimo 353 1,5 1.620 7,6 17.386 6,1 2,0 9,3 100,0 Pessoas respons pelos dom PP- rend nominal mensal - mais de 1 a

2 salários mínimos 608 2,6 3.314 15,5 29.089 10,3 2,1 11,4 100,0 Pessoas respons pelos dom PP- rend nominal mensal - mais de 2 a

3 salários mínimos 791 3,4 3.480 16,3 30.900 10,9 2,6 11,3 100,0 Pessoas respons pelos dom PP- rend nominal mensal - mais de 3 a

5 salários mínimos 2.274 9,7 4.668 21,8 51.601 18,2 4,4 9,0 100,0 Pessoas respons pelos dom PP- rend nominal mensal - mais de 5 a

10 salários mínimos 5.874 25,0 3.952 18,5 65.332 23,0 9,0 6,0 100,0 Pessoas respons pelos dom PP- rend nominal mensal - mais de 10

a 15 salários mínimos 3.073 13,1 653 3,1 20.903 7,4 14,7 3,1 100,0 Pessoas respons pelos dom PP- rend nominal mensal - mais de 15

a 20 salários mínimos 3.041 13,0 303 1,4 16.821 5,9 18,1 1,8 100,0 Pessoas respons pelos dom PP- rend nominal mensal - mais de 20

salários mínimos 6.771 28,9 154 0,7 27.937 9,9 24,2 0,6 100,0 Pessoas respons pelos dom PP- rend nominal mensal - sem rend 666 2,8 3.127 14,6 22.917 8,1 2,9 13,6 100,0

Pessoas respons pelos dom PP- sem rend e com rend 23.456 100,0 21.384 100,0 283.441 100,0 8,3 7,5 100,0

Região 1 Região 2 Município

Pessoas respons pelos dom PP -

Renda

Pessoas respons pelos dom PP - Alfabetização

Pessoas respons pelos dom PP - Escolaridade

Pessoas respons pelos dom PP

Pessoas respons pelos dom PP - Faixa Etária

Região 1 Região 2 Município Centro/

Cambui Sudoeste Campinas

Responsável por Conjuge 2,3 1,4 1,5

Filhos por responsável 0,6 1,6 1,4

(12)

12

Considerações finais

Este trabalho representou um esforço inicial de se pensar na importância da estimativa da demanda e planejamento dos serviços de telecomunicações, a partir do estudo de alguns dados que permitam avaliar composição familiar do domicílio ou perfil de seus moradores. Apresentamos assim, alguns dados que mostraram o quão diferenciadas são duas regiões da cidade em aspectos socioeconômicos e de infraestrutura dos domicílios. Porém a quantidade de telefones observados por pessoa em cada área não mostra a mesma magnitude de diferença. Isto levanta a questão de que apenas os aspectos socioeconômicos do domicílio - prática realizada hoje por muitas empresas operadoras de telefonia - não são suficientes para se estimar a demanda.

Segundo a Anatel, na telefonia fixa existe de um estoque ainda muito elevado de linhas instaladas mas não em serviço, entre de 7 a 8 milhões de linhas na prateleira, à espera de assinantes interessados ou que possam pagar a taxa de instalação para começar a usar os serviços.

“Para as grandes concessionárias, a única estratégia válida para acelerar a comercialização desse volume de linhas ociosas seria a adoção de planos agressivos, bem mais populares do que os atuais, como, por exemplo, o telefone fixo pré-pago. Ou ainda da oferta em condições especiais de preço e assinatura da segunda linha, destinada à comunicação de dados (internet e outras aplicações).A oferta de telefone fixo pré-pago traz maiores atrativos ao usuário de baixa renda, como o da classe D ou E, pois nessa modalidade o assinante pode controlar e planejar todos os seus gastos, sem a surpresa de contas inesperadas e sem se preocupar com as contas. Para que possa usar plenamente seu telefone, chamando e recebendo ligações, esse assinante só tem que abastecer sua linha com o crédito suficiente para falar. Uma receita típica dessa linha pode ficar por volta de R$ 20 mensais.Do lado das operadoras, as coisas também simplificam, pois elas não correm o risco da inadimplência, hoje por volta de 15 a 16%. Os custos operacionais também são menores, pois as operadoras não precisam emitir contas locais nem interurbanas.Falta ousadia – Há também outras estratégias que poderão ser adotadas, tais como a oferta da segunda ou terceira linha, tanto aos assinantes residenciais das classes A e B, quanto a profissionais liberais, pequenas e médias empresas. É estranho que as concessionárias não tenham feito até aqui nenhuma grande campanha nacional, com a oferta dessas linhas, de modo a baixar o estoque que hoje pesa financeiramente em seus custos, sem gerar qualquer renda.Cada nova linha que deixa a prateleira passa a gerar novas receitas, mesmo com margens menores, não apenas com as eventuais chamadas feitas, mas, especialmente, com as recebidas.” (http://www.anatel.gov.br. Acesso em: 18/03/2004)

Estes informações servem para pensarmos onde (em que áreas) se localizam as linhas instaladas mas não em serviço, pois este fato pode estar ocorrendo em função de erros no dimensionamento da demanda, gerando maiores custos para as concessionárias, os quais afetam a população através de tarifas mais caras e conseqüentemente menor acesso aos serviços.

Por fim, esperamos que uma investigação mais profunda da problemática aqui colocada possa contribuir para o planejamento de mais eficaz da demanda por serviços de telecomunicações e, sobretudo, garantir o acesso aos serviços de maneira socialmente mais justa. Acreditamos que o esforço inicial deste trabalho possa gerar questões e debates para

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seu melhor aperfeiçoamento e a respeito de se pensar o perfil da demanda por serviços e políticas públicas.

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Referências

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