UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE
SANTA CATARINA
~PROGRAMA
DE POS-GRADUAÇÃO
EM
ENGENHARIA DE
PRODUÇAO
MESTRADO
IN
TERINSTITUCIONAL
UFSC
-CIESA
UMA
PROPOSTA
DE
GESTÃO AMBIENTAL
EM
HOTÉIS
DE
SELVA
Dissertação apresentada ao
Programa
de Pós-Graduaçãoem
Engenharia de Produção,da
Universidade Federal de Santa Catarina,como
requisito parcial para obtençãodo
título de Mestre
em
Engenharia de Produção.LEoNoR
FARIAS
ABREU
UMA
PROPOSTA DE GESTÃO AMBIENTAL
EM
HOTÉIS
DE SELVA
Essa dissertação foi julgada
adequada
para a obtençãodo
Título de Mestreem
Engenharia de Produção, e aprovadaem
sua forma final peloPrograma
de Pós-Graduação
em
Engenharia deProdução da
Universidade Federal de Santa Catarina. __ .__” _ -fz .‹
2-1
. l¬
ProÍ°. Ric
do Miranda
B
cia,PhD.
Co
rdenadord
urso a _Banca Examinadora
:¿z//,
M1
` Prof”. Y Possamai, Dr.Í
ntadorProP~újo
OM;11í~
iii
Dedico às pessoas
com
quem
compartilhei todas asminhas alegrias e aflições para atingir esse objetivo,
em
especial ao
meu
filho Rafael Farias de Souza, pelacompreensão
e a Iracema FariasAbreu
(in memórian),AGRADECIMENTOS
À
Deus
por estar semprecomigo dando-me
forças para superarminha
limitações eencorajando-me a enfrentar cada desafio que a vida impõe.
Ao
Centro Integrado de Ensinodo
Amazonas
-
CIESA,
na pessoado
seu Diretor Geral, Prof” Luiz AntonioCampos
Corrêa, por patrocinaro
Mestrado e pela oportunidade de enriquecermeus
conhecimentos científicos.Ao
Prof”. Dr. JoséWaldemar
Gonçalves de Souza, pela competênciana Coordenação
dosCursos de Pós-Graduação
do
CIESA.
À
Universidade Federal de Santa Catarina,na
pessoado
Prof”. Dr. Emílio Araújo Menezes, pelaCoordenação do
Programa.Ao
ProÍ°. Dr.Osmar
Possamai, pela valiosa orientação, atenção e dedicação dispensadas,tomando
possível a conclusão deste estudo.Aos membros
da
Banca Examinadora
por terem aceitado participar desta dissertação.À
Secretaria de Estadoda Educação
e Qualidadedo
Ensino-SEDUC/AM,
na
pessoada
Diretora
do
Departamento de Política eProgramas
Educacionais Prof”. Stela Brito Cyrino, pela oportunidade,compreensão
e apoio à realização deste estudo.Aos meus
amigos Tristão Sócrates B. Cavalcante, Juvenal Pinheiroda
Costa Filho, AntonioGeraldo
Harb
e Joésia Julião Pacheco, por não terempoupado
esforçosna
jomada
de estudos eno
apoio à realização deste objetivo.Aos
colegas de trabalho Aldemir de Jesus Almeida,Carmen
Lúcia Ribeiro e Márcia I.Gomes,
pelacompreensão
e colaboração.Aos
colaboradores MárcioAugusto
C. Cavalcante e Adijaelda
Silva, pela paciência eempenho
à arte deste trabalho.À
Adiel Carlosda
Silva, pelo companheirismo, compreensão, paciência e por não termedido
esforços para
que
este estudo pudesse ter sido realizado.À
minha
Família,em
especial à Estanei Farias deSouza
e Antonia Farias Abreu, por estarem sempre aomeu
ladome
apoiando e ajudando-me a alcançarmeus
objetivos.Ao
meu
filho Rafael Farias de Souza, pela compreensão e por ser a razão de todas as minhasrealizações.
Ao
corpo docentedo
curso,em
especial aos Professores Dr. Antônio Diomário de Queiroz, Dr. AlvaroLezana
e Dr.Edson
Pacheco Paladini, osmeus
sinceros agradecimentos pelos ensinamentos e atenção.SUMÁRIO
LISTA
DE
FIGURAS
LISTA
DE
QUADROS
RESUMO
ABSTRACT
CAPÍTULO
l-
INTRODUÇÃO
... .. 1.1 Objetivosdo
trabalho ... .. 1.2 Estruturado
Trabalho ... ..cAPÍTULo2-FUNDANIENTAÇÃO
TEÓRICA
... .. 2.1 Gestão de Serviços ... .. 2.2 Gestão Hoteleira ... ..2.3 Gestão de Produtos e Serviços oferecidos
em
Hotéis de Selva ... ..2.4 Considerações ... ..
CAPÍTULO
3
-
GESTÃO AMBIENTAL
EM
HOTÉIS
DE SELVA
... ..3.1 Bases Conceituais de gestão ambiental ... _.
3.2 Considerações
em
relação aomodelo
proposto ... ..CAPÍTULO
4 -O
MODELO
PROPOSTO
... ..4.1 Descrição
do
modelo
... ..4.1.1 Etapa 1
-
Identificar o perfil ambientaldo
hotel de selva ... ..4.1.2 Etapa 2 - Identificar os impactos ambientais ... ..
4.1.2.1 Parâmetros para análise técnica ... ..
4.1.2.2 Parâmetros para análise sócio-financeira ... ..
4.1.2.3 Parâmetros para a análise das instalações ... ..
4.1.2.4 Parâmetros para a análise de uso dos recursos naturais ... ..
4.1.2.5 Parâmetros para a análise
da
conservação dos recursos naturais4.1.3 Etapa 3
-
Priorizar os impactos para ações de melhoriada
qualidade4.1.4 Etapa
4
- Aplicar ações de melhoriasda
qualidade ambiental ... .. 554.1.5 Etapa 5 - Monitorar ações corretivas e preventivas
da
qualidade ambiental:56
registrar ... .. 4.1.6 Etapa 6 - Avaliar/ revisar o projeto ... ._ 58 4.2 Considerações ... ..59
CAPÍTULO
5-
APLICAÇÃO
DO
MODELO
... .. 615.1 Identificação
do
perfil ambiental dos HotéisA
eB
... _.62
5.2 Identificação dos impactos ambientais dos HotéisA
eB
... ..64
5.2.1- Maiores impactos ambientais provocados pelo Hotel
A
... ..66
5.2.2- Maiores impactos ambientais provocados pelo Hotel
B
... .. 715.3 Análise comparativa entre os Hotéis
A
eB
... ..74
5.4
Ações
de melhoria, monitoramento e avaliação para os HotéisA
eB
... ..77
5.4.1
Ação
para melhoriada
qualidade ambiental ... .. 785.4.2 Plano de
Educação
Ambiental para hotéis de selva ... ..79
5.5 Considerações ... .. 80
CAPÍTULO
6 -CoNCLUsÕEs
... .. 816.1 Conclusões ... .. 81
6.2 Sugestões para trabalhos futuros ... .. 83
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
...34
BIBLIQGRAFIA
... ..ss
ANEXO A
... ..90
ANEXO
B
... .. 91ANEXO
C
... ..93
ANEXO
D
... ..94
ANEXO
E
... ..96
Figura
1Figura
2Figura
3
Figura
4Figura
5Figura
6Figura
7Figura
8LISTA
DE
FIGURAS
Modelo
de Gerenciamentoda
Qualidade TotalComponentes
de avaliaçãoda
qualidadeem
hotéisMotivação para a proteção ambiental
na
empresaEspiral
do
Sistema de Gestão AmbientalModelo
propostoFluxo ambiental de
um
hotel de selvaFluxo Ambiental
do
HotelA
Fluxo Ambientaldo
HotelB
Quadro
1Quadro
2Quadro
3Quadro
4Quadro
5Quadro
6Quadro
7Quadro
8Quadro
9
Quadro
10Quadro
11Quadro
12Quadro
13Quadro
14Quadro
15Quadro
16Quadro
17
Quadro
18Quadro
19Quadro
20
LISTA
DE
QUADROS
Perfil ambiental de hotel de selva,
em
relação aos requisitosda
ISO
14001 Pontuaçãodo
hotel quanto ao perfil ambientalPontuação para identificaçäo
do
perfil ambientaldo
hotel de selvaParâmetros para análise de impactos ambientais
Parâmetros para identificação de impactos ambientais
-
Planilha 1Parâmetros para identificação de impactos ambientais
-
Planilha2 Pontuaçãodo
hotelem
relação aos impactos ambientaisPontuação para análise
do
impacto ambientalem
relação aos parâmetros Parâmetros e valores para priorização de impactos ambientaisdo
hotelPriorização de impactos ambientais
em
hotéis de selvaAções
para a melhoriada
qualidade ambientalPontuação dos Hotéis
A
eB
quanto ao perfil ambiental Pontuaçãodo
perfil ambiental dos hotéisA
eB
Pontuação dos Hotéis
A
eB
quanto aos impactos ambientais Maiores impactos ambientaisdo
HotelA
Priorização de impactos ambientais
do
HotelA
Maiores impactos ambientaisdo
HotelB
Priorização de impactos ambientaisdo
HotelB
Resultados dos Hotéis
A
eB
em
relação aos impactos ambientais Plano de educação ambiental para os HotéisA
eB
38
39
40
42
47
48
49
50
54
54
56
62
63 6566
69
71 73 7579
ix
RESUMO
ABREU,
Leonor
Farias.UmaProposta
de Gestão
Ambiental
em
Hotéisde
Selva.Florianópolis,
200l.96£
Dissertação (Mestradoem
Engenharia de Produção)-
Programa
dePós-Graduação
em
Engenharia de Produção,UFSC,
2001.O
rápido crescimento das atividades ecoturísticasno
Brasil,tem
despertado a atenção para a necessidade de preservaçãodo meio
ambiente, vistoque
nesse segmento, ainda é insuficiente o tratamentodado
às questões ambientais.No
âmbitodo
ecoturismo os empreendimentoshoteleiros de selva
vêm
se proliferando, especiahnente na Região Nortedo
País.Porém
aexploração deste,
sem
o correto tratamento às questões ambientais, poderá provocar impactos negativos irreversíveis aomeio
ambiente, representando riscos ao patrimônio biológico daslocalidades
onde
estão inseridos,comprometendo
assim, a qualidade de vidada
comunidade.Nessas circunstâncias, as atividades ecoturísticas
passam
a ser geradoras de poluiçãoambiental, contrariando a finalidade maior dos empreendimentos ecoturísticos, que
vem
a sera
promoção do
desenvolvimentoeconômico
sustentávelcom
base na preservação ambiental.Este trabalho apresenta
uma
proposta de gestão ambiental para hotéis de selva, visando a identificaçãodo
perfil ambiental e dos impactos negativos causados aomeio
ambiente, apartir dos quais poderão ser sugeridas ações para a melhoria
da
qualidade ambiental dosserviços ecoturísticos prestados aos hóspedes.
A
aplicaçãodo modelo
em
hotéis de selvalocalizados
no
Estadodo Amazonas,
comprovou
a viabilidade de sua utilização.ABSTRACT
ABREU,
Leonor
Farias.Uma
Proposta
de Gestão
Ambiental
em
Hotéisde
Selva.Florianópolis, 2001.96 f. Dissertação (Mestrado
em
Engenharia de Produção)-
Programa
dePós-Graduação
em
Engenharia de Produção,UFSC,
2001.The
fast growthof
the ecoturistics activities in Brazil, it has beendrawing
attention for theneeds
of
the environment, because in that segment, it is still insuflicient the treatment given toenvironmental subjets. In the ambit
of
ecotourism the jungle lodges are proliferating,especially in the north area
of
the country.Even
so the exploration without the correcttreatment to the environmental subjets, it could provoke irreversible negative impacts
on
theenvironment, representing risks to the biological patrimony where lodges are located,
jeopardizing the quality
of
thecommunity
's life. In those circumstances, the ecotouristicsactivities generates environmental pollution, thwarting the purpose
of
ecoturism enterprises,that is the
promotion of
the maíntainableeconomic
developmentbased
on
environmentalpreservation. This
work
presentsa
proposalof
environmentalmanagement
for jungle lodges,seeking identification
on of
the environmental profileand
the negative impactscaused
on
theenvironment, starting
fi'om
which can be suggested actions forimprovement
on
qualityof
theecotouristics services to guests.
The
model
applicationon
jungle lodges located in the Stateof Amazon,
checked the viabilítyof
its use.CAPÍTULO
1 -INTRODUÇÃO
A
proposta de estudo levaem
consideração informaçõesda
Conferência dasNações
Unidas sobreMeio
Ambiente
e Desenvolvimento (1997), divulgadasna
série de encontrospromovidos
pelaONU,
conhecidacomo Agenda
21, as quaisafirmam
queno
ano de 2025,em
tomo
de 83 por centoda
população mundial prevista, de 8,5 bilhões de habitantes, estarãovivendo nos países
em
desenvolvimento.O
crescimentoda
população mundial eda
produção, associado à padrões não-sustentáveis de
consumo,
aplicauma
pressão cada vez mais intensa sobre as condiçõesque
têm
nosso planeta de sustentar a vida. Esses processos interativos afetam O usoda
terra,da
água,
do
ar,da
energia e de outros recursos.As
cidadesem
rápido crescimento, tantoem
número
como
em
dimensão, casomal
administradas, deparar-se-ão
com
problemas ambientais gravíssimos, oque
exige maioratenção e gerenciamento municipal.
Os
fatoreshumanos
são elementos fundamentais a se considerar nesse conjunto devínculos,
onde
devem
seradequadamente
levadosem
consideraçãona
formulação de políticasabrangentes voltadas para o desenvolvimento sustentável.
O
aumento
da população, associado aoaumento da
competitividade global,tem
forçado os
govemos
a adotarem estratégias econômicasque
possam
auto-sustentar suas regiões euma
das questõesamplamente
divulgadas e estudadas são as atividades turísticasem
todas as suas dimensões.
Mais
recentemente,no
Brasil, de acordocom
O Instituto Brasileiro de Turismo-
EMBRATUR
(1995), tem-sedado
uma
atenção maior para a municipalizaçãodo
turismo,com
vistas à minimização de problemáticas econômicas vivenciadas por municípioscom
dificuldades para desenvolverem-se , apesar de,
na
sua maioria, possuírem diversas riquezasnaturais. _
Diante
da
perspectiva de municipalizaçãodo
turismo, O turismo ecológicoou
ecoturismo despontacomo uma
alternativa para o desenvolvimento, face a utilização dosrecursos naturais
que
poderão ser exploradas dentro deuma
concepçãoeconômica
ambiental de preservação.O
turismo ecológicotem
sua concepção fundamentadano
próprio ambiente geográficocentralizado
em
empreendimentos hoteleiros, concentrandoem
hotéis de selva praticamentetodas as atividades turísticas.
Por
concentrar sua concepçãoem
hotéis de selva, o turismo ecológico poderá proporcionar oportunidades econômicas às comunidadesonde
estes estão situados,uma
vezque
os investimentos nessas áreas são dificultados, face a localização e dispersão,podendo
assim, elevar a qualidade de vida
da
população e maximizar a difusãodo
desenvolvimentosustentável.
Apesar das discussões
em
tomo
da
importânciado
turismo ecológico para muitos municípios brasileiros, inexisteuma
legislação específicado
Instituto Brasileiro deTurismo
(EMBRATUR),
sobre gestão ambientalem
hotéis de selva, fato que poderá contribuir paraque esses empreendimentos,
sem
o devido cuidadoda
área ambiental,tenham vantagem
competitiva reduzida,
quando
aliado ao empirismo gerencial.A
inexistência de Luna legislação ambiental específica, exige tunmodelo
de gestãoambiental próprio para hotéis de selva,
dado
suas peculiaridades, o que dificulta atéo
benchmarkting
com
outros empreendimentos hoteleiros.Uma
vez focalizada a gestão ambiental para hotéis de selva,como
fator para odesenvolvimento sustentável
em
detemiinados municípios, os resultados deste estudodevem
auxiliar aos tomadores de decisões,
em
nível público e privado, estadual e municipal, perceberem a problemáticada
escassezda
demanda
turística e adotarem estratégias que consolidem o ecoturismocomo
uma
alternativa de sustentabilidade local.Baseando-se nesses padrões não sustentáveis de
consumo,
formulou-se a seguintesituação problema: o sistema atual de gerenciamento ambiental dos hotéis de selva
atendem
aos
fimdamentos
do
ecocutismo edo
desenvolvimento sustentável?Visando contribuir à resposta
da
pergunta formulada, apresenta-se a seguir os objetivosdo
trabalho.1.1 Objetivos
do
trabalhoEste trabalho
tem
como
objetivo geral, proporum
modelo
de gestão ambiental voltado3
Para alcançar o objetivo geral, propõe-se os seguintes objetivos específicos:
- estabelecer os principais parâmetros para
um
sistema de gestãoem
empreendimentoshoteleiros de selva;
- estabelecer parâmetros de gestão ambiental pertinentes a empreendimentos hoteleiros de
selva;
- estabelecer critérios para priorização de ações de melhoria ambiental
em
hotéis de selva.1.2 Estrutura
do
Trabalho
O
trabalho está estruturadoem
seis capítulos.O
Capítulo 2contém
a revisão de literatura,onde
procura-se atingir os temaspertinentes ao arcabouço teórico, o qual delineou o estudo deste trabalho. Para tanto,
foram
tratados temas de Gestão de Serviços, abordando
um
breve histórico dos primórdiosdo
gerenciamento de serviços e
modelos
de gestão específicos ao escopodo
trabalho,como
Gestão Hoteleira e Gestão
em
Hotéis de Selva, cujos preceitos estão relacionados ao objetivodo
trabalho.No
Capítulo 3 mostra-se a base conceitual de gestão ambiental utilizadana
elaboraçãodo
modelo
proposto. Conceituando-se gestão ambiental e gestão ambiental voltada a hotéis deselva.
'
No
Capítulo4
apresenta-se a proposiçãodo modelo
de gestão ambiental para hotéis deselva, pautado
na
revisãoda
literatura que propõe a forma adequada de gestão ambiental.No
Capítulo 5 apresenta-se a aplicaçãodo modelo
proposto, destacando-se aforma
como
os vários conceitos abordadosno
trabalho se relacionam. Apresenta-setambém
aamostra caracterizada por dois hotéis de selva localizados
no
Estadodo
Amazonas.
Para se fazer
uma
abordagem
sobre gestãoem
hotéis de selva, necessário se faziniciahnente,
também
uma
revisãoda
literatura sobre os conceitos gerais de gestão de serviçose gestão hoteleira. Para isso, as bases e conceitos gerais de gestão, consideradas essenciais ao entendimento dos conceitos a serem aplicados neste estudo, servirão para sustentar
modelo
proposto.
Nesse
contexto, Vieira eWeber
(1997),afirmam
que historicamente, o conceito de gestão surgiuno
domínio privado e diz respeito à administração dos bens possuídos porum
proprietário. '
Dessa
fonna, duas idéias estãoem
jogo nesse conceito original: os bens são suscetíveisde
serem
apropriados por pessoas,mas
elespodem
ser separados dessas pessoas a ponto de sua administração poder serconfiada
aum
terceiro, permitindouma
relação que repousa entreum
sujeito (o titulardo
direito de propriedadeou
seu representante) eum
objeto (obem
possuído), Vieira e
Weber
(1997).Com
isso, para Vieira eWeber
(1997), a relação de gestão pressupõe que o objeto submete-se aos projetos, usos e preferênciasdo
sujeito, oque
manifesta a concepção desenvolvidado
direito de propriedade que é, de forma última,um
direito de destruir.No
entanto, segimdo Pereira, et al (1997), muitas corporações mundiais foramimpulsionadas a
modemizarem-se
pela forçada
Revolução Industrial, a qual preconizou adivisão
do
trabalho, ampliou a rede de transportes e estreitou as comunicações, fato quelançou a base de
um
novo
tempo, transformando não só omundo
das organizaçõesmas
toda a sociedade ao longodo
séculoXX.
Chiavenato (2000),
afinna
que a partirda
década de 50, após as privações edificuldades de
consumo
impostas pelaSegunda
Guerra Mundial,com
novos
valores sócio-econômicos, as pessoas passaram a ver
no
consumo
sua possibilidade de auto-realização.O
mundo
empresarial procurou adaptar-se aosnovos
tempos, cujos conceitosgerenciais das organizações passaram a refletir as imposições das novas leis de mercado,
5
Nessa
perspectiva, segundo Chiavenato (2000), a organização deve procurar antecipar- se aocomportamento
de forças ambientais quepodem
influenciar seus planos fiiturosna
busca de vantagens competitivas, consolidar sua posiçãono mercado
e cumprir sua missão e seus objetivoscom
melhor utilização de seus recursos disponíveis.Nesse
contexto, Donaire (1999),afirma
que as organizações passaram deuma
visãotradicional
da
maximização dos lucros e minimização dos custos para urna visão moderna,onde
esta é vistacomo
uma
instituição sociopolítica, voltando-se para problemas taiscomo
proteção ambiental, proteção ao consumidor, controle
da
poluição, segurança e qualidade de produtos, assistênciamédica
e social.O
atendimento dessas expectativas, segundo Donaire (1999), interfere nos objetivoseconômicos
das organizações, e se tais expectativas são importantes para a sociedade e paraomundo modemo,
as instituições nãotêm
outra escolha se não a de prover recursos paraatender a essas reivindicações.
A
medida
em
que as organizaçõesbuscam
envolvimentocom
questões sociais, esteenvolvimento
pode
transformar-senuma
oportunidade de negócios. Por exemplo, a preocupação de muitas organizaçõescom
o problemada
poluiçãotem
feitocom
que elasreavaliem o processo produtivo, buscando a obtenção de tecnologias limpas e o reaproveitamento dos resíduos, visando melhorar sua
imagem
institucional.Tais reivindicações sociais, forçam todos os segmentos de mercado,
em
especial o segmento de serviços, amelhorarem
o atendimento das expectativas de seus clientes, agoramuito mais exigentes, tanto
em
relação à qualidade dos serviçosdemandados
quanto, à qualidadedo meio
ambienteonde
as empresas estão inseridas. Issotem
especial importância para empresas hoteleirasque
atendem
diretamente a todos os tipos de clientes, cadaum
com
necessidades específicas aos serviços demandados.
Quando
se trata de serviços hoteleiros ecoturísticos, a qualidadeno
atendimentotoma-
se muito mais complexa,
uma
vez que os serviçosenvolvem
necessariamente questões relacionadas à preservação ambiental, a qual exigeum
esforço muito maior para conciliarempreendimentos ecologicamente corretos e
economicamente
viáveis, pela própria naturezados serviços.
Diante
do
exposto, toma-se necessáriouma
ênfase à gestão de serviços, a qual será2.1
Gestão
de
ServiçosPara melhor esclarecer o que
vem
a ser a gestão de serviços, toma-se necessário primeiramenteum
esclarecimento quanto auma
atividade de serviço propriamente dito.Fitzsimmons e Fitzsimmons (2000),
afirma
que "os serviços estãono
centroda
atividade
econômica
de qualquer sociedade e sua natureza é exploradaem
tennos deoportunidades de emprego, contribuições à estabilidade
econômica
e fontes de liderançaeconômica”.
Nesse
contexto, serviços são considerados experiências para o cliente, qualquer falhatransforma-se
em
tuna históriaque
o cliente transmitirá a outros.Por
isso, os gerentes deserviços
devem
reconhecer que clientes insatisfeitos não apenas farão seus negóciosem
outros lugares,
mas também
transmitirão suasmás
experiências para outros.Para Fitzsimmons e Fitzsimmons (2000), experiências negativas, “poderão resultar
em
perda signíficativa de futuros negócios”,
tomando-se
a gestão, o ponto chave para o sucesso de qualquer serviço.A
esse respeito, Castelli (1999), conceitua Administração de Serviços,como
sendoum
enfoque organizacional global
que
fazda
qualidadedo
serviço, talcomo
sentida pelo cliente,a principal força motriz
do
ftmcionamentoda
empresa.Em
vista disso, a Administração de Serviços nãopode
ser confundidacom
0departamento de atendimento ao cliente
ou
departamento de reclamações,mas
sim transfomiar toda a empresanum
departamento de atendimento ao cliente, oque
toma-sepossível
quando
todo o quadro funcionalchamar
para si a responsabilidade pela qualidade,gerenciando-a de forma que possa ser percebida pelo cliente
do
serviçoem
qualquer segmento, Castelli (1999).Uma
vez que, qualidade está sendo considerada por Caravantes et al (1997),como
sendo a capacidade de satisfazer as necessidades, tantona
horada
compra, quanto durante autilização, ao melhor custo possível, minimizando as perdas, melhor
do que
os concorrentes, sua gestão consisteem
desenvolver, criar e fabricar mercadorias mais econômicas, úteis esatisfatórias para o comprador, administrando o preço de custo, de
venda
e o lucro.7
mas
à toda sociedade a longo prazo.Em
serviços, segundo Paladini (2000), ocorrepequeno
número
de atividade de suportee grande interação
com
o cliente. Nessas atividades interativas concentra-se a gestãoda
qualidade.
Dentro desse contexto, Paladini (2000),
afinna
ainda, queno
ambiente de prestação deserviços, o conceito elementar de qualidade apresenta-se
como
a perfeita adaptaçãodo
processo ao cliente, centrando-se sua gestão, fundamentalmente
na
interaçãocom
o usuário,cujas características gerais definidas pelo autor, estão a seguir relacionadas:
- a gestão
da
qualidadeem
serviços, está direcionada para açõesem
busca de maior contatocom
o cliente, definição de seus interesses e preferências, exigências, necessidades, conveniências,enfim,
tudo o que possa considerar relevanteno
processo de prestaçãodo
serviço;
- a gestão
da
qualidadeem
serviços, enfatiza o direcionamentoda
empresa para omodelo
específico de relacionamento
com
o cliente. Esse aspecto confere aomodelo
de atendimento,uma
característica específicaque
direcionará a empresano mercado
e possibilitará obter afidelidade
do
usuário.A
qualidade resultado modelo
de interaçãocom
o cliente.Por
isso,concentra-se nele a atenção
da
gestão da qualidade. /`Í-"
Para Castelli (1999), empresas prestadoras de serviços
devem
apostarfimdamentahnente na
qualidadedo
elementohumano,
já que a excelênciado
serviço,condição
da
competitividade e sobrevivênciada
empresa, depende decomo
ele estáinteragindo
com
os clientes.A
qualidade, a qual Castelli (1999) se refere, seobtém
atravésda
educação etreinamento, a
fim
de satisfazer as necessidades de todas as pessoascom
as quais aempresa
tem
necessariamente compromisso, taiscomo:
empregados, clientes, fomecedores, acionistas e comunidade.Assim, satisfazer as pessoas significa atender as suas necessidades, sendo necessário,
portanto, manter
um
diálogo permanentecom
cadauma
delas para evitar o desequilíbrio, poisNa
figura 1,pode
ser observado os passos de melhoria contínuada
qualidadeda
empresa que busca satisfazer necessidades dos grupos de seu interesse.
C0/Q//'Q
Í
Eomprometimento
Figura 1-
Modelo
de Gerenciamentoda
Qualidade TotalFonte: Caravantes (1997)
Nesse
contexto, Caravantes (1997),afirma
que os recursoshumanos
são vistoscomo
elementos essenciais e fundamentais para o processo de mudança.
O
êxito alcançado por Luna organizaçãona
realização dos seus objetivos quanto à qualidade e aodesempenho
depende, cada vez mais,da
qualidade edo
envolvimento dos seus recursos humanos.Tratando-se de serviços ecoturísticos, toda a organização precisa estar definitivamente envolvida e participar, não só
da
qualidade dos serviços,como
também
da
qualidadeambiental.
Para Paladini (1995),
em
serviços são enfatizadas as relações diretascom
os clientes eo
processo deve ser flexível, porque o cliente participado
processo produtivo deforma
efetiva. Portanto, as organizações precisam ser flexíveis e possuir capacidade para
mudança
e renovação constante.Assim, o
novo
gerenteda
qualidade, para Paladini (1995), deve possuir ascaracteristicas normais de qualquer gerente,
ou
seja,em
primeiro lugar deve sermn
líder,com
9
produção
da
qualidadena
empresa.Dessa
forma,fica
a cargoda
Gerênciada
Qualidade,também
o desenvolvimento dos recursoshumanos
da
empresaem
termosda
contribuição que prestam à organização,ou
seja,a qualidade de seus serviços.
Para Fitzsimmons e Fitzsimmons (2000),
em
muitos aspectos, o gerente de serviçosadota
um
estilo de administração que incorpora as funções de marketing e operações. Considera ainda o autor, queem
serviços, o elementohumano
é fundamental para a eficiência das operações.A
inevitável interação entre 0 prestador serviços e o cliente é urna fonte de grandes oportunidades.Em
serviços, a presençado
clienteno
processo altera materialmente oque
é vistocomo
produto,uma
vez quena
prestação de serviços encontra-se a subjetividade ena
dificuldade de se estabelecer o que é qualidade,
onde
cada cliente reage diferentemente ao que parece ser omesmo
serviço.Em
termos estratégicos, Paladini (2000),comenta
que "a produção de serviços pareceser o setor
econômico que
tem
maior potencial atualmente, e manterá esta posição de destaqueem
curto prazo. Isso embora, haja, estranhamente,quem
ache que investirna
qualidadedo
serviço não vale a pena, porque serviços não
produzem
empregos, riquezaou
renda”.Contestando esse posicionamento, Paladini (2000),
afirma
que basta lembrarque
“aatividade produtiva de maior impacto
econômico do
mundo
hoje - o turismo - está nestaárea”, tornando-se dessa fomia o setor hoteleiro o referencial para se discutir sobre qualidade
na
prestação de diversos serviços. .2.2
Gestão
HoteleiraConsiderando-se o posicionamento de Paladini (2000), o crescimento progressivo
que
o
setor de serviçosvem
apresentando nestes últimos tempos,com
destaque para a área delazer,
na
qual as viagens turísticastêm
ganhadouma
dimensão nunca antes vista, a hotelariase constitui
num
suporte indispensável para a prática de atividades de serviçoscom
gestãoFormada
por empresas essencialmente prestadoras de serviços, gestores de empresashoteleiras precisam, pois, conhecer a fundo
como
conduzir empresascom
esse perfil.Daí
aimportância de se conhecer a definição de empresa hoteleira, assim
como
alguns fundamentosda
gestão de serviços eda
qualidade hoteleira.O
Instituto Brasileiro de Turismo-
EMBRATUR
(1998),define Empresa
Hoteleira,como
sendo a pessoa jurídica que exploreou
administremeio
dehospedagem
e que tenhaem
seus objetivos sociais o exercício de atividade hoteleira.Pode
ser entendidacomo
sendouma
organização que, mediante opagamento
de diárias, oferece alojamento à clientelaindiscriminada.
Na
análise de Castelli (1999), a empresa hoteleiravem
sofrendo, gradativamente,aperfeiçoamentos técnicos
em
seus equipamentos e instalações,mudando
relativamente seu posicionamento socioeconômico, face às oscilações conjunturais. Conseqüentemente, o elementohumano,
basedo
seuesquema
operacional, deve estar devidamente preparado para assumir integrahnente a empresa.Com
isso, o serhumano, embora
seja a peça principalda
empresa hoteleira, deveadaptar-se à evolução que a própria empresa sofre
com
a introdução denovos
equipamentosetécnicas de gestão, e adequar-se às novas exigências dos clientes.
Para Castelli (1999),
embora
o progresso técnico tenha trazido inovações eaperfeiçoamentos para a empresa hoteleira,
em
funçãoda
explosãodo
turismo, o elementohumano
continua sendo a peça fundamental.É
deleque
depende todo o processo de acolhidado
cliente, e conseqüentemente, a própria rentabilidadedo
hotel.O
tratamento,em
qualquer nível de ocupaçãona
estrutura organizacional,que
o hóspede recebeno
hotel,pode
gerar,em
grande parte, a formação deuma
imagem
positivaou
negativa
da
cidade, regiãoou
país.Deve-se levar
em
consideração que ademanda
por serviços turísticos éhumana,
eque
esses serviços
dependem
fundamentalmentedo
elemento himiano, daí sua importânciaquando
se trata de serviços hoteleiros.
Para Silva (1999), o produto hoteleiro, por possuir características próprias, passa obrigatoriamente pela transformação de matérias-primas envolvendo pessoas, equipamentos e
instalaçoes,
mas
a diferença substancial estána
participação indispensáveldo
clienteno
11
Nos
hotéis de estrutura eminentemente familiar (Lamprecht e Ricci, 1997),onde
oproprietário, assistido pelos
membros
da
família, executa todas as atividadesdo
estabelecimento, a qualidade dos serviços, ocorre
em
virtudedo
interesseeconômico
comum
ao grupo familiar e
do
estreito relacionamento existente entre osmembros
da
família.Observam
aindaLamprecht
e Ricci (1997), quemesmo
dentro dessa estruturaorganizacional simples se faz sentir a necessidade de urna melhor formação das pessoas envolvidas
com
as atividadesdo
hotel,no
sentido de dar maior fluidez e organização aosserviços.
O
crescimentodo
turismo intemacionalimpõe
exigências adicionaisno
setor deserviços. Essas novas exigências forçam as empresas hoteleiras a
adequarem
seus serviços àsnovas exigências dos clientes.
Um
hotel vistocomo
um
provedor de serviços, precisasatisfazer a necessidade de
uma
ampla
base de hóspedes internacionais.Devido
a essa intemacionalização crescentedo
turismo, aempresa
hoteleira, precisaconsiderar a implementação
do
sistema de gestãoda
qualidade reconhecido internacionahnente,como
o gerenciamento baseado nasnomias
ISO
9000,podendo
os hotéis,cadeias de hotéis
em
particular, lucraremcom
o
uso deum
sistema de garantiada
qualidade normalizado,Lamprecht
e Ricci (1997).Em
muitos casos,Lamprecht
e Ricci (1997), consideram que “a aplicação deum
gerenciamento intemo para a garantiada
qualidade, baseadana
ISO
Série9000
para aindústria
da
hospitalidade e hotéis pode,em
um
primeiromomento,
poderá parecer arbitrária,pois as
normas
vieramdo
setor de produção.Porém
sua aplicação para esse segmento deindústria é
comprovada quando
se reconhece que elasdefinem
o termo produto, levandoem
consideração hardware, material industrializado e serviços
ou
suacombinação
e,devem
seaplicar somente a produtos pretendidos”,
combinando
e avaliando oscomponentes
tangíveis eintangíveis
do
sistemada
qualidade.A
qualidade dos serviços, segtmdo Silva (1999),pode
ser percebida pelos clientesatravés dos seus
componentes
tangíveis e intangíveis.A
tangibilidade deum
serviço consistenaquilo
que o
cliente sente e vê,como
por exemplo, a aparência fisica deum
hotel, tantointerna quanto externamente,
como
por exemplo: conservaçãodo
prédio, jardinsbem
cuidados, iluminação interna e extema, sinalização, decoração, limpeza
do
ambiente, acesso,No
caso doscomponentes
intangíveis, Silva (1999), consideracomo
sendo: amabilidade, cordialidade e cooperação, traduzidos através deum
sorriso, de expressões adequadas, deuma
atitudeque
traduza a disposição de servir. Portanto, oscomponentes
intangíveis estão diretamente relacionados
com
o relacionamentodo
pessoaldo
hotel.A
figura 2, mostra a relação entrecomponentes
tangíveis e intangíveis dentroda
qualidade de
um
hotel. rr ` Arquitetura e edtflcações [__ ' Instalações 1...-_. --..- . ._.,...¬.._... ...___ l Equipamentosll
QUALIDA DE DO HOTEL Decorações ` ____________ ll á||||||| ^'“°°"'“'°°'° ,__.__ Conservaçãoe manutenção IIIIII II|I|“ C°'f=S|=
,A
^' /'IIIIIII
“___
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SÍÍÍÍÍÍÍ §lIIul| °°°P°'“9“°
Acesso a garagem ÊIIIIII.
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Iluminação 5-]¡|||||| ÉJIIIIIII em am*-=›¬-,,,en,,e
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Componentes
de avaliaçãoda
qualidadeem
hotéisFonte: Adaptado de Ferreira (1999).
Segundo
Gianesi e Corrêa (1996), a intangibilidade dos serviços, juntamentecom
apresença
do
cliente e a simultaneidadeda
produção econsumo do
serviço,formam
asprincipais características especiais das operações
em
serviços, que irão definir a avaliação dosresultados e a qualidade dos serviços prestados.
Com
isso,Lamprecht
e Ricci (1997),afinnam
que a aplicação deum
sistema de qualidade normalizado,como
omodelo
descrito pela sérieISO
9000
em
um
hotel,pode
ajudar a corrigir deficiências nos seus serviços e certamente ajudará a aumentar a satisfação
do
cliente e, portanto, experiências desagradáveis, colocando ainda o hotelcomo
13
turístico.
Nesse
contexto, é necessário ter consciência que,em
muitas vezes a avaliação deum
sistema de qualidadeem
serviços, é dificultada pela intangibilidade,tomando-se
dificil a padronização dos serviços, tuna vez que a gestão dos processo, nesse segmento é maiscomplexa
(Gianesi e Corrêa, 1996), pela própria diversidade de serviços oferecidos nos diversos tipos de hotel.De
acordocom
o exposto, cada empreendimento deve atender requisitos rnínimos de qualidade e de preservação ambiental, de acordocom
as peculiaridades de cada empreendimento.Para melhor
compreensão
quanto os diversos serviços hoteleiros, estes serão descritosa seguir, respectivamente aos diferentes tipos de hotel, cuja tipologia foi utilizada por
Cavalcante (2001),
como
sendo:1. “Hotéis de Lazer (Resorts): voltados para viagens de férias
ou
descanso. Localizam-se principalmenteem
balneários, rios, lagos, regiões montanhosas, áreas ruraisou
pólosturísticos.
Oferecem
infia-estrutura para atividades esportivas,como
piscinas, quadras deesportes e salas de jogos. Realizam atividades de entretenimento coordenadas por animadores,
como
passeios de barcos, caminhadas e competições;2. Hotéis de Negócios:
atendem
basicamente àdemanda
gerada por viagens de trabalho,feiras, convenções e eventos
em
geral. Localizam-seem
grandes centros comerciais eindustriais e oferecem serviços e facilidades para executivos,
como
salas privativas parareuniões, computadores, fax e secretárias.
Costumam
ser reunidosem
áreas específicas,chamadas
de business centers;3. Hotéis de Trânsito: empreendimentos localizados próximos (ou
no
interior) de aeroportos,ferrovias e rodovias.
Procuram
atender,em
geral, àdemanda
por estadas de curto períododurante
o
deslocamento dos passageiros;edificios
em
que são oferecidos serviços de limpeza,amunação
e lavanderia, cujos custos sãoinclusos
no
condomínio.Os
apartamentos são dotados de cozinha e serviços de alimentaçãocostumam
restringir-se ao coffee shop;5. Motéis: tradicionalmente localizam-se à beira de estradas
ou
rodovias.São
uma
variaçãodo
hotel de trânsito.
Em
geral são empreendimentos simples, depequeno
emédio
portes,horizontais e dotados de garagens. Outra característica é a ausência de contato direto
com
osfuncionários.
Os
check-in e o check-out são informais e bastante rápidos;6. Hotéis-Cassino: estabelecimentos voltados para a
demanda
gerada pelas viagens de lazer e entretenimento associadas aos jogos dos cassinos.São
normahnente empreendimentossofisticados e de grande porte, situados junto a complexos turísticos;
7. Hotéis de
Cura
(ou hotéis-clínica): empreendimentos que oferecem,além da
hospedagem, tratamentosou
revitalização.Contam
com
infra-estrutura clínica, médicos, fisioterapeutas,nutricionistas e outros profissionais. Situam-se,
em
geralem
regiões montanhosas, bameáriosou
estâncias climáticas;8. Hotéis-Fazenda: empreendimentos voltados para viagens de lazer.
Em
geralocupam
grandes áreas e oferecem atividades campestres,
como
passeios a cavalo e infra-estrutura paraesportes.
Segundo
Cavalcante, a maior parte desses estabelecimentos está concentradana
região Sudeste
do
País, especialmenteem
São
Paulo eno
Rio de Janeiro; e9. Hotéis de Selva: empreendimentos localizados
em
regiõesque
desenvolvem atividades de ecoturismo.Costumam
privilegiar a integraçãocom
o meio
em
que estão inseridoscom
o
objetivo de os impactos sobre o ambiente.
Em
geral são depequeno
emédio
portee
operam
com
pouca
sofisticação e sua localização deve seruma
área demata
preservada”. Esse tipo de hotel é maiscomum
na
Região Amazônica,em
especiahnenteno
Estadodo
Amazonas,
pelas peculiaridades específicas da região.15
Por
se caracterizarem os hotéis de selva,como
empreendimentos voltados diretamente ao ecoturismo, cujas atividades são tidascomo
uma
estratégia criativa para a preservaçãodo
meio
ambiente, estes foram escolhidoscomo
base para este estudo que propõeum
modelo
de gestão ambiental específicos à esses empreendimentos hoteleiros.2.3
Gestão
de Produtos
e Serviços oferecidosem
Hotéisde
SelvaPela natureza dos produtos e serviços oferecidos
em
hotéis de selva-
turismo ecológico-
necessário se faz,uma
revisão dos conceitos tanto de hotéis de selvacomo
de ecoturismo, razãoda
existência desses empreendimentos hoteleiros.Para o Instituto Brasileiro de Turismo
-
EMBRATUR
(1994), “hotéis de selva sãoum
tipo de
meio
dehospedagem
localizadaem
área de selva densaou
de belezas naturaispreservadas, construído
com
materiais característicosda
região ecom
instalaçõessimplificadas,
que
visa principahnente à integraçãodo
turistacom
o meio”.Hotéis de selva são classificados pela
EMBRATUR
(1994), nos tipos Ecológicos e Ambientais e nas categorias Standart e Especial.Nascimento (1999),
define
hotéis de selvacomo
sendo meios de alojamentosalternativos mais dispendiosos e, nonnalmente mais confortáveis
que
os parques decampismo, constituídos por diversas unidades habitacionais, os quais
devem
dispor de camas,armário/estantes, banheiros, abastecimento de
água
e energia e lixeiras, baseando suasatividades
na
natureza seguindo a filosofia e os princípiosdo
ecoturismo.Para
Ruschmarm
(1997), o ecoturismo surgeem
funçãoda
“deterioração dos ambientes urbanos pela poluição sonora, visual e a atmosférica, pela violência, pelos congestionamentos e pelas doenças provocadas pelo desgaste psicofisico das pessoas,principais causas
da
fuga das cidades eda
buscado
verde nas viagens de férias e de fins desemana”,
com
objetivo de melhoriada
qualidade de vida. `Surgem
com
isso, dois tipos de turistas: aqueles que apreciam a naturezaou possuem
interesses gerais pelo
meio
ambiente natural, e os turistas verdesou
ecoturistas.O
turista verde,em
sua maioria, é de origem internacional, conscienteda
qualidade devida, quase sempre
um
profissional liberalcom
nível educacional elevado e idade entre 33 esempre viaja
acompanhado,
(Secretaria de Estadoda
Cultura eTurismo-AM,
2000).O
período das viagensdo
turista verde está acima de sete dias,tem
interesse porflorestas tropicais
com
fauna e flora preservadas, está preocupadocom
a degradaçãodo meio
ambiente, é apreciadordo
exótico e busca,com
verdadeiro fervor,um
contato mais próximocom
a natureza, (Secretaria de Estadoda
Cultura eTurismo-AM,
2000).Para Crosby, (1993), Ecoturismo, é
um
segmento turísticoonde
a paisagem é aprincipal variável
como
ponto de confluência entre os fatores ambientais e antrópicos, cujoobjetivo é a integração entre o visitante, o
meio
natural e a população que participa dosserviços prestados aos turistas.
O
termo ecoturismo, ao qualCrosby
se refere, está estreitamente vinculado ao conceito de turismo verde.A
diferença mais que conceitual, é histórica,no
sentido de que turismo verde éuma
terminologia anterior ao ecoturismo e atualmente é muitomenos
utilizada.Com
isso, verifica-se que o turista verde é ochamado
ecoturistaque
possuiuma
visãobem
mais crítica, pois está atento a tudo o que será apresentado a ele.O
Instituto Brasileiro de Turismo(EMBRATUR,
1994),define
ecoturismocomo
um
segmentoda
atividade turística que usa deuma
forma sustentávelo
patrimônio natural ecultural, motivando a sua conservação e incentivando a formação de
uma
consciência ambiental pela interpretaçãodo
ambiente,promovendo
o bem-estar das populaçõesenvolvidas.
Assim, o ecoturismo, prioriza a preservação
do
espaço naturalonde
é realizado, e o seuprojeto deve contemplar antes de tudo, a conservação diante de qualquer outra atividade.
Nessa
perspectiva, desenvolvimento sustentável, significa qualificar o crescimento ereconciliar o desenvolvimento
econômico
com
a necessidade de se preservar omeio
ambiente, Cavalcanti (1999).
O
conceito de Cavalcanti (1999), sugere que o desenvolvimento sustentávelpode
servir para frear
uma
destruição mais acelerada dos recursos naturais, atendendo as necessidadesdo
presente,sem
comprometer
as possibilidades de gerações futuras atenderem suas próprias necessidades, conforme definidona
Conferência dasNações
Unidas sobreMeio
Ambiente
e Desenvolvimento (1997).Pode-se, a partir desse conceito, considerar
também,
que o desenvolvimento17 atuais,
como
gerações futuras de turistas,sem
comprometimento da
possibilidadedo usufiuto
dos recursos naturais.
O
ecoturismo está tornando toda a indústria de viagens mais sensível aomeio
ambiente, por isso a gestão ambiental precisa ser enfatizada nos empreendimentosque
oferecem serviços ecoturísticos.Os
hotéis de selva, por atenderem tanto turistas que apreciam a natureza,como
turistasverdes
ou
ecoturistas, precisam oferecer serviçosque
estejamem
harmoniacom
os interessesda
comunidade
local.O
fato de acomunidade do
entomo
não estar envolvida dealguma
formacom
o hotel eobter algiun
retomo
financeiroou
atémesmo,
este não oferecerEducação
Ambiental a todos os envolvidosno
processo,pode
vir a fazercom
que os turistasnão
voltem mais àquele empreendimento e destino, Nascimento (1999).De
acordocom
Western
(1995), os ecoturistasgastam
bilhões de dólares todos os anos.Mas
a importânciado
ecoturismo vaialém
de números.Os
ecoturistasgostam
de utilizar osrecursos e a
mão
de obra local. Isso se traduzem
entrada de divisasdo
exterior, projetos adequados aomeio
ambiente e engajamento dos moradores da regiãona
indústria de viagens,tomando-se
a gestão ambiental para empreendimentos hoteleiros ecoturísticos, mais Luna vez,essencial à sobrevivência desses empreendimentos.
Quanto
aos produtos oferecidosem
hotéis de selva, Nascimento (1999),comenta
que são essenciahnente serviços voltados ao ecoturismo, os quaispodem
ser definidos,em
linhasgerais
como
sendo: o pemoitecom
vários serviços adicionais, os quaisprocuram
não sóaproximar os turistas
da
natureza,mas também
trazeruma
mensagem
de respeito e de conservação ambiental.Nesse
sentido, atividades culturais e de integração são realizadas pormeio
de programaçõesque
envolvem,dependendo
das peculiaridadesda
localidade, caminhadas pelaselva, pescaria, observação de pássaros,
focagem
de jacaré, visitas a aldeias indígenas, cujos projetos para esses produtos ecoturísticosdevem
preverum
baixo impacto ecológico, proporcionarcomodidade
em
um
ambiente considerado de dificil acesso para as pessoas, eurna experiência enriquecedora para os visitantes, permitindo-lhes apreciar a floresta
com
segurança e relativo conforto.Como
suporte aos produtos e serviços oferecidos Nascimento (1999),afirma
ainda quesobrevivência
do
empreendimento”.Nascimento
(1999),afirma
ainda, queno
caso de construçãoem
áreasque alagam
periodicamente, a únicaopção
é a edificação sobre palafitas, estando a segurança internarelacionada à sua própria edificação. Já construções
em
áreas que não alagam, conhecidascomo
área de terra finne,permitem
edificações diretamenteno
solo, estando a segurança forado
hotel relacionada, basicamente, aos meios de transporte, tanto para se chegar ao hotelcomo
paralocomoção
dentroda
mata.Outros cuidados
devem
sertomados
com
relação às atividades desenvolvidasna
selva.A
fomiação dos grupos de turistas,em
linhas gerais, não deve ter mais de quarenta pessoas, sendo ideal que sejam constituídos porum
níunero que varie entre dez a vinte participantes,favorecendo a segurança e a qualidade
da
experiência ecoturística, (Pires, 1998).Convém
ainda, garantiruma
certahomogeneidade
aos grupos tantono que
se refere àfaixa etária entre os participantes, buscando nivelar o esforço fisico dos
mesmos,
como
àsexpectativas e interesses, para melhor canalizar a programação das atividades.
Caminhadas
longas e atividadescomo
sensação de risco,pode
agradar muito aum
grupo de estudantes adolescentes, já paraum
grupo de pessoas idosasou
sedentáriaspode
sernão apenas desagradável,
como
também
perigoso para a saúde delas.Quanto
aos aspectos para formação de roteiros e programas na selva elespodem
envolver
um
passeio de barcoem
um
rio,uma
caminhada sobre diferentes trilhasou
porpassarelas construídas dentro
da
selva suspensasdo
solo,com
altura variável de acordocom
aregião,
focagem
noturna de jacarés, pesca, dentre outras atividades, peculiares à localidade.Os
roteiros e programações que maisagradam
a maioria dos ecoturistas, segundo Pires(1998), são aqueles que
combinam
de fonna equilibrada os diversos interessescomo
natureza,costumes locais, folclore, gastronomia e paisagens, por isso todos esses indicadores
devem
sercombinados
e oferecidos para os ecoturistas.Vale lembrar, que as atividades que
exigem
dos turistas maior esforço fisico individualdevem
ser realizadasna
primeira partedo
dia, reservando para a segunda, atividades de observação e contemplativas.Andersen
(1995), considera que os estabelecimentos ecoturísticos,como
os hotéis deselva,
devem
possuir suítescom
decoração apropriada ao ambienteem
ftmçãoda
natureza ecológicado
produto.19
Nesse
sentido, é importante,no
entanto, levarem
consideração os requisitosindispensáveis a
um
abrigo básico, imperandoum
clima descontraído, acolhedorque
corresponda às expectativas
do
turista, que viajou para usufiuirum
cenário natural eselvagem,
mas
que
muitas vezes, não está disposto a abrirmão
de algumas regalias.Para melhor atender os clientes (ecoturistas), necessário se faz investimentos
em
melhorias e infra-estrutura física nos destinos programados, e apromoção da
educaçãoambiental, primeiramente a todo pessoal envolvido
com
as atividades oferecidas, eposteriormente ao público ecoturista.
A
adoção desses mecanismos,podem
ajudar apossíveis impactos ambientais causados pelas atividades ecoturísticas
em
hotéis deselva.
2.4 Considerações
A
abordagem
em
tomo
da
gestão de serviços,em
especial serviços hoteleirosecoturísticos, pressupõe a necessidade de entendimento claro a respeito
do
ecoturismo. Esteentendimento coloca
em
questão, a preservação dos recursos naturais pertinentes àslocalidades
onde
essas atividades são realizadas. Surge, dessa fomia, a necessidade de tratar agestão ambiental, de
modo
a atender aos preceitosdo
desenvolvimento sustentável.Apesar das discussões conceituais sobre o termo ecoturismo,
na
prática,há
muitoque
se discutir sobre os possíveis
mecanismos
de suporte às atividades de ecoturismo propriamente ditas.Nessa
perspectiva, Pires (1999),afinna
que “o ecoturismo somente terá efeitosbenéficos nos meios visitados, se incluir a educação ambiental voltada para atividades
turísticas, preparando tanto o
empregado do
hotel,como
o turista, para serem protetoresdo
meio
ambiente, minimizando seus impactos negativos durante a visita a ambientes e culturassensíveis”.
A
esse respeito,Medina
e Santos (2000),afirmam
que
“a biodiversidade existenteno
Brasil, é
uma
potencialidadeque
poderia constituir-se, entre outras,numa
alternativa de turismocomprometido
com
a preservaçãodo meio
ambiente.Ao
contráriodo
que se observaem
algumas opções de turismo ecológico, a contemplaçãoda
paisagem natural e cultural,Assim, entende-se que o ecoturismo, atrelado às atividades correlatas,
como
a integraçãoda comunidade
receptora e a educação ambiental, se constituiem
altemativa paraagarantia
da
sustentabilidadedo
turismo amédio
eem
longo prazono
país.Considerando-se que para haver preservação
do meio
ambiente, redução de impactos oriundos de atividades ecoturísticas que nãoatendem
aos requisitos ambientais, e atémesmo
sobrevivência dos negócios, toma-se imprescindível que seja
dado
maior ênfase à gestão ambiental específicos para esses empreendimentos hoteleiros.O
estabelecimento de parâmetros e critérios mais adequados para a priorização de ações de melhoria ambientalem
empreendimentos ecoturísticosdevem
estar pautadosno
Sistema de Gestão Ambiental(SGA)
da
ISO
14001, que será apresentado,em
uma
visãoCAPÍTULO
3
-GESTÃO AMBIENTAL
EM
HOTÉIS
DE
SELVA
Para se fazer
uma
abordagem
sobre gestão ambientalem
hotéis de selva, toma-seessencial a
abordagem
sobre gestão ambiental, pautada nasNormas
Intemacionaisda
SérieISO
14000, cujo objetivo é homogeneizar a linguagem dasnormas
ambientais regionais,nacionais e internacionais, ,agilizando as transações
no mercado
globalizado e cada vez mais competitivo,Maimon
(1999). Assim, toma-se necessário definir o conceito e os objetivoscapazes de guiar a gestão de recursos naturais.
Tomando-se
como
base o posicionamento de Vieira eWeber
(1997),na
escalada
sociedade, a gestão de recursos naturais, aparececomo
um
dos principaiscomponentes da
gestão da interação entre sociedade e natureza, e das transfomiações recíprocas
que
a elas seirnpoem respectivamente,
ou
que a elastomam
possíveis,numa
perspectiva de co-evolução a longo prazo.A
interface, a qual Vieira eWeber,
se referem, confere a priori, ao projeto de gestão de recursos naturais, urna tarefa dupla: porum
lado, assegurar suaboa
integração ao processo de desenvolvimento econômico, e por outro assumir as interações entre recursos e condições de reproduçãodo meio
ambiente, organizandouma
articulação satisfatóriacom
a gestãodo
espaço e aquela aos meios naturais.Naturahnente, a orientação de
uma
gestão desse tipo depende dos interesses sociaisrepresentados, dos objetivos que
animam
o desenvolvimento sócio-econôrnico e dos meios einstrumentos que se encontram à disposição dos gestores.
Vieira e
Weber
(1997), destacam alguns objetivos capazes de guiar a gestão derecursos naturais, a saber:
- a segurança
no
aprovisionamento de recursos e a melhoriada
posiçãoda
balança comercialde recursos naturais. Este objetivo
pode
ser alcançado através de várias vias:do
estabelecimento de contratos de fomecimento a longo prazo;
da economia
de recursos, de lutacontra o desperdício e valorização dos recursos nacionais; e
da
valorizaçãomáxima
da
exportação, visando alcançaruma
competitividade intemacional;- a