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Relatório estágio profissional

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Academic year: 2021

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Relatório Final de Estágio

ESTÁGIO PROFISSIONALIZANTE

6º ANO DO MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA NOVA MEDICAL SCHOOL | FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS

Francisco José Valente Belchior de Sousa |2014205

Orientador: Professor Doutor Albino Maia

Regente da Unidade Curricular: Professor Doutor Rui Maio

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Índice

Glossário... 2

Introdução ... 3

Objetivos ... 3

Síntese das Atividades Desenvolvidas ... 4

Estágio Parcelar de Cirurgia Geral ... 4

Estágio Parcelar de Medicina Interna ... 5

Estágio Parcelar de Saúde Mental ... 5

Estágio Parcelar de Medicina Geral e Familiar ... 6

Estágio Parcelar de Pediatria ... 6

Estágio Parcelar de Ginecologia e Obstetrícia ... 7

Formação Extracurricular ... 7

Reflexão Crítica ... 8

Anexos ... 11

Anexo I – Certificado do curso TEAM ... 11

Anexo II – Certificado de Colaborador da Biblioteca da NMS ... 12

Anexo III – Certificado CEMEF MGF ... 13

Anexo IV – Certificado Programa Acordos de Cooperação ... 14

Anexo V - Certificado Jornadas de Cardiologia de Lisboa Ocidental ... 15

Anexo VI – Certificado VI Jornadas Saúde Atlântica – Medicina Desportiva, Boas práticas e Últimas Evidências ... 16

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Glossário

AEFCM – Associação de Estudantes da Faculdade Ciências Médicas CEMEF – Curtos Estágios Médicos em Férias

CG – Cirurgia Geral

CHPL – Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa

CHULC – Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central GO – Ginecologia e Obstetrícia

HBA – Hospital Beatriz Ângelo HDE – Hospital Dona Estefânia HFAR – Hospital das Forças Armadas HSFX - Hospital São Francisco Xavier HSJ – Hospital São José

MGF – Medicina Geral e Familiar MI- Medicina Interna

MIM – Mestrado Integrado em Medicina NMS – Nova Medical School

POC – Perturbação Obsessiva-Compulsiva SM- Saúde Mental

SU – Serviço de Urgência

TEAM – Trauma Evaluation and Management UC – Unidade Curricular

UCSP – Unidade Cuidados de Saúde Primários UFRJ- Universidade Federal do Rio de Janeiro UNL – Universidade Nova de Lisboa

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Introdução

O Estágio Profissionalizante realizado ao longo do 6º e último ano do ciclo de estudos do MIM da UNL, pressupõe a realização de estágios parcelares em seis áreas clínicas diferentes, dois deles (CG e MI) com a duração de oito semanas e os restantes quatro (SM, GO, MGF e Pediatria) com a duração de quatro semanas.

Ao longo deste relatório serão descritas de forma sucinta as atividades desenvolvidas ao longo deste ano curricular, dividindo-se em quatro secções: a primeira, onde serão salientados os Objetivos que considero fundamentais nesta fase de conclusão da formação pré-graduada; a segunda secção, que diz respeito às atividades desenvolvidas e principais constituintes de cada estágio parcelar; uma terceira, onde faço referência a atividades extracurriculares que considero relevantes no meu percurso acadêmico; e a quarta secção, que consiste numa Reflexão Crítica que contempla uma apreciação de cada um dos estágios desenvolvidos, os objetivos atingidos em cada um deles e uma breve consideração sobre este ano curricular de forma global. O presente relatório termina com uma secção exclusivamente constituída por anexos.

Objetivos

A formação médica pré-graduada assenta na preparação e aquisição de conhecimentos teóricos acoplados de vivências e prática clínica, que permitam ter as aptidões básicas e essenciais expectáveis de um médico recém-formado, capaz de lidar com os desafios inerentes ao exercício da sua profissão.

No início do Estágio Profissionalizante deparei-me com a necessidade de estabelecer objetivos pessoais e curriculares, com a finalidade de maximizar o aproveitamento retirado de cada um dos estágios parcelares. No momento da leitura das fichas das UC’s das diferentes especialidades, tornou-se evidente a transversalidade dos objetivos de cada uma. Em conformidade com os mesmos, e após uma reflexão sobre as minhas capacidades, limitações e interesses pessoais, delineei os seguintes objetivos: 1) aumentar e consolidar a minha base de conhecimentos médicos e clínicos, retirando o máximo de proveito de todas as experiências clínicas vividas, ao longo dos diferentes estágios; 2) aperfeiçoar a capacidade de realização de uma história clínica e um exame objetivo exaustivos e completos, conseguindo identificar os reais problemas do doente, estimulando o meu raciocínio clínico na formulação de marchas diagnósticas e planos terapêuticos para cada doente; 3) adquirir conhecimentos, não só, relativamente ao tratamento farmacológico e não farmacológico das patologias mais prevalentes dos diferentes serviços de saúde que frequentei, mas também relativamente à prevenção das mesmas e/ou das suas comorbilidades, adaptadas

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à realidade médica, social e económica de cada doente; 4) ter contacto com o maior número de doentes e patologias nas várias fases e contextos do seu acompanhamento médico, de uma maneira mais autónoma e mais responsável, associada ao grau de formação em que me encontro. 5) cimentar comportamentos e competências interpessoais que permitam estabelecer relações que assentem na integridade, honestidade, respeito e empatia, tanto com os doentes como com as suas famílias; 6) conseguir realizar o maior número de procedimentos práticos, adquirindo e aperfeiçoando as minhas aptidões; 7) acompanhar os diferentes tutores em todas as valências associadas às diferentes especialidades, com o intuito de perceber qual delas se adequaria mais à minha realização pessoal e profissional.

Síntese das Atividades Desenvolvidas

O Estágio Profissionalizante teve início a 9 de setembro de 2019 e término em 15 de maio de 2020. Como já foi descrito anteriormente, está preconizada a duração de oito semanas para as especialidades de CG e MI, e a duração de quatro semanas nas especialidades de SM, MGF, Pediatria e GO. No entanto, devido à evolução da situação epidemiológica face à COVID19, não foi possível realizar os estágios práticos de Pediatria e GO, e por sua vez, apenas três das quatro semanas totais de MGF. De seguida, serão evidenciadas as principais atividades realizadas em cada um dos estágios.

Estágio Parcelar de Cirurgia Geral

(Regente: Professor Doutor Rui Maio | 9 de setembro a 1 de novembro de 2019)

O estágio parcelar de CG teve lugar no HFAR – polo Lisboa, tutorado pela Dra. Ana Catarina Pinho. Desta UC, fez parte uma semana inicial dedicada ao ensino teórico-prático e à realização do curso TEAM (Anexo I), ministrado no HBA; e 7 semanas exclusivamente dedicadas ao ensino prático, onde tive a oportunidade de acompanhar os diferentes médicos da equipa chefiada pela minha tutora, nas diferentes valências da especialidade de CG. No bloco operatório foram prontamente ensinados e incutidos métodos de desinfeção e assepsia, tendo contactado com várias metodologias de abordagem cirúrgica, por via laparoscópica e laparotómica,em que tive a oportunidade de participar como 2º ajudante várias vezes. Sob a tutela da equipa de anestesia e da equipa de enfermagem tive a oportunidade de realizar alguns procedimentos, dos quais destaco a entubação oro traqueal e colocação de um cateter venoso central, a algaliação de doentes e colocação de acessos venosos periféricos. Na enfermaria, tive contacto com doentes em condição pré e pós-operatória, doentes propostos para cirurgias eletivas e doentes em investigação de possíveis patologias cirúrgicas, com a responsabilidade de elaborar as respetivas notas de entrada, diários clínicos e/ou nota de alta dos mesmos. Relativamente à consulta externa, e em semelhança com a

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enfermaria, observei doentes em diferentes momentos de evolução da sua patologia, com a possibilidade de realizar procedimentos como a remoção de pontos, agrafos, limpeza de feridas cirúrgicas e respetiva troca de pensos. No que toca ao SU, os alunos foram autorizados a frequentar o SU do HSFX, permitindo ter contacto com um maior número de patologias e cenários urgentes e emergentes. Por último, o estágio terminou com um Minicongresso de Cirurgia, que decorreu no HBA, onde apresentei um trabalho de grupo intitulado “Mais sorte que Sintomas” – um caso clínico de carcinoma papilar da tiroide.

Estágio Parcelar de Medicina Interna

(Regente: Professor Doutor Fernando Nolasco | 4 de novembro de 2019 a 10 de janeiro de 2020)

O estágio parcelar de MI teve lugar no serviço 1.2 de MI do HSJ - CHULC, tutorado pela Dra. Carmen Marques. Destaco este estágio como o mais desafiante, enriquecedor e estimulante do meu conhecimento e raciocínio clínico. Sempre tutelado pela minha tutora e/ou outro elemento da equipa médica onde estava integrado, a minha atividade prática foi passada maioritariamente em contexto de enfermaria, assumindo diariamente parte da responsabilidade sobre um ou mais doentes. Para além de redigir diários clínicos, notas de entrada e notas de alta, pude participar em todas as reuniões de decisão clínica, como parte integrante da mesma, sugerindo a prescrição de meios complementares de diagnóstico e alterações terapêuticas, quando a situação assim o justificava. Em contexto de consulta externa, assisti a consultas específicas de Diabetologia e de Avaliação de Risco Cardiovascular. No que toca ao SU, pude contactar com patologias agudas e com agudizações de patologias crónicas ou comorbilidades das mesmas, onde à semelhança da enfermaria, pude aprimorar a técnica de realização de gasometrias arteriais e punções venosas. Semanalmente realizava-se um Journal Club, onde tive também oportunidade de apresentar um trabalho de grupo sobre o tema “Delirium”. Tive também a possibilidade de assistir às reuniões multidisciplinares com diversas especialidades, das quais destaco a Onco-, Gastro- e Neurorradiologia. Diariamente realizavam-se sessões teóricas destinadas aos internos de formação geral e aos vários alunos do serviço, de onde ressalvo as sessões de Eletrocardiografia. Foram também lecionados dois workshops, com os temas “Alterações do equilíbrio ácido-base” e “Decisões de fim de vida”, respetivamente pelo Professor Doutor Pedro Póvoa e pela Dra. Camila Tapadinhas.

Estágio Parcelar de Saúde Mental

(Regente: Professor Doutor Miguel Talina | 20 de janeiro a 14 de fevereiro de 2020)

Realizei o estágio de SM no CHPL, onde ao longo de 4 semanas fui integrado numa das equipas médicas da Clínica 5, um serviço de internamento de doentes agudos, tutorado pelo Dr. Pedro Rodrigues. Aqui tive contacto clínico com doentes psiquiátricos em contexto de descompensação ou agudização das suas doenças, acompanhando diariamente o meu tutor na reavaliação dos seus doentes, na realização da

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entrevista clínica, marcha diagnóstica e reformulação de planos terapêuticos. Bissemanalmente acompanhava-o também nos momentos dedicados à consulta externa, onde pude observar várias primeiras consultas e consultas de seguimento. De realçar que uma das tardes de consultas era dedicada especificamente a doentes com o diagnóstico de POC. Destaco a componente formativa deste estágio, com a possibilidade de assistir semanalmente às sessões teóricas direcionadas aos Internos de Formação Específica em Psiquiatria, às sessões teóricas específicas para os alunos de 6º ano e às sessões teórico-práticas lecionadas na primeira semana de estágio no edifício da NMS pelo Professor Doutor Pedro Mateus, com o tema “Estigma da Doença Mental”, e pelo Professor Doutor Miguel Talina, com a discussão de vários casos clínicos.

Estágio Parcelar de Medicina Geral e Familiar

(Regente: Professora Doutora Isabel Santos | 17 de fevereiro a 13 de março de 2020)

O estágio de MGF teve lugar na UCSP Cascais, tutorado pelo Dr. Guilherme Mendes. Como expectável desta especialidade, a minha vivência clínica centrou-se na observação de consultas, de onde destaco as consultas de Saúde de Adultos, Saúde Infantil, Saúde Materna e de Doença Aguda. Uma das mais valias deste estágio foi a possibilidade de contactar com doentes de todas as faixas etárias, incluindo os extremos de idade, exponenciando a polivalência desta especialidade, verificado pela variedade de patologias, queixas e motivos pelos quais os doentes recorrem à consulta. Sempre acompanhado pelo meu tutor, pude conduzir a entrevista clínica de um número considerável de consultas e a posterior realização de exame objetivo dirigido às queixas do doente, com a formulação de possíveis marchas diagnósticas e planos terapêuticos. Não menos importante, assisti também a consultas dedicadas a procedimentos médicos administrativos, como emissão de Certificados de Incapacidade Temporária ou Relatórios de Informação Médica, e a consultas exclusivas à prescrição de receituário, sendo um momento fulcral para a reavaliação da medicação do doente, principalmente nos mais idosos, onde a prevalência de eventos adversos resultantes da polimedicação é mais frequente. Realizei também um trabalho com o tema “Microcitose”, cuja apresentação teórica para a equipa médica do serviço estava agendada para a sessão clínica da minha última semana de estágio. Face às medidas que foram necessárias adotar pelo Plano de Contingência da UNL face à pandemia COVID19, a apresentação não se pôde realizar, e a duração do estágio encurtada para apenas 3 semanas e 1 dia.

Estágio Parcelar de Pediatria

(Regente: Professor Doutor Luís Varandas | 16 de março a 17 de abril de 2020)

No seguimento das medidas preventivas face à situação pandémica vivida, não foi possível frequentar a componente prática do estágio de Pediatria, que teria lugar no HDE - CHULC. Com a dedicação

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de toda a regência, foram delineadas alternativas à vivência hospitalar com o intuito de minimizar as lacunas associadas à impossibilidade da mesma. Para isso, foram lecionadas semanalmente via plataforma online –

Zoom - sessões teórico-práticas, com a discussão de inúmeros casos clínicos com destaque para os temas

avaliados na Prova Nacional de Acesso. Realizei ainda um trabalho de grupo – “Rastreios Neonatais e Diagnóstico Precoce” – apresentado também via online, e uma revisão bibliográfica com o tema “Enurese Noturna”.

Estágio Parcelar de Ginecologia e Obstetrícia

(Regente: Professora Doutora Teresinha Simões | 20 de abril a 15 de maio de 2020)

O estágio parcelar de GO teria lugar no HSFX, no entanto, à semelhança do que aconteceu com a UC de Pediatria e pela razão descrita anteriormente, não foi possível a realização do mesmo. Também nesta especialidade, a regência delineou alternativas para colmatar as lacunas formativas associadas à ausência de prática clínica. Com a turma dividida por grupos, mediante o polo de ensino prático previamente distribuído, semanalmente realizava-se um Quizz de casos clínicos, que pressupunha a aquisição e consolidação de conhecimentos teóricos fundamentais, na tentativa de simular de uma maneira fidedigna, possíveis situações reais com que teríamos contacto em ambiente hospitalar. Realizei ainda, também em grupo, um trabalho com o tema “SARS-CoV 2 e Infertilidade”.

Formação Extracurricular

Com a crença de que a nossa formação académica deve ser enriquecida e complementada com projetos, desafios e atividades extracurriculares, destaco a minha colaboração como trabalhador da Biblioteca da NMS-UNL (Anexo II), a realização de um CEMEF na especialidade de MGF (Anexo III) e o Programa de mobilidade Acordos de Cooperação, realizado no Brasil, mais especificamente na UFRJ (Anexo IV). Do último ano letivo destaco ainda, a oportunidade de realizar o curso TEAM (Anexo I), a presença nas Jornadas de Cardiologia de Lisboa Ocidental (Anexo V), nas VI Jornadas Saúde Atlântica – Medicina Desportiva, Boas práticas e Últimas Evidências (Anexo VI) e a participação no Projeto de Notificação e Seguimento da COVID-19, realizado no Hospital CUF Sintra (Anexos VII).

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Reflexão Crítica

Com o término do último ano da minha formação pré-graduada, e em tom de análise retrospetiva ao Estágio Profissionalizante, as expectativas e os objetivos criados em torno do mesmo assentaram nos pilares, a meu ver essenciais, de conseguir maximizar o número de vivências e experiências médico-cirúrgicas, tendo contacto com o maior número de doentes e patologias, nos mais diversos contextos de acompanhamento clínico e de prestação de cuidados de saúde. De um ponto de vista global, e à exceção das UCs de Pediatria e GO, considero ter conseguido cumprir a maioria dos objetivos por mim propostos nos restantes estágios. Destaco as oportunidades e competências já descritas como fulcrais para ter adquirido ferramentas pessoais, conhecimentos teóricos e a destreza prática possível, que revelar-se-ão seguramente uma mais-valia ao longo do meu percurso de formação pós-graduada. Foi também fundamental a possibilidade de manter o rácio tutor/aluno de 1:1 em todas as especialidades, excetuando as que não houve prática clínica, maximizando o aproveitamento de cada um dos estágios clínicos. Segue-se então uma reflexão crítica de cada um deles.

Relativamente ao estágio parcelar de CG, destaco a vivência em bloco operatório como a mais enriquecedora. Em contraste com o meu contacto anterior com a especialidade, tive a oportunidade de participar em inúmeras cirurgias, praticar as técnicas de assepsia e participar ativamente na preparação do doente para a cirurgia, tanto nos procedimentos associados à equipa de anestesia como à equipa de enfermagem. Realço também o facto de termos sido integrados em equipas de urgência do HSFX, de forma a complementar essa vertente da especialidade de CG, o que não seria possível no HFAR, devido ao reduzido número de doentes que recorrem ao seu SU. A meu ver, o ponto menos positivo, e por sua vez o objetivo menos conseguido ao longo deste estágio, prendeu-se com o facto de se tratar de um Hospital Militar, e por isso só prestar cuidados à população militar e respetivos familiares, o que restringiu a diversidade do tipo de patologia com que tive contacto.

Por sua vez, considero que o estágio de MI foi aquele onde tive a oportunidade de me superar diariamente. Tive a possibilidade de ser incluído numa equipa médica dinâmica, empática e empenhada em ensinar e acompanhar os seus alunos. Prontamente me foi incutida a necessidade de ser proativo e a de assumir com responsabilidade e seriedade os momentos de interação com os doentes e as suas famílias. Sempre de forma supervisionada, pude acompanhar a evolução clínica de doentes que me eram pré-distribuídos, reunindo diariamente com a minha tutora para a discussão da mesma, de possíveis marchas diagnósticas, necessidade de prescrição de meios complementares de diagnóstico e possíveis ajustes e/ou alterações terapêuticas, sendo estes momentos o ponto alto da minha formação teórica neste estágio. Foi também fundamental a disponibilidade dos Internos de Formação Específica de MI do serviço, em me

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integrarem semanalmente nas suas equipas do SU. Creio que, ter feito parte desta equipa e deste serviço em específico foi fundamental para atingir os objetivos também nesta especialidade, de que destaco a oportunidade de melhorar exponencialmente a minha capacidade em estabelecer relações médico-doente, e com as respetivas famílias, de confiança, empáticas e adequadas.

Como especial entusiasta da especialidade de SM, tinha como principal objetivo colmatar uma grande lacuna do meu estágio de Psiquiatria do 5º ano, não ter tido contacto com doentes psiquiátricos na fase inicial da sua doença. Ter realizado o estágio de SM num serviço de internamento de doentes agudos foi uma mais valia para cumprir o objetivo de perceber se seria esta uma especialidade do meu interesse. O carácter longitudinal do diagnóstico e o tipo de patologia associada à especialidade de SM, são a meu ver, algo que a distingue das outras especialidades, fomentando assim o meu entusiamo. Apesar de ter sido um estágio puramente observacional, diariamente acompanhava o meu tutor nos momentos de entrevista e reavaliação clínica, sendo sempre sucedidos de uma breve conversa sobre a minha opinião sobre o doente em questão, à semelhança do que acontecia em contexto de consulta externa. Destaco assim o acompanhamento do meu tutor e o seu interesse em me proporcionar uma experiência clínica o mais variada possível.

Quanto ao estágio parcelar de MGF, tinha delineado como principais objetivos, não só enriquecer e diversificar as minhas capacidades de interação e comunicação com o doente; tendo sido a única especialidade onde pude contactar com doentes e utentes das mais variadas idades; e de adquirir algumas noções e conhecimentos relativos ao tratamento e prevenção das patologias e/ou respetivas comorbilidades mais prevalentes nos Cuidados de Saúde Primários. Revelou-se ainda como um dos estágios mais exigentes deste ano, não só pela volumosa carga horária do mesmo, como pela abrangência e versatilidade clínica exigida na especialidade de MGF. Destaco positivamente o esforço por parte do meu tutor de me integrar em todas as consultas, questionando-me frequentemente ao longo das mesmas e incluindo-me em todos os seus momentos, acabando por chegar o momento em que permitiu que eu próprio guiasse inúmeras consultas.

Devido à situação epidemiológica vivida no país e à necessidade de ativação do Plano de Contingência COVID19 da UNL, não foi permitida a realização da componente prática das especialidades de GO e Pediatria, não tendo sido possível completar o Estágio Profissionalizante na íntegra. Apesar de o plano curricular do MIM assegurar o contacto com estas especialidades no 4º e 5º ano, estes estágios foram realizados num momento distinto da nossa formação pré-graduada, com objetivos de aprendizagem de certa forma mais gerais e seguramente menos práticos, do que quando comparado se realizados no 6º ano, no âmbito da UC

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Estágio Profissionalizante. Para substituição dos mesmos, foram delineadas alternativas à vivência prática, que apesar de insubstituível, acabaram por ser uma mais valia para aquisição de bases e conhecimentos teórico-práticos indispensáveis. De referir também, que no seguimento dos acontecimentos supracitados, também o Estágio Opcional, que seria realizado na especialidade de SM, teve de ser cancelado. Prontamente, surgiu como alternativa a UC “Preparação para o exame de seriação para o ingresso nas especialidades médicas” que à semelhança da UC “Preparação para a Prática Clínica” permite aos alunos potenciar a sua preparação para a Prova Nacional de Acesso.

Para terminar esta reflexão crítica, gostava de acrescentar que sempre considerei fundamental complementar o meu percurso acadêmico com atividades e experiências que me pudessem desafiar enquanto estudante de Medicina e simultaneamente cultivar-me pessoalmente. Três das atividades que mais marcaram o meu percurso foram: 1) assumi o cargo de colaborador da Biblioteca da Faculdade, desde fevereiro de 2017 até à presente data, que considero ter tido um papel fundamental no meu crescimento como pessoa responsável e capaz de assumir compromissos; 2) durante todo o 1º semestre do 5º ano, a realização do Programa de Mobilidade no Rio de Janeiro, que me deu a oportunidade única de contactar com uma realidade de prestação de cuidados de saúde drasticamente diferente da que tinha presenciado até à data; 3) participei no “Projeto de Notificação e Seguimento da COVID-19” realizado no Hospital CUF Sintra, organizado pela AEFCM como parte integrante de um projeto de voluntariado dirigido a alunos do 6º ano do MIM. Voluntariar-me neste projeto foi algo que me ocorreu naturalmente assim que surgiu a oportunidade. Não digo isto por ter sido um ato impulsivo ou irrefletido, mas antes porque desde o início desta pandemia que procurava uma forma mais ativa de ajudar e contribuir do que apenas ficando em isolamento em casa. Como aluno finalista do curso de Medicina sentia que tinha ferramentas e até mesmo o dever moral de procurar fazê-lo. Após terminado este projeto, confesso ter sentido uma grande confirmação da minha vontade e motivação para iniciar a próxima etapa da minha formação médica, enquanto Interno de Formação Geral.

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Anexos

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Referências

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