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Proposta de Utilização de Mandala Educativa como Contribuição da Psicopedagogia para o Processo de Ensino e Aprendizagem em Medida Sócio Educativa de Liberdade Assistida

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Academic year: 2021

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Luciano Francisco Nunesa*

Resumo

Na intenção de contribuir na área do serviço social e escolar proponho atividades baseadas em Mandala desenvolvido com adolescentes em liberdade assistida. Proponho utilizar esta ferramenta de apoio e disponibilizar a equipe multidisciplinar. Pretendo de alguma forma contribuir com as escolas, órgãos governamentais de apoio a criança e adolescente, Organizações Não Governamentais e demais instituições. Discuto o que é ser psicopedagogo e qual sua contribuição na área de serviço social. Explico o que vem a ser o teste par educativo, e como isso pode vir a ser uma campanha motivacional. Foram utilizadas as técnicas de coleta de dados, aplicação da mandala, observação direta, análise e interpretação dos dados. Portanto, foram analisados os seguintes aspectos: a origem histórica, a importância e a atividade social. Para realizar este artigo foi preparada uma apresentação de cunho motivacional apresentado na Fundação Casa. A presente proposta não se esgota neste artigo, estudos complementares mais aprofundados teoricamente são necessários.

Palavras-chave: Proposta de Mandala Educativo. Medida Socioeducativa. Par Educativo. Abstract

In order to contribute for the area of social services and school activities based on Mandala developed with adolescents in probation. I propose to use this tool to support and provide the multidisciplinary team. I want to, somehow help schools, government agencies supporting children and adolescents, NGOs and other institutions. I discuss what is all about being psychopedagogists and what their contribution in the field of social service is. I explain herein what has to be the test par education, and how it can become a motivational campaign. Techniques were used for data collection, application of the mandala, direct observation and data analysis and interpretation. Therefore, we analyzed the following aspects: the historical origin, importance, and social activity. To accomplish this paper a motivational presentation was prepared and presented at the Foundation House. This current proposal will not be used up through this article, on the contrary additional studies are needed theoretically.

Keywords: Proposal for Educational Mandala. By Social. Educational Par.

Proposta de Utilização de Mandala Educativa como Contribuição da Psicopedagogia para o

Processo de Ensino e Aprendizagem em Medida Sócio Educativa de Liberdade Assistida

Proposal of Educational Mandala Use as Contribution of the Psychopedagogy for the

Teaching and Learning Process in Social Educational Measure in Probation

aCentro Educacional Anhanguera Unidade Belenzinho, Pós-Graduação Lato Sensu em Psicopedagogia, SP, Brasil *E-mail: lucianocerda@gmail.com

1 Introdução

Este artigo fundamenta-se em uma didática com a mandala educativa que é um elemento de grande importância no documentário ou pesquisa de campo. Na intenção de esclarecer aos jovens sobre os conceitos da cidadania, respeito, educação, direito e dever. Utilizamos o lúdico neste processo de ensino aprendizagem, com os quatros alicerces que são: vida, carreira profissional, sucessos e sonho.

A presente teve com objetivo propor a equipe multidisciplinar uma ferramenta de trabalho e divulgar o papel do educador social no contexto da medida socioeducativa de liberdade assistida e oferecer esta ferramenta didática a ser aplicada em escolas, órgãos governamentais de apoio a criança e adolescente, Organizações Não Governamentais e demais instituições.

Neste caso, como é uma proposta de atividade para a medida sócioeducativa de liberdade assistida a ser aplicada aos próprios agentes, assistentes sociais, pedagogos, etc., o intuito é concluir este artigo como uma pesquisa instrumental e documentada, executando assim a pesquisa de campo.

Para Luna (1999) é necessário que a pesquisa vá além da construção das informações coletadas que suas conclusões possam superar os limites das condições estudadas, é preciso conferir generalidade aos seus resultados.

Mandala é a palavra sânscrita que significa círculo, uma representação geométrica da dinâmica relação entre o homem e o cosmo. De fato, toda mandala é a exposição plástica e visual do retorno à unidade pela delimitação de um espaço sagrado e atualização de um tempo divino – e que no processo do ensino e a aprendizagem, a mandalas são objetos mágicos, que nos fazem entrar em contato com o nosso íntimo enquanto desenhamos os padrões que lhes dão forma: quatro passos do alicerce que são: vida, carreira profissional, sucesso e sonho. 2 Material e Métodos

A pesquisa utilizará a observação direta, pois a intenção não é propor uma ação direta, e sim, uma ação indireta em futuros assuntos na temática no diretório acadêmico ou não.

Realizada a coleta das informações, tem início à etapa mais importante da pesquisa, o processo de análise, cujo objetivo

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é verificar se as suposições propostas pelo pesquisador nas hipóteses são ou não pertinentes ao problema estudado. Onde estes conceitos trabalhados vão ser deixados em aberto para discurso à equipe multidisciplinar. A pesquisa de campo foi aplicada em uma das Unidades da Fundação Casa da região de São Paulo. Onde Kaio - o adolescente com 16 anos de idade apresenta uma história marcante e de fortes emoções.

2.1 Passo a passo

1. Passo: Aplicar a “Contribuições da Psicopedagogia para o processo de Ensino e Aprendizagem da Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida”- é um recurso de aprendizagem que promove a troca de ideias e a construção colaborativa ou individual do conhecimento, de forma que todos os participantes da equipe contribuam efetivamente na produção de sua mandala;

2. Passo: esta atividade é organizada na forma de um desafio que será resolvido mediante a realização das ações propostas na aula;

3. Passo: nesta atividade, você tem responsabilidades individuais para cumprir, de modo a colaborar com a equipe na execução da construção da mandala;

4. Passo: explicar os quatros alicerces e a proposta de construir uma mandala individual, até ser construída em grupo, a mandala final.

Segundo o plano de elaboração da mandala educativo, realizando as seguintes etapas:

1. Apresentar em powerpointer os quatro alicerces que são: vida, carreira profissional, sucesso e sonho; 2. Selecione e classifique, de forma hierárquica e por grau

de importância, o principal assunto discutido no grande grupo ou individual;

3. Construa uma mandala para a exposição plástica dos assuntos, estabelecendo uma relação direta entre a ideia central da proposta de atividades.

3 Resultados e Discussão

Nesse estudo a proposta de atividade da mandala educativa tem conceitos e definições, entre a psicopedagogia e o serviço social e a importância do educador social neste contexto, onde vou basear os assuntos tratados relativos ao tema do trabalho. Vejam algumas contribuições neste processo, onde o mesmo faz sentido e como isso está interligada à sociedade. Esta proposta de atividade é uma ideia de acrescentar no serviço social ou ao educador social uma ferramenta de trabalho a mais no seu dia a dia. Para Porto (2009, p.7) a psicopedagogia tem como objetivo de estudo a aprendizagem humana, que surgiu de uma demanda, as dificuldades de aprendizagem, colocada em um espaço pouco explorado, situado além dos limites da pedagogia e da psicologia.

A intenção não é ampliar a discussão a pedagogia ou psicologia, mas fazer parte do cotidiano racional do assistente social. Drouet (1995, p.13) argumenta que

Quando um educador respeita a dignidade do aluno e trata-o com compreensão e ajuda construtiva, ele desenvolve na criança a capacidade de procurar dentro de si mesma as respostas para seus problemas, tornando-o responsável e, consequente, agente de sua própria aprendizagem.

A aplicação e desenvolvimento da proposta de atividade socioeducativa na liberdade assistida, fortalece o campo de aproximação entre o educador, o assistente social e a educação, com intuito de ampliar o território a discursão sobre o Estatuto o da Criança e do Adolescente, o serviço social e suas características (em defesa da criança e do adolescente), Furini (2011) afirma que essa pesquisa utilizou autores que defendem o espaço e inovação ao serviço social, como por exemplo Martinelli (2011).

3.1 Análise e interpretação da História do K – o adolescente Como o próprio adolescente descreve sua vida em poucas palavras:

Nome: Kaio Idade: 16 anos Histórico:

Mora numa casa pequena sem espaço entre eles (a família). Kaio (o adolescente) discorda da mãe por que ela estar convivendo com um homem mais velho. Nascido na zona sul, foi criado com a mãe e o padrasto. Tem três irmãos, um de 10 anos, outro de 7 anos e o mais novo de 4 anos de idade. Sempre houve brigas e confusões entre eles, e o desentendimento é constante. Desde do início o adolescente e o padrasto não se compreenderam e a partir daí a sua vida começou a mudar. O padrasto começou a agredi-lo e o adolescente foge de casa para viver nas ruas de São Paulo. Nas ruas, ele então passou a consumir drogas (maconha, crack, cola). Começou a fazer pequenos furtos em sua própria casa e depois na localidade e em seguida foi aumentando até que foi pego pela polícia com uma arma de brinquedo. Cumpriu o regime em liberdade - com atividade socioeducativa. Porém, na quarta vez que foi preso ficou em regime interno sobre a Liberdade Assistida - LA, a qual ele cumpre em umas das unidades da Fundação Casa da região de São Paulo.

O adolescente foi convidado a fazer uma atividade psicopedagogia sobre a medida socioeducativa de Liberdade Assistida que pudesse expressar seus sentimentos de tudo que vive e vivenciou, que de alguma forma expressasse sua liberdade.

Foi aplicado o teste do par educativo com uma didática que é a construção da mandala com quatro alicerces (vida, carreira profissional, sucesso e sonho), solicitado que ele expressasse, em forma de desenho (sabendo que sua imaginação é a fuga dos seus próprios sentimentos ocultos) e que relatasse a forma como vê o mundo de dentro para fora da prisão. E que de alguma maneira explicasse com suas palavras o que são os quatro alicerces citados acima.

Vejamos a descrição do desenho original (sem comentário do Kaio - o adolescente).

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Figura 1: Desenho sem comentário do adolescente índice de adequação que se traduz por:

9 Adoção de um plano de vida compatível com a realidade subjetiva e objetiva, considerando às necessidades e aspirações individuais;

9 Adequação ao processo de desenvolvimento e experiências, procurando soluções significativas para os problemas da vida;

9 Conciliação entre liberdade e disciplina com plena aceitação da responsabilidade não só de seus atos, mas, sobretudo de seus sentimentos e atitudes;

9 Acompanhar o rendimento escolar constante, mas sem entrar em conflito;

9 Tolerância às situações frustradoras na fase da adolescência;

9 Capacidade de estabelecer contatos expressivos com o meio e relações com os indivíduos, além de cooperar e colaborar com os diversos grupos sociais;

9 Possuir uma extrema capacidade de idéia, porem alguns não venham a conseguir ter carreira profissional, outros os sucessos que tanto buscam e nem se quer obtém um sono mais tranqüilo.

Portanto, o papel da escola e da família em relação ao adolescente é o de ajudá-lo a desempenhar as seguintes aprendizagens:

9 A formulação progressiva de plano de vida, coerente com crença ou filosofia de vida adotada;

9 A escolha e definição profissional;

9 O ajustamento ao seu papel sexual, que implica na solução dos problemas sexuais e na seleção de companheiro (a) de vida;

9 A definição do seu status e papel social, conseguindo relações sociais satisfatórias e significantes;

9 A conquista da sua autonomia pessoal e independência progressiva.

Nesse sentido a Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida - MSELA, que se encontra prevista na Lei Federal 8.069, de 13 de julho de 1990, destina-se a acompanhar, auxiliar e orientar o adolescente autor de ato infracional. É fixada através de sentença judicial, devidamente fundamentada, pelo prazo mínimo de seis meses, podendo a qualquer tempo ser prorrogada, revogada ou substituída por outra medida.

Quando o adolescente entra em conflito com a lei, a MSELA pode apoia-lo na convivência coletiva, desde que haja consistente apoio emocional, suporte material, orientação psicopedagogica e, acima de tudo, capacidade de acolhimento. Faleiros (2006) complementa que é preciso o é formar profissionais para atuar na defesa dos direitos de crianças e adolescentes em situações de violência física, psicológica negligência, abandono, abuso sexual, exploração do trabalho infantil, exploração sexual comercial e tráfico para esses fins, em uma perspectiva preventiva.

Lembrando que o orientador, assistente social e outros profissionais envolvidos com o foco. Sendo que a família ou o responsável, devem estar juntos e precisam ser incluídos no Fonte: O autor.

A seguir a explicação do adolescente sobre o seu desenho. Figura 2: Desenho com comentário do adolescente

Fonte: O autor.

3.2 A família e a escola no ajustamento ao Estatuto da Criança e do Adolescente

Em pleno século 21 com os avanços das tecnologias, cada vez mais são presentes em nossas vidas e com o mundo globalizado, pobre da nação que se eximir de investir pesado na educação de suas crianças e de seus jovens. A família e a escola são bases na construção do alicerce da criança, devem unir-se no sentido de auxiliar no processo do desenvolvimento da personalidade, e podemos contar com ajuda de equipe multidisciplinar em determinada situações, e fase da vida.

O sistema familiar pode interagir de forma adaptativa, protetora, funcional, ameaçadora, incômoda, etc., condicionando as experiências de aprendizagem da criança/adolescente mediante as funções que cumpre, assim como pelas percepções da natureza do problema (FALIK, 1995, p.335-341).

Aceitando um ponto de vista mais amplo, poder-se-ia afirmar que percepção, inteligência, seja a fase de criança a adolescência ou da adolescência a adulta, está em formação continuada. Devendo haver ajuste para se conseguir um bom

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processo. A própria MSELA só foi atribuída judicialmente por conta da existência da família.

Para Santos (2007) com a MSELA o atendimento ao menor passou a ser de âmbito da Segurança Nacional, principalmente através da internação de adolescentes carentes, abandonados e infratores. Porém, a recepção definida como acolhimento significa cuidar e cuidar pode ter vários sentidos: escutar, tolerar, providenciar moradia, documentos, reafirmar regras e consequências de seu descumprimento, encaminhar para atendimento se for o caso especializado, etc.

O ECA determina emprego das medidas socioeducativa para solucionar o problema da violência cometida por adolescentes. Para tanto, são aplicadas medidas socioeducativas que variam conforme a gravidade do ato infracional cometido. Logo depois de verificada a prática do ato, poderão ser aplicadas ao adolescente as seguintes medidas:

1. Advertências;

2. Obrigação de reparar o dano; 3. Prestação de serviços à comunidade; 4. Liberdade assistida;

5. Inserção em regime de semiliberdade; e 6. Internação em estabelecimentos educacionais.

Diferentemente da maioria das pesquisas sobre o tema, que foca o adolescente em conflito com a Lei em Meio Fechado (Internação), priorizamos o adolescente que está em Meio Aberto, ou seja, o adolescente que está inserido na sociedade, em tese, preservando seus vínculos familiares e sociais e principalmente a condição de individuo e cidadão com acesso as políticas públicas vigentes.

Lembrando que existem dois tipos de medida sócioeducativa: Liberdade Assistida, já discutida e a Prestação de Serviços à Comunidade. A medida sócioeducativa de Liberdade Assistida é realizada através de atendimentos individuais, semanais, com uma equipe de Orientadores Técnicos da instituição encarregada do programa. Já a medida de Prestação de Serviços à Comunidade – PSC tem seu período mínimo de quatro e no máximo seis meses de duração, na qual o adolescente presta serviços em uma instituição pública, com uma carga de oito horas semanais. Além do atendimento individual são oferecidas oficinas culturais, esportivas, profissionalizantes e de saúde.

3.3 ECA e a justiça na lei do ensino-aprendizagem

Ao estudar sobre as leis, vamos procurar entender o papel de cada um, que estejam envolvidos nestes processos da MSELA, vejam alguns exemplos, mencionados por Teixeira (2001):

Coordenador:

9 Responde pela medida socioeducativa de liberdade assistida junto à instituição contratante (órgão público municipal), junto ao Poder Judiciário e as de mais instancias do sistema de justiça da infância e juventude, junto à organização social mantenedora, à comunidade local, aos familiares, adolescentes atendidos e junto ao

conjunto dos trabalhadores;

9 Coordena as ações e atividades do atendimento direto aos adolescentes visando à integração e complementaridade das mesmas, sua ampliação e a inclusão de novas ações e atividades;

9 Estimula práticas coletivas na equipe de trabalho e valoriza produções individuais, incentivando a socialização de conhecimentos e a autoestima dos trabalhadores;

9 Acompanha a execução do projeto técnico, através de avaliação continua e de situações planejadas de avaliação, com o objetivo de replanejá-lo e aprimorá-lo. Assistente social/Psicólogo:

9 Responde pela área de atendimento direto ao adolescente e sua família;

9 Coordena as discussões técnicas - estudo de caso (elaboração de Plano de Atendimento Individual, encaminhamentos, encerramento de caso), elabora relatórios e oferece suporte às situações do cotidiano que envolvem algum tipo de dilema quando ao procedimento adequado. A natureza da discursão técnica deverá indicar a especialista do técnico (psicólogo ou assistente social) que deverá coordenar cada reunião;

9 Faz visitas domiciliar e/ou qualquer outras atividades, em situações excepcionais (dificuldades do caso, situações emergenciais internas ou externas);

9 Assume responsabilidades técnicas junto ao Poder Judiciário (laudos e diagnósticos técnicos) e, quando necessário, assegura encaminhamentos e providências para o adolescente e sua família; e

9 Fomenta as articulações políticas da rede de serviços e de parceiras, com visitas à eficiência e agilidade dos encaminhamentos necessários. Os encontros poderão se beneficiar da natureza semelhante de especialidade entre o técnico e a instituição contratada. Por exemplo: o assistente social articula a entidade junto ao programa governamental de distribuição de benefícios sociais; o psicólogo, junto ao ambulatório de saúde mental. Advogado:

9 Acompanha o processo legal do adolescente; 9 Toma providencias junto ao sistema de justiça;

9 Subsidia a realização de relatórios técnicos a ser encaminhados ao Poder Judiciário;

9 Subsidia as discussões de caso – Plano de Atendimento Individual (PAI) e encerramento de caso.

Orientador:

9 É responsável pelas rotinas, pela manutenção e pelo aperfeiçoamento da qualidade do ambiente físico das instalações e pelo clima de convivência dos adolescentes e/ou familiar-responsáveis do processo de Liberdade Assistida (LA);

9 Participa das discussões de casos (Plano de Atendimento Individual, elaboração de relatórios,

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situações emergenciais, encerramento de casos); 9 Realiza visitas domiciliares;

9 Faz plantão de atendimento ao adolescente e familiar/ responsável;

9 Atende adolescente e/ou suas famílias na etapa de recepção (entrevistas iniciais, discussão do PAI e encontro de Compromisso).

Administrativo:

9 Cuida do ambiente físico e de sua manutenção; 9 Realiza a compra do material necessário às atividades

pedagógicas, culturais, segundo cronograma técnico; responsabiliza-se por sua distribuição;

9 Controla a saída e o uso do material de manutenção, pedagógico e cultural;

9 Cuida dos aspectos referentes aos recursos humanos; 9 Cuida e é responsável pela correspondência: recepção,

distribuição e envio.

A mediação dos envolvidos neste processo enfoca na MSELA o problema. O sistema familiar pode interagir de forma adaptativa, protetora, funcional, ameaçadora, incômoda, etc., condicionando as experiências de ensino-aprendizagem mediante as funções que cumpre MSELA, assim como pelas percepções da natureza do problema para melhoria de recuperação.

Assim, se tratará de intervir no sistema familiar mediano ao ensino-aprendizagem no cumprimento da medida socioeducativa de liberdade assistida no processo com o Poder Judiciário e a equipe multidisciplinar, buscando solucionar e compreender o caso.

3.4 A psicopedagogia e sua contribuição para a liberdade assistida

Quando começamos a entender o papel do psicopedagogo neste processo de parceria com a medida socioeducativa de liberdade assistida, visando proporcionar uma ferramenta de trabalho aos Assistentes Sociais, Psicólogos e outros da Equipe Multidisciplinar, etc. O diagnostico psicopedagogico é de extrema importância para execução de suas atividades internas. A conduta dinâmica proposta por Rubinstein no diagnóstico psicopedagogico é a avaliação assistida. E assim, a avaliação assistida vem a ser a “combinação entre avaliar e intervir, ensinando diretamentamente e examinando durante o processo de avaliação” (LINHARES, 1995, p.23).

Segundo Carvalho (2000) a aprendizagem no seu sentido formativo deve estar inserida em procedimentos que possibilitem a compreensão do homem no seu sentido individual, constituição de uma subjetividade, bem como no seu aspecto coletivo, como membro de uma sociedade humana que o legitima e o reconhece como tal.

Cabe ao profissional psicopedagógico construir o seu referencial profissional sempre em busca da sua teoria e da sua prática, buscando espaço, seja na área de saúde e educação, elaborando, reelaborando, compartilhando, trocando experiências, o que constituirá o corpo teórico da profissão

de psicopedagogo. O psicopedagogo é um profissional multiespecialista em aprendizagem humana que a principio voltou-se para os problemas relacionados com as dificuldades de aprender. Hoje, porém, visa favorecer à apropriação do conhecimento pelo ser humano, tendo como objetivo a promoção da aprendizagem.

Ser ensinante significa abrir um espaço para aprender. Espaço objetivo e subjetivo em que se realizam dois trabalhos simultâneos: a construção de conhecimentos e a construção de si mesmo, como sujeito criativo e pensante (FERNÁNDES, 2001, p.30).

3.5 O educador social X medida socioeducativa

Ao atuar como educador social em programa de Lei com medida sócioeducativa faz se sensibilizar com a essência e necessidade de entender as crianças e adolescentes, a forma de se expressar ao mundo. Para Cury (2009, p.535)

A opção no sentido de nova lei vir a servir de instrumento para segurar às crianças e adolescentes a satisfação de suas necessidades básicas certamente tratá efeitos positivos, via justiça social no pertinente à diminuição da criminalidade infanto-juvenil (como bem já notou Roberto Lyra - à verdadeira prevenção da criminalidade é a justa e afetiva distribuição do trabalho, da cultura, da saúde, e a participação de todos nos benefícios da sociedade e a justiça social).

O interessante é investigar o quanto a criança e o adolescente têm de conhecimento, o antes e depois da aplicação da medida sócioeducativa de liberdade assistida. 4 Conclusão

O trabalho teve como tema “Contribuições da Psicopedagogia para o processo de Ensino e Aprendizagem da Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida”, na intenção de contribuir na área do serviço social nos aspectos onde o processo ensino-aprendizagem, dos envolvidos neste papel principal temos: a família, a escola, o assistente social e a equipe multidisciplinar. A proposta é de trabalhar a consciência da criança e o adolescente no sentido da frase/palavras: O que é a vida? Você sabe o que é carreira profissional? E o sucesso, o que é? Você sabe o que é sonho?

No início da apresentação, faz-se um comentário sobre a frase/palavra discutida acima. E em seguida com a técnica de abordagem do par educativo – fonte abstraída da área psicopedagogica. O que significa par educativo? – é uma forma de identificar indicadores e ao mesmo tempo contribua para o processo de ensino-aprendizagem, se construído numa relação de confiança entre o individual e o profissional da equipe multidisciplinar. Já obtendo o conhecimento desta técnica e semeando de forma clara, onde a informação deste processo de construção de uma mandala com a intenção de resgatar a cidadania, a socialização, o respeito, a dignidade, a lealdade, o compromisso com a prestação de serviço.

E ao aplicar a proposta de atividade, e na obtenção de extrair respostas que se referem a item acima, pois a psicopedagogia trata da dificuldade de aprendizagem, o assistente social contribuir com uma das atividades judicialmente mencionada:

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A experiência adquirida ao longo desta pesquisa faz entender o universo e sua dimensão. Pois conhecer a disciplina e suas características foi essencial ao processo ensino aprendizagem e aprofunda como os dois campos de pesquisa (psicopedagogia e a serviço social: medida sócia educativa de liberdade assistida/LA), tem tanto a oferecer a nos acadêmicos, pesquisadores, etc.

A pesquisa, além de permitir o acesso a uma bibliografia extensa, possibilita-nos conhecer documentação de inestimável valor histórico, especialmente a conhecer um pouco da disciplina psicopedagogia e sua contribuição social, facilitando o processo do ensino aprendizagem entre o sujeito, o educador e o assistente social no regime de medida sócioeducativa de liberdade assistida.

Considerando que este artigo, pode proporcionar uma aventura sobre a consciência humana, a forma de aprendizagem até chegar uma didática psicopedagogica, com a área do serviço social, onde o universo do conhecimento entre os itens citado anteriormente. Proporcionando uma descoberta entre as disciplinas tratadas neste artigo.

Assim ao compreender a contribuição da psicopedagogia e o entendimento do serviço social, nasce uma proposta de atividade para a medida socioeducativa de liberdade assistida. Que este artigo seja não a ponta de um conhecimento e sim um iceberg, cheio de reflexão, ideias, renovação, criação, ideologia, criatividade, etc.

Referências

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