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Academic year: 2021

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TÍTULO: A PERCEPÇÃO DOS IDOSOS EM RELAÇÃO AO CONHECIMENTO E PREVENÇÃO DE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS

TÍTULO:

CATEGORIA: EM ANDAMENTO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: Medicina SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO(ÕES): INSTITUTO MUNICIPAL DE ENSINO SUPERIOR DE ASSIS - IMESA INSTITUIÇÃO(ÕES):

AUTOR(ES): MARIANA COSTA ZOQUI, MARIA VICTÓRIA MARQUES POLO, ANA LÍDIA MARQUES SARTORI

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): VANESSA BERTASSI PANES, LUCIANE CRISTINE RIBEIRO RODRIGUES, JULIANA GONÇALVES HERCULIAN

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RESUMO

Introdução: O envelhecimento da população é um fenômeno de amplitude mundial e segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2005) no ano de 2025 o Brasil se tornará o sexto país do mundo com maior número de idosos. O novo desafio da saúde do idoso brasileiro será preservar sua independência e manter sua capacidade funcional. Entretanto, por tratar-se de uma parcela da população que é normalmente negligenciada nos assuntos relacionados à sexualidade, somados aos avanços de medicamentos que restabelecem a virilidade sexual, essa parcela populacional torna-se exposta aos riscos de adquirir Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s), s consequências das mesmas e a disseminação dessas para as demais parcelas da população sexualmente ativa, pela falta de conhecimento de como evitar o contágio (YASSUDA et al., 2009). Objetivos: Identificar o grau de conhecimento e percepção dos idosos sobre o risco de aquisição de doenças sexualmente transmissíveis, além da elaboração estratégias de intervenção junto à idosos vulneráveis ou não ao risco de doenças sexualmente transmissíveis. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa quali-quantitativa, estruturado através de um questionário sobre o conhecimento e hábitos dos idosos frente às ISTs, em que estão sendo entrevistados aproximadamente 70 idosos, participantes do Projeto AGITA ASSIS, em duas Estratégias de Saúde da Família (ESF) num município do interior do estado de São Paulo. Desenvolvimento: Durante a aplicação dos questionários foi percebido uma grande dificuldade dos idosos em ler e compreender o questionário, por conta do analfabetismo de muitos. A timidez, ao responder questões relacionadas à sexualidade, seus hábitos, e conhecimento das IST’s também foi notada. Resultados Preliminares: Pela aplicação do questionário, já foi possível, identificar algumas fragilidades com relação ao tema, possibilitando a elaboração de algumas ações que serão realizadas como proposta intervenção aos resultados obtidos no final da coleta.

INTRODUÇÃO

O envelhecimento da população é um fenômeno de amplitude mundial, sendo que a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2005), define a população idosa como aquela a partir de 60 anos de idade para países em desenvolvimento e 65 anos para países desenvolvidos. Segundo os dados da OMS, no ano de 2025 o Brasil se tornará o sexto

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país do mundo a conviver com uma população com maior número de idosos e o novo desafio da saúde do idoso brasileiro será preservar sua independência e manter sua capacidade funcional.

É entendido que a longevidade do indivíduo pode ser considerada como conquista à medida que associada com a qualidade de vida. Desse modo, são diversos fatores determinantes da saúde que envolvem o processo de envelhecimento, os quais estão relacionados com a qualidade de vida, como as questões de capacidade física, profissional, econômica, convívio social, civil, culturais e espirituais, bem como a sexualidade (YASSUDA et al., 2009).

Entretanto, para muitos, sexualidade e idoso são áreas distintas, pois este é visto como assexuado ou um ser humano sem sexualidade a ser vivida. Por este fato, esta parcela da população, ativa sexualmente, é negligenciada nas campanhas de esclarecimento relacionados a prevenção de doenças transmitidas durante a relação sexual. (YASSUDA et al., 2009).

Além disso, diante da progressão da medicina e da indústria farmacêutica, há um prolongamento da vida sexual ativa, fazendo com que os idosos redescubram experiências sexuais. Porém, Melo et al. (2002) diz que a redescoberta da sexualidade na 3ª idade, pode tornar os idosos mais vulneráveis às infecções sexualmente transmissíveis (IST’s). Corroborando-se a isso, Andrade, Silva e Santos (2010) relatam que com o surgimento da AIDS nos anos 80, pensava-se que haviam grupos específicos para contraí-la, como homossexuais, prostitutas e usuários de drogas, havendo campanhas somente para esses grupos considerados de risco, o que não incluía os idosos.

Portanto, a sexualidade é um tema muito difícil de ser abordado, principalmente com os idosos, dificultando as adaptações, superação de tabus e preconceitos, bem como as dificuldades relacionadas ao processo do envelhecimento ligado à sexualidade. Assim, entender a vivência relacionada à sexualidade dos idosos e o conhecimento, ainda que em uma pequena parcela da população de uma cidade do interior de São Paulo, irá contribuir para o entendimento do panorama nacional da atividade sexual e providências de prevenção assumidas pelos idosos.

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O principal objetivo dessa pesquisa é identificar o grau de conhecimento e percepção dos idosos sobre o risco de aquisição de doenças sexualmente transmissíveis a fim de que seja possível elaborar estratégias de intervenção junto à idosos vulneráveis ou não ao risco de doenças sexualmente transmissíveis.

METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa quali-quantitativa realizada de março a outubro de 2018, após anuência do Comitê de Ética em Pesquisa, que pode ser consultada através do número de aprovação: 2.756.780. Na qual estão sendo entrevistados aproximadamente 70 idosos, participantes do Projeto AGITA ASSIS, em duas Estratégias de Saúde da Família (ESF) em um município no interior do estado de São Paulo. No município de Assis, a Secretaria Municipal de Saúde, desenvolve desde 2002 o Programa de Atividade Física Agita Assis, que corresponde a ações de promoção, prevenção e reabilitação da saúde do idoso.

Está sendo aplicado um questionário estruturado sobre o conhecimento e hábitos dos idosos relacionados à IST’s e sexualidade. Após esta etapa, será realizada uma atividade educativa de troca de informações e dúvidas e para conclusão, a reaplicação do questionário para avaliar a aquisição de conhecimento pelos idosos.

As perguntas utilizadas estão baseadas no questionário elaborado por OLIVI et al (2008), aplicado em idosos acima de 60 anos, sobre o conhecimento de Doenças Sexualmente Transmissíveis e o uso de preservativos. Estão sendo incluídos na pesquisa, idosos que desejam participar e que não possuam comprometimento cognitivo, juntamente com o recolhimento do Termo De Consentimento Livre e Esclarecido.

DESENVOLVIMENTO

Durante a aplicação dos questionários foi percebido uma grande dificuldade dos idosos em ler por conta a baixa acuidade visual e a compreensão do questionário, por conta do analfabetismo funcional de muitos. A timidez, ao responder questões relacionadas à sexualidade, seus hábitos, e conhecimento das ISTs também foi notada.

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Apesar de o projeto estar na fase de coletas de dados, pela aplicação do questionário, já pode-se observar alguns resultados importantes.

Primeiramente foi notado que, de modo geral, os idosos mostraram-se muito receptivos em todas as aplicações evidenciando que há uma grande carência na discussão de assuntos relacionados à sexualidade na terceira idade e exposição de conhecimento sobre IST’s, e através dos questionários esses públicos se empondera para discutir e desmistificar os tabus sociais relacionados ao tema.

Além disso, já foi possível, baseado nas fragilidades até agora encontradas, determinar algumas ações que serão realizadas como proposta intervenção aos resultados obtidos no final da coleta. Uma ideia levantada, por exemplo, ao longo da coleta nesse mês de agosto, foi a elaboração de uma atividade dinâmica e instrutiva sobre as ISTs mais comuns e as suas formas de prevenção, que será disponibilizada aos idosos das ESF’s participantes da pesquisa.

Ademais, a realização do trabalho vem contribuindo na formação científica dos graduandos de medicina, proporcionando maior vivência prática com as metodologias científicas, assim como proporcionar maior aproximação com a população, o que é essencial na metodologia do curso de graduação no qual estão inseridos, a metodologia ativa.

Referências:

ANDRADE, H. A. S.; SILVA, S.; SANTOS, M. I. P. O. Aids em idosos: vivências dos doentes. Esc. Anna Nery, Rio de Janeiro, v. 14, n. 4, Dec. 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S141481452010000400009&script=sci_arttext. Acesso em: 24/02/2015

LAROQUE, M. F. et al. Sexualidade do Idoso: comportamentos para a prevenção de DST / AIDS. Revista Gaúcha Enferm, v.32, n.4, Porto Alegre Dec. 2011. Disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S198314472011000400019&script=sci_arttext. Acesso em: 25/01/2015.

MELO, M.R., & Gorzoni, M.E. (2002) Síndrome da imunodeficiência adquirida no idoso.Revista Diagnóstico e Tratamento, 7, 13-17. Disponível em: http://www.redalyc.org/pdf/630/63013615.pdf. Acesso em: 25/06/2014

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OLIVI, M.; SANTANA, R.; AIDAR, T. Comportamento, conhecimento e percepção de risco sobre doenças sexualmente transmissíveis em um grupo de pessoas com 50 anos e mais de idade. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto,

v.16, n. 4, ago. 2008. Disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010411692008000400005&script=sci_arttext&tl ng=pt. Acesso em: 24/02/2015

OMS/WHO (2005). Envelhecimento ativo: uma política de saúde. World Health Organization; tradução Suzana Gontijo. - Brasília: Organização Pan- Americana da Saúde, 2005. Disponível em:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/envelhecimento_ativo.pdf. Acesso em: 08/12/2017

YASSUDA, M. S., Neri, A. L., Cupertino, A. P. F. B., & Ribeiro, P. C. C (2009). Variabilidade no envelhecimento ativo segundo gênero, idade e saúde. Psicologia em Estudo, 14(3), 501-509.

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