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Módulo 

Unidade 

Tecnologias e mídias

contemporâneas na educação

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dulo 10 - Unidade 2 - T ecnologias e M ídas Contempor âneas na Educ

EVOLUÇÃO

DAS TECNOLOGIAS

Convidamos você para que juntos retrocedamos um pouco na história da humanidade, conferindo a evolução do homem, anali-sando aspectos que caracterizam marcos significativos na comu-nicação entre as pessoas, apoiada pelos recursos tecnológicos. Nessa caminhada, buscaremos alcançar os seguintes objetivos: Identificar elementos que contribuem na mudança de comportamento com o desenvolvimento das tecnologias. Compreender a importância da apropriação do conheci-mento que envolve os recursos tecnológicos que integram as mídias.

Valorizar a construção de competências e habilidades no manuseio dos recursos tecnológicos pelos usuários na era digital.

IMPACTO SOCIAL: MUDANÇAS

A cada ano que passa, o homem acrescenta mais informações na construção de sua história, uma vez que é fundamental para sua sobrevivência o estabelecimento de estratégias que possibilitem interagir com o ambiente e com o outro.

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na formação de sua identidade e de sua própria cultura, o que obviamente contribui também para a construção de co-nhecimentos científicos, repassados de geração em geração. Desde os primeiros agrupamentos sociais, diversos utensílios e ferramentas vêm sendo aprimorados, facilitando a vida do homem, trazendo-lhe benefícios operacionais e conforto. Por meio de sucessivos acréscimos aos saberes já existentes, tem sido possível aprimorar diferentes tecnologias, interfe-rindo diretamente no modo de viver do homem. Hábitos de moradia, alimentação, vestuário, lazer e trabalho vão, grada-tivamente, tomando novas formas e perspectivas.

Com o passar do tempo, o homem percebeu a necessidade de registrar certos conhecimentos, deixando viva a história para as futuras gerações, ao perceber que a oralidade não era a garantia definitiva para a permanência de certos saberes no contexto social. “Os seres humanos são a única espécie que intencionalmente acumula cultura e valores e dedica um enorme esforço em passá-los para outros elementos da co-munidade” (SALGADO, 2008, p.36).

Assim, aos poucos surgem os primeiros registros escritos, os quais passam por diversas etapas, materializando-se por meio de símbolos, signos conhecidos universalmente. E o que ocorreu com a Arte?

A arte acompanhou o desenvolvimento das novas socie-dades, na medida em que ocorreu o aperfeiçoamento

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dos utensílios e materiais, o desenvolvimento das técnicas de subsistência, dos modos de produção e do sistema de crenças. Desta forma, a Arte retrata a sociedade e seu modo de vida por meio de diferentes estéticas, em diversas épocas e civilizações. [...] O homem das cavernas, entre 10 mil a 15 mil anos atrás, desenhou cenas de seu cotidiano (a caça, os animais e outros seres que o cercavam), utilizando pedaços de carvão e terras coloridas sobre as paredes das cavernas. (PAIS, 2000, p.2)

E mais adiante...

Os movimentos importantes do começo do século XX, como dadaísmo, surrealismo, futurismo, cubismo, pontilhismo, etc., surgem em um movimento de plena transformação da sociedade. A revolução industrial traz a noção de um mundo moderno, veloz, em que aparecem as máquinas industriais, os primeiros carros e novos modos de produção. Nesse período, marcado também pelo advento da fotografia e da luz elétrica, os artistas se uniram em torno de movimentos artísticos muitas vezes apoiados em manifestos literários, que apresentavam suas intenções. (PAIS, 2000, p.22)

A determinação e a criatividade do homem resultam em inovações constantes, determinando diferentes fases oriundas de revoluções nas formas de viver e conviver e de produzir bens e serviços. Podemos destacar alguns marcos relaciona-dos com essas inovações nos morelaciona-dos de produção de bens. Entre tais modos de produção destacamos os seguintes:

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Artesanal – transformação da matéria-prima pelo artesão, que controla as diversas fases da produção.

Manufaturas – oficinas que concentram vários artesãos, que executam tarefas manuais, com o uso de ferramentas e por meio de um processo de divisão de trabalho.

Maquinafatura – produção mecanizada – desenvolvimento de avanços técnicos, criação de máquinas industriais, promo-vendo o aperfeiçoamento dos métodos produtivos.

Saiba mais:

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL – Conseqüências sociais ao tra-balhador nas primeiras fábricas: urbanização, divisão do trabalho – trabalho assalariado, produção em série e desen-volvimento dos transportes e da comunicação.

1ª ETAPA – (1760-1860) “O maior destaque foi o desenvolvi-mento da indústria de tecidos de algodão, com a utilização do tear mecânico. [...] o aperfeiçoamento das máquinas a vapor...” 2ª ETAPA – (1860-1900) Neste período, “as principais inovações técnicas foram a utilização do aço (superando o ferro), o apro-veitamento da energia elétrica e dos combustíveis petrolíferos, a invenção do motor a explosão, da locomotiva e do barco a vapor e o desenvolvimento de produtos químicos. Além disso, foram inventados meios de comunicação, como o telégrafo, o telefone, o rádio e o cinema. O processo tecnológico foi de tal modo significativo que este momento costuma ser caracteri-zado como Segunda Revolução Industrial.”

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3ª ETAPA – Da metade do século XX, houve grande avanço tecnológico que influenciou a evolução sócio-econômica. “Alguns historiadores e analistas contemporâneos denomi-naram essas transformações de Terceira Revolução Industrial, que se traduz no impacto das novas tecnologias, como o mi-crocomputador, a microeletrônica, a robótica, a engenharia genética, a telemática (uso combinado dos computadores e meios de telecomunicações, como fax, celular, internet, televisão). Um dos aspectos dessa Terceira Revolução Indus-trial é o aumento da produtividade com a utilização de um número cada vez menor de trabalhadores. O resultado dessa equação é o aumento generalizado do desemprego em todo o mundo.” (COTRIM, 2007, p.280).

E o que é concernente à era digital?

Para entendermos melhor a era digital, é essencial identificar-mos algumas características que diferenciam este período, atingindo o ser humano de tal maneira que o envolve, incon-dicionalmente, mesmo que de forma alheia à sua vontade. Atualmente vivemos um período de grandes transforma-ções em todos os segmentos da sociedade, mudanças estas provocadas pela evolução tecnológica, percebidas especifi-camente na forma como a comunicação entre as pessoas se efetiva, promovendo o surgimento de novas possibilidades de registro e interação. “A comunicação é algo inerente ao homem, independente do meio que utilizamos para realizá-la. É uma expressão que passa pelo uso dos cinco sentidos e

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pela cognição. A visão, a fala, o olfato, o tato e a audição sendo usados em conjunto.” (PAIS, 2000, p. 3)

Nas últimas décadas, o homem se viu às voltas com inúmeros recursos tecnológicos, os quais apresentam be-nefícios diversificados. A comunicação sofreu transforma-ções ousadas, uma vez que várias mídias apareceram sofis-ticando a veiculação e o intercâmbio de informações entre as pessoas.

A inserção dos recursos tecnológicos na vida das pessoas acontece em graus diferenciados, compatíveis com o nível de conhecimento individual, de aspectos do contexto em que vivem e, também, de interesse do próprio indivíduo. Considerando a questão sobrevivência e, conseqüentemente, a necessidade de explorar os recursos naturais existentes, o homem buscou soluções para suas necessidades, inventando e re-inventando possibilidades. Desta forma somos submeti-dos constantemente às influências de novas ideologias, o que requer adaptação às novas situações, contribuindo para novos aprendizados e promovendo mudanças, como destaca Fioren-tini (2008): “Vivemos em um cenário sociocultural que afeta e modifica nossos hábitos, nosso modo de trabalhar e aprender, além de introduzir novas necessidades e desafios relacionados à utilização das tecnologias da informação e comunicação.” Verificamos que a sociedade como um todo está a mercê das transformações provocadas pela evolução tecnológica, a qual constantemente impõe atualizações, exige novas adaptações,

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seduzindo para o ingresso e possível permanência dos indiví-duos no processo de inclusão digital.

Vivemos numa época onde a especificidade da diversidade humana é considerada um elemento determinante para a projeção de novas possibilidades, enriquecendo a construção de novas tecnologias que ampliam significativamente possibi-lidades e podem representar importantes soluções para dife-rentes situações impostas às pessoas. Como exemplo, citamos a ampliação de possibilidades proporcionada a indivíduos que apresentam algumas restrições ou limitações “congênitas ou adquiridas” ao longo da vida. (MOTA, 2001, p. 40) Com o avanço científico e o sucesso de estudos e pesquisas, antigas concepções de deficiências estão perdendo certas rotulações, imprimindo novos valores na sociedade. Ainda na opinião de Mota, “A repercussão do sucesso das novas técnicas e métodos e a credibilidade na capacidade das pessoas cegas...” (MOTA, 2001, p.27) e outras limitações, trouxeram novos ânimos e perspectivas de vida aos Portadores de Necessidades Educati-vas Especiais (PNEEs). Soluções para problemas de locomoção, de audição e de visão são desenvolvidas, ampliando expecta-tivas e possibilidades.

É fundamental que as instituições educacionais atentem para as implicações éticas e políticas, contribuindo para a formação de uma cultura a partir da comunidade escolar, “...de respeito e valorização da diversidade, que conduza ao respeito aos direitos humanos” (PEREIRA et al, 2007, p.34).

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Estamos no final do século e, mais do que nunca, assistimos ao avanço de mobilizações em prol da não valorização dos direitos já assegurados e, ainda, para garantir a ampliação de tantos outros direitos ainda não contemplados [...] O que se pretende, na verdade, “é reconhecer a existência de cidadãos em condições diferentes da maioria e adequar as leis de modo a permitir uma melhor convivência” (Folha de S. Paulo, 1997) avançando, assim, no processo de democratização da sociedade. (BAUMEL, 1998, pp.129-130)

A comunicação foi outro fator que obteve enormes benefí-cios, viabilizando o acesso à informação e aos sistemas de comunicação. Na opinião de Valente (1991, p.28), “Com o avanço da tecnologia de computadores é quase impossível imaginar alguém que ainda se mantenha incomunicável ou que não se beneficie dos processos educacionais por falta de capacidade de comunicação”.

Se, por um lado, os recursos tecnológicos podem ser utili-zados como meios de comunicação entre seres humanos, a arte representa, por outro lado, forma de expressão que poderá ser utilizada para potencializar tais interações. Sobre o assunto, Pais (2000, p.14) afirma:

Da mesma maneira que surdos e mudos podem se comunicar por gestos, o ser humano pode se comunicar por meio de imagens. Na Idade Média, a Arte já servia como linguagem: a evangelização dos analfabetos era feita através de baixos relevos, vitrais e pinturas (Arte Sacra) nas Igrejas, que repre-sentavam passagens da vida de Jesus Cristo. Da mesma forma que os antigos e medievais transmitiam suas mensagens

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através de esculturas e pinturas, o homem moderno também pode expressar seus sentimentos, anseios, alegria e frustrações através da Arte. As artes plásticas sevem como linguagem, expressando mensagens, opiniões, sensações, da mesma forma que a língua falada, gestual, ou escrita. Elas permitem que uma pessoa com dificuldades de expressão (por exemplo, um mudo ou uma paciente de clínica psiqui-átrica) possam estabelecer comunicação com o mundo que os cerca através de símbolos, cores e formas.”1

E na educação? De que forma a tecnologia se apresenta frente ao novo contexto?

Para entendermos com mais clareza a dimensão da evolução tecnológica, focamos nossa atenção nas mudanças. Segundo Nevado, Carvalho e Menezes (2007 p.137):

A virada do último milênio foi marcada pela popularização das novas tecnologias de informação e comunicação (NTICs) – computadores, internet, web e tantos outros recursos que suportam o trânsito de imensos e contínuos fluxos de in-formação, redes de pessoas, produtos e serviços, a criação e divulgação de produtos e manifestações culturais. Tudo isso acontecendo em espaços virtuais e flutuantes, desvin-culados das antigas noções de tempo, espaço, status social e econômico. Os sistemas e ferramentas informatizados são mais que simples veículos de transmissão de informações, porque transcendem os convencionais dispositivos e espaços

1 Considerando a mudança do termo de identificação dos portadores de

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de comunicação, e oferecem maior poder de interação entre os participantes dos processos comunicativos.

Tudo isso determina grandes mudanças nos valores e atitudes das pessoas, pois passam à posição de usuários contínuos desses benefícios, desprezando inúmeros procedimentos que nortearam as ações do homem até pouco tempo.

Estas transformações são visíveis em todos os segmentos da sociedade sendo que o setor industrial e comercial aderiu ra-pidamente, inserindo diferentes recursos, principalmente os computacionais, nas operações de produção e comercializa-ção. Na área educacional, Nevado, Carvalho e Menezes (2007, p. 157) destacam:

Atualmente, deparamo-nos com diversas situações nas quais as tecnologias sinalizam mudanças em várias dimensões de nossa vida. No campo da educação, o contexto não é tão diferente, porém as tecnologias de informação e comunica-ção (TICs) não mudam necessariamente a relacomunica-ção pedagógi-ca. As TICs tanto servem para reforçar uma visão conservado-ra, individualista, quanto uma visão progressista.

Assim, é fundamental que tenhamos clareza nas implicações do processo educacional, uma vez que a própria sociedade elegeu a escola como a instituição oficial, como local de transmissão de informações e ambiente propício para a construção de novos conhecimentos. Desta forma, a construção de novos saberes está atrelada à aprendizagem, a qual se processa constante-mente, uma vez a aprendizagem ao longo da vida do indivíduo,

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Considerando a intensa evolução tecnológica nas últimas décadas, os atores dos ambientes educacionais são influen-ciados a estabelecer parcerias, criar redes de colaboração, be-nefícios estes que surgem com a característica interativa das mídias. O momento atual é de grandes inovações, e a arte não somente acompanha os acontecimentos, como também colabora para que as inovações aconteçam.

Novas tecnologias permitem o surgimento de novas formas de arte, como a fotografia, o cinema, a televisão e, mais re-centemente, a arte digital, multimídias, e arte via internet. Os horizontes e as possibilidades para a manifestação artística ó estão restritos pela nossa própria capacidade de criação. (PAIS, 2000, p.22)

TECNOLOGIAS E MÍDIAS

Mas afinal o que são tecnologias e mídias?

Tecnologia vem do grego “ofício” e “estudo”. Em geral o termo é usado para designar atividades de domínio humano na tentativa de construir utensílios, ferramentas que lhe benefi-ciem, facilitando sua vida e obtendo soluções para inúmeros impasses. A sofisticação de diversos equipamentos tecnológi-cos, que ganharam autonomia, impondo ao próprio homem dependências. Tais dependências são perceptíveis nos mais diversos equipamentos que apresentam, em sua operacio-nalização, comandos previamente instalados, oriundos de fábrica, característicos de inúmeros aparelhos eletrodomés-ticos e equipamentos de informação e comunicação.

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Assim, o usuário está a cada dia mais submisso à tecnologia, mas para se beneficiar destas potencialidades é fundamental que conheça os procedimentos tecnológicos para dominar sua operacionalização, facilitando assim suas tarefas, usu-fruindo do conforto e sofisticação, além da possibilidade de visualizar novos aprimoramentos.

Segundo Giusta e Franco (2003, p.89), mídia significa

Meio ou veículo de comunicação, englobando, principal-mente, os meios impressos (livros, manuais, jornais, revistas, outdoors, panfletos, cartazes, encartes, malas diretas etc.), o cinema – que poderíamos classificar como foto-mecânico –, os eletrônicos, como o rádio a TV e o eletrônico-digital, como a Internet.

A evolução tecnológica vive um ritmo acelerado, promo-vendo inovações constantes. Em todas as partes do mundo, existem pessoas que investem intensamente no aprimo-ramento de novas possibilidades, sofisticando os recursos tecnológicos, beneficiando todas as áreas de conhecimento. Segundo Soares (2008, p. 50) “foi a técnica que possibilitou ao homem sua própria racionalidade e a possibilidade de sua sobrevivência sobre a Terra.”

Constantemente, o papel do professor, que é mediador e promotor de novas possibilidades de aprendizagem nos ambientes educacionais, é aprimorado, modificado continu-amente, uma vez que a docência conta com características interativas semelhantes às promovidas pelas ferramentas

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das tecnologias de informação e comunicação. É tempo de aprender. Mas o que é este aprender? Na concepção de Salgado e Amaral (2006, p.89) “aprender significa o aprendiz ser capaz de utilizar sua experiência de vida e conhecimen-tos já adquiridos na atribuição de novos significados e na transformação da informação obtida, convertendo-a em co-nhecimento”.

Com a inserção de diversas tecnologias nos ambientes educa-cionais, é possível observar sua contribuição nas transforma-ções do processo pedagógico, desde que os encaminhamen-tos desprezem a mediação da simples transmissão de infor-mações. Segundo Nevado, Carvalho e Menezes (2007 p.93):

A tecnologia pode provocar profundas transformações no processo pedagógico, desde que seu uso seja condizen-te a uma prática pedagógica que propicie a construção de conhecimento e não a mera transmissão. Para tanto, é ne-cessário um sujeito capaz de lidar com diferentes situações, de resolver problemas imprevistos, de ser flexível e estar em constante processo de formação.

Entendemos que prática pedagógica, ou seja, a prática do professor, consiste no “conjunto de saberes utilizados pelos profissionais da educação em seu espaço de trabalho cotidiano para o desempenho de todas as suas atividades.” (FIORENTINI, MEDEIROS & CAIAFA, 2008, p. 65)

Atualmente o foco educacional está na efetivação dos processos pedagógicos que favoreçam ambientes de

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construção, o que impõe novas atribuições aos profissionais da educação.

Segundo Prata e Nascimento (2007, p.50) “a construção do conhecimento é a essência do trabalho docente, portanto esse profissional tem de mudar o seu perfil, redefinir o seu papel, ampliando suas competências para poder lidar com as transformações da ciência e da tecnologia”.

Desta feita, os encaminhamentos didáticos com suporte tecnológico precisam contemplar ao máximo o processo de ensino-aprendizagem, explorando as potencialidades dos recursos, beneficiando tanto os usuários, como enriquecen-do toenriquecen-do o processo educacional nas diversas áreas de conhe-cimento. Diversos projetos são executados nas instituições educacionais em parceria com setores externos da sociedade, sendo que é possível verificar esta proximidade através de iniciativas diversas. “Hoje em dia, existem vários programas sociais que usam a arte como forma de educação, valoriza-ção do indivíduo e integravaloriza-ção social.” (PAIS, 2000, p.16) Convém ressaltar ainda que a era digital/tecnológica impõe mudanças inusitadas no setor educacional, reduzindo sig-nificativamente os procedimentos arcaicos, arraigados há décadas. Estas transformações têm sustentação na sociedade, que busca incessantemente aprimorar sua comunicação, modernizando a interação, o atendimento ao cliente, enfim, ao usuário de diferentes serviços.

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Segundo Matínez (1988 in Nevado, Carvalho & Menezes, 2007, p.159), “não estamos numa época de mudanças, estamos numa mudança de época.” É preciso construir novos caminhos, uma vez que este é um período de transição onde tudo está em constante transformação, o que induz todos a assumir continuamente papel de aprendizes. “Na sociedade do conhecimento todas as pessoas deverão ser capazes de continuar a aprender ao longo da vida e, ao mesmotem-po, atuar como agentes de aprendizagem.” (SALGADO & AMARAL, 2008, p.42)

Por meio dos diversos meios de comunicação (imprensa falada, escrita e televisiva) é possível constatar que a mudança é globalizada, atingindo todos os segmentos da sociedade.

As mudanças que estão acontecendo são de tal magnitude que implicam reinventar a educação como um todo, em todos os níveis, de todas as formas. Elas são de tal ordem que afetam a tudo e a todos: gestores, professores, alunos, empresas, sociedade, metodologias, tecnologias, espaço e tempo. (MORAN, 2008, p. 47)

Atualmente, o grande foco de interesse da sociedade está nos benefícios das tecnologias no formato digital. “As pessoas que estão hoje em qualquer tipo de serviço, sabem que devem estar se aprimorando constantemente como forma de se manterem atualizadas e de vencerem novos desafios” (SALGADO & AMARAL, 2008, p. 34).

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Com a diversidade de linguagens expostas à sociedade, as pessoas usuárias das TICs ficam em situação vulnerá-vel quanto à evolução de informações, pois quem ontem dominava certo conhecimento, hoje necessariamente precisa primar pela atualização. E quanto aos que ainda se encontram excluídos do processo digital, obviamente estarão reforçando estatísticas. “Quem não pode ter acesso às múltiplas formas culturais de representação simbólica socialmente constru-ídas (numéricas, artísticas, científicas, gráficas, etc.) está so-cialmente, economicamente e culturalmente empobrecido.” (SALGADO & AMARAL, 2008, p.32)

Considerando a estatística de usuários digitais e/ou conecta-dos, ainda é muito expressivo o número de pessoas que estão fora do processo de inclusão digital.

Estar digitalmente incluído não significa somente ser um usuário de alguns procedimentos computacionais, mas além de dominar o manuseio de ferramentas, ter possibilidades de interferir no contexto de tal forma que possa propor alte-rações, sugerir novas construções, implementando procedi-mentos computacionais.

Mas tudo isto requer motivação e interesse suficiente para que os indivíduos busquem novas informações, as quais precisam estar condizentes com o grau de significados elencados por ele. Pois na opinião de Giusta e Franco (2003, p.56), “Sem atri-buição de significado não há produção de conhecimento, nem aprendizagem...”

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Novo Perfil de Usuário:

Novas Necessidades,

Novas Funções

Utilizar os benefícios das tecnologias vem despertando o interesse da maioria dos indivíduos da comunidade escolar, mas obviamente existe um longo percurso a ser percorri-do, até se alcançar certa autonomia nos procedimentos e manuseio de ferramentas tecnológicas.

Visando o desenvolvimento de várias competências que habilitam o indivíduo a ser efetivamente um usuário digital, é fundamental entender que com a chegada das tecnolo-gias de informação e comunicação nos ambientes educacio-nais, a rotina do trabalho sofre interferências, uma vez que novos desafios e problemas surgem, provocando decisões e ajustes, contribuindo na elaboração de novas estratégias que favoreçam a utilização dos benefícios que as novas tec-nologias proporcionam.

Portanto, ser um usuário dos recursos tecnológicos em plena era digital requer do aprendiz o desenvolvimento de habili-dades e competências específicas, além de induzir a constru-ção de ambientes virtuais de aprendizagem.

Assim, precisamos ter clareza de como ocorre o processo de aprendizagem, entender “como o ser humano constrói sig-nificados e desse modo indicar caminhos para a elaboração

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de estratégias pedagógicas que facilitem uma aprendizagem significativa.” (Prata & Nascimento, 2007, p.123)

Mas o que é aprendizagem significativa?

É natural do ser humano dedicar tempo e empenho naquilo que lhe dá prazer, logo, tem-se muito mais disposição para assuntos familiares, ou motivadores. Assim, o interesse pessoal possivel-mente poderá ser um dos fatores determinantes para o sucesso de qualquer atividade que se irá desenvolver.

A aprendizagem significativa obviamente poderá resultar de atividades onde permeiam a curiosidade e o desafio, via-bilizando a construção de novos conhecimentos. Segundo Moran (2008, p. 48): “O conhecimento se constrói a partir de constantes desafios e atividades significativas que excitem a curiosidade, a imaginação e a criatividade.”

Se o aprendiz estabelece relação entre o que aprende inte-lectualmente e as situações reais de seu contexto, realizan-do experiências, executanrealizan-do ações práticas, possivelmente a aprendizagem será muito mais significativa.

Atualmente, no cenário social, estão presentes os represen-tantes do povo, também envolvidos no processo de evolução, que investem na implementação de diversas ações através das políticas públicas, para garantir a participação dos brasi-leiros menos favorecidos no processo de inclusão digital. Assim, vários programas de inclusão digital estão em execução, viabilizando o acesso ao cidadão brasileiro, uma

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vez que este processo está latente na sociedade. Mas partici-par do processo de inclusão digital requer certa prepartici-paração, um período de alfabetização, que nos conduz ao termo letra-mento digital.

Letramento é um processo que vai além da alfabetização ou da capacidade de decodificar o sistema alfabético, e incorpora a compreensão dos usos sociais da escrita. Letramento digital, portanto, significa não apenas saber como usar as tecnolo-gias digitais; mas entrar em contato com essas tecnolotecnolo-gias de maneira significativa e entender seus usos e possibilidades na vida social. (ARede, Ano 4, n° 42 nov./2008 pág.23)

Na medida em que mais usuários valorizam a informação, contextualizando-a, desenvolvem competências, ampliam seus conhecimentos, apresentam ciência dos benefícios que os recursos das tecnologias da informação e comunicação contribuem para o surgimento de novas necessidades, in-fluenciando novas tendências.

Para promover a inclusão digital, o Governo Federal incentiva amplamente o uso de Software Livre,

Que designa um movimento mundial pela liberdade de co-nhecimento, produção e distribuição de software [...] software livre não é gratuito. Pode até ser gratuito também, mas não é isso que o caracteriza. O que caracteriza um software livre é a liberdade que seu usuário tem de usá-lo, modificá-lo. [...] A liberdade para executar o programa. [...] Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade. (TORNAGHI, 2008, p.36).

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Segundo o mesmo autor, os programas livres são desenvol-vidos por diversos usuários, reconhecidos por Comunidades. Os usuários que utilizam os programas livres podem realizar modificações, as quais quando submetidas à avaliação da “Comunidade do Software Livre”, sendo aprovadas, poderão ser disponibilizadas em rede para outros usuários.

Desta forma, os programas livres são resultados de vários autores e desenvolvedores, sendo que “ninguém detém o direito de propriedade intelectual”. (TORNAGHI, 2008, p.37).

MÍDIA: RECURSOS DIDÁTICOS

Neste tópico estudaremos vários elementos que facilitam a aprendizagem do indivíduo. Entre estes é fundamental en-tendermos o significado e a função dos Recursos Didáticos utilizados no processo educacional, dos quais o educador lança mão para mediar o processo de aprendizagem.

Assim, iremos conferir diversos equipamentos/ materiais que o professor inclui em seu planejamento, na função de suporte para a diversificação das atividades, que oportuni-zam aos seus aprendizes a concretização e a sedimentação da aprendizagem visando alcançar os seguintes objetivos:

tAnalisar a função dos recursos didáticos midiáticos no processo de ensino-aprendizagem.

tCompreender a importância dos recursos computacionais como um recurso didático e tecnológico.

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tConhecer os recursos digitais na formação do professor e como ferramenta pedagógica de apoio ao processo educativo.

RECURSOS DIDÁTICOS

MIDIÁTICOS: SIGNIFICADOS

E FUNÇÃO

Mas afinal o que é o recurso didático?

Antes de efetivamente abordarmos os diferentes tipos de recursos didáticos, é fundamental entendermos o papel desse importante elemento na ação educativa.

Para o estabelecimento do ato educativo, é necessária a presença do aprendiz e do mestre, os quais baseiam a sua interação sob os estudos dos conteúdos/assuntos, por meio de inúmeros materiais que servem de sustentação para viabi-lizar maior clareza à mensagem, ampliando o entendimento. Como recurso didático, compreende-se todos os materiais que contribuem para manter o interesse, a atenção e o equilíbrio entre os atores aprendiz e mestre. Baseado nos estudos de Piaget, Nevado, Carvalho e Menezes (2007, p.160) entendem que:

O sujeito aprendiz é concebido como um ser dinâmico, que a todo momento interage com a realidade, operando ativa-mente com os objetos e pessoas. Essa interação no ambiente faz com que construa estruturas mentais. A interação é um

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construção do conhecimento, pois o conhecimento não acontece a partir do sujeito nem do objeto, mas exatamente na interação entre os dois.”

Mídia: Um Pouco de História

Desde a pré-história a tecnologia tem sido utilizada como meio para viabilizar a comunicação entre indivíduos. Considerando a evolução dos meios de comunicação podemos dizer que os primeiros habitantes do planeta já demonstravam preocupa-ção quanto ao registro de sua história. Na pintura rupestre são encontrados sinais de caça e sobrevivência, possivelmente re-gistrados “para poderem visualizar a estratégia a ser adotada (o que chamamos de planejamento), ou simplesmente para contarem uma história que se passou com eles ou com sua comunidade.” (PAIS, 2000, p.2)

Analisando as possibilidades técnicas e materiais utiliza-dos para viabilizar a comunicação e a dar sustentabilidade ao processo de alfabetização, visando à leitura e à escrita, poderemos citar as famosas pedras encontradas no Egito, os

hieróglifos2, com registros desde antes de 3000 a.C. até 394

d.C. Vale salientar que apenas os religiosos tinham acesso aos hieróglifos. O domínio técnico da leitura e da escrita era, portanto, um privilégio de poucos.

2 Hieróglifo é um termo que junta duas palavras gregas: (hierós) “sagrado”, e

(glýphein) “escrita”. Apenas os sacerdotes, membros da realeza, altos cargos e escribas conheciam a arte de ler e escrever esses sinais “sagrados”. Fonte: http://www.

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Novas tecnologias foram agregadas após a utilização do papiro, do pergaminho, como suporte para a escrita. O apri-moramento dessa nova tecnologia possibilita o surgimento de elementos fundamentais para a comunicação entre os homens e para os registros de nossa história.

Ao tratar de tecnologias que viabilizaram a comunicação entre os homens é importante destacar, ainda, o papel da arte. Como exemplo, mencionamos o papel da imagem utilizada na Idade Média como forma de comunicação, de narrativa e até mesmo de ensino dos valores da época. De maneira própria, com base na tecnologia desenvolvida para concretizar a representação dessas narrativas e de acordo com os cânones vigentes, artistas representavam sua visão de mundo e as mensagens de interesse da Igreja. Sobre o assunto, Pais (2000, p.15) observa que “a arte medieval também tinha uma finalidade educativa, moralizan-te. A pintura era feita nas igrejas como um meio para ensinar as noções religiosas a um povo que, na sua maioria, não sabia ler nem escrever.” Com relação à técnica utilizada nesses registros, o mesmo autor completa sua análise observando que “em alguns retábulos e ícones, as personagens se destacavam dos fundos de cor lisa e chapada, possuindo muitas vezes dourações com folhas de ouro.” (PAIS, 2000, p.3).

Não iremos nos aprofundar neste importante assunto, pretendemos apenas nos situar no tempo e na história da escrita, para compreender o papel das diferentes tecnologias para viabilizar a comunicação no processo de aprendizagem.

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Daremos um grande salto nessa história, para alcançar o momento atual e para refletir a respeito do papel das tecno-logias contemporâneas no processo de ensino e aprendiza-gem, visando discutir possibilidades e, nosso objetivo maior, preparar o terreno para que possamos refletir a respeito do uso de tais recursos no processo educacional, buscando, por fim, direcionar nosso foco para o ensino da arte.

Ferramentas Computacionais

como Recurso Didático

No aspecto educacional, a preocupação com a definição de recursos tecnológicos adequados atinge maior intensidade, uma vez que a comunicação e o registro fazem parte dos procedimentos didáticos, materializando o processo de en-sino-aprendizagem.

Todo processo de ensino aprendizagem requer preparativos de várias ordens, sendo que os recursos humanos são os arti-culadores de oportunidades, além disso, é necessário contar com espaços adequados e materiais de apoio.

Nos últimos anos, o Ministério da Educação – MEC – tem investido intensamente na inserção dos recursos tecnológicos nas escolas públicas do Brasil. De acordo com dados do Mi-nistério da Educação, “Em 2002, somente 11,43% das 188 mil escolas públicas então existentes no país dispunham de labo-ratório de informática.” (ARede, Ano 4, n° 42 nov./2008 p.22).

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Atualmente o debate sobre o uso de recursos tecnológicos na educação tem sido realizado, tanto na mídia como em seminários, encontros, congressos, etc., onde os estudio-sos e pesquisadores buscam caminhos para melhor apro-veitamento desses recursos nos ambientes educacionais. Segundo Moran (p. 41): “Tecnologias na educação, num sentido amplo, abrangem tudo o que nos ajuda a aprender e a ensinar: a voz, os gestos, a linguagem, o quadro de giz, os livros, os jornais, a TV, o computador, a Internet.” A inserção destas e de tantas outras tecnologias no processo educacio-nal interferem diretamente na organização das escolas. A utilização de ferramentas computacionais como recurso didático torna necessária a alfabetização para que as pessoas possam se beneficiar, explorando ao máximo o potencial tecnológico em favor da aprendizagem. É oportuno enten-dermos um pouco a respeito das implicações desse processo de alfabetização. Segundo Barbosa (2005, pp.27-28), “Não se alfabetiza fazendo apenas as crianças juntarem as letras. Há uma alfabetização cultural sem a qual a letra pouco significa. A leitura social, cultural e estética do meio ambiente vai dar sentido do mundo de leitura verbal.” Desta forma, entende-mos que é fundamental o aprendiz compreender o contexto em que vive e perceber o valor que isto representa.

Considerando a diversificação de possibilidades resultante da evolução e da inserção das ferramentas computacionais na rotina das pessoas, Valente (1991, p.64) argumenta que:

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Existe muita criatividade sendo usada nesta área, combi-nando o computador com diversos dispositivos adaptati-vos originando inúmeras maneiras de como o computa-dor pode ser usado como prótese de comunicação para indivíduos portadores dos mais diferentes tipos e graus de deficiência física, sensorial ou mental.

É oportuno compreender a relação necessária entre o indivíduo com limitações e os equipamentos computacio-nais. Esta comunicação/interação atualmente é reconheci-da como interface. Giusta e Franco (2003, p.98) entendem que “a interface homem-máquina representa a reunião de programas e aparelhos materiais que possibilitam a comuni-cação entre o usuário e um sistema informático”.

A exploração adequada do potencial das tecnologias com-putacionais em ambientes de aprendizagem exige que o professor esteja preparado para interagir com a interface de acordo com seu interesse e conteúdo, apresentando habilidades de manuseio e aplicabilidade. Assim, o desafio de ser um eterno aprendiz fica cada vez mais evidente. O aprendiz da era digital vive num mundo globalizado em que os humanos se encontram cada vez mais próximos, cada vez mais conectados, apesar da separação física. Num mundo onde de minuto em minuto um novo fato espoca na mídia, influenciando o aprendiz a novas seleções, para que possa fazer escolhas, com possibilidades interativas.

O aceleramento na comunicação e na interação favorece o desenvolvimento de novas competências e habilidades,

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intensificando as diferenças entre os docentes, distancian-do cada vez mais o fazer pedagógico distancian-do professor que se encontra envolvido no processo de inclusão digital daqueles que ainda não despertaram para as possíveis inovações a que o processo educacional poderá ser submetido com a inserção e a usabilidade dos recursos viabilizados pelo conjunto de ferramentas oriundas das tecnologias da infor-mação e comunicação. Segundo Prata e Nascimento (2007, p.71), “Usuários que mudam seu perfil mais rapidamente, sua forma de lidar com as informações, meta-informações e mesmo seus relacionamentos têm a cada dia mais dificulda-de ao se dificulda-depararem com os métodos ortodoxos encontrados em quase todas as escolas.”

Entendemos que esta variedade de atitudes e procedimen-tos no processo educacional contribui para novas reflexões, discussões entre a classe docente, estabelecendo conflitos que podem promover avanços frente ao leque de opções que se abre, para ser absorvido pelo ato educativo.

Para Valente (1991, p.17),

As novas modalidades de uso do computador na educação apontam para uma nova direção: o uso desta tecnologia não como “máquina de ensinar” mas como uma nova mídia edu-cacional. O computador passa a ser uma ferramenta educa-cional, uma ferramenta de complementação, de aperfeiçoa-mento e de possível mudança na qualidade de ensino.

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novos procedimentos pedagógicos, além do estabelecimen-to e da inclusão de novas parcerias, para ampliar as possibi-lidades de seleção, no ato do planejamento das atividades relativas ao conteúdo curricular, uma vez que

A prática profissional comum de professores da escola de educação básica é da comunicação oral e não escrita. Autoria e produção de inserções de forma sistemática e regular e a troca com pares além muros são competências que estão por ser desenvolvidas. (TORNAGHI, 2008, p. 10.).

Nesse contexto o computador torna-se uma importante fer-ramenta de aprender e ensinar, pois, além de ser compatível com outras mídias, ele gera possibilidades de integrar pro-fessores e alunos, gerando relações mais sólidas e produtivas (TORNAGHI, 2008, p.19).

O estabelecimento de parcerias e a permanente busca de novas informações geram novas oportunidades e pos-sibilidades de práticas que se tornam terreno fértil para germinar inovações tecnológicas, como observa Pais (2000, p.3) ao afirmar que “recentemente a computação nos permitiu desenhar e modelar em três dimensões, através dos programas de desenho, modelagem e animação tridimen-sionais, que podem colaborar na compreensão do espaço”. É importante considerar, entretanto, que o processo de inserção das diversas mídias (como televisão, computador, cinema, teatro, etc.) nas instituições escolares impõe diversas

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alterações, não somente em suas estruturas físicas, tornando necessária uma reorganização espacial, arquitetônica, como também uma reformulação dos serviços e dos recursos humanos que a integram e a atendem (SILVA, 2003).

O processo de re-reconstrução dos diversos ambientes edu-cacionais acontece concomitantemente com a qualificação dos profissionais e pessoas da comunidade escolar, pois “a nova cultura de aprendizagem exige um novo perfil de aluno e de professor, exige novas funções discentes e docentes, as quais só se tornarão possíveis se houver uma mudança de mentalidade, uma mudança nas concepções” (SALGADO, 2008, p.32).

Estabelecer novas parcerias, envolvendo novos colaborado-res no processo, poderá fortalecer a execução das ações, além de resultar em atividades educativas mais prazerosas a todos os aprendizes, uma vez que na atual sociedade contemporâ-nea a inclusão digital é direito de todos os cidadãos, mas na maioria das vezes a escola é “a única referência positiva da sociabilidade e formação disponível para crianças e jovens.” (TORNAGHI, 2008, p. 6).

Cabe ao segmento educacional das três esferas (municipal, estadual e federal) fortalecer as equipes pedagógicas para enfrentar tais desafios, oferecendo fomento e sustentabili-dade para a realização de diversas ações, através de idéias novas, criativas, empreendedoras, para abrir as portas da escola, levando a escola além do muro, conquistando a

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escola que reproduz conhecimento produzido além de seus muros, produz conhecimentos intramuros e os troca além muros” (TORNAGHI, 2008, p. 7).

Com base nas teorias de Piaget, Nevado, Carvalho e Menezes, (2007, p.122) afirmam que o ato educativo requer associa-ções para ultrapassar limites individuais pois,

Para existir cooperação deve haver interação e colabora-ção, objetivos comuns, atividades e ações conjuntas e co-ordenadas. A cooperação, nesta perspectiva, caracteriza-se pela coordenação de pontos de vista diferentes, pelas ope-rações de correspondência, reciprocidade ou complemen-taridade e pela existência de regras autônomas de condu-tas fundamentadas de respeito mútuo.

Assim, a escola, professores, alunos, gestores e demais en-volvidos no processo educacional são os protagonistas que trocam, negociam, planejam, decidem, selecionam os caminhos do dia-a-dia. Para tanto, o docente precisa subme-ter-se à capacitação permanente e ter consciência de que está sempre em processo de aprendizagem, não somente na condição de aprendiz em formações, mas também no próprio processo de ensino e aprendizagem. Em resumo: ele está sempre na condição de professor/aprendiz e, nessa articulação, enquanto ensina ele também aprende.

Para atender a função de mediador da aprendizagem, o professor deverá visualizar com clareza que “Educar com qualidade implica organizar e gerenciar atividades didáticas na formação e na prática docente em diferentes espaços e tempos.” (MORAN, 2008, p. 42).

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Construir sua própria formação profissional induz o professor a mudar sua postura e a maneira de conduzir a mediação peda-gógica com seus aprendizes, concretizando-se disto, na medida em que é “capaz de perceber o papel das tecnologias de in-formação e comunicação nos setores da cultura contemporâ-nea e de situar sua importância para a educação.” (FIORENTINI, MEDEIROS & CAIAFA, 2008, p. 67).

É característica de o processo educacional estar em constante mutação, evolução. Mas atualmente, na era digital, mais do que nunca o momento é de construção. Estamos construin-do uma nova identidade profissional para os construin-docentes. Se estivermos edificando, estruturando novas possibilidades, obviamente, nosso horizonte precisa incluir experiências alheias, analisando outros olhares. Neste momento, cientes do principal foco deste Curso, Licenciatura em Artes Visuais, lembramos que, em 1928, Oswald de Andrade escreveu o Manifesto Antropofágico (concepção do fazer artístico e cultural brasileiro dos modernistas), que consiste na assimila-ção de todas as manifestações culturais dos diferentes povos, para a projeção de produções locais. De acordo com Tornaghi (2008, p.17), “Faz quase um século que nos ensinaram que o fazer brasileiro não é europeu, não é indígena, nem negro: é tudo isso ao mesmo tempo”. Portanto, é tempo de construir-mos uma nova educação. As tecnologias são importantes aliadas nessa missão.

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Educador na Era Digital

O educador da era digital deverá desenvolver competências para utilizar adequadamente os recursos digitais, portanto precisa “conhecer diferentes mídias com que se pode trabalhar usando tecnologia digital, identificar novas lingua-gens trazidas por essas mídias e compreender o respectivo potencial para o ensino e a aprendizagem, situando-as no contexto da escola em que atua.” (SALGADO, 2008, p.18). Assim, a prática pedagógica consiste numa permanente busca de novos desafios, com o intuito de desenhar novos caminhos a serem percorridos, e posteriormente explorados pelos aprendizes.

As tecnologias oferecem inúmeros serviços e nos apresen-tam importantes espaços que integram a sociedade. Dessa forma, como observa Moran (2006), elas revestem-se de um significativo papel como fontes de pesquisa, observações, mapeamentos em uma diversidade de fontes, tais como em museus, centros culturais, cinemas, teatros, parques, praças, ateliês, planetários, zoológicos, centros esportivos, centros comerciais, centros produtivos. Além disso elas viabi-lizam compartilhamento de informações de diversas ordens, inclusive ao oferecer ambientes virtuais de aprendizagem, servindo com instrumentos fundamentais na capacitação dos profissionais, e que poderá provocar mudanças signifi-cativas na educação.

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A presença de tecnologias nos ambientes educacionais poderá flexibilizar os processos de ensinar e aprender, desde que os alunos sejam “protagonistas do próprio aprendizado e construtores de seu conhecimento, de acordo com sua dispo-nibilidade e ritmo.” (ARede, Ano4, n° 42, nov.2008, p. 23) Atribui-se aos docentes o papel de orientadores, com compe-tências para reconhecer mídias, identificar linguagens, reco-nhecendo seu potencial de criar “novas formas de distribuir socialmente o conhecimento, que estamos apenas começando a vislumbrar, mas que, seguramente, tornam necessárias novas formas de alfabetização (literária, gráfica, informática, científica, etc.).” (POZO, 2001 in SALGADO & AMARAL, 2008, p.30).

Como estas competências obviamente ainda estão em construção na formação da maioria dos profissionais que atuam no setor educacional, se faz necessário constante-mente conferir novas informações, que contribuam para a ampliação de seus conhecimentos.

Uma das grandes promessas tem sido o desenvolvimento dos aparelhos celulares, contribuindo excepcionalmente para a expansão das tecnologias da informação e comunicação. Tudo isto amplia a interferência no dia-a-dia, transforman-do totransforman-do o contexto, deixantransforman-do a sociedade interconectada, alterando a rotina, os interesses e as ocupações dos usuários, uma vez que é possível acessar as informações de qualquer lugar e a qualquer hora, ultrapassando tempo e espaços, in-teragindo coletivamente na rede mundial, resultando num construir coletivo, numa produção em grupo.

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Assim, utilizar os recursos das tecnologias da informação e comunicação, no processo educacional, requer muito mais do que dominar o manuseio das ferramentas digitais, é fun-damental tanto “saber manejar o computador e utilizar os recursos que a web oferece quanto atuar de modo reflexivo, examinando temas e situações-problema concretos, que desafiem a busca de encaminhamentos e soluções de forma conjunta entre os participantes” (BASTOS, 2008, p. 226). Para garantir o acompanhamento da evolução tecnológica, é ne-cessário que os docentes ingressem em cursos de capacitação continuada de professores. “Assim, é preciso que se organizem para estudar, reconheçam suas próprias necessidades e dificul-dades de aprendizagem e realizem ações adequadas para solu-cioná-las de modo efetivo, exercendo o controle e imprimindo o ritmo que lhes assegurem aprender o que lhes foi proposto, no tempo acordado” (FIORENTINI, MEDEIROS & CAIAFA, 2008, p. 67). A condição de eterno aprendiz contribui para que os docentes possam compreender e auxiliar com mais propriedade os seus alunos, atendendo as diversas limitações e especificidades dos mesmos. O professor necessariamente precisa de uma formação planejada, continuada e inovadora para utilizar ar-ticuladamente as tecnologias, e propor o desenvolvimento de atividades que desafiam o aprendiz. Desta forma, se justifica “a importância da atuação do professor e respectivas competên-cias em relação à mobilização e emprego das mídias, subsidia-do por teorias educacionais que lhe permitam identificar em que atividades essas mídias têm maior potencial e são mais

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Hoje, a tendência mundial da educação sugere que os pro-fissionais desta área ingressem em cursos na modalidade a distância, favorecendo a capacitação em serviço, além de encurtar espaços e tempo, ultrapassando fronteiras, onde as “.Comunidades Virtuais de Aprendizagem promovem um novo modo do ser, de saber e de aprender, onde cada novo sistema de comunicação da informação cria novos desafios, que implicam novas competências e novas formas de construir conhecimento.” (COSTA, 2005, p. 4).

Uma das maiores contribuições das tecnologias da informa-ção e comunicainforma-ção na educainforma-ção é vista no ensino quando se analisa as modalidades de ensino presencial e a distância. Na opinião de Giusta e Franco (2003, p.11), “com as tecnologias cada vez mais rápidas e integradas, o conceito de presença e distância se altera profundamente e as formas de ensinar e aprender também.” Na atual sociedade do conhecimento, a ordem primordial induz o estabelecimento de associações. Através das possibilidades interativas e da rapidez com que as tecnologias processam informações, distribuindo-a para qualquer continente, os usuários aprendizes estão entenden-do que as comunidades colaborativas vêem senentenden-do o caminho para o desenvolvimento pessoal e coletivo. Desta forma, “os diferentes estilos, personalidades e especializações são va-lorizados no ato coletivo, favorecendo o respeito mútuo e as relações de reciprocidade, que se geram no âmbito da comu-nidade.” (COSTA, 2005, p. 4).

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Educação a Distância:

Um Recurso a Mais

Na qualidade de estudantes de uma Licenciatura oferecida a distância, vocês sabem bem como funciona a Educação a Distância, não é mesmo? A EAD é uma modalidade de ensino onde o professor e os alunos estão separados no espaço e/ou tempo e a comunicação é mediada por do-cumentos impressos ou por alguma forma de tecnologia (Internet, vídeo conferência, etc.) que vem se apresentando como um grande desafio para o professor, acostumado ao modelo clássico de ensino da sala de aula presencial, onde os aprendizes podem ser co-autores da comunicação e da aprendizagem, considerando que o controle do aprendiza-do é realizaaprendiza-do mais intensamente pelo aluno aprendiza-do que pelo instrutor distante.

A educação a distância, é a modalidade de ensino que mais se beneficia da diversidade de recursos oriundos da evolução das tecnologias, como o desenvolvimento

da multimídia e de hipertextos, além da ampliação dos espaços interativos na internet, como blogs, videologs, fotologs, listas de discussão, orkut, MSN e a formação de comunidades virtuais, plataformas de ensino denominadas Ambientes Virtuais de Aprendizagem – AVA, tornam-se ferramentas corriqueiras na medida em que os aprendizes avançam no seu processo de inclusão digital.

No ambiente on-line o professor terá que modificar sua velha postura, inclusive para não subutilizar a disposição à intera-tividade própria do virtual. No lugar da memorização e da transmissão centradas no seu falar-ditar, o professor propõe a aprendizagem aos estudantes modelando os domínios do

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conhecimento como espaços abertos à navegação, mani-pulação, colaboração e criação. Ele propõe o conhecimento em teias (hipertexto) de ligações e de interações, permitindo que os alunos construam seus próprios mapas e conduzam suas explorações. Cabe ao tutor, a quem compreende a função de ser facilitador e mediador da aprendizagem, motivar, estimular, orientar e avaliar todo o desenvolvimen-to do curso. Essa modalidade de ensino exige a formação de equipes coesas, que possam exercer as diversas funções para que o trabalho on-line seja bem aproveitado. O trabalho em conjunto da equipe técnica e operacional e da coordena-ção é fundamental para o bom desenvolvimento do curso, na solução dos problemas que possam surgir no ambiente virtual de aprendizagem.

Em cursos a distância é recomendável um período inicial de capacitação tecnológica para os participantes, o que contribui para o desenvolvimento progressivo da autonomia do aprendiz. Segundo, Giusta e Franco (2003, p.82)

É fundamental a compreensão dos fatores intervenientes nos processos de comunicação e de interação on line. Di-ficuldades e problemas relativos à tecnologia, por exemplo, podem inviabilizar não só a relação professor-aluno, como também a interação entre os estudantes.

É nesses impasses que se percebe a importância da participa-ção de tutores presenciais e/ou a distância, monitores e/ou até outros profissionais ligados ao curso, durante todo o processo de ensino, acompanhando e assessorando o alunos nas suas

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limitações, quer de ordem pessoal ou tecnológica. Observa-se, nos dias atuais, que há um número crescente de organiza-ções e instituiorganiza-ções oferecendo cursos em várias áreas. No caso do nosso curso, por exemplo, temos 5 instituições de ensino

superior (IES) envolvidas no projeto3. Além delas, existem

várias outras universidades, públicas ou privadas, oferecen-do cursos a distância com o aval oferecen-do Ministério da Educação. Esta modalidade de ensino está regulamentada pela nova LDB (Leis e Diretrizes Básicas), Decreto n.º 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, do Art. 80 da LDB (Lei n.º 9.394/96).

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Edu-cacionais Anísio Teixeira (INEP), em 2007, apenas 12% da população brasileira tinha curso universitário, quando a média dos países desenvolvidos é de 40%. Para suprir essa carência, há uma crescente tendência de oferta de formações a distância. Atualmente, no Brasil, 97 instituições públicas e privadas oferecem cursos de graduação na modalidade a distância, sendo que 1/3 são universidades e centros

tecno-lógicos federais4.

Analise o quadro do INEP, para conferir o crescimento da educação a distância nos últimos anos:

3 Participam do projeto as seguintes IES: Universidade Federal de Goiás, Universidade Federal do

Maranhão, Universidade Federal de Rondônia, Universidade de Brasília e Universidade Estadual de Montes Claros.

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Fonte: Censo da Educação Superior - Inep in: ARede Ano4 n° 45 Março 2009, p.12

Atualmente o MEC investe na Universidade Aberta do Brasil (UAB), estabelecendo parcerias entre as universidades federais e as prefeituras municipais e os governos estaduais para a implan-tação de novos Pólos. Neste momento existem 560 Pólos, os quais devem apresentar infra-estrutura necessária para garantir qualidade de ensino dos oitenta mil alunos.

Para contemplar as necessidades básicas dos Pólos, é neces-sária uma biblioteca com acervo bibliográfico de acordo com a natureza do(s) curso(s), laboratório de informática e outros ambientes para as oficinas de acordo com a especificidade dos mesmos.

De acordo com a regulamentação desta modalidade de ensino, além do apoio ao aluno o pólo deve dispor de tutoria para a proposição e o acompanhamento de atividades e avaliações presenciais obrigatórias, para estágio e defesa de trabalhos de conclusão de curso.

GRADUAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL

Ano Instituições-pesquisadas N° de cursos Vagas Candidatos Inscritos

Ingressos Matrículas Concluintes

2003 1859 52 24025 21873 14233 4991 4005 2004 2013 107 113079 50706 25006 59611 6746 2005 2165 189 423411 233626 127014 114642 12626 2006 2270 349 813550 430229 212246 207206 25804 2007 2281 408 1541070 537959 302525 c/vestibular 26746 s/vestibular 369766 29812

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Alguns Recursos Digitais

On-Line

“Uma biblioteca digital é onde o passado encontra o presente e cria o futuro.” Avul Pakir Jainulabdeen Abdul Kalam5

PORTAL DO PROFESSOR

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O Portal do Professor é um espaço para troca de ex-periências entre professores do ensino fundamental e médio. É um ambiente virtual com recursos educacio-nais que facilitam e dinamizam o trabalho dos profes-sores. O conteúdo do portal inclui sugestões de aulas de acordo com o currículo de cada disciplina e recursos como vídeos, fotos, mapas, áudio e textos. Nele, o professor poderá preparar a aula, ficará informado sobre os cursos de capacitação oferecidos em muni-cípios e estados e na área federal e sobre a legislação específica. (Portal do Professor, 2009).

Trata-se de um portal de caráter público que visa apoiar o professor no trabalho docente, disponibilizando um acervo

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de produtos digitais em vários formatos (vídeos, áudios, textos, imagens, etc.), além de oferecer informações e links que conduzem a outros ambientes interessantes ao pla-nejamento pedagógico dos professores. Existem, nesse ambiente, opções de acesso a conteúdos, os quais podem ser selecionados através de sistema de busca, atendendo aos comandos previamente inseridos no momento da cataloga-ção de acordo com os critérios de classificacataloga-ção do próprio Portal. Estes recursos digitais podem servir como atividade investigativa ou de simulação, além de complementar as in-formações de inúmeros conteúdos, ampliando as competên-cias dos professores.

O Portal dispõe dos seguintes recursos7 (Fig. 1):

7 Informações obtidas no próprio Portal do Professor, em http://portaldoprofessor.

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tEspaço da aula – apresenta possibilidades de construção co-laborativa de propostas pedagógicas e disponibiliza orienta-ções e ambiente pré-formatado para a construção de novas sugestões a serem publicadas em rede.

tJornal do Professor – veiculado quinzenalmente, aborda assuntos educacionais prevendo, além da possibilidades de envio de sugestões, comentários e críticas, a publicação de notícias e de documentos que normatizam a educação, contemplando os diversos níveis e modalidades de ensino. Apresenta, ainda, sugestões de bibliografias relacionadas às áreas de conhecimento, vídeos, áudios, além da divulgação de eventos, seminários, cursos, congressos, etc. Cada edição traz entrevistas que apresentam depoimentos de profissio-nais que ampliaram sua caminhada acadêmica por meio de estudos e pesquisas.

tRecursos educacionais – atualmente8 há 3038 recursos

publicados no Portal do Professor, os quais são de acesso público, disponíveis para o uso no processo de ensino-aprendizagem. Estes recursos multimídia vêm enriquecer o acervo do professor, uma vez que viabilizam a reprodução de cópias em memória removível dos conteúdos de diversos formatos (textos, imagens, áudio, vídeo, mapas, etc.), bem como conferem experimentos e simulações.

tCursos e materiais – nesse ambiente é possível conferir a oferta de cursos de capacitação continua-da oferecidos pelo MEC aos profissionais continua-da educação. Quanto aos Materiais, é possível acessar diferentes arquivos

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com conteúdos diversos, desde tutoriais, cadernos pedagó-gicos, cartilhas, encartes da programação da TV Escola, le-gislação, parâmetros e referências, indicadores de avaliação, edições especiais, entrevistas, etc.

tInteração e Comunicação – link para outros espaços inte-rativos, fora do Portal do Professor, que levam a ambientes de Fóruns, Listas, Comunidades Virtuais, Webquests, Blogs, Rádios, entre outros, mas todos com características afins, o processo educacional.

tLinks – conduzem a inúmeras páginas na WEB, tanto brasilei-ras como estrangeibrasilei-ras, onde é possível acessar outros portais, como revistas on-line, bibliotecas, dicionários, recursos digitais, observatórios e planetários, etc.

tPlataforma Paulo Freire – criada com o objetivo de gerenciar informações a respeito do Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica. Esse plano foi proposto como resultado da ação conjunta do MEC com Instituições Públicas de Educação Superior (IPES) e Secretarias de Educação dos Estados e Municípios visando atender às demandas, priorida-des e metodologias dos entes federados de forma a assegurar a formação exigida na LDB para todos os professores que atuam na educação básica. Por meio deste Plano, o docente sem formação adequada poderá se graduar nos cursos de 1ª Licenciatura.

Por meio da Plataforma Freire o professor poderá ter acesso a informações a respeito de cursos oferecidos. Nesse mesmo espaço ele fará sua pré-inscrição em cursos, além de ter seu currículo cadastrado e atualizado. A partir da pré-inscrição

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dos professores e da oferta de formação pelas IES públicas, as secretarias estaduais e municipais de educação terão na Plataforma Freire um instrumento de planejamento estraté-gico capaz de adequar a oferta das IES públicas à demanda dos professores e às necessidades reais das escolas de suas redes. A partir desse planejamento estratégico, as pré-inscri-ções são submetidas pelas secretarias estaduais e municipais às IES públicas, que procederão à inscrição dos professores nos cursos oferecidos.

Porta Curtas

Mantido pela Petrobrás, o site Porta Curtas (Fig. 2) disponi-biliza inúmeros curtas-metragens no endereço eletrônico: http://www.portacurtas.com.br/index.asp. Atualmente estão

QUE TAL UMA PEQUENA EXPEDIÇÃO EXPLORATÓRIA, ARGONAUTA?

Vamos conhecer melhor o Portal realizando uma navegação coletiva, explorando ambientes culturais?

Começaremos pelo ícone Bibliotecas/Biblioteca Digital – Obras Raras e Especiais. Conduziremos sua navegação, sugerindo que clique sobre o link Ciência no Cotidiano – Artes, onde destacamos três arquivos a serem analisados. Confira os formatos PDF e vídeo.

t A xilogravura de Rubem Grilo t Irmãos Campana: do design à arte t Oscar Niemeyer: o arquiteto do século

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catalogados 5593 curtas-metragens, sendo que 700 estão disponíveis para assistir na integra. Visando a utilização pe-dagógica deste acervo, o próprio portal oferece um espaço especial, intitulado CURTA NA ESCOLA, que apresenta diversos filmes de alto potencial didático, contemplados com comentários de diversosprofissionais da educação, entre eles pedagogos convidados. Além disso, o Porta Curtas gerencia o acesso dos usuários, disponibilizando um sistema de cadastramento. Portanto, cadastre-se faça parte da comu-nidade de construção colaborativa de conteúdos sobre a uti-lização de curta-metragens brasileiros como recurso didático em sala de aula.

Neste espaço é possível conferir também alguns links para várias páginas onde outras novidades pedagógicas podem ser acessadas como, por exemplo, o EducaRede (www.educarede. org.br), que disponibiliza serviços de pesquisa, comunicação,

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Outro link de grande importância para a formação do professor e também de uso pedagógico é a versão on-line da revista mensal Nova Escola. Além disso, também é possível acessar o site klickeducação, um portal para professores, pais e alunos, que apresenta um acervo em vários formatos (textos, imagens, vídeos, áudios, etc.), em diversas áreas de conhecimento, con-templando inúmeros conteúdos das disciplinas acadêmicas, além do tópico especial, Cultura Brasileira.

Portal Domínio Público

Criado em 2004, o Portal Domínio Público9 (Fig.3) é uma

iniciativa do Governo Federal, que objetiva disponibilizar uma biblioteca virtual para todos os usuários, visando pro-porcionar “a coleta, a integração, a preservação e o compar-tilhamento de conhecimentos [...] de forma livre e gratuita [buscando] incentivar oaprendizado, a inovação e a coopera-ção entre os geradores de conteúdo e seus usuários”.

O usuário poderá acessar esse acervo virtual gratuito para efetuar leituras, pesquisas e reprodução de inúmeras obras de literatura, ciências, artes, pesquisas científicas, através de um sistema de classificação em categorias que atendem diversas áreas. Neste agrupamento encontramos arquivos nos formatos de áudio, vídeo, textos e imagens, que inclusive contemplam várias áreas pedagógicas. Dependen-do da mídia selecionada é possível conferir Dependen-documentários,

Referências

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