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Academic year: 2021

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TÍTULO: EFEITOS DO TABAGISMO NOS PARÂMETROS HEMATOLÓGICOS TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: BIOMEDICINA SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): ISABELA MARIA ROSSIGNOLO MUNHATO, PALOMA CRISTINA DOS SANTOS AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): MARCO AURÉLIO FERREIRA FEDERIGE ORIENTADOR(ES):

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1. RESUMO

O uso do tabaco em suas diferentes formas se deu por diversos motivos, desde fins religiosos, culturais e medicinais inclusive para aceitação social. Atualmente existe conhecimento suficiente para desencorajar o uso do tabaco, pois está relacionado a mais de 50 doenças. O tabaco é considerado pelos profissionais de saúde, médicos e laboratoristas como uma variante responsável por alterações em exames laboratoriais, tais como número de eritrócitos, volume globular, concentração de hemoglobina e contagem de leucócitos, quando comparados a não fumantes. O objetivo desse estudo foi verificar as alterações nos parâmetros analisados no hemograma. Foram avaliados 20 indivíduos voluntários, 10 do sexo feminino e 10 do sexo masculino. Os participantes foram divididos em dois grupos: fumantes (consumo de mais de 5 cigarros por dia) e não fumantes. Os parâmetros hematológicos foram analisados no equipamento Wiener lab Counter 19 e a análise diferencial de células foi realizada por meio de avaliação microscópica de lâmina. Os resultados das comparações dos parâmetros hematológicos não foram significativas devido ao pequeno número de indivíduos. Apesar de não obtermos resultados significantes pode-se observar uma tendência no aumento dos parâmetros eritrocitários e do número de leucócitos totais de fumantes em relação aos não fumantes.

2. INTRODUÇÃO

O tabaco é usado há muitas décadas e atualmente existe conhecimento suficiente para desencorajar seu uso, pois está relacionado a mais de 50 doenças (GUERRA MP., 2004; MUSK AW., 2003; PORTAL BRASIL, 2009; ROUTH HB. et al., 1998). A OMS estima que o consumo de tabaco atualmente seja o responsável pela morte de cerca de seis milhões de pessoas em todo o mundo a cada ano com muitas dessas mortes ocorrendo prematuramente. Este total inclui cerca de 600.000 pessoas também são estimados a morrer dos efeitos do fumo passivo (WHO, 2015).

A fumaça do cigarro tem mais de 4.700 substâncias tóxicas que os usuários dos produtos do tabaco são expostos diariamente. O monóxido de carbono (CO), por exemplo, possui alta afinidade pela hemoglobina e isso faz com que tenha uma

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diminuição na concentração de oxigênio (CAVALANTE TM., 2005; OGA, 2008; NORDENBERG, et. al., 1990; NUNES, 2006; PORTAL BRASIL, 2014).

O tabaco é considerado pelos profissionais de saúde, médicos e laboratoristas como uma variante responsável por alterações em exames laboratoriais, tais como número de eritrócitos, volume globular, concentração de hemoglobina e contagem de leucócitos, quando comparados a não fumantes (GUARTURA et al., 2000; SIQUEIRA, 1997; NUNES, 2006; FIGUEIRÓ et al., 2012).

3. OBJETIVO

O objetivo desse estudo foi verificar as alterações nos parâmetros analisados no hemograma.

4. METODOLOGIA

Foram avaliados 20 indivíduos voluntários, 10 do sexo feminino e 10 do sexo masculino. Os participantes foram divididos em dois grupos: fumantes (consumo de mais de 5 cigarros por dia) e não fumantes:

Grupo FF: 5 indivíduos do sexo feminino fumantes Grupo FNF: 5 indivíduos do sexo feminino não fumantes Grupo MF: 5 indivíduos do sexo masculino fumantes Grupo MNF: 5 indivíduos do sexo masculino não fumantes

Os grupos foram pareados em relação a idade: FF (26 ± 5), FNF (26 ± 4), MF (29 ± 11), MNF (29 ± 12).

Foram utilizados como critérios de exclusão: anemia, doença auto imune, diabetes, insuficiência renal e problemas respiratórios.

Todos os participantes foram informados previamente sobre todos os procedimentos do projeto de pesquisa e assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido.

As amostras de sangue foram colhidas em tubos de ensaio contendo EDTA. Os parâmetros hematológicos foram avaliados no equipamento Wiener lab Counter 19 e a análise diferencial de células foi realizada por meio de avaliação microscópica de lâmina contendo esfregaço sanguíneo com coloração panótica (metanol, corante eosina, corante azul de metileno).

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Os dados foram avaliados primeiramente pelo teste de Kolmogorov-Smirnov para confirmação da distribuição gaussiana. Os grupos foram comparados por meio do teste “t” de student. Foi considerado como nível de significância p< 0,05.

5. DESENVOLVIMENTO

Historicamente, o uso do tabaco em suas diferentes formas se deu por diversos motivos, desde fins religiosos, culturais e medicinais inclusive para aceitação social (GUERRA MP., 2004; MUSK AW., 2003; ROUTH HB. et al., 1998). Atualmente existe conhecimento suficiente para desencorajar o uso do tabaco, pois está relacionado a mais de 50 doenças sendo responsável por 30% das mortes por câncer de boca, 90% das mortes por câncer de pulmão, 25% das mortes por doença do coração, 85% das mortes por bronquite e enfisema, 25% das mortes por derrame cerebral (PORTAL BRASIL, 2009). A OMS estima que o consumo de tabaco é atualmente o responsável pela morte de cerca de seis milhões de pessoas em todo o mundo a cada ano com muitas dessas mortes ocorrendo prematuramente. Este total inclui cerca de 600.000 pessoas também são estimados a morrer dos efeitos do fumo passivo (WHO, 2015).

A fumaça do cigarro tem mais de 4.700 substâncias tóxicas que os usuários dos produtos do tabaco são expostos diariamente, aproximadamente sessenta estão relacionadas ao desenvolvimento de doenças graves (CAVALANTE TM., 2005). O alcatrão, por exemplo, é composto de mais de 40 compostos cancerígenos. A nicotina é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) droga psicoativa que causa dependência. Ela também aumenta a liberação de catecolaminas, que contraem os vasos sanguíneos, aceleram a frequência cardíaca, causando hipertensão arterial (PORTAL BRASIL, 2014). Já o monóxido de carbono (CO) possui alta afinidade pela hemoglobina, ligando-se a ela, e indisponibilizando o sítio de ligação para a molécula de oxigênio. Dessa forma, há uma diminuição na concentração de oxigênio e aumento dos valores de carboxihemoglobina. Em função disso, o organismo, compensatoriamente, aumenta a produção de eritrócitos, numa tentativa de aumentar a disponibilidade dos sítios de ligação com o oxigênio. Com isso, o sangue torna-se mais viscoso, comprometendo a circulação periférica e a oxigenação dos tecidos podendo causar uma aterosclerose (OGA, 2008; NORDENBERG, et. al., 1990; NUNES, 2006; PORTAL BRASIL, 2014).

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O tabaco é considerado pelos profissionais de saúde, médicos e laboratoristas como uma variante responsável por alterações em exames laboratoriais, tais como número de eritrócitos, volume globular, concentração de hemoglobina e contagem de leucócitos, quando comparados a não fumantes (GUARTURA et al., 2000; SIQUEIRA, 1997; NUNES, 2006; FIGUEIRÓ et al., 2012).

O hemograma é um exame que qualifica e quantifica os componentes do tecido sanguíneo. Embora sejam inespecíficas, as informações contidas num hemograma sugerem o diagnóstico das mais diversas patologias humanas. Dessa forma, é um exame básico e importantíssimo para análise clínica do paciente (GROTTO, 2008).

O objetivo desse estudo foi verificar as alterações nos parâmetros analisados no hemograma.

6. RESULTADOS

Cada grupo foi constituído por 10 mulheres e 10 homens. Os participantes do estudo, em sua maioria, eram solteiros, estudantes e trabalhavam.

Os resultados das comparações dos parâmetros hematológicos são apresentados a Tabela 1. As diferenças estatísticas não foram significativas devido ao pequeno número de indivíduos.

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Tabela 1. Avaliação dos parâmetros hematológicos entre fumantes e não fumantes NÃO FUMANTES (n=10) FUMANTES (n=10) p HEMÁCIAS (milhões/mm³) 4,7 ± 0,5 4,8 ± 0,3 0,8068 HEMOGLOBINA (g/dl) 13,9 ± 1,1 14,4 ± 1,1 0,3454 HEMATOCRITO (%) 43,8 ± 3,7 44,7 ± 3,5 0,5631 VCM (fl) 88,7 ± 4,5 92,0 ± 3,8 0,0941 HCM (pg) 28,6 ± 1,1 29,4 ± 0,8 0,0804 CHCM (%) 31,6 ± 0,9 31,9 ± 0,7 0,4298 RDW (%) 13,3 ± 0,7 13,4 ± 0,6 0,7305 LEUCÓCITOS (mm³) 7540 ± 1870 9400 ± 3128 0,124 SEGMENTADO (mm³) 4583 ± 2056 5320 ± 2482 0,208 EOSINÓFILO (mm³) 124,2 ± 84 404,5 ± 345 0,8696 BASÓFILO (mm³) 0 0 N/S LINFÓCITO (mm³) 2621 ± 822 3358 ± 1034 0,5032 MONÓCITO (mm³) 282,3 ± 129 526,8 ± 205 0,4183 PLAQUETAS (mm³) 224.800 ± 49136 267.400 ± 48374 0,0665 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

No presente estudo, comparando fumantes com não fumantes não foi possível verificar alterações significativas nos parâmetros hematológicos, ao contrario dos trabalhos Figueiró et al, 2012 (n=20) e Asif et al., 2013 (n=71) que demonstraram variações nos parâmetros relacionados ao eritrócito, essa variação pode-se associar ao pequeno número de indivíduos por nos analisados.

Seriam necessários estudos futuros com o número de participantes maior para realizarmos uma comparação ideal com outros estudos.

Apesar de não obtermos resultados significantes pode-se observar uma tendência no aumento dos parâmetros eritrocitários e do número de leucócitos totais de fumantes em relação aos não fumantes.

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7. FONTES CONSULTADAS

1. Guerra MP. A abstenção tabágica: reflexões sobre a recaída. Análise Psicológica. 2004;22(3):507-18.

2. OGA, Seizi; CAMARGO, Marcia Maria de Almeida; BATISTUZZO, José Antonio de Oliveira. Fundamentos de toxicologia. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2008.

3. GROTTO, Helena Z. W.. O hemograma: importância para a interpretação da biópsia. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia: 2009, vol. 31, n. 3, p. 178-182. Obtido via internet.

4. GUATURA, Sandra Baltazar; MARTINEZ, José Antônio Baddini; BUENO, Patrícia Cincotto dos Santos; SANTOS, Manuel Lopes dos. Increased exhalation of hydrogen peroxide in healthy subjects following cigarette consumption. São Paulo, Sao Paulo Medical Journal, vol. 118, n. 4, p. 93-98.

5. SIQUEIRA, Maria Elisa P. B.; MARTINS, Isarita; COSTA, Andréia C.; ANDRADE Eronice L.; ESTEVES, Maria Teresa C.; LIMA, Selmo A.. Valores de referência para carboxiemoglobina. São Paulo, Revista de Saúde Pública, v. 31, n. 6, p. 618-623, 1997.

6. Musk AW. De Klerk NH. History of tobacco and health. Respirology. 2003;8(3):286-90.

7. Routh HB, Bhowmik KR, Parish JL, Parish LC. Historical aspects of tobacco use and smoking - two surgeons general. Clin Dermatol. 1998;16(5):539-44.

8. Cavalcante TM. O Programa de Controle do Tabagismo no Brasil: avanços e desafios. Rev Psiquiatr Clín.2005;32(5):283-300.

9. Portal Brasil, 2009. http://www.brasil.gov.br/saude/2009/11/tabagismo1

10. Portal Brasil, 2014. http://www.brasil.gov.br/saude/2014/08/cigarro-mata-mais-de-5-milhoes-de-pessoas-segundo-oms

11. WHO, 2015.

http://www.who.int/tobacco/publications/surveillance/reportontrendstobaccosmoking/ en/ consultado em: 20.04.2015.

12. FIGUEIRÓ LR., 2012. Avaliação dos parâmetros hematológicos, oxigenação periférica e capacidade respiratória em fumantes.

13. NUNES, Emília. Consumo de tabaco: efeitos na saúde. Lisboa, Revista Portuguesa de Clínica Geral, vol. 22, p. 225-244, 2006.

Referências

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