CENTRO DE ENGENHARIA ELÉTRICA E INFORMÁTICA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇO EM ENGENHARIA ELÉTRICA
Tese
Compensação Dinâmi a dos Transitórios de Baixa Frequên ia de
Transformadores de Poten ial Capa itivos para Otimização da
Proteção de Linhas de Transmissão
Eubis Pereira Ma hado
Campina Grande Paraíba Brasil
Compensação Dinâmi a dos Transitórios de Baixa Frequên ia de
Transformadores de Poten ial Capa itivos para Otimização da
Proteção de Linhas de Transmissão
Tese apresentada à Coordenação do Programa de Pós-Graduação
em Engenharia Elétri a da Universidade Federal de Campina
Grande, em umprimento às exigên ias do Programa de
Douto-ramento em Ciên iasno Domínio da Engenharia Elétri a.
Área de Con entração: Pro essamento daEnergia
Washington Luiz Araújo Neves, Ph.D.
Orientador
Damásio Fernandes Júnior, D.S .
Orientador
"COMPENSACAO DINAMICA DOS TRANSITORIOS DE BAIXA FREQUENCIA DE
TRANSFORMADORES DE POTENCIAL CAPACITIVOS PARA OTIMIZACAO DA
PROTECAO DE LINHAS DE TRANSMISSAO"
EUBIS PEREIRA MACHADO
TESE APROVADA EM 09/12/2013
WASHINGTO&LUIZ ARAUJO NEVES; YtyJ)* tlECG
Orie^tadorfaf
ANTONIO CARLOS S1QUEIRA D
Examinador(a) MA, D.Sc, UFRJ
ILDEMAlTCASSANATJECkER, Dr., UFSC
Examinador(a)
BENEMAR ALEJSCAR DE SQUZA, D.Sc, UFCG
Examinador(a)
NUBIA SILVA DANTAS BRITO, D.Sc, UFCG
Examinador(a)
WELLINGTON SANTOS MOTA, Ph.D., UFCG
Examinador(a)
AgradeçoaDeus a imade tudo ede todos por sempreestar presentenavida,
dando-meforças para ven er osdesaos e abençoando-mea ada dia.
Àminhaesposa SandgyAna,pois,sem seu ompanheirismo, ompreensãoein entivo
não teria suportado as di uldadesen ontradas node orrer desta pesquisa.
Ao meu lho Rafael Vitor que, na sua ino ên ia, deu-me forças e inspiração fazendo
e oarnos meus pensamentos mamãe, adê papai?.
Aosmeus pais Antonio eMariapeloamor, arinhoe dedi ação.
Aosmeus familiares quesempre a reditaramna minha perseverançanos estudos.
Aos professores Damásio Fernandes e Washington Neves, por terem propor ionado,
desde a minha graduação, parti ipar do Grupo de Sistemas Elétri os da UFCG. Como
orientadores, agradeço pelaorientação,apoioe onança amimdepositados.
Aos membros da ban a examinadora pelas ontribuições que vieram no intuito de
enrique er esta pesquisa.
Aosmeus amigosCélio,Kleber, Felipe,Kar ius,GeorgeeAlanapelo ompanheirismo
edisposição emajudar.
Aosprofessores do CENEL, em espe ial a Adeon Pintoe Rodrigo Ramos, peloapoio
ein entivo desde omeu ingresso no olegiado.
Aoengenheiro daCHESF Sérgio Ri ardopeladisposição emajudar.
Aosfun ionáriosda COPELE, Ângela,Pedro e Suênia.
Lista de Figuras vi
Lista de Tabelas xii
Glossário xiv
Lista de Símbolos xvi
Resumo xxiv Abstra t xxv 1 Introdução 1 1.1 Motivação . . . 4 1.2 Objetivos . . . 7 1.3 Contribuições . . . 8 1.4 Organização doTrabalho . . . 10 2 Revisão Bibliográ a 11 2.1 Métodos de Correção da Tensão Se undáriade TPC . . . 15
2.1.1 Correção viaFunção de Transferên ia . . . 16
2.1.2 Correção viaRedes Neurais Arti iais . . . 19
2.1.3 Correção viaAnálise de Cir uitos não Lineares. . . 21
2.1.4 Correção viaTé ni as de Estimaçãode Fasores . . . 21
3 Prin ípios da Proteção de Distân ia 24 3.1 Medição daImpedân ia . . . 24
3.2 Diagramas de Impedân ias . . . 30
3.4 Zonas de Proteção . . . 43
3.5 Esquemas de Proteçãode Distân ia . . . 44
3.5.1 Comparação Dire ionalporBloqueio(DCB) . . . 46
3.5.2 Comparação Dire ionalporDesbloqueio (DCU) . . . 47
3.5.3 Transferên ia de Disparo Direto por Subal an e(DUTT) . . . 47
3.5.4 Transferên ia de Disparo Permissivopor Subal an e (PUTT). . . . 48
3.5.5 Transferên ia de Disparo Permissivopor Sobreal an e (POTT) . . . 49
3.6 Estimação de Fasores . . . 49
3.6.1 Filtros DigitaisBaseados naTransformada de Fourier . . . 50
3.6.2 Resposta em Frequên iados FiltrosDigitais . . . 53
4 Modelagem e Simulação de Relés Numéri os de Distân ia 60 4.1 Arquitetura Bási ados Relés Numéri os . . . 62
4.1.1 TransformadoresAuxiliares . . . 63
4.1.2 Filtro Analógi oAnti-aliasing . . . 63
4.1.3 Cir uito de Sample and Hold . . . 66
4.1.4 Cir uito Multiplexador . . . 73
4.1.5 Conversor Analógi oDigital . . . 74
4.1.6 Mi ropro essador e Unidadesde Memória . . . 75
4.2 Relé para Análise de Compensação de TPC . . . 77
5 Método Proposto 80 5.1 Fundamentação . . . 80
5.2 Con epção doMétodo . . . 82
5.3 Síntese do Compensador . . . 84
5.3.1 Computação das Estimativas Ini iais . . . 86
5.3.2 Método de Ajuste não Linear . . . 96
5.3.3 Implementaçãona Forma de FiltrosDigitais . . . 98
6 Análise dos Resultados 103 6.1 CompensaçãonoDomínioda Frequên ia . . . 103
6.2 Compensação noDomíniodo Tempo . . . 106
6.3.2 Conabilidadeda Proteção. . . 118
6.3.3 Segurança da Proteção . . . 124
6.3.4 Análise da Proteçãode LT om CompensaçãoSérie . . . 126
7 Con lusões 136 Referên ias Bibliográ as 157 Apêndi e A Filtros Digitais Re ursivos na Forma de Fasores 158 Apêndi e B Síntese de Funções Ra ionais 160 B.1 Solução porAproximação Linear dos Quadrados Mínimos não Lineares . . 161
B.2 Solução porQuadrados Mínimos não Lineares . . . 164
B.2.1 Minimizaçãode Funções Multidimensionais. . . 165
B.2.2 O Métododos QuadradosMínimos não Lineares . . . 166
1.1 Exemplo dos distúrbios da tensão se undária de um modelo de TPC de
500 kV reportado em Pajuelo et al. (2010). (a) Tensão para uma falta
om ângulo de in idên ia de
0
◦
. (b) Tensão para uma falta om ângulo de
in idên ia de
90
◦
. . . 5
1.2 Respostaemfrequên iadeumltropassa-faixatipoButterworthdequarta ordem om frequên iasde orte55e 65Hz efrequên ia entral60Hz. (a) Ganho. (b) Fase. . . 6
1.3 Comportamento da amplitude e da fase do fasor da omponente funda-mental presente na tensão se undária exibida na Figura 1.1(a). (a) Fasor estimado pelo ltro de Fourier de um i lo. (b) Fasor estimadopelo ltro de Fourierde meio i lo. . . 6
2.1 Sistema elétri osimpli ado para ns de análise.. . . 12
2.2 Tensão no pontode lo alizaçãodorelé emfunção do SIRdo sistema. . . . 13
2.3 Modelo simpli adode TPC proposto porIzykowski et al.(1998). . . 16
2.4 Modelo simpli adodo TPC utilizadopor Ma hado (2009).. . . 18
2.5 Modelo de TPC utilizadoporSaha et al. (2001). . . 19
2.6 Modelo doTPC adotado porZadeh (2004). . . 20
2.7 Modelo doTPC adotado notrabalhode Kanget al.(2009). . . 21
2.8 Modelo doTPC adotado notrabalhode Pajueloet al. (2008). . . 22
3.1 (a) Sistema elétri o trifási o om uma falta bifási a do tipo BC. (b) Cir- uitos de sequên ia orrespondentes dafase a. . . 25
3.2 (a)Sistemaelétri otrifási o omuma faltabifási a-terra dotipoBCT. (b) Cir uitos de sequên ia orrespondentes dafase a. . . 27
3.3 (a)Sistemaelétri otrifási o omumafaltatrifási aparaaterra. (b)Redes de sequên iada fasea parauma faltatrifási a nopontoF. . . 27
(b) Cir uitos de sequên ia orrespondentes dafase a. . . 28
3.5 (a) Diagrama unilar om relé de distân ia. (b) Digrama de impedân ia da LT. . . 31
3.6 Diagrama de impedân ia da LT e da arga do sistema apresentado na Figura 3.5(a). . . 32
3.7 Superposição dodiagramade impedân iadaLT, da arga e da ara terís-ti a de operaçãoda unidade de distân ia. . . 33
3.8 Diagrama de blo os de um omparador (KHINCHAetal., 1970). . . 34
3.9 Exemplos de ara terísti as de operação das unidades de distân ia. (a) Impedân ia. (b) Mho. ( ) Ellipse. (d) Cni a. (e) Paralelograma. (f) Quadrilateral om al an eresistivo onstante. . . 35
3.10 Resposta em frequên ia do ltro digital re ursivo da implementação da ara terísti amho ompolarizaçãopormemóriade sequên iapositiva. (a) Ganho. (b) Fase. . . 42
3.11 Comportamentodatensãodesequên iapositivaedatensãode polarização por memória durante uma falha trifási a nas proximidades da instalação do relé. . . 42
3.12 Representação das zonas da proteção de distân ia. . . 45
3.13 Representação das zonas de proteção noplano R-X. . . 45
3.14 Resposta em frequên iado ltro digitalde Fourier de um i lo. . . 55
3.15 Resposta em frequên iado ltro digitalde Fourier de meio i lo. . . 55
3.16 Resposta em frequên ia doltro de Fourier de um i lo para
N = 12, 16
e32
. (a) FiltroH
c
. (b) FiltroH
s
. . . 563.17 Resposta em frequên ia doltro de Fourier de meio i lo para
N = 12, 16
e32
. (a) FiltroH
c
. (b) FiltroH
s
. . . 563.18 Resposta em frequên iado ltro mími odigital. (a)Ganho. (b) Fase. . . . 58
3.19 Resposta em frequên ia doltro anti-aliasing om frequên ia de orte em 180 Hz. (a)Ganho. (b) Fase. . . 58
3.20 Resposta em frequên ia do ltro anti-aliasing onvoluído om o ltro mí-mi o. (a) Ganho. (b) Fase. . . 59
4.3 Resposta em frequên iado ltro anti-aliasing: (a)Ganho. (b) Fase. . . . 65
4.4 Efeito nodomíniodafrequên ia daamostragem nodomíniodotempopor
meiodeumamostradorportremdeimpulsos. (a)Espe trodeamplitudedo
sinal original. (b) Espe tro de amplitude do sinal amostrado om
ω
s
> 2ω
m
. 674.5 (a)Respostaemfrequên iadoganhoedafasedoseguradorde ordemzero.
(b) Detalhes da reposta frequên ia para baixos valores dafrequên ia
nor-malizada. . . 69
4.6 Efeito nodomíniodafrequên ia daamostragem nodomíniodotempopor
meio de um trem de impulsos epulsos retangulares om
ω
s
> 2ω
m
.. . . 704.7 De imação notempoporum fator
M
d
= 4
. (a)Registro os ilográ o. (b)Registro de imado. ( ) Sequên ia do registro os ilográ o. (d) Sequên ia
do registrode imado. . . 73
4.8 Efeito da de imação no tempo no espe tro dosinal. (a)Espe tro original
do registro os ilográ o. (b)Espe tro do registro os ilográ o de imado
por um fator
M
d
= 4
. . . 734.9 Quantizaçãodas amostrasretidaspelo ir uitode sample and hold. . . 74
4.10 Modelodorelénuméri oparaanálisedodesempenhodafunçãodedistân ia
frente aos distúrbios da tensão se undáriade TPC. . . 78
5.1 Relaçãoentrealargurade bandaeotempodesubidaparaumltro
passa-baixa de
5
a
ordem do tipo elípti o e Butterworth. (a) Es ala linear. (b)
Es ala logarítmi a. . . 81
5.2 Relação entre a largura de banda e o polo dominante de um ltro
passa-baixa de
5
a
ordem. (a)Filtroelípti o. (b) FiltroButterworth. . . 82
5.3 In orporaçãodoFCTaomodelodorelé numéri ointroduzidonoCapítulo4. 84
5.4 Comportamentodonúmerode ondiçãodaaproximaçãolineardos
quadra-dosmínimosnãolineares. (a)Sistemaoriginal. (b)Sistema omfrequên ia
normalizada.. . . 92
5.5 Número de ondição da aproximação linear dos quadrados mínimos não
lineares om frequên ia e olunas normalizadas. (a)
p = 1
. (b)p = 2
. ( )Identi ação nodomínio
s
. (b) Identi ação nodomínioz
. . . 935.7 Algoritmo utilizadopara riaçãode um onjuntode ltrosfa tíveis. . . 95
5.8 Algoritmo dométodode Levenberg-Marquardt implementado. . . 98
5.9 Algoritmo utilizadopara obtenção dos ltros orretores de tensão. . . 102
6.1 Resposta em frequên iados TPC sob análise. (a)Ganho. (b) Fase. . . 104
6.2 Resposta em frequên ia dos TPC ompensados om ompensador identi- ado em
s
. (a) Ganho. (b) Fase. . . 1066.3 Resposta em frequên ia dos TPC ompensados om ompensador identi- ado em
z
. (a) Ganho. (b) Fase. . . 1066.4 Análisedo ompensaçãonodomíniodotempo. (a)Comportamento transi-tóriodoTPCde138kV.(b)Transitórioemprimeiraes ala. ( )Transitório em segunda es ala. . . 107
6.5 Análisedo ompensaçãonodomíniodotempo. (a)Comportamento transi-tóriodoTPCde230kV.(b)Transitórioemprimeiraes ala. ( )Transitório em segunda es ala. . . 108
6.6 Análisedo ompensaçãonodomíniodotempo. (a)Comportamento transi-tóriodoTPCde500kV.(b)Transitórioemprimeiraes ala. ( )Transitório em segunda es ala. . . 109
6.7 Rede elétri a om topologiaradial utilizadapara simulação de faltas. . . . 110
6.8 Modelo doTPC de 500 kV. . . 112
6.9 Modelo doTPC de 230 kV. . . 112
6.10 Comportamentoda orrentese undáriadoTCinstaladonafaseAdabarra BUSA02 do SEP de 230 kV duranteuma falha dotipo ABC em
0, 9C
LT
2
. . 1146.11 Inuên iada omponenteunidire ionalda orrentede urto- ir uitonotrip daunidade
Z
BC
doreléR
01
instaladonabarraBUSA02 duranteuma falha do tipo ABC em0, 9C
LT
2
. (a) Unidade sem ltro mími o. (b) Unidade om ltro mími o.. . . 1156.12 (a) Distân ia mensuradapelaunidade
Z
BC
do reléR
01
instalado nabarra BUSA02 durante uma falha do tipo ABC em0, 9C
LT
2
. (b) Ampliação do omportamentoda lo alizaçãodafalta devido aotransitório doTPC. . . . 115à orreçãodatensãose undáriados TPCde 230kV. (a)Relé
R
01
. (b) ReléR
02
. ( ) ReléR
03
. (d) ReléR
04
. (e) ReléR
05
. ( ) ReléR
06
. . . 1166.14 Valores determinísti osdaredução do tempo de dete ção de falhasdevido
à orreçãodatensãose undáriados TPCde 500kV. (a)Relé
R
01
. (b) ReléR
02
. ( ) ReléR
03
. (d) ReléR
04
. (e) ReléR
05
. ( ) ReléR
06
. . . 1176.15 Tensão de entrada e omando de trip das unidades de mediçãodorelé
R
01
instaladonabarraBUSA02doSEP de230 kVdurantefalhasdotipoABT
em
0, 1C
LT2
. (a) UnidadeZ
AB
. (b)UnidadeZ
AT
. ( ) UnidadeZ
BT
. . . 1216.16 Tensão de entrada e omando de trip das unidades de mediçãodorelé
R
01
instaladonabarraBUSA03doSEP de500 kVdurantefalhasdotipoABT
em
0, 6C
LT2
. (a) UnidadeZ
AB
. (b)UnidadeZ
AT
. ( ) UnidadeZ
BT
. . . 1216.17 Falha do tipo AT a 25 km da barra BUSA03 no sentido a jusante. (a)
Comportamentodotrip da unidade
Z
BC
do reléR
02
. (b) Comportamentodo ganhoe dafase do sinal de polarizaçãodaunidade
Z
BC
.. . . 1226.18 Falha do tipo AB a 37,5 km da barra BUSA03 no sentido a jusante. (a)
Comportamentodotrip daunidade
Z
CT
doreléR
02
. (b) Comportamentodo ganhoe dafase do sinal de polarizaçãodaunidade
Z
CT
. . . 1236.19 Falha do tipo AB a 37,5 km da barra BUSA03 no sentido a jusante. (a)
Comportamentodotrip daunidade
Z
AT
doreléR
02
. (b) Comportamentodo ganhoe dafase do sinal de polarizaçãodaunidade
Z
AT
. . . 1236.20 Falha do tipo AB a 37,5 km da barra BUSA03 no sentido a jusante. (a)
Comportamentodotrip daunidade
Z
BT
do reléR
02
. (b) Comportamentodo ganhoe dafase do sinal de polarizaçãodaunidade
Z
BT
. . . 1236.21 Diagrama unilarde parte dainterligaçãoNorte-Nordeste referente a
on-guração de 2009 (EPE, 2006). . . 127
6.22 (a)Amplitudedofasortensãodos relés instaladosemSJPdurantea
o or-rên ia de falhasemdiferentes lo alidades daLT. (b) Transitórios noiní io
falha. . . 128
6.23 (a) Amplitudedo fasortensão dos relés instaladosem BE durante a
o or-rên ia de falhasemdiferentes lo alidades daLT. (b) Transitórios noiní io
6.24 Trajetória da impedân ia do relé
R
03
durante a o orrên ia de falhas emdiferentes lo alidades daLT. (a) ReléinstaladoemSJP.(b) Relé instalado
emBE. . . 129
6.25 Valoresdeterminísti osdareduçãodotempodedete çãodefalhasdevidoà
orreçãodatensãose undáriadosTPCde500 kVinstaladosnasubestação
de BE. (a) Relé
R
01
. (b) ReléR
02
. ( ) ReléR
03
. (d) ReléR
04
. (e) ReléR
05
. ( ) ReléR
06
. . . 1336.26 Valores determinísti os da redução do tempo de dete ção de falhas dos
relés
R
03
(Figuras entre (a) e (d)) eR
06
(Figuras entre (e) e (h)) devidoà orreção da tensão se undária dos TPC de 500 kV instalados no lado
da barra da subestação de São João do Piauí. (a)-(e) Falhas AT. (b)-(f)
Falhas AB. ( )-(g) Falhas ABT. (d)-(h) Falhas ABC. . . 135
B.1 Identi açãodoltro orretorpara oTPC de 138kV. (a)Comportamento
do ganho. (b) Comportamentodafase. ( ) Erro do ganho. (d) Erro dafase.171
B.2 Identi açãodoltro orretorpara oTPC de 230kV. (a)Comportamento
do ganho. (b) Comportamentodafase. ( ) Erro do ganho. (d) Erro dafase.172
B.3 Identi açãodoltro orretorpara oTPC de 500kV. (a)Comportamento
do ganho. (b) Comportamentodafase. ( ) Erro do ganho. (d) Erro dafase.172
B.4 Comportamentodovetor gradiente (
∇F (
xk
)
), dafunção objetivo (F (
xk
)
)e doparâmetro de ontrole(
µ
k
) doLM durante opro esso de renamentodas estimativasini iais. (a) TPC de 138 kV. (b) TPC de 230 kV. ( ) TPC
2.1 Exemplo da lassi açãode LT baseadas noSIR. . . 14
2.2 Sinopse darevisão bibliográ a. . . 15
2.3 Limitaçõesdas té ni as avaliadas. . . 16
3.1 Expressões para omputação daimpedân iade sequên ia positiva. . . 30
3.2 Unidades de medição,tensões de entrada esinais referên iada ara terís-ti a mho autopolarizada. . . 38
3.3 Unidades de medição,tensões de entrada esinais referên iada ara terís-ti a mho om polarizaçãoemquadratura ompleta. . . 40
3.4 Unidades de medição,tensões de entrada esinais referên iada ara terís-ti a mho om polarizaçãopormemória de tensão. . . 41
4.1 Classi ação e parâmetrosdos relés de distân iaimplementados. . . 79
5.1 Análise do desempenho daidenti açãodo ompensador. . . 101
6.1 Coe ientes do ompensadorpara o TPC de 138 kV om identi açãoem
s
.105 6.2 Coe ientes do ompensadorpara o TPC de 230 kV om identi açãoems
.105 6.3 Coe ientes do ompensadorpara o TPC de 500 kV om identi açãoems
.105 6.4 Coe ientes do ompensadorpara o TPC de 138 kV om identi ação emz
.105 6.5 Coe ientes do ompensadorpara o TPC de 230 kV om identi ação emz
.105 6.6 Coe ientes do ompensadorpara o TPC de 500 kV om identi ação emz
.105 6.7 Parâmetros das linhas de transmissão analisadas. . . 1106.8 Reator de linha representado omo impedân ia onstante. . . 110
6.9 Cargas representadas omo impedân ias onstantes. . . 111
6.10 Tensão das fontes. . . 111
6.11 Equivalentes do sistema. . . 111
TEE, 2004). . . 112
6.14 Variáveisutilizadaspara gerar oban o de registrosos ilográ os. . . 113
6.15 Análise estatísti a da RTDF noSEP de 230 kV. . . 119
6.16 Análise estatísti a da RTDF noSEP de 500 kV. . . 120
6.17 Desempenhodaunidade
Z
AT
dosrelésR
01
-R
06
instaladosnasbarrasBUSA02 e BUSA03 doSEP de 230 kV durante falhasdo tipoAT naLT3. . . 1256.18 Desempenhodaunidade
Z
AB
dosrelésR
01
-R
06
instaladosnasbarrasBUSA02 e BUSA03 doSEP de 230 kV durante falhasdo tipoAB naLT3. . . 1256.19 Desempenhodo onjunto
Z
AB
∪Z
AT
∪Z
BT
dosrelésR
01
-R
06
instaladosnas barras BUSA02 eBUSA03do SEP de 230 kV durantefalhasdo tipoABT na LT3. . . 1256.20 Desempenhodo onjunto
Z
AB
∪Z
BC
∪Z
CA
∪Z
AT
∪Z
BT
∪Z
BT
dosrelésR
01
-R
06
instaladosnas barras BUSA02 e BUSA03 do SEP de 230 kV durante falhas dotipoABC naLT3. . . 1266.21 Componentes de frequên iaesuas inuên iasnatensãoduranteum urto- ir uito emLT om ompensaçãoemderivação ousérie. . . 127
ATP Alternative Transients Program.
CHESF Companhia HidroElétri a doSão Fran is o.
CS CompensaçãoSérie.
CSF Cir uitoSupressor de Ferroressonân ia.
DCB Dire tionalComparison Blo king.
DCU Dire tionalComparison Unblo king.
DFT Dis ret Fourier Transform.
DSP Digital Signal Pro essor.
DUTT Dire t Underrea hingTransfer Trip.
EMTP Ele tromagneti TrasientsProgram.
FCT Filtro Corretor de Tensão.
FF Fase-Fase.
FIR Finite Impulse Response.
FT Fase-Terra.
IED Intelligent Ele troni Devi e.
IIR Innite Impulse Response.
LM Levenberg-Marquardt.
PLCC Power Line Carrier Communi ation.
POTT Permissive Overrea hing Transfer Trip.
PUTT Permissive Underrea hing Transfer Trip.
RDP Registrador Digitalde Perturbação.
RNA Redes Neurais Arti iais.
RTC Relação de Transformação de Correntedo TC.
RTDF Redução doTempode Dete ção de Falha.
RTDS Real Time Digital Simulator.
RTPC Relação de Transformação de tensãodo TPC.
RVF Relaxed Ve tor Fitting.
SEP Sistema Elétri ode Potên ia.
S/H Sample and Hold.
SIN Sistema InterligadoNa ional.
SIR System Impedan e Ratio.
SVD Singular Value De omposition.
TPC Transformador de Poten ialCapa itivo.
TPI Transformador de Poten ialIndutivo.
α
Ângulo do fatorde potên iada arga.α
v
Parte real daresposta em frequên ia de referên ia.β
v
Parte imagináriadaresposta emfrequên ia de referên ia.∆t
Passo de integração ouintervaloentre asamostras de uma sequên ia.δ
Constante asso iada alargura de banda etempode subida.δ(t)
Função impulsounitário.δ
P
Tolerân ia nabanda de passagem do ltro anti-alising.δ
S
Tolerân ia nabanda de rejeição doltro anti-alising.γ
v
Frequên ia analógi aoudis reta.λ
Constante emPU asso iada alargura de banda e tempo de subida.µ
k
Parâmetrodenidonak-ésimaiteraçãodométododeLevenberg-Marquardt.∇F (
x)
Vetor gradiente dafunção objetivo.∇
2
F (
x
)
Matriz Hessiana da função objetivo.ω
Frequên ia emrad/s elétri os.ω
c
Frequên ia de orte doltro anti-alising.ω
i
i-ésima frequên ia.ω
m
Máxima frequên ia emrad/s elétri osde um sinal om banda limitada.φ
1
Ângulo do fasorda omponentefundamentalpresente na sequên iax(n)
.τ
1
Constante de tempoda LT emnúmero de amostras.I Matriz Identidade.
p
k
Vetor om as direções de bus a nak-ésima iteração.x Vetor ontendo os parâmetros do numerador e denominador da função
ra ional.
x
a
Vetor ontendo osparâmetros nonumerador dafunção ra ional.x
b
Vetor ontendo osparâmetros nodenominador dafunção ra ional.x
k
Vetor de parâmetrosna k-ésima iteração.θ
Ângulo da impedân iaaparenteda LT.θ
R
Ângulo ara terísti o dorelé.b
E
T h1
Fasor da tensão de sequên ia positivadosistema equivalente.b
E
T hA
Fasor da tensão nafase A dosistema equivalente.b
E
T hB
Fasor da tensão nafase B dosistema equivalente.b
E
T hC
Fasor da tensão nafase Cdo sistemaequivalente.b
I
a
Fasor da orrente nafase A.b
I
b
Fasor da orrente nafase B.b
I
c
Fasor da orrente nafase C.b
I
0R
Fasor da orrente de sequên ia zero vistapelo relé.b
I
1R
Fasor da orrente de sequên ia positivavista pelorelé.b
I
2R
Fasor da orrente de sequên ia negativavista pelorelé.b
I
as
Fasor da orrente se undária doTC instaladona faseA.b
b
S
op
Fasor do sinal de operação daunidade de distân ia.b
S
pol
Fasor do sinal de polarizaçãoda unidade de distân ia.b
V
a
Fasor da tensão nafase A.b
V
b
Fasor da tensão nafase B.b
V
c
Fasor da tensão nafase C.b
V
0F
Fasor da tensão de sequên ia zero noponto de falha F.b
V
0R
Fasor da tensão de sequên ia zero vistapelo relé.b
V
1F
Fasor da tensão de sequên ia positivanopontode falhaF.b
V
1R
Fasor da tensão de sequên ia positivavistapelorelé.b
V
2F
Fasor da tensão de sequên ia negativano pontode falhaF.b
V
2R
Fasor da tensão de sequên ia negativavista pelorelé.b
V
ab
Fasor da tensão entre asfases A e B.b
V
as
Fasor da tensão se undária doTPC instaladona faseA.b
V
bc
Fasor da tensão entre asfases B e C.b
V
ca
Fasor da tensão entre asfases C eA.b
V
R
Tensão de entrada daunidade de distân ia.b
X
h
Fasor dah
-ésima omponenteharmni a presente nasequên iax(n)
.a
Operador omplexode rotaçãode fase.A
0
Valorde pi o da omponente senoidaldentrode uma janela móvel.B
ω
Largura de banda.C
1
Capa itân ia superior dodivisor apa itivo.C
2
Capa itân ia inferior dodivisor apa itivo.C
f
Capa itân ia do ir uitosupressor de ferroressonân ia.C
LT i
Comprimentofísi oda LTi
.C
ps
Capa itân ia parasitaentre o enrolamentoprimárioe se undário doTPI.C
p
Capa itân ia parasitadoenrolamentoprimário doTPI.C
s
Capa itân ia parasitadoenrolamentose undário do TPI.d
Fração do omprimentoda LT ompreendida entre o relé e afalha.F
Pontoonde o orreu a falhana LT.F (
x)
Função objetivo.f
m
Máxima frequên ia emHz de um sinal om banda limitada.f
n
Frequên ia normalizada.f
s
Frequên ia de amostragem emHz.h
Ordem dafrequên ia harmni a.H(jω)
Função que denea resposta emfrequên ia de um sistemaanalógi o.H
a
Resposta em frequên iado sistema inverso.H
c
Função de transferên ia do ltro digitalrela ionado a partereal dofasor.h
c
Filtro digitalpara obtenção daparte real dofasor.H
s
Função detransferên ia doltrodigitalrela ionadoa parteimagináriado fasor.h
s
Filtro digitalpara obtenção daparte imagináriadofasor.h
v
Resposta em frequên iade referên iana forma artesiana.H
a
(γ)
Função doltro orretor de tensão.h
LT
Al an e da primeirazona daproteção de distân ia.j
Operador matemáti o√
−1
.J(
x)
Matriz ja obiana dafunção objetivo.K
Ganho doltro mími o para afrequên ia fundamental.k
Razão entre asrelaçõesde transformaçãode tensão doTPC ede orrente do TC.K
0
Fator de ompensação residual.k
0
Coe iente de es alamento doltro orretor de tensão.L
c
Indutân ia doreator de ompensação.L
f1
Indutân ia do ir uitosupressor de ferroressonân ia.L
f2
Indutân ia do ir uitosupressor de ferroressonân ia.L
m
Indutân ia de magnetizaçãodo TPI.L
p
Indutân ia de dispersão doenrolamentoprimáriodo TPI.L
s
Indutân ia de dispersão doenrolamentose undário doTPI.M
Indutân ia mútua do ir uito supressor de ferroressonân ia.m
Ordem dopolinmio dodenominadorda função ra ional.M
0
Fator de orreção daamplitude da DFT.M
d
Fator de de imação.N
Número de amostraspor i lo dorelé.n
Ordem dopolinmio donumerador da função ra ional.npt
Número de pontosda resposta emfrequên ia.P
Comparador osseno.P
f
Potên iaativa porfase.Q
f
Potên iareativapor fase.R(
x)
Vetor de resíduos.R
f
Resistên ia do ir uitosupressor de ferroressonân ia.R
01
Relé de distân ia om araterísti amho autopolarizadaeltro de Fourier de um i lo.R
02
Relé de distân ia om araterísti amhopolarizadaemquadratura eltro de Fourier de um i lo.R
03
Relé dedistân ia om araterísti amhopolarizadapormemóriadetensão de sequên iapositiva e ltrode Fourierde um i lo.R
04
Relé de distân ia om araterísti amho autopolarizadaeltro de Fourier de meio i lo.R
05
Relé de distân ia om araterísti amhopolarizadaemquadratura eltro de Fourier de meio i lo.R
06
Relé dedistân ia om araterísti amhopolarizadapormemóriadetensão de sequên iapositiva e ltrode Fourierde meio i lo.R
21
Resistên ia vistapelo relé.R
c
Resistên ia sériedo reator de ompensação.R
m
Resistên ia doramo de magnetizaçãodo TPI.R
p
Resistên ia doenrolamento primáriodoTPI.R
s
Resistên ia doenrolamento se undário doTPI.S
O
Sinal de operaçãodo omparador.S
R
Sinal de restriçãodo omparador.T
0
Tempo para propagaçãodo sinal enviadopelateleproteção.T
1
Atraso daproteção primáriadevido a teleproteção.T
r
Tempo de subida para uma entrada dotipo degrau.T
s
Períodode um sequên iaou duração de um pulsoretangular.T
zona2
Temporização dasegunda zona.T
zona3
Temporização dater eirazona.T rip
b
Trip do relé alimentado pela répli adatensão da barra.T rip
sc
Trip do relé alimentado pela tensão orrigidapeloFCT.T rip
s
Trip do relé alimentado pela tensãose undária do TPC.V
s
Tensão se undária do TPC.v
as
Tensão se undária do TPC instaladonafase A.V
b
Répli a datensão de fasedo sistema.V
sc
Tensão se undária do TPC orrigidapelo FCT.X(jω)
Transformada de Fourierdo sinal de entrada doltro de tempo ontínuo.x(n)
Sequên ia de entrada doltro digital.x(t)
Sinal de entradado ltro de tempo ontínuo.X
21
Reatân ia vistapelo relé.X
c1
Parte real dofasor da omponente fundamentalda sequên iax(n)
.X
ch
Parte real dofasor dah
-ésima omponente harmni ada sequên iax(n)
.X
s1
Parte imagináriadofasorda omponente fundamentaldasequên iax(n)
.X
sh
Parteimagináriadofasordah
-ésima omponenteharmni adasequên iax(n)
.Y (jω)
Transformada de Fourier dosinal de saída doltro de tempo ontínuo.y(t)
Sinal de saída doltro de tempo ontínuo.Y (z)
Transformaz
dosinal de saída doltro digital.z
Operador matemáti o usadona transformadaz
.Z
A
Impedân iade al an e dorelé.Z
b
Carga doterminal se undário doTPC.Z
21
Impedân iavistapelorelé.Z
AB
Unidade de mediçãodorelé para falhas envolvendo asfases A e B.Z
AT
Unidade de mediçãodorelé para falhas envolvendo afase A e a Terra.Z
BC
Unidade de mediçãodorelé para falhas envolvendo asfases B e C.Z
BT
Unidade de mediçãodorelé para falhas envolvendo afase B e a Terra.Z
Carga0
Impedân iade sequên ia zero da arga.Z
Carga1
Impedân iade sequên ia positivada arga.Z
Carga2
Impedân iade sequên ia negativa da arga.Z
Carga
Impedân iapor faseda arga.Z
CA
Unidade de mediçãodorelé para falhas envolvendo asfases C eA.Z
CT
Unidade de mediçãodorelé para falhas envolvendo afase C ea Terra.Z
L0
Impedân ia de sequên ia zero por unidade de omprimento da linha de transmissão.Z
L1
Impedân ia de sequên ia positiva por unidade de omprimento da linha de transmissão.Z
L2
Impedân ia de sequên ia negativa por unidade de omprimento da linha de transmissão.Apresenta-se um novo métodode orreção numéri a dos transitórios de baixa frequên ia
de transformadores de poten ial apa itivos. O métodoproposto é baseado em um ltro
digital simples que re upera a forma do sinal do primário, ujas frequên ias estão
om-preendidas entre 10 e 60 Hz, a partir de amostrasda tensão se undária. Diferentemente
dasté ni as reportadasnaliteratura, ométodonãodependediretamentedatopologiado
transformador nem de ara terísti as opera ionais do sistema protegido, pois, apenas a
resposta em frequên ia do transformador de poten ial apa itivo é utilizada omo dado
de entrada. A avaliação daté ni aé feita pormeio de simulaçõesdigitais fazendo-se uso
de dados reais do SistemaInterligado Na ional. Apresentam-se análisesda ompensação
nos domínios tempo-frequên ia de quatro transformadores de poten ial apa itivos om
diferentes níveis de tensão. As simulações omprovamque o métodoproposto é e iente
na orreção dinâmi ados distúrbios debaixafrequên ia,melhorandoavelo idade,a
on-abilidadee a segurança daatuaçãodos relés numéri osde distân ia.
Palavras-Chave: Transformador de poten ial apa itivo; resposta em frequên ia;
A new method to numeri ally estimate the primary voltage waveform of oupling
apa- itor voltage transformers is presented. The out ome is a simple digital lter suitable
for the frequen y range from 10 to 60 Hz, enabling to re over the transformer primary
voltagewaveformfromitsse ondary voltagewaveform. Unlikethete hniquesreportedin
the literature, the method does not depend dire tly on the transformer topology nor on
the operational hara teristi sof the prote ted system, on e only the oupling apa itor
voltage transformer frequen y response is required as input. The evaluation of the
te- hnique is performed through digital simulationsusing data fromthe Brazilian National
Power System Grid. It is shown that the proposed method is ee tive for the dynami
orre tion of low frequen y disturban es whi h may improve the speed, reliability and
se urity of the numeri al distan e relay.
Keywords: Coupling apa itor voltage transformer; frequen y response; dynami
Introdução
Os transformadores de poten ial são transdutores de tensão instalados nos sistemas
elétri osdepotên ia(SEP) omopropósitode reduzironíveldetensãoavalores
adequa-dosaos instrumentos de medição,proteção e ontrole,de modoquehajaumarelaçãoxa
entreosvaloresinstantâneosdos sinaisdetensãode saídaedeentrada, om diferençasde
fasedesprezíveisentre asmesmas. Ostransformadoresdepoten ial omumenteutilizados
nos sistemasde energiaelétri asão dotipoindutivoou apa itivo. Geralmenteaes olha
entreum eoutrolevaem onsideraçãodois fatoresprin ipais: o ustodotransformadore
ane essidadedeutilizaçãodedispositivosdea oplamentoparasistemadeondaportadora
( arrier) para transmissão ere ebimentode dadospelalinha de transmissão (LT).
Aredução dosníveisde tensãodossistemasde altaeextra altatensãopara osvalores
de
115
V ou115/
√
3
V, emque os instrumentossão designados para operar, geralmente requerumnúmeroelevadodeespirasdoenrolamentoprimáriodostransformadorespoten- ialindutivotornando-o muito aro, pesado e ando onstrutivamenteproibitivodevido
à lasse de isolação requerida, isto é, o equipamento torna-se muito grande. Assim, por
motivos té ni os e e onmi os, sistemas om tensões superiores a 138 kV normalmente
utilizam transformadores poten ial apa itivo (TPC) para forne er a tensão aos
instru-mentosdemedição,proteçãoe ontroledoSEP.AutilizaçãodeTPCparasuprirossinais
de tensão aos relés eletrome âni os tem sido realizadohá dé adas (HARDER, 1951). Não
obstante, om o res ente pro esso de automatização de subestações e expansão do
sis-tema, os relés eletrome âni os vêm sendo substituídos pelos IED (Intelligent Ele troni
Devi e) omospropósitosdemodernizaredisponibilizarferramentasquepossamgarantir
que as falhassejam eliminadasde formarápida, onável e segurae, portanto, evitando
tensõesapli adasaumIED devemserumarépli aeldatensãodosistemaelétri o,pois,
esses dispositivossão responsáveis porrealizar osregistros os ilográ os dosistema,
rea-lizar o ontrole de equipamentos, bem omo dete tar ondições indesejáveis de operação
de linhas de transmissão e equipamentosdoSEP.
Os registrosos ilográ os, sejameles geren iadospelos IED oupelos dispositivos
de-di adospara essa nalidade, quesão os registradoresdigitais de perturbação (RDP),são
os dados mais realistas da ondição de operação de um sistema elétri o. Contudo, os
dados de tensão obtidos do terminal se undário de um TPC podem apresentar erros de
amplitude e fase quando o sistema opera tanto em regime permanente quanto
transitó-rio. Sinais transitórios quando orrompidos podem di ultar a dete ção, a lassi ação,
a duração e a análise da grande variedade de perturbações a que os sistemas elétri os
são submetidos (COSTAetal., 2010). Assim, é de suma importân iaa orreção datensão
se undáriade TPC para que sepossa efetivarde forma onávelum estudoque viabilize
a lassi ação automáti a dos distúrbios asso iados à qualidade da energia elétri a bem
omose possa diagnosti aro pro esso evolutivo dos diversos tiposde defeitos da rede.
Apesar da viabilidadeté ni a e e onmi a dos TPC, estes transdutores podem
apre-sentarproblemasnos amposdamedição,do ontrolededispositivosdoSEPedaproteção
delinhas de transmissão. De modogeral,osproblemas rela ionadosàmediçãoe ontrole
estão asso iados ao erro de relação de transformação quando os TPC são submetidos a
sinais queapresentam omponentes de frequên ia diferentes dafundamental (XIAOetal.,
2004;MACHADOetal.,2009). Diversoseventos omosurtosde tensão,manobras delinhas
detransmissão,inserçãoouretiradade ban osde apa itoresoureatores, urto- ir uitos,
bem omo a presença de dispositivos de eletrni a de potên ia, fazem o sinal de tensão
apresentar omponentes de frequên ia diferentes dafundamental.
Noquetangeàmediçãoparans demonitoramentodaqualidadedeenergiatal omo
a mediçãode omponentes harmni os, i ker ou mesmo sinais que apresentem
ompo-nentes sub-harmni os,existeumdispositivo omer ialdedi adoparatalnalidade(ABB,
2009). Oprin ípiode fun ionamentododispositivoébaseadonas orrentes doselementos
da oluna apa itiva,asquaissão monitoradaspormeiodainstalaçãode sensores
(GHAS-SEMI et al., 2005; ZHAO et al., 2010). Além do usto nan eiro do dispositivo dedi ado
paramonitorarharmni osnosistema,ainstalaçãode umdos sensores requeraabertura
menosimportante,observa-sequenoalgoritmode mediçãododispositivonãoélevadoem
onsideraçãoa bobina de drenagem intrínse a dos TPC utilizadospara omuni ação por
PLCC (Power Line Carrier Communi ation). Umavez queTPC de diferentes
fabri an-tespodemapresentar diferentes topologias,aindaéumdesaoousodestesequipamentos
para mediros omponentes harmni os narede de transmissão de altatensão.
Sob a óti a de ontrole de dispositivos do SEP, tem-se o haveamento ontrolado de
LT. Devidoaos elevados níveisda tensão aque os sistemas om haveamento ontrolado
de LT operam, os TPC são utilizados omo dispositivos redutores de tensão, a m
es-tabele er uma répli a da tensão primária sobre os terminais se undários. A apli ação
do haveamento ontrolado para manobras de energização e religamento de LT requer
o onhe imento das tensões primárias do lado da linha e da fonte. Na metodologia de
haveamento ontroladopropostaporDantas(2012),ossinaisdetensãoentreos ontatos
dosdisjuntores e,portanto,os sinaisdatensãose undáriados TPC doladodalinhaeda
fonte,sãoutilizadosparadeterminarinstantesótimosparaoreligamentodaLT.A
depen-derdo omportamentodoganhoedafasedarelaçãodetransformaçãodetensãodosTPC
edograu de ompensaçãoreativaemderivaçãodaLT, podemser observadasimpre isões
natensão dose undário em relação ao primário,uma vez que as argas residuaisdas
li-nhas apresentam omportamentoos ilatório om frequên ias sub-harmni as. Conforme
Dantas (2012), os erros de amplitude e fase da relação de transformação do TPC para
omponentes de frequên ia menores que a fundamental, podem afetar o desempenho do
métodode haveamento ontroladodeLT. Nesse sentido, té ni as que orrijamos
distúr-bios da tensão se undária de TPC podem ser utilizadaspara otimizar o desempenho do
haveamento ontrolado de LT.
Os TPC devem reproduzir os efeitos transitórios e de regime permanente apli ados
ao ir uito de alta tensão o mais elmente possível no ir uito de baixa tensão. T
oda-via,devido à própria ara terísti a onstrutiva desses equipamentos, atensão obtidanos
terminais de baixa tensão só é uma répli a da tensão primária na operação em regime
permanente nafrequên ia industrial. Durante uma mudança súbita da tensão de
opera-ção do sistema omo, por exemplo, uma falta, a tensão se undária dos TPC apresenta
transitórios que podem afetar o desempenho dos relés de distân ia de atuação rápida
(KASZTENNY et al., 2000; AJAEI et al., 2012; MACHADO et al., 2012). Isso porque esses
dependem das omponentes de frequên ia presentes nosinal se undário doTPC.
Superada a limitação do pro essamento e aquisição dos sinais en ontrada na dé ada
de 70, os relés baseados na teoria de ondas viajantes têm sido fonte de pesquisa na
omunidade ientí a. Tomando-se omo referên iaos sinais transitórios da orrente, da
tensãooudeambos,épossíveldeterminarotipodefalta,alo alização,adireçãoeotempo
de duração (SINGH, 2007; LOPESet al., 2013). Apesar desse tipo de proteção apresentar
várias vantagens sobre as té ni as tradi ionais baseadas na omponente fundamental da
tensãoe orrente, existemfatores quedi ultam aapli açãopráti adessa té ni a,dentre
osquaisseen ontramostransformadoresparainstrumentos(MARTíNEZ,2003). Porserem
baseados nas omponentes espe trais dos sinais, prin ipalmentenos omponentes de alta
frequên ia, os relés de onda viajantes devem ser alimentados por meio de transdutores
espe iais, isto é,que apresentam uma grande largurade banda. De fato,os TPC podem
prejudi aro desempenho da proteção quando o relé opera om base nas ondas viajantes
de tensão (JOHNSet al.,1993; CARVALHO;CARNEIROJr.,2006; DONGetal., 2010).
1.1 Motivação
Desde adé ada de 50 vêm-se bus ando métodos para mitigar osdistúrbios datensão
se undáriadeTPCquandoatensãodosistemadetransmissão/subtransmissãodeenergia
sofre uma mudança brus a de estado. Não obstante, a primeira referên ia que se tem
notí iasobreosefeitosdaresposta transitóriadatensãose undáriade TPCsobreosrelés
foipubli adopeloAIEECOMMITTEE REPORT(1951). O omitêarmouque osTPC
quandodevidamenteajustadosraramenteafetamodesempenhodos reléseletrome âni os
de alta velo idade. Por outro lado, no mesmo ano, Harder (1951) avaliou que não são
rarosos asosemqueaproteçãodire ionaldeatuaçãorápidaopera deformaindevidapor
ausados transitórios dos TPC. Posteriormente, om a evolução da te nologia de estado
sólido,surgiramnadé adade 60osrelés estáti os omaltas sensibilidadeevelo idadede
operação. A ompanhando esse desenvolvimento, surgiram questões sobre os problemas
asso iados asindelidadesdatensãose undáriade TPC, taisquaisasexibidasnaFigura
1.1, quando um sistema de potên ia en ontra-se sob ondições de falha.
Nate nologiaatual,osrelésnuméri osfazemusode ltrosdigitaisparaextraira
140
160
180
200
220
240
-100
-50
0
50
100
Tempo (ms)
T
en
s
ão
(V
)
Réplica da tensão no primário
Tensão no secundário do TPC
160
170
180
190
200
210
220
-30
-20
-10
0
10
(a)140
160
180
200
220
240
-100
-50
0
50
100
Tempo (ms)
T
en
s
ão
(V
)
160
170
180
190
200
210
220
-5
0
5
10
15
20
25
Réplica da tensão no primário
Tensão no secundário do TPC
(b)
Figura 1.1 Exemplo dosdistúrbios da tensão se undária de ummodelode TPC de 500
kVreportadoemPajueloet al.(2010). (a)Tensão paraumafalta omângulodein idên ia
de
0
◦.
(b)Tensãoparaumafalta omângulo dein idên ia de
90
◦.
ções algébri as simples om os valores da amplitude e da fase dos fasores omputados,
tomamsua de isãode operação: bloqueiaoua ionaaaberturadodisjuntor. A partirdo
estudodarespostaemfrequên iadosltrosde estimaçãodefasores omumenteutilizados
nos relés numéri os omer iais, que éo aso dos ltros de Fourier (IEEE POWERSYSTEM
RELAYINGCOMMITTEE,2009),veri a-sequeosmesmosnão onseguemeliminar
ompo-nentes harmni osde ordempar, omoéo aso doltroFourierde meio i lo, bem omo
inter-harmni as que é o aso deste último e do ltro um i lo. Apesar dos TPC serem
projetadospara reproduziremde formadedigna a omponentefundamentaldoprimário
nose undário,quando o SEP en ontra-se sob falha,atensão se undária pode apresentar
omponentes transitórias ujas frequên ias não são fa ilmente eliminadas pelas té ni as
tradi ionais de ltragem e, portanto, introduzem erros na amplitude e na fase do fasor
da omponente fundamental. Como o interesse é apenas na omponente fundamental,
uma solução simples seria ltrar os distúrbios da tensão se undária de TPC através de
ltros passa-faixa om alto fator de qualidade, tal omo aquele apresentado na Figura
1.2. Observa-se que,pelaóti a daseletividade, esses ltros apresentam uma resposta em
frequên iaqueosaproximamde ltrosideais, sobretudono aso de ltrosde ordem mais
elevada. Poroutro lado, esses sistemas apresentam uma resposta dinâmi aruim.
A título de exemplo, onsiderando os sinais de tensão exibidos na Figura 1.1(a),
apresenta-se na Figura 1.3 o omportamento da amplitude e da fase dos fasores
Barra), da tensão se undária do TPC (
V
AT
do TPC) e da tensão se undária pro essadapeloltropassa-faixa tipoButterworth (
V
AT
doTPC +FiltroButterworth). Com base0
50
100
150
200
250
300
-120
-100
-80
-60
-40
-20
0
Frequência (Hz)
G
an
h
o
(d
B
)
(a)0
50
100
150
200
250
300
-3
-2
-1
0
1
2
3
Frequência (Hz)
F
as
e
(r
ad
)
(b)Figura 1.2 Respostaem frequên ia de umltro passa-faixa tipo Butterworth de quarta
ordem omfrequên iasde orte55 e65Hz efrequên ia entral 60Hz. (a)Ganho. (b)Fase.
V
AT
da Barra
V
AT
do TPC
V
AT
do TPC + Filtro Butterworth
10
0
10
1
10
2
M
ó
d
u
lo
(V
)
140
150
160
170
180
190
200
210
220
230
240
-200
-100
0
100
200
F
as
e
(g
ra
u
s)
Tempo (ms)
(a)V
AT
da Barra
V
AT
do TPC
V
AT
do TPC + Filtro Butterworth
10
0
10
1
10
2
M
ó
d
u
lo
(V
)
140
150
160
170
180
190
200
210
220
230
240
-200
-100
0
100
200
F
as
e
(g
ra
u
s)
Tempo (ms)
(b)Figura 1.3Comportamento daamplitude eda fasedo fasorda omponentefundamental
presente na tensão se undária exibida na Figura 1.1(a). (a) Fasor estimado pelo ltro de
Fourier deum i lo. (b)Fasor estimadopeloltro de Fourier de meio i lo.
nas ara terísti asdos fasores de referên ia, aqueles obtidosa partirde amostrasde uma
répli a da tensão do primário outensão da barra, os sinais espúrios presentes na tensão
se undáriadoTPCprovo amerrosnaestimaçãodaamplitudeedafase,oquepode
om-prometer avelo idade, a onabilidadee a segurança daproteção. De modo qualitativo,
pode-se notar que os erros de amplitude provo am o sobreal an e enquanto os erros de
fase propor ionam aperda de dire ionalidadeda proteção numéri a de distân ia. Muito
estesfasores não orrespondemaos estadosrepresentativosdosistemade potên iae,
por-tanto, usualmentenão são de interesse nas apli açõesPMU (Phasor Measurement Unit)
ousin rofasores. De fato, o desenvolvimento das funções de proteção de atuaçãorápida,
aquelas om tempos inferiores a 100 ms, ainda não é possível om dados PMU (IEEE
POWER SYSTEM RELAYING COMMITTEE, 2012). Os entros de dis ussão sobre o uso de
dadosde PMUsão voltados paraa proteção de retaguarda, ondese pode presumirquea
omponenteunidire ionalda orrente de falhae os transitóriosda tensão se undáriados
TPC tenhamdesapare idoe, portanto,que as orrentes e tensões são senoidais.
De a ordo om Finney et al. (2010), os transitórios da tensão se undária dos TPC
são um dos problemas asso iados a di uldade de tornar os algoritmos da proteção de
distân ia extremamente rápidos. Por outro lado, a omplexidade atual do sistema e
as normas vigentes de regulação do setor, têm tornado o mer ado de energia ada vez
mais ompetitivo, exigindo das empresas e iên ia e qualidade nos serviços prestados
(SILVA, 2009). Conforme o ONS (2010), o tempo total de extinção de faltas, in luindo
o tempo de abertura dos disjuntores de todos os terminais da LT protegida, não deve
ex eder 100 msem LT de interligaçãoentre sistemase LT om tensão nominal maiorou
igual a 345 kV. Segundo Calero et al. (2010), em diversas apli ações daproteção de LT,
temposdeoperaçãodaordemde sub i lossãone essários paraoselementosde distân ia.
Nesse sentido, veri am-se que os relés numéri ospodem operar de formaindevida, pois
o on ebimento das de isões de operação é passível de o orrer na janela de tempo em
que as os ilações transitórias da amplitude e da fase dos fasores tensão, tais quais as
apresentadas nas Figuras 1.3, estejam presentes. Nesse sentido, o desenvolvimento de
té ni asquepermitam orrigiremtemporeal osdistúrbiosdatensãose undáriadosTPC,
omoobjetivodemelhorarodesempenhodavelo idade,da onabilidadeedasegurança
daproteção de LT, onstitui-se uma pesquisa atual eimportantepara odesenvolvimento
ou onsolidaçãodeferramentasnos âmbitosdamedição,do ontroleedaproteção. Nesta
Tese,adesignaçãotempo real pre oniza queotemporequeridopara orrigirumaamostra
datensão se undária émuito menor que ointervalode onse ução entre amostras.
1.2 Objetivos
im-uma répli a autênti a da tensão primária de transformadores de poten ial apa itivo a
partirde amostrasda tensãose undária, independentemente datopologia doTPC edas
ara terísti asopera ionais doSEP, o que onstituem ara terísti asessen iais a
apli a-çõespráti as emtempo real. Nesse sentido, as ontribuições dopresente trabalhosão:
•
O on ebimentode um método de orreção, emtempo real, dos distúrbios de baixa frequên iapresentes naresposta transitóriadatensãose undária dos TPCam demelhoraravelo idade,a onabilidadeeasegurançadaatuaçãodosrelésnuméri os
de distân ia. O método proposto utiliza o domínioda frequên ia para projetar um
ltro orretordetensão(FCT)de on epçãosimples, ujoobjetivoé ompensaruma
largurade banda mínimados TPC e,no domíniodotempo, orrigiros transitórios
de baixa frequên ia a m de melhorar o desempenho dos ltros de estimação de
fasores. A síntese doFCT éfunção apenas daresposta emfrequên iadarelaçãode
transformação de tensão do TPC, mais espe i amente, de uma largura de banda
ujos limites superior e inferior são, respe tivamente, a fundamental e a primeira
frequên iaque ara teriza um ganho unitário.
•
A independên ia entre oprojeto doFCT, o modelo de TPC eas ara terísti asdo sistemaaser protegido. Nométodoproposto, a síntese doFCTé função apenasdeumabandadarespostaemfrequên iadosTPC.Logo,sobaóti adeprojetodoFCT,
osTPC são dotipo aixa-pretanaqualse onhe e sua respostaemfrequên ia, mas
nãose faz ne essário onhe er atopologia do ir uitoelétri oque aprovê, nemsão
onhe idassuas ara terísti asinternas. Nesse sentido, o método proposto onsiste
nageneralização do algoritmo de orreção dinâmi a da tensão se undária de TPC
proposto porIzykowski et al. (1998).
•
O desenvolvimento de rotinas omputa ionais para a identi ação de sistemas nos domínioss
ez
, levando-seem onsideraçãoaresposta emfrequên ia doganhoedafasebem, omorestriçõesde estabilidadepara estudos nodomíniodo tempo.
1.3 Contribuições
No que tange à divulgação dos resultados desta pesquisa, apresentam-se em ordem
1. MACHADO,E.P.;FERNANDESJÚNIOR,D.; NEVES,W.L.A.Melhoriado
De-sempenhodaProteçãodeDistân iaviaCorreçãodosTransitóriosde Baixa
frequên- iade Transformadores de Poten ial Capa itivos. Simpósio Brasileiro de Sistemas
Elétri os-SBSE, Foz do Iguaçu - PR,Abril 2014. (A eito para publi ação)
2. SILVA, C. A.; FERNANDES JÚNIOR, D.; NEVES, W. L. A.; MACHADO, E. P.
CouplingCapa itorVoltageTransformer: ADevi etoCorre titsSe ondaryVoltage
inRealTime. Journal ofControl, AutomationandEle tri alSystems,SpringerUS,
v. 24, n. 3, p. 339-348,2013.
3. MACHADO,E.P.;FERNANDESJÚNIOR,D.;NEVES,W.L.A.Investigaçãodos
Distúrbios da Tensão Se undária de Transformadores de Poten ial Capa itivos no
Desempenho da Proteção de Distân ia de Linhas de Transmissão. XIX Congresso
Brasileirode Automáti a-CBA, Campina Grande - PB, Setembro 2012.
4. MACHADO, E. P.; FERNANDES JÚNIOR, D.; NEVES, W. L. A. Correção de
Distúrbios da Tensão Se undária de Transformadores de Poten ial Capa itivos
-Impa toSobre a Estimaçãode Fasores. XIV En ontro Regional Iberoameri ano do
Cigré-ERIAC, Ciudad del Este, Paraguay,Junho 2011.
5. MACHADO, E. P.; FERNANDES JÚNIOR, D.; NEVES, W. L. A. Correção
Nu-méri a de Distúrbios da Tensão Se undária de Transformadores de Poten ial
Ca-pa itivos. XVIII Congresso Brasileiro de Automáti a-CBA, Bonito-MS, Setembro
2010.
6. SILVA, C. A.; FERNANDES JÚNIOR, D.; NEVES, W. L. A.; MACHADO, E.
P. Um Dispositivo para Correção da Tensão Se undária de Transformadores de
Poten ial Capa itivos: Apli ação em Tempo Real. XVIII Congresso Brasileiro de
Automáti a-CBA, Bonito-MS, Setembro 2010.
7. SILVA, C. A.; FERNANDES JÚNIOR, D.; NEVES, W. L. A.; MACHADO, E. P.
UmFiltroDigitalRe ursivoparaCorreçãodaTensãoSe undáriade T
ransformado-resde Poten ialCapa itivos: UmaAbordagememTempoReal. SimpósioBrasileiro
de Sistemas Elétri os-SBSE, Belém-PA, Maio2010.
Fil-Transformers. Pro eedings of the
16th
International Symposium on High VoltageEngineering, Cape Town, South Afri a, August 2009.
1.4 Organização do Trabalho
Além do presente apítulo introdutório, este trabalho de Tese está organizado de
a ordo om a seguinte estrutura de apítulos:
•
No apítulo 2, faz-se uma revisão doestado da arte das publi açõesmais signi a-tivas a er a da orreção dos transitórios da tensão se undária de TPC, bem omotopologias dos ir uitos elétri osasso iados aopro esso de orreção das tensões.
•
Aspe tos relativos aos fundamentos da proteção numéri a de distân ia são deline-ados no apítulo 3. Nesse sentido, são apresentadas as unidades de medição dedistân ia, as prin ipais té ni as de polarização, os esquemas de teleproteção e
al-guns on eitos da estimação de fasores, mediante a avaliação do desempenho de
adaum desses algoritmos,no quedizem respeito às suas respostas emfrequên ia.
•
No apítulo 4, a partir de uma arquitetura generalizada de um relé numéri o, é desenvolvida uma representação simpli ada om a nalidade de realizar estudosdaproteção de distân iade LT frenteaos distúrbios datensão se undáriade TPC.
•
Aspe tos relativos aométodoproposto tais omofundamentação, on epção, e sín-tese são des ritos no apítulo5.•
No apítulo6sãoapresentadososresultadosda ompensaçãonodomínioda frequên- ia e do tempo de quatro TPC reportados na literatura. Na frequên ia, domíniode obtenção do FCT, apresenta-se a orreção de uma pequena banda da resposta
emfrequên ia dos TPC. No domínio dotempo,apresentam-se os resultados de
de-sempenho da velo idade,da onabilidadee da segurança da atuaçãodos modelos
de relés numéri os equipados om o FCT. Para isto, foram realizadas simulações
digitaisa m de obter registros os ilográ os de sistemas elétri os ontendo dados
reais doSistemaInterligadoNa ional (SIN).
•
Por m, no apítulo 7 apresentam-se as onsiderações nais e as propostas para a ontinuação dotrabalho aquirealizado.Revisão Bibliográ a
Diferentemente das orrentes transitórias dos transformadores de orrente (TC) que
possuem alémda omponente fundamentale da omponente unidire ional, omponentes
harmni osbem denidos,tais omoosegundo eoter eiro(HOROWITZ;PHADKE, 2008),
as tensões transitórias dos TPC, que são propor ionadas por falhas no SEP, possuem
omponentes inter-harmni os próximos à fundamental uja amplitude e frequên ia de
os ilaçãodependemde vários parâmetros doTPC, tais omo (SWEETANA, 1971):
•
Pontoda tensão primáriaonde afalta o orre;•
Amplitudedas apa itân iasda oluna apa itiva;•
Relaçãode transformação do transformadorde poten ialindutivo(TPI);•
Tipo de ir uito supressor de ferroressonân ia;•
Módulo efator de potên iada arga se undária;•
Composição e onexão da arga se undária (para uma mesma arga e fator de potên ia,a arga pode ter seus omponentes ligados emsérie ou emparalelo);•
Resistên ia equivalente asso iadaao TPI;•
Correntede ex itação doTPI.De a ordo om Hou &Roberts (1995), omaior fatorque afetaa severidade dos
tran-sitórios dos TPC é a intensidade da mudança de estado da tensão primária. De forma
qualitativa, per ebe-se que, quãomais próximofor a falta do terminalprimário do TPC
maioré a mudança de estado da tensão primáriae, por onsequên ia, asamplitudes das
elétri aentre obarramento doTPC e o ponto de falta, maior é amudançade estadoda
tensão primária. A m de veri ar essa análise, onsidere o diagrama unilar mostrado
naFigura2.1ondeestá representado o ir uitode sequên ia positivade um SEP quando
dao orrên ia de uma faltatrifási a numa fração d do omprimentoda LT protegida.
d
Z
L1
(h - d) Z
L1
Z
Carga1
Z
Th1
A
A'
+
-1
ˆ
R
V
+
-F
V
ˆ
1
1
Iˆ
F
h
Ê
ThA
Figura 2.1 Sistemaelétri o simpli ado para ns de análise.
Utilizandoo on eito de divisorde tensão, atensãode sequên iapositivanopontode
lo alizaçãodorelé, representada por
V
ˆ
R1
, pode ser omputada segundo a expressão:ˆ
V
R1
= ˆ
E
T h1
d · Z
L1
Z
T h1
+ d · Z
L1
.
(2.1)Normalizandoa Equação (2.1) pelaimpedân iatotal da LT,
hZ
L1
, tem-se:ˆ
V
R1
= ˆ
E
T h1
d
PUZ
T h1
hZ
L1
+ d
PU.
(2.2) Tomando-seE
ˆ
T h1
= 1, 0∠0
◦
PU na Equação (2.2), veri a-se por meio da Figura 2.2
queovalordoSIR (SystemImpedan eRatio)denido pelarelação
Z
T h1
hZ
L1
, pode inuen iar
diretamente no omportamento da mudança de estado da tensão da barra quando da
o orrên ia de faltas na LT. De fato, o SIR é o parâmetro externo que mais agrava a
resposta transitória dos TPC (HOU; ROBERTS, 1995). Observam-se que sistemas om
valores elevados de SIR apresentam pequenos valores de tensão de falta no ponto de
lo alização do relé. Tal o orrên ia é um problema, pois, omo a energia armazenada
nos elementos indutivos e apa itivos dos TPC não é função do SIR, a amplitude dos
transitórios da tensão se undária dos TPC ompõema maior parte dos sinais de tensão
vistapelos instrumentosde proteção. Istoé, a relaçãosinal-ruído 1
datensão supridaaos
relés de distân iaé muito baixa. Analisandoa Figura2.2, mesmo para valores baixos de
SIRtalqual aunidade, quando dao orrên iade uma faltatrifási a noterminalre eptor
daLT,
d
PU
= 1, 0
PU , a répli adatensão dabarra éreduzida pelametade. Para valores
1
10
-3
10
-2
10
-1
10
0
10
1
10
2
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1
SIR
V
R
1
( PU
)
d
PU
= 0,2 PU
d
PU
= 0,4 PU
d
PU
= 0,6 PU
d
PU
= 0,8 PU
d
PU
= 1,0 PU
Figura 2.2 Tensãono ponto de lo alizaçãodo relé emfunção do SIRdosistema.
de SIRmaioresque 10,a relaçãosinalruído ébaixaoque di ultadis ernirse umafalta
éexterna ouinterna àzona de proteção dorelé de distân ia(MACHADOet al.,2012).
Embora o omprimento físi o da LT possa ser um fator determinante na seleção do
sistema de omuni ação usado na teleproteção, sozinho ele não é apropriado para
las-si ar uma LT omo longa, média ou urta. Segundo a norma IEEE C37.113 (2000),
o dis ernimento entre linhas urtas, médias e longas deve ser baseado no SIR e segue a
lassi ação:
•
LT urta:SIR > 4
;•
LTmédia:0, 5 < SIR < 4
;•
LTlonga:SIR < 0, 5
.Apresente des rição é utilizadadurantea seleçãodo esquemade proteção mais indi ado
para proteger a LT, a saber: distân ia, diferen ial, omparação de fase, sobre orrente,
entre outras. De fato, onformeexemplos exibidos na Tabela2.1, LT om omprimentos
relativamentediferentes podemapresentar amesma lassi ação quandoseutiliza o
on- eitode SIR.Contudo,a lassi açãodas LT om base no omprimentofísi ogeralmente
éutilizada omoreferên iaduranteaes olhadomodelomatemáti omaisapropriadopara
representar aLT emestudosde regimepermanente e transitórios.
Nas situações de SIR elevado, a tensão de entrada do relé é relativamente pequena,
devendo-se re orrer a algum método/té ni a a m evitar operações indevidas por ausa
Tabela 2.1 Exemplo da lassi ação de LT baseadas noSIR.
Tensão daLT(kV)
Z
L1
(Ω/km)
h (km)
Z
T h1
(Ω
) SIR Classi ação500 0,33 15 25 5,0 Curta 500 0,33 75 25 1,0 Média 500 0,33 150 25 0,5 Longa 69 0,66 1,5 5 5,0 Curta 69 0,66 7,5 5 1,0 Média 69 0,66 15 5 0,5 Longa
rápida, a IEC 186 (1987) re omenda que haja um a ordo entre usuários e fabri antes
de TPC no que on erne a resposta transitória desses transdutores. De fato, onforme
onstatadoporFinneyetal.(2010),ostransitóriosdatensãose undáriados TPCsão um
dos problemas asso iados a di uldade de tornar os algoritmosda proteção de distân ia
extremamente rápidos. Para que o tempo de operação das unidades de distân ia seja
menor que um i lo da fundamental, os sistemas om valores elevados de SIR devem
reduzir onsideravelmenteoal an edoreléparaqueomesmopossatolerarostransitórios
dos TPC (ZIEGLER, 2008). Tal fato faz-se ne essário porque a proteção numéri a de
distân ia utiliza algoritmos para estimação de fasores uja pre isão dos resultados bem
omo a velo idade de onvergên ia dependem das omponentes de frequên ias presentes
nosinal se undário dos transformadores para instrumentos.
Franklin &Horton (2011)propuseram um ritério paraajustar o al an eda primeira
zona de um relé de distân ia em função dos transitórios da tensão se undária de um
modelo de TPC e do SIR dosistema. Para efetivaro estudo, os autores onsideram que
osistema e o TPC operam sob ondições que ulminamnopior aso de sobreal an edo
relé. Durante o trabalhofoi veri ado que o sentido ea intensidade douxo de potên ia
são determinantes para ajustar o al an e da primeira zona. O aso mais severo o orre
quando aLTestá operandoem ondiçõesnominais eo uxo de potên ia está no sentido
inverso da dire ionalidade dorelé. Nesse aso, foi veri ado que os distúrbios da tensão
se undária doTPC limitam oal an e daprimeirazona hegando ao pontode eliminá-la
para valores de SIR maioresque 12,5.
Khanna (2010) investigou algumas formas de melhorar a dinâmi ade um modelo de
TPCapartirdemodi açõesnatopologia. Dentreasmudanças,veri am-seaasso iação
ousubstituição do reator de ompensaçãopor um resistor. Os resultados no domíniodo