Uma das prin ipais desvantagens da proteção de distân ia onven ional (proteção
es alonada no tempo) é que a proteção de primeira zona ou instantânea não pode ser
ajustada para proteger o omprimento total da LT. Uma vez que a primeira zona das
A
B
C
D
E
F
Tzona 2
Tzona 3
Tempo (ms)
hLTBCZBC
hLTCDZCD
hLTDEZDE
Distância (km)
hBC
hCD
hDE
Alcance (%)
Figura 3.12 Representação daszonasda proteção dedistân ia.
Figura 3.13 Representaçãodaszonas deproteção no planoR-X.
zona,aqualpossuiumatrasopropositaldaordemde250a400ms. Portanto, er ade40%
daLT(somadoissegmentosquenãosãoprotegidospelaprimeirazona)sãoprotegidaspor
unidadestemporizadas. Devidoasesses segmentosdaLT,asfalhasperduramnosistema
peloatraso dasegunda zona, poisapenas os disjuntores de uma das extremidades da LT
operam,aopasso queo urto- ir uito ontinua sendoalimentadopelaoutra extremidade
do alimentador. Ainda que a instabilidade não o orra, o aumento na duração da falha
propor ionasoli itaçãoindesejávelaos equipamentosepode ausar problemasasso iados
àqualidade daenergia.
por meio de um anal de omuni ação. O uso dos anais de omuni ação para tro a de
informaçõesentre os relés do terminaltransmissor e re eptor dá-se o nome teleproteção.
Enquantonasproteçõesunitáriasourestritas(proteção diferen ialeosesquemasde om-
paraçãodefase(ONS,2008))os anaisde omuni açãotransmiteminformaçõesdetensão,
orrenteeoutras grandezasmonitoradaspelosrelés, nas proteçõesnão unitáriasouirres-
tritas (proteção de sobre orrente e de distân ia (ONS, 2008)) os anais de omuni ação
são utilizadosapenas para informar osestados lógi os dos relés.
Osesquemasdeteleproteçãoutilizadosnaproteçãodedistân iapodemser lassi ados
em(IEEE C37.113,2000):
•
EsquemadeComparaçãoDire ionalporBloqueio(Dire tionalComparisonBlo king -DCB);•
Esquemade Comparação Dire ionalporDesbloqueio(Dire tional Comparison Un- blo king - DCU);•
Esquemade Transferên iade Disparo DiretoporSubal an e(Dire tUnderrea hing Transfer Trip - DUTT);•
Esquema de Transferên ia de Disparo Permissivo por Subal an e (Permissive Un- derrea hingTransfer Trip - PUTT);•
Esquema de Transferên ia de Disparo Permissivo por Sobreal an e (Permissive Overrea hing TransferTrip - POTT);•
Esquemade A eleração ouProlongamento de Zona.3.5.1 Comparação Dire ional por Bloqueio (DCB)
Quandoosrelés deumadas extremidadesdaLTenxergaafalhanosentido reversode
suadire ionalidade, oesquema DCB utilizao analde omuni ação paraenviar um sinal
debloqueiodaaberturadodisjuntor doterminalremoto,mesmoqueaproteçãolo alseja
sensibilizada. Assim, aideiageral pregadapeloesquemaDCB étransmitirum sinal para
informaraoutraextremidadequeodefeitoéexternoàLTprotegida. Poroutrolado,sea
falhao orreraolongodaLT, nenhum sinalde omuni açãoé enviadoeosrelés deambas
as extremidades atuam devido a dire ionalidade empregada. Este esquema propor iona
de bloqueio, a proteção é ajustada para operar após um tempo
T1
≥ T0
. Logo, umavez dete tado a falha no sentido da dire ionalidade, os relés devem esperar um tempo
T0
para onrmar se devem omandar ou bloquear a abertura dos disjuntores. Deve-se ressaltar que, aso o orra um envio intempestivo devido a um sinal espúrio no anal deomuni ação oumesmoerro humano,o disjuntordoterminalremotoestará bloqueadoe,
portanto, impedidode abertura.
3.5.2 Comparação Dire ional por Desbloqueio (DCU)
DiferentementedoDCB,noesquemaDCUexiste ontinuamenteumsinalentreosrelés
das duas extremidades que mantém aberto o ontato que está em série om a bobina de
aberturadodisjuntor. Se o orrerum defeitonaLT, afrequên iadosinaltransmitidopor
adarelééalteradaparaafrequên iade desbloqueio, nosentido permitir(desbloquear)a
aberturadosdisjuntores. CasoafalhasejaexternaaLTeosrelésdeumadasextremidades
forem sobreal ançados, somente haverá desbloqueio dos disjuntores daquele terminal se
os relés da outra extremidade transmitirem um sinal de desbloqueio. Note que isso é
passívelde o orrersomenteseestas unidades perderem, mesmoquede formatransitória,
adire ionalidade. Emm,paraquehajaaberturadeumdisjuntorperten enteaosistema
de proteção que utiliza o esquema DCU, o relé deve enxergar a falha no sentido do trip
ere eberum sinal nafrequên ia de desbloqueio doterminalremoto. Apesar de ser mais
onávelqueoDCB,devidoaexistên ia ontínuade umsinalguarda,etambémpermitir
uma seletividade de 100% daLT, a proteção deverá ser retardada pelos mesmosmotivos
doesquema DCB.
3.5.3 Transferên ia de Disparo Direto por Subal an e (DUTT)
Diferentementedos esquemasde omparaçãodire ional,ondeproteçõesderetaguarda
de segunda e ter eira zona dos relés de distân ia são inoperantes (retiradas proposital-
mente de operação), nos esquemas de transferên ia de disparo aquelas zonas ontinuam
exer endo o papel de proteção de retaguarda.
No esquema DUTT, osinal transmitido pelo anal de omuni ação dateleproteção é
utilizadopara efetuar aoperação de desligamentodireto dodisjuntor. Sempreque orelé
de uma das extremidades enxergar uma falha omosendo de primeirazona, este enviará
para permitir seletividade, a proteção que utiliza este esquema deve ser ajustada om
subal an e (ajusta-se a primeirazona para proteger uma porção menor daLT, de modo
a evitar o sobreal an e da primeira zona e, por onsequên ia, a transferên ia de disparo
diretodo disjuntordoterminal remoto).
SeosrelésdasduasextremidadesdaLTidenti amumafalhadentrodaprimeirazona,
hádesligamentodas duas extremidades da linha pelos respe tivos relés de distân iasem
atraso proposital, pois, não há ne essidade da teleproteção. Note que ada extremidade
re eberá um sinal de disparodiretodo disjuntor,mas o sinal de disparoserá redundante.
Caso a falha seja na LT, porém esteja naprimeira zona de apenas uma das extremi-
dades,orelé que dete ta afalha naprimeirazona omanda a aberturadodisjuntorlo al
eenvia para o terminalremotoum sinal de disparo diretodo disjuntor.
Para um urto- ir uitoforadaLT,viade regra,osrelésde umadasextremidadesnão
atuarápois afalha está nadireção reversa, enquanto o relé daoutra extremidade atuará
emsegunda zona de modo a permitira seletividade (somente atuará sehouver um falha
da proteção da LT adja ente sob falta). Mesmo que a primeira zona esteja ajusta em
subal an e,a depender das ara terísti asdo sistemae dotipo de falta, osdistúrbios da
tensão se undária dos TPC podem sobreal ançar a primeira zona no sentido direto do
tripe retirarindevidamenteaLTde operação. Logo, onformepro edimentosdarededa
ONS(2008), este esquema não deve ser empregado emLT om SIR >4.
3.5.4 Transferên ia deDisparo Permissivopor Subal an e (PUTT)
No esquema DUTT, aso o orraum enviointempestivo devido a um sinal espúriono
analde omuni ação oumesmoerro humano,odisjuntordoterminalremoto abrirápor
ausa da re epção do sinal. Para evitar falsos desligamentos por problemas no anal de
omuni ação, oesquemaPUTT introduz,lo almente,uma supervisão (lógi apermissiva)
de modo que o omando de abertura do disjuntor só o orrerá quando a dire ionalidade
dorelé de distân iaforsensibilizadapelafalta. ParafalhasforadaLT,oesquemaPUTT
sofre dos mesmos problemas doDUTT, om ex eção de que o sobreal an e em primeira
3.5.5 Transferên ia deDisparo Permissivopor Sobreal an e(POTT)
NoesquemaPOTT,o trip deprimeirazona somenteéefetivado ( omandaaabertura
do disjuntor lo al) após o re ebimento de um sinal permissivo (sinal de permissão para
atuar)enviadopelaoutraextremidadedaLT.Assim,aenergizaçãodabobinadeabertura
do disjuntorlo alsomente será efetivada om permissão da proteção do outro terminal,
mesmo que a atuação lo al da primeira zona tenha sido sensibilizada. Tal atitude pos-
sibilita ajustar o al an e da primeira zona de modo a sobreal ançar a LT adja ente e,
portanto,permiteenquadrar100%daLTdentrodaprimeirazona andoasegunda zona
omoretaguarda no aso de falha de omuni ação.
Por apresentar ara terísti a permissiva (dependên ia de um sinal permissivo para
atuar) e de modosimilar aos esquemas de bloqueioe desbloqueio, a função instantânea
daproteçãode distân iasomenteé apazde promover aaberturadodisjuntorlo alapós
um tempo