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O rendimento das aplicações financeiras comparado ao da poupança no município de Panambi, RS – 2013 a 2017

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UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

HENRIQUE LINN

O RENDIMENTO DAS APLICAÇÕES FINANCEIRAS COMPARADO AO DA POUPANÇA NO MUNICÍPIO DE PANAMBI, RS – 2013 A 2017

Ijuí (RS), 2018

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HENRIQUE LINN

O RENDIMENTO DAS APLICAÇÕES FINANCEIRAS COMPARADO AO DA POUPANÇA NO MUNICÍPIO DE PANAMBI, RS – 2013 A 2017

Monografia apresentada ao curso de Ciências Econômicas, do Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação (Dacec), da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Ciências Econômicas.

Orientadora: Me. Marlene Köhler Dal Ri

Ijuí (RS), 2018

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A Banca Examinadora abaixo assinada aprova a Monografia

O RENDIMENTO DAS APLICAÇÕES FINANCEIRAS COMPARADO AO DA POUPANÇA NO MUNICÍPIO DE PANAMBI, RS – 2013 A 2017

elaborada por

HENRIQUE LINN

como requisito parcial para obtenção do Grau de Bacharel em Ciências Econômicas.

Ijuí (RS), 30 de julho de 2018.

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________ Me. Marlene Köhler Dal Ri – Orientadora

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AGRADECIMENTOS

Ao meu Deus e Salvador, pelas bênçãos recebidas, muito além do que poderia imaginar ou merecer.

À minha noiva, Kelin Pereira, pela dedicação, compreensão e apoio.

Aos meus pais, Udo e Alice Linn, pela educação, apoio e dedicação.

À minha orientadora, Marlene Köhler Dal Ri, pela orientação segura ao longo do desenvolvimento desta monografia.

Aos meus colegas da faculdade, pela amizade e pelo auxílio.

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RESUMO

No atual contexto econômico, investidores com maior conhecimento conseguem identificar nichos de mercado que lhes proporcionam maior rentabilidade e lucro. Por uma questão cultural e falta de conhecimento da diversidade de opções, porém, a caderneta de poupança ainda segue na preferência de muitos investidores, que optam por esta modalidade por temerem exposição a riscos. Este estudo visa analisar o desempenho das aplicações financeiras do mercado de capitais, fazendo uma comparação com o rendimento da poupança no município de Panambi, RS, durante o período de 2013 a 2017. O estudo constitui-se numa pesquisa qualitativa e quantitativa, de cunho exploratório, descritivo, bibliográfico, documental e de pesquisa de campo. Seu universo constituiu-se de alguns mercados de capitais de empresas estatais e privadas, e a amostra limitou-se às empresas AMBEV, Itaú, Grazziotin, Petrobrás e uma criptomoeda – a Bitcoin –, as quais possuem capital aberto na BM&FBOVESPA. O estudo concluiu que a poupança não é a melhor opção de investimento, pois em cinco anos de análise apenas apresentou rendimento de 1% em um único ano (2017). Um indivíduo com perfil mais conservador consegue obter maiores retornos se aplicar 100% do seu capital em aplicações em CDI’s, levando em consideração o período analisado. Entre as ações, os Bitcoins despontam no mercado de capitais, mostrando que uma carteira arrojada também tem resultados satisfatórios. Tais possibilidades em nenhum momento poderiam ocorrer com a caderneta de poupança.

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ABSTRACT

In the current economic context, investors with greater vision are able to identify market niches that give them greater profitability and profitability. For a cultural issue and lack of knowledge of the diversity of options, however, the savings account still follows in the preference of many investors, who opt for this modality because they fear exposure to risks. This study aims to analyze the performance of capital market financial investments, correlating with savings income in the municipality of Panambi, RS, during the period from 2013 to 2017. The study is a qualitative and quantitative research, exploratory, descriptive, bibliographic, documentary and field research. Its universe consisted of some capital markets of state and private companies, and the sample was limited to AMBEV, Itaú, Grazziotin, Petrobrás and Bitcoin, which are publicly traded on BM & FBOVESPA. The study concluded that saving is not the best investment option because in five years of analysis it only yields 1% in a single year (2017). An individual with a more conservative profile can achieve higher returns by applying 100% of their capital in CDI applications. Among the shares, Bitcoins appear in the capital market, showing that a bold portfolio also has satisfactory results. Such possibilities could at no time occur with the savings account.

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LISTA DAS ABREVIAÇÕES

AMBEV Companhia de Bebidas das Américas

BACEN Banco Central

BM&FBOVESPA Bolsa de Mercadorias e Futuros de São Paulo

CDI Certificado de Depósito Interbancário

CENPES Centro de Pesquisa e Desenvolvimento

CETIP Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos Privados

DI Depósitos Interbancários

FGV Fundação Getúlio Vargas

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IPCA Índice de Preços ao Consumidor Amplo

IR Imposto de Renda

PIB Produto Interno Bruto

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LISTA DOS GRÁFICOS

Gráfico 1. Variações anuais da Grazziotin S/A ... 32

Gráfico 2. Variações anuais do Itaú Unibanco Holding S/A ... 33

Gráfico 3. Variações anuais da Ambev ... 34

Gráfico 4. Variações anuais da Petrobrás ... 35

Gráfico 5. Variações anuais da criptomoeda (Bitcoin) ... 36

Gráfico 6. Rentabilidade Bruta no período 2013 a 2017 ... 39

Gráfico 7. Rentabilidade Líquida nominal do período 2013 a 2017 ... 40

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LISTA DO QUADRO E TABELAS

Quadro 1. Funções da Bolsa de Valores ... 20

Tabela 1. Imposto de Renda Fixa (CDI 120%) ... 28

Tabela 2. Imposto de Renda sobre Renda Variável ... 28

Tabela 3. Variações anuais das ações da Grazziotin S/A ... 31

Tabela 4. Variações anuais das ações do Itaú Unibanco Holding S/A ... 32

Tabela 5. Variações anuais das ações da Companhia de Bebidas das Américas (Ambev) ... 33

Tabela 6. Variações anuais das ações da Petrobrás ... 35

Tabela 7. Variações anuais das ações da criptomoeda (Bitcoin) ... 36

Tabela 8. Dados históricos da poupança em Panambi, RS ... 37

Tabela 9. Carteiras de Investimento ... 38

Tabela 10. Rentabilidade Bruta do período 2013 a 2017 (base 100 no ano 2012 a 2013) ... 38

Tabela 11. Rentabilidade Líquida do período 2013 a 2017 (base 100 no ano 2012 a 2013) ... 40

Tabela 12. Rentabilidade Líquida Real do período 2013 a 2017 (base 100 no ano 2012 a 2013) ... 41

Tabela 13. Rentabilidade Bruta do período em valores monetários (2013-2017) ... 42

Tabela 14. Rentabilidade Líquida do período em valores monetários (2013-2017) ... 42

Tabela 15. Rentabilidade do Rendimento Líquido Real da poupança em Panambi, RS, do período 2013 a 2017 (base 100 no ano 2012 a 2013) ... 42

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 10

1 REFERENCIAL TEÓRICO ... 13

1.1 Desenvolvimento econômico ... 13

1.2 Produto Interno Bruto – PIB ... 14

1.3 Produto Nacional Bruto – PNB ... 14

1.4 Poupança-investimento ... 15

1.5 Mercado de capitais no desenvolvimento econômico ... 16

1.6 Mercado de capitais ... 17

1.7 Mercado de ações ... 18

1.8 Inflação ... 20

1.9 Diversificação de carteiras de investimentos ... 21

1.10 O modelo de Markowitz ... 22 1.11 Análise estatística ... 23 1.11.1 Média aritmética ... 23 1.11.2 Variância ... 23 1.11.3 Desvio padrão ... 24 2 METODOLOGIA ... 25 2.1 Tipos da pesquisa ... 25 2.2 Universo e amostra ... 26 2.3 Coleta de dados ... 27

2.4 Definição de parâmetros comparativos ... 27

2.4.1 Imposto de Renda – IR... 27

2.4.2 Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA ... 28

2.4.3 Certificado de Depósito Interbancário – CDI ... 28

2.5 Caracterização da região da pesquisa e das carteiras de investimento ... 29

2.5.1 Município de Panambi, RS ... 29

2.5.2 Grazziotin S/A ... 31

2.5.3 Itaú Unibanco Holding S/A ... 32

2.5.4 Companhia de Bebidas das Américas (Ambev) ... 33

2.5.5 Petrobrás ... 34

2.5.6 Bitcoin ... 35

3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ... 37

CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 44

REFERÊNCIAS ... 46

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INTRODUÇÃO

Na atual conjuntura econômica algumas nações possuem debilitado mercado de capitais, seja por variáveis endógenas ou exógenas que, por sua vez, podem ou não influenciar diretamente na sociedade, causando perdas econômicas e ainda sociais, não necessariamente nesta ordem. Por outro lado, outras nações possuem o mercado de capitais fortalecido, gerando mais investimentos, o que é fundamental para o avanço na criação de novos empregos, geração de maior riqueza, entre outros fatores que auxiliam na expansão da economia, favorecendo o desenvolvimento da nação.

A globalização, aliada ao avanço das telecomunicações e da informatização dos serviços, tornou possível a qualquer pessoa acessar às informações de uma empresa em curto espaço de tempo, seja ela de grande ou de pequeno porte. Isso deixou as empresas mais vulneráveis à concorrência, e fez com que elas reorganizassem a sua segurança. Por outro lado, também possibilitou aos empreendedores reconhecer um nicho de mercado que lhes trouxesse retorno financeiro. De modo geral, investidores que têm uma visão mais ampla conseguem identificar tais fatores e, dessa forma, utilizar a sua carteira de investimentos para compor essas empresas, almejando maior lucro.

Como o mundo econômico está interligado e qualquer notícia pode influenciar nas transações do mercado, investidores sempre ficam atentos a qualquer variação, uma vez que todo o seu patrimônio pode desmoronar em minutos. Uma recente prova da interligação do mundo econômico é a crise no setor imobiliário ocorrida no Estados Unidos, originada por financiamentos imobiliários de alto risco, conhecidos como subprime1. Tal fenômeno foi acompanhado por todo o mundo e gerou grandes perdas,

afetando, inclusive, nações como o Brasil.

O mundo econômico é taxado por muitos como agressivo, o que pode ser evidenciado mediante análise prática, pois o mercado é composto por vários fatores. Dois fatores principais se destacam – um empreendedor ou burocrata, como indicam algumas literaturas, e outro consumidor ou familiar, como referem determinadas literaturas. Os empreendedores são tidos como indivíduos que possuem ideia de um produto, que quando lançado no mercado atende às necessidades dos consumidores.

1 Subprime: crédito dado àqueles tomadores que têm maior risco de inadimplência (BM&FBOVESPA,

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Por outro lado, se os consumidores não se agradarem do produto que lhes é oferecido ou quando este não possui utilidade, ele deixa de ser adquirido pelos consumidores. Logo, a empresa não consegue se manter no mercado e, caso não seja tomada nenhuma ação, certamente ela deixará de existir. Cabe salientar, ainda, que o mesmo pode ocorrer se este produto acabar caindo na obsolescência.

Destarte, afirma-se que os consumidores são aqueles que comandam e/ou direcionam o mercado, podendo qualquer variância ser considerada uma transferência do poder do consumidor para outro indivíduo que toma as decisões a seu favor.

Muitos mecanismos do mercado de capitais, mercados financeiros e fatores que ocorrem no mundo em geral são importantes no momento em que se deseja analisar algum objeto de estudo mais direcionado nessa área. Nesse contexto, o curso de Ciências Econômicas foi uma peça fundamental para entender a sua complexidade, e abriu a possibilidade de analisar muitos temas que atualmente permeiam o mundo econômico. Optou-se, contudo, por um campo de expressivo interesse por parte de muitos, que é a análise das aplicações financeiras comparadas com os rendimentos da poupança no município de Panambi, RS, no período de 2013 a 2017.

Delimitou-se, assim, o objetivo geral do estudo, que é analisar o desempenho das aplicações financeiras do mercado de capitais, fazendo uma comparação com o rendimento da poupança do município de Panambi, RS, durante o período de 2013 a 2017. E, como objetivos específicos foram definidos os seguintes: a) fundamentar a importância do mercado de capitais para o desenvolvimento da economia; b) conceituar as metodologias estatísticas e aplicadas para análise da pesquisa; d) analisar e comparar as rentabilidades da caderneta de poupança com outras alternativas financeiras no mercado acionário; e e) Indicar o melhor investimento.

A fim de atender aos objetivos supracitados elencou-se a seguinte questão-problema: “A rentabilidade da caderneta de poupança no município de Panambi, RS, no período de 2013 a 2017, é mais rentável se comparada a outras alternativas de aplicações financeiras no mercado acionário?”

A realização do estudo se justifica por várias razões. Inicialmente, pela necessidade de maior compreensão do funcionamento do mercado de capitais, bem como dos investimentos que garantem maiores lucros. Também, por ser uma área

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exclusiva de economistas, o que permite ao acadêmico ampliar seus conhecimentos e, também, valorizar e enaltecer o profissional economista.

Outra justificativa para sua realização é o fato de poder identificar alguns riscos que as operações podem causar aos investidores, tendo em vista a crescente procura por esses tipos de transações financeiras. Ademais, um mercado financeiro desenvolvido num sistema liberal capitalista favorece um desenvolvimento socioeconômico, uma vez que é capaz de gerar poupança com recursos internos e externos e, como isso não é divulgado, os recursos acabam não sendo utilizados.

Finalmente, o presente estudo atende às exigências do curso de Economia da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí) e às expectativas do acadêmico quanto à compreensão do mercado financeiro, tendo em vista que o tema lhe despertou a atenção ao longo do curso de Economia. O estudo, portanto, foi fundamental no sentido de ampliar seus conhecimentos sobre aplicações financeiras, auxiliar no acesso dos demais interessados pelo tema, e concluir o curso e obter o título de economista.

O estudo está composto de três capítulos, assim distribuídos: o primeiro apresenta a fundamentação teórica, baseada em estudiosos do tema, como Assaf Neto (2012), Schumpeter (1984), Sandroni (2011), Stiglich e Walsh (2003), entre outros, que tratam, principalmente, sobre desenvolvimento econômico, mercado de capitais e carteiras de investimentos. Na sequência consta a metodologia utilizada na realização do estudo, que descreve os tipos da pesquisa, o universo e a amostra do estudo, a coleta de dados, a definição dos parâmetros comparativos, a caracterização da região da pesquisa e os mercados de investimentos objeto deste estudo. Finalmente, no terceiro capítulo consta a apresentação dos resultados pesquisados junto às instituições financeiras do município de Panambi, RS, analisados à luz da teoria.

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1 REFERENCIAL TEÓRICO

1.1 Desenvolvimento econômico

O desenvolvimento econômico é descrito de inúmeras formas pelos economistas. Assaf Neto (2012, p. 28) o conceitua como

Crescimento econômico é um conceito mais restrito, que envolve a expansão quantitativa da capacidade produtiva de um país ao longo do tempo. Diz-se que há crescimento econômico quando se observa elevação da quantidade de bens e serviços produzidos por um país superior ao de sua população, evidenciando contínua elevação de sua produtividade.

Em suas afirmações, Assaf Neto (2012) cita que o desenvolvimento econômico não fica exclusivamente restrito à análise do crescimento econômico por meio dos modelos de avaliação, mas é algo mais complexo e de difícil análise. O autor acredita que devem ser analisados também outros fatores socioeconômicos.

Algumas economias mais desenvolvidas têm um sistema cujo setor é superavitário e acaba subsidiando outro setor que necessita de recursos. Tal método faz com que as necessidades de várias áreas sejam supridas e, com isso, a totalidade saia ganhando. Essa funcionalidade do mercado financeiro faz com que prazos das operações sejam melhor organizados, bem como os indivíduos emprestadores do capital tenham um controle mais eficiente.

Mecanismos de intermediação financeira acabam sendo muito utilizados pelos agentes quando esses não possuem ativos financeiros suficientes para determinada necessidade que possa surgir, mesmo que para isso haja um certo dispêndio financeiro. Tal medida, muitas vezes, é considerada como bem-estar, pois a sua demanda pode ser atendida.

Pode-se citar como uma vantagem no mecanismo de intermediação financeira a aproximação entre diversos agentes, como entre os poupadores e os agentes tomadores dos ativos financeiros, bem como a sofisticação no processo dos negócios. O agente que tem a função de intermediário financeiro é um indivíduo especialista no ramo, pois com base nos seus conhecimentos e nas operações necessárias, permite fornecer dinheiro com custo baixo e de forma rápida, o que facilita e gera menor incerteza quanto às garantias necessárias por parte do poupador. Tais recursos são fundamentais para a liquidez, pois atendem à necessidade de

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poupadores e dos tomadores de ativos financeiros. Os inúmeros recursos recebidos pelos intermediadores permitem que esses consigam dosar a necessidade do fluxo de caixa de cada tomador.

Schumpeter (1984), em seus estudos, direciona o desenvolvimento econômico às mudanças tecnológicas, ou seja, a sua tese é direcionada para a inovação. O economista monta um Estado embasado no comércio, sendo a propriedade privada, o livre mercado e a divisão do trabalho peças fundamentais para transações equilibradas dos agentes econômicos.

O autor afirma que quando há desenvolvimento em determinado segmento, deixa de haver o equilíbrio que havia no estado anterior, ou seja, após este desenvolvimento o mercado se modifica, gerando novas perspectivas. Explica, também, que são os produtores que geram a mudança na economia, o que decorre do fato de que os consumidores seguidamente têm uma mudança de hábitos, uma alteração de necessidades a serem atendidas, o que faz com que seja necessária uma evolução ou, ainda, um desenvolvimento constante para que essas novas necessidades sejam atendidas.

1.2 Produto Interno Bruto – PIB

No Brasil, o índice que mede o desenvolvimento econômico é o Produto Interno Bruto (PIB), que é responsável por indicar quão desenvolvida está a economia. Para Sandroni (2011, p. 459), o PIB “representa o valor agregado de todos os bens e serviços finais produzidos no território econômico de um país, independente da nacionalidade dos proprietários dessas unidades produtoras.”

A partir do PIB também é possível calcular o PIB per capita que, na prática, vem a ser a renda nacional dividida pelo número de habitantes do país. Como este valor é uma média, não pode ser considerado o valor que cada indivíduo possui como sua renda, ele é apenas um demonstrativo.

1.3 Produto Nacional Bruto – PNB

O Produto Nacional Bruto (PNB) é um índice no qual estão descontados todos os gastos, ou seja, se for analisado na ótica de um determinado produto, seria o valor de venda menos todos os gastos e despesas que o mesmo gerou para a sua

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fabricação. Em outras palavras, pode-se afirmar que seria o lucro, logo, o PNB é um índice que indica quanto de riqueza efetivamente foi gerado. Nesta ótica, é possível afirmar que o PNB em relação ao PIB é um índice que possui um valor mais coerente com a riqueza que realmente foi gerada.

Para Sandroni (2011, p. 475), o PNB é o “valor agregado de todos os bens e serviços resultantes da mobilização de recursos nacionais, independente do território econômico em que esses recursos foram produzidos.”

Com base nessa afirmação pode-se afirmar que a principal diferença entre o PIB e o PNB é que se em um país o PNB for mais baixo que o PIB, este país envia mais renda para o exterior do que recebe.

Nesse contexto paira a dúvida quanto à possibilidade de haver ou não intervenção do governo para regular a economia. Na teoria clássica de Adam Smith (1723-1790), em seu livro A Riqueza das Nações, aparece o fator Estado, denominado por ele de “Mão Invisível”, confirmando a posição dos clássicos e liberais de que o Estado deve interferir o mínimo possível. Por outro lado, a teoria de John Maynard Keynes (1883-1946), em seu livro A Teoria do Juro e da Moeda, publicado em 1936, confirma que o Estado deve intervir na economia, criando, assim, a Teoria keynesiana, que também é conhecida como keynesianismo (SANDRONI, 2011).

Nesse contexto, pode-se afirmar que a demanda de mercado corresponde ao que os consumidores, ou seja, os compradores, efetivamente compram. Oferta de mercado corresponde àquilo que os fornecedores oferecem para venda, ou seja, são os produtos disponibilizados para venda. Já a demanda agregada corresponde a toda demanda da economia que, por sua vez, acompanha os preços dos produtos e das mercadorias.

1.4 Poupança-investimento

Keynes (1992) define poupança-investimento como a renda de um indivíduo a partir de recursos descritos como aluguel, juros, lucros e salário. Neste caso, a poupança seria uma parte da renda que deixa de ser consumida para que venha a se tornar um investimento, ou seja, o indivíduo deixa de consumir determinados bens e serviços por um intervalo de tempo e, posteriormente, esta renda não consumida (poupança) se torna num investimento. Por sua vez, o conceito de investimento consiste na aplicação de um determinado recurso que visa maior retorno ou renda

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maior no futuro. Nesse contexto, pode-se afirmar que a renda do indivíduo se divide entre aquisição de bens e/ou serviços e poupança (STIGLICH; WALSH, 2003, p. 130):

[...] o que costumamos chamar de investimento (aplicação de dinheiro em fundos mútuos, compra de ações do mercado de valores) é, na realidade, poupança, por ao lado parte de nossa renda em lugar de gastá-la. Esses fundos são então postos à disposição, por intermédio do sistema financeiro, de pessoas e empresas que desejam adquirir bens de capital como máquinas e instalações ou construção de prédios comerciais, shoppings ou residências.

Num contexto geral, os indivíduos fazem uma análise de quanto deverá ser o seu gasto corrente e quanto compõem as suas reservas (poupança). Para isso, a taxa de juros e a renda recebida acabam sendo fundamentais para a sua análise, pois se as taxas forem altas, a tendência será de poupar mais do que aumentar os seus gastos correntes. O inverso também é verdadeiro, pois se a sua renda for mais elevada a tendência é que os gastos e a poupança sejam elevados e, nesse caso, o inverso também é verdadeiro.

Do ponto de vista econômico, funciona da seguinte forma: os indivíduos (famílias) poupam suas rendas a fim de adquirirem títulos, que se tornam investimentos, realizados por instituições financeiras, enquanto as empresas buscam nas instituições financeiras recursos para efetuarem investimentos em suas instalações. Visam, assim, aumentar a sua capacidade produtiva, aumentar a remuneração de seu capital para, finalmente, obter o lucro.

1.5 Mercado de capitais no desenvolvimento econômico

O processo de formação de renda consiste em cada indivíduo ir em busca de sua satisfação para atender as suas necessidades. Quando ele não consome tudo o que ganhou, passa a gerar uma poupança.

O desenvolvimento econômico pode variar de acordo com o regime político adotado pela nação, ou seja, nações capitalistas têm formas diferentes de alocar os recursos do que nações socialistas. A diferença principal está em quem é o responsável por fazer investimentos e, com isso, gerar o desenvolvimento. No regime socialista, as pessoas são responsáveis pelo rumo que tomam essas decisões, cujo único objetivo é atender as necessidades sociais básicas de que a população necessita. Por outro lado, em países capitalistas são os empresários os responsáveis

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pelo investimento, ou seja, eles fazem uso de capital próprio para que a sua empresa se desenvolva e, com isso, gere riqueza, aumentando o número de empregos e de renda, entre outros fatores influenciados pelas inovações. Cabe salientar que em países subdesenvolvidos há uma disparidade, pois poucos empresários são donos ou responsáveis por maior parte do patrimônio, diferente do que ocorre em países desenvolvidos, onde a concorrência é maior entre os empresários.

O mercado possui algumas imperfeições, como as falhas de informações entre os agentes e o poder do mercado, causadas, principalmente, pela distância do mercado competitivo, o que permite a existência do setor financeiro. Nesta leitura, identifica-se que quanto mais deficitário for um mercado, maior será a dificuldade entre os agentes, o que pode acarretar na inviabilização entre as partes. Neste arranjo, a intermediação financeira funciona como uma ferramenta que prima pela melhor alocação dos recursos entre os envolvidos, o que permite uma redução de conflitos entre as partes, alocando os recursos de modo mais eficiente, considerando a sua real necessidade.

Muitas vezes, o empresário não possui capital próprio para expandir o seu negócio e, assim, recorre a instituições que lhe permitam o crédito. Este valor que o banco utiliza, por sua vez, certamente é oriundo das poupanças dos indivíduos que mantiveram parte dos seus ganhos salariais intactos pensando em uma futura compra. Por fim, quando este dinheiro é utilizado como forma de financiamento do empresário, a pessoa que empresta não se torna dono do investimento junto com o empresário, mas simplesmente recebe um montante de juros referente ao valor emprestado ao proprietário. Os dois elementos, contudo, são figuras importantes para o desenvolvimento da nação (SAMPAIO NETO, 2015).

1.6 Mercado de capitais

A partir do início do processo de globalização muitas portas se abriram, principalmente no mundo econômico, fazendo com que inúmeras pessoas pudessem ver o mercado econômico como uma forma de investimento.

Segundo Pinheiro (2009, p. 130), “o mercado de capitais pode ser definido como um conjunto de instituições e de instrumentos que negociam com títulos e valores mobiliários, objetivando a canalização de recursos dos agentes compradores para os agentes vendedores.”

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O mercado de capitais é composto por várias empresas as quais atuam na Bolsa de Valores, como companhias de seguro e de investimento, bancos, financeiras autorizadas, mineradoras, e uma gama de empresas dos mais diversos ramos. A sua finalidade consiste em gerar liquidez dos títulos para que, por meio deles, as empresas possam se capitalizar.

No modelo econômico atual, o mercado de capitais é um aliado para toda e qualquer economia, pois auxilia no processo de desenvolvimento econômico. Neste contexto, a poupança é de grande importância na economia, pois gera investimento interno da produção, direcionando os recursos para que haja investimentos em áreas como indústria, agricultura e comércio, bem como em demandas do governo. Nesse sentido, se posicionam Stiglich e Walsh (2003, p. 128) afirmando que

Quando as famílias poupam, elas põem fundos à disposição de tomadores de empréstimos. Sempre que as empresas investem precisam tomar empréstimos. O mercado de capitais financeiro é o mercado no qual a oferta de fundos é alocada àqueles que desejam tomar empréstimos. Por essa razão, também é chamado de mercado de fundos emprestáveis. O equilíbrio no mercado de capitais exige que a poupança (oferta de fundos) seja igual ao investimento (demanda de fundos).

Pode-se verificar que o mercado de capitais é uma das formas que um país tem para impulsionar a sua economia, pois quanto maior for a sua dinamização no mercado de capitais, mais investidores são atraídos e, com isso, mais recursos externos – dos investidores – são captados, proporcionando mais recursos às empresas para investir nas suas estruturas e ampliar a capacidade produtiva. Com isso, o desenvolvimento econômico se torna uma consequência, ou seja, quanto maior a capacidade de um país utilizar o mercado de capitais, mais desenvolvido o mesmo será, pois aumenta a capacidade de fonte de captação dos recursos.

Isso leva a constatar que países mais desenvolvidos tendem a utilizar mais o mercado de capitais, o que o torna mais dinâmico e forte, propício a atrair novos investidores e, consequentemente, maiores recursos (ADVFN, 2018).

1.7 Mercado de ações

A Bolsa de Valores é uma organização sólida, organizada e funcional. Sua principal função é a captação de recursos financeiros por parte de empresas que possuem o capital aberto. Ela possui um ambiente de negociação onde investidores

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podem comprar ou vender títulos emitidos por empresas, sejam elas privadas, públicas ou mistas.

Historiadores como Schumpeter (1984) e Pinheiro (2009) afirmam que as Bolsas de Valores tiveram sua origem na Antiguidade. Embora para alguns ela tenha surgido em Roma, outros defendem que tenha surgido na Grécia, onde os comerciantes costumavam se reunir em grandes praças para tratar de negócios.

As primeiras Bolsas de Valores com características mais modernas surgiram com a expansão comercial do século XV. Em Bruges, na Bélgica, a palavra “bolsa” ganhou sentido comercial e financeiro quando comerciantes da época se reuniam na casa de Van der Burse para a realização de negócios, como a compra e venda de moedas, metais preciosos e letras de câmbio (BM&FBOVESPA, 2018).

Com o tempo, as Bolsas de Valores foram sendo aperfeiçoadas e adaptadas à realidade da economia, com novos países se abrindo para a sua criação. Somente em 1792 foi criada a Bolsa de Valores de Nova Iorque, a qual passou a ser a mais notável do mundo (BM&FBOVESPA, 2018).

Em 21 de outubro de 1843, com a criação da Lei nº 317, foi criada a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Com ela, os corretores não precisariam mais realizar seus negócios de praça em praça, como a compra e venda de moedas e mercadorias. Com o aumento de corretores, fixou-se a Rua Direita, no centro da cidade do Rio de Janeiro, como o local fixo para a realização dessas negociações (BM&FBOVESPA, 2018).

Entre 1889 e 1892 houve um grande crescimento no comércio e nos avanços científicos e sociais, os quais trouxeram uma grande modernização e deram início à industrialização no Brasil. Com isso, a Bolsa de Valores também teve seu crescimento, contudo, foi somente em 1934 que suas atividades foram regularizadas.

Dentre as funções da Bolsa de Valores, pode-se destacar as que constam no Quadro 1, a seguir, as quais permitem concluir que a principal função da Bolsa de Valores consiste na transferência de riqueza da economia e, diferentemente do que se pensa, ela não cria riquezas, principalmente para a população de modo geral.

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Quadro 1. Funções da Bolsa de Valores

Ponto de vista Funções

Investidor

 Facilitação da canalização da poupança pela concentração na bolsa de empresas de todos os tamanhos.

 Canalização das poupanças dos poupadores para atividades mais produtivas.

 Segurança jurídica e econômica, baseada nas regulamentações do mercado.  Liquidez para o investimento de valores.

Tomadores  Facilita a obtenção de fundos a longo prazo.

Economia

 A economia é um dos fatores determinantes na formação dos preços bursáteis. Por sua vez, os índices de ações constituem importantes indicadores conjunturais.

 Ao favorecer o financiamento empresarial, constitui um importante elemento na expansão e no crescimento econômico.

 Submete as empresas a um julgamento de racionalidade econômica. A cotação bursátil reflete o desempenho da empresa.

Social

 Facilita a poupança de pequenos poupadores e a oportunidade de investimento.

 Facilita o conhecimento do preço de mercado, o que serve de proteção à poupança.

 Favorece a estabilidade social ao tornar possível o incremento do número de poupadores-investidores.

 A organização bursátil dá segurança ao tráfico jurídico mercantil. Fonte: Pinheiro (2007, p. 177).

O mercado de ações pode ser considerado de alto risco, pois muitos fatores influenciam determinada ação que até então é lucrativa, mas que pode, num breve intervalo de tempo, passar a gerar prejuízos. Como já citado, as ações estão ligadas diretamente à atividade de atuação da empresa, o que faz com que qualquer oscilação, como baixa de vendas, escândalos de corrupção, especulação, entre tantos outros fatores, influenciem diretamente no valor praticado pela ação (BM&FBOVESPA, 2018).

1.8 Inflação

Muitos fatores podem ser os causadores da inflação que, em níveis descontrolados, é temida por qualquer nação. Girardi (2018), em site eletrônico, assim conceitua a inflação:

A inflação pode ser conceituada como um aumento generalizado e contínuo dos preços: ocorre em todos os setores da sociedade, sem distinções, e ao mesmo tempo. Isso ocorre continuamente em um período de tempo, não sendo um aumento somente por causa de um excesso de procura.

Partindo da afirmação do autor e do conceito da inflação, que também é explicado por outros autores, pode-se afirmar basicamente que ela vem a ser uma

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desvalorização da moeda, ou seja, é a desvalorização da capacidade do poder de compra. Nesse caso, estaria mais direcionada ao dinheiro, ou ainda, à moeda de troca quando esse perde o seu valor. É possível, contudo, haver inflação causada pela baixa venda de determinado produto, ou seja, quando determinada linha de produtos deixa de ser interessante aos olhos dos compradores. Ou ainda, no caso de uma ineficiência produtiva, a grande procura pelo item faz com que os agentes econômicos que comercializam tal produto aumentem o preço, tendo em vista a necessidade de tal demanda em dado momento na economia.

A inflação, em dados momentos, pode ser entendida como algo benéfico à economia, contudo, a grande preocupação dos governantes em geral é que se torne algo incontrolável, o que pode tornar a economia instável e desfavorável ao crescimento econômico (GIRARDI, 2018).

1.9 Diversificação de carteiras de investimentos

Existem diversos perfis de investidores, contudo, algo é comum a todos: optar por carteiras que durante o período estudado apresentam menor risco e maior retorno. O investidor deve ter em mente que sempre pode correr riscos no mercado de ações, ou seja, assim como ele pode ganhar (obtendo saldo positivo, ou seja, ainda maior que o seu investimento inicial) também pode perder (obtendo saldo negativo, ou seja, ainda menor que o seu saldo inicial).

Como o mercado de ações é bastante sinuoso, é indicado fazer a diversificação das ações, ou seja, por mais audacioso que seja, o investidor deve investir em diversas ações, evitando investir todo o seu patrimônio em apenas uma carteira ou apenas num ramo, pois se a ação ou ramo “despencar”, apenas parte de seu patrimônio será comprometido.

Com base nisso, apresenta-se uma reportagem do site Valor Investe, publicada em 23 de abril de 2013, que auxilia a compreensão do tema:

Diversificação – aumentar o número de ações que compõe a carteira reduz

o risco. Mas devem-se escolher ações de setores diferentes, pois papéis de empresas do mesmo segmento geralmente apresentam catalisadores parecidos. Uma má notícia pode afetar todo o setor. Veja o caso das carteiras de dividendos compostas majoritariamente por ações de companhias do setor elétrico. Após a definição pelo governo de regras mais rígidas para a renovação das concessões das geradoras e transmissoras, as ações do setor apresentaram péssimo rendimento, prejudicando os fundos de dividendos.

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Uma carteira mais balanceada poderia ter evitado esse mau desempenho. Contudo, recomendo no máximo dez ações, pois um número muito elevado de papéis, além de não contribuir para reduzir o risco da carteira, aumenta o grau de dificuldade para se acompanhar tantas companhias.

Outra dica é para o investidor que aplica via fundo de ações. Ele deve acompanhar a composição da carteira, pois alguns gestores concentram suas apostas em ações de elevada liquidez. Será que vale a pena pagar taxa de administração e, em alguns casos, taxa de performance, para um gestor que investe em uma carteira concentrada e com papéis líquidos? Alguém pode alegar que o conhecido investidor Warren Buffett também prefere concentrar seus investimentos em poucos nomes, indo de encontro à teoria de finanças. Mas ele é Warren Buffett. Para o resto dos mortais é recomendável ser mais prudente, diversificando as apostas.

É correto, também, afirmar que mesmo havendo a diversificação das carteiras em várias empresas e vários setores, sempre vai haver o risco. Os investidores devem estar preparados e utilizar recursos que reduzam esta incerteza, como as informações que são disponibilizadas pelos especialistas junto às corretoras em que o investidor fizer suas aplicações.

1.10 O modelo de Markowitz

O método desenvolvido por Harry Markowitz (1952) consiste na soma de variáveis individuais de cada ação com vistas a fazer comparativos entre pares de ações da carteira, de acordo com o peso de cada ação. Logo, o modelo faz a variância da carteira, maximizando o retorno que se deseja e minimizando a variância. O referido modelo pode ser apresentado da seguinte forma:

O modelo, contudo, está sujeito a algumas restrições, ou seja:

Mínima tabilidade w R i i i Re

 onde:

̶ wi é o percentual do patrimônio alocado ao ativo i

̶ Ri é o retorno estimado para o ativo

̶  i ij é a covariância entre os ativos i e j

ij j i j iw w W f ( ) 

 

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A Rentabilidade Mínima é entendida como o retorno mínimo esperado pelo investidor (DAL RI, 2018).

1.11 Análise estatística

A análise estatística consiste na elaboração de alguns métodos, técnicas e conceitos que visam coletar dados para que, posteriormente, ao serem analisados, possam ser detectados aspectos que podem ou não ser melhorados. Com isso, é possível afirmar que a análise estatística é uma ferramenta importante que permite evidenciar possíveis fatores onde há ou pode haver certo nível de incerteza (DAL RI, 2018).

O indivíduo que efetua as análises deve ser capaz de interpretar gráficos, tabelas e dados, os quais consistirão na sua base de análise. A estatística descritiva é composta de alguns modelos, tais como média, mediana, entre outros, buscando um campo com alguns fatores mais amplos, como amplitude, desvio padrão, entre outros modelos que, no conjunto, se complementam e fazem um arranjo da análise estatística (DAL RI, 2018).

Nesse rumo, Corrente (2004) elenca alguns modelos e técnicas os quais são descritos a seguir:

1.11.1 Média aritmética

A média aritmética consiste em valores que em dado período possuem uma tendência central, podendo ser dividida em duas: a média aritmética simples e a média aritmética ponderada. A primeira consiste na soma de todos os valores, cujo resultado deve ser dividido pela quantidade de elementos, revelando o peso relativo dos dados. Já a segunda é utilizada quando estes dados não possuem dado relativo, neste caso deve-se considerar o peso de ponderar, logo, é por meio dela que se percebe se o dado é ou não relativo (CORRENTE, 2004).

1.11.2 Variância

Em muitos casos a média não consegue proporcionar uma real situação dos dados. Nesse caso é importante observar o comportamento de alguns dados para que

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sejam analisados da melhor forma. Assim, a variância permite observar as medidas em torno da média, ou seja, trata-se de uma medida de dispersões das variáveis que mede a distância entre a observação e a média (CORRENTE, 2004).

1.11.3 Desvio padrão

Consiste numa medida que estima a variação de determinado dado aleatório, ou seja, é uma medida de dispersão em torno da média. É considerado um dos modelos mais comuns na distribuição, fundamental para os conceitos de estatística (CORRENTE, 2004).

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2 METODOLOGIA

A metodologia, segundo Fonseca (2002), é o estudo da organização dos caminhos a serem percorridos para se realizar uma pesquisa ou um estudo. Etimologicamente, significa o estudo dos caminhos, dos instrumentos utilizados para fazer uma pesquisa científica.

Este capítulo apresenta o tipo da pesquisa e descreve o universo e a amostra dos participantes do estudo, o instrumento da pesquisa, a coleta e a análise dos dados e, ainda, descreve a caracterização do município, foco deste estudo, bem como identifica as principais carteiras de investimento que compõem o cenário.

2.1 Tipos da pesquisa

Para efetuar determinada pesquisa, o pesquisador pode encontrar diversas formas para a sua realização. Sendo assim, cabe ao pesquisador identificar qual forma lhe é mais eficiente mediante a sua necessidade.

A medida que se dispõe de um sistema de classificação, torna-se possível reconhecer as semelhanças e diferenças entre as diversas modalidades de pesquisa. Dessa forma, o pesquisador passa a dispor de mais elementos para decidir acerca de sua aplicabilidade na solução dos problemas propostos para investigação. (GIL, 2007, p. 25).

Este estudo pode ser classificado de acordo com vários tipos de pesquisa. Quanto à sua abordagem, constitui-se numa pesquisa qualitativa e quantitativa. Para Minayo (2001, p. 14), a pesquisa qualitativa “trabalha com o universo de significados, motivos e aspirações. Ela se preocupa com aspectos da realidade que não podem ser quantificados, centrando-se na dinâmica das relações sociais.”

Já a pesquisa quantitativa é assim conceituada por Fonseca (2002, p. 20):

Diferentemente da pesquisa qualitativa, os resultados da pesquisa quantitativa podem ser quantificados. Como as amostras geralmente são grandes e consideradas representativas da população, os resultados são tomados como se constituíssem um retrato real de toda a população alvo da pesquisa. A pesquisa quantitativa se centra na objetividade. Influenciada pelo positivismo, considera que a realidade só pode ser compreendida com base na análise de dados brutos, recolhidos com o auxílio de instrumentos padronizados e neutros. A pesquisa quantitativa recorre à linguagem matemática para descrever as causas de um fenômeno, as relações entre variáveis, etc. A utilização conjunta da pesquisa qualitativa e quantitativa permite recolher mais informações do que se poderia conseguir isoladamente

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Quanto à natureza, o presente estudo constitui-se numa pesquisa exploratória, cujo objetivo é criar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito. A grande maioria dessas pesquisas envolve: (a) levantamento bibliográfico; (b) entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; e (c) análise de exemplos que estimulem a compreensão (GIL, 2007).

Constitui-se, também, numa pesquisa descritiva, que exige do investigador uma série de informações sobre o que deseja pesquisar. Esse tipo de estudo pretende descrever os fatos e fenômenos de determinada realidade (TRIVIÑOS, 1987).

Quanto aos procedimentos trata-se de uma pesquisa bibliográfica, que é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites. “Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto.” (FONSECA, 2002, p. 32). Constitui-se, também, numa pesquisa documental, uma vez que recorre a fontes sem tratamento analítico, como tabelas estatísticas, relatórios, documentos oficiais das instituições financeiras, entre outros (FONSECA, 2002).

E, finalmente, trata-se de uma pesquisa de campo, que se caracteriza pelas investigações em que, “além da pesquisa bibliográfica e/ou documental, se realiza coleta de dados junto a pessoas, com o recurso de diferentes tipos de pesquisa.” (FONSECA, 2002).

2.2 Universo e amostra

O universo desta pesquisa é constituído por alguns mercados de capitais de empresas estatais e privadas dos principais segmentos. Com isso, a análise se torna mais coerente, pois evita distorção no comparativo, em que determinados segmentos possam ser favorecidos ou prejudicados, e se facilita uma análise mais coerente.

Com base nisso, a definição da amostra deste estudo compreende o rendimento financeiro do mercado de ações das empresas AMBEV S/A, Itaú Unibanco Holding S/A (Itaú), Grazziotin S/A (Grazziotin), Petróleo Brasileiro S/A (Petrobrás) e a criptomoeda Bitcoin, calculado pelo CDI e comparado aos rendimentos da poupança no período analisado de 2013 a 2017. Tais empresas possuem capital aberto no mercado acionário brasileiro – BM&FBOVESPA, e possuem ramos diversificados de mercado que abrangem parte da economia.

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2.3 Coleta de dados

Os dados foram coletados em instituições como Banco Central (BACEN), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Fundação Getúlio Vargas (FGV) e BM&FBOVESPA e, posteriormente, organizados, compilados e devidamente analisados.

2.4 Definição de parâmetros comparativos

A análise dos dados seguiu o método comparativo, sendo realizadas análises a partir da correlação comparativa ao investimento no período estipulado, cujos modelos estatísticos auxiliaram na busca do objetivo proposto.

A fim de verificar a rentabilidade dos dados foram efetuados os cálculos, considerando valores brutos e líquidos. Para os ganhos líquidos utilizou-se a correção monetária pelo IPCA e também os descontos do IR, conforme determinação da Receita Federal

2.4.1 Imposto de Renda – IR

O Imposto de Renda, ou imposto sobre rendimentos, é um tributo utilizado por muitas nações. Seu funcionamento está basicamente atrelado à cobrança por parte do governo e/ou Estado sobre um percentual e/ou alíquota referente aos rendimentos do contribuinte, que pode tanto ser Pessoa Física ou ainda Pessoa Jurídica. Nesta sistemática, o contribuinte fica obrigado a fazer o repasse ao governo. Existe, via de regra, uma tabela com alguns critérios dos quais o contribuinte estaria obrigado ou não a participar, ou seja, o indivíduo que possui uma baixa renda estaria isento, enquanto aquele que possui maior rendimento deve verificar a alíquota em que se enquadra.

Em algumas transações financeiras, ou ainda investimentos em determinados fundos operados pelo indivíduo, este fica obrigado a declarar o rendimento e passa a pagar um percentual sobre esse valor (Tabelas 1 e 2).

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Tabela 1. Imposto de Renda Fixa (CDI 120%)

Período Alíquota

Até 12 meses 20,00%

Até 24 meses 17,50%

Acima de 24 meses 15,00%

Fonte: Receita Federal do Brasil (2017, p. 273).

Tabela 2. Imposto de Renda sobre Renda Variável

IRRF Alíquota

IRRF Retido (sobre valor de venda) 0,005%

IRRF (sobre valor do ganho) 15,00%

Fonte: Receita Federal do Brasil (2017, p. 263).

Todo e qualquer investimento feito por determinado indivíduo, portanto, deve ser analisado para saber se deve ou não o declarar. Sabe-se, porém, que a maior parte dos investimentos integram o imposto (RECEITA FEDERAL DO BRASIL, 2017).

2.4.2 Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA

O IPCA é um índice medido mensalmente pelo IBGE, e tem a função de verificar a variação do preço das mercadorias no comércio para o público final. O índice também permite calcular o custo de vida nas principais regiões metropolitanas. Utilizado pelo Banco Central como medidor da inflação do país, o IPCA é fundamental para estabelecer as metas da inflação (IBGE, 2018b).

2.4.3 Certificado de Depósito Interbancário – CDI

O Certificado de Depósito Interbancário – ou Interfinanceiro, também bastante conhecido como CDI – tem função similar aos CDB’s, os quais são negociados entre bancos. Sua função está atrelada à necessidade de um banco tomar dinheiro emprestado de outra instituição financeira. Nesta transação o banco emite um CDI e, assim, consegue captar o capital necessário no Mercado Interbancário.

Esses empréstimos são efetuados com base na taxa dos Depósitos Interbancários (DI) que, basicamente, é uma média dos juros praticados nos CDI’s. A taxa tem um sistema similar à taxa Selic que calcula a média dos juros praticados na

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emissão dos títulos públicos. Entretanto, a taxa DI é calculada a partir do sistema da Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos Privados (CETIP), que vem a ser um órgão onde todos os títulos são emitidos, liquidados ou ainda custodiados (SEU GUIA DE INVESTIMENTO, 2018).

2.5 Caracterização da região da pesquisa e das carteiras de investimento

Em virtude do estudo ser realizado em torno da análise das aplicações financeiras comparada ao rendimento da poupança no município de Panambi, RS, cabe delimitar o município quanto a esse rendimento financeiro. Os demais itens analisados não se caracterizam diretamente com o município (carteiras de investimento), mas fazem parte da análise deste estudo.

2.5.1 Município de Panambi, RS

A cidade de Panambi está localizada na região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, no entroncamento das rodovias BR-285 e BR-158, a 380 km da capital Porto Alegre. O município faz divisa com as cidades de Condor, Santa Bárbara do Sul, Pejuçara, Ajuricaba e Bozano.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2018a), Panambi possui uma população estimada de 41.781 habitantes e uma área total de 490,9 km². Sua localização no Estado do RS pode ser observada na Figura 1, a seguir:

Figura 1. Localização do município de Panambi no Estado do Rio Grande do Sul

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A economia do município está baseada na indústria e nos serviços, e o seu PIB conta com a participação da agropecuária. Segundo dados do IBGE (2018a), o PIB per capita do município é de R$ 40.897,56, e o salário médio mensal dos trabalhadores formais é de 2,9 salários mínimos.

As terras hoje pertencentes a Panambi, antigamente eram parte do distrito de Cruz Alta. O primeiro morador da região do qual se tem conhecimento foi Manoel José da Encarnação, habitante da região por volta de 1835. Em meados de 1858 também se estabeleceu na região o português João Luiz Malheiros, ao qual se devem os primeiros movimentos religiosos da região (MALHEIROS, 1990).

Na região também residia Chico Bairros, conhecido como “Saleiro”, pois viajava a Santa Maria, Bagé e Botucaraí para fazer a troca do mate por sal, posteriormente vendido em Cruz Alta. Naquela época a vila recebeu o nome de “Salinas”.

Mas o início do povoamento da região se deu quando o geólogo alemão Dr. Hermann Meyer, natural de Leipzig, na Alemanha, liderou um grupo de famílias alemãs e se estabeleceu na região, fundando a colônia de Neu Würtemberg, nome dado em homenagem a uma cidade alemã chamada Würtemberg. Além da colonização por imigrantes vindos daquela cidade alemã, outras famílias alemãs oriundas dos municípios de Estrela e de Santa Cruz do Sul também se estabeleceram no local (MALHEIROS, 1990).

Em 1944, Panambi passou a ser o nome oficial do município que, em tupi-guarani significa “borboleta azul” ou “vale das borboletas azuis”, em razão das muitas borboletas azuis que eram encontradas na região (MALHEIROS, 1990).

Como a vila já possuía uma estrutura socioeconômica desenvolvida, em 1949 pleiteou-se a sua emancipação do distrito de Cruz Alta. Em 15 de dezembro de 1954 foi decretada a emancipação de Panambi e marcada a data da primeira eleição. A instalação oficial do município ocorreu em 28 de fevereiro de 1955. Atualmente, a data é considerada feriado municipal (WIKIPEDIA, 2018).

Desde então o município tem se desenvolvido bastante na área industrial, abrigando grandes empresas como a Kepler Weber e a Bruning, bem como negócios que possuem expressiva representatividade no município.

Aliado à realidade local, cabe descrever as carteiras de investimento que compõem a amostra, e que estão disponíveis aos investidores, em especial aos moradores do município de Panambi, RS, foco deste estudo.

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2.5.2 Grazziotin S/A

A história da Família Grazziotin teve início na cidade italiana de Veneza, no século XVIII, onde seus integrantes eram prósperos comerciantes. A fim de ampliar os negócios e buscar novos mercados para o comércio, o Sr. Valentin Grazziotin chegou ao Brasil em 13 de fevereiro de 1879, juntamente com a sua família.

Em 1922, o neto do Sr. Valentin (de mesmo nome) se estabeleceu no interior de Caxias do Sul, atual Flores da Cunha. E, no final de 1949, quatro dos 12 filhos do Sr. Valentin decidiram iniciar um negócio no ramo do atacado na cidade de Passo Fundo. O empreendimento iniciou em 24 de maio de 1950, a princípio com atacado e varejo de secos e molhados, tornando-se, depois, numa próspera casa comercial.

Em 1952 houve expansão nos negócios com a entrada de novos sócios e, naquele momento, a empresa começou a atuar no ramo da importação e exportação. Em 1971 optou pela abertura de filiais, sendo a primeira instalada em Erechim, RS.

Na década de 1980, a acirrada concorrência forçou a empresa a mudar, passando a atuar também no ramo da moda e bazar. Em 1981, a empresa mudou para Grazziotin S/A e, em seguida, foram surgindo novas redes, como a Tottal, em 1984; a Por Menos, em 1985; e a Franco Giorgi, em 1989.

Atualmente, a Grazziotin S/A é uma empresa com quatro redes, operando nos três Estados da Região Sul, onde possui 243 lojas. Além da área comercial, a Grazziotin S/A atua, também, na área de pecuária e reflorestamento (GRAZZIOTIN, 2018).

A Tabela 3, a seguir, apresenta os dados das variações anuais das ações da empresa Grazziotin S/A, os quais também podem ser visualizados no Gráfico 1.

Tabela 3. Variações anuais das ações da Grazziotin S/A

Período Variação (%) 2013 - 8,044 2014 5,224 2015 - 40,806 2016 93,559 2017 49,736 Desvio padrão 52,434

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Gráfico 1. Variações anuais das ações da Grazziotin S/A

Fonte: elaboração própria do autor (2018).

2.5.3 Itaú Unibanco Holding S/A

O Itaú iniciou suas atividades em Poços de Caldas, MG, em 1924, quando a Casa Moreira Salles, fundada por João Moreira Salles, recebeu do governo federal a carta patente que lhe dava permissão para operar como seção bancária.

O Unibanco começou 20 anos depois, com o nome de Banco Central de Crédito S/A, com a sua primeira agência em São Paulo, fundado por Alfredo Egydio de Souza Aranha e Aloysio Ramalho Foz.

Nos anos 1960, o Banco Central de Crédito passou a se chamar Itaú, e a Casa Moreira Salles a se chamar Unibanco. Em 04 de novembro de 2008, em uma das maiores fusões da história brasileira, os dois bancos de uniram.

Atualmente, a instituição emprega mais de 96 mil pessoas, teve um lucro líquido de R$ 24,9 bilhões em 2017, e administra mais de 74,8 milhões de contas correntes (BANCO ITAÚ S/A).

A Tabela 4, a seguir, apresenta os dados das variações anuais das ações do Itaú Unibanco Holding S/A, os quais também podem ser visualizados no Gráfico 2.

Tabela 4. Variações anuais das ações do Itaú Unibanco Holding S/A

Período Variação (%) 2013 - 7,511 2014 21,839 2015 - 19,591 2016 63,889 2017 25,030 Desvio padrão 32,503

Fonte: elaboração própria do autor (2018).

2013 2014 2015 2016 2017 Variação -8.044% 5.224% -40.806% 93.559% 49.736% -60.000% -40.000% -20.000% 0.000% 20.000% 40.000% 60.000% 80.000% 100.000% 120.000% Per ce n tu al

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Gráfico 2. Variações anuais das ações do Itaú Unibanco Holding S/A

Fonte: elaboração própria do autor (2018).

2.5.4 Companhia de Bebidas das Américas (Ambev)

A Companhia de Bebidas das Américas (Ambev) foi criada em 1999, a partir da fusão de duas das mais antigas cervejarias do país – a Antarctica, fundada em 1855, e a Brahma, fundada em 1888, como Villiger & Cia. Em 2004, a Ambev foi adquirida pela Interbrew, empresa belga. Dessa fusão nasceu a Inbev, que passou a ser a maior do mundo no ramo cervejeiro.

Atualmente, a empresa possui mais de 100 rótulos, além de possuir a licença dos produtos da PepsiCo no país. A Ambev possui hoje mais de 40 mil funcionários, sendo 26 mil apenas no Brasil, e está presente em 14 países da América (AMBEV, 2018).

A Tabela 5, a seguir, apresenta os dados das variações anuais das ações da Companhia de Bebidas das Américas (Ambev), os quais também podem ser visualizados no Gráfico 3.

Tabela 5. Variações anuais das ações da Companhia de Bebidas das Américas (Ambev) Período Variação (%) 2013 - 0,431 2014 7,724 2015 4,655 2016 1,039 2017 24,506 Desvio padrão 10,025

Fonte: elaboração própria do autor (2018).

2013 2014 2015 2016 2017 Variação -7.511% 21.839% -19.591% 63.889% 25.030% -40.000% -20.000% 0.000% 20.000% 40.000% 60.000% 80.000% Per ce n tu al

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Gráfico 3. Variações anuais das ações da Ambev

Fonte: elaboração própria do autor (2018).

2.5.5 Petrobrás

A empresa Petróleo Brasil S/A foi criada no dia 03 de outubro de 1953 pelo presidente Getúlio Vargas, impulsionada pela campanha popular iniciada em 1946, cujo slogan era “O petróleo é nosso”.

Com sede no Rio de Janeiro, a empresa atua nos ramos de exploração, produção, refino, comercialização e transporte de petróleo e gás natural.

Em 1968 foi criado o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (Cenpes), visando a ampliação da produção e a expansão da empresa no cenário petrolífero global. Em 1970 foi criada a Petrobrás Distribuidora, visando a comercialização de produtos derivados do petróleo. Com a descoberta de novas reservas petrolíferas, entre elas a Bacia de Campos, em 1974, a empresa viu a sua ascensão.

Em 2000, devido à internacionalização da empresa, foi feita a alteração do nome para Petrobrax, a qual não teve uma boa recepção, permanecendo, assim, o nome Petrobrás. Em 2007 foi descoberto o Pré-Sal, sendo sua produção atual correspondente a 20% da produção de petróleo (FRANCISCO, 2018; TODA MATÉRIA, 2018).

A Tabela 6, a seguir, apresenta os dados das variações anuais das ações da Petrobrás, os quais também podem ser visualizados no Gráfico 5.

2013 2014 2015 2016 2017 Variação -0.431% 7.724% 4.655% 1.039% 24.506% -5.000% 0.000% 5.000% 10.000% 15.000% 20.000% 25.000% 30.000% Per ce n tu al

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Tabela 6. Variações anuais das ações da Petrobrás Período Variação (%) 2013 - 9,830 2014 -34,906 2015 -41,667 2016 192,203 2017 9,043 Desvio padrão 96,743

Fonte: elaboração própria do autor (2018).

Gráfico 4. Variações anuais das ações da Petrobrás

Fonte: elaboração própria do autor (2018).

2.5.6 Bitcoin

O Bitcoin foi inventado em 2008 por um programador identificado pelo nome de Satoshi Nakamoto, como uma moeda virtual não atrelada a governos ou bancos, sendo a primeira moeda digital descentralizada.

Uma das suas principais características é o alegado anonimato dos usuários, pois a moeda não existe de forma palpável, sendo a sua transação realizada mediante um código alfanumérico trocado entre quem compra e quem vende (HISTÓRIA DO BITCOIN, 2018).

A Tabela 7, a seguir, apresenta os dados das variações anuais das ações da criptomoeda (Bitcoin) os quais também podem ser visualizados no Gráfico 5.

2013 2014 2015 2016 2017 Variação -9.830% -34.906% -41.667% 192.203% 9.043% -100.000% -50.000% 0.000% 50.000% 100.000% 150.000% 200.000% 250.000% Per ce n tu al

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Tabela 7. Variações anuais das ações da criptomoeda (Bitcoin) Período Variação (%) 2013 3.848,751 2014 -66,103 2015 96.764 2016 160,486 2017 1.334,546 Desvio padrão 1.647,457

Fonte: elaboração própria do autor (2018).

Gráfico 5. Variações anuais das ações da criptomoeda (Bitcoin)

Fonte: elaboração própria do autor (2018).

2013 2014 2015 2016 2017 Variação 3848.751% -66.103% 96.764% 160.486% 1334.546% -500.000% 0.000% 500.000% 1000.000% 1500.000% 2000.000% 2500.000% 3000.000% 3500.000% 4000.000% 4500.000% Per ce n tu al

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3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Como já destacado anteriormente, o objetivo desta pesquisa é elaborar uma análise comparativa dos rendimentos da poupança detectados no município de Panambi (RS) com outras formas de aplicação e/ou investimentos, no período de 2013 a 2017.

A data base da poupança foi 31 de dezembro de 2012 e, a partir dela, foram capitalizados os percentuais para os anos seguintes, considerando os demais índices propostos em cada período.

Tabela 8. Dados históricos da poupança em Panambi, RS

Período Poupança N° de agências

2012 92.671.502,00 5

Fonte: IBGE (2018a).

A coleta de dados iniciou com fontes como BM&FBOVESPA, IBGE, BACEN, entre outras, o que permitiu que a compilação dos dados fosse realizada mediante a utilização dos modelos citados anteriormente.

Para proceder a análise dos dados, seguiu-se o conceito de Markowitz, que consiste na diversificação das carteiras de investimento. As informações foram divididas em carteiras anuais, às quais foram aplicados os seguintes critérios: poupança, conservadora, intermediária e arrojada. Nesta divisão elas estão dispostas da seguinte forma: a) Poupança – considerados os valores aplicados 100% na poupança; b) Conservadora – considerados os valores aplicados 100% em CDI com taxa de retorno em 120%; c) Intermediária – considerados os valores aplicados 75% em CDI com taxa de retorno em 120% e 5% em ações de cinco empresas/moeda; d) Arrojada – considerados os valores aplicados 25% em CDI com taxa de retorno de 120%, e 15% em ações de cinco empresas/moeda.

A Tabela 9, a seguir, apresenta a classificação da Carteira de Investimento com seus respectivos critérios de análise proposta.

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Tabela 9. Carteiras de Investimento

Poupança Conservadora Intermediária Arrojada

Poupança 100% CDI 120% 100% 75% 25% ABEV3.SA 5% 15% CGRA3 5% 15% ITSA4.SA 5% 15% BTC-USD 5% 15% PETR4.SA 5% 15%

Fonte: elaboração própria do autor (2018).

Ao definir as empresas/moeda utilizadas buscou-se por organizações privadas e estatais, com atuação em diversificados ramos do mercado. Entende-se que em dados momentos na economia algumas delas podem ser privilegiadas e outras favorecidas, logo, com a diversificação, tais aspectos diminuem o impacto sobre a análise.

Para a análise da rentabilidade dos dados foram utilizadas três formas, a saber: a) Rentabilidade Bruta – consiste nos valores brutos gerados em cada período; b) Rentabilidade Líquida – consiste nos valores líquidos do período, ou seja, são descontados os impostos; c) Rentabilidade Real – consiste na rentabilidade líquida e considera o IPCA.

A Tabela10, a seguir, apresenta as rentabilidades brutas com base nos dados compilados.

Tabela 10. Rentabilidade Bruta do período 2013 a 2017 (base 100 no ano 2012 a 2013)

Período Poupança Conservadora Intermediária Arrojada

2013 105,67 109,74 298,45 675,88

2014 113,09 124,12 302,98 529,50

2015 122,07 144,07 339,41 550,27

2016 132,27 168,71 469,69 995,72

2017 141,38 189,00 850,90 3.180,68

Fonte: elaboração própria do autor (2018).

Pode-se evidenciar que os Resultados Brutos no ano de 2013 foram positivos em todos os critérios de perfis de investidores. Salienta-se, porém, que os investidores das categorias “intermediária” e “arrojada” obtiveram um resultado muito mais significativo que os demais. O mercado de ações, principalmente das Bitcoins, ocasionou este salto, favorecendo os perfis que investem no mercado de ações.

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O ano de 2014 também foi um ano significativo para todos os perfis, pois de modo geral, todos obtiveram valores significativos. Apenas a categoria “arrojada” obteve um percentual um pouco abaixo se comparado ao ano anterior, o que foi constatado em função das dificuldades no mercado de ações, principalmente pela AMBEV e pela Petrobrás. Esta última teve as suas ações desvalorizadas devido aos escândalos de corrupção, entretanto, seus valores mesmo assim superaram os outros perfis.

Os anos seguintes (2015 a 2017) foram de grande retorno aos investidores, principalmente nas categorias “intermediária” e “arrojada”. Destaca-se, aqui, a “arrojada”, pois o seu aumento significativo novamente se deve às ações do mercado de Bitcoins, cuja ascensão da moeda fez com que aumentasse sua rentabilidade, alcançando valores astronômicos, que podem ser confirmados na Tabela 10.

Os mesmos dados também podem ser visualizados no Gráfico 6, que faz um comparativo entre o rendimento da poupança com as demais carteiras de investimentos.

Gráfico 6. Rentabilidade Bruta no período 2013 a 2017 (base 100 no ano 2012 a 2013)

Fonte: elaboração própria do autor (2018).

A Tabela 11, a seguir, apresenta as rentabilidades líquidas com base nos dados compilados. 0.00 500.00 1000.00 1500.00 2000.00 2500.00 3000.00 3500.00 2013 2014 2015 2016 2017

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Tabela11.RentabilidadeLíquidadoperíodo2013 a 2017 (base 100 no ano 2012 a 2013)

Período Poupança Conservadora Intermediária Arrojada

2013 105,67 107,94 296,98 675,38

2014 113,09 119,44 296,38 525,24

2015 122,07 135,77 326,66 542,68

2016 132,27 155,50 445,75 978,50

2017 141,38 171,39 801,50 3.121,27

Fonte: elaboração própria do autor (2018).

Sob a ótica da Rentabilidade Líquida obteve-se, no ano de 2013, uma pequena variação entre as categorias “poupança” e “conservadora”, entretanto, a “intermediária” e a “arrojada” apresentaram valores bastante significativos pois, como citado anteriormente, o mercado apresentou grande crescimento no período.

No ano de 2014, a Rentabilidade Líquida revelou que as categorias “poupança” e “conservadora” tiveram ganhos maiores do que no ano anterior, enquanto que a “intermediária” e “arrojada”, ao contrário, apresentaram valores um pouco inferiores em relação ao ano anterior, contudo, ambas ainda obtiveram valores superiores aos demais perfis.

Os anos que se seguiram, mesmo sendo promissores, evidenciaram que as categorias “intermediária” e, principalmente, “arrojada”, foram as que mais obtiveram retorno, e as condições que os favoreceram estão citadas anteriormente. Esses resultados podem ser visualizados na Tabela 11.

Os mesmos dados também podem ser visualizados no Gráfico 7, a seguir, que faz um comparativo da poupança com as demais carteiras de investimento.

Gráfico 7. Rentabilidade Líquida nominal do período 2013 a 2017 (base 100 no ano 2012 a 2013)

Fonte: elaboração própria do autor (2018).

0.00 500.00 1000.00 1500.00 2000.00 2500.00 3000.00 3500.00 2013 2014 2015 2016 2017

Referências

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