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Academic year: 2021

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INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ

CAMPUS PARANAGUÁ

ENSINO MÉDIO INTEGRADO EM INFORMÁTICA

ANIELLE ARAUJO DA SILVEIRA

INCLUSÃO DIGITAL – ACESSO E UTILIZAÇÃO CORRETA DA REDE MUNDIAL DE COMPUTADORES.

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ANIELLE ARAUJO DA SILVEIRA

INCLUSÃO DIGITAL – ACESSO E UTILIZAÇÃO CORRETA DA REDE MUNDIAL DE COMPUTADORES.

Trabalho apresentado na disciplina de PROJETOS, como parte da avaliação Professor: HUGO PERLIN

PARANAGUÁ 2009

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SUMÁRIO

Resumo...3 1. Introdução...4 2. Inclusão Digital...5 2.1 No Mundo...5 2.2 No Brasil...7 2.3 No Paraná...9 2.4 Em Paranaguá...10 3. Conclusão...10 4. Referências Bibliográficas...11

SUMÁRIO DE QUADROS

Quadro 1: População Percentual de Usuários de Internet no Mundo (2004)...6

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Resumo

Este texto é uma pesquisa sobre a inclusão digital em seus parâmetros gerais, feita online, no período de aproximadamente um mês por uma aluna do curso técnico de informática do Instituto Federal do Paraná – Campus Paranaguá e que busca explicar e exemplificar ao leitor o que é a inclusão digital, porque inclusão digital, o que tem sido feito em relação a ela no mundo, no Brasil, no Paraná e em Paranaguá.

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1. Introdução

Vive-se em um mundo onde a exclusão social é muito evidente, gritante, ao andar pelas ruas pode-se observar a quantidade de pessoas sem teto que se vêem obrigadas a viver em condições muitas vezes subumanas e indignas. Através dos meios de comunicação, são acompanhadas de longe a triste realidade das periferias do mundo inteiro, a miséria na África e no Oriente Médio, e sem precisar ir muito longe, bem ao nosso lado a realidade nua e crua das favelas e do nordeste brasileiro.

As comunidades destas localidades possuem pouca instrução, na verdade, quase nenhuma, isso se deve principalmente a má distribuição de renda.

Em um lugar como o Brasil, onde muitas pessoas não têm nem sequer onde morar ou o que comer, o que sobra para a tecnologia? E aonde entra a inclusão digital se nem ao menos temos a inclusão social? Seria importante nos preocuparmos com a exclusão digital quando vemos crianças morrendo por falta de saneamento básico ou segurança?

Para responder essas perguntas, deve-se discutir o conceito de inclusão digital, o que ela é realmente e quais seus reais objetivos.

Inclusão Digital é a democratização do acesso às tecnologias da Informação (T.I. ’s), buscando inserir todos na sociedade tecnológica. Inclusão digital é também simplificar. Um incluído digitalmente não é aquele que apenas faz uso da tecnologia para trocar e-mails, mas aquele que se utiliza deste para

melhorar as suas condições de vida, ocorrendo assim à inclusão social por meio

da inclusão digital.

Neste texto em específico a inclusão digital será tratada como “acesso e utilização correta da rede mundial de computadores (Internet)”, tendo como objetivo fornecer a maior quantidade possível de conhecimento a todo e qualquer usuário. Isso, pois se compreende que uma pessoa que tem acesso a um computador desconectado, faz um uso muito restrito das funções deste, não tem acesso à imensa carga de informação que a Internet oferece e só será

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considerado incluído digitalmente aquele que usa a Internet como meio de melhorar sua condição de vida.

A inclusão digital então depende de vários fatores como:  Posse de um computador.

 Acesso à rede.

 Softwares e Aplicativos básicos.  Nível de conhecimento do usuário.

Com estes tópicos esclarecidos e os conceitos bem definidos, é hora de compreender corretamente os rumos da inclusão digital no mundo, no Brasil, no Paraná e em Paranaguá.

2. Inclusão Digital

2.1 No Mundo

Desde os anos 90, acadêmicos e especialistas em tecnologia da informação (TI) iniciaram uma série de debates sobre um quadro preocupante e que pouco mudou: os países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, sobretudo os mais pobres, estão ficando para trás em relação à informação. Sem os meios necessários (computadores e laboratórios) e recursos apropriados (Internet rápida, telecomunicações), esses países deixam para trás muitas opções para aquecer a economia e melhora índices sociais.

Somente colocar um computador nas mãos das pessoas ou vendê–los a um preço menor não é, definitivamente, inclusão digital. É preciso ensinar a utilizá–los em benefício próprio e coletivo.

Nos países desenvolvidos como os da Europa e nos Estados Unidos, onde a maioria da população já é incluída digitalmente, a grande preocupação é com a “educação digital”

.Em dezembro de 2000, o governo dos Estados Unidos aprovou o

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governo federal que possuam uma tecnologia garantindo que menores não tenham acesso a conteúdos a eles inapropriados, portanto, os estabelecimentos acabaram por adotar filtros que vetam o acesso a determinadas páginas.

Na Grã-Bretanha, em 2002, o Departamento de Ciência da Informação da Universidade de Loughborough realizou uma auditoria em 577 escolas inglesas, visando a coleta de dados sobre o que se tem feito em relação às práticas de segurança online.

Já em Portugal, ao nível dos 1º, 2º e 3º anos do ensino médio, não existe uma grade curricular que aborde questões da segurança online aos mais novos. O foco é todo na aprendizagem das ferramentas básicas (editores de texto, calculadoras, etc.) e nas aplicações básicas relacionadas ao acesso à Internet.

De acordo com uma recente pesquisa desenvolvida pela empresa

Internet

World Stats, efetuada em 233 países, o número de usuários que

acessam à Internet de casa cresceu 125% no período de 2000 a 2004, alcançando o total de 812 milhões de usuários.

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A partir deste quadro, percebemos a magnitude dos continentes desenvolvidos em relação aos emergentes e subdesenvolvidos, fica clara também a relação entre a inclusão social e a inclusão digital, ou seja, uma influi diretamente na outra.

2.2 No Brasil

Ser pobre e habitar regiões urbanas e principalmente rurais do Brasil significa não ter acesso à tecnologia da informação e à rede mundial de computadores. Atualmente menos de 20 milhões de brasileiros acessam a

Internet e somente 25 milhões usam regularmente computadores em casa ou no

trabalho e somente 800 municípios possuem provedor de Internet. Isso significa que os brasileiros residentes na imensa maioria dos nossos municípios pagam mais caro para usar um provedor de Internet, e o que é pior, os mais pobres pagam mais por um serviço de qualidade inferior; quando podem pagar, é claro.

O Governo do Presidente Lula começou inovando de maneira significativa ao entrelaçar inclusão digital com inclusão social. Prova disso pode ser buscada em discursos oficiais, como a seguinte afirmação do ex-ministro José Dirceu, Chefe da Casa Civil da Presidência da República: “É compromisso do

Governo Federal usar a tecnologia da informação no combate à pobreza; o programa Fome Zero resgata a cidadania e dá as condições mínimas de alimentação e nutrição à população mais empobrecida. O uso da tecnologia da informação com software livre (LINUX) é mais um fator decisivo para ajudar as

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pessoas e as comunidades pobres a romper com o ciclo da miséria, contribuindo decisivamente para a inclusão social e o desenvolvimento local”.

Verificou-se que o acesso à Internet também é uma poderosa ferramenta para propiciar a inclusão digital e fortalecer o processo de desenvolvimento local. Daí surgiu o projeto Fome Zero Cidadania e Inclusão Digital visando à implantação de 1.000 telecentros comunitários em municípios distantes dos centros urbanos - com dificuldade extrema de acesso á Internet pelas vias convencionais -até o primeiro semestre de 2.004. (VIII Congresso Internacional do CLAD (Conselho Latino Americano de Desenvolvimento) sobre a Reforma do Estado e da Administração Pública, Panamá, 28-31 Out. 2003).

O governo federal também criou a “Casa Brasil” (telecentros e rádios comunitárias) e o “Computador para Todos”, ambos para lutar contra a exclusão digital.

O projeto de inclusão digital mais bem sucedido é, sem dúvida, o “PC Conectado – Computador Para Todos”, implementado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. Nesse projeto, são comercializados computadores pessoais com taxas de juros reduzidas. As vendas são feitas por grandes lojas, por meio de uma linha de financiamento de aproximadamente R$ 250 milhões oferecida pelo BNDES (Bando Nacional de Desenvolvimento). Esses computadores custam em média R$ 1.200,00, podem ser divididos em até 24 parcelas, são produzidos aqui mesmo e têm uma especificação técnica mínima estabelecida pelo Governo.

Em todos os programas de inclusão digital citados, bem como em outros menores, há duas características bastante peculiares do Modelo Brasileiro de Inclusão Digital. A primeira delas é a importância de políticas tributárias diferenciadas para as TIC’s. A segunda característica marcante do Modelo Brasileiro é o uso intenso de soluções baseadas em software livre. Como resultado, o mercado brasileiro de sistemas operacionais em software livre é estimado em cerca de US$ 34 milhões (apenas Linux) e tende a crescer.

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2.3 No Paraná

O Programa de Inclusão Digital do Governo do Paraná completa 139

Telecentros “Paranavegar” instalados em todas as regiões do Estado, em especial

nas localidades de baixo índice de desenvolvimento humano.

Atualmente, o programa conta mais de 100 mil usuários cadastrados. Em 2008 foram registrados mais de 1,5 milhão de acessos aos computadores dos

telecentros. Os telecentros contam com a parceria de várias entidades

comunitárias, prefeituras e instituições como o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.

A partir deste projeto do governo do estado, tornou-se possível que as 24 famílias de assentados da reforma agrária que moram no Projeto de Assentamento (PA) Etiene, no município de Bituruna (PR), contem, a partir do dia 20 de março de 2009, com computadores em rede (um servidor e sete terminais) e uma impressora instalados. “O Ministério das Comunicações deve providenciar ainda neste ano o acesso a Internet via satélite e contatamos o Governo do Estado, por meio da companhia de informática Celepar para treinar os assentados”, explica o coordenador de Ações Integradas do Programa Luz Para Todos no Paraná, Gilnei Machado.

Existem alguns outros projetos de inclusão digital no Paraná, tanto de iniciativa privada quanto pública, tais como o Inclusão Digital - ONG Transmissão da Cidadania e Saber/Eletrosul Centrais Elétricas/Regional de Manutenção do Paraná (Curitiba/PR) , o Orégano Difusão do Conhecimento de Informática -Universidade Estadual de Maringá (Maringá/PR), os projetos citados acima têm parceria com a BrOffice, uma empresa de software livre que disponibiliza o material de software necessário para a realização dos projetos.

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2.4 Em Paranaguá

Em Paranaguá existiram dois Programa de inclusão Digital: Difusora e Santuário, foi uma iniciativa da rádio difusora de Paranaguá e da direção do Santuário de Nossa Senhora do Rocio, O projeto atendia 45 jovens em 3 turmas de informática básica, o curso tem carga horária de 60 horas aula com o básico de

Windows, Word, Excel e Internet, o mais interessante é que os alunos do curso

eram jovens desempregados que foram incluídos digitalmente para ter mais chances no mercado de trabalho.(Dados de abril de 2007).

E o projeto em parceria com o Sesi Paraná, que em 2006 formou 45 trabalhadores da empresa Cargill em cursos de 40 horas de informática básica.

Paranaguá é muito carente na área de TIC’s, a maioria dos moradores não possuem acesso a Internet, tampouco computadores a sua disposição, o único modo da massa se conectar à rede é pelas lan houses, que também são escassas.Paranaguá poderia receber um telecentro público de acesso à rede e também cursos que ensinassem informática básica gratuitamente.

Espera-se que os órgãos públicos abram seus olhos para o futuro e enxerguem uma cidade melhor a partir da inclusão digital,o mundo caminha ao progresso por meio das Tecnologias, uma cidade que não faça o mesmo, ficará para trás enquanto o resto do mundo progride.

3. Conclusão

Nesta breve “viagem” que fizemos, pudemos constatar que o avanço tecnológico têm sido muito mais rápido do que a capacidade dos governos e da sociedade de se organizarem e proporcionar aos cidadãos de menor renda e das localidades mais distantes, principalmente nas áreas rurais e nas favelas, cortiços e aglomerados urbanos das grandes cidades, a oportunidade de acesso a estas mesmas inovações tecnológicas. Pudemos constatar também que o Brasil tem apresentado resultados mais do que satisfatórios quando entrelaça a Inclusão Digital, com a Inclusão Social propriamente dita, dando o exemplo ao resto do

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integrá-las ao convívio social, sem reservas, como cidadãos de verdade, na plenitude dos seus direitos. No Paraná,o Governo do Estado e a Sociedade Civil aos poucos vão se organizando e ampliando suas ações com a implantação de Programas e Projetos que atendem a esta importante demanda social, imperativa em nosso tempo.

A nós, enquanto estudantes e futuros profissionais de Tecnologia da Informação, pelo fato de estarmos inseridos, mais do que numa Instituição, mas sim em uma comunidade acadêmica de Ensino Público Federal, cabe a missão de atuarmos como agentes retransmissores do conhecimento adquirido no ambiente escolar, interagindo com a comunidade que nos cerca e contribuindo para que este conhecimento também chegue até os membros que a constituem.

4. Referências Bibliográficas

SORJ, Bernard; GUEDES, Luís Eduardo.Exclusão Digital: problemas conceituais, evidências empíricas e políticas públicas. 2004.

DA SILVEIRA, Sérgio A. Inclusão Digital, software livre e globalização contra hegemônica.2005

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www.

inclusaodigital

.gov.br/

> acesso em: 12 abr. 2009.

SILVINO, Alexandre M. Dias; ABRAHÃO, Júlia Issy.Navegabilidade e Inclusão digital: Usabilidade e Competência. RAE-eletrônica, v. 2, n. 2,

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DEMO, Pedro.Inclusão digital - cada vez mais no centro da inclusão Social.2005.

MARTINI, Renato. Inclusão digital & inclusão social. 2005

LEMOS, André; COSTA, Leonardo F. Um modelo de inclusão digital: A cidade de Salvador. Revista de Economia Política das Tecnologias da Informação e Comunicação <http://www.eptic.com.br >, Vol. VIII, n. 6, Set. – Dez. 2005

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