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2014 Martins, Lima Proposta metodológica de uso do Facebook no contexto da teoria de aprendizagem significativa

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ INSTITUTO UFC VIRTUAL

BACHARELADO EM SISTEMAS E MÍDIAS DIGITAIS

VIVIAN TIMBÓ MAGALHÃES MARTINS

PROPOSTA METODOLÓGICA DE USO DO FACEBOOK NO CONTEXTO DA TEORIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

FORTALEZA 2014

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VIVIAN TIMBÓ MAGALHÃES MARTINS

PROPOSTA METODOLÓGICA DE USO DO FACEBOOK NO CONTEXTO DA TEORIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

Trabalho de conclusão de curso do Programa de Graduação da Universidade Federal do Ceará, como requisito à obtenção do título de graduado em Sistemas e Mídias Digitais. Orientadora: Profª. Drª. Luciana de Lima

FORTALEZA 2014

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AGRADECIMENTO

Primeiramente, gostaria de agradecer a Deus.

Agradeço também a minha orientadora Profª. Luciana pela paciência e pela disposição foi um imenso prazer trabalhar com a senhora nesse projeto. Aproveito para agradecer aos meus professores do curso de Sistemas e Mídias Digitais pelos conhecimentos compartilhados ao longo desses 4 anos de curso.

Em seguida, gostaria de agradecer ao meu Pai que sempre esteve ao meu lado, me apoiando em tudo e também a minha Mãe, que assim como meu pai, esteve ao meu lado sonhando e realizando sonhos comigo, e mesmo não estando mais presente fisicamente, eu sei que está ao meu lado espiritualmente. Agradeço, também, aos meus familiares, principalmente a madrinha Isabel, a tia Estrela e a prima-irmã Karine, pelo apoio e amor de sempre. Não posso deixar de agradecer aos meus amigos-irmãos, Bruna, Gabi e Nilton.

Queria agradecer imensamente a Profª. Sônia, por toda preocupação e carinho. Não posso esquecer-me dos amigos especiais que compartilharam diversos momentos comigo durantes esses últimos anos: Célio, Paulo, Josy Kelly, Valdênia, Sheila, Tamyris, Pedro, Bia, André, Samila, Julie, Luana, Haysa, Moana e Hanna.

Aproveito para agradecer as minhas amigas Carol e Joelma que foram muito importantes durante a minha graduação. Nesses 4 anos de cursos aprendemos a gostar e a nos respeitar, o que resultou em uma forte amizade. Também, aos amigos Jessé, Daniel, Diego, Camilla e Caio (Luther, para quem não conhece como Caio). E também, aos amiguinhos de outros semestres, especialmente Nicolau, Mailton, Adannick, Carlos Diego, Brena e Nina.

Obrigada aos participantes do projeto LIFE, completar o time desse laboratório foi uma experiência maravilhosa. Um agradecimento especial ao Prof. Robson.

Quero ainda agradecer aos amigos do curso de Francês, especialmente ao Elton, pessoa que eu admiro muito. Também aos amigos do curso de inglês, por transformarem as manhãs de segunda e quarta em momentos tão divertidos. Em especial, agradeço à Profª Francisca Falcão que sempre me apoiou e fez com que eu não desistisse do inglês.

Finalizando, gostaria de agradecer a todos que participaram desse momento comigo, diretamente ou indiretamente. Aos meus colegas e amigos que me aturaram nesse momento, e diziam muitas vezes que só iam falar comigo quando eu apresentasse o TCC, obrigada por não cumprirem a promessa.

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"O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis." (José Alencar).

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RESUMO

O objetivo deste trabalho é compreender de que forma o Facebook pode ser utilizado como Ambiente Virtual de Aprendizagem para promover a Aprendizagem Significativa de professores e alunos em contexto educacional. Dessa forma, o Facebook é apresentado como uma Rede Social que promove integração entre os usuários e aplica-se à Teoria da Aprendizagem Significativa no desenvolvimento de atividades educacionais dentro da ferramenta digital. Para tanto, efetiva-se uma pesquisa bibliográfica, por meio de sites e livros, na busca de materiais que podem contribuir com o desenvolvimento do trabalho. A pesquisa se subdivide em quatro fases: planejamento, coleta de dados, interpretação de dados e relatório final. Na primeira, escolhem-se os temas diante do estudo de seus históricos acadêmicos com a finalidade de estabelecer a problematização do trabalho, além do desenvolvimento de um plano provisório de pesquisa. Na segunda, realiza-se um estudo sobre o Facebook e a Aprendizagem Significativa, além da coleta de textos acadêmicos relacionados a essas áreas do conhecimento. Na terceira, realiza-se o desenvolvimento de fichamentos e a criação de um grupo teste no Facebook para a aplicação das propostas de atividades educacionais. Na quarta, e última fase, desenvolve-se a redação do trabalho. A contribuição da pesquisa vincula-se à apresentação de proposta de metodologia de uso do Facebook por professores e alunos com sugestões de atividades que podem ser realizadas no contexto educacional integrando-se a Teoria da Aprendizagem Significativa nos moldes ausubelianos ao Facebook. É possível que as atividades propostas contribuam de maneira satisfatória para a aprendizagem de professores e alunos. No entanto, é preciso que o professor conheça as ferramentas tecnológicas e metodológicas com as quais irá trabalhar e tenha disponibilidade para usá-las com responsabilidade durante o período letivo.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Página inicial do Facebook ... 31 Figura 2 – Figura 3 – Figura 4 – Figura 5 – Figura 6 – Figura 7 – Figura 8 – Figura 9 – Figura 10 – Figura 11 – Figura 12 – Figura 13 – Figura 14 – Figura 15 – Figura 16 – Figura 17 – Figura 18 – Figura 19 – Figura 20 – Figura 21 – Figura 22 – Figura 23 – Figura 24 – Figura 25 – Figura 26 – Figura 27 – Figura 28 – Figura 29 – Figura 30 –

Ferramenta de criação para novos grupos no Facebook ... Página de Evento no Facebook ... Aplicativo: Universidade ... Aplicativo: Passei Direto ... Aplicativo: E-Card Calendar ... Aplicativo: I’m Reading ... Aplicativo: MathUp ... Aplicativo: FalshCards ... Esquema dos Princípios Programáticos da Aprendizagem Significativa ... Exemplos de Grids e suas aplicações em páginas Web ... Exemplo de aplicação do Grid Simétrico ... Exemplo de aplicação do Grid Assimétrico ... Exemplo de Mapa Conceitual ... Exemplo de uso da opção Perguntar no Facebook ... Localização da foto de capa do Facebook ... Atualização automática no feed de notícias do grupo ... Ferramenta de busca Google ... Marcação de pessoas utilizando o símbolo: @ ... Exemplo de Fan Page no Facebook ... Pesquisa realizada na rede acadêmica Passei Direto ... Página de início do aplicativo Zoho Online Office ... Postagem de um vídeo no Facebook ... Post com exemplos de Grid no grupo do Facebook ... Exemplo de post no grupo do Facebook ... Exemplo de SlideShare compartilhado no grupo ... Configuração de bate – papo com membros do grupo ... Exemplo de como postar fotos/vídeos no grupo ... Aplicativo: Imagem&Ação ... Criação de eventos no Facebook ...

32 33 36 37 38 39 39 40 45 46 47 48 49 55 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 66 68 70

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LISTA DE QUADROS

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 12 2 FACEBOOK NA EDUCAÇÃO ... 18 3

3.1

APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA NO CONTEXTO DAS MÍDIAS DIGITAIS ………...…...………. Relação entre Ensino e Aprendizagem Significativa ...

30 32 4 5 5.1 5.2 5.3 5.4 5.5 5.6 5.7 5.8 6 METODOLOGIA ... PROPOSTA METODOLÓGICA PARA A INTEGRAÇÃO ENTRE A TEORIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DE AUSUBEL E O FACEBOOK ... Captação dos Conhecimentos Prévios ... Aprofundamento Conceitual do Professor ... A utilização dos Organizadores Prévios ... Do conceito geral do conceito específico: utilização da Diferenciação Progressiva ... Do conceito especifico ao conceito geral: utilização da Reconciliação Integradora ... A utilização da Organização Sequencial ... A utilização da Consolidação ... Considerações gerais sobre as atividades no Facebook ... CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 41 43 43 47 50 51 53 56 57 58 61 REFERÊNCIAS ... 63

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1 INTRODUÇÃO

O tema deste trabalho se refere às experiências vividas durante a graduação, experiências essas que tratam do uso de redes sociais no contexto da aprendizagem. Percebi que as redes sociais são muito utilizadas por professores para contato direto com o aluno; compartilhamento de informações, de conteúdos; discussões sobre temas variados; pesquisas de informações atualizadas, dentre outros.

Autores que pesquisam sobre o uso do Facebook como rede social apresentam os benefícios que pode trazer para a experiência docente. Allegretti et al. (2012) afirmam que as redes sociais facilitam o compartilhamento de materiais digitais, sendo utilizadas em diferentes contextos. No entanto, para Ferreira, Corrêa e Torres (2012) o uso das redes sociais precisa ser pensado de uma maneira planejada e contextualizada permitindo a construção conjunta de novos conhecimentos. O importante é reconhecer as potencialidades desse tipo de rede, uma vez que ela proporciona novas formas de comunicação tais como divulgação de conteúdos e interação de mídia. Além disso, é necessário observar que um plano de uso do recurso em sala de aula proporcionaria um melhor desempenho da ferramenta. Como afirmam Ferreira, Corrêa e Torres (2012) é por meio do uso desse tipo de ferramenta, de maneira direcionada, planejada e contextualizada, que professor e aluno podem inaugurar uma nova forma de construir saberes. Entende-se que o uso da rede social no contexto escolar pode contribuir favoravelmente para a aprendizagem, porém deve ser melhor explorada e compreendida.

Como aluna do curso de Sistemas e Mídias Digitais e com experiência de três anos como usuária do Facebook em diferentes disciplinas ofertadas desde 2011, notei que recursos disponíveis a partir das redes sociais não são utilizados de uma forma apropriada para o processo de aprendizagem a fim de tornar essa experiência ainda mais satisfatória para professores e alunos. Os conteúdos podem se perder pela linearidade da apresentação e pelo volume de informações, tornando-se acessíveis, mas não valorizados pelos alunos. O gerenciamento desses conteúdos se torna difícil por parte do professor, trazendo a impressão para o aluno de que os conteúdos estão desorganizados. Por outro lado, as informações não são trazidas para o cotidiano dos alunos, além de não serem aplicadas na sala de aula presencial. A experiência com as redes sociais, portanto, não é formalizada pelo professor em seu uso na docência.

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De acordo com Lima e Loureiro (2014) algumas dessas ideias podem ser comprovadas. Em pesquisa realizada com professores de Instituição de Ensino Superior percebem que o Facebook é mais utilizado pelos docentes no contexto educacional do que no contexto da vida pessoal. Isso denota que existem professores que fazem uso do Facebook exclusivamente para fins educacionais. Nestes casos, o Facebook é utilizado para promover discussões sobre os conteúdos abordados, estabelecer comunicação entre aluno e professor, para o recebimento de materiais solicitados e para gestão de aulas e equipes. Com isso, os autores consideram que os professores desenvolvem a docência pautada na transmissão dos conteúdos e materiais limitando-se à exposição e à apresentação da informação. A aprendizagem torna-se, dessa forma, superficial diante de um processo que não aprofunda as discussões dos conteúdos estudados. Para Tardif (2002), a reestruturação da formação do professor se faz necessária, principalmente no quesito didático-metodológico com preocupação e aprofundamento do processo de ensino, aprendizagem e avaliação dos docentes para uso significativo do Facebook.

Redes Sociais podem ser classificadas como Ambientes Virtuais de Aprendizagem, que de acordo com Silva (2003) é a sala de aula online, composta por interfaces ou ferramentas decisivas para a construção da interação e da aprendizagem.

A colaboração de construção de conteúdo pelo uso de redes sociais entre alunos e professores permite a aplicação de uma metodologia diferente da usual em sala de aula. É possível entender, nesse contexto, que existe uma troca de saberes entre professores e alunos que ultrapassa os limites de sala de aula, pois com a organização de comunidades virtuais na rede social Facebook os objetivos comuns e o compromisso com o assunto abordado ficam agrupados em local de fácil acesso aos alunos, permitindo assim, o uso dessa ferramenta como ambiente virtual de aprendizagem, como afirma Cerdà (2011). Porém, mesmo contando com o uso de comunidades virtuais, observei por experiência própria, que a comunidade é utilizada, apenas como recurso técnico, para reunir os membros interessados naquele conteúdo, e em relação aos problemas mencionados anteriormente, como a grande quantidade de informações, a falta de contextualização de itens compartilhados no grupo com os assuntos abordados em sala de aula e a desorganização proporcionada pela própria estrutura da rede, continuam sendo as maiores dificuldades de uso do Facebook como recurso educacional.

Ainda de acordo com Cerdà (2011), o Facebook é compreendido como uma ferramenta de trabalho colaborativo, pois apresenta funções básicas e simples de serem utilizadas (fotos, fóruns, mural); elevado nível de conectividade externa, devido às proporções

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alcançadas pela rede; característica de microblog e suporte para uso mobile, caracterizando a plataforma como adaptável e expansiva. Porém, o Facebook também apresenta um sistema de comentários e publicações que tendem a dificultar a visualização da informação, carece de um sistema de etiquetação, que iria permitir a busca e organização da informação e a restrição de funcionalidades para os membros de grupos.

Para o desenvolvimento da pesquisa, a rede social Facebook será considerada como ambiente virtual de aprendizagem, pois trata-se de uma ferramenta que está alcançando um grande número de usuários da internet. Sendo assim, uma das redes sociais mais populares. O Facebook permite diversas atividades de interação entre usuários, como o compartilhamento de fotos, vídeos, notícias, textos e ideias, favorecendo a proposta de uso como ambiente virtual de aprendizagem. O Facebook pode e deve ser usado para esse fim, pois como afirmam Ferreira, Corrêa e Torres (2013) a plataforma permite ações interativas na Web, dentre elas a associação a grupos, a exibição de fotos, a participação de vários usuários no desenvolvimento de um texto, a divulgação de atividades por meio da opção de eventos, a criação de enquetes, bate-papo, entre outras funcionalidades que tornam o contato aluno e professor mais dinâmico e próximo.

Diante dessa perspectiva, a Teoria da Aprendizagem Significativa de Ausubel pode colaborar com o processo de ensino, aprendizagem e avaliação considerando-se os atores envolvidos, professores e alunos. A aprendizagem significativa traz a ideia de que o aprender não precisa ser de forma mecânica e que é uma opção viável para uso em sala de aula. É aplicada considerando-se os conhecimentos prévios (subsunçores) do aluno sobre o assunto abordado. Considera a metacognição como ponto fundamental para o processo de aprendizagem uma vez que o envolvimento do aluno com os níveis de conhecimentos e a utilização de estratégias organizadas adéquam-se às dificuldades cognitivas encontradas durante o processo da construção mental do conhecimento, por parte do aluno (LIMA, 2014).

Opta-se pela Teoria da Aprendizagem Significativa aplicada ao contexto do Facebook na docência devido ao fato desta rede social possibilitar a captação dos conhecimentos prévios dos alunos de forma mais dinâmica e fluida. Além disso, esses conhecimentos podem ser melhor organizados pelo professor com a finalidade de promover a significação diante da aplicação dos Princípios Programáticos ausubelianos (AUSUBEL; NOVAK; HANESIAN, 1980). Dessa forma, atividades podem ser desenvolvidas utilizando-se funcionalidades específicas do Facebook que auxiliam no estudo conceitual, na organização e aplicação desses conceitos em contextos práticos do cotidiano, ampliando a

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difusão das propostas do trabalho docente ao mesmo tempo em que se aprofundam os estudos dos conceitos abordados.

É importante salientar que o aluno deve estar predisposto a aprender. Esta é uma condição fundamental para possibilitar a ancoragem do novo conhecimento àquele já existente na estrutura cognitiva do aprendiz, pois a aprendizagem depende da postura do aluno diante do conhecimento, ele deve apresentar uma atitude ativa diante do conteúdo repassado e contemplar a aprendizagem com significado (LIMA, 2004).

Dessa forma, pergunta-se: de que maneira se podem estruturar atividades didático-pedagógicas no Facebook que contemplem os Princípios Programáticos de Ausubel no sentido de promover uma aprendizagem significativa para professores e alunos?

1.1 Objetivo Geral

Compreender de que forma o Facebook pode ser utilizado como Ambiente Virtual de Aprendizagem para promover a Aprendizagem Significativa de professores e alunos em contexto educacional.

1.2 Objetivos Específicos

 Entender o motivo das redes sociais serem utilizadas para fins educacionais;  Estudar como acontece a utilização da rede social Facebook no contexto

educacional;

 Propor uma metodologia pautada na Teoria da Aprendizagem Significativa a ser implementada no Facebook em contexto educacional.

Para o desenvolvimento deste trabalho optou-se por utilizar a metodologia de pesquisa bibliográfica. Foram realizadas pesquisas em livros e na internet que possibilitaram coletar materiais para o desenvolvimento do estudo. Esse estudo relacionou dois temas: Facebook e Aprendizagem Significativa, e, durante todo o processo de pesquisa de material, esses temas foram essenciais para a escolha dos textos de estudo. Além disso, também foram realizados exercícios práticos na rede social Facebook que permitiram idealizar as atividades que seriam propostas para o uso dessa ferramenta na promoção de uma Aprendizagem Significativa.

As propostas apresentadas neste trabalho permitiram perceber que o Facebook pode ser uma ferramenta útil para o professor. É possível, por meio do Facebook, ter uma

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maior aproximação com o aluno, devido às características da própria rede social. Também, foi perceptível que o Facebook pode ser aplicado com embasamento da Teoria da Aprendizagem Significativa. Além disso, essa ferramenta proporciona ao professor a aplicação de atividades diferenciadas, pois oferece diversos recursos que podem ser usados com base nos objetivos que o professor pretende alcançar.

Este trabalho é composto por 5 capítulos. O tema do capítulo 2 é sobre redes sociais, principalmente o Facebook. Inicia-se a discussão sobre redes sociais, de modo genérico. O Facebook é apresentado conjuntamente com algumas informações sobre a ferramenta. É discutido, também, o fato de o Facebook ser considerado como Ambiente Virtual de Aprendizagem por alguns autores. Finalizando o capítulo, são abordadas as principais funcionalidades de uso do Facebook.

O tema do capítulo 3 é sobre a Teoria da Aprendizagem Significativa segundo Ausubel. Os conceitos sobre as Teorias da Aprendizagem são apresentados e a Teoria da Aprendizagem Significativa é explicada e detalhada, relacionando-se propostas de ensino vinculadas aos princípios da Teoria da Aprendizagem Significativa. Utilizando-se um exemplo prático, explica-se como a Teoria da Aprendizagem Significativa se desenvolve.

No capítulo 4 é descrita a metodologia de desenvolvimento deste trabalho. Explica-se qual foi o método utilizado, como ele funciona, a justificativa da escolha e como foram realizadas as pesquisas para a escrita do trabalho de conclusão de curso.

Em relação ao capítulo 5 apresenta-se uma proposta de uso da rede social Facebook aplicada ao contexto educacional, levando-se em consideração a Teoria da Aprendizagem Significativa. Defende-se que o Facebook possibilita ao professor uma metodologia para aplicação de conteúdo prático e teórico de forma a promover a compreensão de significados nos moldes ausubelianos. Sugeriu-se um modo de uso da rede social para esse contexto, considerando atividades desenvolvidas tanto pelo professor como pelo aluno. As atividades propostas dentro da rede social Facebook são práticas e envolvem as principais funcionalidades da própria ferramenta.

O capítulo 6 são as considerações finais, o problema de pesquisa é brevemente discutido considerando-se os objetivos de pesquisa. Apresentam-se as impressões do autor em relação ao trabalho desenvolvido e as futuras comunicações vinculadas ao estudo desenvolvido, além de suas possibilidades de aplicação como pesquisa de campo.

As motivações que levaram a esta pesquisa convergem com o meu percurso acadêmico durante a graduação, com interesse nas áreas de educação e comunicação, e pela

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observação do comportamento dos usuários de redes sociais no contexto educacional, surgiu o interesse para o desenvolvimento deste trabalho.

No capítulo a seguir serão apresentadas as informações que compõem as redes sociais aplicadas ao contexto educacional.

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2 FACEBOOK NA EDUCAÇÃO

Na sociedade as pessoas estão ligadas por meio de relações que são desenvolvidas durante as várias fases da vida e em diversos setores como família, escola, trabalho e são essas relações que constituem uma esfera social, criando uma estrutura em rede da sociedade. Cada pessoa numa rede social tem uma função e uma identidade. As redes sociais, segundo Marteleto (2001), são compostas por participantes autônomos que unem ideias e ferramentas em torno de um interesse comum, defendendo a ideia de que é importante compartilhar informação e conhecimento. Assim, como também afirmam Costa et al. (2003) as redes sociais apresentam uma estrutura horizontal de organização, permitindo uma forma de inter-relacionar os elementos sem hierarquia. Ocorre que nas redes sociais diferentes informações e pensamentos definidos pelo interesse comum são motivos de fortalecimento para a evolução do conceito de rede social.

É possível observar que esse fenômeno Rede Social está conquistando novos espaços, como a internet, por meio de sites que trazem como proposta principal de uso essa interação observada na sociedade. É interessante observar que as redes sociais online também se organizam de acordo com interesses comuns, em que permitem a interação entre usuários, diante de acesso fácil. Como exemplo, é analisada a rede social que mais cresce atualmente, Facebook. Segundo Allegretti (2012, p. 55) “O Facebook favorece o fluxo comunicacional por meio do compartilhamento das mídias sociais, ou seja, o que está em jogo é mesmo o fluxo dos signos, a interação e a conectividade entre pessoas e conteúdos”.

O Facebook nasceu em 2004, com uma proposta de rede privada para universitários, e até 2005 somente alunos das universidades admitidas na rede podiam realizar cadastro. Foi em 2006 que aconteceu a abertura da rede social para todos os usuários da internet e foi em 2010 que a rede social Facebook, alcançou mais de 500 milhões de usuários.

O recurso permite uma forma de interação diferente, fazendo com que o Facebook seja utilizado de uma forma promissora, pois como comentam Ferreira, Correa e Torres (2012), essa rede social apresenta uma proposta de comunicação síncrona e assíncrona, fazendo dele um espaço inovador que contribui para interações, socializações e aprendizagem colaborativa.

O uso do Facebook como ambiente virtual de aprendizagem se justifica por ser uma ferramenta que reúne a maioria dos recursos que estão presentes nos espaços virtuais e,

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também, por ser uma ferramenta informal, assim como Fernandes (2011) confirma que se torna evidente o potencial do Facebook para ser utilizado como ambiente de estudo, pois ele pode ser ajustado de acordo com seus métodos, interesses e limitações. Esse aspecto favorece, portanto, a proposta a ser formalizada nesse trabalho diante da utilização da Teoria da Aprendizagem Significativa para o desenvolvimento de processos inovadores de aprendizagem utilizando essa rede social.

Existem pesquisas que demonstram que o tempo gasto por utilizadores de redes sociais proporciona o desenvolvimento de laços emocionais levando os usuários a acessarem cada vez mais a comunidade. Isso explica o fato de o Facebook ser uma rede social de intensa participação relacionado ao número de usuários cadastrados.

As interações permitidas pelo Facebook surgem da proposta que se aplica de que essa ferramenta permite comunicar e partilhar informações, trata-se de algo popular, de uso fácil, não é necessário desenvolver códigos ou utilizar softwares para ter acesso a esse recurso, fazendo com que o uso do Facebook seja aplicado em diversas situações e justificando o fato da ferramenta ser popular.

De acordo com Ferreira, Corrêa e Torres (2012) o Facebook apresenta uma nova proposta que é de aprender a aprender e aprender com o outro. Isso possibilita que o professor utilize diferentes formas de ensino para incentivar e motivar o aluno no processo de aprendizagem. O diferencial dessa ferramenta é a aplicação das funcionalidades oferecidas no contexto de ensino, aprendizagem e avaliação que se torna difícil devido ao uso exclusivo na internet sem conexões com o que é trabalhado na sala de aula presencial. A interação acontece com o Facebook e as funcionalidades, sendo que não existe uma continuação com as atividades de sala de aula presencial para um melhor aproveitamento das possibilidades didático-metodológicas, que por um lado é considerado inovador, mas não bem aplicado.

O Facebook (figura 1) está proporcionando novas formas de pensar e fazer acontecer os processos de ensino, aprendizagem e avaliação, pois apresenta diversidade na interação entre seus usuários. Eles podem assumir diferentes papéis, como autores, observadores, comentadores, entre outros. É uma rede social que as pessoas acessam por login, com nome de usuário e senha, permite que cada um possua um perfil, com fotos, vídeos e informações pessoais, podendo adicionar amigos e/ou conhecidos para manter contato por meio das interações básicas permitidas pela rede social que são: curtir, comentar,

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compartilhar, trocar mensagens privadas e visitar outros perfis, assim como afirma Alves e Araújo (2013).

Figura 1 - Página Inicial do Facebook - após login

Fonte: Facebook (2014).

As interações básicas permitidas pela rede proporcionam um envolvimento do usuário na rede social. A opção curtir está vinculada a uma interação que permite ao usuário revelar de um modo simples que gostou daquele conteúdo, sem deixar comentários. Já a opção comentários, permite que o usuário adicione observações para aquele conteúdo; a opção compartilhar proporciona ao usuário a experiência de dividir as informações com pessoas adicionadas em sua timeline, ou seja, com as pessoas que estão adicionas como amigos. Além dessas três opções básicas e mais conhecidas do Facebook, existe, ainda, a opção de mensagens privadas que funciona como bate-papo. Essa opção permite ainda que você crie grupos de conversas entre seus amigos, assim como também permite que você tenha uma conversa individual com qualquer pessoa que esteja conectada à rede social.

O Facebook permite ainda a criação de grupos (figura 2). O criador de cada grupo recebe o título de administrador não exclusivo, podendo compartilhar com outros participantes desde que estes estejam inseridos no grupo. O administrador cria então o nome do grupo, convida e/ou permite o acesso de novos membros no grupo formado. Os membros serão os usuários inclusos nesse grupo. Existem três opções de privacidade: público, secreto e fechado indicando de que forma os membros poderão ter acesso ao conteúdo disponível.

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Figura 2 - Ferramenta de criação para novos grupos – Facebook

Fonte: Facebook (2014).

A opção de grupo público permite que todas as pessoas cadastradas na rede social Facebook possam participar e ter acesso ao conteúdo que existe dentro daquele grupo. Neste caso não é necessário que o administrador da página autorize a participação dos membros no grupo. Na opção de grupo secreto, apenas os membros convidados pelo administrador têm acesso ao conteúdo do grupo, além disso, é necessário que o administrador autorizar a participação deles no grupo. A terceira opção é de grupo fechado. Neste caso, todas as pessoas que estiverem logadas na rede social conseguem visualizar que o grupo existe e

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podem pedir autorização para participar sem serem convidadas pelo administrador, porém cabe ao administrador ou qualquer outra pessoa que já participe do grupo autorizar a participação.

A utilização de grupos na rede social Facebook permite que ações como interação entre usuários, troca de experiências, fatos e notícias a partir de temáticas pré-selecionadas sejam trabalhados de acordo com uma prática pedagógica diferenciada, justamente por causa da metodologia de uso da rede social.

Além da opção de criação de grupos, o Facebook disponibiliza um recurso conhecido como Evento (figura 3), que permite divulgar e receber informações sobre reuniões, encontros, palestras, dentre outros. Na página de Evento do facebook, o usuário consegue interagir de diversas formas: confirmar ou não a participação no evento, escolhendo três opções (Participar, Não Sei, Recusar); o usuário também pode publicar conteúdo na página do Evento, desde que esteja confirmado a participar, esse conteúdo publicado fica vísivel para todos os participantes daquele Evento na rede social. Além disso, é preciso esclarecer que eventos criados no Facebook não acontecem somente na rede social, ou seja, esse Evento pode ser entendido como um convite para participação em determinado acontecimento fora ou dentro do Facebook.

Figura 3 - Print do Evento

Fonte: Facebook (2014).

O uso desses recursos com fins educacionais permite que aconteça um avanço positivo na curva de aprendizagem do aluno, o que favorece a utilização da ferramenta e

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estimula a participação dos alunos, devido à familiaridade que apresentam com o recurso (MINHOTO; MEIRINHOS, 2011).

O uso do Facebook, assim como afirma Brow e Sadler (2008), motiva o surgimento de uma nova abordagem na aprendizagem que acontece pelos interesses particulares do aluno, opondo-se ao modelo tradicional, no qual o professor dita os conhecimentos específicos. Esse recurso permite que o aluno seja um explorador do conteúdo, podendo adquirir conhecimentos significativos por meio da experiência vivida.

O Facebook permite ainda que aplicativos tornem a experiência de uso dessa rede social no contexto educacional ainda mais rica, pois proporciona que essas ferramentas sejam usadas para o desenvolvimento de atividades, trazendo ao aluno novas interações por meio do Facebook. Existem inovação e criatividade envolvidas na proposta, como o caso dos chamados aplicativos. São programas com capacidades diversas de interação que podem facilitar o trabalho do professor e podem ser executados por meio do Facebook, de forma aberta e acessível (FERREIRA; CORRÊA; TORRES, 2012).

Existe uma grande quantidade de aplicativos para uso no Facebook. Muitos deles, de acordo com Patrício e Gonçalves (2010), apresentam utilidade educativa (quadro 1). Esses aplicativos podem ser categorizados em: institucionais, publicações, livros, organizações, conteúdos específicos e ferramentas para professores.

Quadro 1 - Aplicativos disponíveis no Facebook com utilidade pedagógica Categoria Aplicativo Descrição

Institucionais Universidades Proporciona patrocínio a diversos projetos acadêmicos.

Publicações CiteMe Os alunos podem utilizar esse recurso para ter acesso a maneira correta de fazer citações.

JSTOR Search

Permite a busca de artigos e conteúdos acadêmicos.

Passei Direto Rede social acadêmica que permite o compartilhamento de documentos.

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Organizações E-card Calendar

Permite organizar as atividades diárias, colocar avisos e compartilhar com amigos.

Note.ly Permite a organização de documentos e notas.

Zoho Online Office

Permite o compartilhamento e a organização de documentos.

Favorite Pages

Permite armazenar e recuperar documentos no Facebook

Nesse dia Permite que o usuário do Facebook tenha acesso a todo o conteúdo que foi postado na rede social no dia do acesso nos últimos três anos.

Sortei.me Permite a realização de sorteios online.

Livros I’m Reading Organiza uma lista dos livros você está lendo.

We Read Mostra os livros que você está lendo no seu perfil. Descubra quais livros são populares entre seus amigos.

Conhecimentos Específicos

Brainly Homework Help

Esse aplicativo oferece ajuda para alunos em suas lições de casa. Por ser em inglês, pode ser usado nas tarefas de inglês.

MathUp Desafiador jogo de matemática.

Deezer Permite escutar músicas gratuitamente e de forma ilimitada.

Ferramentas para

professores

Quiz Creator Possibilita a criação de testes e questionários.

Typing Test Permite o desenvolvimento de habilidades de digitação.

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Facebook

SlideShare Possibilita o compartilhamento de slides.

Enquete Permite que perguntas sejam elaboradas e disponibilizadas para serem respondidas

Fonte: Patrício e Gonçalves (2010)

Esses aplicativos podem auxiliar e potencializar o trabalho do professor no Facebook. É possível, inclusive, compará-los com os recursos didáticos utilizados em sala de aula presencial. Os aplicativos podem facilitar o processo de ensino-aprendizagem, porém o professor precisa conhecê-los muito bem, para que esteja ciente de qual contribuição ele vai oferecer pedagogicamente a seus alunos (FERREIRA; CORRÊA; TORRES, 2012).

Em relação aos aplicativos apresentados na categoria Instituições foi escolhido o Universidades (figura 4). Esse aplicativo permite que alunos universitários tenham seus projetos financiados pelo Starrett; é necessário realizar um cadastro da Universidade. O financiamento acontece com o envio de materiais que colaborem com o desenvolvimento da produção científica.

Figura 4 - Aplicativo Universidades

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Na categoria Publicações, escolheu-se o aplicativo Passei Direto (figura 5) que é uma rede social que permite a troca de experiências acadêmicas, conta com endereço eletrônico próprio. Usando o aplicativo disponível na rede social Facebook, o usuário pode ter acesso a diversos conteúdos ao mesmo momento. Foi desenvolvida por estudantes universitários e já possui mais de 740 mil estudantes cadastrados (Portal de Notícias G1, 2014).

Figura 5 – Aplicativo Passei Direto no Facebook

Fonte: Facebook (2014).

O aplicativo E-card Calendar (figura 6) foi o escolhido da categoria Organização. É uma ferramenta que permite a organização de datas importantes, permite que você crie seu próprio calendário. Acrescenta informações como aniversários de amigos do Facebook e a idade deles, permitindo que você envie cartões ou mensagens privadas, além de alertas por email.

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Figura 6 – Aplicativo E-card Calendar no Facebook

Fonte: Facebook (2014).

Como exemplo da categoria Livros, foi escolhido o aplicativo I’m reading (figura 7) que permite que o usuário tenha acesso a diversas informações sobre livros e ainda oferece a opção de compra. É possível também interagir compartilhando sua opinião sobre determinada obra. O aplicativo é todo em inglês.

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Figura 7 – Aplicativo I’m Reading no Facebook

Fonte: Facebook (2014).

Em relação ao aplicativo da categoria Conhecimentos Específicos o aplicativo escolhido para ser abordado foi o Math Up (figura 8). Trata-se de um jogo que permite o usuário realizar cálculos matemáticos, com característica desafiadora e disponibilidade para celulares. É possível desafiar amigos do Facebook e outros usuários cadastrados.

Figura 8 – Jogo Math Up

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A categoria Ferramentas para professores apresenta muitos aplicativos que facilitam atividades que já são desenvolvidas por professores em sala de aula. Essas ferramentas propõem um nova forma de abordagem de alguns assuntos, como o FlashCards (figura 9). Esse aplicativo permite que o usuário crie cartões de estudos com imagens, símbolos matemáticos, símbolos químicos, fontes personalizadas, dentre outros. Além de permitir um controle de organização em pastas que é feito pelo próprio usuário. Também permite o download dos cartões produzidos.

Figura 9 – Aplicativo FlashCards no Facebook

Fonte: Facebook (2014).

Diante das propostas educacionais apresentadas e das possibilidades de uso do Facebook no contexto educacional por meio de ações metodológicas pautadas em ferramentas diversas, como as ferramentas básicas e os aplicativos, apresentam-se no próximo capítulo novas ideias pautadas na Teoria da Aprendizagem Significativa de Ausubel que possam complementar os estudos já desenvolvidos sobre a utilização do Facebook na educação.

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3 APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA NO CONTEXTO DAS MÍDIAS DIGITAIS

A aprendizagem é um processo pelo qual toda pessoa passa em algum momento da vida, é um processo contínuo, seja quando se compra um novo utensílio doméstico e se aprende a utilizá-lo, ou, quando se está aprendendo algo novo na escola/faculdade. Segundo Carvalho, Porto e Belhot (2001) quando se deseja melhorar o processo de ensino e aprendizagem, utilizam-se como referências as Teorias da Aprendizagem, facilitando, dessa forma, o entendimento do motivo de alguns alunos aprenderem com mais facilidade e outros não; de alguns professores conseguirem ensinar assuntos complexos com mais facilidade do que outros; de alguns conhecimentos serem mais aplicáveis do que outros. Ainda segundo esses autores, a Teoria da Aprendizagem é uma área da psicologia que estuda o processo de aprender.

Foram desenvolvidas diversas Teorias da Aprendizagem, tais como: Gestalt, Behaviorismo, Construtivismo, Aprendizagem Significativa, dentre outras. Neste trabalho considera-se a Aprendizagem Significativa como um marco teórico que fundamenta o uso do Facebook na integração entre teoria e prática docente, visto que essa teoria afirma que o estudante consegue atribuir significados àquilo que armazenou em sua estrutura cognitiva. Espera-se, com isso, que tais significados sejam utilizados em sala de aula, presencial ou à distância, pelo professor (PIRES; VEIT, 2006).

A Aprendizagem Significativa é o processo como a nova informação se ancora a um aspecto relevante da estrutura de conhecimento do indivíduo de forma substantiva e não-arbitrária. Essa teoria defendida por Ausubel, afirma que o ponto mais importante no processo de aprendizagem são os conhecimentos adquiridos anteriormente, ou seja, aqueles adquiridos ao longo de sua vida, pois servirão de âncoras para os novos conhecimentos. Os conhecimentos prévios são também denominados de subsunçores (CARVALHO; PORTO; BELHOT, 2011).

Quando o aprender é tratado de forma significativa a essência do conteúdo é absorvida e isso acontece de forma natural, sem a necessidade de memorização do assunto como é apresentado, impedindo o aluno de criar novas conexões sobre esse assunto, por exemplo, ignorando os conhecimentos prévios dos alunos. Isso causa uma falha nos processos de ensino e de aprendizagem, pois não permite que novas ideias e novos conceitos

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sejam incorporados com relação a ideias e conceitos já presentes na estrutura cognitiva do aprendiz.

A aprendizagem se faz significativa quando as novas ideias se relacionam de forma substantiva e arbitrária com os conhecimentos já existentes. Entende-se por não-arbitrária a relação lógica e explicita entre as ideias na estrutura cognitiva do aluno, e por substantiva a capacidade que o aprendiz tem de explicar o que foi aprendido com suas próprias palavras (LIMA, 2014). O objetivo é que os conceitos sejam armazenados por bastante tempo, de maneira estável e “sempre lembrados” com uma facilidade considerada.

Ao oposto da Aprendizagem Significativa apresenta-se a Aprendizagem Mecânica, pois nesse ultimo caso, não existe nenhuma relação entre os novos conceitos e as ideias existentes na estrutura cognitiva do aluno. Na Aprendizagem Mecânica, as novas informações são armazenadas de maneira arbitrária (MOREIRA; MASINI, 2011). Dessa forma, nota-se que o uso da Aprendizagem Mecânica permite que o aprendiz seja capaz de memorizar o novo conceito, não conseguindo expressar por maneira própria o que foi aprendido, tornando difícil o uso desse novo conceito em situações divergentes da que o assunto foi abordado.

A Aprendizagem Significativa se subdivide em dois tipos: Aprendizagem por Recepção e Aprendizagem por Descoberta. Na Aprendizagem por Recepção, o conteúdo final é apresentado ao aprendiz enquanto que na Aprendizagem por Descoberta, a proposta é fazer com que o aluno construa seu próprio conhecimento. Entretanto, observa-se que para que ocorra uma Aprendizagem Significativa os novos conceitos devem estabelecer relações com ideias já existentes na estrutura cognitiva do aprendiz (MOREIRA; MASINI, 2001).

As condições de aprendizagem dos alunos são fatores que devem ser analisados para a Aprendizagem Significativa. Uma das primeiras condições se relaciona com a importância de os alunos apresentarem disposição para aprender, pois devido a diversos fatores como o fato de estarem acostumados com aulas e avaliações que exigem respostas idênticas ao gabarito, os alunos podem demonstrar desinteresse em relação processo de aprendizagem.

Outra condição se relaciona ao fato do material de estudo ser logicamente significativo. Ausubel afirma que os conteúdos escolares, em geral, apresentam essa característica porque contêm intrinsicamente conceitos que servem de base a novos conceitos

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a serem construídos e definidos no decorrer do processo de aprendizagem. O significado lógico, portanto, depende apenas da natureza do material (MOREIRA, 1999).

Uma terceira condição se relaciona ao fato de o material de estudo estar interligado aos conceitos subsunçores específicos, permitindo assim uma relação com conhecimentos prévios do aluno, referindo-se à condição psicológica da Aprendizagem Significativa. A possibilidade de transformar significado lógico em significado psicológico se caracteriza a vinculação entre o aspecto substantivo e não-arbitrário da ancoragem dos novos conceitos à estrutura cognitiva do aluno (MOREIRA, 1999).

Sendo assim, pode-se entender que a Teoria da Aprendizagem Significativa tem como objetivo captar os conhecimentos prévios, utilizá-los e valorizá-los, para que aconteça a ancoragem de novos conceitos nas estruturas cognitivas do aprendiz utilizando, como meio, por exemplo, mapas conceituais que permitem descobrir e redescobrir outros conhecimentos, diante da construção explícita de significados, mais facilmente acessível na memória do aprendiz.

3.1 Relação entre Ensino e Aprendizagem Significativa

Para a associação de Ensino e Aprendizagem Significativa é necessário que uma nova proposta didático-metodológica seja trabalhada em sala de aula. A forma como os conteúdos serão trabalhados vai influenciar a aprendizagem do aluno, principalmente no modo como esses conteúdos serão compreendidos e utilizados pelos alunos.

Tomando como base a Teoria da Aprendizagem Significativa, é necessário que o professor trabalhe substantivamente e programaticamente, dentro e fora de sala de aula. Ao trabalhar substantivamente, o professor deve ter consciência dos aspectos vinculados à substantividade e à não-arbitrariedade que caracterizam o processo de Aprendizagem Significativa dos alunos, observando que o contexto do professor nem sempre está adequado ao contexto do aluno, pois são duas realidades diferentes, com experiências diferentes que podem ser interconectadas (LIMA, 2014).

O processo de ensino se inicia com a captação dos conhecimentos prévios dos alunos. Essa etapa pode acontecer por meio de questionários, ou até mesmo por meio de uma conversa onde o professor vai observar o que os alunos falam sobre determinado assunto e

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como ele é aplicado em situações práticas. Essa etapa é importante, pois como afirma Lima (2014) esse mapeamento dos subsunçores vai permitir que o professor compreenda as ideias dos alunos e saiba por onde iniciar a atividade baseada na Aprendizagem Significativa, levando em consideração as escolhas substantivas previamente realizadas, auxiliando o professor a escolher os conceitos gerais e específicos que serão utilizados no processo.

Posteriormente, é necessário que o professor esclareça conceitos, aprofundando conhecimentos específicos e de significado desses conceitos, assim como afirma Lima (2014). Isso pode acontecer por meio de pesquisa; o objetivo é reunir o maior número de informações sobre aquele assunto, esclarecendo possíveis dúvidas e comparando conceitos de diferentes autores, favorecendo a formação de uma opinião sólida do professor sobre determinado assunto.

A utilização de Organizadores Prévios é uma ação importante para que o professor retorne à sala de aula, após a captação dos conhecimentos prévios e o início do aprofundamento conceitual. A apresentação dos conteúdos a serem trabalhados durante um período escolhido pelo próprio professor deve acontecer de tal forma que permita a reativação dos conceitos já existentes na estrutura cognitiva do aprendiz, que podem estar esquecidos. Além disso, permitem buscar, nessa mesma estrutura cognitiva, significados existentes que não são utilizados há algum tempo no contexto do estudo conceitual. Os Organizadores Prévios facilitam o acesso da informação pelo aluno diante de uma relação que pode ser estabelecida entre os novos conhecimentos e aqueles já existentes em sua estrutura cognitiva.

Visando uma contribuição da Teoria da Aprendizagem Significativa, consideram-se algumas recomendações de ações que podem consideram-ser utilizadas no trabalho do professor, evidenciando o fazer substantivo e o programático. Essas ações, apresentadas como Princípios Programáticos (figura 10) por Ausubel, são: diferenciação progressiva, reconciliação integradora, organização sequencial e consolidação.

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Figura 10 – Esquema dos Princípios Programáticos da Aprendizagem Significativa de Ausubel.

Fonte: Lima (2008).

A diferenciação progressiva vincula-se à diferenciação entre os conceitos mais gerais do conteúdo a ser ensinado dos conceitos mais específicos. Ausubel defende que é mais fácil para seres humanos captar aspectos mais gerais sobre determinado assunto previamente aprendido do que especificá-los e depois generalizá-los. Entretanto, observa-se que deve acontecer a exploração de conceitos, atentando-se para as similaridades e as diferenças entre eles, com o intuito de provocar uma reconciliação de inconsistências reais ou aparentes, atingindo aquilo que Ausubel chama de reconciliação integradora. Segundo Moreira, Caballero e Rodriguez (1997), a diferenciação progressiva e a reconciliação integradora são princípios programáticos instrucionais potencialmente facilitadores da Aprendizagem Significativa.

Percebe-se que é necessário iniciar o ensino contextualizando o aluno sobre o assunto, para exemplificar como acontecem esses processos. Utiliza-se como referência, para exemplos, um exemplo da Comunicação Visual, o Grid (figura 11) é a estrutura ou padrão de linhas usadas para orientar o posicionamento dos elementos de um design, permite a organização dos elementos que irão compor aquele espaço (AMBROSE, 2009). Ou seja, Grid

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pode ser entendido como uma ferramenta de ordem e arranjo dos elementos visuais de um design. Nesse caso, entende-se como design a maneira como você vai expor algo no projeto que está desenvolvendo.

Figura 11 – Exemplos de Grids e suas aplicações em páginas.

Fonte: http://vshepherd.wordpress.com/tag/grids/

Para se trabalhar a diferenciação progressiva dentro desse conceito é necessário que o professor desenvolva atividades que abordem o conceito geral caracterizado no exemplo da Comunicação Visual pelo conceito de Grid, pois se trata da organização dos elementos em uma página web, por exemplo. Independente da organização dos elementos, das técnicas que serão abordadas para o design, é possível perceber que o conceito de Grid estará sendo aplicado naquela página, quando se percebe a existência da estrutura e da ordem da página. Mesmo que não seja possível identificar qual tipo de Grid está sendo aplicado, é possível identificar o seu uso, conhecendo apenas o seu conceito geral. Após atividades que permitem o desenvolvimento de discussões, os conceitos mais específicos como Tipos de Grids (simétrico, assimétrico, módulos, grids compostos, combinações, a horizontal, a

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vertical, grid diagonal e angulas) devem ser inseridos para que se estabeleçam relações entre os conceitos gerais e específicos (LIMA, 2014).

Em relação aos tipos de Grids, o Grid Simétrico (figura 12) permite que a página seja dividida em tamanhos iguais de margem interna e externa, criando equilíbrio e harmonia para gerar uma aparência atraente e coerente para a página, porém o uso desse tipo de Grid pode se tornar limitado e repetitivo quando usado em páginas sucessivas (AMBROSE, 2009).

Figura 12 – Exemplo de aplicação do Grid Simétrico.

Fonte: Ambrose (2009).

Já o Grid Assimétrico (figura 13) permite aplicar criatividade aos elementos, ao mesmo tempo em que mantêm a consistência e o ritmo geral do design. Proporciona flexibilidade aos elementos do design (AMBROSE, 2009).

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Figura 13 – Exemplo de aplicação do Grid Assimétricos em páginas.

Fonte: Ambrose (2009)

O Grid Simétrico e o Assimétrico podem ser considerados Grids, pois apresentam uma aplicação de linhas que estruturam o design da página permitindo com isso o posicionamento dos elementos nos lugares mais interessantes do espaço da página, organizando as informações com clareza e eficiência.

Após esse primeiro contato dos alunos com o novo conceito, é necessário pensar novas ações que permitam estabelecer a relação contrária, entre conceitos específicos e gerais. Desenvolvendo assim o princípio da reconciliação integradora. Ou seja, os conceitos apresentados como específicos que se referem aos Tipos de Grids devem ser inicialmente discutidos para então discutir o que realmente é Grid. E ainda, segundo Lima (2014, p. 79), “quanto mais próximo do contexto da vida do cotidiano do aluno essa abordagem for realizada, e utilizando-se de seus subsunçores, mais significativa se torna a Aprendizagem, com possibilidades de ancoragem dos conceitos específicos aos gerais”.

A organização sequencial permite que os tópicos ou as unidades de estudo sejam sequenciados de maneira coerente com as relações de dependência existente na matéria de

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ensino e do fato de que a compreensão de determinado assunto pode significar o entendimento prévio de algum dos tópicos já relacionados fazendo com que a nova informação se ancore aos conceitos já existentes na estrutura cognitiva do aluno (MOREIRA; CABALLO; RODRIGUEZ, 1997).

Como afirma Moreira (1999), nessa etapa podem ser utilizados Mapas Conceituais (figura 14) desenvolvidos por Novak (1976). O professor pode promover debates que permitam aos alunos a conscientização sobre os conceitos e inclusive como acontece a sua aplicação em situações comuns do dia-a-dia. Utilizar como referencial o Grid permite a descoberta dos diferentes conceitos sobre Grids. Isso implica dizer que o Grid pode ser classificado em vários tipos. O uso do Mapa Conceitual, nesse caso, vai permitir que o aluno exponha suas ideias sobre cada tipo de Grid que foi apresentado, como ele se relaciona com os demais tipos e ainda porque se classifica como Grid. Os Mapas Conceituais permitem, ainda segundo Lima (2014), que o professor compreenda as inconsistências dessas relações e as ancoragens já conquistadas pelos alunos.

Figura 14 – Exemplo de Mapa Conceitual

Fonte: Ambrose (2009).

Na consolidação deve acontecer a exploração máxima do conteúdo, insistindo-se no domínio do que está sendo estudado por meio de práticas e exercícios, assim como afirma

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Lima (2014), este é o momento no qual o professor despende de uma variedade maior de atividades, contemplando diferentes modalidades didáticas. Na ocorrência de problemas conceituais, deve-se retornar às atividades anteriores e reaplicar os princípios de diferenciação progressiva e reconciliação integradora, reiniciando-se o processo.

Esse é o momento do professor compreender se os conceitos foram realmente assimilados pelos alunos. Para isso é necessário que desenvolva atividades que permitam aos alunos utilizar os conhecimentos adquiridos. No caso do Grid podem ser elaboradas situações em que os alunos desenvolvam exemplos de Grids e sejam discutidos com os alunos que tipo de Grid é aquele apresentado. Além disso, o professor pode solicitar ao aluno que aplique o conceito que ele acha mais conveniente de Grid a uma determinada situação problema criada pelo professor ou pelo próprio aluno. A finalidade desse princípio é investigar; então desenvolver o maior número de atividades para verificar como os alunos aplicam os conceitos é importante para que o professor decida quais serão os próximos passos do que será ensinado, aprendido e avaliado.

Toda essa dinâmica se encerra quando o aluno ancora um novo conceito ao já existente em sua estrutura cognitiva, compreendendo-o com significado (LIMA, 2014).

Usar Grids para organizar os elementos de um design vai permitir ao usuário um acesso às informações com mais facilidade, pois ele aumenta a precisão e consistência da localização desses elementos. Dessa forma, conhecer quais são os tipos de Grids e como eles podem ser aplicados permite uma valorização do trabalho do design, pois dependendo do seu objetivo final do projeto ele poderá fazer uso do conceito específico de qual tipo de Grid poderá fazer uso para o desenvolvimento do trabalho.

O aluno pode vivenciar diversas situações práticas de aplicações dos conceitos de Grid, entre elas podemos citar a criação de um jornalzinho informativo para a escola, por exemplo. O aluno vai precisar organizar visualmente as informações que irão compor esse trabalho. Dessa forma, o conhecimento sobre a aplicação do padrão de linhas que orienta sobre o posicionamento (Grid), permite que o aluno tenha maior segurança na organização da estrutura desse jornalzinho. A aplicação desses conceitos seria um desafio para o aluno, pois ele teria que desenvolver os conceitos estudados, ou seja, a aplicação de um grid é uma atividade prática que exige esforço, dedicação e conhecimento sobre o assunto de quem está desenvolvendo, que nesse caso é o aluno.

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Nesse contexto, baseando-se na Teoria da Aprendizagem Significativa e, apresentando o Facebook com potencialidade para Ambiente Virtual de Aprendizagem, propõe-se o uso dessa ferramenta para o desenvolvimento de atividades que podem promover a Aprendizagem Significativa.

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4 METODOLOGIA

Para o desenvolvimento desse trabalho foi realizada uma pesquisa bibliográfica. De acordo com Köche (1997) trata-se de uma pesquisa que se desenvolve tentando explicar um problema, utilizando o conhecimento a partir de teorias publicadas em livros ou obras congêneres.

Segundo esse mesmo autor, o objetivo da pesquisa bibliográfica é de conhecer e analisar as principais contribuições teóricas existentes sobre um determinado tema ou problema, o que a torna um elemento indispensável para qualquer pesquisa.

O uso da pesquisa bibliográfica se justifica pelo fato de permitir ao investigador compreender melhor o seu problema de pesquisa, facilitando o domínio do conhecimento para uso de fundamentação na construção de um modelo teórico explicativo desse problema.

A pesquisa se subdivide em quatro fases: planejamento, coleta de dados, interpretação de dados, relatório final.

A primeira atividade relacionada à pesquisa foi escolher os temas que seriam estudados: Redes Sociais e Aprendizagem Significativa. A metodologia desenvolvida também permitiu a construção de um histórico sobre o tema, atualizando-se sobre isso, diante do conhecimento do Estado da Arte, vinculado ao problema.

Esse levantamento bibliográfico preliminar permitiu a organização e formulação do problema de pesquisa. Essa etapa foi importante, pois garantiu que o problema foi formulado de maneira clara e precisa, oferecendo, dessa forma, a seleção da área especifica que seria estudada.

Com o objetivo de buscar respostas ao problema formulado, a pesquisa bibliográfica, também permitiu que contradições sobre o tema fossem levantadas. Além disso, também contribuiu para evitar repetição de trabalhos já realizados. O problema foi formulado de acordo com as seguintes observações discutidas conjuntamente com a orientadora:

 Facebook é uma mídia pouco aproveitada para a aprendizagem;  As pessoas não utilizam o Facebook no contexto educacional;

 Os professores utilizam o Facebook apenas para comunicar ou informar os alunos sobre os acontecimentos da disciplina;

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 Facebook é uma mídia que pode favorecer a aprendizagem.

Após definido o tema e o problema de pesquisa, foi elaborado um plano provisório da pesquisa, com estabelecimento de datas para o desenvolvimento dos capítulos referentes à pesquisa.

Nesse estudo, procurou-se avaliar a rede social Facebook e a Teoria da Aprendizagem Significativa. Para isso, foi realizada coleta de textos acadêmicos nas plataformas virtuais:

 Scielo;

 Google Acadêmico;  Capes; e,

 Portais das Universidades: PUC-SP, Unicamp, UFRGS e UFC.

As palavras-chaves usadas para a realização da pesquisa foram: redes sociais, facebook, aprendizagem, tecnologia,

Após a coleta de materiais pela pesquisa bibliográfica, com os artigos estudados realizavam-se fichamentos com as principais informações relacionadas ao trabalho em desenvolvimento. É importante, porém, esclarecer que durante todo o desenvolvimento do trabalho aconteceram pesquisas relacionadas ao tema. A leitura do material permitiu ainda, identificar as informações importantes para o desenvolvimento do trabalho naquele material e estabelecer relações entre as informações e o problema.

O trabalho contou, também, com o desenvolvimento de um grupo na rede social Facebook, que tinha como membros o autor e o orientador, para a aplicação e coleta dos exemplos práticos que são citados no texto deste trabalho. A maioria das figuras que foram colocadas como exemplos ao longo do trabalho foram coletadas nesse grupo.

Além disso, utilizaram-se exemplos práticos de aplicativos na rede social Facebook. Para isso foram realizados testes para o entendimento de como funcionava tais aplicações e quais seriam suas contribuições para o trabalho.

O processo de redação do trabalho seguiu a sequência que se inicia pela introdução, seguida do referencial teórico, metodologia, proposta de integração entre Facebook e Aprendizagem Significativa, e, finalizada com as considerações finais.

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5 PROPOSTA METODOLÓGICA PARA A INTEGRAÇÃO ENTRE A TEORIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DE AUSUBEL E O FACEBOOK

O Facebook e a Aprendizagem Significativa podem permitir o desenvolvimento de atividades metodológicas que contribuem para o desenvolvimento dos processos de ensino, aprendizagem e avaliação. O desafio, nesse momento, é fazer uso da rede social e suas várias funções para além do entretenimento. Com isso, propõem-se atividades que podem ser desenvolvidas considerando a Teoria da Aprendizagem Significativa defendida por Ausubel.

Inicialmente, entende-se que, para o professor aplicar a Teoria da Aprendizagem Significativa em sua atividade docente, é necessário repensar o currículo, a metodologia e as estratégias utilizadas em sala de aula (LIMA, 2014). Dessa forma, é importante o professor conhecer as etapas e os objetivos de cada fase da Teoria da Aprendizagem Significativa ausubeliana.

5.1. Captação dos Conhecimentos Prévios

Considerando-se a fase inicial da Aprendizagem Significativa em que o professor capta os conhecimentos prévios dos alunos, a sugestão é fazer uso de uma das funcionalidades mais básicas do Facebook, seja a opção de comentários em uma postagem que o professor realize na página principal do grupo no Facebook, ou na opção de compartilhamento de matérias relacionadas ao assunto pelos alunos.

Suponha que o conteúdo a ser desenvolvido com seus alunos seja o mesmo conteúdo apresentado no capítulo anterior, Grid. O professor pode solicitar aos alunos, via Facebook, que eles criem portfólios dentro do grupo, através do recurso de compartilhar imagens. Neste local, os alunos podem inserir pequenos textos sobre o que eles entendem sobre Grid, diante de uma atividade individual que proporcionaria troca de conhecimentos entre os alunos. Em atividade posterior, o professor poderia retornar a esse material e realizar uma nova dinâmica.

Além desses recursos, para a captação de conhecimentos prévios, o professor pode ainda, utilizar a opção própria do Facebook que é Perguntar (figura 15). Isso possibilita a criação de questionários online dentro da própria rede social. Com isso, o professor criaria o questionário, aplicaria com seus alunos e após a resposta de todos, ele analisaria os conhecimentos prévios dos alunos.

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Figura 15 – Exemplo de uso da opção Perguntar

Fonte: Facebook (2014).

O professor deve estar atento na hora da criação da enquete, para a opção de permitir que qualquer pessoa adicione opções de respostas. Essa opção deve estar liberada, para que dessa forma, os alunos possam criar suas próprias respostas. É interessante ainda que o professor solicite que todos os alunos participem criando uma resposta e depois escolhendo a resposta de um dos colegas que também respondeu a enquete. Esse processo possibilita que o professor descubra o que os alunos entendem sobre um determinado assunto com um pouco mais de profundidade.

Outra opção para captar os conhecimentos prévios dos alunos é o professor fazer uso de imagens nas fotos de capa do grupo (figura 16).

Figura 16 – Localização da foto de capa do Facebook

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Atualizando a foto de capa do grupo a cada novo assunto, uma nova postagem (figura 17) é inserida no feed de notícias do grupo. Esse espaço é reservado para as atualizações. Todas as vezes que um membro do grupo realiza alterações na foto de capa ou postagens novas, elas ficam armazenadas e disponíveis para visualizações no feed de notícias do grupo. Dessa forma, com a atualização da foto de capa, uma nova notificação surgirá no feed de notícias, possibilitando a promoção de debates acerca daquele assunto com os alunos.

Figura 17 – Atualização automática no feed de notícias do grupo sobre a alteração da capa do grupo

Fonte: Facebook (2014).

É necessário que o professor busque uma imagem que permita ao aluno entender sobre o que o professor quer discutir. Para a busca dessas imagens sugere-se a ferramenta de busca Google, disponível em www.google.com.br (figura 18). Além dessa opção existem também os sites de busca: Yahoo Image Search, disponível em

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www.in.images.search.yahoo.com/ e PhotoBucket, disponível em http://photobucket.com/.

Outros mecanismos podem também ser encontrados na internet facilmente.

Figura 18 – Ferramenta de busca Google

Fonte: Facebook (2014).

É importante lembrar que devido ao fato de o Facebook ser uma rede social de comunicação síncrona e assíncrona, permitindo uma comunicação mais dinâmica entre professor e aluno, o estabelecimento de prazos para a execução de atividades propostas pelo professor é fundamental, pois, assim, permite a elaboração de um calendário de atividades que permite a organização para o cumprimento da prática metodológica seguindo a Teoria da Aprendizagem Significativa nos moldes ausubelianos.

Além disso, é necessário que professor garanta o cumprimento desse calendário, buscando sempre lembrar os alunos das atividades que devem ser feitas. Uma maneira de realizar esses lembretes é realizando postagens na página inicial do grupo. Além disso, o professor também pode marcar os alunos nos comentários. Para essa ação, o professor deve utilizar o símbolo: @, antes de começar a escrever o nome do aluno e depois escrever o nome do aluno normalmente. Vai aparecer então, como opção aquele aluno para que o professor possa escolhê-lo (figura 19).

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Figura 19 – Marcação de pessoas utilizando o símbolo: @

Fonte: Facebook (2014).

Observa-se que é possível realizar marcações de conteúdos que não estão vinculadas diretamente ao Grupo no Facebook. Isso possibilita a exploração e o compartilhamento de conteúdos na rede social para fins educacionais.

5.2 Aprofundamento Conceitual do professor

Após a captação dos conhecimentos prévios dos alunos, seguindo a proposta metodológica da Teoria da Aprendizagem Significativa, o professor deve realizar um estudo conceitual que permita o esclarecimento de conceitos e definições sobre aquele determinado assunto e a formação de uma compreensão refletida e consciente sobre o assunto a ser abordado com os alunos.

Para a construção do conceito sobre o assunto pelo professor é necessário que ele busque por informações sobre o tema. Sugere-se que ele utilize como recurso de pesquisa Fan Pages (figura 20) no próprio Facebook que tratem sobre o assunto. Essas páginas são criadas no Facebook e podem ser compostas sobre diversos assuntos.

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Figura 20 – Exemplo de Fan Page no Facebook

Fonte: Facebook (2014).

Geralmente, nas Fan Pages do Facebook são divulgadas informações sobre o tema central da página. O professor deve buscar explorar essas informações. Além disso, é possível que o usuário convide seus amigos do Facebook para curtir essa página. Dessa forma, o professor pode convidar seus alunos para participar da busca ou então publicar a página no grupo criado.

Ainda como opção de complementar o seu conhecimento, o professor pode fazer uso da rede social acadêmica Passei Direto (figura 21) que apresenta conexão com o Facebook e é permitido acesso com seu login. Nessa rede social, o professor pode buscar por conteúdos que complementem seus estudos sobre o determinado tema, para que, dessa forma, ele aprofunde seus conhecimentos.

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