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Penal IV 01 fev Bibliografia:

-Cesar Roberto Bitencourt. - Tratado de Direito Penal. Vol 3 e 4. Editora Saraiva. - Luiz Regis Prado - Curso de direito penal brasileiro. Vol 3 e 4.

- Rogério Greco - curso de direito Penal, vol 3 e 4. - Fernando Capez - volumes 2 e 3.

Três Provas valendo 30 pontos e 1 trabalho de 10 pontos. 10/03 – prova – 30 ptos.

14/04 – prova – 30 ptos.

05/05 - entrega do trabalho manuscrito (crimes contra a fé pública art. 289 ao 311 do CP) – 10 ptos. Prova final na primeira quarta feira de junho – 30 ptos.

Título III - dos crimes contra a propriedade imaterial. Capítulo I - dos crimes contra a propriedade Intelectual: Violação de direito autoral.

Art. 184 - "VIOLAR DIREITOS DE AUTOR E OS QUE LHE SÃO CONEXOS".

O Art.184 CP trata dos crimes contra a propriedade imaterial . no semestre passado vimos algumas condutas que diziam respeito à propiedade porém materializada em bens, portanto palpável. Aqui trataremos de ofensas contra a propriedade mas uma propiedade que não passa exatamente por bens materializáveis, mas uma propriedade que busca prioritariamente salvaguardar, proteger, defender a sua produção intelectual, tudo o que criamos intelectualmente que se reflete em obras literárias, artísticas, científicas, que são também passíveis de proteção. Essa proteção se inicia com a criação em sí e se extende à defesa da divulgação do produto dessa criação. Percebe-se que existe aqui uma diferença; enquanto aqueles crimes contra a propriedade material se limitam à defesa do patrimônio em seu aspecto econômico, esta defesa, que nos referimos aqui, além de proteger o aspecto econômico decorrente de sua criação, protege também o aspecto moral, pessoal que liga o autor à sua obra. A relação Obra/Criador vai se bifurcar em dois vieses. Quando falamos em propriedade imaterial não deixamos de conceber a proteção de verdade sobre algo físico mas não somente o aspecto econômico dessa obra, principalmente o aspecto moral que liga o criador a essa obra. Alunos copiam total ou parciamente, monografias de outras pessoas e apresentam como sendo suas. Temos o Plágio. Frustra-se, neste momento, o aspecto moral da propriedade imaterial. A propriedade imaterial tem uma face que não está ligada apenas ao aspecto econômico mas ao aspecto pessoal, moral. Trata-se do direito do autor ser reconhecido como autor, o direito que o autor tem de nominar a obra, o direito que o autor tem de manter íntegra a sua obra. De forma que se alguém se apresenta como autor de sua obra, surge, na realidade, um crime contra a propriedade imaterial. O plageador não criou nada e ainda apresentou a obra como se fosse sua; qual a repercussão econômica dessa conduta para que se possa gerar o crime? e é ai que temos que entender que a propriedade imaterial além do aspecto econômico, se atém ao aspecto pessoal ou moral, que está exatamente no direito que o autor tem em sua obra de nominar, mantê-la íntegra (não admitindo modificações, justaposições). Portanto, ainda que o autor não tenha o prejuizo econômico, isso não é suficiente para que o plágio deixe de ser crime pois ele sofre o aspecto moral. Basta que haja a transgressão, violação, infringência de um direito autoral.

Crimes contra a Propriedade Intelectual.

Art. V, IX e XXVII CR (ao autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar). Art. 216 CR.

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Vê-se que o direito autoral não se importa apenas com o aspecto criativo mas alcança também com o processo da utilização. Não se limita àquilo que o autor criou estendendo-se à questão da utilização. Copiar um livro e publicá-lo numa monografia, ainda que seja para uso pessoal, em tese já afronta a propriedade imaterial.

Não se fala em propriedade intelectual quando a futura obra ainda está no nível da idéia. É uma propriedade que salvaguarda a produção intelectual.

Por produção Intelectual entende-se as obras produzidas na seara literária, artística ou científica.

Essa salvaguarda atinge além do aspecto econômico e do aspecto físico, também o aspecto moral que liga o autor à sua criação. Passa pelo direito do autor de ser reconhecido como autor.

Quando se plageia uma obra, priva-se o autor do seu direito de ser reconhecido pela autoria da obra. Ainda que não haja o prejuizo econômico há a violação ao direito autoral.

A ofensa não precisa ser econômica. Apenas trechos transcritos já é crime.

O direito autoral abarca a questão pessoal e a econômica pelo aspecto da utilização.

A transgressão ao direito autoral pode dar-se de variadas formas, desde a simples reprodução não autorizada de um livro por fotocópias até a comercialização de obras originais, sem permissão do autor. Uma das mais conhecidas formas de violação do direito de autor é o PLÁGIO, que significa tanto assinar como sua obra alheia, como também imitar o que outra pessoa produziu; pode dar-se de maneira total ou parcial (copiar ou assinar como sua toda a obra de terceiro ou apenas trecho de obra de outro autor).

Produto da atividade intelectual do ser humano: - valor pessoal (moral) e econômico.

- ganham proteção que se materializa atraves de obras literárias, artísticas, científicas de um modo geral. O Art.184 do CP não trata mais de invenção, marcas e patentes como antigamente. Hoje estes assuntos são tratados pela lei de Propriedade Industrial (lei 9279) e os assuntos referentes a criação de programas de computador são tratados pela lei 9609.

O Art.184 trata apenas das questões inerentes à obras artísticas, literárias e científicas. Quando se fala de criação e utilização de obra artística, temos a figura do intérprete que tem direitos autorais sobre sua interpretação. O executor, o músico possuem os mesmos direitos. A obra pode até não ser de sua autoria mas da forma que é executada se notabiliza. E assim acontece com uma peça teatral, uma novela. Portanto o direito autoral não se aplica apenas ao autor mas também ao intérprete, ao produtor (que acredita e divulga a obra). À estes nominamos de direitos conexos aos do autor.

- direito de autor - criação e utilização das obras - não se atem ao direito autoral apenas do criador mas também do intérprete, do produtor, do executor, do editor. São direitos conexos aos do autor.

O Artigo 184 é uma norma penal em branco pois precisa de uma outra norma para complementá-la. – Esta norma é a lei 9610/98. Ela complementa o sentido do artigo 184 do CP.

Essa lei 9610 discorre sobre o direito autoral e os direitos conexos aos do autor, portanto abarca não só o processo de criação de obras artísticas, literárias e científicas, como também a utilização daquilo que foi criado, portanto, da reprodução, comercialização, doação, aluguel, sessão.Diz também que:

1. o direito autoral é comparado ao direito que recai sobre coisas móveis. A consequência disso é que ele pode ser comercializado, vendido, alugado. O cantor Michael Jackson comprou direitos autorais sobre parte do acervo musical dos Beatles.

2. violação e transgressão ou ofensa aos direitos autorais e conexos. E quando nos referimos à essas violações, nos referimos ou aos direitos morais ou aos patrimoniais

2.1. direitos morais - art. 24 (lei 9610). Que é o direito de ser reconhecido como autor, de nominar a obra, de manter a obra íntegra.

2.2. direitos patrimoniais - art. 29 (lei 9610). Que é o direito de reproduzir, vender, utilizar, difundir, autorizar, etc.

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4. sujeito passivo = autor ou titular do direito. É crime próprio. 5. caput - elemento subjetivo = dolo.

6. bens móveis - art. 3 (lei 9610).

7. excludentes de tipicidade - art. 46, 47, e 48 (lei 9610/98).

8. objeto material = obra violada.(coisa ou pessoa sobre a qual recai a conduta típica). 9. objeto jurídico = direito autoral violado.(bem jurídico que se quer defender)

São análogos aos do autor os direitos conexos reconhecidos a certas categorias que auxiliam na criação, produção ou difusão da obra intelectual; interprete, executor, produtor, herdeiro, sucessor, ou quem comprou os direitos autorais.

- caput – apenas a violação, sem fins licrativos

- paragrafo 1 ao 3 = formas qualificadas - "fim de lucro". -- direto / indireto.

-- qualquer meio / processo.

Paragrafo 1 - violação + reprodução total ou parcial.

Pune-se a conduta de "reproduzir" total ou parcialmente, com o intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, obra intelectual, interpretação, execução ou fonograma.

- intuito de lucro. - direto/indireto.

- meio (ato único)/processo(sequência de atos).

- videofonograma (?). Como não se pode fazer interpretação extensiva para norma penal incriminadora, não se pode considerar o videofonograma como fonograma e portanto não se considera crime para videofonograma. Porém, pelo bom senso, outra teoria diz que deve ser considerado como crime pois a palavra fonograma aparece inserida na palavra vidofonograma, portanto é crime e é o que tem sido considerado na jurisprudência.

Parágrafo 2do: Aqui o crime não é de reprodução. Aqui prevê-se outros comportamentos típicos praticados depois da reprodução, que dizem respeito à obra intelectual ou fonograma. Assim, agindo com o intuito de lucro direto ou indireto, deverá o agente praticar as seguintes condutas:

- distribuir, vender, expor à venda, alugar, introduzir no pais, ocultar.- ter em depósito.

Esses comportamentos recaem sobre original ou cópia de obra intelectual ou fonograma reproduzido com violação do direito de autor, do direito do artista, intérprete ou executante, ou do direito do produtor.

Não havendo intenção de lucro agente responde pelo caput.

Parágrafo 3 - "Pirataria cibernética". - basta a disponibilização da obra para download. - não pressupõe a disponibilização física da obra.

- quando não há intuito de lucro agente responde pelo caput.

- não contempla o oferecimento ao público sem intuito de lucro. "caput ou receptação".

A pessoa que baixa o programa sem fim lucrativo pode responder por crime de receptação ou simplesmente responde pelo caput.

Sujeito ativo é quem queira auferir lucro, nestes 3 parágrafos, diferentemente do caput que não necessita auferir lucro para cometer o crime.

Paragrafo 4 - limitações.

O dispostos nos parágrafos 1, 2 e 3 não se aplica quando se tratar de exceção ou limitação ao direito de autor ou os que lhes são conexos, nem cópia de obra intelectual ou fonograma, em um só exemplar, para uso privado do copista, sem intuito de lucro direto ou indireto.

Se esse parágrafo só se aplica aos parágrafos 1, 2 e 3, então é um parágrafo inconguente pois no final ele diz: "para uso privado do copista, sem intuito de lucro, só que os parágrafos 1, 2 e 3 tem finalidade de lucro.

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Portanto é letra morta. Mas em tese quem copia, mesmo sem fim lucrativo, responde pelo caput. Exceções.

- art. 46 a 48 da lei 9610/98. Admite tentativa.

Penal IV 3 fev

Artigo 185. Usurpação de nome ou pseudônimo alheio. - revogado pela lei 10695/03.

Art. 186 Disciplina a ação penal para o disposto no Art.184. Procede-se mediante:

I - Art.184 caput - Ação penal privada (só pode ser feita mediante queixa). II - Art.184 par. 1 e 2 – Ação penal pública Incondicionada.

IV - Art.184 par. 3 – Ação penal pública Condicionada á representação.

III – Ação penal pública Incondicionada, nos crimes cometidos em desfavor de entidades de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou fundação instituida pelo poder público.

Conceito de Ação Penal:

Ação é o direito de pedir a atividade jurisdicional. Na esfera cível há uma grande quantidade de espécies de pedidos de atividade jurisdicional; mas na esfera penal há apenas um tipo de pedido que é a condenação do acusado. Portanto, esse pedido de condenação pode ser levado ao juiz de algumas poucas formas:

Ação privada: há crimes, que por força de lei, só podem ser apresentados ao juiz pelo ofendido ou seu representante legal, através da queixa.

Ação pública: há crimes que são apresentados ao juiz pelo próprio Estado, através do MP.

Ação pública condicionada por representação.Às vezes o MP precisa de uma autorização do ofendido (representação). Nos crimes de Ameaça, Constrangimento ilegal, por exemplo.

Ação pública incondicionada. Quando a lei diz que não precisa de manifestação do ofendido. Nos crimes de homicídio, Roubo, Tráfico de drogas, por exemplo.

Art. 187 a 196 - revogados pela lei 9279/96. Lei da propriedade industrial. 8 fev

CRIMES CONTRA A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

A doutrina critica este título por achar que estas regras não preservam a organização do trabalho mas sim condutas que tem por objetivo permitir a liberdade de contratar, numa relação de emprego, garantira normalidade, a regularidade da atividade empregatícia. Não são condutas que primam, num primeiro plano, organizar o trabalho e sim condutas que na verdade buscam garantir, ao empregado e mesmo ao empregador, a liberade para contratar e para atuar nessas atividades e por via oblíqua disciplinar as atividades dos empregadores e trabalhadores.

Todas as regras abaixo, do artigo 197 ao 207, devem ser observadoassem perder de vista os artigos abaixo que vêm dispor alguns direitos constitucionais aos trabalhadores:

- Art. 7, 8 e 9 da CR.

- art. 109, VI, CR - o STF diz que só quando ofender interesses coletivos do trabalho passa a ser assunto da Justiça Federal. Portanto só dirá respeito à justiça Federal quando tais condutas forem dirigidas ao gênero trabalhador, o que pode envolver instituições que militem na proteção do trabalhador; se for praticado contra um trabalhador qualquer, de forma individual, não será competência da Justiça Federal.

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- constranger - espécie do art. 146 (constrangimento ilegal) mas para a atividade laborativa. Esta norma é especial ao artigo 146.

- suj ativo - qualquer pessoa.

- suj passivo - qualquer pessoa (empregado ou patrão) - pessoa jurídica não pode - "alguém. - violência / grave ameaça

- gestos / palavras, etc.

- mal determinado, verossímil, iminente, inevitável, dependente da vontade do agente. - elemento subj. = dolo

- objeto jurídico = liberdade do trabalho. - instantâneo ou permanente.

- exercer / trabalhar / abrir ou fechar / participar. - preceito secundário = 197 + violência.

- parede - lei 7783/89.

- outro mrio = fraude - não caracteriza o 197. - segunda parte do inc. iI - revogado?

Artigo 198 - ATENTADO CONTRA A LIBERDADE DO CONTRATO DE TRABALHO E BOICOTAGEM VIOLENTA.

Não vale para a não contratação em função do alcance da norma incriminadora. O 198 só impede a contratação. Não fazer genério é artigo 146 e nesta hipótese usa-se o 197, I. Só vale para contratar.

- suj. Ativo = qq pessoa.

- suj passivo = qq pessoa - na boicotagem é quem sofre o constrangimento (ameaça) e o boicotado (privado do material) e portanto há dupla subjetividade.

- dolo

- contrato de trabalho (442, clt) e coletivo (611, clt)

- coação negativa - dá-se o 197, I ou 146, conforme o caso.

- 198 + violência (concurso material) = pena do uso da violência + pena do art.198. A refra é do concurso formal mas usa-se do concurso material.

- boicotagem por dinheiro não alcança o 198.

Artigo 199 - ATENTADO CONTRA A LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO. - suj. Ativo - qq pessoa.

- suj. Passivo - trabalhador. - dolo.

- participar / diexar de participar de associação ou sindicato de natureza profissional. - suj ativo -- funcion. Público - art. 3, f, lei 4898/65.

- associação / sindicato profissional e determinado - se for genérico dá-se o 146. - 5, XVII e 8, V, CR.

Artigo 200 – PARALISAÇÃO DO TRABALHO SEGUIDA DE VIOLÊNCIA OU PERTURBAÇÃO DA ORDEM. A violência não é para aderir à paralização, se fosse seria 197, II.

- participar (enseja continuidade) - multiplicidade de pessoas (pelo menos 3 pessoas). - a greve em sí não é crime a violência pode ensejá-lo (9, CR).

- suj. Ativo - empregao / empregador.

- suspensão (empregador) / abandono (empregado). - violência contra pessoa ou coisa.

- se para forçar a agreve (197, II).

- objetiva evitar intervenção conciliatória de alguém. - demonstra intransigência.

- abandono - 3 pessoas.

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Artigo 201 – PARALISAÇÃO DO TRABALHO DE INTERESSE COLETIVO. (para muitos, está revogado).

- leis 4330/64 e 7783/89; 37, VII, CR. - suspensão / abandono.

- o 201 deixou de ser ilimitado.

- saúde / segurança / sobrevivência artigos 11, 14 e 15, lei 7783/89 sem consequência penal. - se houver violência / grave ameaça caracteriza-se o 200

Artigo 202 – INVASÃO DE ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL, COMERCIAL OU AGRÍCOLA. SABOTAGEM - traz mais de uma figura típica.

1ra figura: invadir / ocupar ainda que parcial. 2da figura: danificar / dispor;

- dolo com especial fim de agir - se não existir ,pode caracterizar o 150 (invasão de domicílio); 163 (dano) ou 135 (furto).

Objeto Jurídico a grosso modo, pelo que vimos até aqui é a organização do trabalho, mas podemos especificar mais objetos jurídicos, como segue:

Do artigo 197 ao 199 o objeto jurídico é a liberdade do trabalho.

Do artigo 200 ao 202 o objeto jurídico é a regularidade, a normalidade do trabalho. 10 fev 2010

Artigo 203 – FRUSTRAÇÃO DE DIRIETO ASSEGURADO POR LEI TRABALHISTA. (inobservância de lei trabalhista).

- frustrar / iludir.

- suj. Ativo : qualquer pessoa ou o próprio Estado quando há conluio do empregado com o empregador. - suj. Passivo: titular do direito frustrado (pessoa ou Estado).

- fraude / violência (caput). - dolo (caput).

- norma penal em branco - CLT. (Requer complementação). Parágrafo 1ro, I.

- habitualidade.

- obrigar / iludirI coagir.

- subsidiário em relação ao art.149 (redução à condição de escravo). Se a coação se limita à questão trabalhista é art. 203 e se extender à liberdade passa a ser o artigo 149.

- usar - habiltualidade. Usar mercadoria enseja habitualidade gerando um estilo de vida, o que caracteriza a habitualidade.

Inciso II:

- retenção de documento. Com impedimento de se desligar pela retenção. Parágrafo 2do, II. Causa de aumento de pena (1/3 a 1/6):

- idoso - lei 10.741/3

- gestante - conhecimento do autor.(responsabilidade subjetiva)

- indígena. - isolado (não tem dicernimento e não se aplica o 203 e sim o 149), em integração (assistido pela Funai - incide o 203, II, ou seja, aumento de pena), integrado (não cabe aplicação de aumento de pena). - portador de deficiência física/ mental:

Artigo 204 – FRUSTRAÇÃO DE LEI SOBRE A NACIONALIDADE DO. (proteger a mão de obra nacional, assegurar mercado de trabalho).

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- suj. Passivo: Estado. - fraude / violência.

- norma penal em branco. - CLT.

- art. 352 CLT quando + de 3 pessoas atuando na empresa. - art. 354 CLT - 2/3 empregados brasileiros.

- proteção da mão de obra nacional.

Aplica-se também a regra do cúmulo material: somam-se as penas do artigo mais a da violência.

Artigo 205 – EXERCÍCIO DE ATIVIDADE COM INFRAÇÃO DE DECISÃO. (atividades profissionais cujo conselho puniu o profissional e ele continua exercendo suas atividades).

- habitualidade. (um ou dois atos não ensejam o crime)

- corrente decisão relativa a trab. e emitida por órgão competente. - só decisão Administrativa Inerente ao trabalho.

- emitida por órgão competente.

- não admite tentativa pois ou há a habitualidade ou não há. Artigo 206 – ALICIAMENTO PARA FIM DE EMIGRAÇÃO.

- recrutar trabalhadores mediante fraude para levá-los para o estrangeiro. - suj. Passivo = Estado.

- trabalhadores - pelo menos 3; - fraude. Sem fraude não há crime.

- grau de habilidade do trabalhador é irrelevante. - há promessa falsa quanto a emprego, salário, etc.

Artigo - 207 – ALICIAMENTO DE TRABALHADORES DE UM LOCAL PARA OUTRO DO BRASIL. - localidades distantes.

- impõe-se demonstração do prejuizo para a região originária dos trabalhadores. - busca-se evitar o êxodo.

- parágrafos 1ro e 2do. penal III 22 fev 2010 TÍTULO V

DOS CRIMES CONTRA O SENTIMENTO RELIGIOSO E CONTRA O RESPEITO AOS MORTOS. CAPÍTULO I

DOS CRIMES CONTRA O SENTIMENTO RELIGIOSO

Art. 208 – ULTRAJE A CULTO E IMPEDIMENTO OU PERTURBAÇÃO DE ATO A ELE RELATIVO

Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso:

Pena - detenção, de 1 (um) mês a 1 (um) ano, ou multa.

Parágrafo único - Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente à violência.

O exercício afeto ao culto religioso deve ser um exercício dentro de padrões éticos e sociais.

- ultraje (tratar de forma aviltante, provocar, tentar humilhar) a culto e impedimento ou perturbação de ato ou a ele relativo.

- 5to, VI, CR.

Neste mesmo tipo penal encontramos mais de uma conduta criminosa, o que significa que existe mais de uma maneira de efetivar o crime.

- tipo misto cumulativo (são 3 condutas que revelam maneiras diferentes de ofender o bem jurídico - se o sujeito realiza duas dessas condutas responde 2 vezes pelo art. 202 e temos concurso formal). Se o crime for efetivado pela via da violência, além de responder por uma ou pelas duas condutas do artigo 198, responde-se também (com acúmulo material) pelo crime correspondente à violência.

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- 1ra. Figura.

- escarnecer é zombar e por motivo de crença ou função religiosa em local público ou acessível ao público. - sujeito ativo = é qualquer cidadão.

- sujeito Passivo = pessoa que cultua ou exerce atividade religiosa / ou coletividade que de alguma forma cultua religião ou atividade religiosa.

- dolo com específico fim de ofender o sentimento religioso. ---crença / fé.

Não é necessária a presença do sujeito passivo, basta que chegue ao seu conhecimento. 2da. Figura.

- impedir (obstar) / perturbar (criar dificuldade para operação) cerimômia religiosa. - dolo e só dolo, sem o fim específico.

- cerimônia - solene, ritual, culto religioso. Envolve ritualistica. - independente do local.

- não pode atentar contra os costumes. 3ra. Figura.

- vilipendiar (ultrajar, menoscabar) publicamente, ato religioso ou objeto de culto religioso. - dolo com específico fim de ofender o sentimento religioso.

- ato (cerimônia), objetos consagrados (imagens, castiçais). - publicamente.

- não alcança objetos que não integram a essência do ato religioso. Bancos, mesas e cadeiras não são considerados objetos religiosos.

- parágr. Único. - violência contra pessoa ou coisa. Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente à violência.

Estas hipótese não se aproximam à injúria pois se dirigem à prática religiosa e a injúria é concentrada em apenas uma pessoa, na ofensa à honra subjetiva dessa pessoa.

CAPÍTULO II

DOS CRIMES CONTRA O RESPEITO AOS MORTOS

Nos artigos 209 ao 212 o objeto jurídico é o respeito à memória dos mortos. Artigo 209 – IMPEDIMENTO OU PERTURBAÇÃO DE CERIMÔNIA FUNERÁRIA. Impedir ou perturbar enterro ou cerimônia funerária:

- impedir / perturbar = tipo misto alternativo. Significa que ensejam uma só conduta. - sujeito ativo = qualquer pessoa.

- sujeito passivo = coletividade / família.

- é irrelevante o local em que se realiza - templo ou qualquer outro local. - enterro - tranferência do corpo.

- cerimônia - homenagem / vítima..

- dolo com específico fim de perturbar a cerimônia. - objeto jurídico = respeito à memória dos mortos.

- parágr. Único. Se há emprego de Violência contra pessoa ou coisa, a pena é aumentada em 1/3; não há prejuizo da violência.

Artigo 210 – VIOLAÇÃO DE SEPULTURA

Violação ou profanação de Sepultura ou u r n a funerária. - violar = devassar / expor o corpo.

- profanar - mácula - tratar com irreverência por escrito, verbalmente. - tipo misto alternativo.

- suj. Ativo - qq pessoa.

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- obj. Material = sepultura (inclui acessórios permanentes - ex. Lápide ou urna funerária (não deve estar vazia).

- tentativa é possível, salvo profanação verbal. - dolo com específico fim de profanar e violar.

- 210 e 155 violou e pegou bens deixados pelo decujos; 210 e 211 violar e destruir para ocultar cadáver.... 210, 211, 212 violação ocultação e vilipêndio.

artigo 211 – DESTRUIÇÃO, SUBTRAÇÃO OU OCULTAÇÃO DE CADÁVER. - destruição - ainda que parcial.

- subtração - retirada do local em que o cadáver se encontra. Consuma-se quando o cadáver sai da esfera de vigilância de quem o tem. Pode ocorrer antes ou depois do sepultamento.

- ocultação = esconder antes do sepultamento. - dolo e só dolo, sem o fim específico.

- sujeito ativo = qualquer pessoa. - sujeito passivo = coletividade / família.

- objeto Material = cadáver (ser inanimado que ainda guarda característica de um ser humano) ou parte dele. Enquanto não cessou de todo a conexão de suas partes. Não alcança ossos e cinzas;

* O cadáver não pode ser objeto de furto pois não é coisa. Só passa a ser objeto de furto quando perde por lei a sua individualidade.

* feto e natimorto = 1) não são cadáveres.

2) feto com mais de 6 meses e natimorto são cadáveres e é a corrente mais aceita. 3) só natimorto.

- permanente em ocultar pois destruir e subtrair são instantâneos. É muito comum a ocultação juntamente do homicídio.

Artigo 212 – VILIPÊNDIO A CADÁVER. Vilipêndio a cadáver ou suas cínzas

- aviltar, ultrajar, perante, sobre ou junto ao cadáver, não pode haver distanciamento, impõe-se a proximidade física do agente.

- dolo com especial fim de agir.

- cadáver (inclui parte dele, como ossos ou cinzas). Penal IV 24 fev 2010

TÍTULO VI DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL CAPÍTULO I DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL

Art. 213. ESTUPRO.

Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso:

Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.

Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso

- hediondo - art. 1, V, lei 8072/90.

- Constranger (espécie do 146) - agente coage a vítima a praticar (posição ativa da vítima), a vítima é levada a permitir (posição passiva da vítima) pela via da violência ou grave ameaça.

- sujeito ativo - qq pessoa.

* conjunção carnal ? É o ato em que o homem efetica a introdução, aqui ó suj ativo é o homem. Há entendimento doutrinário que conjunção carnal só o homem é o suj ativo. Para os outros atos libidinosos tanto faz o homem ou a mulher pode ser o suj. Ativo)

- suj passivo - qq pessoa.

- situação do marido ou esposa q sobre violência levasse o cônjuge à situação de estupro constitui crime de estupro).

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- participação e coautoria - possíveis. Pode-se ter um estupro em que um homem segura a mulher para um outro praticar a conjunção carnal ou ato libidinoso. Antes era considerado crime de mão própria.

- dolo com elem. Subjetivo específico de satisfazer a lascívia, do prazer sexual. - violência vis corporalis / grave ameaça vis compulsiva e causa abalo moral. * pouco importa a justiça da ameaça.

- grau de resistência do suj. Passivo - não se exige.

- contato físico no "outro ato libidinoso" - não se exige. Basta que o ato se realize "pela", "com" ou "sobre" a vítima.

- artigo 61, Lei das Contravenções Penais = importunação ofensiva ao pudor (sentimento de recato em relação às questões sexuais).

- grau de lascívia - no 213 conta-se com um grau maior de importunação - na LCP, um beijo selinho já caracteriza a lascivia, encostar nas meninas no ônibus de forma lasciva é uma contravenção.

- local público ou acessivo ao público.

- meios (viol./ grave ameaça) não há nem violência e nem grave ameaça. - obj. Jurídico - liberdade sexual.

- tipo cumulativo - tem sido considerado. * art. 71, CP - crime continuado.

- o tipo penal alternativo também tem sido considerado.

- exame do corpo de delito é o exame que se faz sobre o qual recaiu a prática do delito.

§ 1º Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos

- se da violência empregada lesão grave. 213 + 129, 1ro dolo + dolo. - vítima menor de 18 e maior de 14 - se for menor de 14 dá-se o 217-A. - par. 1ro. - resultados qualificadores.

* resultados a título de culpa ou dolo.

Tendência se os atos libidinosos antecedem, é alternativo.

Ato libidinoso não antecede a conj. Carnal. Conj. Carna e depois atos libidinosos é cumulativo Há preopnderância de ser apenas 1 crime portanto alternativo

A título de dolo ou culpa. (qual era a intenção do agente?) § 2º Morte. 213 + 121 dolod+ dolo.

podemos ter dolo + dolo e também dolo + culpa. Art.214 - Revogado

Art.215 – VIOLAÇÃO SEXUAL MEDIANTE FRAUDE

Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio

que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima:

Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também

multa."

Aqui há minimização da capacidade de resistência mas não retirada totalmente e a vítima consente a prática do ato sexual.

-"estelionato sexual",

ter conjunção carnal / praticar.

- conjunção carnal / outro ato libidinoso = cumulativo? Predomina que é alternativo - fraude - ardil, engodo,, artimanha / outro meio que impeça ou dificulte a defesa. - erro sobre : identidade do agente.; legitimidade da conjunção carnal.

(11)

- aqui a vítima incorre em erro em razão da percepção equivocada da realidade ou por ter manifestação volitiva comprometida, logo consente que é diferente do 217A, I, onde não tem capacidade de resistência; ex. Gêmeo se vale da similaridade para obter sexo.

- par. unico - * único fim da vantagem é o lucro - tipo cumulativo?

- outro meio capaz de ludibriar a vítima e dificultar sua manifestação de vontade.

- são comuns - erro sobre a identidade do agente ou sobre a legitimidade da conj. Carnal / ato libid. Consentido.

- suj ativo / passivo - idem 213. Art.216 A - ASSÉDIO SEXUAL.

Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função § 2o A pena é aumentada em até um terço se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos.

- assediar = perseguir com propostas. -espécie do 146

-tem a ver com satisfação da lascivia.

- constranger + prevalecer-se com discenso da vítima. - vantagem sexual / favorecimento sexual.

- suj. Ativo - sup. Hierárquico ou ascendente funcional. - dolo com especial fim de agir.

- deve haver seriedade no assédio, gerando algum risco para a vítima. - seriedade da velada ameaça.

- persistência.

- vincula-se a atividade laborativa. - formal.

- posição do agente.

- paragr. 2do. - vítima menor de 18 anos - pode ser subsidiário e aí cai no art.213.

- par. 2do - 7mo, XXXIII CR - vítima entre 14 e 18 anos. Penal IV 1 mar 2010

CAPÍTULO II DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL Art.217A – ESTUPRO DE VULNERÁVEL

(aqui se retira totalmente a capacidade de reação da vítima)

Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos:

Vulnerável = aquele que não tem como aferir o ato e suas consequências - facilmente iludido, influenci . - obj. Jurídico - dignidade sexual - moralidade e formação sexual.

- conj. Carnal ou outro ato libidinoso. - suj. Passivo - menor de 14 anos (caput).

§ 1º Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.

suj. Passivo.

1) enfermo ou deficiente mental que não tenham discernimento para aprática doa to. 2) qq pessoa q não possa oferecer resistência.

- nas hipóteses do caput e par. 1ro deve ter o agente conhecimento das circunstâncias que ensejam vulnerabilidade.

- par. 3ro e 4to. - resultado qualificador.

- presunção absoluta? Não há consenso, portanto é presunção relativa. - Graus?

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- mesmo havendo violência, grave ameaça ou fraude, ante os vulneráveis, prevalece o 217A, eis que especial.

Portanto estupro de menina de 13 anos, mesmo que com violência é 217A, 3ro. Se da violência resultou lesão ou morte fiaca tb no 217A, 3ro e 4to.

* devem ser as circunstâncias conhecidas pelo agente. § 2º (VETADO)

§ 3º Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave: Art.218 – CORRUPÇÃO DE MENORES

Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem - induzir p/ saciar terceiro.

- suj. Passivo - menor de 14 anos - este não é punido. - não requer habitualidade.

- dolo com esp. Fim de satisfazer lascívia alheia.

- o terceiro não comete o 218 - pode incorrer no 217A ou 218A - 218 como excessão à teoria monistica em face do 217A? - 218 como excessão à teoria monista, quanto ao paretícipe?

- cidadão A induz B (menor de 14 anos) a satisfazer lascívia de C (é uma pessoa certa e se forem vários é o 218B.)

- não se exige habitualidade (estilo de vida). Uma vez apenas é suficiente. Penal IV 3 mar 2010

Art. 218A - SATISFAÇÃO DA LASCÍVIA MEDIANTE PRESENÇA DE CRIANÇA OU ADOLESCENTE.

Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzilo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem:

- praticar - na presença de menor de 14 anos.

- induzir - a presenciare alcança instigar e ou auxilio material. - conj. Carnal / ato libidinoso.

- dolo com especial fim de satisfazer lacívia própria ou alheia.

- é especial em relação ao 218 - no 218A o menor de 14 assume postura passiva para satisfazer lascívia de terceiro.

- visualização pela ethernet ou filme pornográfico?

os doutrinadores estão afirmando que sim, incorre neste tipo.

- 241D do ECA - aliciar, instigar criança com o fim de praticar com ela ato libidinoso. - neste o acesso da criança / adolescente ao material pornográfico é para convencê-la à prática do ato com o agente. Prevalece o 218A.

- 240 e 241 ECA. Fotografar, filmar crianças em posições eróticas. Acessar, disponibilizar tais fotos. Penal IV 8 mar 2010

Art. 218B - FAVORECIMENTO À PROSTITUIÇÃO OU OUTRA FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL DE VULNERÁVEL.

Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone

- pode ter a prostituição ou outros atos de exploração sexual, como ceder o corpo para obter favores. - favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual.

- revogação tácita do 244A, ECA (não foi revogado expressamente mas sim tácita). - submeter / induzir / atrair / facilitar / impedir / dificultar

(13)

- requer-se prática de atos? Não mas requer-se que a pessoa já esteja em condições de praticar atos sexuais - necessidade de prática de atos inerentes à prostituição? Não.Basta a disponibilização? Alguns autores discutem sobre esse momento da consumação.

- Tentativa? # as 4 primeiras formas (submeter / induzir / atrair / facilitar) não comportam tentativa pois condicionam-se à habitualidade. Uma, duas ou três vezes não caracteriza habitualidade.

- erro a respeito da menoridade - exclui o dolo do 218B - possibilidade do 228.

Par. 1ro - Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa. - busca-se a vantagem econômica. Não é o rufianismo pois esse vive da exploração. Aqui é um ato isolado. Par. 2do - Incidem nas mesmas penas.

I – quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos na situação descrita no caput deste artigo;

- na situação do caput - não inclui o maior de 14 anos q por sua conta agiu. - menor de 14 - 217A

# se não há exploração mas ato determinado - 217A

- I - conj. Carnal / ato libidinoso com maior de 14 e menor de 18 - na situação do caput. Pois pode haver um menor que não foi atraido, submetido, induzido e aí não incorre no crime.

Aqui pune-se o "consumidor" que é destiantário do ato sexual.

- II – o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifiquem as práticas referidas no caput deste artigo.

- na situação do caput.

menor na situação do caput - logo o agente deve ter conhecimento. * vítima submetida à exploração, mas o ato determinado - 217A ou 218

- par. 3ro. efeito da condenação. Na hipótese do inciso II do § 2o, constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento.

- graus de vulnerabilidade:

# não discernimento dos enfermos / doente mentais - absoluta - 217A. # possuindo, embora comprometido, quando sem pagamento - 215. # havendo exploração sexual - 218B

Artigo 225 – AÇÃO PENAL.

Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação penal pública condicionada à representação.

Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública incondicionada se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa vulnerável.

- caput I e II - Público condicionado à representação. 213, 215 e 216A fogem da vulnerabilidade

- par. Único - público inc. - vítima menor de 14

- pessoa vulnerável. 213, par. 1ro; 217, par 1ro; 218. - par. 1ro e 2do do 213 - art.101 CP - publi. Incond.

A ação penal pode ser pública (condicionada ou incondicionada) ou privada. A APP Condicionada à representação ou requisição do Ministro da Justiça. Até a reforma do judiciário, de 2009, a grande maioria dos crimes tinham as ações mediante iniciativa do ofendido ou querelante nas ações privadas. Hoje, através da lei 12015, acabaram as ações privadas no direito penal; as ações penais são públicas condicionadas à representação e em algumas situações são incondicionadas.

O artigo 225 diz que nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação penal pública condicionada à representação. Então, qual passou a ser a regra? A ação penal pública condicionada à representação pelo ofendido ou seu representante. A representação nada mais é do que uma autorização do ofendido ou seu representante para a instauração da ação penal. É uma manifestação

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inequívoca do ofendido ou seu representante legal que deseja a ação penal. O Ministério Público materializa essa manifestação inequívoca na “representação”.

Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública incondicionada se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa vulnerável (enfermo ou doente mental ou aqueles que não podem, por qualquer razão, oferecer resistência). Então, se existe quadro de vulnerabilidade a ação penal é pública incondicionada. e, se não existe a vulnerabilidade a ação penal é pública condicionada à representação. Numa análise preliminar:

Os artigos que não tratam de vulnerabilidade são: 213, 215, 216 A.

Os artigos que tratam de vulnerabilidade são : 213, par.1ro; 217 A, par. 1ro; 218; 218 A; 218 B.

O art. 213 em seus § 1o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 ou maior de 14 anos. § 2o Se da conduta resulta morte. Reparem como ficou imperfeito esse artigo. Um estupro que resulta em lesão corporal grave ou morte, estaria caracterizada a ação penal pública incondicionada.!!!

O legislador viajou na maionese e não tratou as hipóteses de forma correta, ou seja, quando o sujeito passivo é vulnerável usamos, conforme artigo 205, ação penal pública incondicionada.

Na verdade a lógica para se trabalhar com esses artigos é continuar utilizando a norma do artigo 101 do CP. A ação penal no crime complexo

Art. 101 - Quando a lei considera como elemento ou circunstâncias do tipo legal fatos que, por si mesmos, constituem crimes, cabe ação pública em relação àquele, desde que, em relação a qualquer destes, se deva proceder por iniciativa do Ministério.

Estupro = constrangimento ilegal + ato sexual. A ação penal para o constrangimento ilegal (já que a lei não diz que a ação penal é privada) é pública incondicionada. o estupro é um crime complexo (crime complexo = crime + crime (sentido restrito) ou crime + fato (sentido amplo)). Os crimes constituídos por dois fatos, os dois criminosos ou um criminoso e outro não criminoso, a ação penal do crime resultante será pública incondicionada se um deles demandar ação penal pública incondicionada.

A norma do artigo 101 justifica que o quando resultar lesão corporal ou morte, no crime de estupro, a ação penal é pública incondicionada.

Ou seja, se fôssemos só pela regra do artigo 225, a ação seria pública condicionada à representação; porém, pela lógica do artigo 101 a ação deve ser pública incondicionada.

A súmula 608 do STF diz que “no crime de estupro, praticado mediante violência real, a ação penal é pública incondicionada”. Final matéria 1ra prova

Penal IV 17 mar 2010

CAPÍTULO V - DO LENOCÍNIO E DO TRÁFICO DE PESSOA PARA FIM DE PROSTITUIÇÃO OU OUTRA FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL

Artigo 227 - MEDIAÇÃO PARA SERVIR À LASCÍVIA DE OUTREM

Induzir alguém a satisfazer a lascívia de outrem: Pena - reclusão, de um a três anos.

§ 1o Se a vítima é maior de 14 (catorze) e menor de 18 (dezoito) anos, ou se o agente é seu ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro, irmão, tutor ou curador ou pessoa a quem esteja confiada para fins de educação, de tratamento ou de guarda: Pena - reclusão, de dois a cinco anos.

§ 2º - Se o crime é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude: Pena - reclusão, de dois a oito anos, além da pena correspondente à violência.

§ 3º - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa. LENOCÍNIO - PRINCIPAL OU ACESSÓRIO.

Condutas praticadas por quem concorre para introduzir alguem na prostituição ou explorado. É principal pois efetua a corrupção moral para se deixar explorar sexualmente.

Acessório é que, já se prostitue mas tem sua atividade facilitada por terceiro, apresentando facilitadores para continuar na exploração.

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- aqui não é menor de 14 e sim qualquer pessoa. - Induzir.

- vítima determinada (certa) para satisfazer lascivia de pessoa certa também, se não for recai no 228.

- vítima corrompida (prostituta) há a conduta típica? Alguns entendem que não, para satisfazer essa hipótese tem que ser pessoa que não vive como prostituta. Portanto seria crime impossível. Há outra corrente que diz que tanto faz e é crime sim.

- exemplo: preso induz irmã a prática de atos sexuais para obter favores na prisão. - o terceiro não incorre neste crime e nem em outro pois ele não induziu.

- difere do 228.

- não requer habitualidade. - vítima menor de 14 anos -- 218 - par. 1ro.

# 14/18 anos. Pessoas que deveriam ter grau de zelo maior e não tiveram. - par. 2do. - violência / grave ameaça ou fraude.

- há o cúmulo material.

-par 3ro. Questuário ou proveito econômico (lucro).

Art. 228 - FAVORECIMENTO DA PROSTITUIÇÃO (venda do corpo) ou OUTRA FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL que não necessariamente a venda do corpo (gênero do qual a prostituição é espécie).

Há pessoas que se deixam explorar não em troca de dinehiro mas por um prato de comida.

Induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual, facilitá-la, impedir ou dificultar que alguém a abandone: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

§ 1o Se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância: Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos.

§ 2º - Se o crime é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude: Pena - reclusão, de quatro a dez anos, além da pena correspondente à violência.

§ 3º - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa

- induzir, atrair(ainda não se prostitui mas é levado a tanto)/ facilitar (a pessoa já está envolvida com prostituição) / impedir ou dificultar( alguém que já está envolvido mas é obstado).

- vítima menor de 18 anos -- 218 B, idem enfermo ou doente mental.

- habitualidade / lucro; destino a número indeterminado de pessoas (isso é a definição de prostituição) o número indeterminado de pessoas não é determinante para a caracterização da prostituição.

- sistemas:

# regulamentação (alguns países), proibição (oriente médio); abolicionista (é o sistema que adotamos que significa que quem se prostitui não é criminalizado).

- Contato físico para existir prostituição - dissenso (exemplo steaptease em boate). - 244 A - ECA - revogado? (alguns dizem que o art.218B)

- consumação - quando se insere no estado de prostit. (ainda que não haja efetivamente a prática de atos lib. - nas formas de induzir, atrair, facilitar. O que prevalece é que basta que a pessoa se coloque de forma habitual disponível, no estabelecimento, que consuma o crime).

Art.229 - CASA DE PROSTITUIÇÃO.

Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente: Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa. - Motel e hotéis de alta rotatividade seriam exemplos dessa conduta? Falta uma questão apenas: é a exploração, pois não podemos afirmar que só há pessoas exploradas sexualmente. Diferentemente de um prostíbulo cujo fim é o de exploração sexual. Deve ter uma rotina, um estilo de vida na manutenção do local como local de exploração sexual.

- suj. Passivo - coletividade - habitualidade

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- mantida pelo propr. Do imóvel ou terceiro. - formal.

- menor de 18 - 218B, par.2do, II.

- conhecimento do agente. Ele deve saber que está explorando sexualmente o local. - suj. Ativo é o proxeneta e no 228 também.

Art. 230- RUFIANISMO.

Tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

§ 1o Se a vítima é menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos ou se o crime é cometido por ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou por quem assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância: Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.

§ 2o Se o crime é cometido mediante violência, grave ameaça, fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação da vontade da vítima: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, sem prejuízo da pena correspondente à violência.

- ativo - participação nos lucros (dono do ponto). - passivo - fazendo- se sustentar (gigolô). - habitualidade.

- prostituição alheia. - difera do 228.

- parágrafos. Responde pelo 230 + a violência. penal IV 22 mar 2010

Art.231 - TRÁFICO INTERNACIONAL DE PESSOAS A FIM DE EXPLORAÇÃO SEXUAL.

Promover ou facilitar a entrada, no território nacional, de alguém que nele venha a exercer a prostituição ou outra forma de exploração sexual, ou a saída de alguém que vá exercê-la no estrangeiro. Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos.

§ 1o Incorre na mesma pena aquele que agenciar, aliciar ou comprar a pessoa traficada, assim como, tendo conhecimento dessa condição, transportá-la, transferi-la ou alojá-la.

§ 2o A pena é aumentada da metade se: I - a vítima é menor de 18 (dezoito) anos;

II - a vítima, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato;

III - se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; ou

IV - há emprego de violência, grave ameaça ou fraude.

§ 3o Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa. - promover para facilitar (a víltima já deliberou ir).

- suj ativo = qq pessoa.

suj. Passivo = prostituída / explorada ou em vias de; -- consentimento não afasta, pouco importa.

- material (ocorrer a prostituição) ou formal? Essa polêmica vem da redação da lei. Nutti diz que é material pois impõe-se que quem entra ou sai se deixa explorar. E a consumação se dá com a efetiva prostituição e o simples deslocamento é só a fase de execução e configuraria tentativa.. Outros vêem como formal e com a sáida ou entrada já configuraria o crime, ainda que não viesse a se prostituir.

Há uma tendência de acharmos que os crimes formais não adimitem tentativa e não é bem assim. Na verdade o que devemos verificar para efeito de tentativa é se o ato é ou não fracionado, se houve início efetivo de execução mas não houve a consumação. Quando se tem uma conduta unissubsistente (não fracionada); mas o sair compreende uma série de atos que vem a concorrer para que o crime se dê. Entao

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não é uma conduta unissubsistente mas sim plurissubsistente, ou seja, em uma conduta posso ter vários atos, pois quando se começa a preparar a documentação, adquirir meios financeiros para se deslocar para o exterior, efetivamento o agente já iniciou o processo de saída da vítima. E, em sendo formal, configura-se a fase tentada. Portanto, crime formal admite tentativa sim, desde que seja plurissubsistente.

- par. 1ro. já existe alguém alvo de trafico. # agenciar, aliciar, comprar - pessoa traficada. Transportá-la, alojá-la.

-par. 2do. aumento da pena. - par 3ro. Vantagem econômica. - difere do Art. 206 CP

- agente promove / facilita um rel. Criança / adolescente - sem conhecimento da exploração. 239 ECA(Promover ou auxiliar a efetivação de ato destinado ao envio de criança ou adolescente para o exterior com inobservância das formalidades legais ou com o fito de obter lucro).

- possibilidade de concurso com 213 (estupro), 215 (viol. Sex. mediante fraude)ou 217A (estup. Vulnerável) Art. 231 A - TRÁFICO INTERNO PARA O FIM DE EXPLORAÇÃO SEXUAL.

Promover ou facilitar o deslocamento de alguém dentro do território nacional para o exercício da prostituição ou outra forma de exploração sexual: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.

Parágrafos 1ro, 2do e 3ro são idênticos ao 230. - promover / facilitar.

- formal - "para" e não "para que venha a.." basta o deslocamento espacial. - aqui é formal.

- especial em relação ao 228 (favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual). Par. 1ro.

- mesmo que a vítima já exerça a prostituição.

- especial em relação ao 228 (atrair, facilitar -la) aqui nã há o deslocamento espacial de um local pr outro aqui dentro com o peopósito de exploração.

- agenciar / aliciar / comprar.

# pessoa traficada, já deslocou-se de seu lugar de origem. - transportar / transferí-la / alojá-la.

Par. 2do. Aumento de pena

- 231 A diferente 206 (com o fim de trabalho mas se a pessoa desconhece o propósito do transporte, recai no 206). No 231 A a pessoa conhece o motivo do transporte das pessoas.

- envio de menor de 18 anos ilegalmente com o fim de lucro, sem consciência da eploração - 239 ECA (idade inferior a 18 anos - tem a ver que o agente não sabe que é para prostiuição, recai no 239 ECA, se não 231 ou 231 A – no 239 o sujeito ativo não sabe que haverá exploração).

- possibilidade de concurso com 213 (estupro), 215 (violação sexual mediante fraude) ou 217 (sedução). Todas as vezes que nos depararmos com cuasa de aumento de pena ou com qualificadora estaremos diante de circunstâncias que agregadas ao tipo básico facilita a ação ou torna mais reprovável a conduta do agente, ou seja, ou porque a ação tornou-se mais fácil com aquela circunstância ou porque a ação tornou-se mais sensurável ou reprovável.

Art. 232 – REVOGADO

ULTRAJE PÚBLICO AO PUDOR.

Ultrajar é ofender, insultar e pudor tem a ver com sentimento de recato e cada um de nós tem um nível desse sentimento e no que se refere ao sexo esses sentimento de pudor é ainda maior e isso causa constrangimento.

(18)

Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.

- praticar - ato corpóreo - suj. pass = coletividade.

- ato obsceno (atinge sentimento pudico e tem foco nas questões sexuais) - leva-se em conta fatores como tempo, lugar, convivência social, decoro, etc.

# se faltar publicidade ou é de frequência restrita; não há crime. A publicidade se refere ao lugar e não à presença de pessoas. A publicidade pode deixar de existir num terreno ermo, por exemplo, não obstante ser um local público, acessível a todos, não oferece a publicidade requerida.

# crime impossível – Ato obceno praticado no interior deum automóvel à noite e em lugar ermo. Se houver absoluta impossibilidade do ato ser visto, seja pelo horário avançado, seja pelas condições climáticas como neblina ou chuva, ou mesmo, inacessibilidade ou extrema discriçãodo local, de modo a tornar impossível a ofensa ao pudor da coletividade, o fato será atípico por força do art.17 CP tendo em vista a ineficácia absoluta do meio, configurando o chamado crime impossível.

- lugar público / aberto ao público (franqueado ao público mas com controle) / exposto ao público (ambientes particulares mas vulneráveis, facilmente alcançada por populares, ex, alpendre de uma casa). O interior de um carro é um local que as pessoas podem facilmente alcançar visualmente.

- art. 2do, LICC.

- deve superar o sentimento médio de pudor.

- crime impossível - lugar escuro, pouco frequentado. # perigo abstrato.

A doutrina critica as incongruências que existem pois os costumes variam de localidade para localidade e o artigo 233 é usado em algumas localidades e em outras não gerando insegurança jurídica. Os doutrinadores sugeremque esse artigo seja tirado no CP.

Art.234 - ESCRITO OU OBJETO OBSCENO.

Fazer, importar, exportar, adquirir ou ter sob sua guarda, para fim de comércio, de distribuição ou de exposição pública, escrito, desenho, pintura, estampa ou qualquer objeto obsceno: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.

Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem:

I - vende, distribui ou expõe à venda ou ao público qualquer dos objetos referidos neste artigo;

II - realiza, em lugar público ou acessível ao público, representação teatral, ou exibição cinematográfica de caráter obsceno, ou qualquer outro espetáculo, que tenha o mesmo caráter;

III - realiza, em lugar público ou acessível ao público, ou pelo rádio, audição ou recitação de caráter obsceno. - art. 5to, IV, IX e 220, 2do CR (a doutrina maciçamente diz que o artigo 234 não foi recepcionado pela CR/88. Mas alguns acham que :

- contrário ao sentimento médio de pudor. - deve incursionar pelo chulo ou grosseiro. - princípio da taxatividade.

Art. 234 A aumento de pena. Ver comentário no gravador sobre concurso de crimes. Art. 234 B segredo de justiça.

TÍTULO VII DOS CRIMES CONTRA A FAMÍLIA CAPÍTULO I DOS CRIMES CONTRA O CASAMENTO CRIMES CONTRA A FAMÍLIA

- prot. Const. 226 CR - base da sociedade. - crimes contra o casamento - núcleo familiar. Art. 235 - BIGAMIA.

(19)

§ 1º - Aquele que, não sendo casado, contrai casamento com pessoa casada, conhecendo essa circunstância, é punido com reclusão ou detenção, de um a três anos.

§ 2º - Anulado por qualquer motivo o primeiro casamento, ou o outro por motivo que não a bigamia, considera-se inexistente o crime.

- contrair novo casamento - união de pessoas de sexo diferente, habilitadas e legitimadas pela lei civil, objetiva formação de família sem haver a dissolução do casamento anterior.

- suj ativo = pessoa casada e não a pessoa com quem se casa com o já casado. -suj pass = Estado / outro cônjuge.

- pressuposto - existência do 1ro casamento válido.

- execução - celebração - 1514 e 1535 CC. Consuma-se no final da celebração.

- prescrição - 111, IV, CP (só flui a partir do conhecimento do ato que originou o casamento, por parte da autoridade pública em condições de dispara providências de cunho criminal).

- Poligamia também é punida no 235.

Par. 1ro - hipótese de delito bilateral e é excessão à teoria monistica - dolo direto do outro cônjuge.

- 235 e 299 (falsidade ideológica é absolvida pelo 235 bigamia só é 239 se ficar só na celebração e sem consumação).

- par . 2do causa exclusão de tipicidade, anulação do 1ro.

- casamento anterior é só no religioso - 1515/1516 CC não incorre no 235. - ausência - 22 e seg. CC. Não desfaz vínculo conjugal.

- separação judicial. Penal IV 24 mar 2010

Legislador busca a proteção da família nos artigos seguintes. Vimos também a bigamia que é bilateral.

Art. 236 INDUZIMENTO A ERRO ESSENCIAL E OCULTAÇÃO DE IMPEDIMENTO.

Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior: Pena - detenção, de seis meses a dois anos.

Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode ser intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o casamento. - contrair casamento (com cerimônia para oficiar o enlace - erro essencial do outro conj. 1557 CC. (erro que recai sobre a identidade do cônjuge e seus atributos essenciais).

- ocultando-lhe impedimento - 1521 CC

- consumação - realização do casamento 1514 CC. - norma penal em branco

- identidade física / civil. # honra - dignidade # boa fama - estima social. # crime

# defeito físico irremediável (dificuldade de ereção)

# moléstia grave (contagiosa e que traz sequelas para o cônjuge e para os filhos). # doença mental (esquizofrenia).

- ocultação (como manobra fraudulenta e um ato positivo ou exteriorização de um comportamento) - meio fraudulento e conduta positiva.

- próprio ou formal? Apenas o conjuge que tem o problema essencial ou qq pessoa? está mais para um crime próprio.

- não admite tentativa - par. Único. Se Crime formal não é imperioso que chegue a existir a celebração do casamento. Contrair, como verbo do crime material, o ato de casar precisa da celebração.

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Par. Único - condição Objetiva de Punibilidade (circunst. Exterior ao tipo penal q faz com q a punição dependa do reconhecimento do ato) e condição de procedibilidade (inerentes à ação penal - queixa só pode acontecer se houver sentença cível dizendo do impedimento).

A ação penal depende de queixa do contraente enganado. Isto é hipótese de ação penal privada personalíssima. A ÚNICA NO CP. Morrendo o contraente ninguem pode acionar a justiça.

Art. 237 - CONHECIMENTO PRÉVIO DO IMPEDIMENTO.

Contrair casamento, conhecendo a existência de impedimento que lhe cause a nulidade absoluta: Pena -detenção, de três meses a um ano.

Diferença tênue - lá no 236 o agente age com ardil levando o suj pass ao equivoco. Aqui a fraude não existe, apenas o silêncio do conj. Que conhece do impedimento. É um comportamento omissivo. Tanto o 236 como o 237 são norma penal em branco.

- 1521 CC - norma penal em branco.

- difere de ocultar - no 237 a conduta não pressupõe meio fraudulento e normalmente é omissiva. - possibilidade de coautoria entre cônjuges. É possível.

# só admite o dolo direto - "conhecendo...."

# ação públ. Incond. Para evitar que o silêncio do conj. Seja de difícil enfrentamento. Art. 238 - SIMULAÇÃO DE AUTORIDADE PARA CELEBRAÇÃO DE CASAMENTO.

Atribuir-se falsamente autoridade para celebração de casamento: Pena - detenção, de um a três anos, se o fato não constitui crime mais grave.

- modalidade especial do 238.

- suj. Pass. - estado / cônj. Ludibriados.

- para a consumação exige a prática de atos inequívocos do juiz de paz nos moldes dos ditados pelo art. 1535 CC.

- aut. - juiz de paz art. 98, II, CR, art.117 e 63 (disposições transitórias) da Const. estadual.

- o oficial de registro pode concorrer para o 238. Se só simula a condição de oficial de registro é o 328. - nulidade sanável - 2 anos 1560, II, CC. Os conjuges podem convalidar o casamento que foi buscado quando da simulação.

- delito subsidiário (atua como crime meio) - 328 e único (usurpação de função pública). Art. 239 - SIMULAÇÃO DE CASAMENTO.

Simular casamento mediante engano de outra pessoa: Pena - detenção, de um a três anos, se o fato não constitui elemento de crime mais grave.

- suj. Ativo - qq pessoa / juiz e testemunhas poderão ser coautores. - engano efetivo do outro cônjuge.

- consumação - realização da cerimônia.

- subsidiário - ex. 215 CP (violação sexual mediante fraude) - suj. Passivo - estado e o outro cônjuge.

- se dois conj. Sabem que não se trata de casamento, não há crime.

CAPÍTULO II - CRIME CONTRA O ESTADO DE FILIAÇÃO. Busca-se preservar os direitos inerentes à posição de filho:

Art.241 - REGISTRO DE NASCIMENTO INEXISTENTE.

Promover no registro civil a inscrição de nascimento inexistente: Pena - reclusão, de dois a seis anos. - compromete a fé pública depositada no documento.

- suj pass. - Estado , pessoa prejudicada. - nascimento inexistente:

# nascimento não ocorrido.

# nascimento que ainda não ocorrreu. # criança natimorta.

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- prescrição - art. 111, IV CP.

Art. 242 - PARTO SUPOSTO. SUPRESSÃO OU ALTERAÇÃODE DIREITO INERENTE AO ESTDO CIVIL DE RECÉM NASCIDO.

Dar parto alheio como próprio; registrar como seu o filho de outrem; ocultar recém-nascido ou substituí-lo, suprimindo ou alterando direito inerente ao estado civil: Pena - reclusão, de dois a seis anos.

Parágrafo único - Se o crime é praticado por motivo de reconhecida nobreza: Pena - detenção, de um a dois anos, podendo o juiz deixar de aplicar a pena.

- dar parto alheio como próprio / registrar / ocultar / substituir.

# ocultar ou substituir com objetivo de suprimir / alterar - se não resultar nas duas últimas formas, privação de direito, haverá tentativa.

- suj. Ativo - próprio para a primeira figura. - suj pass. - Estado / herdeiros.

- 229 ECA (Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de estabelecimento de atenção à saúde de gestante de identificar corretamente o neonato e a parturiente, por ocasião do parto, bem como deixar de proceder aos exames referidos no art. 10 desta Lei)

- par. unico - privilégio ou perdão judicial (previsto em lei) se cometido por nobreza quando quer ajudar a criança.

- ocorre concurso material se há duas ou mais condutas. Penal IV 5 abr 2010

Art. 243 - SONEGAÇÃO DO ESTADO DE FILIAÇÃO.

Deixar em asilo de expostos ou outra instituição de assistência filho próprio ou alheio, ocultando-lhe a filiação ou atribuindo-lhe outra, com o fim de prejudicar direito inerente ao estado civil: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.

Deixar - ocultar e atribuir - agente conhece a real filiação. - dolo com especial fim de agir.

- difere do 133 e 134 CP. deixar - ocultar

deixar - atribuir.

Não é conduta omissiva e sim comissiva.

# logo o agente deve conhecer o estado de filiação. - suj passivo - Estado, pessoa prejudicada.

- elemento subjetivo - dolo com específico fim de agir - prejudicar direito inerente ao estado civil. - difere do 133 (abandono de incapaz) e 134 (abandono para preservar honra própria).

CAPÍTULO III - CRIMES CONTRA A ASSISTÊNCIA FAMILIAR. Art. 244 - ABANDONO MATERIAL.

Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência do cônjuge, ou de filho menor de 18 (dezoito) anos ou inapto para o trabalho, ou de ascendente inválido ou maior de 60 (sessenta) anos, não lhes proporcionando os recursos necessários ou faltando ao pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada; deixar, sem justa causa, de socorrer descendente ou ascendente, gravemente enfermo: Pena -detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa, de uma a dez vezes o maior salário mínimo vigente no País. Parágrafo único - Nas mesmas penas incide quem, sendo solvente, frustra ou ilide, de qualquer modo, inclusive por abandono injustificado de emprego ou função, o pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada.

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- 1ra. Figura - não proporcionar recursos. São os indispensáveis à sobrevivência (alimentação, habitação, medicação, vestuário e apenas estes). Pode ser ascendentes ou descendentes. Independente do juiz fixar por sentença, basta a necessidade.

- 2da. Figura- faltar ao pagamento de pensão alimentícia. Aqui tem decisão judicial estabelecendo a pensão. - 3ra. Figura- deixar de socorrer.(não é o 135 omissão de socorro).

- tipo misto cumulativo e alternativo.

- p/ a 1ra. Figura não se condiciona à sentença judicial; tempo relevante. - para a configuração deve se evidenciar que a avítima está ao desamparo. # se um dos obrigados supre a necessidade, aproveita aos demais.

- "sem justa causa" - desmprego, doença, etc. - próprio, formal (2da. Figura).

- omissivo (sempre é unissubsistente), não admite tentativa. - par. Único - frustrar.

- detração. Artigo 42 CP. Há a possibilidade. Se ficou 3 meses na civil e pegou 1 ano de penal abate-se os 3 meses. É uma interpetação extensiva mas não de nroma incriminadora.

Art. 245 - ENTREGA DE FILHO MENOR A PESSOA INIDÔNIA.

Entregar filho menor de 18 (dezoito) anos a pessoa em cuja companhia saiba ou deva saber que o menor fica moral ou materialmente em perigo: Pena - detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos.

§ 1º - A pena é de 1 (um) a 4 (quatro) anos de reclusão, se o agente pratica delito para obter lucro, ou se o menor é enviado para o exterior.

§ 2º - Incorre, também, na pena do parágrafo anterior quem, embora excluído o perigo moral ou material, auxilia a efetivação de ato destinado ao envio de menor para o exterior, com o fito de obter lucro.

- perigo abstrato? O fato de criar uma situação de risco já é perigo. Mas é um perigo potencial, presumido pela lei.

- suj. ativo - pais.

- saiba (dolo direto) / deva saber (dolo eventual). - perigo material - aferivel pelos sentidos. perigo moral aferível pelo comportamento.

- Independe do tempo que o menor permanece em poder de terceiro. Pois o risco é potencial. Perigo abstrato, portanto.

- situação de perigo anterior à entrega. Pois senão afasta o dolo direto e o dolo eventual.

- 245, par. 1ro. (ânimo de lucro e alcança apenas os pais). Difere 238 ECA (promessa mediante paga ou recompensa e alcança também o tutor)(alcança outras pessoas além dos pais, é irrelevante a idoneidade) - par. 2do - revogado pelo 239 ECA.

# não exige a efetiva saida do menor. Art. 246 - ABANDONO INTELECTUAL.

Deixar, sem justa causa, de prover à instrução primária de filho em idade escolar: Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

- 229; 208, par. 1ro e 205 CR.

- sem justa causa - só p/ casos de penúria comprovada dos pais. - idade escolar 6to. e 32. Lei 9394/96 (6 aos 14 anos).

- próprio (só os pais). - educação caseira.

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Art. 247 - ABANDONO MORAL.

Permitir alguém que menor de dezoito anos, sujeito a seu poder ou confiado à sua guarda ou vigilância: I - freqüente casa de jogo ou mal-afamada, ou conviva com pessoa viciosa ou de má vida;

II - freqüente espetáculo capaz de pervertê-lo ou de ofender-lhe o pudor, ou participe de representação de igual natureza;

III - resida ou trabalhe em casa de prostituição;

IV - mendigue ou sirva a mendigo para excitar a comiseração pública: Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.

- permitir - ação passiva do agente. - perigo abstrato ?

- incisos 1 e 2 - habitualidade, salvo no "participar"

CAPÍTULO IV - CRIMES CONTRA PODER FAMILIAR, TUTELA, CURATELA.

Art. 248 - Induzir menor de dezoito anos, ou interdito, a fugir do lugar em que se acha por determinação de quem sobre ele exerce autoridade, em virtude de lei ou de ordem judicial; confiar a outrem sem ordem do pai, do tutor ou do curador algum menor de dezoito anos ou interdito, ou deixar, sem justa causa, de entregá-lo a quem legitimamente o reclame: Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.

- 1ra figura - indizir a fuga.

- 2da figura - confiar a outrem sem ordem do pai, tutor ou curador. - 3ra figura - Deixar de entregar a quem legitimamente o reclame. - necessidade de fuga na fig. ? Formal ou material ? Há celeuma. Art. 249 - SUBTRAÇÃO DE INCAPAZES.

Subtrair menor de dezoito anos ou interdito ao poder de quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou de ordem judicial: Pena - detenção, de dois meses a dois anos, se o fato não constitui elemento de outro crime. § 1º - O fato de ser o agente pai ou tutor do menor ou curador do interdito não o exime de pena, se destituído ou temporariamente privado do pátrio poder, tutela, curatela ou guarda.

§ 2º - No caso de restituição do menor ou do interdito, se este não sofreu maus tratos ou privações, o juiz pode deixar de aplicar pena.

- subsidiário.

- pode ocorrer com violência - concurso.

- difere do 159(extorção mediante sequestro); 148; 237, ECA. - até os pais podem incorrer neste crime.

- par. 1ro. Norma explicativa. - par. 2do. Perdão judicial. Penal IV 7 abr 2010

TÍTULO VIII - DOS CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA CAPÍTULO I - DOS CRIMES DE PERIGO COMUM.

Trata da preservação da inteireza da vida, da saúde, integridade física e do patrimônio da coletividade. Traduzem -se em atos de gerarem perigo a esses itens anteriores.

Nas condutas do 130 em diante eram contra pessoas determinadas. - três espécies que trata o CP

Crimes de perigo comum.

Referências

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