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Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular – Associação Sócio Terapêutica (Almeida)

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(1)

IREI

folité cnico

1 daGuarda

Polytechnic of Guarda

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Licenciatura em Comunicação Multimédia

Ana Filipa Fernandes Marques janeiro

1

2015

(2)

Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto

Instituto Politécnico da Guarda

R E L AT Ó R I O D E E S T Á G I O

ANA FILIPA FERNANDES MARQUES

RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIADO EM COMUNICAÇÃO MULTIMÉDIA

(3)

FICHA TÉCNICA Discente

Ana Filipa Fernandes Marques 5007367

Comunicação Multimédia

Estabelecimento de Ensino

Instituto Politécnico da Guarda – Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto

Docente orientador

Prof. Doutor Carlos Francisco Lopes Canelas

Supervisora na Associação

Dra. Maria José Dinis

Local de Estágio

Associação Sócio Terapêutica de Almeida – IPSS Alto da Fonte Salgueira

6355-030 Cabreira Portugal Tel: 271 581 562 Fax: 271 581 756 E-mail: info@assterapeutica.com Duração do Estágio

De 3 de Julho de 2014 a 24 de Outubro de 2014 (interrupção de 3 semanas no mês de Agosto)

(4)

AGRADECIMENTOS

Ao Instituto Politécnico da Guarda e à Escola Superior de Comunicação, Educação e Desporto pelas valências passadas que foram vitais para a concretização do meu percurso académico com sucesso.

Ao meu docente orientador, Prof. Doutor Carlos Canelas, pelo apoio prestado durante o estágio e na elaboração do relatório.

A todos os docentes que me acompanharam durante estes três anos de licenciatura um obrigada pelos ensinamentos transmitidos e por se terem mostrado disponíveis sempre que era necessário.

À Associação Sócio Terapêutica de Almeida – IPSS, por me terem acolhido nas suas instalações durante três meses, permitindo-me um conhecimento a nível de empresa e a nível humano.

Aos meus familiares e amigos, especialmente à minha mãe, à minha avó e à minha melhor amiga, Carla Sousa, que sempre me apoiaram durante toda a licenciatura nunca deixando que desistisse.

Aos meus irmãos, por verem em mim um exemplo a seguir, foi para eles um dia poderem realizar este percurso que a força nunca falhou.

Ao meu namorado, que foi uma peça fundamental de ajuda a ultrapassar a distância de casa que o estágio impunha.

Sem estas pessoas e entidades, este sonho não teria sido possível de realizar.

(5)

RESUMO

Este relatório de estágio é o culminar para a obtenção da licenciatura em Comunicação Multimédia. Nestas páginas será descrita a experiência da estagiária durante o estágio curricular na Associação Sócio Terapêutica de Almeida.

O presente relatório encontra-se dividido em duas partes, sendo que no primeiro capítulo está presente a descrição da Associação e tudo o que lhe está associado.

O segundo contém noções básicas do design editorial e a descrição de todas as atividades desenvolvidas pela estagiária durante o período em que exerceu funções.

Por fim, é apresentada uma reflexão crítica escrita na primeira pessoa sobre a perceção acerca da sua primeira experiência profissional.

Palavras-Chave: Design Editorial, Paginação, ASTA, Jornal, Livro.

(6)

ÍNDICE

ÍNDICE DE FIGURAS ... VII ÍNDICE DE TABELAS ... VIII LISTA DE SIGLAS E ACRÓNIMOS ... IX

INTRODUÇÃO ... 1

CAPÍTULO I - ASTA ... 3

1.1. BREVE APRESENTAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ... 4

1.1.1. LOCALIZAÇÃO E ESPAÇO FÍSICO ... 4

1.2. HISTÓRIA DA ASSOCIAÇÃO SÓCIO TERAPÊUTICA DE ALMEIDA .... 5

1.3. VISÃO, MISSÃO E VALORES ... 7

1.3.1. VISÃO ... 7

1.3.2. MISSÃO ... 8

1.3.3. VALORES ... 8

1.4. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ... 10

1.5. A MARCA ASSOCIAÇÃO SÓCIO TERAPÊUTICA DE ALMEIDA ... 12

1.5.1. NOME ... 12 1.5.2. SÍMBOLO ... 13 1.5.3. LOGÓTIPO ... 13 1.5.4. SLOGAN ... 13 1.6. COMUNICAÇÃO ... 14 1.6.1. COMUNICAÇÃO INTERNA ... 14 1.6.2. COMUNICAÇÃO EXTERNA ... 15

1.6.2.1. CONTACTO PESSOAL/PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS ... 15

1.6.2.2. CORREIO ELETRÓNICO ... 15 IV

(7)

1.6.2.3. WEBSITE ... 15 1.6.2.4. REDES SOCIAIS ... 16 1.7. ANÁLISE SWOT ... 16 CAPÍTULO II -Relatório ... 20 2.1. ESTÁGIO ... 21 2.2. CRONOGRAMA ... 22

2.3. NOÇÕES BÁSICAS SOBRE DESIGN EDITORIAL ... 24

2.4. ESTRATÉGIAS E CONCEITOS ... 25 2.4.1. DIAGRAMAÇÃO E LAYOUT ... 25 2.4.2. FORMATO ... 25 2.4.2.1. TAMANHOS DE PAPEL ... 26 2.4.3. GRELHAS ... 26 2.4.4. SUPORTE ... 26 2.4.5. COR ... 27 2.4.6. TIPOGRAFIA ... 27

2.4.6.1. CLASSIFICAÇÃO DAS FAMÍLIAS TIPOGRÁFICAS ... 28

2.5. PROGRAMAS INFORMÁTICOS UTILIZADOS ... 28

2.6. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ... 29

2.6.1. CONSTRUÇÃO DA MARCA “EU AMAI ATÍ” ... 30

2.6.1.1. SÍMBOLO ... 31

2.6.1.2. LOGÓTIPO ... 31

2.6.1.3. EXPLICAÇÃO... 31

2.6.2. CONSTRUÇÃO DO JORNAL “EU AMAI ATÍ” ... 32

2.6.3. GUIÃO “AUTO DOS PASTORES” ... 36

(8)

2.6.4. MAQUETE DO LIVRO “UMA PAISAGEM À ESPERA DO NOSSO OLHAR” ... 38 2.6.4.1. PREPARAÇÃO DA MAQUETE ... 39 2.6.5. CARTAZ DE ATIVIDADES 2014 ... 43 2.6.6. VÍDEOS ... 44 REFLEXÃO FINAL ... 46 BIBLIOGRAFIA ... 48 ANEXOS VI

(9)

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Mapa da Cabreira do Côa ... 4

Figura 2 - Organograma da Instituição ... 11

Figura 3 - Marca ASTA ... 12

Figura 4 - Logótipo vetorizado ... 13

Figura 5 - Marca "Eu Amai Atí" ... 30

Figura 6 - Símbolo da marca "Eu Amai Atí" ... 31

Figura 7 - Logótipo da marca "Eu Amai Atí" ... 31

Figura 8 - Explicação da marca "Eu Amai Atí" ... 31

Figura 9 - Definições do documento - Jornal "Eu Amai Atí" ... 32

Figura 10 - Cabeçalho da capa do jornal "Eu Amai Atí" ... 33

Figura 11 – Construção dos cabeçalhos interiores nas páginas mestres... 34

Figura 12 – Exemplo de duas páginas finais do jornal “Eu Amai Atí” ... 35

Figura 13 - Definições do Print Booklet ... 36

Figura 14 - Capa e contracapa do guião ... 37

Figura 15 - Ensaio com o Guião "Auto dos Pastores" ... 38

Figura 16 - Marca da Academia PETRARCA ... 38

Figura 17 - Cartaz da Semana Europeia da Paisagem na ASTA ... 39

Figura 18 - Várias propostas de capas do livro realizadas pela estagiária ... 41

Figura 19 - Algumas proposta recebidas pela editora ... 41

Figura 20 - Primeiras simulações do livro ... 42

Figura 21 - Primeiras simulações do livro enviadas pela editora ... 42

Figura 22 - Cartaz de Atividades 2014 – antigo ... 43

Figura 23 - Cartaz de Atividades 2014 reformulado ... 44

Figura 24 - Frames do vídeo "Férias em Buarcos" ... 44

Figura 25 - Frame do vídeo "Comemoração do 14º aniversário da ASTA" ... 45

(10)

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Análise SWOT à ASTA ... 17

Tabela 2 - Cronograma semanal do mês de julho ... 23

Tabela 3 - Cronograma semanal do mês de agosto ... 23

Tabela 4 - Cronograma semanal do mês de setembro ... 23

Tabela 5 - Cronograma semanal do mês de outubro ... 24

Tabela 6 - Tamanhos A do sistema ISO ... 26

Tabela 7 - Lista de atividades realizadas no estágio ... 30

(11)

LISTA DE SIGLAS E ACRÓNIMOS

ASTA – Associação Sócio Terapêutica de Almeida CAO – Centro de Atividades Ocupacionais

CMYK - Cyan, Magenta, Yellow, Black

DID – Deficiência Intelectual e Desenvolvimental IPSS – Instituição Particular de Solidariedade Social

PARES - Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais PRODER – Programa de Desenvolvimento Rural

RGB – Red, Green and Blue

SWOT – Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats

(12)

INTRODUÇÃO

A realização deste relatório de estágio enquadra-se no âmbito do estágio curricular requerido no 6.º semestre da Licenciatura em Comunicação Multimédia da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto do Instituto Politécnico da Guarda.

O estágio é uma porta que nos transporta para o mercado de trabalho onde aplicamos os conhecimentos que fomos adquirindo ao longo da licenciatura e, ao mesmo tempo, aprendemos a trabalhar com os outros e para os outros, dentro de uma empresa ou instituição, algo que será recorrente na nossa carreira profissional.

O principal objetivo é descrever o trabalho desenvolvido durante os três meses de estágio na Associação Sócio Terapêutica de Almeida, doravante designada por ASTA.

A ASTA é uma instituição de solidariedade social que acolhe jovens a partir dos 16 anos de idade que apresentam multideficiências. Apesar de não estar ligada à área da multimédia, esta Instituição precisava de um profissional da área para produzir dois conteúdos importantes: o jornal oficial intitulado “Eu Amai Atí” e a colaboração para a produção de um livro sobre a Semana Europeia da Paisagem realizada na aldeia da Cabreira nos dias 21 a 27 de Abril de 2014.

O conhecimento sobre este estágio adveio do Prof. Doutor Carlos Brigas que falou comigo e posteriormente recomendou o meu nome à presidente e futuramente minha supervisora. Decidi aceitar por lidar, por um lado, com o trabalho dentro de uma instituição e, por outro, poder lidar com pessoas com necessidades especiais.

O presente relatório encontra-se dividido em dois capítulos.

O primeiro capítulo irá debruçar-se sobre a Instituição e os seus colaboradores, dando a conhecer a sua história e o percurso percorrido desde a génese até ao presente. Apresentará também a missão, a visão e os valores da instituição e uma análise SWOT elaborada pela estagiária.

O segundo capítulo engloba a descrição das atividades desenvolvidas pela estagiária durante o período em que decorreu o estágio e noções básicas acerca do design editorial e os seus componentes.

(13)

Por fim, é apresentada uma reflexão crítica da estagiária, onde globalmente dará a sua opinião sobre a primeira experiência no mundo do trabalho, focando especialmente na importância de um técnico de multimédia numa Instituição de solidariedade social.

(14)

CAPÍTULO I -

ASTA

(15)

1.1. BREVE APRESENTAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

A ASTA é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) sem fins lucrativos, tendo sido fundada pela Dra. Maria José Dinis da Fonseca em 26 de outubro de 1998, embora o início de atividades apenas tenha tido o seu arranque dois anos depois, a 2

de outubro do ano de 2000.1

Esta Instituição acolhe jovens com deficiência intelectual e desenvolvimental (DID) ou multideficiência, a partir dos 16 anos de idade e tem como principal objetivo conferir-lhes uma vida digna e cheia de significado.

No que respeita a natureza jurídica, a ASTA é denominada como utilidade pública, pois é uma Associação que possui interesses gerais a nível nacional ou regional, colaborando com a Segurança Social.

O horário de funcionamento é das 09:00h às 17:00h. 1.1.1. LOCALIZAÇÃO E ESPAÇO FÍSICO

A ASTA está situada na aldeia da Cabreia do Côa, concelho de Almeida, distrito da Guarda. O principal propósito da fundadora era criar uma aldeia pedagógica segundo os princípios da antroposofia e a aldeia da Cabreia do Côa apresenta um conjunto de fatores ambientais que proporcionam um maior contacto com a natureza oferecendo, uma vivência natural para todos os companheiros que se encontram ou que já passaram pela instituição.2

1 In http://www1.assterapeutica.com/index.php/asta/quem-somos (Acedido em 10 de Outubro de 2014) 2 Informações recolhidas junto da supervisora da Instituição.

Figura 1 - Mapa da Cabreira do Côa

Fonte: https://goo.gl/maps/S8mGz

4

(16)

1.2. HISTÓRIA DA ASSOCIAÇÃO SÓCIO TERAPÊUTICA DE ALMEIDA3

A ASTA foi fundada em 1998 e brotou de um sonho de Maria José Dinis da Fonseca em criar um espaço que pudesse oferecer uma alternativa de vida dignificadora para pessoas portadoras de deficiência intelectual e desenvolvimental ou multideficiência. O impulsionador deste sonho foi o seu filho Marco, portador de deficiência intelectual.

As atividades começaram de forma oficial no ano de 2000, com a inserção de seis companheiros em regime de lar residencial na casa da Dra. Maria José, casa essa que foi previamente reformulada para obter as condições necessárias de forma a impulsionar o início da Instituição. Todo o projeto teve o suporte constante do Centro Regional da Guarda que desde o primeiro instante, reuniu os esforços possíveis para garantir que a ASTA usufruísse

de uma sustentabilidade e crescesse enquanto instituição de solidariedade social.4

Em 2001, a ASTA decidiu criar uma lista de contactos com pessoas que pretendessem ajudar de alguma forma a Instituição, criando assim o grupo de “Amigos da ASTA” que

atualmente já conta com mais de 1000 inscrições.5

Com a vontade de fazer da aldeia da Cabreira do Côa uma aldeia terapêutica repleta de nichos familiares, procederam em 2002 à recuperação e equipamento da Casa Oliveira que funcionaria como Lar Residencial. Esta casa foi construída com a ajuda de voluntariado, donativos e o apoio da Fundação Oriente.

Em 2003 foi construída com o apoio da Raia Histórica – Programa Leader, a Casa Cristalina. Atualmente esta residência é habitada apenas por rapazes com supervisão de um

colaborador.6

O Alto da Fonte Salgueira é considerado o centro principal desde 2004 e está situado a um quilómetro da aldeia. Concebeu uma nova vertente pedagógica, terapêutica e social, através das valências ali construídas:

3 In http://www1.assterapeutica.com/files/Caraterizacao_Biografica_da_ASTA.pdf (Acedido em 12 de Outubro de 2014)

4 Informações recolhidas junto dos colaboradores da Instituição 5 Informações recolhidas junto dos colaboradores da Instituição 6 Informações recolhidas junto dos colaboradores da Instituição

5

(17)

• Ateliers Verde Pino - espaço constituído por diversas oficinas, um auditório polivalente, espaços-administrativos e terapêuticos;

• Casa da Fonte – Residencial onde ficam alojados os companheiros com uma maior dependência;

• Atelier de Carpintaria - outro dos ateliers disponíveis no centro de atividades ocupacionais.

Em 2005 realizou-se a primeira edição da Feira da Solidariedade. A ASTA pretende com este evento mostrar os trabalhos realizados pelos companheiros ao longo do ano. O sucesso desta iniciativa é evidente e a Feira da Solidariedade já se encontra na décima edição. De forma a incentivar a prática saudável de exercício físico, foi construído em 2006 o campo de jogos no Alto da Fonte Salgueira.

Em 2008 surgiu a “ECO ASTA” auxiliando no sentido da separação dos lixos orgânicos para a elaboração de compostagem na Associação. Este projeto foi reforçado em 2010 com a aquisição do terreno intitulado “Os Três Sois” onde foi possível dar sentido ao processo de compostagem bem como ao alojamento dos animais pertencentes à instituição. A aquisição do terreno foi possível graças à ASTA ter recebido o Prémio da Fundação Manuel António da Mota nesse mesmo ano.

Em 2009 foi criado um espaço em Almeida designado por “Canto com Alma”, doado por Luís Queiroz. O objetivo era criar um vínculo com a população de Almeida através da

realização de exposições dos trabalhos dos companheiros e workshops durante todo o ano.7

No ano seguinte, em 2010, foi construída uma terceira casa no sentido de a tornar uma residência para as companheiras mais autónomas a residir na instituição. Assim, nasceu nesse ano, a Casa de São Miguel com apoio em 50% do Programa PARES.

Com o apoio do Grupo de Amigos e Fundação Manuel António da Mota foi reconstruída, em 2012, mais uma casa antiga da aldeia dando origem ao “Atelier 3 Ofícios”. Este espaço concentra-se em trabalhar produtos endógenos da região com companheiros que possuam necessidades terapêuticas mais particulares.

7 Informações recolhidas junto dos colaboradores da Instituição

6

(18)

Um dos grandes projetos conseguidos por esta Instituição foi a construção e inauguração da Cozinha Pedagógica São Francisco no ano de 2013. O terreno foi doado e contou com o cofinanciamento de 75% do Programa PRODER – Raia Histórica. A Cozinha Pedagógica São Francisco foi um projeto que visava por um lado, suprimir as necessidades de confeção alimentar devido ao crescimento do número de companheiros e por outro lado,

tornar este espaço num atelier de cozinha.8

O ano de 2014 trouxe para a ASTA um espaço na aldeia em que o principal objetivo é fazer trocas entre produtos e foi denominado “Trocas”. A Instituição pretende promover cada vez mais uma aproximação entre os habitantes e os companheiros e fazer trocas de variados tipos de produtos e trabalhos.

É uma Instituição Particular de Solidariedade Social que promove a dignificação da vida humana e desenvolve mecanismos para um ambiente saudável e integrativo.

1.3. VISÃO, MISSÃO E VALORES

Estes três elementos (missão, visão e valores) intervêm em conjunto para construir uma imagem e diretrizes sólidas para uma empresa/instituição. Podem ser determinantes entre uma imagem favorável e uma imagem desfavorável para a organização.

1.3.1. VISÃO

A visão corresponde às linhas orientadoras que uma organização pretende seguir no futuro mas com um olhar claro do tempo presente em que se encontra, sendo considerada uma relação presente-futuro.

A criação de uma visão exige pensar para além das atuais capacidades da organização e na relação com o seu ambiente competitivo. (Collins & Porras, 1996) Isto quer dizer que, é importante demarcar o nível a que se pretende chegar sem negligenciar a situação presente em que a organização se encontra. O objetivo é planear algo para o futuro mas com condições reais de serem concretizadas.

8 Informações recolhidas junto dos colaboradores da Instituição

7

(19)

Assim sendo, a ASTA promove um espaço sustentável envolvido num ambiente rural e sócio terapêutico, permitindo que as pessoas com deficiência mental ou multideficiência, obtenham ferramentas para encontrar o seu caminho, numa perspetiva biopsicossocial e espiritual.9

1.3.2. MISSÃO

Segundo Chiavenato (2005) a missão tem como objetivo clarificar e comunicar os objetivos da organização, os valores básicos e a estratégia organizacional.

Como referido no parágrafo anterior e com um papel de grande importância em qualquer organização, a missão pretende fazer esclarecer qual o propósito de existência, sendo um guia dos objetivos futuros da empresa/instituição. Assim sendo, deverá ser simples, breve e assertiva.

A missão desta Instituição é proporcionar o apoio e a integração de pessoas com deficiência mental ou multideficiência, numa ambiência terapêutica de carácter comunitário

e familiar, promovendo aos jovens um desenvolvimento holístico e dignificador.10

1.3.3. VALORES

O valor de uma organização caracteriza-se por um conjunto de ideias elementares que representa as convicções daquilo em que esta acredita. Contribuindo para um sentido de unicidade e promoção do sentido de coerência no trabalho, os valores funcionam como

componentes motivacionais.11

Para Deal & Kennedy (1988: 21), “enquanto essência da filosofia da organização para obter o sucesso, os valores fornecem um senso de direção comum para todos os empregados e um guia para o comportamento diário.“

9 In http://www1.assterapeutica.com/index.php/gestao-da-qualidade/visao-missao-politicas-estrategias-valores (Acedido em 17 de Outubro de 2014)

10 In

http://www1.assterapeutica.com/index.php/gestao-da-qualidade/visao-missao-politicas-estrategias-valores (Acedido em 18 de Outubro de 2014)

11 In http://www.infocien.org/Interface/Colets/v01n11a14.pdf (Acedido em 20 de Outubro de 2014)

8

(20)

A ASTA, nestes 14 anos de existência, definiu um conjunto de valores12 pelos quais se rege e orienta, devendo a estes, grande parte do seu sucesso a nível institucional. Estes valores têm como base:

• Rigor: A ASTA promove junto dos seus colaboradores um ambiente propício ao profissionalismo e ao cumprimento das regras, para um melhor desenrolar das atividades diárias;

• Confidencialidade/Privacidade: Os companheiros têm a segurança de confidencialidade e privacidade dos seus dados, não sendo usados para outros fins a não ser em questões internas;

• Integridade/Respeito/Igualdade: Todos os jovens são tratados como seres plenos, respeitando, os princípios de integridade, respeito e igualdade. Assim sendo, os colaboradores trabalham “com” os jovens e não “para” eles, reforçando o princípio de igualdade;

• Solidariedade: A ASTA é uma Instituição de Solidariedade Social. Incute nos companheiros esse espirito e integra-os, em campanhas similares tanto internamente como no exterior;

• Cidadania: A cidadania é um ponto fulcral na ASTA. Todos os elementos desta Instituição, colaboradores e companheiros, sabem que têm responsabilidades perante eles e perante os outros, ou seja, deveres e direitos que devem ser cumpridos;

• Criatividade: Através dos ateliers, os jovens podem dar ímpeto à criatividade e elaborar trabalhos dignificadores, com o apoio dos responsáveis por cada espaço; • Individualidade: Cada companheiro é um ser individualizado na ASTA, e assim

sendo, cada um é tratado segundo as necessidades que transporta sem nunca se desassociar o sentido da igualdade entre todos;

• Dignidade: Esta Instituição pretende dignificar a pessoa humana em todas as suas singularidades.

12 In

http://www1.assterapeutica.com/index.php/gestao-da-qualidade/visao-missao-politicas-estrategias-valores (Acedido em 20 de Outubro de 2014)

9

(21)

1.4. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Segundo Galbraith (1977: 5) entende-se o conceito de estrutura organizacional como “o resultado da combinação da definição de organização e do conceito de escolha estratégica. A estrutura organizacional é concebida para ser um processo de decisão para trazer coerência entre os objetivos e propósitos para os quais a organização existe, o modelo de divisão do trabalho e de coordenação entre unidades e as pessoas que farão o trabalho.”

A estrutura organizacional13 da ASTA (ver anexo II) está dividida em dois grandes

grupos. O primeiro grupo é constituído pela direção social e restantes serviços inerentes ao órgão da direção. É neste primeiro grupo que são discutidos e tratados todos os problemas associados aos jovens da Instituição. O segundo grupo está subdividido em três grandes estruturas sendo que todas estão no mesmo nível hierárquico. Dentro destas estruturas encontram-se discriminados cada um dos elementos constituintes da Instituição, a saber:

• Estruturas residenciais – A ASTA possui residências habitacionais para os jovens que se encontram em regime interno. São consideradas na atualidade cinco habitações, embora apenas três destas se encontrem em funcionamento. A Casa da Fonte é para companheiros com maiores dificuldades e as restantes casas são para os jovens mais autónomos;

• Centro de Atividades Ocupacionais (CAO) – Este centro de atividades ocupacionais divide-se em ateliers, terapias e espaços de animação e socialização. É o conjunto de iniciativas realizadas no dia-a-dia da instituição para manter os jovens integrados na sociedade. Os ateliers e as diversas terapias funcionam entre a aldeia e o Alto da Fonte Salgueira enquanto os espaços de animação e socialização são definidos em apenas alguns dias da semana;

• Serviços de Apoio – Os serviços de apoio têm como função auxiliar a Instituição em questões mais burocráticas. Existem os serviços administrativos e financeiros que tratam de assuntos referentes à parte monetária da instituição e, por outro lado, encontra-se neste subgrupo, a gestão e manutenção das instalações e equipamentos. Neste último, pode-se encontrar a Cozinha Pedagógica São Francisco que trata da

13 Informação disponibilizada pelos serviços administrativos da Instituição

10

(22)

confeção das refeições diárias e o Trocas, um espaço de permuta dos mais variados tipos de produtos.

Figura 2 - Organograma da Instituição

Fonte: Informações fornecidas pela Instituição de estágio.

(23)

1.5. A MARCA ASSOCIAÇÃO SÓCIO TERAPÊUTICA DE ALMEIDA

A marca tem como propósito representar de forma simbólica um nome, um conceito, um produto, uma entidade, uma instituição ou um serviço prestado. Essa representação é feita através de vários elementos conjugados como por exemplo: símbolo, logótipo ou slogan.

Segundo o dicionário da American Marketing Association14, a marca é uma experiência

de consumidor representado por uma coleção de imagens e ideias sendo que, muitas vezes, se refere a um símbolo, um nome, um logótipo, um slogan e a um esquema de design que provoca o reconhecimento da marca. (...) Uma marca muitas vezes abrange um logótipo explícito, fontes, esquemas de cores e símbolos para representar valores subentendidos, ideias e até personalidade.

Na figura 3 são apresentados os elementos fundamentais para a marca, incluindo neste universo especifico o símbolo, o logótipo e o nome.

1.5.1. NOME

O acrónimo ASTA significa, tal como referido, Associação Sócio Terapêutica de Almeida. A adoção do acrónimo permite à comunidade em geral reconhecer facilmente a Instituição. Inicialmente, a presidente, por esta Instituição se situar na aldeia da Cabreira do Côa, pretendia que o nome fosse Associação Sócio Terapêutica da Cabreia. Porém, esta designação traria problemas ao nível da simplificação do acrónimo que se tornaria deste

modo ASTC.15

Assim sendo, e por consenso geral, a Instituição ficou com o nome do concelho de Almeia, concelho esse onde a aldeia fica situada.

14 In https://www.ama.org/resources/Pages/Dictionary.aspx?dLetter=B&dLetter=B (Acedido em 23 de Outubro de 2014)

15 Informação fornecida pela supervisora da Instituição

Figura 3 - Marca ASTA Fonte: ASTA

12

(24)

Denomina-se por Sócio Terapêutica pois a filosofia implementada dentro da Instituição assenta com base na Sócio Terapia.

1.5.2. SÍMBOLO

O símbolo da ASTA é constituído pelo acrónimo ASTA por baixo de um abrigo. O significado adjacente a esta representação é o facto de a ASTA acolher todas as pessoas que possuam algum tipo de deficiência dentro do seu abrigo, ou seja, da Instituição.

É um modo de evidenciar o acolhimento e a segurança que é transmitida aos jovens

que residem ou frequentam a Instituição.16

1.5.3. LOGÓTIPO

O logótipo expõe na marca o nome da empresa/instituição de forma gráfica. No que respeita à ASTA, este é um elemento identificador pois exibe o nome e referencia que esta é uma IPSS.

Um logótipo identifica as particularidades da Instituição e pretende ser percetível, claro, fácil de associar e memorizar.

Recentemente este logótipo foi trabalhado por uma empresa de design que procedeu à sua vectorização (figura 4).

1.5.4. SLOGAN

O slogan é uma frase curta ou expressão que resume a posição da marca ou da organização. Quando uma empresa/instituição possui um slogan, este deverá constar em

16 Informações fornecidas pela supervisora e colaboradores da Instituição

Figura 4 - Logótipo vetorizado FONTE: ASTA

13

(25)

todas as ações de comunicação para realçar a sua importância junto ao público-alvo e preferencialmente surgir junto à identidade visual da mesma, ou seja, aparecendo associado ao logótipo.17

A ASTA não possui slogan na marca da Instituição pois não possui uma expressão definida para assumir essa posição.

1.6. COMUNICAÇÃO

Para Chiavenato (2001: 165), “comunicação é a troca de informações entre indivíduos. Significa tornar comum uma mensagem ou informação. Constitui um dos processos fundamentais da experiência humana e da organização social.”

Comunicar significa colocar algum em comum. A comunicação dentro de uma instituição é fundamental para existir um elo consistente de troca de mensagens entre a organização, os colaboradores e os jovens, e destes, para com o exterior da associação.

Podemos considerar dois tipos de comunicação essenciais: a comunicação interna e a comunicação externa.

1.6.1. COMUNICAÇÃO INTERNA

Segundo Kunsch (1997: 129), “a comunicação interna deve apontar os sucessos, valorizar os aspetos positivos, reconhecer os esforços individuais e coletivos. Com isso, a empresa pretende aumentar a coesão (...), a solidariedade, a competência e a eficiência.”

Internamente, a comunicação realizada na ASTA, é realizada pessoalmente ou recorrendo às chamadas telefónicas entre os colaboradores. Como o universo de funcionários está espalhado entre o Alto da Fonte Salgueira e os Ateliers situados na aldeia, por vezes, quando a comunicação não pode ser realizada cara-a-cara, o telefone é a via mais viável. A Associação garante, assim, a fácil comunicação interna em todos os assuntos recorrentes do dia-a-dia visando, o conforto dos jovens que frequentam a Instituição.

17 In http://www.significados.com.br/slogan/ (Acedido em 26 de Outubro de 2014)

14

(26)

1.6.2. COMUNICAÇÃO EXTERNA

De acordo com Serra (2007: 10), “percebemos que vivemos em plena sociedade da comunicação quando nos deparamos todos os dias com as tecnologias da informação e comunicação. Elas assumiram um papel tão fundamental nas nossas vidas que não sobrevivemos mais sem elas.”

A comunicação externa é direcionada a todas as pessoas que são externas à Instituição, desde investidores, fornecedores, sociedade, meios de comunicação social, entre outros.

A ASTA possui as seguintes formas de comunicação externa para propagar a sua mensagem aos diversos intervenientes:

1.6.2.1. CONTACTO PESSOAL/PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS

Com o principal intuito de dar a conhecer a Instituição à sociedade, a ASTA opta por tentar sempre manter o contacto pessoal como forma de comunicação externa. Esta comunicação pessoal é realizada através da participação da associação em diversos eventos, feiras e concursos, permitindo, mostrar o trabalho que é feito diariamente com os companheiros durante todo o ano.

1.6.2.2. CORREIO ELETRÓNICO

O correio eletrónico passou a ser um meio fundamental entre os elementos da direção com o exterior. Este meio de comunicação é utilizado para a ASTA poder facilmente entrar em contacto com fornecedores, enviar material para os estagiários das áreas de multimédia e marketing, enviar orçamentos, entre outros assuntos.

O correio eletrónico é seguido diariamente por profissionais responsáveis de tomarem decisões através deste meio e filtrarem todo o conteúdo que vem de fora da Instituição.

1.6.2.3. WEBSITE

A ASTA foi contemplada com um website renovado inteiramente pela empresa Dom Digital situada no distrito da Guarda. No endereço http://www1.assterapeutica.com/ poderá

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encontrar os diversos aspetos da associação, conhecer um pouco da história, visualizar imagens dos companheiros, entre outros temas.

A melhor característica do site é possuir um layout simples e ser de fácil utilização para o público que deseje obter mais informações.

1.6.2.4. REDES SOCIAIS

Com o avanço das novas tecnologias, as empresas e associações necessitam de entrar na rede e conhecer os novos mecanismos que permitem o fácil passar da palavra, as redes sociais. Este recurso é nos dias atuais a melhor forma de dar a conhecer projetos.

A ASTA possui uma página na rede social Facebook, onde coloca imagens das atividades dos companheiros, participação em eventos, e informações para todos aqueles que são amigos desta Associação.

1.7. ANÁLISE SWOT

Uma análise SWOT é vital para uma organização, pois permite a análise do meio, o perceção dos fatores externos e internos de uma empresa, conseguindo obter uma lista dos

pontos fortes e fracos (ambiente interno) e das oportunidades e ameaças (ambiente externo).18

A este respeito, Silveira (2001: 213) refere que “o entendimento dos fatores externos (oportunidades e ameaças) e dos fatores internos (pontos fortes e pontos fracos) contribui para formação de uma visão de futuro a ser perseguida”.

O termo SWOT é uma combinação dos seguintes termos em inglês: Strengths (forças),

Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças).

Entende-se por força um atributo positivo que é benéfico para o melhor desenvolvimento da Instituição, enquanto por oposição, uma fraqueza é um atributo com conotações negativas, devido a esta pressupor uma lacuna interna da organização. As oportunidades são características que vêm do exterior e representam um fator positivo para

18 In https://www.administradores.com.br/producao-academica/analise-swot/3060/download/ (Acedido a 26 de Outubro de 2014)

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a Instituição, pois estas podem levar a um crescimento interno. Por sua vez, as ameaças são elementos externos com possíveis ligações negativas a nível interno, daí ser fundamental, que uma organização saiba lidar da melhor forma com as adversidades.

A análise SWOT que teve a sua aplicação na ASTA assentou em informações obtidas durante o período de estágio através de conversas com outros colaboradores e estagiários e por observação do estagiário do meio envolvente em que este estava inserido (Tabela 1).

Strengths (Forças) Weaknesses (Fraquezas)

- Criação de espaços terapêuticos e de integração social;

- Ambiente propício ao contacto com a natureza;

- Criação de núcleos familiares; - Promover a Agricultura Biológica.

- Falta de colaboradores para suporte total dos companheiros;

- Inexperiência e falta de qualificações dos funcionários;

- Falta de colaboradores especializados em conteúdos multimédia.

Opportunities (Oportunidades) Threats (Ameaças)

- Recuperar património da Aldeia da Cabreira;

- Fomentar manifestações culturais, exposições, congressos e conferências.

- Difíceis acessos;

- Proliferação de instituições de solidariedade social.

Tabela 1 - Análise SWOT à ASTA

Fonte: Supervisora e colaboradores de estágio

Como pontos fortes, a ASTA tem o mérito de conseguir criar um meio propício para a instalação de espaços terapêuticos na Aldeia de Cabreira e, desta forma, proceder à integração social dos jovens que chegam às instalações da Instituição. Esta integração social leva a outro ponto forte que consiste na criação de núcleos familiares, que permitem que os jovens estejam acolhidos em residências autónomas e em contacto com a população da aldeia.

Outro ponto positivo relevante é o contacto vasto com a natureza que esta Associação oferece aos jovens. Todo o ambiente rico em nichos terapêuticos transforma a ASTA num local de repouso e introspeção. O último aspeto positivo desta análise é a promoção da

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agricultura biológica que, nos últimos anos, sofreu um grande aumento dentro da Instituição, sendo que esta prática é muito apreciada pelos companheiros.

A nível interno existem algumas fraquezas que têm de ser combatidas no decorrer do tempo. Uma lacuna existente na Associação é a falta de colaboradores para garantir o acompanhamento total aos jovens, o que leva a outra fraqueza clara, a inexperiência e falta de qualificações de alguns dos funcionários que lá trabalham. Alguns sujeitos a regime de voluntariado, aprendem com os mais experientes a cuidar dos companheiros com necessidades mais específicas, porém, falta-lhes formação em diversas áreas.

Ainda no campo das fraquezas desta Instituição é importante referir uma última, que se assiste com alguma frequência. A ASTA sofre de uma carência de colaboradores especializados em conteúdos multimédia. Para uma associação que pretende divulgar a sua imagem para o exterior, existe uma clara falta de pessoal qualificado. Enquanto estagiária notei que as tarefas que me foram delegadas eram no passado, realizadas por pessoas que não possuem conhecimentos mínimos da área.

Passando das fraquezas às oportunidades vindas do exterior, a ASTA têm feito um esforço para recuperar o património existente da Aldeia da Cabreira, sendo que essas recuperações são apenas possíveis graças à boa vontade dos benfeitores e às candidaturas feitas para projetos sociais.

Outra oportunidade surge na criação de manifestações culturais, exposições, congressos e conferências. Estas manifestações são uma mais-valia para a Instituição que assim pode aproveitar para dar formação aos companheiros e aos colaboradores, sendo que também permite aproximar a população do concelho de Almeida e dos habitantes da Aldeia a estes projetos.

As ameaças que podem estar inerentes à ASTA são: por um lado os difíceis acessos, e por outro, a proliferação de instituições de solidariedade social.

A primeira ameaça é algo a ter em conta porque a ASTA situa-se afastada da sede de distrito, o que pode levar ao desconhecimento da Associação ou perda de interesse dos familiares.

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No que respeita à proliferação de instituições, a ASTA tem que divulgar a sua imagem ou arrisca-se a perder o interesse contra associações mais bem localizadas geograficamente e que apresentam os mesmos serviços.

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CAPÍTULO II

-Relatório

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2.1. ESTÁGIO

O estágio pressupõe para a maioria dos estudantes universitários, o fim de uma etapa e a iniciação no mercado de trabalho. É o mergulhar num mundo novo, repleto de responsabilidades, mas tão essencial de modo a que o estudante possa colocar as valências que adquiriu no curso à prova.

Após uma grande procura de estágios perto da área de residência, infelizmente sem sucesso, foi proposto pela direção de curso, um estágio tendo como foco o Design Editorial, numa associação situada no distrito da Guarda, mais concretamente no concelho de Almeida.

Foi aceite com entusiasmo a análise desta proposta, pois traria, para além de uma experiência diferente na área da multimédia visto que se tratava de uma Instituição de Solidariedade, uma bagagem humana enorme ao contactar com jovens com deficiência.

Após os contactos realizados, primeiramente pelo docente e posteriormente pela estagiária, foi marcada uma entrevista com a presidente e futura supervisora do estágio nas instalações da ASTA.

Esta entrevista serviu para a diretora Maria José Dinis poder fazer uma avaliação mais precisa sobre a estagiária e para definir no que consistiria os parâmetros do estágio. Após a confirmação que teria sido escolhida, foi decidido que ficaria na função de designer editorial.

Os objetivos a constar no plano de estágio foram os seguintes (ver anexo I): • Conhecer a Instituição e o seu modo de funcionamento;

• Aprender a trabalhar no contexto de uma empresa;

• Realizar um projeto editorial para a Instituição (jornal) – “Eu Amai Atí”;

• Elaborar e colaborar num projeto editorial (livro) sobre a Semana Europeia da Paisagem a ser lançado pela editora Âncora.

Um dos obstáculos que foi facilmente ultrapassado refere-se à questão do alojamento, tendo sido acordado que ficaria nas instalações da ASTA no decorrer dos três meses de estágio.

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O plano de estágio foi cumprido apesar das dificuldades decorrentes do processo da realização da maquete do livro. Estas dificuldades surgiram pela falta de conteúdos finais disponibilizados para o normal decorrer do trabalho.

2.2. CRONOGRAMA

As atividades realizadas durante os meses em que recorreu o estágio serão sumariamente apresentadas através de cronograma de atividades semanais. As atividades elaboradas durante o estágio foram as seguintes:

• Design Editorial – Neste ponto de atividade foram elaboradas as bases do jornal, do guião do “Auto dos Pastores” e a maquete primária do livro da Semana Europeia da Paisagem “Uma Paisagem à espera do nosso olhar”;

• Edição de vídeo – Nestas atividades estiveram envolvidos a realização de dois vídeos recorrendo a imagens estáticas: o primeiro refere-se aos melhores momentos das férias dos jovens da instituição em Buarcos e o segundo foi o vídeo de aniversário da ASTA, especialmente criado para a data;

• Tratamento de texto – Atividades de escrita de textos para servir de conteúdo para o jornal e correções de textos já existentes;

• Pesquisa e edição de imagens – Prática que decorreu durante quase todo o estágio. Existiu sempre uma necessidade de recorrer ao disco externo da Instituição para a seleção de fotografias para variados trabalhos. Esta tarefa foi dificultada pela clara falta de organização do conteúdo da Instituição;

• Identidade Visual – Criação da imagem que vigorará como cabeçalho do jornal; • Outros – pequenos conteúdos relacionados com a Feira da Solidariedade,

nomeadamente em pequenos cartões de identificação, senhas e cartões de preços dos produtos.

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Atividades semanais do mês de julho 3 e 4 7 a 11 14 a 18 21 a 25 28 a 31 Design Editorial X X X Edição de vídeo Tratamento de texto X X X Pesquisa e edição de imagens X X X X Identidade Visual X X Outros X X

Tabela 2 - Cronograma semanal do mês de julho

Atividades semanais do mês

de agosto 4 a 8 11 a 15 18 a 22 25 a 29 Design Editorial X Período de Encerramento para férias

da instituição Edição de vídeo Tratamento de texto Pesquisa e edição de imagens X Identidade Visual Outros X

Tabela 3 - Cronograma semanal do mês de agosto

Atividades semanais do mês de setembro 1 a 5 8 a 12 15 a 19 22 a 26 29 e 30 Design Editorial X X X X X Edição de vídeo X X Tratamento de texto Pesquisa e edição de imagens X X X X X Identidade Visual Outros

Tabela 4 - Cronograma semanal do mês de setembro

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Atividades semanais do mês de outubro 1 a 3 6 a 10 13 a 17 20 a 24 Design Editorial X X X X Edição de vídeo Tratamento de texto X X X Pesquisa e edição de imagens X X X Identidade Visual Outros

Tabela 5 - Cronograma semanal do mês de outubro

2.3. NOÇÕES BÁSICAS SOBRE DESIGN EDITORIAL

Ao contrário de outras formas de design, como o design de embalagens, que tentam promover um ponto de vista ou produto, o design editorial pode recrear, informar, instruir, comunicar, educar ou uma combinação de tudo isso. (Zappaterra, 2007) Este autor refere ainda, que por norma é um cruzar de texto e imagem, embora possa ser realizado por apenas um destes elementos

O design editorial é uma das variantes do design gráfico que concentra o seu ponto de atividade na edição de conteúdos (texto e imagem), nomeadamente livros, jornais e revistas. Estes elementos, designados por publicações, podem ser considerados periódicos ou não periódicos.

O objetivo desta variante é, através da conjugação harmoniosa dos elementos de texto e imagem, criar mensagens de forma visual e textual para estabelecer uma comunicação satisfatória e simples. Segundo Leslie (2003) o ato de saber cruzar texto e imagem, é decisivo para obter um bom resultado, sendo crucial um designer que tenha bom domínio do jornalismo. Afirma também que o leitor aguarda inovações, mas, ao mesmo tempo, necessita de reconhecer a publicação. Conquistar impacto e identidade, são características exigidas para manter-se junto ao público e no mercado. (Leslie, 2003)

Um profissional da área deverá preocupar-se com todos os elementos decorrentes desde o processo de edição até à impressão e acabamentos finais.

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2.4. ESTRATÉGIAS E CONCEITOS

Durante o período de estágio e para o correto desenvolvimento das atividades foi necessário seguir uma série de conceitos e estratégias. Estes encontram-se descritos nas páginas seguintes:

2.4.1. DIAGRAMAÇÃO E LAYOUT

Rabaça e Barbosa (1978: 155) explicam o processo de paginar como, “fazer o projeto da distribuição gráfica de matérias a serem impressas (textos, títulos, fotos, ilustrações, etc.), de acordo com determinados critérios jornalísticos e visuais. Distribuir, técnica e esteticamente, num desenho prévio, as matérias destinadas à impressão...”.

Baseia-se na forma como o designer dispõem os elementos a serem impressos em cada página. Com as novas tecnologias tornou-se indispensável o uso de programas informáticos para obter os conteúdos textuais e visuais, assim como, para o próprio processo de paginação. A diagramação pode ser definida pela distribuição dos vários elementos que compõem a página de um jornal e cujo objetivo é proporcionar estética à informação. (Larequi, 1994) Assim sendo, o ato de distribuir os elementos numa página não pode ser desassociado do termo layout. Um bom layout permite uma fácil e clara navegação entre elementos de uma página.

2.4.2. FORMATO

Palácios (2002) refere que “o movimento de constituição de novos formatos mediáticos deve ser entendido não como um processo evolucionário linear de superação de suportes anteriores por suportes novos, mas como uma articulação complexa e dinâmica de diversos formatos, em diversos suportes, “em convivência” e complementação.”

O formato de uma publicação acompanha um conjunto de acordos com a indústria gráfica, desde a confeção, até as medidas de papel disponibilizadas pela indústria fabricante. Refere-se a aspetos da publicação, estando delimitado pela mancha gráfica (espaço útil) e pelas margens, sendo que no total a soma destes elementos resulta nas dimensões do objeto impresso.

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2.4.2.1. TAMANHOS DE PAPEL

O tamanho do papel utilizado durante o período de estágio foi baseado no sistema ISO. Para calcular os tamanhos ISO é necessário recorrer ao sistema métrico que assenta na proporção da raiz quadrada de dois.

A0 – 841 x 1189 mm A4 – 210 x 297 mm A8 – 52 x 74 mm A1 – 594 x 841 mm A5 – 148 x 210 mm A9 – 37 x 52 mm A2 – 420 x 594 mm A6 – 105 x 148 mm A10 – 26 x 37 mm A3 – 297 x 420 mm A7 – 74 x 105 mm

Tabela 6 - Tamanhos A do sistema ISO

2.4.3. GRELHAS

Segundo Garcia (1987: 47), uma grelha pode ser definida “como a divisão do espaço disponível, facilitando o uso das suas partes e permitindo “quebras” precisas dentro dos seus limites”.

Uma grelha permite a divisão orientada da página e ajuda na distribuição dos elementos na mesma. Permite definir a quantidade de colunas e a largura que estas irão possuir.

2.4.4. SUPORTE

O suporte elabora o contato com o recetor da mensagem. É definido em função dos elementos: peso (gramatura), brilho, cor e textura. (Fuentes, 2006)

O suporte é então e segundo Fuentes, o conjunto de todos os elementos unidos no produto final. A escolha da gramatura do papel, da sua brancura ou até mesmo do brilho e da textura, influencia o produto a ser impresso, sendo que uma escolha errada destes elementos podem danificar a publicação.

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2.4.5. COR

Segundo Lupton e Phillips (2008: 71), “os designers usam a cor para fazer com que algumas coisas se destaquem (sinais de advertência, por exemplo) e outras desapareçam (camuflagem). A cor serve para diferenciar e conectar, ressaltar e esconder.”

A cor é um dos conceitos mais importantes no universo do design editorial. É através desta que uma publicação pode se tornar mais apelativa ou, por outro lado, esconder o potencial devido a uma escolha incorreta.

Ainda Lupton e Phillips (2008: 71) afirmam que “todas as cores são amigas de suas vizinhas e amantes de suas opostas.” As cores podem ser primárias (vermelho, amarelo e azul), secundárias (laranja, violeta e verde) ou ainda terciárias (que resulta numa mistura entre as cores primárias e secundárias).

No mundo da impressão a cor é crucial, pois é necessário tomar a decisão correta acerca da forma como um documento segue para ser impresso. Temos por um lado a designada por chamada síntese aditiva (RGB – Red, Green, Blue) e a síntese subtrativa (CMYK – Cian,

Magenta, Yellow, Black). A aditiva, designada por “cor de luz”, lida com três constituintes

mas é mais rica em tonalidades que a síntese subtrativa CMYK (“cor de pigmento”). O processo CMYK resulta de um esforço de reproduzir a cor no seu ambiente mais natural, embora possa resultar numa deficiente reprodução de algumas cores selecionadas

previamente.19

2.4.6. TIPOGRAFIA

A tipografia é considerada um elemento primordial do design editorial. A escolha do tipo de letra, a sua forma, como será utilizada, irá alterar o aspeto da publicação e a experiência do leitor de forma substancial. (Frost, 2003)

19 In https://laprestampa.wordpress.com/2014/04/04/sintesis-aditiva-y-sustractiva/ (Acedido em 2 de Novembro de 2014)

27

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Cada tipo de letra é designado por fonte. Uma fonte carateriza-se por um conjunto de símbolos completos (maiúsculas e minúsculas, acentos diacríticos, números e pontuação e outros sinais).20

2.4.6.1. CLASSIFICAÇÃO DAS FAMÍLIAS TIPOGRÁFICAS

Considera-se por famílias tipográficas, conjuntos de fontes onde as características são

visíveis através variações de inclinação. Classificam-se como:21

• Romanas – por serem fontes serifadas tornam-se as mais indicadas para textos longos impressos, pois possuem uma melhor legibilidade. O Times New Roman é um bom exemplo desta família tipográfica.

• Egípcias – família tipográfica serifada com nível de legibilidade aceitável. O contraste das serifas é quase inexistente e daí ser uma boa opção para títulos e não para textos longos.

• Lapidárias – estas fontes não possuem serifas e são uniformes, sendo assim, indicadas para uso em textos publicitários, devido ao seu grau de legibilidade. Apesar de fácil leitura, não deve ser utilizada para textos longos.

• Cursivas (Script) – possui uma legibilidade reduzida pois pretendem imitar a caligrafia humana.

2.5. PROGRAMAS INFORMÁTICOS UTILIZADOS

Durante os três meses em que consistiram o estágio foi necessário a utilização de

software para realizar os conteúdos requeridos. Durante a licenciatura, grande parte dos

programas de cariz informático que estiveram em utilização foi lecionado pelos docentes das diversas unidades curriculares que compõem o curso.

Devido à incapacidade da Instituição de fornecer um computador com as ferramentas necessárias para desenvolver os trabalhos, a única opção viável foi proceder à utilização do

20 In http://pt.wikipedia.org/wiki/Alfabeto_latino (Acedido a 4 de Novembro de 2014)

21 In http://pt.slideshare.net/tiagosantiago/tipografia-10192113 (Acedido a 4 de Novembro de 2014)

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computador pessoal da estagiária, e deste modo ficar restringidos aos programas que tinha em versões trial na sua posse.

• Adobe Indesign – Software desenvolvido pela empresa Adobe Systems para proceder à paginação e disposição de páginas num elemento. Sendo utilizado de forma recorrente para paginar, editar e visualizar conteúdos como jornais, revistas, folhetos, livros, entre outros, este programa tem a finalidade de exportar os elementos para pdf ou para outro formato pretendido bem como, escolher características especificas para a impressão. Foi o programa mais utilizado durante o estágio devido a este ser essencial para trabalhar em design editorial.

• Adobe Photoshop – reconhecido como um dos mais utilizados editores de imagens e fotografias da atualidade, este programa é fulcral no tratamento de pequenos ajustes que sejam necessários realizar em imagens ou na criação de alguns elementos vetorizados.

• Corel Draw – Desenvolvido pela empresa Corel Corporation, é um software que auxilia na conceção de imagens vetorizadas.

• Sony Vegas – Programa de edição de som e imagem desenvolvido pela empresa Sony. Líder em alguns países, este editor permite criar diversos conteúdos na área do vídeo e exportar em diversos formatos.

2.6. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Durante o período em que decorreu o estágio na ASTA, foram desenvolvidos dois projetos principais: o jornal da Instituição “Eu Amai Atí” e a maquete do livro sobre a semana europeia da paisagem. Em paralelo com esses projetos, existiu a criação de outros elementos que em alguns casos iriam completar os projetos principais, embora outros, tenham sido independentes e saído um pouco da linha do design editorial.

Como único elemento com conhecimentos na área da multimédia, a estagiária teve de fundamentar certas escolhas que ia fazendo em relação aos conteúdos elaborados, perante a supervisora e também presidente da Associação. Durante todo o período de estágio, foi

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fundamental ir de encontro às linhas de pensamento enraizadas na ASTA e por quem a dirige, sendo que, por vezes, a forma como o projeto foi concebido teve que ser reformulado.

Os trabalhos realizados serão descritos de seguida e apresentados nos respetivos anexos.

• Logótipo de Jornal “Eu Amai Atí” • Vídeo das Férias em Buarcos 2014

• Cartaz das Atividades Anuais • Vídeo do 14.º aniversário da

ASTA

• Jornal “Eu Amai Atí” • Maquete do Livro

• Elementos para a Décima Feira da Solidariedade

• Guião da peça de teatro “Auto dos Pastores”

Tabela 7 - Lista de atividades realizadas no estágio

2.6.1. CONSTRUÇÃO DA MARCA “EU AMAI ATÍ”

O projeto do Jornal “Eu Amai Atí” foi construído de raiz, ou seja, todos os elementos foram produzidos pela estagiária especialmente para o lançamento deste jornal. É importante referenciar que a expressão que dá nome ao jornal traduz-se por “Eu tenho mais para te dizer” e pertence, ao filho da presidente Maria José Dinis, um jovem com deficiência.

A marca é constituída pelo símbolo, o logótipo e a explicação da expressão assumida no logótipo. A cor utilizada foi um castanho-avermelhado ou “bordô”, por esta ser a cor da Instituição.

De seguida explicarei o processo de criação desta marca que se posicionará no cabeçalho do jornal. (Anexo III)

Figura 5 - Marca "Eu Amai Atí"

Fonte: Criada pela estagiária durante o estágio

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2.6.1.1. SÍMBOLO

Seguindo as linhas antroposóficas orientadoras da Associação, foi escolhido um pequeno apontamento como símbolo gráfico: um círculo com triplo sentido. Por um lado, as linhas muito redondas que fazem parte do pensamento

antroposófico, por outro pretendia-se diferenciar em relação ao acento agudo do “Atí”. Por fim, servia como um elo de ligação para os cabeçalhos do miolo do jornal.

2.6.1.2. LOGÓTIPO

No logótipo do jornal “Eu Amai Atí” foi utilizada uma tipografia com serifa de modo a demonstrar uma postura imponente e com linhas bem demarcadas. A tipografia utilizada foi a Colonna MT.

Figura 7 - Logótipo da marca "Eu Amai Atí" Fonte: Criada pela estagiária durante o estágio

2.6.1.3. EXPLICAÇÃO

Foi requerido por parte da supervisora a introdução da explicação da expressão dentro da marca do jornal. Assim sendo, a opção encontrada foi colocá-la entre parêntesis e num tamanho inferior ao logótipo de modo a ser de fácil perceção.

Figura 8 - Explicação da marca "Eu Amai Atí" Fonte: Criada pela estagiária durante o estágio

Figura 6 - Símbolo da marca "Eu Amai Atí"

Fonte: Criada pela estagiária durante o estágio

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2.6.2. CONSTRUÇÃO DO JORNAL “EU AMAI ATÍ”

Este foi o primeiro grande projeto que surgiu no âmbito do estágio e um dos mais desafiantes. Na primeira deslocação à Instituição houve a referência que o conteúdo para o jornal encontrava-se praticamente elaborado e que o trabalho pedido à estagiária era que procedesse à paginação destes conteúdos. Ainda nesse encontro foi disponibilizado um protótipo muito pouco assente na realidade, do que seria o produto final, protótipo esse elaborado por um colaborador sem competências na área do design editorial. A maquete inicial estará presente no anexo IV para visualização da evolução do trabalho.

Quando se iniciou o estágio e após uma análise cuidada ao conteúdo dos textos e à visualização do que esperavam ser o produto final, chegou-se à conclusão que este projeto teria que ser completamente redefinido tanto visualmente como o conteúdo dos textos. O que foi apresentado era de forma global rico em uma extrema pobreza de elementos.

Nas definições do documento criado no programa informático Adobe Indesign, e depois de uma estimativa dos conteúdos, foram introduzidas 12 páginas, que resultou efetivamente no número de páginas finais. O tamanho escolhido foi o A4 (210mmx297mm) e a marca de sangria com quatro milímetros em todas as extremidades para que, no processo de impressão, não existissem falhas. As margens foram definidas com 12,7 milímetros pelos quatro cantos do documento.

Figura 9 - Definições do documento - Jornal "Eu Amai Atí" Fonte: Documento produzido pela estagiária

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Como referido no ponto acima: Construção da Marca “Eu Amai Atí”, o primeiro passo realizado baseou-se na produção da marca do jornal e posterior elaboração do cabeçalho, sendo este o ponto de partida para a construção das restantes páginas.

No cabeçalho, para além do logótipo do jornal, existiam informações recorrentes em todos os jornais: número de edição, ano de publicação, propriedade do jornal, diretor(a), periodicidade e, por fim, o website. Foi adicionado a marca pessoal da Instituição para ser facilmente reconhecido que este elemento pertence à Associação Sócio Terapêutica de Almeida.

Figura 10 - Cabeçalho da capa do jornal "Eu Amai Atí" Fonte: Elaborado pela estagiária

Na capa do jornal encontramos três estilos de parágrafos: • Destaque capa topo;

• Destaque capa topo 2; • Capa – texto.

No miolo do jornal da ASTA existiu, como referido nos parágrafos anteriores, um enorme trabalho a nível da construção da maquete, mas, principalmente, na revisão e melhoramento do material que foi dado.

Nas páginas mestres foi definido o cabeçalho referente ao interior do jornal onde iria estar inserido a página, a seção, o ano e o nome da Associação. Depois da aplicação destes elementos, e para alteração dos mesmos, foi ativada a opção “override all master page items” e personalizar cada uma das páginas.

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Figura 11 – Construção dos cabeçalhos interiores nas páginas mestres Fonte: Elaborado pela estagiária

Seguidamente, acionou-se a Baseline Grid e o alinhamento dela, de modo a que ao virar entre a frente e o verso da mesma folha, não se vejam as linhas da face oposta.

Foram definidas três colunas para cada página do jornal, exceto para a página dois onde continha o editorial e a ficha técnica, e para a última, que pretendia seguir uma linha diferente das restantes.

Como já tinha sido acontecido na capa do jornal, o miolo também possui um conjunto de 16 estilos de parágrafos. Títulos: • Editorial título; • Coluna 1; • Coluna ½; • Coluna 3; • Titulo 3 colunas; • Destaque entrevista; • Destaque entrevista 2; • Ficha técnica – titulo.

Conteúdo textual: • Corpo de editorial; • Corpo simples; • Corpo de texto jornal; • Poema;

• Perguntas miolo jornal; • Assinatura e legenda.

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No que se refere ao interior do jornal, foram utilizados oito estilos para os títulos e os restantes oito para elementos do corpo de texto. Para os títulos, foi utilizada a tipografia

Century Gothic, sem serifas, e para o corpo de texto o Times New Roman, com serifas. Como

referido no ponto 2.4.6.1., a combinação de fontes não serifadas nos títulos e serifadas no conteúdo textual, permite uma combinação que garante estética e legibilidade ao texto.

Após definir qual o número de colunas, assim como o tipo de tipografia a usar e de que forma em cada parte do jornal, o mais trabalhoso foi reescrever todos os textos, fazer outros de raiz e pedir por temas específicos. As notícias foram separadas através de filetes para não criar confusão ao leitor.

Existiu pouca participação por parte dos colaboradores, o que levou a estagiária a tomar a decisão de assumir a maior parte dos conteúdos para garantir o trabalho pronto até ao dia proposto, e assim, aprender sobre pressão a filosofia da Instituição.

De seguida, exemplifico o trabalho realizado com a exibição de duas páginas após a sua conclusão. O jornal na íntegra estará disponível no anexo V.

Figura 12 – Exemplo de duas páginas finais do jornal “Eu Amai Atí” Fonte: Elaborado pela estagiária

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Apesar de o jornal ter sido impresso na própria Instituição por opção da supervisora, optamos por imprimir com boa qualidade e mantendo a opção de caderno. A partir do uso da ferramenta de Print Booklet, foi possível criar páginas espelhadas para uma aparente impressão profissional. Assim, as páginas foram ajustadas ao tamanho A3 pretendido, já com as margens e as marcas de sangria incluídas. As cores foram adaptadas para não serem convertidas quando o formato pdf fosse criado.

Figura 13 - Definições do Print Booklet Fonte: Elaborado pela estagiária

A gramatura do papel para a impressão foi de 90 gramas e o papel utilizado foi o disponibilizado pela Associação, o papel couché fosco.

2.6.3. GUIÃO “AUTO DOS PASTORES”

Foi pedido por parte da Instituição, a criação de um guião com base na peça de teatro “Auto dos Pastores”, ensaiada anualmente na Associação Sócio Terapêutica de Almeida.

O trabalho final consistiu num caderno no formato A5 (148mm x 210mm) e contou com três estilos de parágrafo:

• Texto; • Títulos; • Números.

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Após ter sido facultado o texto, a estagiária criou nas páginas mestres o cabeçalho nos cantos superiores, onde constava o logo da Instituição, o nome do guião e o ano da peça. No fundo da página consta o número das respetivas páginas.

A capa conta com a marca da ASTA, o título e a imagem da peça. Na contracapa, apenas surge a marca da associação canto inferior

Figura 14 - Capa e contracapa do guião Fonte: Elaborado pela estagiária

Em todos os elementos textuais foi utilizada a tipografia Times New Roman, apenas diferenciando os tamanhos e o posicionamento. O texto e os números estão centrados, à exceção dos títulos que se encontram alinhados à esquerda (Anexo VI).

A impressão do guião procedeu-se da mesma forma que o jornal, ou seja, na própria Associação e recorrendo aos materiais disponíveis de modo a que o custo não fosse acentuado. Voltou a ser utilizada a ferramenta de Print Booklet para criar o caderno e, neste caso, o programa adicionou duas folhas brancas para acertar as páginas do caderno. A impressão foi realizada num tamanho A4 no papel couché fosco de 90 gramas.

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Figura 15 - Ensaio com o Guião "Auto dos Pastores" Fonte: Imagem fornecida pela Instituição

2.6.4. MAQUETE DO LIVRO “UMA PAISAGEM À ESPERA DO NOSSO OLHAR”

O livro “Uma Paisagem à espera do nosso olhar” foi o grande elemento que ditou a entrada da estagiária para a Instituição. O projeto consistia em elaborar uma maquete mais aproximada possível do que poderia ser o produto final do livro. A editora âncora encontra-se por detrás do projeto mas deixaram o planeamento do material para a ASTA, participando apenas nos ajustes finais, impressão e distribuição do livro.

O tema do livro era uma semana que tinha sido realizada em abril de 2014 – Semana Europeia da Paisagem. Esta semana teve uma preparação de dois anos em colaboração com a Academia PETRARCA e consistiu na observação da paisagem circundante da ASTA e da Aldeia da Cabreira, com um conjunto de ateliers associados.

A Academia Petrarca (figura 16) tem mais de 20 anos de existência e é constituída por pessoas de diversas nacionalidades relacionadas com variadas áreas. Possui a sua sede na Holanda em articulação com Alemanha-Universidade de Kassel.

A cada dois anos, sendo que um é de preparação e no ano seguinte realiza-se a dita semana, esta academia realiza uma semana dedicada à paisagem. Vários foram os países observados ao longo dos anos e, no ano de

Figura 16 - Marca da Academia PETRARCA

Fonte:http://semanapetrarcaasta.wix.com/se manaeuropeiadapaisagem#!about-us/cjg9 e acedido em 11/12/2014

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2014, a ASTA foi selecionada para repartir com vários historiadores e público fascinado por paisagem, as suas terras ricas em barrocos ancestrais e particularidades interessantes.

A preparação adveio desde o ano de 2013, com diversas visitas de membros da Academia Petrarca à instituição e de membros da Instituição à sede na Holanda para negociações. Assim sendo, a Semana Europeia da Paisagem realizou-se na ASTA entre os dias 21 a 27 de abril de 2014, e como fruto palpável deste evento, ficou registado que iria ser lançado um livro com as reflexões dessa semana.

Figura 17 - Cartaz da Semana Europeia da Paisagem na ASTA

Fonte: http://semanapetrarcaasta.wix.com/semanaeuropeiadapaisagem#!about-us/cjg9 e acedido em 11/12/2014

2.6.4.1. PREPARAÇÃO DA MAQUETE

Depois de várias conversas com a supervisora e presidente da Instituição, ficou definido que seria um livro com cerca de 75% do espaço dedicado a fotografias e com 25% de conteúdo textual. Foi mostrado à estagiária um livro semelhante ao pretendido pela Instituição, tanto em medidas como no conteúdo. Assim sendo, e depois de várias propostas de tamanho foi colocado como base da maquete, 170 mm x 225 mm tornando-se um pouco maior que o formato A5.

As fotografias utilizadas, seriam disponibilizadas por uma fotógrafa que participou na semana e os conteúdos textuais deveriam ser fornecidos por cada um dos sete ateliers.

Na realidade, poucos conteúdos estavam na posse da Associação, tendo sido a maior parte do trabalho realizado com texto Lorem Ipsum, um modelo utilizado na indústria

Referências

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