• Nenhum resultado encontrado

Avaliação longitudinal do espaço presente posterior do arco dentário mandibular em crianças dos 7 aos 10 anos

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Avaliação longitudinal do espaço presente posterior do arco dentário mandibular em crianças dos 7 aos 10 anos"

Copied!
80
0
0

Texto

(1)

JOÃO SARMENTO PEREIRA NETO

AVALIAÇÃO LONGITUDINAL DO ESPAÇO PRESENTE

POSTERIOR DO ARCO DENTÁRIO MANDIBULAR EM

CRIANÇAS DOS 7 AOS 10 ANOS.

Tese apresentada à Faculdade de Odontologia de Piracicaba, da Universidade Estadual de Campinas, para obtenção de Título de Livre Docente.

Piracicaba (SP) 2013

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA

(2)

Ficha catalográfica

Universidade Estadual de Campinas

Biblioteca da Faculdade de Odontologia de Piracicaba Marilene Girello - CRB 8/6159

P414a

Pereira Neto, João Sarmento, 1957-

Avaliação longitudinal do espaço presente posterior do arco dentário mandibular em crianças dos 7 aos 10 anos / João Sarmento Pereira Neto. -- Piracicaba, SP: [s.n.], 2013.

Tese (livre docência) – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba.

1. Terceiros molares. 2. Dentição mista. I. Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de

(3)

A verdadeira coragem é ir atrás de seus

sonhos, mesmo quando todos dizem que são

impossíveis”

Cora Coralina

(4)

Á DEUS, pela criação da vida e de tudo que nos rodeia,

que a cada momento nos fascina pela beleza, perfeição e

exatidão.

(5)

Aos meus pais, Eloi e Maria de Jesus

(in memoriam

), que,

através do trabalho, do esforço e da perseverança,

ensinaram-me a superar todos os

obstáculos da vida, a minha dedicação especial.

À D. Noêmia Cardoso de Araújo (in

memoriam),

que acolheu a

um desconhecido como a um filho, sem saber que meus pais eram

seus grandes amigos em sua terra natal, a minha

eterna gratidão.

Ao meu cunhado Oswaldo Brancallion Filho (in

memoriam)

pela

constante manifestação de amizade, apoio e confiança no

decorrer de nossa convivência.

Aos meus Sobrinhos, Karina, Luiz Gustavo e Oswaldo

Brancallion.

Aos meus Irmãos Eloi Filho, Emanuel, Eclezio, Antônio,

América, Elódia, Francisca e Inês.

À minha família, dedico este trabalho.

(6)

AGRADECIMENTOS

Ao Reitor da Universidade Estadual de Campinas, Prof. Dr. José Tadeu Jorge.

Ao Diretor da Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Prof. Dr. Jacks Jorge Junior.

Aos Professores do Departamento de Odontologia Infantil da Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Doutoras: Fernanda Miori Pascon Maria Beatriz Duarte Gavião, Maria Beatriz Borges de Araújo Magnani, Marinês Nobre dos Santos, Regina Maria Puppin Rontani e Vânia Célia Vieira de Siqueira, pelo esforço conjunto no ensino de uma Odontologia Infantil integrada.

À Professora Doutora Maria Helena Castro de Almeida (in memoriam), pela sua dedicação à minha formação profissional pelos conhecimentos transmitidos, manifestação de amizade, mostrando-me o caminho da sabedoria e da verdade..

À funcionária Nilmes Cizer, da Área de Ortodontia da FOP/UNICAMP pela sua dedicação e esforço.

(7)

RESUMO

O presente estudo teve o objetivo de verificar longitudinalmente, em telerradiografias da cabeça obtidas em norma lateral de crianças na faixa etária dos 7 aos 10 anos, o Espaço Presente Posterior do arco dentário inferior correlacionando-o com as alterações em comprimento do corpo e na altura do ramo mandibular, destacando as possíveis diferenças sexuais. A amostra constou de 33 pastas, sendo 19 pertencentes a crianças do sexo masculino e 14 do feminino, consideradas as telerradiografias da cabeça em norma lateral que foram obtidas anualmente da mesma criança aos 7, 8, 9 e 10 anos perfazendo um total de 132 exames radiográficos. Diante da análise dos resultados foi possível concluir que aos 8 anos no sexo masculino a altura média do ramo era de 51,46mm e no feminino de 50,52mm e, aos 9 anos houve um crescimento no ramo para o sexo masculino passando para 53,05mm e, no sexo feminino este crescimento foi de 52,92mm em média. Aos 10 anos, o sexo feminino teve uma média maior na altura do ramo, passando de 52,9mm para 55,16mm; o crescimento do Corpo Mandibular não apresentou alterações milimétricas no período estudado, houve crescimento, mas não houve dimorfismo sexual No sexo masculino este crescimento foi de 5,89mm e no feminino de 5,73mm, embora tenha sido 0,16mm maior no sexo masculino; para a medida do Comprimento Total da Mandíbula houve um aumento médio de 6,77mm para o sexo masculino e de 7,25mm para o feminino, com uma diferença entre ambos de 0,48mm, aos 8, 9 e 10 anos. A maior média de crescimento foi aos 9 anos para o sexo feminino cujo comprimento mandibular passou de 102,01mm para 105,56mm. O maior crescimento foi nas idades dos 8 aos 10 anos em ambos os sexos, mas com um incremento maior no sexo feminino; para o Espaço Presente Posterior foi evidenciado que aos 7 anos de idade os valores médios apresentaram pouca diferença numérica mas, dos oito aos 10 anos, as diferenças entre os sexos foram bem evidentes, enquanto no sexo masculino houve um aumento de 2,27mm, o sexo feminino teve quase que o dobro de alteração nesta medida, dos sete aos dez anos, tendo um aumento de 4,34mm apresentando uma diferença entre as médias de 2,07mm. Depois dos sete anos houve uma divergência crescente para o sexo feminino.

(8)

ABSTRACT

The present study aimed to verify longitudinally, teleradiographs obtained annually in children aged from 7 to 10 years, the retromolar space in the mandibular arch, correlated with changes in body length and height ramus, detecting the possible sex differences . The sample consisted of 33 folders, 19 belonging to male children and 14 women, considered radiographs of the head in lateral view were obtained annually from the same child at 7, 8, 9 and 10 years for a total of 132 radiographic examinations . After analyzing the results it was concluded that after 8 years in the male branch average height was 51.46 mm and 50.52mm in females and, at 9 years there was an increase in the branch for males passing for 53.05mm and, in females, the growth was 52.92 mm on average. At age 10 , females had a higher mean in ramus height , from 52.9 mm to 55.16 mm ; Mandibular growth corps did not change during the study period, there was growth , but there was no sexual dimorphism in male growth was 5.89 mm and 5.73 mm in females , although it was 0.16 mm greater in males , to measure the total length of the mandible increased an average of 6.77 mm for males and 7 25mm for females , with a gap between them of 0.48 mm , at 8 , 9 and 10 years. The highest average growth was at 9 years for females whose mandibular length increased from 102.01 mm to 105.56 mm. The largest growth was in ages from 8 to 10 years in both group , but with a higher increase in the female ; into Retromolar Space it was shown that at 7 years of age the average values showed little difference in numbers but , from eight to 10 years, the differences between the sex were evident , while in males there was an increase of 2.27mm, females had almost twice the change in this measure , from seven to ten years with an increase of 4.34 mm showing a difference between the mean of 2.07 mm . After seven years there has been a growing divergence for females.

(9)

SUMÁRIO

Página Resumo Abstract 1. Introdução 10 2. Revisão da Literatura 12 3. Objetivos 26 4. Materiais e Métodos Considerações Éticas 4.1 Materiais 4.1.1 Distribuição da Amostra

4.1.2 Critérios de Inclusão e Exclusão 4.2 Métodos

4.2.1 Método Cefalométrico

4.2.1.1 Elaboração do Cefalograma 4.2.1.2 Determinação das Estruturas Anatômicas

4.2.1.3 Determinação dos Pontos Cefalométricos

4.2.1.4 Métodos de Medição

a) Altura do Ramo Mandibular b) Corpo Mandibular

c) Comprimento Mandibular Total d) Espaço Presente Posterior 4.2.2 Método Estatístico 4.2.3 Confiabilidade do Método 27 27 27 27 27 28 28 28 29 30 31 31 32 33 34 36 36 5. Resultados 37 6. Discussão 62 7. Conclusões 68 Referências 70

Anexo I – Certificado do CEP

Anexo II - Teste de Homogeneidade

73 75

(10)

1. INTRODUÇÃO

A Ortodontia está vinculada a uma complexidade de fatores que decorrem dos diferentes padrões de crescimento e desenvolvimento do crânio e da face, necessita de meios para diagnósticos mais precisos capazes de estabelecerem estratégias de tratamento que favoreçam a reparação funcional do aparelho mastigatório bem como a recomposição estética dos arcos dentários e regiões peribucais (SANTOS, 1983).

O interesse pelo estudo do espaço entre o primeiro ou segundo molar permanente e o ramo ascendente da mandíbula, firmado na literatura na década de cinquenta com EGGNATZ (1950) e LEYARD Jr (1953) tornou-se evidente a partir de 1978 por MERRIFIELD, que descreveu a Análise do Espaço Total da Dentição, ressaltando a importância da análise do segmento posterior do arco dentário inferior durante a avaliação do paciente e enfatizou que a borda posterior do ramo mandibular representa o limite posterior da dentição.

MERRIFIELD (1978) destacou a importância da Análise do Espaço Total no diagnóstico das desarmonias dentárias, acrescentando que essa análise inclui a área posterior do arco que, por muito tempo, foi negligenciada pelos ortodontistas. Tal análise possibilita ao profissional condições de opinar sobre a conservação ou extração dos terceiros molares no momento do planejamento ortodôntico, inviabilizando a possibilidade dos terceiros molares causarem distúrbios nas diferentes fases do tratamento e na aplicação da mecânica a ser estabelecida.

Ciente do fato de que a maioria dos pacientes submetidos a tratamento ortodôntico é jovem e, portanto, com potencial de crescimento, é fundamental que o ortodontista procure conhecer antecipadamente, as tendências de crescimento dos pacientes e que se aproxime ao máximo do valor correto das medidas estabelecidas para este crescimento, possibilitando a realização de seu planejamento de uma maneira mais confiável possível. Assim, foi realizado o presente estudo com a finalidade de verificar as perspectivas de crescimento no segmento posterior do arco dentário em crianças dos 7 aos 10 anos de idade em um estudo longitudinal, estabelecendo as possíveis diferenças entre os sexos quanto á quantidade de espaço nesta região da mandíbula proporcionando desse modo,

(11)

parâmetros para que o Ortodontista possa utilizar no Diagnóstico, Planejamento e elaboração de estratégias de tratamento em seus pacientes.

(12)

2. REVISÃO DA LITERATURA

BROADBENT (1943) por meio de um estudo longitudinal realizado na análise de radiografias da cabeça em norma lateral e frontal correlacionou o desenvolvimento facial normal e a irrupção dos terceiros molares e constatou que no crescimento normal da face haveria espaço suficiente para a irrupção de todos os dentes permanentes em suas respectivas posições se os ossos de suporte estivessem em sincronia com a sequência irruptiva, haveria uma tendência a assumir a posição que ocupavam quando o osso estivesse num estágio mais precoce. O autor destacou também que grupos de indivíduos com ausência de terceiros molares, quando comparados aos que apresentavam estes dentes, mostraram diferenças significativas em todas as dimensões faciais e afirmou ainda que a face das pessoas com três ou quatro terceiros molares impactados é menor que nos indivíduos que os possuem em oclusão, apresentando também dimensões faciais diminuídas.

HILLIN (1947) por meio de uma revisão da literatura, observou que através da análise de telerradiografias da cabeça em norma lateral de pacientes jovens quanto à posição dos terceiros molares e do espaço entre a distal do segundo molar e o ramo mandibular, haveria maior probabilidade de previsão de impactações no segmento posterior da dentição com alto grau de precisão. Concluiu que a remoção dos terceiros molares impactados antes da formação completa das raízes deve ser recomendada, antecipando-se á mineralização das estruturas adjacentes.

Analisando a importância nas interpretações radiográficas dos terceiros molares, EGGNATZ (1950) ressaltou a necessidade de um estudo longitudinal relacionado à erupção dos terceiros molares inferiores para estabelecer uma previsão, mostrando o espaço presente entre a face distal

(13)

do segundo molar inferior permanente e a borda anterior do ramo ascendente da mandíbula, possibilitando um melhor diagnóstico em pacientes a serem submetidos a tratamento ortodôntico.

LEDYARD Jr (1953) propôs um método para a previsão de espaço para terceiros molares inferiores por meio de radiografias laterais da área retromolar mandibular tendo por base uma amostra de 375 indivíduos com harmonia facial. Sobre o plano oclusal mediu a distância da face distal do primeiro molar inferior á borda anterior do ramo da mandíbula que é o espaço presente no início do tratamento. Por outro lado, como espaço requerido considerou a somatória das distâncias mesiodistais das coroas do segundo e terceiros molares inferiores. Segundo o autor, a diferença entre o espaço presente e o requerido indicaria a possibilidade ou não de irrupção dos terceiros molares inferiores. Verificou que entre os 8 e 14 anos de idade, o crescimento médio do espaço presente foi de 7,7mm para cada lado da mandíbula. Destacou ainda que após os 14 anos há pouco crescimento nesta área. Concluiu que o Ortodontista pode basear-se em tais medidas para fundamentar seu plano de tratamento.

BJORK, JENSEN E PALLIN (1956) analisaram cefalometricamente, a impactação dos terceiros molares. A amostra constou de telerradiografias da cabeça em norma lateral de 480 pacientes do sexo masculino que foi dividida em dois grupos: o primeiro com 243 indivíduos em fase de crescimento, examinados duas vezes, aos 12 e 20 anos; o segundo grupo composto por 237 indivíduos na faixa etária dos 19 a 30 anos. Definiram como espaço para os terceiros molares a distância que vai da face distal do segundo molar inferior até o bordo anterior do ramo mandibular tendo como referência uma linha que vai do bordo incisal dos incisivos até o centro da face oclusal do segundo molar inferior. Baseados nos resultados, os autores

(14)

concluíram que a interpretação do padrão de crescimento facilita o prognóstico do ortodontista em relação ao terceiro molar e que, em casos de impactação o espaço distal do segundo molar inferior se encontrava reduzido, em função do crescimento condilar mais acentuado no sentido vertical; pouco crescimento no comprimento mandibular em proporção á quantidade de estrutura dentária; mineralização tardia do terceiro molar.

HARRIS (1962), utilizou 233 telerradiografias laterais, obtidas em intervalos anuais, de 22 indivíduos do sexo feminino e 18 do masculino, com idade dos 4 aos 12 anos, com o intuito de estudar os incrementos ocorridos na mandíbula. Em cada radiografia foram traçados o corpo, ramo e côndilo mandibular, sendo realizada a medição da distância que vai da cabeça do côndilo ao gnátio. Observou que o comprimento mandibular foi 2 mm menor no sexo feminino. Os indivíduos do sexo masculino apresentaram pouco crescimento dos 6 aos 7 e dos 9 aos 10 anos. O período de maior crescimento foi dos 7 aos 8 anos e dos 10 aos 12 anos. O sexo feminino apresentou pouco crescimento entre 5 e 6 e entre 8 e 9 anos de idade. O período de aceleração de crescimento foi compreendido entre 6 e 7 anos e 9 e 10 anos.

MAJ e LUIZI (1964), com base em radiografias laterais de 28 indivíduos (16 do sexo feminino e 12 do masculino) com idades de 9 a 13 anos, obtidas anualmente, realizaram um estudo longitudinal com o objetivo de avaliar o crescimento mandibular. Utilizaram três grandezas lineares e uma angular: comprimento da mandíbula (Co-Me), altura do ramo (Co-Go), comprimento do corpo mandibular (Go-Me) e ângulo goníaco. Todas as medidas foram avaliadas por superposições. Concluíram que o aumento da mandíbula nos indivíduos do sexo feminino é um terço maior em relação ao sexo masculino, em função do aumento do ramo. Não encontraram diferença

(15)

no comprimento do corpo da mandíbula em relação ao sexo. Destacaram ainda que a mandíbula cresce por surtos; todavia o aumento do corpo independe do ramo.

SAVARA e TRACY (1966) realizaram um estudo longitudinal com o objetivo de avaliar o tamanho, bem como as taxas de crescimento anual de cinco regiões mandibulares, em 50 indivíduos do sexo feminino, com idades variando de 3 a 16 anos. Utilizaram radiografias em norma póstero-anterior e lateral. Observaram um comprimento mandibular máximo de 3,09cm e comprimento de corpo de 2,29cm, seguido pela largura bicondilar de 2,05cm, largura bigoníaca de 2,05cm e 1,72cm para a altura do ramo. Constataram que a taxa de crescimento mandibular diminui na infância e aumenta alcançando um máximo, no período pré-puberal, para diminuir em seguida. A maior taxa de crescimento no período da puberdade foi encontrada para a altura do ramo e largura bicondilar, que corresponde á idade ente 11 a 12 anos.

TRACY e SAVARA (1967) realizaram um estudo longitudinal com o objetivo de avaliar o tamanho, bem como as taxas de crescimento anual de cinco regiões mandibulares, em 50 indivíduos do sexo masculino, com idades variando de 3 a 16 anos. Utilizaram radiografias em norma póstero-anterior e lateral. Constataram que no sexo masculino há uma predominância de crescimento mandibular em largura do que em altura. O surto de crescimento dos meninos ocorre mais tardiamente e com mais intensidade na largura bigonial, comprimento do corpo, comprimento máximo e altura do ramo que nas meninas. O ramo cresce de 4,07cm dos 3anos para 6,15cm aos 16 anos, sendo verificado um maior aumento entre 13-14anos. O crescimento mandibular aumenta de 6,22cm para 8,83cm dos 3 aos 16 anos, sendo maior durante a infância do que na adolescência.

(16)

humano analisou 25 crânios de adultos com oclusão normal utilizando as respectivas telerradiografias da cabeça em norma lateral. O autor afirmou que o prognóstico seria de 100% favoráveis á irrupção dos terceiros molares, se nas telerradiografias estes estivessem localizados em posição mesial a uma linha oblíqua que vai do pogônio ao ramo ascendente da mandíbula. Quanto mais distalizada esta linha, mais desfavorável seria o prognóstico da sua irrupção. Então para testar esta hipótese analisou 31 casos tratados ortodonticamente e chegou á conclusão que se os terceiros estiverem situados à frente da linha oblíqua, terão 50% de chances para irromper. Verificou também que nos casos tratados sem extração de pré-molares e terceiros pré-molares presentes na cavidade bucal, houve uma media de 49% de espaço e nos casos com extrações esta média correspondeu a 74%. Estes dados sugeriram que um aumento no espaço avaliado para o terceiro molar é mais favorável nos casos em que foi indicada a extração dos pré-molares. Afirmou ainda que a impactação dos terceiros molares inferiores deveria ser prognosticada numa fase precoce e, caso seja feita a opção de não extrair outros dentes, este deveria ser removido, já que 45% dos casos tratados sem extrações de pré-molares requerem extrações dos terceiros molares.

BJORK e SKIELLER (1972) realizaram um estudo longitudinal com o propósito de correlacionar os fenômenos da irrupção dentária com o desenvolvimento e crescimento maxilomandibular na tentativa de solucionar problemas da falta de espaço para os dentes na época da puberdade. Observaram 21 indivíduos de ambos os sexos, com idade dos 8 até 20 anos, independente do tipo de maloclusão. A avaliação teve a duração de seis anos através de observações anuais durante 3 anos, com auxílio de implantes metálicos e telerradiografias laterais. Concluíram que a característica geral do desenvolvimento facial é a rotação para frente, sendo este processo

(17)

mais acentuado na mandíbula, necessitando, essa rotação, de adaptações compensatórias para irrupção dos dentes. Observaram que a reabsorção do bordo anterior do ramo ascendente da mandíbula, na maioria dos casos, foi pequena, estatisticamente insignificante. O desenvolvimento em comprimento do arco inferior esteve mais correlacionado ao crescimento em altura do que à inclinação do ramo mandibular. O desenvolvimento em altura esteve associado à direção do crescimento condilar.

SILLING (1973) observando a falta de espaço na mandíbula como sendo a causa geralmente aceita para a impactação dos terceiros molares inferiores, utilizou telerradiografias da cabeça obtidas em norma lateral, nas fases pré e pós-tratamento, de 100 indivíduos tratados ortodonticamente sem extrações. Verificou que movimentos no sentido posterior ou inclinações distais dos primeiros e segundos molares inferiores aumentam as chances de impactação dos terceiros molares. Os resultados mostraram que 67% dos pacientes do sexo masculino e 69% do feminino, tratados sem extrações, desenvolveram terceiros molares impactados. Considerou que no diagnóstico e planejamento do tratamento das maloclusões, a possibilidade de impactação dos terceiros molares deve ser questionada, principalmente no que ser refere à decisão de extração ou não de pré-molares, baseada no conceito de que a perda de dentes no segmento médio da dentição diminui a tendência de sua impactação permitindo a rotação normal de sua coroa até o posicionamento adequado para a sua erupção.

TURLEY e CHACONAS (1975) realizaram um estudo baseado numa amostra de 180 telerradiografias da cabeça e norma lateral, de 60 indivíduos, numa faixa etária compreendida dos 5 aos 15 anos, obtidas nas fases pré, pós-tratamento e após a remoção da contenção ortodôntica.

(18)

Mediram o espaço disponível entre a distal do segundo molar até o ponto Xi (centro geométrico do ramo da mandíbula). Os resultados encontrados para estas distâncias foram de 21,44mm para o grupo com terceiros molares impactados; 25,5mm para o grupo com terceiros molares irrompidos e desocluídos e 29,63mm para o grupo com terceiros molares irrompidos e em oclusão. Os autores destacaram que nos indivíduos com menos de 20mm entre o Xi e a distal do segundo molar permanente (em torno de 25% da população), as possibilidades de que o terceiro molar inferior fique impactado e de que irrompa numa posição inadequada, estaria em torno de 80%. Afirmaram ainda que nestes casos, as extrações destes dentes deveriam ser feitas de imediato.

DIERKES (1975) analisou um grupo de 62 pacientes, sendo 32 do sexo masculino e 28 do feminino, tratados ortodonticamente e, com idade média de 12 anos ao início do tratamento. A amostra foi dividida em três grupos: com extrações dos primeiros pré-molares inferiores, com extrações dos segundos pré-molares e sem extrações dentárias. Para cada grupo foram feitos exames radiográficos no pré, pós-tratamento e dois anos após a remoção da contenção. O crescimento mandibular total foi verificado pela medição de uma linha formada pela união dos pontos Articular e Pogônio. Os resultados encontrados indicaram crescimento mandibular nos três grupos estudados. Não houve correlação estatisticamente significante, na mudança de inclinação dos terceiros molares inferiores em relação ao plano mandibular, nem no movimento mesial dos primeiros molares nos grupos e nos momentos avaliados. O estudo mostrou que a remoção do primeiro ou do segundo pré-molar ajuda no surgimento de espaço para a irrupção dos terceiros molares, quando comparados ao grupo sem extrações. Por outro lado, o autor relatou ainda, que houve um número significante de terceiros

(19)

molares nos grupos com extrações dentárias de pré-molares que permaneceram impactados.

PRATES (1976) realizou um estudo em 40 crianças na faixa etária dos 11 aos 15 anos, com oclusão normal para evidenciar as características cefalométricas e estabelecer comparações destas com o processo de crescimento e desenvolvimento ósseo. Com base nos resultados concluiu que a grandeza cefalométrica relacionada ao ramo da mandíbula (Go-Cd) e a altura total da face (N-Me) evidenciaram crescimento significante no sexo feminino.

Em 1978, MERRIFIELD, desenvolveu o método da Análise do Espaço Total de Dentição, salientando a importância deste para o diagnóstico e plano de tratamento. Para esta análise, o espaço total foi dividido em três segmentos: anterior, médio e posterior, cada um dos quais evidenciando diferentes valores de discrepâncias do arco dentário inferior. No segmento posterior foi avaliada a discrepância de modelo, com espaço presente medido da distal do primeiro molar à borda anterior do ramo da mandíbula e o espaço requerido compreendendo a distância mesiodistal do segundo e terceiro molares, a este adicionado também o espaço do crescimento estimado. Para o cálculo do espaço presente, o autor determinou que primeiramente é traçado o plano oclusal por meio de uma perpendicular tangente á face distal do primeiro molar e que a distância, em milímetros, deste ponto ao bordo anterior do ramo da mandíbula, medido sobre o plano oclusal constituindo assim, o espaço presente. A estimativa de crescimento está baseada nos estudos de James e Cross, os quais atribuíram, 2 mm de incremento anual para o sexo feminino até 14 anos e para o sexo masculino até os 16 anos. Para a avaliação do espaço, pode ser usada a radiografia periapical ou radiografias da cabeça obtidas em norma lateral ou em 45º.

(20)

BISHARA et al (1981) realizaram um estudo longitudinal em 20 indivíduos do sexo masculino e 15 do feminino por meio de medições em telerradiografias laterais obtidas anualmente, com o intuito de verificar as mudanças nos padrões de altura e comprimento mandibular. Com base nos resultados verificaram que houve uma velocidade máxima de crescimento mandibular no sexo masculino aos 13,8 anos e no sexo feminino aos 10,8 anos, bem como a mínima aos 10,4 e 8,6 para o sexo masculino e feminino respectivamente. O valor médio da mandíbula dos 8 aos 17 anos foi de 21,1mm para o sexo masculino e 13,7mm para o feminino.

SANTOS (1985) realizou um estudo numa amostra de 100 telerradiografias em norma lateral obtidas de pacientes da Clínica de Pós-Graduação em Ortodontia da FOP/UNICAMP, leucodermas brasileiros, naturais da cidade de Piracicaba (SP), com maloclusão Classe I de Angle, com idade entre 11 e 16 anos, distribuída equitativamente quanto ao sexo. O objetivo do presente estudo consistiu em avaliar os valores médios no segmento posterior da dentição utilizando o método de Merrifield. Diante dos resultados encontrados houve evidências de que há valores mais elevados para o sexo feminino (10,44mm), em comparação com o masculino (9,79mm) sugerindo possível crescimento do segmento posterior no período de 11 a 16 anos. Destacou ainda que o maior aumento ocorreu no período de 11 a 13 anos para o sexo feminino e de 14 a 16 anos para o masculino, embora tenha sido constatado por meio da análise de variância que não exista dimorfismo sexual no período estudado.

FREITAS (1989) com o intuito de comprovar o método proposto por MERRIFIELD (1978) para a previsão do espaço para os terceiros molares inferiores, nas fases de infância e/ou adolescência, utilizou telerradiografias da cabeça em norma lateral de 32 indivíduos, sendo 16 do

(21)

sexo masculino e 16 do feminino, submetidos a tratamento ortodôntico pela técnica de Edgewise. A amostra foi dividida em dois grupos, com e sem extrações de primeiros pré-molares. Os resultados mostraram acerto do método de previsão de espaço, acusando impactação em todos os casos da amostra. O autor destacou que o método deve ser utilizado como auxiliar de diagnóstico e não como fator determinante de extrações dentárias. Os valores obtidos indicaram que, no grupo com extração, houve 3,0mm a mais de aumento na região de terceiro molar inferior, em cada hemiarco, quando comparada com o grupo sem extração. A diferença seria devido à migração dos dentes posteriores, no sentido mesial e que este aumento de espaço não foi suficiente para a acomodação dos terceiros molares.

MODIANO (1991) por meio da análise cefalométrica de 160 telerradiografias da cabeça em norma lateral obtidas de 80 indivíduos com oclusão normal e 80 com maloclusão do tipo Classe II, divisão 1, comparou os valores médios do espaço presente no segmento posterior da mandíbula entre os dois grupos, com o intuito de determinar os incrementos médios anuais. Utilizou o método proposto por MERRIFIELD (1978). O autor verificou que os valores médios encontrados para o segmento posterior do arco dentário inferior foi de 11,0mm para os indivíduos com oclusão normal e 8,87mm para o grupo de Classe II, divisão 1 na faixa etária dos 11 a 16 anos; o incremento anual determinado para o hemiarco inferior esquerdo foi de 0,73mm para a oclusão normal e 0,45mm para a maloclusão de Classe II. Desse modo concluiu que os valores médios obtidos para o espaço presente no segmento posterior do arco dentário inferior possibilitam ao ortodontista aplicar o método de Análise do Espaço Total da dentição com maior precisão e, consequentemente, elaborar um diagnóstico e um plano de tratamento mais adequado do caso.

(22)

MERRIFIELD (1994) afirmou que a região posterior da dentição é de grande importância, destacando que a dentição tem um limite posterior. Independentemente da idade, o limite posterior é o bordo anterior do ramo mandibular. Ressaltou ainda que um aumento estimado do comprimento na região posterior do arco, com base na idade e no sexo, é adicionado a esse valor. Certas variáveis imprevisíveis devem ser consideradas na estimativa do aumento no espaço disponível posterior tais como a taxa de migração mesioclusal do primeiro molar inferior; taxa de reabsorção do bordo anterior do ramo; época de término da reabsorção molar; sexo e idade do paciente.

VADEN et al. (2002) relataram que a análise do segmento posterior da dentição é de vital importância em todo planejamento ortodôntico, existindo um limite posterior para a dentição, e independente da idade este limite no arco inferior é a borda anterior do ramo mandibular. O espaço requerido na análise do espaço posterior é a largura mesiodistal dos segundos molares e dos terceiros molares do arco inferior o qual, durante a fase de crescimento é de difícil avaliação. A medida linear do espaço presente, distal aos primeiros molares inferiores é feita em milímetros. A medida é realizada no plano oclusal, a partir da distal do primeiro inferior até a borda anterior no ramo. O limite posterior pode ser de 2 a 3 mm na distal da borda anterior do ramo por causa da porção lingual que existe para acomodar os molares inferiores. Uma estimativa do aumento do comprimento do arco posterior com base tanto na idade como no sexo é adicionada ao valor encontrado. Normalmente ocorre um aumento na região posterior da arcada de 3 mm por ano, até os 14 anos de idade no sexo feminino e 16 anos de idade no masculino, significando um aumento de 1,5 mm em cada lado por ano, após a irrupção total dos primeiros molares. Em

(23)

pacientes adolescentes do feminino acima de 15 anos e masculino acima de 16 anos, uma medida a partir do ponto distal do primeiro molar até a borda anterior do ramo oclusal é importante para determinar o espaço disponível na região posterior. O sintoma mais facilmente reconhecível de uma falta de espaço posterior em pacientes jovens é a irrupção tardia do segundo molar. Existe um problema de espaço posterior, se na idade da irrupção normal do segundo molar não houver espaço. A análise de espaço posterior em falta ou excesso possibilita um baixo fator de dificuldade de tratamento, em torno de 0,5, porque a falta de espaço pode ser facilmente corrigida removendo o terceiro molar. A análise do espaço posterior define a decisão de qual procedimento será realizado nesta região por ocasião tratamento ortodôntico. A discrepância posterior deve ser medida e projetada da seguinte maneira: se existir uma boa posição dos terceiros molares e o espaço posterior for menor que 5 mm, o profissional deve avaliar o total desenvolvimento dos terceiros molares; se houver má posição dos terceiros molares no planejamento ortodôntico é indicado extração dos terceiros molares inferiores, e esperar os terceiros molares superiores até os 16 anos de idade; de 5 mm a 15 mm extração.

Em 2004, ALMEIDA et al, realizaram um estudo com o objetivo de comparar três métodos para avaliar o espaço no segmento posterior mandibular, o de MERRIFIELD (1986), RICKETTS (1976) e o de RICHARDSON (1992). Utilizaram uma amostra de 60 telerradiografias laterais de indivíduos brasileiros com idades variando dos 9 aos 19 anos, todos com maloclusão Classe II, divisão 1, igualmente dividida em dois grupos conforme o sexo. Evidenciaram que para a avaliação do espaço posterior da arcada inferior o método a ser usado não tem grande variabilidade, independe do método de avaliação. Nesta avaliação, o sexo

(24)

feminino apresentou uma média de crescimento maior, com um valor de 12,17mm enquanto que no masculino este valor foi de 8,81mm nas idades dos 9 aos 12 anos; não houve correlação significante entre os métodos de mensuração do segmento posterior, conforme demonstrado pelo teste t de student a um nível de 1%.

STALEY, 2004, afirmou que é importante a avaliação da posição dos segundos e terceiros molares não irrompidos. Quando o segundo molar não tiver erupcionado e os germes dentários dos terceiros molares estiverem separados por espaços e o segundo molar em desenvolvimento estiver distante do primeiro molar irrompido, provavelmente o espaço retromolar será adequado. Quando o segundo molar estiver irrompido e os germes do terceiro molar estiverem acondicionados contra a superfície distal do mesmo, é provável que o comprimento da região retromolar seja inadequado. A impactação dos segundos molares exige tratamento, e quando o germe do terceiro molar inferior estiver localizado exatamente atrás e acima do segundo molar inferior impactado, deve-se remover o terceiro molar, para liberar o segundo molar para sua irrupção.

VADEN, KLONTZ e DALE (2012) afirmaram que criar uma discrepância fazendo ajustes no segmento médio ou anterior não é prudente. Igualmente imprudente é não usar um excedente de espaço posterior para ajudar a aliviar a deficiência do segmento anterior ou médio. Os autores destacaram ainda que o sintoma mais facilmente reconhecível da deficiência de espaço posterior em paciente jovens é a erupção tardia dos segundos molares permanentes. Se não há espaço disponível para estes dentes na idade de sua erupção normal, parece óbvio que existe um problema de espaço posterior e sugeriram que uma deficiência de espaço posterior pode ser resolvida com a remoção do terceiro molar.

(25)

DALE e DALE (2012) relataram que as discrepâncias de tamanho entre dente e mandíbula ainda hoje, ainda são avaliadas por análises orientadas pelos dentes, consideradas pelos autores como análises convencionais que têm o objetivo de avaliar com maior grau de precisão possível, apinhamentos futuros na dentição permanente, usando uma previsão da largura mesiodistal dos caninos permanentes e pré-molares mandibulares. Afirmaram ainda que, as várias análises da dentição mista demonstram somente a discrepância e não indicam a área exata onde a discrepância ocorre e que em muitos casos, o problema está confinado em uma área específica. Para poder direcionar um tratamento especificamente para um segmento específico da dentição, o conhecimento da área de maior deficiência é desejável, sendo indicada uma análise do espaço total, que envolve a análise das áreas anterior, média e posterior.

(26)

3 - Objetivos:

O presente estudo teve o objetivo de verificar longitudinalmente, em telerradiografias da cabeça obtidas em norma lateral de crianças na faixa etária dos 7 aos 10 anos, o Espaço Presente Posterior do arco dentário inferior correlacionando-o com as alterações em comprimento do corpo e na altura do ramo mandibular, destacando as possíveis diferenças sexuais.

(27)

4.0

Materiais e Métodos

Considerações Éticas

O presente estudo somente foi realizado com a aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP, protocolo 100/2013, conforme visto no Anexo I.

4.1 Materiais

4.1.1 Distribuição da Amostra

Para a realização da presente pesquisa foram examinadas 150 pastas de documentação odontológica do arquivo da Área de Ortodontia da FOP/UNICAMP, sendo selecionada uma amostra de 33 pastas, sendo 19 pertencentes a crianças do sexo masculino e 14 do feminino. Para cada pasta foram consideradas as telerradiografias da cabeça em norma lateral que foram obtidas anualmente da mesma criança aos 7, 8, 9 e 10 anos. Desse modo foram consideradas quatro radiografias para cada paciente perfazendo um total de 132 exames radiográficos.

4.1.2 Critérios de Inclusão e Exclusão

Como critérios de inclusão no estudo foram consideradas as documentações de indivíduos leucodermas brasileiros da região de Piracicaba (SP) com idade inicial de 7 anos, boa saúde geral e bucal, ausência de síndromes e de hábitos bucais deletérios, relação dos caninos decíduos em chave de oclusão, Primeiros Molares Permanentes em Classe I de Angle, existência na pasta de documentação de quatro telerradiografias da cabeça obtidas em norma lateral aos 7, 8 9 e 10 anos, devidamente

(28)

cefalométrica. As documentações dos pacientes que não atenderam os critérios de inclusão não foram consideradas no presente estudo.

4.2 Métodos

4.2.1 Método Cefalométrico

4.2.1.1 Elaboração do Cefalograma

Foram elaborados os cefalogramas da amostra selecionada para a realização do presente estudo, delimitando inicialmente as estruturas anatômicas da mandíbula e os dentes da maxila, possibilitando traçar os pontos, planos e linhas necessárias ao estudo tendo por base o protocolo da disciplina de Ortodontia da FOP-UNICAMP.

As radiografias foram traçadas por um único pesquisador numa sala obscurecida sob iluminação indireta, com o auxílio de um negatoscópio. Foi utilizado papel “ultraphan” no tamanho padronizado de 17,5cm x 17,5cm e 0,07mm de espessura, fixado com fita adesiva as margens superior e inferior, sendo a inferior fixada somente no lado esquerdo. O desenho foi feito com lapiseira 0,3mm, régua transparente com subdivisões de 0,5mm, paquímetro digital da marca Starrett® e fita adesiva.

Com o intuito de padronizar os traçados das estruturas anatômicas bilaterais, que apresentavam dupla imagem radiográfica, foi adotado o critério de traçar sempre a menor imagem, ou seja, a mais próxima da película, pelo fato desta indicar com maior aproximação, o tamanho real das estruturas anatômicas, sendo considerada a imagem do lado esquerdo.

(29)

4.2.1.2 Determinação das Estruturas Anatômicas

Para a elaboração do Cefalograma foi seguido o protocolo de cefalometria da Área de Ortodontia da FOP/UNICAMP. Desse modo foi feita a delimitação do contorno anatômico da cortical externa e interna da sínfise mandibular; borda inferior da mandíbula; borda posterior do ramo ascendente; côndilo mandibular; chanfradura sigmoide; processo coronóide; borda anterior do ramo mandibular até o contorno superior da crista óssea do primeiro molar permanente inferior; incisivos permanentes da arcada superior e inferior e primeiros molares permanentes de ambas as arcadas, conforme consta na Figura 1.

(30)

4.2.1.3 Determinação dos Pontos Cefalométricos

Uma vez finalizado o desenho anatômico procedeu-se á localização dos pontos cefalométricos, utilizados neste estudo demarcados nas estruturas dentoesqueléticas segundo o protocolo da Disciplina de Ortodontia da FOP-UNICAMP, conforme visto na Fig. 2.

Ponto Go (Gônio): Ponto situado na bissetriz do ângulo formado pela tangente do bordo inferior da mandíbula com o bordo posterior do ramo mandibular;

Ponto Me (Mentoniano): Ponto mais inferior e posterior da sínfise mandibular;

Ponto Cd (Condílio): Ponto mais superior e posterior da cabeça do côndilo; Ponto FG (Fossa Glenóide): Ponto mais posterior da cabeça do côndilo; Ponto Pg (Pogônio): ponto mais anterior da sínfise mandibular;

Ponto x: formado pela intersecção da projeção ortogonal do Plano Oclusal e uma linha tangente à face distal do primeiro molar permanente inferior;

Ponto y: formado pela intersecção do Plano Oclusal com a linha que contorna a borda anterior do ramo mandibular.

(31)

Figura 2: Pontos Cefalométricos utilizados no estudo

Obs: Na Figura 2 não foram demarcados os pontos x e y em razão da necessidade do traçado prévio do Plano Oclusal, já que estes são marcados sobre o Plano Oclusal.

4.2.1.4 Métodos de Medição

a) Altura do Ramo Mandibular (RAMO)

Para a medição da Altura do Ramo Mandibular, proposta por WYLIE & JOHNSON (1952) foram considerados os pontos Condílio (Cd) e o Gônio (Go), conforme visto na Figura 3. A distância em milímetros entre estes dois pontos corresponde à Altura do Ramo Mandibular.

(32)

Figura 3 – Altura do Ramo Mandibular (Cd-Go)

b) Corpo Mandibular (CORPO)

Para a medição do Corpo Mandibular foram considerados dois pontos, o Gônio (Go) e o Mentoniano (Me), conforme metodologia de WYLIE (1947) A mensuração destes dois pontos é o Corpo Mandibular (CORPO), conforme visto na Figura 4.

Cd

(33)

Figura 4 – Corpo Mandibular (Go-Me)

c) Comprimento Mandibular Total (Md):

A mensuração do Comprimento Total da Mandíbula proposta por WYLIE (1947) foi feita no Plano Mandibular (Go-Me) por uma Projeção Ortogonal do ponto cefalométrico Fossa Glenóide (FG) ao Plano Mandibular posteriormente e, por uma tangente á porção mais anterior da sínfise mandibular a este plano. A distância em milímetros no Plano Mandibular corresponde ao Comprimento Total da Mandíbula (C.Md), conforme visto na Figura 5.

Go

(34)

Figura 5 – Comprimento Mandibular Total (C.Md)

d)

Espaço Presente Posterior Mandibular (D1MR)

Para a medição do Espaço Presente Posterior no arco inferior, denominado de Distância do Primeiro Molar Permanente ao Ramo (D1MR), MERRIFIELD (1978) afirmou que, inicialmente deve ser traçado o Plano Oclusal e, sobre este plano é feita a medição desta distância.

De acordo com o autor, para a determinação do Plano Oclusal deve ser traçada na parte posterior, uma linha que passa pelas cúspides dos primeiros molares, tomando-se a média entre os pontos mais externos do contorno das cúspides e, na porção anterior, é feita a média entre as bordas incisais dos incisivos superior e inferior.

Após isto, para a mensuração da Distância do Primeiro Molar ao Ramo (D1MR) é feita uma Projeção Ortogonal da face distal do Primeiro Molar Permanente Inferior ao Plano Oclusal, obtendo-se o ponto x. Sobre o Plano

FG

(35)

Oclusal traça-se uma linha que segue até a borda anterior do ramo mandibular, obtendo-se o ponto y. Mede-se a distância x-y com régua ou paquímetro digital, o que corresponde ao espaço presente no segmento posterior do arco inferior (D1MRM), conforme visto na Figura 6.

Figura 6 – Distância do Primeiro Molar Inferior á Borda

Anterior do Ramo Mandibular (D1MRM).

x Y

(36)

4.2.2 Método Estatístico

A estatística descritiva das grandezas avaliadas consistiu na média, desvio-padrão e dos valores mínimo e máximo. A ocorrência de dimorfismo sexual foi verificada por meio de uma análise de variância em cada sexo e idade. Aplicou-se o teste de Tukey para comparar as medidas obtidas em diferentes idades dentro de cada sexo.

4.2.3 Confiabilidade do Método

Normalmente o método cefalométrico apresenta uma margem de erro inerente, associada aos procedimentos envolvidos no traçado do cefalograma, na demarcação dos pontos e na leitura das medidas cefalométricas. Para minimizar e determinar uma margem de erro associada ao método empregado, todas as radiografias foram traçadas duas vezes, com intervalo mínimo de 30 dias, sempre pelo mesmo operador, segundo a metodologia descrita por MIDTGARD et al. (1974). Deste modo, para cada variável analisada foram obtidos dois valores para os diversos pares de cefalogramas repetidos e, para a determinação dos valores reais, utilizou-se a média entre os valores coletados nos dois traçados.

(37)

5.0 RESULTADOS

Os resultados do teste de homogeneidade da amostra se encontram

no Anexo II nas Tabelas 6-13.

Tabela 1 – Distribuição da amostra, valores médios, mínimo e máximo, desvios-padrão da Altura do Ramo Mandibular (mm) para cada sexo e idade.

SEXO ESTATÍSTICAS IDADE (anos) 7 8 9 10 FEMININO n 14 14 14 14 Mínimo 41,73 45,09 47,74 46,25 Máximo 58,36 59,00 59,31 62,57 Média 50,23 50,51 52,92 54,90 Desvio-padrão 4,16 3,97 3,81 4,04 Variância 16,55 15,77 14,55 16.32 MASCULINO n 19 19 19 19 Mínimo 43,36 44,55 47,44 47,93 Máximo 56,73 56,41 57,63 60,02 Média 50,18 51,46 53,05 54,24 Desvio-padrão 4,29 3,26 3,45 3,43 Variância 18,39 10,60 11,91 11,78

Tabela 2 – ANOVA para Altura do Ramo Mandibular no Sexo Masculino

ANOVA

Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico

Entre grupos 180.781 3 60.26034 4.574111** 0.005469* 2.731807 Dentro dos grupos 948.5437 72 13.17422

Total 1129.325 75

(38)

A Grandeza Cefalométrica na Altura do Ramo Mandibular ao ser

aplicado o Teste ANOVA para o Sexo Masculino conforme demonstrado na

Tabela 2 mostrou um valor de F maior que o Fcrítico para as medidas nas

idades dos 7 aos 10 anos mostrando um valor de p menor que 0,05. Com este

resultado a Hipótese Alternativa (H1) foi aceita, rejeitando-se a Hipótese

de Nulidade (Ho), ou seja, há diferenças na Altura do Ramo Mandibular nas

idades avaliadas no sexo masculino.

Diante deste resultado foi aplicado o Teste de Tukey para verificar

onde tais diferenças ocorrem.

Tabela 3: Teste de Tukey para o Ramo Mandibular no Sexo Masculino dos 7-10 anos de Idade

* significante p˂0,05

O Teste de Tukey demonstrou que no sexo masculino houve um aumento significante na Altura do Ramo Mandibular entre as idades dos 7 aos 10 anos. 7 8 9 10 7 0,6943 0,07918 0,005167 * 8 1,547 0,5387 0,09485 9 3,447 1,9 0,7418 10 4,881 3,334 1,434

(39)

Tabela 4 – ANOVA para Altura do Ramo Mandibular no Sexo Feminino

* significante p˂0,05 ** significante F › que F crítico

A Grandeza Cefalométrica Altura do Ramo Mandibular ao ser aplicado

o Teste ANOVA para o Sexo Feminino conforme demonstrado na Tabela 4

mostrou um valor de F maior que o Fcrítico para as idades dos 7 aos 10 anos

mostrando um valor de p menor que 0,05. Com este resultado a Hipótese

Alternativa (H1) foi aceita, rejeitando-se a Hipótese de Nulidade (Ho), ou

seja, há diferenças na Altura do Ramo Mandibular nas idades avaliadas no

sexo feminino.

Diante deste resultado foi aplicado o Teste de Tukey para verificar onde tais diferenças ocorrem.

ANOVA

Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico

Entre grupos 202.9708 3 67.65694 4.281941** 0.008939* 2.7826 Dentro dos grupos 821.6275 52 15.80053

(40)

Tabela 5: Teste de Tukey para o Ramo Mandibular no Sexo Feminino dos 7-10 anos de Idade.

* significante p˂0,05

O Teste de Tukey demonstrou que no sexo feminino houve um aumento significante na Altura do Ramo Mandibular entre as idades dos 7 aos 10 anos e entre os 8 e 10 anos.

Tabela 6 – ANOVA para Altura do Ramo Mandibular segundo sexo e idade.

ANOVA

Fonte da

variação SQ gl MQ F valor-P F crítico

Linhas 1254.469 32 39.20215 7.145485** 2.9E-14* 1.564048 Colunas 373.0196 3 124.3399 22.66378** 3.54E-11* 2.699393 Erro 526.6831 96 5.486282

Total 2154.171 131

* significante p˂0,05 ** significante F › que F crítico

A Grandeza Cefalométrica RAMO mandibular ao ser aplicado o Teste

ANOVA para dois fatores conforme demonstrado na Tabela 2 mostrou um

valor de F maior que o Fcrítico tanto para os sexos quanto para as idades

mostrando um valor de p menor que 0,05. Com este resultado a Hipótese

7 8 9 10

7 0,9978 0,2938 0,01586* 8 0,2602 0,3891 0,02575*

9 2,519 2,259 0,5521

(41)

Alternativa (H1) foi aceita, rejeitando-se a Hipótese de Nulidade (Ho), ou

seja, há diferenças entre os sexos para o Ramo Mandibular nas idades

avaliadas.

Diante deste resultado foi aplicado o Teste de Tukey para verificar

onde tais diferenças ocorrem.

Tabela 7 – Teste de Tukey para Altura do Ramo Mandibular segundo sexo e idade.

* significante p˂0,05

O Teste de Tukey demonstrou que ao se considerar os sexos em conjunto houve um aumento significante na Altura do Ramo Mandibular entre as idades dos 7 aos 9 anos; entre os 9 e 10 anos; e entre os 8 e 10 anos.

Tabela 8 – Análise de Regressão para Altura do Ramo Mandibular

ANOVA

gl SQ MQ F F de significação

Regressão 2 4.641986 2.320993 6.482972 0.267586903ns

Resíduo 1 0.358014 0.358014

Total 3 5

ns – não significante para p 0,05

7 8 9 10

7 0,7858 0,01282* 2,211E-05* 8 1,323 0,01529 0,0009626*

9 4,294 2,971 0,3409

(42)

Como o valor-p do teste F › 0,05 não há evidências de que pelo menos uma das variáveis esteja relacionada com o crescimento da Altura do Ramo Mandibular, portanto o modelo de regressão para este caso não é válido.

(43)

Tabela 9 – Corpo Mandibular em função da Idade e Sexo.

SEXO ESTATÍSTICAS IDADES 7 8 9 10 FEMININO n 14 14 14 14 Mínimo 58,50 60,24 61,97 62,84 Máximo 68,90 70,35 71,70 76,12 Média 63,08 65,44 67,05 68,86 Desvio-padrão 2,72 2,94 2,84 3,39 Variância 7,43 8,67 8,11 11,51 MASCULINO n 19 19 19 19 Mínimo 54,77 57,31 56,85 60,64 Máximo 70,05 70,86 72,69 76,60 Média 62,90 64,92 66,69 68,79 Desvio-padrão 3,84 3,68 3,98 3,81 Variância 14,80 13,60 15,82 14,54

Tabela 10 – ANOVA para Corpo Mandibular no Sexo Masculino

ANOVA

Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico

Entre grupos 359.5716 3 119.8572 8.158185** 9.52E-05* 2.731807 Dentro dos grupos 1057.799 72 14.69165

Total 1417.371 75

* significante p˂0,05

** significante F › que F crítico

A Grandeza Cefalométrica Comprimento do Corpo Mandibular ao ser

aplicado o Teste ANOVA para o Sexo Masculino conforme demonstrado na

(44)

ramo nas idades dos 7 aos 10 anos mostrando um valor de p menor que 0,05.

Com este resultado a Hipótese Alternativa (H1) foi aceita, rejeitando-se a

Hipótese de Nulidade (Ho), ou seja, há diferenças no Comprimento do Corpo

Mandibular nas idades avaliadas no sexo masculino.

Diante deste resultado foi aplicado o Teste de Tukey para verificar

onde tais diferenças ocorrem.

Tabela 11: Teste de Tukey para o Corpo Mandibular no Sexo Masculino dos 7-10 anos de Idade

* significante p˂0,05

O Teste de Tukey demonstrou que no sexo masculino houve um aumento significante no Comprimento do Corpo Mandibular entre as idades dos 7 aos 9 anos; dos 7 aos 10 anos e dos 8 aos 10 anos.

Tabela 12 – ANOVA para Comprimento do Corpo Mandibular no Sexo Feminino

ANOVA

Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico

Entre grupos 253.1347 3 84.37824 9.444038** 4.39E-05* 2.7826 Dentro dos grupos 464.5966 52 8.934551

Total 717.7313 55

* significante p˂0,05 ** significante F › que F crítico

7 8 9 10

7 0,3682 0,01674* 0,0002019*

8 2,306 0,4931 0,01409*

9 4,31 2,004

(45)

A Grandeza Cefalométrica Comprimento do Corpo Mandibular ao ser

aplicado o Teste ANOVA para o Sexo Feminino conforme demonstrado na

Tabela 12 mostrou um valor de F maior que o Fcrítico para as medidas do

ramo nas idades dos 7 aos 10 anos mostrando um valor de p menor que 0,05.

Com este resultado a Hipótese Alternativa (H1) foi aceita, rejeitando-se a

Hipótese de Nulidade (Ho), ou seja, há diferenças no Comprimento do Corpo

Mandibular nas idades avaliadas no sexo feminino.

Diante deste resultado foi aplicado o Teste de Tukey para verificar

onde tais diferenças ocorrem.

Tabela 13: Teste de Tukey para o Corpo Mandibular no Sexo Feminino dos 7-10 anos de Idade

* significante p˂0,05

O Teste de Tukey demonstrou que no sexo feminino houve um aumento significante no Comprimento do Corpo Mandibular entre as idades dos 7 aos 9 anos; dos 7 aos 10 anos e dos 8 aos 10 anos.

7 8 9 10

7 0,1703 0,005086* 0,0001839* 8 2,954 0,4906 0,01947* 9 4,968 2,014 0,3851 10 7,237 4,283 2,269

(46)

Tabela 14 – ANOVA para Comprimento do Corpo Mandibular segundo sexo e idade.

ANOVA

Fonte da

variação SQ gl MQ F valor-P F crítico

Sexos 1341.793 32 41.93104 21.86456** 1.52E-31* 1.564048 Idades 611.7768 3 203.9256 106.3351** 2.1E-30* 2.699393 Erro 184.1053 96 1.917763

Total 2137.675 131

* significante p˂0,05 ** significante F › que F crítico

A Grandeza Cefalométrica Comprimento do Corpo mandibular ao ser

aplicado o Teste ANOVA para dois fatores conforme demonstrado na

Tabela 14 mostrou um valor de F maior que o Fcrítico tanto para os sexos

quanto as idades mostrando um valor de p menor que 0,05. Com este

resultado a Hipótese Alternativa (H1) foi aceita, rejeitando-se a Hipótese

de Nulidade (Ho), ou seja, há diferenças entre os sexos para o Comprimento

do Corpo Mandibular nas idades avaliadas.

Diante deste resultado foi aplicado o Teste de Tukey para verificar

(47)

Tabela 15: Teste de Tukey para o Comprimento do Corpo Mandibular segundo sexo e idade

* significante p˂0,05

O Teste de Tukey demonstrou que ao se considerar os sexos em conjunto houve um aumento significante no Comprimento do Corpo Mandibular entre as idades dos 7 aos 9 anos; entre os 9 e 10 anos; e entre os 8 e 10 anos.

Tabela 16 – Análise de Regressão para Corpo Mandibular

ANOVA gl SQ MQ F F de significação Regressão 2 4.994735 2.497368 474.3697 0.032448737* Resíduo 1 0.005265 0.005265 Total 3 5 * significante F˂0,05 Coeficientes Erro

padrão Stat t valor-P

95% inferiores 95% superiores Inferior 95.0% Superior 95.0% Interseção -25.3265 1.183619 -21.3975 0.02973 -40.36578228 -10.2872 -40.3658 -10.2872 MASCULINO 0.509762 0.220802 2.308689 0.260219ns -2.295788369 3.315313 -2.29579 3.315313 FEMININO 0.004077 0.225895 0.01805 0.98851ns -2.86618893 2.874344 -2.86619 2.874344 ns não significante p›0,05

Não há evidências que o sexo apresenta correlação com o crescimento do Corpo Mandibular nas diferentes idades, pois os valores de p foram maiores que 0,05.

7 8 9 10

7 0,05237 3,862E-05* 7,721E-06* 8 3,608 0,1892 9,494E-05*

9 6,432 2,823 0,09126

(48)

Gráfico 2 – Corpo Mandibular em função da Idade e Sexo.

y = 1,898x + 49,977 R² = 0,9934 y = 1,943x + 49,312 R² = 0,999 62 63 64 65 66 67 68 69 70 6 7 8 9 10 11 Co rp o Idade Feminino Masculino

(49)

Tabela 17 – Comprimento Mandibular Total em função da Idade e Sexo. SEXO ESTATÍSTICAS IDADES 7 8 9 10 FEMININO N 14 14 14 14 Mínimo 87,8 90,66 94,52 94,14 Máximo 107,42 108,20 111,32 113,09 Média 98,30 99,56 102,00 105,56 Desvio-padrão 5,86 5,10 5,58 5,84 Variância 34,39 26,08 31,20 34,14 MASCULINO N 19 19 19 19 Mínimo 92,7 94,00 94,14 95,81 Máximo 104,48 106,60 109,69 111,80 Média 98,11 99,86 102,58 104,86 Desvio-padrão 3,68 3,61 4,369 4,52 Variância 13,52 13,06 19,08 20,44

Tabela 18 – ANOVA para Comprimento Mandibular Total no Sexo Masculino

ANOVA

Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico

Entre grupos 503.9649 3 167.9883 10.16376** 1.16E-05* 2.731807 Dentro dos grupos 1190.027 72 16.52816

Total 1693.992 75

* significante p˂0,05

(50)

A Grandeza Cefalométrica Comprimento Mandibular Total ao ser

aplicado o Teste ANOVA para o Sexo Masculino conforme demonstrado na

Tabela 18 mostrou um valor de F maior que o Fcrítico para as medidas nas

idades dos 7 aos 10 anos mostrando um valor de p menor que 0,05. Com este

resultado a Hipótese Alternativa (H1) foi aceita, rejeitando-se a Hipótese

de Nulidade (Ho), ou seja, há diferenças no Comprimento Mandibular Total

nas idades avaliadas no sexo masculino.

Diante deste resultado foi aplicado o Teste de Tukey para verificar

onde tais diferenças ocorrem.

Tabela 19: Teste de Tukey para o Comprimento Mandibular Total no Sexo Masculino dos 7-10 anos de Idade

* significante p˂0,05

O Teste de Tukey demonstrou que no sexo masculino houve um aumento significante no Comprimento Mandibular Total entre as idades dos 7 aos 9 anos; dos 7 aos 10 anos e dos 8 aos 10 anos.

7 8 9 10

7 0,5492 0,00628* 0,0001608*

8 1,876 0,1764 0,00184*

9 4,789 2,913 0,3165

(51)

Tabela 20 – ANOVA para Comprimento Mandibular Total no Sexo Feminino

ANOVA

Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico

Entre grupos 427.8946 3 142.6315 4.534098** 0.006741* 2.7826 Dentro dos grupos 1635.792 52 31.45753

Total 2063.686 55

* significante p˂0,05 ** significante F › que F crítico

A Grandeza Cefalométrica Comprimento Mandibular Total ao ser

aplicado o Teste ANOVA para o Sexo Feminino conforme demonstrado na

Tabela 20 mostrou um valor de F maior que o Fcrítico para as medidas nas

idades dos 7 aos 10 anos mostrando um valor de p menor que 0,05. Com este

resultado a Hipótese Alternativa (H1) foi aceita, rejeitando-se a Hipótese

de Nulidade (Ho), ou seja, há diferenças no Comprimento Mandibular Total

nas idades avaliadas no sexo feminino.

Diante deste resultado foi aplicado o Teste de Tukey para verificar

onde tais diferenças ocorrem.

Tabela 21: Teste de Tukey para o Comprimento Mandibular Total no Sexo Feminino dos 7-10 anos de Idade

7 8 9 10

7 0,9339 0,3113 0,006653*

8 0,8382 0,659 0,03283*

9 2,468 1,63 0,3479

(52)

O Teste de Tukey demonstrou que no sexo feminino houve um aumento significante no Comprimento Mandibular Total entre as idades dos 7 aos 10 anos e dos 8 aos 10 anos.

Tabela 22 – ANOVA para Comprimento Mandibular Total segundo sexo e idade.

ANOVA

Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico

Sexos 2399.101 32 74.97191 16.57304** 8.51E-27* 1.564048 Idades 924.3005 3 308.1002 68.1076** 1.1E-23* 2.699393 Erro 434.2777 96 4.523726

Total 3757.679 131

* significante p˂0,05 ** significante F › que F crítico

A Grandeza Cefalométrica Comprimento Mandibular Total ao ser

aplicado o Teste ANOVA para dois fatores conforme demonstrado na

Tabela 22 mostrou um valor de F maior que o Fcrítico tanto para os sexos

quanto para as idades mostrando um valor de p menor que 0,05. Com este

resultado a Hipótese Alternativa (H1) foi aceita, rejeitando-se a Hipótese

de Nulidade (Ho), ou seja, há diferenças entre os sexos para o Comprimento

Mandibular Total nas idades avaliadas.

Diante deste resultado foi aplicado o Teste de Tukey para verificar

(53)

Tabela 23: Teste de Tukey para o Comprimento Mandibular Total segundo sexo e idade

* significante p˂0,05

O Teste de Tukey demonstrou que ao se considerar os sexos em conjunto houve um aumento significante no Comprimento Mandibular Total entre as idades dos 7 aos 9 anos; entre os 9 e 10 anos; e entre os 8 e 10 anos.

Tabela 24 – Análise de Regressão para Comprimento Mandibular

ANOVA gl SQ MQ F F de significação Regressão 2 4.972025 2.486013 88.86649 0.074799* Resíduo 1 0.027975 0.027975 Total 3 5 * significante p˂0,05 Coeficientes Erro

padrão Stat t valor-P

95% inferiores 95% superiores Inferior 95.0% Superior 95.0% Interseção -35.7636 3.463935 -10.3246 0.061469 -79.7771 8.249852 -79.7771 8.249852 Masculino 0.504112 0.195072 2.584231 0.235051ns -1.97452 2.982739 -1.97452 2.982739 Feminino -0.06738 0.181725 -0.3708 0.773946ns -2.37642 2.24165 -2.37642 2.24165 ns - não significante p›0,05

Não há evidências que o sexo apresenta correlação com o crescimento Mandibular Total nas diferentes idades, pois os valores de p foram maiores que 0,05.

7 8 9 10

7 0,5437 0,001994* 7,728E-06* 8 1,881 0,1112 2,403E-05*

9 5,057 3,176 0,07098

(54)

Gráfico 3 – Comprimento Mandibular Total em função da Idade e

Sexo.

y = 2,42x + 80,79 R² = 0,9568 y = 2,303x + 81,772 R² = 0,9939 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 6 7 8 9 10 11 MD Idade Feminino Masculino

(55)

Tabela 25 – Distância do Primeiro Molar Inferior ao Ramo

segundo Sexo e Idade.

Tabela 26 – ANOVA para D1MR no Sexo Masculino

ANOVA

Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico

Entre grupos 55.86779 3 18.6226 8.176406** 9.34E-05* 2.731807 Dentro dos grupos 163.9873 72 2.277602

Total 219.8551 75

* significante p˂0,05 ** significante F › que F crítico

SEXO ESTATÍSTICAS IDADES 7 8 9 10 FEMININO n 14 14 14 14 Mínimo 0,00 2,43 2,97 3,33 Máximo 4,93 5,30 8,41 9,38 Média 2,82 4,00 5,42 7,17 Desvio-padrão 1,39 1,00 1,53 1,71 Variância 1,95 1,00 2,36 2,95 MASCULINO n 19 19 19 19 Mínimo 0,00 0,85 1,27 1.85 Máximo 5,28 6,15 7,54 7,77 Média 2,74 3,68 4,49 4,98 Desvio-padrão 1,40 1,47 1,43 1,71 Variância 1,96 2,16 2,05 2,92

(56)

A Grandeza Cefalométrica Distância do Primeiro Molar ao Ramo ao

ser aplicado o Teste ANOVA para o Sexo Masculino conforme demonstrado

na Tabela 26 mostrou um valor de F maior que o Fcrítico para as medidas

nas idades dos 7 aos 10 anos mostrando um valor de p menor que 0,05. Com

este resultado a Hipótese Alternativa (H1) foi aceita, rejeitando-se a

Hipótese de Nulidade (Ho), ou seja, há diferenças na Distância do Primeiro

Molar Permanente ao Ramo Mandibular Total nas idades avaliadas no sexo

masculino.

Diante deste resultado foi aplicado o Teste de Tukey para verificar

onde tais diferenças ocorrem.

Tabela 27: Teste de Tukey para D1MR no Sexo Masculino dos 7-10 anos de Idade

* significante p˂0,05

O Teste de Tukey demonstrou que no sexo masculino houve um aumento significante na Distância do Primeiro Molar Permanente ao Ramo Mandibular entre as idades dos 7 aos 9 anos; dos 7 aos 10 anos e dos 8 aos 10 anos. 7 8 9 10 7 0,2122 0,00322* 0,0002323* 8 2,774 0,3601 0,04635* 9 5,102 2,327 0,7408 10 6,532 3,764 1,437

(57)

Tabela 28 – ANOVA para D1MR no Sexo Feminino

ANOVA

Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico

Entre grupos 147.2927 3 49.09758 23.75524** 8.07E-10* 2.7826 Dentro dos grupos 107.4742 52 2.066811

Total 254.7669 55

* significante p˂0,05 ** significante F › que F crítico

A Grandeza Cefalométrica Distância do Primeiro Molar ao Ramo ao

ser aplicado o Teste ANOVA para o Sexo Feminino conforme demonstrado

na Tabela 28 mostrou um valor de F maior que o Fcrítico para as medidas

nas idades dos 7 aos 10 anos mostrando um valor de p menor que 0,05. Com

este resultado a Hipótese Alternativa (H1) foi aceita, rejeitando-se a

Hipótese de Nulidade (Ho), ou seja, há diferenças na Distância do Primeiro

Molar Permanente ao Ramo Mandibular Total nas idades avaliadas no sexo

feminino.

Diante deste resultado foi aplicado o Teste de Tukey para verificar

(58)

Tabela 29: Teste de Tukey para D1MR no Sexo Feminino dos 7-10 anos de Idade

* significante p˂0,05

O Teste de Tukey demonstrou que no sexo feminino houve um aumento significante na Distância do Primeiro Molar Permanente ao Ramo Mandibular entre as idades dos 7 aos 9 anos; dos 7 aos 10 anos; dos 8 aos 10 anos e dos 9 aos 10 anos.

Tabela 30 – ANOVA para D1MR segundo sexo e idade.

ANOVA

Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico

Sexos 204.4051 32 6.387658 5.406755** 6.46E-11* 1.564048 Idades 182.0809 3 60.69365 51.3734** 6.79E-20* 2.699393 Erro 113.4165 96 1.181422

Total 499.9025 131

* significante p˂0,05 ** significante F › que F crítico

A Grandeza Cefalométrica Distância do Primeiro Molar ao Ramo

Mandibular ao ser aplicado o Teste ANOVA para dois fatores conforme

demonstrado na Tabela 30 mostrou um valor de F maior que o Fcrítico tanto

para os sexos quanto para as idades mostrando um valor de p menor que

7 8 9 10

7 0,1449 0,0002352* 0,0001631* 8 3,071 0,0552 0,0001644*

9 6,767 3,696 0,01197*

Referências

Documentos relacionados

Nessa situação temos claramente a relação de tecnovívio apresentado por Dubatti (2012) operando, visto que nessa experiência ambos os atores tra- çam um diálogo que não se dá

Mas não apenas a Lei de Bases em 1986 e a adesão à União Europeia marcam, do ponto de vista normativo e legislativo, a infância em Portugal: há todo um conjunto de

Cerâmicos Macedo LTDA PA

Neste trabalho foi desenvolvida uma formulação numérica tridimensional de interação fluido- estrutura para simular as condições encontradas em ensaios aeroelásticos em túneis

Este estudo se propôs a fornecer um modelo de gestão orientado para a otimização da manutenção através da integração dos atributos de projeto de engenharia, manutenabilidade,

Programa Título da Ação Meta (Produto) Distribuição Espacial Unidade Medida Meta Física. 5180-Recursos Hídricos 1161-Construção de Barragens e Açudes Barragem e açude

Pode-se perceber que a COTRISOJA, como uma organização que está inserida em uma comunidade e dependente desta para a concretização de seus objetivos não foge de

Como mencionado anteriormente, em Cuba a densidade de médicos por número de habitantes é de 6,72 para cada 1 mil habitantes, média considerada altíssima, tendo