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Aula 06 - Paleoecologia

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Academic year: 2021

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Texto

(1)

Paleoecologia

(2)

O que é a paleoecologia?

É o ramo da paleontologia que estuda a vida e o tempo

dos organismos fósseis

Vida

 Os nichos ecológicos ocupados

 As relações do organismo com o ambiente fóssil

 As relações com os outros organismos fósseis

Tempo

 Eventos de expansão da diversidade

 Eventos de extinção em massa

(3)

Como estudar paleoecologia?

As evidências paleoecológicas são variadas

 Evidências indiretas fortes

 Estimativas de diversidade

 Estimativas de abundância

 Hipóteses estatisticamente testáveis

 Estimativas de dinâmica populacional

 Estimativas de taxas de mortalidade

 Especulações

 Alguns tipos de relações entre organismos

(4)

Como estudar paleoecologia?

Ecólogos de geralmente estão interessados em:

 Adaptações ao ambiente

 Interações entre os organismos

 Interações dos organismos com o ambiente

 Fluxo de matéria e energia nos ecossistemas

(5)

Como estudar paleoecologia?

A paleoecologia tem os mesmos objetivos, mas com duas

particularidades

 Não se tem ideia da existência da maioria dos organismos que compõem as comunidades

(a preservação fóssil têm filtros que desfavorecem determinados grupos)

 Temos apenas parte da informação dos ambientes nos quais os organismos fósseis viviam

 Algumas relações entre as espécies não podem ser verificadas

(6)

Limitações da paleoecologia

Organismos de

corpo mole Desaparecem

Organismos com esqueletos

Desarticulam Fragmentam

Agregados de partes duras (ossos, conchas, dentes, ...)

Traços fósseis (escavações, perfurações, trilhas , pistas, coprólitos)

(7)

Como estudar paleoecologia?

As estimativas sempre se baseiam na premissa básica de

inferência fóssil

Os organismos são (em alguma extensão) adaptados ao ambiente em que eles foram encontrados

Os organismos são adaptados ao modo de vida adotado para viver naquele ambiente

As hipóteses são formuladas também baseando-se na

comparação de análogos modernos

 Análogos funcionais

(8)

Como estudar paleoecologia?

Existem dois níveis de abordagem em paleoecologia

Paleoautoecologia

Estudo da ecologia de um único organismo fóssil

(Dinâmica populacional de uma espécie de coral fóssil) Paleosinecologia

Estudo da ecologia de comunidades ou associações de organismos fósseis

(9)

Tafonomia e paleoecologia

Efeito tafonômico

 Um aspecto importante da paleoecologia é estimar o quanto de informação se perde no processo de fossilização

 Duas estratégias são empregadas para mensurar esse efeito tafonômico

 Comparações de similaridade entre comunidades modernas “vivas” e “mortas” (fidelidade)

 Comparação de comunidades comuns com depósitos fósseis altamente preservados (depositos Lagerstätte)

Biocenose (comunidade viva) Tanetocenose (após decomposição) Tafocenose (após fossilização)

(10)

Tafonomia e paleoecologia

 Análise de fidelidade (Litoral do Texas, EUA)

Copano Bay

(11)

Tafonomia e paleoecologia

Comparações com Lagersttäte (Xisto de Burgess, Canadá)

(12)

Paleoecologia de populações

Populações são os blocos formadores das comunidades

Dois tipos de populações de espécies que tem influência

direta na viabilidade da comunidade

Espécies chave

 São espécies que mantém o ecossistema

 Sua remoção dispara mudanças de larga-escala na comunidade

 Ex: Espécies de topo de cadeia alimentar Espécies incumbentes

 Espécies que ocupam um nicho por milhões de anos numa comunidade

(13)

Paleoecologia de populações

Identificação de espécies chave fósseis

 Envolve estimativas de estratégias de sobrevivência da espécie

R estrategistas

 Gerações rápidas, proles numerosas, tamanhos menores

 Típico de espécies oportunistas

 Individualmente contribuem pouco para a estabilidade da comunidade K estrategistas

 Gerações lonfas, menores proles, tamanhos maiores

 Contribuem mais para a estabilidade da comunidade (potenciais incumbentes)

(14)

Paleoecologia de populações

Duas abordagens nos permite estimar qual o tipo de

estratégia a espécie adota

Histogramas tamanho-frequência Pico deslocado para esquerda

(mortalidade rápida - r estrategistas) Curva normal

(comportamento intermediário) Pico deslocado para direita

(mortalidade senil - K estrategistas) Distribuição multimodal

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Paleoecologia de populações

Curvas de sobrevivência

 Tipo I: Mortalidade aumenta com a idade (K estrategistas)

 Tipo II: Mortalidade constante

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Paleoecologia de populações

População de Dielasma (Rochas do Permiano, Inglaterra)

(18)

Nichos ecológicos

Nichos ecológicos

 Corresponde ao espaço de recursos do ambiente que uma espécie utiliza

 O nicho ecológico está diretamente ligado ao modo de vida adotado pelo organismo

 Fatores físicos, químicos e biológicos limitam os nichos ecológicos de cada espécie

(19)

Nichos ecológicos

As melhores estimativas de nichos ecológicos fósseis são

de sedimentos marinhos

 Nichos marinhos são limitados por vários fatores

 Profundidade

 Oxigenação

 Temperatura

 Incidência de luz

Melhor

(20)

Nichos ecológicos

(21)

Nichos ecológicos

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(23)

Níveis tróficos

A energia nos ambientes marinhos também flui através

(24)
(25)

Cadeias alimentares fósseis

Reconstrução da estrutura trófica de um registro do

(26)

Cadeias alimentares fósseis

Reconstrução da estrutura trófica de uma região de recife

(27)

Guildas e megaguildas

Guildas

 São agrupamentos de espécies que são funcionalmente similares (que compartilham as mesmas estratégias de alimentação)

Megaguildas

 São agrupamentos num nível superior ao de guilda que leva em consideração o local de vida dos grupos

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Guildas fósseis

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Guildas fósseis

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Guildas fósseis

(31)

Evolução das guildas

 Podemos dizer que ao longo do tempo evolutivo a diversidade de modos de vida aumentou significativamente

(32)

Interações entre fósseis

Várias interações entre organismos podem ser propostas

observando o registro fóssil

Exploração

 Inclui predação e parasitismo

 Existem muitos registros (mordidas, endoparasitos intestinais, ...)

Competição

 Pouquíssimas evidências de competição (competição por espaço no fundo do mar)

Comensalismo

 Uma das interações mais comuns no registro fóssil (registros de organismos vivendo sobre outros fósseis)

(33)

Interações entre fósseis

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Alterações nos ecossistemas

Mudanças na diversidade podem indicar mudanças nos

ambientes (ecossistemas)

 Algumas alterações são mais importantes que outras

 Existe níveis de alterações na diversidade que são indicadoras do nível de alteração ambiental

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Paleoclimas

Durante os últimos 600 milhões de anos

o clima da Terra oscilou pelo menos 5

vezes

 Desde o cambriano a Terra oscilou entre cenários de glaciação e cenários de clima ameno

(36)

Paleoclimas

Como identificar os climas do passado?

Existem certos tipos de rochas que são típicos de climas

quentes e outros que são típicos de climas frios

 Rochas de climas quentes: calcretos e evaporitas

Rochas de climas frios: dropstones e tilitos

(37)

Paleoclimas

(38)

Paleoclimas

Flutuações de curto prazo

Muitos eventos de mudanças climáticas ocorreram em

escalas menores de tempo

 Estes eventos tem intervalos de 100 mil anos

 Alguns ambientes respondem mais rapidamente, outros mais lentamente

 Comunidades de águas superficiais: anos

 Comunidades de águas profundas: séculos

(39)

Paleoclimas

Flutuações de curto prazo

Estas mudanças estão relacionadas a movimentos da

Terra

 Excentricidade

(variação na forma da órbita)

 Obliquidade

(oscilação do eixo)

 Precessão

(40)

Paleoclimas

Flutuações de curto prazo

As flutuações de curto prazo tem sido associadas a

processos evolutivos locais

 Eventos de especiação

 Mudanças regionais na composição e estrutura das comunidades

(41)
(42)

Paleoclimas

Flutuações de longo prazo

As flutuações climáticas de longo prazo são chamadas de

megaciclos

 Os megaciclos geralmente estão relacionados grandes eventos da Terra

 Grandes eventos de extinção

 Elevações e rebaixamentos dos níveis dos oceanos

(43)

Paleoclimas

Flutuações de longo prazo

Nos ambientes marinhos dois cenários ambientais

oscilaram ao longo das eras geológicas

Estado glacial

 Oceanos instáveis e não estratificados

 Águas profundas muito geladas de movimento rápido

 Ricas em oxigênio e com alta produtividade na zona de ressurgência Estado ameno

 Oceanos estáveis estratificados em águas superficiais e profundas

 Correntes profundas lentas carreando pouco oxigênio e com produtividade baixa

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Paleoclimas

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Paleoclimas

Flutuações de longo prazo

Grandes extinções estão associadas a transições de

estados

Biotas de ambientes amenos são mais especialistas e são mais suscetíveis à mudanças ambientais

Causas extraterrestres (meteoros) também estão

relacionados a grandes mudanças climáticas

Alguns eventos de extinção estão relacionados a quedas de meteoros e meteoritos

(46)

Paleoclimas

As mudanças biológicas geram mudanças climáticas?

Várias hipóteses tem afirmado que a biosfera influencia

no clima terrestre

 A mais famosa delas é a Hipótese de Gaia que assume a Terra como um organismo vivo.

 Exemplos são:

 Exploração humana dos recursos naturais

 Diversificação dos fotossintetizantes elevou os níveis de oxigênio e formação da camada de ozônio

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Paleoclimas

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