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Análise econômica e financeira: informações geradas a partir do porte das empresas

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS,

ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

JÉSSICA LAÍS FRITZ

ANÁLISE ECONÔMICA E FINANCEIRA: INFORMAÇÕES GERADAS

A PARTIR DO PORTE DAS EMPRESAS

IJUÍ (RS)

2015

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JÉSSICA LAÍS FRITZ

ANÁLISE ECONÔMICA E FINANCEIRA: INFORMAÇÕES GERADAS A PARTIR DO PORTE DAS EMPRESAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no Curso de Ciências Contábeis da UNIJUÍ, como requisito para obtenção do título de bacharel em Ciências Contábeis.

Profª Orientadora: Ms. Roselaine Filipin

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AGRADECIMENTOS

Durante a trajetória da universidade muitas pessoas passaram por ela e deixaram marcas para me enriquecer, e outras que já estavam presentes muito antes desta etapa iniciar.

Agora concluindo está etapa de minha vida gostaria de agradecer primeiramente a Deus pelo dom da vida e por me dar a força necessária para superar sempre os obstáculos.

A minha família pelo carinho, compreensão e sempre servirem de exemplo para mim além do incentivo para que tudo isso fosse possível.

Ao meu namorado pelo amor e companheirismo e paciência nesta etapa.

Ao corpo docente do Curso de Ciências Contábeis por transmitirem seu conhecimento com paciência e dedicação em especial a professora Roselaine Filipin por aceitar ser minha orientadora na conclusão desta etapa, pelo incentivo e nunca deixar me desanimar.

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RESUMO

As empresas buscam se adaptar ao processo de geração de informação da melhor maneira possível dentro do seu contexto, um ponto a ser considerado é que podem ser diferenciadas pelo porte em que se enquadram, esse estudo teve como objetivo comparar a possibilidade de geração de índices financeiros e econômicos, importantes na gestão das empresas, em empresas de diferentes enquadramentos quanto ao seu porte , os índices foram calculados através de dados obtidos nas demonstrações contábeis das empresas. Para a realização da pesquisa foi utilizada metodologia aplicada, descritiva e qualitativa e com pesquisas bibliográficas e documentais. Por meio da elaboração de planilhas com diversos indicadores de liquidez, endividamento, rentabilidade, atividade e solvência e após quadro comparativo dos índices obtidos. Os resultados apresentam que o porte da empresa influência na geração dos indicadores financeiros e econômicos, e quanto menor o porte, menor o número de informações.

Palavras Chave: Finanças. Contabilidade. Empresas Comerciais. Demonstrativos contábeis.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Classificação conforme o porte...22

Quadro 2: Capital circulante líquido da empresa Alfa...42

Quadro 3: Índices ou quocientes de liquidez da empresa Alfa...42

Quadro 4: Índices ou quocientes de dívidas da empresa Alfa...43

Quadro 5: Índices de atividade da empresa Alfa...44

Quadro 6: Índices ou quocientes de rentabilidade da empresa Alfa...45

Quadro 7: Índices de solvência e insolvência da empresa Alfa...46

Quadro 8: Capital circulante líquido da empresa Beta...46

Quadro 9: Índices ou quocientes de liquidez da empresa Beta...47

Quadro 10: Índice ou quocientes de endividamento da empresa Beta...49

Quadro 11: Índices de atividade da empresa Beta...49

Quadro 12: Índices ou quocientes de rentabilidade da empresa Beta...49

Quadro 13: Índices de solvência e Insolvência da empresa Beta...50

Quadro 14: Capital circulante líquido da empresa Gama...50

Quadro 15: Índices ou quocientes de liquidez na empresa Gama...51

Quadro 16: Índice ou quociente de endividamento da empresa Gama... ...52

Quadro 17: Índices de atividades da empresa Gama...52

Quadro 18: Índices ou quocientes de rentabilidade da empresa Gama...53

Quadro 19: Coeficiente de solvência e insolvência da empresa Gama...54

Quadro 20: Capital circulante líquido da empresa Delta...54

Quadro 21: Índices ou quocientes de liquidez da empresa Delta...55

Quadro 22: Índices ou quocientes de endividamento da empresa Delta...55

Quadro 23: Índices ou quocientes de atividade da empresa Delta...56

Quadro 24: Índices ou quocientes de rentabilidade da empresa Delta...57

Quadro 25: Índices de solvência e insolvência da empresa Delta...57

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LISTA DE SIGLAS

BNDS – Banco Nacional do Desenvolvimento CFC – Conselho Federal de Contabilidade CMV - Custo da mercadoria vendida

CSLL - Contribuição social sobre o lucro líquido DRE - Demonstração do resultado do exercício DFC - Demonstração de fluxo de caixa

DVA - Demonstração de valor adicionado FASB - Financial Accounting Standards Board IASB - International Accounting Standards Board IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ICMS - Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços IPI - Imposto sobre produtos industrializados

IRPJ - Imposto de renda pessoa jurídica

NBC TG - Normas Brasileiras de Contabilidade – Técnicas Gerais SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...9

1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO...11

1.1 DEFINIÇÃO DO TEMA EM ESTUDO...11

1.2 CARACTERIZAÇÃO DAS ENTIDADES...11

1.3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA...11 1.4 OBJETIVOS...13 1.4.1 Objetivo geral...13 1.4.2 Objetivos específicos...13 1.5 JUSTIFICATIVA...14 2 REFERENCIAL TEÓRICO...16 2.1 CONTABILIDADE...16 2.2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS...17 2.2.1 Balanço patrimonial...18

2.2.2 Demonstração do resultado de exercício...19

2.2.3 Demonstração das mutações do patrimônio liquido...20

2.2.4 Demonstração do fluxo de caixa...20

2.2.5 Demonstração de valor agregado ou adicionado...21

2.2.6 Notas explicativas...21

2.3 PORTES DAS EMPRESAS...22

2.4 CAPITAL FECHADO...23

2.5 CAPITAL ABERTO...23

2.6 ANALISE DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS...24

2.7 INDICADORES FINANCEIROS...25

2.7.1 Índices ou quocientes de liquidez...26

2.7.2 Índices ou quocientes de endividamento...28

2.7.3 Índices ou quocientes de rotatividade...31

2.8 INDICADORES ECONÔMICOS...33

2.8.1 Margem bruta...33

2.8.2 Margem líquida...34

2.8.3 Índice ou quociente de rentabilidade do ativo...34

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8

2.9 ÍNDICES OU QUOCIENTES DE SOLVÊNCIA E INSOLVÊNCIA...34

2.9.1 Modelo de previsão de insolvência de Kanitz...35

2.9.2 Coeficiente de overtrading...36

3 METODOLOGIA DE ESTUDO...37

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA...37

3.1.1 Quanto à natureza...37

3.1.2 Quanto à forma de abordagem do problema...37

3.1.3 Quanto aos objetivos...38

3.1.4 Quanto aos procedimentos técnicos...38

3.2 PLANO DE COLETA DE DADOS...39

3.2.1 Instrumentos de coleta de dados...39

3.3 PLANO DE ANALISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS...40

4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS...41

4.1 IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DAS EMPRESAS...41

4.2 ANÁLISE FINANCEIRA E ECONÔMICA...42

4.2.1 Índices ou quocientes da empresa Alfa...42

4.2.2 Índices ou quocientes da empresa Beta...46

4.2.3 Índices de liquidez da empresa Gama...50

4.2.4 Índices ou quocientes da empresa Delta...54

4.3 COMPARATIVO DE INDICADORES FINANCEIROS E ECONÔMICOS... .58

CONCLUSÃO...62

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INTRODUÇÃO

A globalização mundial permitiu acesso mais rápido a comunicação, por meios dos mais variados, internet, celulares, tablets entre outros, assim expandiu-se fronteiras, acelerou a velocidade dos acontecimentos, o que antes demorava meses para acontecer ou para tomar conhecimento, atualmente, chega há segundos e ainda se propaga nesta mesma velocidade, ou seja, uma informação hoje obtida, amanhã pode ser inútil e ultrapassada.

Estas transformações atingem a todos na área econômica, financeira, ambiental e social, frente a esse contexto, o crescimento e a valorização da contabilidade junto às empresas, passando a ser uma ferramenta estratégica ou um diferencial agregador. O profissional contábil se desprendeu de um antigo conceito de guarda-livros para se tornar um gestor, passando a trabalhar com o futuro e com alternativas e na análise de sua viabilidade junto a empresas.

As empresas buscam se adaptar ao processo de geração de informação da melhor maneira possível dentro do seu contexto, um ponto a ser considerado é que podem ser diferenciadas pelo porte em que se enquadra, esta classificação ocorre pelo faturamento das mesmas, podendo ser uma microempresa, empresa de pequeno porte ou geral, este enquadramento pode influenciar no processo de geração de informações, uma vez que quanto mais detalhado e rigoroso for os processos dentro de uma empresa mais informações podem ser obtidas.

A busca externa de informações econômicas e financeiras acontece por meio do mercado onde estão inseridas, como taxas de inflação, taxas de juros e outros indexadores, as informações internas são oriundas de indicadores gerados internamente. Essas informações de cunho financeiro e econômico são prioridades nas empresas, geram informações de situações passadas, como base para prever o futuro, de modo a antecipar soluções para problemas futuros ou mesmo evita-los.

Para que as informações possam efetivamente ser aplicadas no processo de tomada de decisão, devem ser calculadas de acordo com as necessidades da empresa, neste sentido, este estudo tem por base verificar e analisar a possibilidade de calcular os indicadores de liquidez, endividamento, lucratividade, rentabilidade, atividade e solvência gerados a partir dos demonstrativos contábeis em empresas enquadradas em portes diferentes. Inicialmente o estudo apresentará uma contextualização do problema evidenciado, a justificativa para o mesmo e os objetivos a serem alcançados, a apresentação da metodologia utilizada para

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elaboração do presente estudo, além do embasamento teórico dos assuntos contábeis abordados para após aplicação no estudo prático.

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1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

No capítulo foi realizado a contextualização do estudo, a definição do tema, a caracterização, seguido do levantamento do problema, objetivos além da justificativa.

1.1 DEFINIÇÃO DO TEMA EM ESTUDO

A contabilidade como uma ciência social, divide-se em diversas áreas de atuação, gerando informações de cunho econômico, financeiro e social. Na área financeira destaca-se a análise de demonstrações contábeis, que proporciona uma gama de informações, necessárias para os diversos usuários, principalmente aos gestores.

Neste sentido o estudo é uma análise das informações geradas a partir dos indicadores financeiros e econômicos, que abrangem índices de liquidez imediata, corrente e seca e os índices de endividamento além dos indicadores econômicos, alguns como a rentabilidade do ativo e do patrimônio liquido estes que foram obtidos por meio das demonstrações contábeis de empresas.

1.2 CARACTERIZAÇÃO DAS EMPRESAS

No estudo foram utilizados os dados contábeis de quatro empresas com mesmo ramo de atividade, ambas com atividades de comércio de produtos, diferenciando-se pelo porte e outras particularidades entre elas, uma empresa de capital aberto e de grande porte, outra empresa também de grande porte, mas de capital fechado, as outras duas empresas, uma de pequeno porte e a outra uma microempresa.

1.3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA

Os contadores na sua atuação profissional estruturam os dados na forma de demonstrativos advindos de informações geradas nas empresas, oriundas de fontes internas e externas, e assim, apresentados no balanço patrimonial, demonstração do resultado do exercício entre outras com igual importância. A partir desses demonstrativos, é possível a elaboração de diversos indicadores econômicos e financeiros, que possibilitam à comparação e a análise das informações empresariais.

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As demonstrações contábeis pelo fato de ser em uma reunião de todas as variações que ocorrem no patrimônio de uma empresa em determinado período são umas das mais indicadas fontes de informações para a empresa, cada uma das demonstrações contábeis reúne elementos diferentes que em conjunto se tornam essências para a gestão da empresa.

O Conselho Federal de Contabilidade define as demonstrações contábeis como “demonstrações contábeis elaboradas dentro do que prescreve esta Estrutura Conceitual objetivam fornecer informações que sejam úteis na tomada de decisões econômicas e avaliações por parte dos usuários em geral [...]”. (NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL, 2011, p.4).

Uma das prerrogativas da contabilidade é a geração de informações fundamentais para o gerenciamento e tomada de decisões nas entidades, dentre as formas de obtenção de informações, uma das principais é obtida por meio da análise de indicadores econômicos e financeiros.

Conforme Matarazzo (2003) índice é a relação entre contas ou conjunto delas evidenciadas nas demonstrações contábeis, sendo que a forma ideal de analisar é de maneira conjunta, assim os indicadores financeiros podem evidenciar a saúde financeira da empresa que se divide entre índices de liquidez, medindo a capacidade de pagamento das dívidas da empresa, ou os índices de endividamento, que é possível conhecer a participação de capital próprio e de terceiros no patrimônio da entidade.

Além de informações também geradas por meio de outros demonstrativos contábeis, que complementam o processo da informação, entre elas, a demonstração de valor adicionado (DVA), demonstração de fluxo de caixa (DFC), e demonstração de resultado abrangente e as notas explicativas que podem auxiliar no processo de informação.

Para os indicadores econômicos, voltados mais para rentabilidade da empresa e na capacidade de gerar resultados, compostos pela margem líquida, margem bruta, rentabilidade do ativo, ou seja, o retorno dos investimentos feitos no ativo da empresa, além da rentabilidade do patrimônio liquido, o retorno para o capital próprio.

De acordo com Assaf (2001) as informações contábeis são fornecidas pelas empresas, dessa forma a análise de balanço visa relatar a evolução passada e as tendências futuras.

Para Barbosa (2005, p.5) informações são “[...] consideradas relevantes quando necessárias e úteis para o alcance dos objetivos e metas da organização. Já a fonte é confiável quando origina de uma fonte idônea e, por esse motivo, pode fundamentar o processo decisório [...]”.

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As informações devem atender as necessidades específicas de cada usuário, dessa maneira possa usufruir de toda gama de informação geradas, pode acontecer que algumas empresas não conseguem se beneficiar das informações se os indicadores não considerarem a realidade empresarial, de maneira que os proprietários podem considerar irrelevantes algumas informações ou mesmo ineficaz no processo de gerenciamento.

Outro fator que influência a geração de informações é a estrutura organizacional da empresa, ou seja, o porte em que a empresa está enquadrada.

Conforme Barbosa (2005) as empresas de pequeno porte, tem certo grau de pobreza em termos de informação, ocorrida em função de infraestrutura, tecnologia da informação e por vezes ocasiona a falta de interesse até mesmo do proprietário em saber a situação da empresa a partir de informações contábeis.

As informações econômicas e financeiras geradas são importantes no processo de tomada de decisão e assim como no gerenciamento do negócio, mas nesse contexto, percebe-se a diferença da importância dessas informações conforme o porte da empresa, e assim, a necessidade de cada usuário, pois, para que as informações geradas por meio dos demonstrativos contábeis sejam pertinentes, existe a necessidade de existir informações, base para que se possa assim analisar os dados via indicadores.

Diante do exposto, cabe a seguinte questão de pesquisa: Como as informações econômicas e financeiras geradas por meio dos demonstrativos contábeis se comportam, a partir do porte das empresas?

1.4 OBJETIVOS

A partir dos objetivos foi possível delinear a trajetória, e como foi solucionado a problematização, que neste estudo dividiu-se em geral e específico.

1.4.1 Objetivo geral

Analisar como as informações econômicas e financeiras geradas por meio dos demonstrativos contábeis se comportam a partir do porte de cada empresa.

1.4.2 Objetivos específicos

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- Classificar as empresas a partir do porte;

- Selecionar as informações econômicas e financeiras das empresas por meio dos demonstrativos contábeis para cada empresa;

- Calcular os indicadores econômicos e financeiros de cada empresa;

- Descrever as informações geradas pelos indicadores para todas as empresas; -Verificar se todos os indicadores foram possíveis de serem calculados;

- Comparar os indicadores e as informações de cada empresa de acordo com o porte.

1.5 JUSTIFICATIVA

A análise de demonstrações contábeis é a interpretação e comparação dos indicadores financeiros e econômicos, essas informações geradas são essenciais para os usuários externos, por exemplo, acionistas e fornecedores, também para os usuários internos como o empresário ou administrador que a partir destas informações poderão preparar e gerenciar melhor seu negócio e tomar a decisão mais acertada.

Para as empresas, a análise de suas demonstrações contábeis demonstra sua real estrutura, pontos positivos para aperfeiçoamento e negativos para revisão, este estudo visou mostrar a importância para as empresas em manter estas informações claras e objetivas e verificar se todos os indicadores financeiros e econômicos são possíveis de serem obtidos conforme seu porte.

Considerando que o porte de uma empresa é definido a partir do seu faturamento bruto dos últimos doze meses, este enquadramento que algumas vezes pode variar, mas conforme a base legal divide-se em microempresa, empresas de pequeno porte e geral. Com este enquadramento as empresa podem obter benefícios como as microempresas e empresas de pequeno porte que em algumas situações recebem tratamento diferenciado como, por exemplo, na participação de licitações.

O porte de uma empresa também influencia na geração de informações, visto que quanto maior o faturamento dos últimos doze meses, aumenta as obrigações das empresas estas que podem ser societárias ou perante a fiscalização tributária, aos fornecedores e aos concorrentes entre outros e assim criando a necessidade de geração de mais informações.

As informações geradas na maioria das vezes serve para tomada de decisões interna nas empresas, mas algumas com cunho social, ambiental e de desempenho econômico que quando divulgadas ao público externo podem se tornar um diferencial frente aos concorrentes e um atrativo ao público.

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Este estudo objetivou contribuir como fonte de pesquisa para fins acadêmicos, que busquem interesse na mesma área contábil.

Enquanto acadêmica, o estudo viabilizou colocar em prática um pouco do conhecimento que foi obtido durante o Curso de Ciências Contábeis e também focar em um ramo da contabilidade que durante a trajetória acadêmica apresentou maior interesse, seja pela sua importância dentro das empresas e na sociedade pela gama de informações que se pode obter, também incentivou as empresas a realizar uma análise e após uma comparação de suas demonstrações contábeis.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo apresentou-se a fundamentação teórica necessária para o aperfeiçoamento do entendimento de assuntos como contabilidade, demonstrações contábeis, o porte das empresas além dos indicadores econômicos e financeiros, que facilitaram desenvolvimento da pesquisa.

2.1 CONTABILIDADE

A contabilidade é considerada uma ciência social, conforme Santos et al (2004), pois a contabilidade enquanto geradora de informações, tem a natureza social de compreender a maneira pela qual os indivíduos ligados à área contábil criam, modificam e interpretam os atos e fatos contábeis, responsáveis pelas informações aos usuários.

A sociedade compreende que os primeiros sinais de contabilidade são muito antigos, de acordo com Crepaldi (2012, p.1):

A contabilidade é uma das ciências mais antigas do mundo. Existem diversos registros de que as civilizações antigas já possuíam um esboço de técnicas contábeis. Em termos de registro histórico, é importante destacar a obra Summa de arithmetica,

geometria, proportioni et proportionalita, do Frei Pacioli, publicado em Veneza em

1494.

Neste sentido observa-se a evolução da contabilidade junto com a própria evolução da sociedade e conforme surgiu à necessidade de controlar os bens ou valores, para comprovação existem registros muito antigos, sendo que um deles é considerado um grande marco para a contabilidade, a obra do Frei Pacioli.

Segundo Padoveze (2004) o objetivo fundamental da contabilidade é o controle do patrimônio, sendo este um aglomerado de riquezas de uma pessoa física ou jurídica e o controle é realizado através da coleta, armazenamento e processamento das informações.

Efetivando seus objetivos a contabilidade consegue de acordo com Santos et al (2004, p.28) “[...] assegurar o controle do patrimônio e fornecer informações sobre sua composição e as variações patrimoniais, bem como sobre o resultado das atividades econômicas desenvolvidas pelas entidades”.

Ainda é válido atualmente o que muitos autores teorizavam há décadas atrás, sendo relevante compreender a evolução de uma ciência, perceber o quão cresceu, esta perspectiva não se altera em relação a contabilidade, que evoluiu de uma forma de controlar o que se tinha, como o número de ovelhas, mercadorias ou moedas para ser um diferencial para uma

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empresa, conforme Duarte et al (2010) no contexto da economia competitiva atual, uma empresa pode ser considerada uma unidade tomadora de decisões e das demonstrações contábeis são retiradas as informações necessárias.

É percebível a relevância da contabilidade através da possibilidade de geração de informações, que podem ser no âmbito gerencial, em uma análise de viabilidade, na gestão de custos e em muitos outros aspectos, mas que definirão a trajetória da empresa.

2.2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Ao final de cada exercício social, toda movimentação efetuada pelas empresas são evidenciadas em demonstrações contábeis, conforme Basso (2011, p.291) “encerrado o processo de apuração, distribuição e destinação do resultado, elaboram-se as demonstrações contábeis [...]”.

Em relação à finalidade, para Rios et al (2010, p.3) “demonstrações contábeis preparadas segundo a “Estrutura Conceitual” objetivam fornecer informações que sejam úteis na tomada de decisões e avaliações por parte dos usuários em geral”.

O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui, normalmente, o balanço patrimonial, a demonstração do resultado do exercício, demonstração do valor adicionado, demonstração dos fluxos de caixa, demonstração das mutações do patrimônio líquido, notas explicativas e outras demonstrações e material explicativo que são parte integrante das demonstrações contábeis. (RIOS et al, 2010, p.3)

De acordo com a NBC TG 26(R1) (2013) – Apresentação de demonstrações contábeis as demonstrações contábeis são uma representação da estrutura da posição patrimonial e da posição financeira de uma empresa, visando evidenciar os resultados da atuação da administração frente as suas responsabilidade e obrigações, assim informando ao usuário os ativos, passivos, patrimônio liquido, receitas e despesas, alterações no capital próprio mediante integralizações dos proprietários, distribuições a eles e fluxos de caixa.

As demonstrações contábeis são elaboradas a fim de satisfazer as necessidades informacionais de seus usuários internos e externos, e que cada demonstração objetiva reunir um grupo de informações, ou seja, o usuário precisa ser seleto quanto à demonstração que irá suprir o que deseja saber.

Devido à convergência da contabilidade muitas alterações ocorreram na estrutura contábil e tributária das empresas, para esclarecer a forma de como elaborar e divulgar as demonstrações contábeis o CFC (Conselho Federal de Contabilidade) emitiu a NBC TG

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Estrutura Conceitual- Estrutura conceitual para elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro em que inclui modificações aprovadas pelo IASB (International Accounting

Standards Board) e pelo FASB (US Financial Accounting Standards Board).

Conforme a NBC TG Estrutura Conceitual- Estrutura conceitual para elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro (2011) ela possui a finalidade de dar suporte teórico e técnico para as novas normas, unificar os métodos de elaboração e divulgação das demonstrações contábeis em todos os países e assim facilitar a compreensão de todos os usuários das informações contábeis, por exemplo, uma grande empresa que possui filiais distribuídas em vários países, ela poderá elaborar apenas uma versão das demonstrações contábeis que todos entenderão o que ela deseja evidenciar, além destas a mesma ainda visa dar suporte para quem elabora as demonstrações contábeis e a órgãos reguladores nacionais.

Desta forma a importância da elaboração das demonstrações contábeis, assim possibilitando as empresas a extração do máximo de informações que auxiliarão na condução dos negócios, e que a partir da introdução da NBC TG Estrutura Conceitual- Estrutura conceitual para elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro, as empresas estão se adaptando a este novo modelo e assim tornando universalizada a mesma linguagem contábil.

Segundo a NBC TG 26-R1 (2013) o conjunto de demonstrações contábeis englobam a)balanço patrimonial ao final do período; b) demonstração do resultado do período; c) demonstração do resultado abrangente do período; c) demonstração das mutações do patrimônio líquido do período; d) demonstração dos fluxos de caixa do período; e)

demonstração do valor adicionado do período f) notas explicativas, compreendendo um

resumo das políticas contábeis significativas e outras informações explanatórias.

2.2.1 Balanço patrimonial

O balanço patrimonial, conforme Iudícibus; Marion (2010) apresenta a situação estática da empresa no final de um exercício social que pode ser no final do ano ou em um período pré-fixado.

Esta demonstração contábil é composta pelo ativo nele se encontram as aplicações dos recursos próprios e de terceiros, que são os bens e direitos. Os bens podem ser máquinas, veículos, estoques e dinheiro e os direitos são haveres que a empresa tem para receber de terceiros como duplicatas e títulos a receber.

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Segundo Iudícibus; Marion (2010, p.215), “para ser ativo é necessário que qualquer item preencha quatro requisitos simultaneamente: a) bens ou direitos, b) de propriedade da empresa, c) mensurável monetariamente e d) benefícios presentes ou futuros”.

No passivo é onde se localizam as obrigações da empresa perante terceiros como fornecedores, empréstimos e financiamentos a pagar além dos impostos a pagar.

O ativo e o passivo são divididos em circulante e não circulante, conforme Basso (2011) os direitos e as obrigações classificadas no circulante são aquelas com o prazo de realização ou de vencimento que se situam no curso do exercício seguinte, da mesma forma que os grupos de realizável e exigível a longo prazo com realização ou vencimento após o encerramento do exercício social junto com bens e direitos não classificáveis no circulante podem ser denominadas de ativo não circulante.

E no patrimônio líquido é possível constatar os recursos investidos pelos proprietários do negócio ainda outra designação para o patrimônio líquido conforme Martins (2013, p.2) pode ser “Patrimônio líquido: representa a diferença entre o ativo e o passivo, ou seja, o valor líquido da empresa”, assim pode-se dizer que se encontram no patrimônio líquido de uma empresa o capital social subscrito, capital social a integralizar, reservas bem como ações em tesouraria e prejuízos acumulados.

2.2.2 Demonstração do resultado de exercício

Outra demonstração contábil importante para a empresa é a demonstração do resultado do exercício.

A demonstração de resultado do exercício (DRE) é uma demonstração contábil que apresenta o fluxo de receitas e despesas, que resulta em aumento ou redução do patrimônio líquido entre duas datas. Ela deve ser apresentada de forma dedutiva, isto é, inicia-se com receita bruta operacional e dela deduz-se custos e despesas, para apurar o lucro líquido. (HOJI, 2010, p.249-251)

Conforme Basso (2011) é importante salientar a observância do princípio da competência para elaboração desta demonstração, pois a contabilidade tem como base esse princípio e ainda explica que esta demonstração compreende “a) as receitas e os ganhos do período, independente de seu recebimento, b) Os custos, despesas, encargos e perdas pagos ou incorridos, correspondente a esses ganhos e receitas”.

A partir desta demonstração é possível que a empresa apure o lucro ou o prejuízo que obteve em determinado período, partindo de sua receita bruta que pode ser proveniente de

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vendas ou prestação de serviço ou qualquer outra atividade, deste que seja a atividade fim da empresa.

Conforme Basso (2011) após deduz sucessivamente as devoluções, os impostos sobre aquela receita como ICMS ou IPI, o custo mercadoria vendida (CMV), despesas operacionais, despesas não operacional, adiciona-se receitas não operacionais, receitas financeiras e continua deduzindo se houver despesas operacionais assim obtendo o lucro antes dos impostos a seguir haverá as provisões para IRPJ e CSLL e a participação de empregados, administradores e partes beneficiárias e então a empresa obterá o lucro líquido do exercício.

2.2.3 Demonstração das mutações do patrimônio líquido

A demonstração das mutações do patrimônio líquido conforme Martins et al (2013) tem muita utilidade visto que fornece a movimentação ocorrida nas contas do patrimônio líquido, indicando a origem e o valor de cada acréscimo ou diminuição do patrimônio líquido. Pode-se perceber com está demonstração em mãos um investidor, por exemplo, pode compreender com a ajuda das notas explicativas a política da empresa em relação as suas reservas e dividendos que serão pagos aos seus sócios e acionistas.

2.2.4 Demonstração do fluxo de caixa

Em substituição a demonstração das origens e aplicações de recursos criou-se a demonstração dos fluxos de caixa (DFC) a partir da lei n° 11.638/07, está mudança ocorreu devido a melhor compreensão desta última pelos usuários destas informações, Iudícibus; Marion (2010) explicam que os usuários se interessam em conhecer como a empresa gera e utiliza seus recursos de caixa e equivalentes de caixa, e que quando utilizada em conjunto com as demais possibilitam aos usuários uma visão bem ampla da estrutura financeira da empresa.

Hoji (2010) orienta ainda que as movimentações de entrada e saída de caixa poderão ocorrer oriundas de atividades operacionais, de investimentos e de financiamentos, esta demonstração poderá ser elaborada por dois métodos:

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Método direto: evidencia os principais itens de recebimento e pagamento pelos seus efetivos valores, o que facilita a visualização e a compreensão dos fluxos financeiros. A elaboração pelo método direto é mais trabalhosa, mas apresenta maior riqueza de detalhes da operação.

Método indireto: parte do lucro ou prejuízo líquido do exercício, ajustando os valores que não impactam o caixa, complementando com aumento ou redução dos saldos das contas de ativos e passivos operacionais. (HOJI, 2010, p.256-257)

Como pode ser observado está demonstração é útil tanto para os usuários internos como externos, pois a partir dela consegue-se observar suas principais fontes de receitas e suas políticas para aperfeiçoar as aplicações.

2.2.5 Demonstração de valor agregado ou adicionado

Já comum em países da Europa, a demonstração de valor agregado se torna obrigatória para as companhias abertas com a Lei n° 11.638/07, Marion (2010, p.283) conceitua “[...] o valor adicionado ou agregado procura evidenciar para quem a empresa está canalizando a renda obtida [...]”.

No entanto Martins et al (2013) orienta no sentido de que uma demonstração de valor agregado ou adicionado não pode ser confundida com a demonstração de resultado do exercício, visto que está última é direcionada aos sócios e acionistas é objetiva destacar o lucro líquido de um determinado período e a demonstração de valor agregado ou adicionado esta voltada para geração de riquezas e sua distribuição pelos fatores de produção e ao governo.

Neste sentido a demonstração de valor agregado ou adicionada se mostra relevante ao evidenciar o quanto de riqueza a empresa adicionou nos insumos que adquiriu durante um período, a empresa poderá utilizar está demonstração para mostrar aos seus sócios ou acionistas que os seus investimentos estão valendo a pena e ainda incentivar novos investidores.

2.2.6 Notas explicativas

As notas explicativas devem acompanhar qualquer demonstração contábil, além delas pode acompanhar quadros e tabelas. Conforme Basso (2011) as notas explicativas tem a finalidade de explicar ou ampliar informações que podem estar na forma mais resumida nas demonstrações.

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Neste sentido conforme Martins (2013) entre as informações que devem estar nas notas explicativas é a base das preparações das demonstrações contábeis e das práticas contábeis, como critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, ajustes dos exercícios anteriores, reavaliações além de outras informações que não estão explícitas nas demonstrações.

2.3 PORTES DAS EMPRESAS

O porte de uma empresa é definido conforme quanto de receita bruta uma empresa obtêm durante um ano-calendário.

A Lei Complementar 123 de 14 de dezembro de 2006 determina em seu art. 3:

Art. 3 º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou

empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei n º 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:

I - no caso da microempresa aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais);

II - no caso da empresa de pequeno porte aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais).

E para as empresas com receita bruta superior a R$ 360.000,00 considera-se a empresa de porte normal.

Observa-se que órgãos entre eles os governamentais tomam por bases, enquadramentos diferentes para determinação do porte de uma empresa como, por exemplo, o BNDS (Banco Nacional de Desenvolvimento) ele utiliza o seguinte quadro:

Quadro 1 – Classificação conforme o porte

Classificação Receita operacional bruta anual

Microempresa Menor ou igual a R$ 2,4 milhões

Pequena empresa Maior que R$ 2,4 milhões e menor ou igual a R$ 16 milhões Média empresa Maior que R$ 16 milhões e menor ou igual a R$ 90 milhões Média-grande empresa Maior que R$ 90 milhões e menor ou igual a R$ 300 milhões Grande empresa Maior que R$ 300 milhões

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Conforme citado no site do BNDS (2014) considera-se como receita operacional bruta os recebimentos provenientes de vendas e prestação de serviços além de resultados nas operações em conta alheia descontando vendas canceladas e descontos incondicionais concedidos.

O SEBRAE (2014) utiliza a classificação com base legal, ou seja, discriminada na Lei complementar n° 123 de 2006, mas além desta utiliza uma classificação sem base legal mas informada pelo IBGE que é conforme o número de empregados.

Nesta classificação, na indústria considerasse microempresa, empresas com até 19 funcionários, pequena de 20 a 99 empregados, média de 100 a 499 empregado e grande com mais de 500 empregados, para o ramo de comércio e prestação de serviço considerasse microempresa as empresas com até 09 funcionários, pequena de 10 a 49 empregados, média de 50 a 99 empregados e grande com mais de 100 empregados.

A Lei 10.165 de 2000 estabelece a política nacional de meio ambiente, em seu artigo 17-D, inciso 1°, define como empresa de médio porte com faturamento anual de até 12 milhões e acima disso as empresas serão consideradas de grande porte.

Portanto existem classificações com faixas de faturamento diferentes que são utilizadas para o enquadramento das empresas conforme o porte que vária conforme o órgão regulamentador ou lei regulamentadora.

2.4 CAPITAL FECHADO E CAPITAL ABERTO

As sociedades anônimas podem ser classificadas em companhia aberta ou fechada, conforme Iudícibus; Marion (2010) companhias com capital fechado é aquelas que não recorrem á poupança pública e ainda obtêm seus recursos com os próprios acionistas.

Estas sociedades comumente são mais familiares, que preferem manter a empresa com menos sócios, com mesmos objetivos e que se relacionam de alguma forma.

Outra opção para uma sociedade anônima, em que Iudícibus; Marion (2010, p.16) trazem a concepção de capital aberto como “A captação de recursos é realizada junto ao público. Os valores mobiliários (ações ou debentures) são admitidos à negociação em bolsas ou no mercado de balcão”.

Então uma sociedade anônima de capital aberto pode captar recursos no mercado de ações em troca de ações ou debêntures, nestas empresas geralmente os acionistas não se conhecem e possuem diferentes objetivos em relação às ações.

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2.6 ANALISE DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

A atividade de analisar as demonstrações contábeis em conjunto propicia informações contábeis completas e essenciais no cotidiano de uma empresa, para Assaf (2001) o analista retira suas conclusões das demonstrações contábeis, nelas pode se verificar a “saúde” da empresa e como tomar as melhores decisões em relação ao crédito, de quais investimentos são mais indicados e de outros aspectos da política financeira.

A utilização da técnica de análise de balanços surgiu no Brasil por volta da década de 70, mas conforme Matarazzo (2003) mundialmente a analise de balanços se desenvolveu dentro do sistema bancário, no final do século passado, quando os banqueiros começaram a exigir balanços para as empresas tomadoras de empréstimos, mesmo que nesta época os dados constantes nas demonstrações contábeis da empresa eram apenas analisados superficialmente, sem nenhuma técnica para comparação.

Dias; Nakagawa (2012, p.40-41) descrevem que “[...] Análise de Balanços não é uma mera obtenção de um conjunto de índices, mas antes de tudo uma atividade de natureza interpretativa”. Neste sentido Assaf (2001) enfatiza que não existe uma técnica ou uma ordem de utilização destes índices, sendo particular a maneira de como usar estes índices e ainda estas decisões pode variar conforme o que se deseja obter, da experiência ou mesmo da intuição do analista.

De acordo com Bortoluzzi et al (2011) costumava-se analisar os indicadores individualmente, que com apenas um indicador poderia obter uma visão da situação da empresa e que não havia preocupação em analisar todos de uma forma global.

Assim para Bortoluzzi et al (2011, p.207)

O aumento da complexidade da tomada de decisão em finanças sugere que os problemas envolvendo a área financeira sejam mais adequadamente tratados como problemas de decisão multicritério, pois, além da dimensão financeira, entram em jogo fatores como múltiplos atores, múltiplas restrições de cunho político e múltiplas fontes de risco.

Assim, geralmente utilizam-se diversos índices numa forma conjunta para conseguir monitorar de uma forma um pouco mais precisa as variações econômicas e financeiras de uma empresa, é valido o conhecimento que o analista possui sobre a história da empresa, dos obstáculos que já ultrapassou, e mesmo de suas preferências para utilização do capital em investimentos, ou seja, na compra de ativos imobilizados ou investir em ações ou mesmo ficar com o dinheiro em caixa.

(25)

Dias; Nakagawa (2012, p.40) destacam que “[...] A preocupação subjacente é a de que o analista não restrinja sua análise unicamente aos registros contábeis publicados, mas que considere também fatores relacionados ao ambiente em que os agentes econômicos operam”.

Neste sentido é possível mais uma vez perceber que é de suma importância o analista antes de realizar está analise conhecer a empresa em todos os aspectos, assim além de utilizar os índices comuns poderá contextualizar estes no cenário econômico local e mesmo mundial, se conhecer o ramo em que atua a empresa poderá fazer um estudo de quais perspectivas existem para este ramo nos próximos dez anos, e então orientar o empresário de uma forma mais ampla, embasada e com mais argumentos.

2.7 INDICADORES FINANCEIROS

Para Rios et al (2010, p.3) a análise financeira possibilita “[...] a interpretação da saúde financeira da empresa, seu grau de liquidez e capacidade de solvência [...]”. Neste sentido conforme Iudícibus (2010, p.92) “[...] a técnica de análise financeira por quocientes é um dos mais importantes desenvolvidos da contabilidade, pois é muito mais indicado comparar, digamos, o ativo corrente com o passivo corrente do que simplesmente analisar cada um dos elementos individualmente”.

Análise por índices - A análise das demonstrações contábeis por índices consiste na confrontação entre os diversos grupos ou contas patrimoniais e de resultado de forma que se estabeleça uma relação lógica que possibilite a mensuração da situação econômica e financeira da empresa. Para a obtenção de índices confiáveis, são necessárias algumas precauções que levem em conta a qualidade e a padronização dos métodos utilizados para a elaboração das demonstrações contábeis que podem envolver até a necessidade de reclassificação de alguns itens. (RIOS et al, 2010, p.4).

Na mesma linha de pensamento Lopes de Sá (2006) explica que o método dos quocientes é o mais aplicado nas análises de demonstrações contábeis pelo motivo de adotar um critério de coerência, considerando relações, ou seja, utilizando razões.

O resultado destas razões, os quocientes também são conhecidos como índices.

Índice é a relação entre contas ou grupo de contas das demonstrações financeiras, que visa evidenciar determinado aspecto da situação econômica ou financeira de uma empresa. Os índices constituem a técnica de análise mais empregada. Muitas vezes, na prática ou mesmo em livros confunde-se análise de balanços com extração de índices. (MATARRAZO, 2003, p.147)

Sendo assim a análise financeira é essencial para as empresa, para que possa verificar se sua estrutura financeira está saudável e se é necessário correções na trajetória de tomada de

(26)

decisões na empresa, através da comparação de elementos do patrimônio ou de resultado que contenham uma relação entre si, gerando uma relação entre o mesmo, este que pode ser chamado de quociente ou índice, proporcionando maior qualidade e segurança na informação obtida.

2.7.1 Índices ou quocientes de liquidez

Os índices ou quocientes de liquidez tomam por base a capacidade de pagamento de uma empresa. Para Lopes de Sá (2006) o quociente de liquidez relaciona os meios de pagamento e as necessidades de pagamentos assim visando evidenciar de quanto se dispõe para o pagamento dos compromissos, ou seja, indica quantas unidades monetárias destas existe para o pagamento da dívida.

Esta relação pode-se ser feita no curto, médio e longo prazo de tempo.

2.7.1.1 Índice ou quociente de liquidez imediata

Este índice ou quociente evidencia o valor de quanto existe de valores imediatos para pagamento das dívidas. Segundo Iudícibus (2010) para obtenção deste, tem se no numerador os fundos imediatamente disponíveis e no denominador as dívidas de curto prazo com vencimento em até 365 dias.

Índice de liquidez imediata= Disponibilidades

passivo circulante

Nesta relação, para a empresa, quanto maior for o índice ou o quociente, melhor será, ou seja, significa que a empresa possuem boas condições imediatas para o pagamento de suas dívidas de curto prazo.

2.7.1.2 Índice ou quociente de liquidez Corrente

Considerado um dos melhores apontadores da liquidez de uma empresa devido que “Este quociente relaciona quantos reais dispomos, imediatamente disponíveis e conversíveis

(27)

em curto prazo em dinheiro, com relação às dívidas de curto prazo [...]” (IUDÍCIBUS, 2010, p.94).

Para Iudícibus (2010) no numerador devem estar englobado as disponibilidades, valores a receber em curto prazo, estoques e certas despesas pagas antecipadamente, já no denominador devem estar incluídos todas as dívidas com vencimento em curto prazo.

Índice de liquidez corrente= ativo circulante

passivo circulante

Seguindo a mesma linha de pensamento para os índices ou quocientes de liquidez, este quando maior, melhor será a capacidade de pagamento das dívidas de curto prazo.

2.7.1.3 Índice ou quociente de liquidez seca

Este índice ou quociente visa contatar as condições de pagamento das dívidas de curto prazo, caso interrompesse suas vendas.

Assim conforme Lopes de Sá (2006, p.98) “[...] para a fórmula do denominado quociente seco de liquidez, o valor das exigências de mercadorias, produtos, matérias deve-se ser subtraído do ativo circulante para que se obtenha um total de meios de pagamento confiável”.

Complementando neste sentido Rios et al (2010) explica que esta subtração visa eliminar os riscos de realização deste ativo, assim pode-se considerar este um índice ou quociente mais rígido ou até com excesso de conservadorismo. Entretanto Matarazzo (2003, p.173) salienta que “[...] a baixa liquidez seca não indica necessariamente comprometimento da situação financeira. Em certos casos pode ser sintoma de excessivos estoques encalhados”.

Índice de liquidez seca= ativo circulante – estoques

passivo circulante

O quociente ou índice de liquidez seca visa evidenciar a condições de pagamento das dividas de curto prazo excluindo as incertezas de um ou de outro método de avalição de estoques, ou mesmo se os estoques se tornarem obsoletos, então neste caso quando maior o índice ou quociente melhor será, outro fator relevante é que não pode analisar este índice ou

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quociente de forma isolada, pois muitas vezes o que pode baixa-lo é o excesso de estoques que comumente ocorre em diversas empresas.

2.7.1.4 Índice ou quociente de liquidez geral

Este quociente engloba além do curto o longo prazo, conforme Marion (2010, p.79) “[...] mostra a capacidade de pagamento da empresa em longo prazo, considerando tudo o que ela converterá em dinheiro (a curto e longo prazo), relacionando-se com tudo o que já assumiu como dívida (a curto e longo prazo)”.

Iudícibus (2010) destaca neste sentido que este índice ou quociente serve para detectar a saúde financeira em relação ao longo prazo da empresa.

Índice de liquidez geral= ativo circulante + realizável a longo prazo

passivo circulante + exigível a longo prazo

2.7.2 Índices ou quocientes de endividamento

Os índices ou quocientes de endividamento originam-se pela relação entre os recursos próprios e de terceiros de uma empresa.

Capital próprio: dinheiro ou coisas entregues diretamente pelos associados da empresa (capital versado ou colocado no negócio) como integralização de capital social, suprimentos especiais ou contribuições, resultados positivos alcançados pela atividade (lucros) e maior valia do empreendimento, ou não. (LOPES DE SÁ, 2006, p.105)

Capital de terceiros: elementos buscados fora do empreendimento através de: concessão de crédito feita por terceiros, quer em dinheiro, quer em coisas, tais como os provenientes de fornecedores, bancos, pessoas jurídicas ligadas ou não ou pessoas físicas. (LOPES DE SÁ, 2006, p.105)

Conforme Marion (2010) é através destes índices ou quocientes que a empresa poderá tomar conhecimento de quanto de sua estrutura de capital ou das origens de suas aplicações é composta por capital próprio ou de terceiros e ainda se em relação às origens de aplicações oriundas de terceiro se a maioria dos vencimentos é de curto ou de longo prazo.

Sendo assim os índices ou quocientes de endividamento tomam grande importância durante uma análise das demonstrações contábeis, pois evidenciam as fontes dos recursos

(29)

utilizados para financiar o ativo, podendo ser elas de origem própria ou de terceiros, e esta observando o vencimento se for de curto ou longo prazo.

Permitindo as empresas melhor administração seus recursos, todavia podendo evitar excesso de capital de terceiros e programando o pagamento das mesmas de forma que não comprometa seu capital de giro.

2.7.2.1 Índice ou quociente de participação de capitais de terceiros sobre recursos totais

Este índice ou quociente relaciona o exigível de curto e longo prazo oriundo de terceiros com exigível total envolvendo as fontes de recursos próprias e de terceiros, nesta linha de pensamento conforme Iudícibus (2010) esta relação resultará numa porcentagem em quanto que o endividamento representa sobre os fundos totais.

Índice de participação de capitais de terceiros sobre

recursos totais=

passivo circulante + passivo não circulante

passivo circulante + passivo não circulante + patrimônio líquido

No numerador desta razão se encontra a totalidade do passivo circulante somado ao passivo exigível a longo prazo ou não circulante e abaixo no denominado os mesmos passivo circulante e passivo não circulante e adiciona-se o patrimônio líquido, assim soma-se o capital próprio ao de terceiros, neste índice ou quociente quando menor for melhor é a situação do endividamento das empresas.

2.7.2.2 Índice ou quociente de garantia do capital próprio ao capital de terceiros

Neste índice ou quociente relaciona-se o capital próprio com o capital de terceiros, para Marion (2010) obtêm-se a partir desta relação o quanto a empresa apresenta de capital de terceiros em relação ao capital próprio, ou seja, quanto se tem de capital próprio para cobertura das dívidas para com terceiros.

Índice de garantia do capital próprio ao

capital de terceiros= patrimônio líquido

(30)

Realizando a razão proposta entre o patrimônio líquido, o capital próprio com o exigível total, o capital de terceiro se encontra o percentual disponível de capital próprio, assim quanto maior for este percentual evidentemente melhor será a situação da empresa.

2.7.2.3 Índice ou quociente de composição de endividamento

O índice ou quociente de composição de endividamento mostra segundo Iudícibus (2010) o quanto do total do endividamento da empresa tem seu vencimento a curto prazo, salienta que para empresas em expansão indicaria financiamentos em longo prazo, para que assim a empresa poderá iniciar suas atividades, ganhando assim capacidade operacional adicional para que tenha condições de começar a amortizar o financiamento.

Índice ou quociente de composição de

endividamento= passivo circulante

exigível total

Assim na razão o numerador é composto pelo passivo circulante, ou seja, as dívidas de curto prazo e no denominador o exigível total, ou seja, a composição total das dívidas. Nessa razão o ideal para uma empresa é que quanto menor melhor.

2.7.3 Índices ou quocientes de rotatividade

Considerados índices ou quociente importantes para análise do funcionamento de uma empresa, pode envolver elementos tanto do balanço patrimonial como da demonstração de resultado do exercício.

2.7.3.1 Índice ou quociente de rotatividade do estoque

Este índice ou quociente visa demonstrar em quanto tempo se renova os estoques que conforme Iudícibus (2010, p.100) “[...] representam a velocidade com que elementos patrimoniais de relevo se renovam durante determinado período de tempo. Por sua natureza têm seus resultados normalmente apresentados em dias, meses ou períodos maiores, fracionários de um ano [...]”.

(31)

Índice de rotatividade do estoque= custo dos produtos vendidos

estoque médio de produtos

Dos elementos desta razão, o numerador pode ser encontrado na demonstração do resultado do exercício, e o denominador é retirado no balanço patrimonial, a partir destes se obtêm o giro do estoque, ou seja, em quantas vezes se renovou os estoques por causa das vendas, ou ainda, através das vendas quantas vezes foi necessário renovar os estoques.

Neste sentido quantas vezes mais o estoque se renovar durante um período determinado melhor será para empresa.

2.7.3.2 Prazo médio de rotação de estoques

O prazo médio de rotação de estoques segundo Reis (2003) é a diferença de dias entre a compra e a venda de uma determinada mercadoria, ou seja, é a quantidade de dias que uma mercadoria fica estocada dentro da empresa.

Prazo médio de rotação de estoques= estoque médio X 365 custos das vendas

Assim o prazo médio de rotação de estoques é obtido através da multiplicação dos estoques médios por 365 (dias) dividindo pelo custo das vendas efetuadas no período.

2.7.3.3 Prazo médio de recebimento de contas a receber

Este prazo significa o tempo que a empresa devera esperar para receber seus valores de clientes.

Prazo médio de recebimento de contas a receber= Média de contas a receber

X 365

vendas médias

(32)

Para Iudicíbus (2010) este indicador indica quanto tempo a empresa demora para receber suas vendas a prazo, e ainda o numerador, contas a receber deverá ser obtido a partir do maior número possível de saldos.

Este prazo é um cálculo médio de quanto tempo em dias, meses ou anos que a empresa demora a receber o valor referente às vendas a prazo.

2.7.3.4 Giro dos ativos totais

Comparando as vendas com o ativo total, segundo Barreto et al (2012) o giro dos ativos totais indicam a eficiência que a empresa utiliza seus ativos para gerar vendas.

Giro dos ativos totais= Vendas

ativo médio

Este indica quantas vezes o ativo conseguiu de renovar em relação ao valor das vendas em determinado período, acredita-se que quantas mais vezes isto acontecer, melhor será e maiores serão as chances da empresa pagar suas despesas e gerar mais lucro.

2.8 INDICADORES ECONÔMICOS

Os indicadores econômicos concentram mais na utilização dos elementos da demonstração do resultado do exercício, Marion (2010) discorre que o objetivo maior é calcular a taxa de lucro e comparar com elementos que apresentam relação com o mesmo, para Rios et al (2010, p.6) “Os índices econômicos são aqueles que indicam margens de lucro (rentabilidade), de retorno do capital investido, velocidade das operações realizadas, entre outros”.

Para analise da rentabilidade de uma empresa utilizasse como base a demonstração de resultado do exercício, mas também outros elementos relacionados, a fim de obter indicadores que envolvam o lucro e suas variações.

(33)

2.8.1 Margem bruta

A margem bruta é obtida a fim de saber qual a taxa de retorno das vendas sobre o resultado operacional bruto, com apenas as deduções de impostos sobre as receitas, devoluções, custa da mercadoria vendida entre outros.

Margem bruta= lucro operacional bruto

vendas líquidas

Assim conforme Iudícibus (2010) para uma margem bruta que consegue retratar a realidade é necessário o controle dos impostos sobre a receita e o custo da mercadoria vendida de maneira eficaz.

2.8.2 Margem líquida

A margem líquida para Barreto et al (2012) mede percentualmente quanto de vendas sobrou após a dedução de todas despesas incluindo o imposto de renda, Rios et al (2010) complementa que nestas despesas também incluísse as despesas não operacionais, “[..]estabelece o percentual de lucro líquido em cada unidade monetária vendida”. (RIOS et al, 2010, p.7)

Margem líquida: lucro líquido

vendas líquidas

Este índice de rentabilidade se revela muito relevante para as empresas, pois assim ela terá o conhecimento de quanto ainda resta do lucro após ser pago as despesas e impostos.

2.8.3 Índice ou quociente de rentabilidade do ativo

Nesse índice ou quociente evidenciasse a relação do lucro líquido com o ativo, segundo Barreto et al (2012) este índice também é conhecido como retorno sobre o investimento da empresa, pelo motivo de medir a eficiência da administração na geração de lucros com os ativos disponíveis.

(34)

Índice ou quociente de rentabilidade do ativo= lucro líquido

ativo total

Através deste índice ou quociente é possível se obter quanto de lucro houve para o investimento realizado. Utilizando o lucro líquido encontrado da demonstração de resultado do exercício e o valor do ativo total este que se localiza no balanço patrimonial.

2.8.4 Índice ou quociente de rentabilidade do patrimônio líquido

Parecido com o índice acima, mas desta vez utilizasse como denominador da razão o total do patrimônio líquido, conforme Matarazzo (2003, p.181) “O papel do índice de rentabilidade do patrimônio liquido é mostrar qual a taxa de rendimento do capital próprio [...]”.

Índice ou quociente de rentabilidade

do patrimônio líquido= Lucro líquido

Patrimônio líquido

Assim representando percentual do quanto de lucro liquido para cada unidade do patrimônio liquido, ou seja, quanto maior for este índice melhor será para empresa.

2.9 ÍNDICES OU QUOCIENTES DE SOLVÊNCIA E INSOLVÊNCIA

Quanto mais informações as empresas conseguirem gerar, mais cientes estarão para futuras decisões, ter o conhecimento do seu nível de solvência ou de insolvência se torna fundamental a medida que influenciam políticas internas nas empresas como vendas e marketing, para gerar este tipo de informações pode utilizar o modelo de previsão de insolvência de Kanitz e o coeficiente de overtrading.

(35)

2.9.1 Modelo de previsão de insolvência de Kanitz

As empresas utilizam informações geradas internas como externamente para tomar diversas decisões, quando os resultados da empresa não são favoráveis e se persistirem nessa situação a empresa pode utilizar de índices que podem mostrar previsões de uma possível falência da mesma.

Com o passar dos anos surgiram vários modelos de previsão de falências conforme Costa; Andrade; Silva (2013, p.2) relatam em seu estudo:

O histórico de estudos sobre previsão de insolvência remonta ao trabalho de Fitzpatrick, em 1932. Em 1966 Beaver apresentou o primeiro estudo com a utilização de técnicas estatísticas univariadas para a previsão de falência de empresas. Em 1968 Altman explorou a análise discriminante multivariada, impulsionando diversos outros estudos, como o de Blum (1974); Kanitz (1976); Elizabetsky (1976); Matias (1978); Silva (1982). Em 1980 foram desenvolvidos modelos de regressão logística, a começar por Ohlson (1980). Mais recentemente, os modelos baseados em redes neurais: Bell, Ribar, & Verchio (1990), Almeida (1993) e Tam & Kiang (1992).

Como foi mencionado um dos modelos de previsão de falência foi criado por Stephen Charles Kanitz em 1974, que procura identificar através da mesclagem de diversos índices, conforme Marion (2010) visa avaliar a empresa, atribuindo uma nota que pode variar de (-) 7 até 7, uma vez que quando mais próximo de 7 melhor para empresa, ou seja, mais longe da falência ela se encontra.

X1: lucro líquido X 0,05 patrimônio líquido X2: liquidez geral X 1,65 X3: liquidez seca X 3,55 X4: liquidez corrente X 1,06 X5: exigível total X 0,33 patrimônio líquido fator de insolvência: X1+X2+X3-X4-X5

Assim tem-se o fator de insolvência e comparasse com o termômetro de Kanitz, que segundo Marion (2010) se o fator de insolvência estiver entre 0 (zero) e 7 (sete) a empresas

(36)

possuem reduzidas possibilidades de falência, se o fator de insolvência estiver entre -3 (três negativo) e 0 (zero) a empresa está em uma situação indefinida, ou seja, já necessita de algumas intervenções de seus dirigentes, mas se o fator se encontrar entre 0 (zero) a -7 (sete negativo) a empresa tem grandes possibilidades que entre em falência.

2.9.2 Coeficiente de overtrading

Esta situação, o “overtrading” numa empresa acontece quando suas metas não estão em conformidade com a realidade operacional da organização, conforme Silva et al (2012) o

overtrading se instala quando se é exigido um volume de produção maior que a capacidade

produtiva e de recursos disponíveis.

Coeficiente de overtrading= Vendas

CCL

É possível obter este coeficiente através da divisão entre as vendas por CCL (capital circulante líquido) este que é conhecido pela subtração do ativo circulante pelo passivo circulante.

(37)

3 METODOLOGIA DO ESTUDO

Para realização deste estudo foi necessário planejamento e execução de pesquisas, para estas utilizou-se técnicas de pesquisas e também análise e interpretação de dados para os quais foram utilizados procedimentos técnicos descritos a seguir.

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

A pesquisa como um todo pode ser classificada de várias formas, tomando diversos critérios para estas divisões, ou mesmo pela finalidade do estudo, conforme Gil (2010, p.25) “a tendência à classificação é uma característica da racionalidade humana. Ela possibilita organização dos fatos e consequentemente o seu entendimento”, neste sentido é possível perceber a importância da utilização de uma classificação para obtenção de um estudo mais científico e confiável.

3.1.1 Quanto à natureza

Em se tratando a natureza, a pesquisa, se classifica como aplicada, segundo Vergara (2009, p.43) esse tipo de pesquisa é “[...] fundamentalmente motivada pela necessidade de resolver problemas concretos [...]”.

Nesta linha Gil (2010, p.26) relata que a pesquisa aplicada “[...] abrange estudos elaborados com a finalidade de resolver problemas identificados no âmbito das sociedades em que os pesquisadores vivem”.

Portanto este estudo se classifica como pesquisa aplicada, pois visa à comparação de indicadores econômicos e financeiros de empresas diferentes, a fim de mostrar os benefícios de se ter estes e as informações que se podem ser geradas com eles.

3.1.2 Quanto à forma de abordagem do problema

Se levados em consideração a abordagem do problema, esta pesquisa foi classificada como qualitativa, de acordo com Richardson (1999 apud BEUREN et al, 2004, p.91) “os estudos que empregam uma metodologia qualitativa podem descrever a complexidade de determinado problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais”.

(38)

A presente pesquisa é qualitativa, pois compara indicadores econômicos e financeiros, analisa os mesmos conforme o porte de cada empresa.

3.1.3 Quanto aos objetivos

Uma pesquisa pode ser classificada em descritiva, exploratória ou explicativa conforme os seus objetivos, este estudo foi descritivo, como Zamberlan et al (2014, p. 96) explica que “A pesquisa descritiva visa a identificar, expor e descrever os fatos ou fenômenos de determinada realidade em estudo[...]”, neste sentido Gil (2010, p.42) complementa:

A pesquisa descritiva expõem características de determinada população ou determinado fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre variáveis e definir sua natureza. Não tem o compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal explicação.

Consoante a esta conceituação, o estudo foi descritivo, pois buscou descrever o comportamento dos indicadores econômicos e financeiros das empresas conforte seu porte, ainda comparando os mesmos.

3.1.4 Quanto aos procedimentos técnicos

Os procedimentos técnicos são as formas de obtenção dos dados que serão trabalhados, interpretados ou comparados em uma pesquisa, Beuren et al (2004) cita como possibilidades de procedimentos técnicos que podem ser utilizados em um estudo, estes são: estudo de casos, pesquisa bibliográfica, pesquisa experimental, pesquisa documental ou ainda pesquisa participante.

O presente estudo para atender os seus objetivos e solucionar seu problema de pesquisa, realizou pesquisa bibliográfica e documental, que de acordo com Vergara (2009, p.43), a pesquisa bibliográfica “[...] é estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral [...]”.

Lakatos; Marconi (1996, p.57) definem pesquisa documental como “fonte de coleta de dados está restrita a documentos, escritos ou não, constituindo o que se denomina de fontes primárias”, complementa que podem ser arquivos públicos ou particulares, escritos, imagens ou objetos.

Referências

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