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Eixo Temático – Enfermagem e Cuidados com a Saúde – sala nº 28 (ARTIGOS)

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Academic year: 2021

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XIV ERIC – (ISSN 2526-4230)

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XIV ERIC – (ISSN 2526-4230)

Perspectiva dos profissionais do SAMU em relação presença da

família durante o atendimento pré-hospitalar

Pré-projeto TCC

Jéssica Fernanda Maniezo da Cruz João Rogério Zequim Gomes

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Enfermagem da faculdade Fafiman Como requisito parcial a obtenção do titulo de graduação com o tema Perspectiva dos profissionais do SAMU em relação a presença da família durante o atendimento pré-hospitalar Orientador(a): Prof DR: Mayckel Barreto

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SUMÁRIO 1.Introdução...05 1.1Justificativa...06 1.2Objetivo...08 2.Metodologia...08 3 Roteiro paraentrevista...09 4.Termo de esclarecimento...10 5.Anexos...13 5.1Cronograma de Execução...13 5.2 Orçamento...14 6.Referências...15

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RESUMO:

O atendimento emergencial, independentemente do fator desencadeador, via de regra configura-se como um acontecimento indesejável e imprevisto, por isso é vivenciado com intenso sofrimento pelos indivíduos e seus familiares. As famílias têm sido descritas como parte integrante e indispensável na prestação de cuidados emergenciais, pois apóiam a vivência e a adaptação de seus membros à enfermidade aguda e grave.

O Objetivo do presente estudo será compreender como os profissionais do SAMU percebem e/ou vivenciam a presença da família durante o atendimento pré-hospitalar. Trata-se de uma pesquisa descritiva da natureza qualitativa; o estudo será realizado na base do SAMU da cidade de Apucarana. A coleta de dados acontecerá entre o mês de Março e Maio de 2018, sendo aplicado um questionário semi-estruturado, a entrevista será gravada e transcrita. A análise de dados será por meio de Análise de Conteúdo na modalidade Temática. Com os resultados espera-se que as vivências partilhadas sensibilizem os profissionais do SAMU para o atendimento integral ao paciente e sua família.

Palavras chaves: urgência, atendimento pré-hospitalar, perspectiva, enfermagem familiar

1.Introdução

O atendimento emergencial, independentemente do fator desencadeador, comumente acarreta em suas vítimas agravos, lesões, danos, feridas, dores e inclusive alterações psicoemocionais que podem agravar o quadro clínico do paciente. Por ser um acontecimento indesejável e imprevisto, é vivenciado com intenso sofrimento pelos indivíduos e seus familiares. Entretanto, mesmo em sofrimento, as famílias têm sido descritas como parte integrante e indispensável na prestação de cuidados emergenciais, pois apóiam a vivência e a adaptação de seus membros à enfermidade aguda e grave (SOARES JR; ET AL., 2016).

O modelo integral de atenção à saúde respalda a incorporação da família nas diversas ações de saúde. Um dos pilares para isto é o conceito de “Cuidado

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Centrado na Família” (CCF), reforçando assim para a enfermagem as bases holísticas da prática do cuidado, o qual não deve ser apenas empregado aos pacientes, mas também aos seus familiares (SILVA DALL’ ORSO; ET AL., 2013). Para a organização desta questão, foram criados conselhos de ressuscitação ao redor do mundo produzindo orientações. Por exemplo, o Conselho de Ressuscitação no Reino Unido (The American Heart Association) desenvolveu diretrizes com o objetivo de advogar o direito das famílias dos pacientes a estarem presentes durante a Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP). Além disso, a presença da família durante o atendimento emergencial é apoiada por organizações médicas e de enfermagem como o Royal College of Nursing, e a Associação Britânica de Acidentes e Medicina de Emergência (AXELSSON; ET AL., 2010).

Depois que a presença da família durante o atendimento emergencial foi adotada em muitos hospitais em todo o mundo, há uma necessidade de se concentrar não apenas nas necessidades do paciente, mas também naquelas apresentadas por membros da família (HINKLE& FITZPATRICK., 2011).

Em um estudo realizado na Ruanda na África com profissionais de saúde os participantes descreveram os muitos desafios que eles perceberam em relação a presença da família durante o atendimento emergencial(HAVIGITANGA; BRYSIEWICZ.,2014). Mas esta documentada na literatura que a presença da família durante o atendimento emergencial ajuda seus membros a ver os esforços da equipe de ressuscitação e que tudo o que poderia ter sido feito foi feito (HAVIGITANGA; BRYSIEWICZ.,2014). Muitos pesquisadores apóiam essa idéia de que a presença da família durante o atendimento emergencial ameniza o sofrimento. (HAVIGITANGA; BRYSIEWICZ.,2014).

Com frequência o Serviço Móvel de Urgência (SAMU) é acionado por um familiar o qual fornece as informações iniciais sobre o paciente (STEFANO;ET AL., 2016). Ao mesmo tempo os parentes dos pacientes precisam obter informações específicas sobre a condição, o prognóstico e o tratamento preciso do paciente (BAILEY, ET AL., 2010). Davis (1994) afirmou que fornecer aos familiares essa informação é importante e deve ser apresentado de forma compreensível. Devido ao fato de que o resultado do RCP é muitas vezes imprevisível (MASA’DEH; ET AL., 2013)

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Manter as famílias atualizadas sobre a condição do paciente ajuda na melhoria das relações entre profissionais de saúde e familiares e trará suas expectativas para a realidade. Isso também pode melhorar a confiança e tornar as famílias mais felizes com o nível de serviços oferecidos aos seus amados (MASA’DEH; ET AL., 2013)

1.1 Justificativa

Embora sejam cerca de 30 anos Desde a sua criação, a presença da familia durante o atendimento pré-hospitalar prova ser um novo conceito. Enquanto os profissionais de saúde e as famílias têm muitas opiniões diferentes sobre este conceito, o movimento para presença da família durante o atendimento pré-hospitalar em progredido devido à demanda pública em curso das famílias para estar presente durante os esforços de ressuscitação, e um corpo crescente de conhecimento sobre seus benefícios. Independentemente deste vasto apoio, a presença da família durante o atendimento pré-hospitalar não é uma prática generalizada e não foi universalmente aceita entre as profissões de saúde. (HAVIGITANGA; BRYSIEWICZ.,2014). Mesmo entre aqueles que atuam no SAMU onde a presença familiar durante o primeiro atendimento é mais freqüente (JABE 2013).

Deste modo o objetivo deste estudo será Compreender como os profissionais do SAMU vivenciam e percebem a presença da família durante o atendimento pré-hospitalar.

2.Metodologia

Trata-se de um estudo exploratório de abordagem qualitativa, que será realizado junto a profissionais de saúde que atuam no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) da cidade de Apucarana.

Apucarana é um município localizado no centro-norte do estado do Paraná, Brasil, com uma população estimada em 2017 de 132.691 habitantes, segundo o (IBGE 2017).

O SAMU Apucarana foi fundado em outubro de 2004, atendendo somente no município sede, e em novembro 2011 houve a regionalização, sendo que o SAMU passou a atender as cidades de Sabaúdia,Arapongas,Califórnia

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,Marilândia do Sul,Maúa da serra, Jandaia do Sul, Marumbi, Kaloré, Borrazólolis,Grandes Rios, Bom Sucesso,São Pedro do Ivaí,Cambira,Novo Itacolomi, Rio Bom. Faxinal. O que representa uma população total de 343.638 pessoas.

A central de Apucarana conta com 01 unidade avançada, 02 unidades básicas, e a equipe da regulação, com total de 60 funcionários, atendendo em média de 720 ocorrências por mês.

Participarão do estudo, enfermeiros, técnicos em enfermagem e médicos que atuam no atendimento direto ao paciente, assim como os médicos reguladores que tenham atuado em campo por no mínimo um ano na base do SAMU de Apucarana, devido eles serem os profissionais que estão em contato direto com a família durante o atendimento.

Serão excluídos do estudo os profissionais que estiverem afastados por férias licença médica, ou maternidade durante a coleta de dados assim como condutores, e telefonistas.

Os dados serão coletados por meio de entrevistas gravadas a serem realizadas pessoalmente durante o período de maio a julho de 2018. Será realizada na Central de Regulação do SAMU em Apucarana no momento em que os profissionais estiverem aguardando novas ocorrências. As entrevistas serão gravadas e transcritas na íntegra, para análise e interpretação das falas dos atores, de forma a garantir a totalidade e fidedignidade das informações. A análise de dados será guiada pelo referencial metodológico de Bardin (2016) respeitando suas etapas de pré-análise, exploração de material, tratamento dos resultados e interpretação.

O trabalho será submetido ao comitê permanente de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Estadual de Maringá. Sendo respeitados todos os preceitos éticos contidos na resolução 466/12 do conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, e todos os participantes assinarão o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) em duas vias. Para preservar as identidades dos participantes os depoimentos serão identificados com as siglas E, T, M, para Enfermeiros, Técnicos, e Médicos, respectivamente.

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3. ROTEIRO PARA ENTREVISTA COM O PACIENTE

Idade:_________ Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino

Estado civil: ( ) Casado ( ) Solteiro ( ) Divorciado ( ) Viúvo Escolaridade: __________ anos de estudo

Profissão:_______________________________

Raça/cor: ( )Negro ( )Pardo ( )Branco ( )Amarelo ( ) Indígena

Questão geradora

Gostaria de ouvir qual sua percepção sobre a presença da família durante o atendimento pré-hospitalar.

Questões de apoio

1 Como você se porta diante a vontade expressa de um familiar, em presenciar o atendimento?

2 Faz parte de sua rotina permitir a presença da família durante o atendimento pré-hospitalar? Quais os fatores que influenciam sua decisão?

3 A presença do familiar influência na maneira em que é executado o atendimento? Por quê?

4você como profissional de saúde gostaria que sua família estivesse presente durante seu atendimento?

5 Qual sua maior dificuldade durante o atendimento assistido pela família?

4. TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Gostaríamos de convidá-lo a participar da pesquisa intitulada “Perspectiva do profissional do SAMU sobre a presença da família durante o atendimento pré-hospitalar: um estudo qualitativo”, que faz parte do curso de graduação em Enfermagem Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Mandaguari. O objetivo da pesquisa é compreender a percepção de paciente, familiares e profissionais de saúde sobre a presença da família durante o atendimento emergencial ao paciente adulto. Para isto a sua participação é muito importante, e você precisaria responder algumas questões, aqui mesmo na central de regulação ou onde

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preferir, sobre a sua opinião acerca deste assunto. A entrevista será gravada em aparelho de captação de áudio para que eu possa posteriormente realizar a análise. Informamos que poderão ocorrer alguns desconfortos, pois sua percepção sobre esse assunto é muito particular e pode não ir ao encontro das evidências científicas mais atuais, gerando um incomodo ao responder as questões, mas comprometo-me a interromper a entrevista assim que você achar necessário e retomá-la posteriormente ou mesmo nem retomá-la.

Reforçamos que as informações aqui prestadas são exclusivamente destinadas a esta pesquisa e serão durante todo o processo tratadas com o mais absoluto sigilo e confidencialidade, de modo a preservar a sua identidade e após as análises as gravações serão apagadas. Gostaria de esclarecer que sua participação é totalmente voluntária,podendo você: recusar-se a participar, ou mesmo desistir a qualquer momento sem que isto acarrete qualquer ônus ou prejuízo à sua pessoa. Porém, não haverá qualquer benefício imediato a sua pessoa. Caso você tenha mais dúvidas ou necessite maiores esclarecimentos, pode nos contatar nos endereços eletrônicos abaixo.

Este termo deverá ser preenchido em duas vias de igual teor, sendo uma delas,devidamente preenchida e assinada entregue a você. Além da assinatura nos campos específicos pelo pesquisador e por você, solicitamos que sejam rubricados todas as folhas deste documento. Isto deve ser feito por ambos (pelo pesquisador e por você, como sujeito ou responsável pelo sujeito de pesquisa) de tal forma a garantir o acesso ao documento completo.

Eu,... ...declaro que fui devidamente esclarecido e concordo em participar VOLUNTARIAMENTE da pesquisa coordenada pelo Prof Dr Mayckel da Silva Barreto

Data:... Assinatura

Nós declaramos que forneci todas as informações referentes ao projeto de pesquisa supra-nominado. __________________________________________

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Qualquer dúvida com relação à pesquisa poderá ser esclarecida com o pesquisador, conforme o endereço: jemaniezo@hotmail.com/ Endereço: Rua Zacarias de Vasconcelos 2712 vila dias Tel.: +55(44)99372761E-mail:.

jemaniezo@hotmail.com Qualquer dúvida com relação aos aspectos éticos da

pesquisa poderá ser esclarecida com o Comitê Permanente de Ética em Pesquisa (COPEP) envolvendo Seres Humanos da UEM, no endereço: COPEP/EU 5. ANEXOS 5.1 Cronograma de execução Data Atividades Janeiro 2018 Fevereiro 2018 março 2018 abril 2018 Maio 2018 junho 2018 julho 2018 agosto. 2018 Setembro 2018 outubro 2018 Novembro 2018 Dezem bro 2018 Revisão extensiva e crítica da literatura X X X X X X X X X X Conclusão do projeto de pesquisa e instrumentos de coleta de dados X Submissão do Projeto ao comitê de ética do HURM e da UEM X X Coleta dos Dados X X X Tratamento, consolidação, digitação e organização dos dados X X Análise e Discussão dos dados X X Elaboração dos relatórios de pesquisa X X X Apresentação dos resultados parciais em eventos científicos X Defesa pública do TCC X

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5.2 ORÇAMENTO ESPECIFICAÇÃO Valor unitário (R$) Valor total (R$)

Justificativa da necessidade para o projeto

Itens Quantidade

Canetas 4 1,50 6,00 Preenchimento dos instrumentos

Papel sulfite A4 1000 108,00 216,00 Para imprimir questionário de coleta de dados

Pen drive 02 40,00 80,00 Guardar os dados

Toner de impressora 05 40,00 200,00 Imprimir os instrumentos

Gasolina 100 4,00 400,00 Para locomoção dos pesquisadores

Pranchetas 2 4,00 8,00 Para facilitar o preenchimento dos instrumentos

Passagem 2,80 5,60 56,00 Locomoção da pesquisadora

TOTAL - - 966,00 -

Observação: Esses e outros eventuais gastos que surgirem no decorrer da pesquisa serão custeados pelos próprios pesquisadores.

6. Referências

Bashayreh I, Saifan A, Batiha AM, Aburuz M. Family Presence during CPR in Adult Critical Care Settings: Hearing the Voice of Jordanian Health Professionals. Life Sciencie Journal 2013

Dall’Orso MS, CONCHA PJ. PRESENCIA FAMILIAR DURANTE LA REANIMACIÓNCARDIOPULMONAR: LA MIRADA DE ENFERMEROS Y FAMILIARES. Ciencia y Enfermeria XVIII (3): 83-99, 2012

De Stefano C, Normand D, Jabre P, Azoulay E, Kentish-Barnes N, Lapostolle F, et al. (2016) Family Presence during Resuscitation: A Qualitative Analysis from a National Multicenter Randomized Clinical Trial.

Giles T, De Lacey s,Cochrame EM. Factores influencing decision-making araund family presenc3 during resuscitation: a grounded study , Journal of Advanced Nursing 2016

Havugitanga P, Brysiewics P, Exploring healthcare professionals’ perceptions regarding family-witnessed resuscitation in a hospital in Kigali, Rwanda , SAJCC 2014, Vol 30 N°.1

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Jane S. Leske, Natalie S. McAndrew, Karen J.Experiences of Families When Present During Resuscitation in the Emergency Department After Trauma WWW.JOURNALOFTRAUMANURSING.COM Volume 20 | Number 2 | April-June 2013 Judy E. Davidson, Keynan Hobbs, Kathleen Kracht,2011) Identifying Factors Inhibiting Orenhancing Family Presence During Resuscitation in the Emergency Department

(JABRE P.,BELPOMME V., AZOULAYE., 2013)Family presence during cardiopulmonary resucitation

(Kathleen S. Oman, Cristine R.Duran HEALTH CARE PROVIDERS’ EVALUATIONS OF FAMILY PRESENCE DURING RESUSCITATION JOURNAL OF EMERGENCY NURSING VOLUME 36 • ISSUE 6 November 2010

Masa’Deh R, Saifan A, Timmons S, Nairn S. Families’ Stressors and Needs at Time of Cardio-Pulmonary Resuscitation: A Jordanian Perspective. Global Journal of Health Sciencie; vol 6, N° 2, 2014

Soares JR, Martin AR, Rabelo JF, Barreto MS, Marcon SS. Presença da família durante o atendimento emergencial: percepção do paciente vítima de trauma. Aquichan. 2016

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XIV ERIC – (ISSN 2526-4230) CARACTERISTICAS MATERNAS E DE NASCIMENTOS DO MUNICÍPIO DE

MEDIANEIRA- PARANÁ

Verônica Francisqueti Marquete, Universidade Estadual de Maringá,

veronicafrancisqueti@hotmail.com

Fabiana Vidigal, Fundação Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Mandaguari (FAFIMAN). E-mail: vidigal.fabi@gmail.com

Viviane Cazetta Vieira de Lima- Universidade Estadual de Maringá (FAFIMAN). E-mail: vivicazetta_@hotmail.com

Rebeca Rosa de Souza- Universidade Estadual de Maringá (UEM) e-mail:

resouza15@hotmail.com

Comunicação oral RESUMO

Objetivo: Constatar as características das gestantes e dos nascimentos verificando a eficácia da Rede Mãe Paranaense no município de Medianeira. Método: Estudo transversal, de natureza quantitativa, das características da gestação, parto e nascimentos, no município de Medianeira, no período de 2000 a 2015. Resultados: Ao longo dos anos analisados houve melhora das características maternas e infantis como o aumento: da escolaridade; mais de 7 consultas de pré- natal; peso ao nascer maior ou igual 2.500 kg; apgar no 1º e 5º minuto de vida. Além da diminuição da mortalidade infantil. Conclusão: A melhoria do perfil das gestantes e nascimentos pode estar correlacionado as políticas púbicas de saúde como a Rede Mãe Paranaense.

Palavras- chave: Gestantes; Política Pública; Criança. INTRODUÇÃO

A gestação é composta por alterações emocionais, sociais e físicas, sendo na maioria das vezes considerada normal, contudo, algumas gestantes apresentam um risco elevado para o desenvolvimento de complicações para sua saúde e a do bebê, por possuírem alguns fatores pré- existentes como: doenças crônicas, transmissíveis e a idade (menor de 15 anos e maior de 40 anos) (BRASIL, 2012).

Durante o período gravídico, é primordial que as gestantes realizem o pré- natal, a fim de verificar intercorrências na mãe e bebê, além de possibilitar a troca de

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conhecimentos, educação em relação as alterações físicas, desenvolvimento do feto, e na saúde da mulher e criança (HEAMAN et al., 2015; VENDITTELLI et al., 2016).

Desta forma em 2011 o Ministério da Saúde criou a Rede Cegonha, objetivando a ampliação da qualidade da atenção materno infantil, de forma específica para as gestações de risco, sendo as gestantes estratificadas. As de alto risco são encaminhadas e acompanhadas em um serviço de pré- natal de alto risco, com um cuidado especializado, além do acompanhamento da Atenção Primária a Saúde (APS), a fim de possibilitar maior qualidade da atenção e cuidado a saúde a gestante e sua família (FORTUNA et al., 2016; BRASIL, 2015).

Nesse contexto, no ano de 2012, o estado do Paraná implantou a Rede Mãe Paranaense, tendo como princípio a experiência exitosa da Rede Mãe Curitibana que diminuiu os indicadores da mortalidade materna e infantil, devido as ações da atenção ao pré-natal e a criança, e a vinculação da gestante ao hospital. Esta rede tem como objetivo a realização da estratificação de risco para a gestante: baixo risco (não apresentam fatores de risco sociodemográficos, individual e de história reprodutiva anterior: doença ou agravo), risco intermediário (dispõe de fatores de risco relacionados ás características sociodemográficos: escolaridade (analfabetas ou menos de 3 anos de estudo); individuais: raça (negra e indígena) e idade (maior de 40 anos), e de história reprodutiva anterior (mães com histórico de óbito em gestação anterior); e alto risco (condições clínicas pré- existentes e intercorrências clínicas), sendo executados a estratificação de risco das gestantes nos serviços de APS, de acordo com os fatores de risco da gestante. Sendo utilizado está estratificação para estabelecer o atendimento das gestantes e realizar o acompanhamento nos serviços que forem necessários, visando a redução da mortalidade materna e infantil por causas previníveis (PARANÁ, 2018).

As crianças também são estratificadas, objetivando o cuidado mais intensivo as crianças de risco, que tem maior risco de mortalidade. Estratificadas como risco habitual: As crianças que não possuem condições ou patologias que indicam algum tipo de risco; Risco Intermediário- Filhos de mães: com menos de 15 anos e mais de 40 anos; da raça negra e indígena, com menos de 20 anos e mais de 3 partos, analfabetas ou com menos de 3 anos de estudo; menos de 20 anos e um filho morto

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anteriormente e que morreram no parto ou puerpério; Alto Risco: Prematuridade < 34 semanas; Atraso do desenvolvimento neuropsicomotor; baixo peso ao nascer < 2.000g; asfixia grave (Apgar < 7 no 5º minuto de vida); Triagem Neonatal positiva; Hiperbilirrubinemia com exsanguineo transfusão; Más-formações congênitas; Cromossopatias; Doenças genéticas; Doenças de transmissão vertical confirmadas (STORCH +ZIKA / HIV); Desnutrição grave; Intercorrências repetidas com repercussão clínica; Obesidade. Sendo que as crianças de alto risco devem receber 4 atendimentos multiprofissional até um ano de vida; e as crianças assim com as de alto risco devem receber 3 atendimentos multiprofissional (PARANÁ, 2018).

É essencial conhecer a caracterização das gestantes e dos nascimentos de cada localidade, pois cada extensão territorial tem suas peculiaridades e heterogeneidade. Devido à necessidade de que políticas públicas e programas de saúde sejam criados, conforme o planejamento da realidade de cada população (ROUQUAYROL, 2013).

Diante deste contexto o objetivo deste trabalho é constatar as características das gestantes e dos nascimentos verificando a eficácia da Rede Mãe Paranaense no município de Medianeira.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo descritivo, e transversal, das características da gestação, parto e nascimentos, no município de Medianeira, no período de 2000 a 2015.

O município está localizado no Brasil, no oeste do estado do Paraná, com área territorial de 325,167 km², e possui 580 km de distância à capital Curitiba, se situa a 55 km a Norte- Leste de Foz do Iguaçu posiciona-se a 402 metros acima do nível do mar. Seu ponto mais alto é de 608 metros e o ponto mais baixo é de 275 metros. Ao norte, limita-se com o município de Missal, ao Oeste faz fronteira com São Miguel do Iguaçu, ao sul com o município de Serranópolis do Iguaçu e ao leste com o município de Matelândia, com altitude de 412 metros, e com as coordenadas geográficas: Latitude: 25 º 17 ' 43 '' Sul e Longitude: 54 º 05 ' 38 '' Oeste (MEDIANEIRA, 2015; IBGE, 2017).

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Foram utilizados os dados do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC), e do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), coletados no ano de 2018, disponíveis online no site do Departamento de Informática do SUS- DATASUS.

Os dados foram digitados em planilha do excel e realizado a análise descritiva obtendo as frequências absolutas e relativas. O coeficiente de mortalidade infantil foi calculado pela razão entre o número de eventos observados e o número de nascimentos vivos naquele ano e local, obtidas no SINASC, por 1.000 habitantes.

A pesquisa segue os fundamentos éticos e científicos da resolução 466/2012, os dados são de livre acesso e domínio público.

RESULTADOS

Tabela 1- Distribuição das características sociodemográficas maternas no Município de Medianeira- PR. Brasil, 2000 e 2015. Característica 2000 2015 n % n % Idade Materna 10-19 anos 125 19,5 104 14,3 20-34 anos 459 71,6 528 72,7 35 e mais 57 8,9 94 13 Escolaridade Nenhuma 6 0,9 1 0,1 1 - 3 anos 58 9,1 30 4,2 4 - 7 anos 305 48 186 25,8 8 - 11 anos 165 25,9 325 45,1 12 anos + 102 16 179 24,8 Ignorado 5 - 5 - Raça/Cor Branca 625 98,3 610 84,4 Não branca 11 1,7 113 15,6 Ignorado 5 - 3 - Estado Civil Com Companheiro 487 76,6 427 59,3 Sem companheiro 149 23,4 293 40,7 Ignorado 5 - 6 -

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Ao analisar a tabela 1, verifica- se uma mudança do perfil sociodemográfico das gestantes quando comparado o ano de 2000 ao ano de 2015: Em relação a faixa etária houve declínio de gestantes com a idade de 10 a 19 anos; porém houve um aumento no número de gestantes com idades de 20 a 34 anos e 35 e mais. Aumentou em 19,2% em 2015, a escolaridade das gestantes que tinham 8 a 11 anos de estudo; e em 8,8% de 12 anos e mais, já os menores anos de estudo houve a diminuição: Os analfabetos (0,8%), 1 a 3 anos (4,9%) e de (22,2%) de 4 a 7 anos. A raça cor dispôs de um aumento no número de cor não branca de (13,9%). Mais da metade possui companheiro em ambos os anos, entretanto o ano de 2015, apresentou um declínio da mesma de (17,3%).

Tabela 2- Distribuição das características da assistência pré-natal, e ao parto no Município de Medianeira-PR. Brasil, 2000 e 2015.

Característica 2000 2015 n % n % Nº de Consulta de pré- natal < 7 consultas 287 45,6 129 17,8 > 7 consultas 342 54,4 596 82,2 Ignorado 12 - 1 - Tipo de Gestação Única 621 97,0 696 97,8 Dupla 16 2,5 16 2,2 Tripla e mais 3 0,5 - - Ignorado 1 - 14 - Tipo de parto Vaginal 289 45,4 193 26,6 Cesáreo 347 54,6 533 73,4 Ignorado 5 - - -

Local de ocorrência do parto

Hospital 638 99,5 724 99,7

Outro estabelecimento de saúde 3 0,5 - -

Domicílio - - 2 0,2

*percentuais calculados excluídos os ignorados.

Em relação a gestação e parto no ano de 2000 e 2015, houve algumas mudanças nas variáveis analisadas, como: maior o igual a 7 consultas de pré- natal aumentou em (27,8%). E o aumento do ignorado passando de 1 em 2000 para 14

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em 2015, a diminuição do parto vaginal de (18,8%). E a ocorrência de 2 partos no domicílio no ano de 2015, quando comparado no ano de 2000 que não houve nenhum.

Tabela 3- Número e proporção dos nascidos vivos, segundo características da criança no Município de Medianeira- PR. Brasil, 2000 e 2015.

Característica 2000 2015 N % n % Sexo Masculino 324 50,5 359 49,5 Feminino 317 49,5 366 50,5 Ignorado 641 - 1 - Peso ao nascer < 2500 56 8,7 57 7,9 > 2500 585 91,3 669 92,1 Semana Gestacional 22 a 27 semanas 3 0,5 3 0,4 28- 31 semanas 3 0,5 5 0,7 32-36 semanas 27 4,3 32 4,4 37 -41 semanas 598 94,2 681 94,1 42 semanas ou mais 4 0,6 3 0,4 Ignorado 6 - 2 - Anomalia Congênita Sim 1 0,2 5 0,7 Não - - 700 99,3 Não ou Ignorado 640 99,8 - - Ignorado - - 21 - Apgar 1° minuto 0 a 7 189 29,6 166 22,9 8 a 10 450 70,4 560 77,1 Ignorado 2 - - - Apgar 5° minuto 0 a 7 30 4,7 27 3,7 8 a 10 610 95,3 699 96,3 Ignorado 1 - - -

*percentuais calculados excluídos os ignorados.

Quando analisado e comparado as variáveis da criança no ano de 2000 e 2015, constata-se uma diminuição das circunstâncias que são atribuídas como de

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risco: O peso menor de 2.500 g (0,8%); idade gestacional de 22 a 27 semanas (1%). Contudo houve o aumento de algumas como: Apgar 1º minuto de 8 a 10 (6,7%), idade gestacional de 28 a 31 semanas de (2%), de 32 a 36 semanas (2%); anomalia congênita de 1 caso em 2000 foi para 5 em 2015. Além de um aumento do Apgar 1º minuto de 8 a 10 (6,7%); e Apgar 5º minuto 8 a 10 (1,1%).

Tabela 4- Número e proporção de casos de anomalia congênita, segundo características da criança no município de Medianeira- PR. Brasil, 2000, 2005, 2010 e 2015.

Tipo anomalia congênita

2000 2005 2010 2015 CID n % n % n % n % Sistema nervoso Q07 1 0,2 1 0,2 - - 2 0,3 Aparelho osteomuscular Q67-Q79 - - 1 0,2 1 0,2 - - Cromossômicas NCOP Q99 - - 1 0,2 2 0,3 - - Fenda labial e fenda

palatina Q35-Q37 - - - - 1 0,2 1 0,1 Aparelho digestivo Q45 - - - - 1 0,2 1 0,1 Pés Q66 - - - - 1 0,2 - - Outras Q89. 9 - - 1 0,2 1 0,2 1 0,1 Sem/não esp. - 64 0 99, 8 575 99, 3 613 98, 9 721 99, 3

Em relação ao tipo de anomalia congênita quando comparado os anos de 2000, 2005, 2010 e 2015, constata-se que o município de Medianeira houve poucos casos de anomalia e apresentaram de forma peculiar ao longo do período analisado. No ano de 2000 até o ano de 2015 houve uma tendência crescente, em 2000 havia apenas 1 caso, em 2015 foi para 4 casos, e em 2010 para 7 casos, já em 2015 reduziu para 5 casos. Dos 15 casos de anomalias congênitas as que mais apresentaram presente ao longo dos anos analisados foram: 4 no sistema nervoso, cromossômicas NCOP e outras (3 cada). E apenas 1 caso para o dos pés, já os demais apresentaram 2 casos cada.

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Figura 1- Distribuição do coeficiente de mortalidade infantil*, por faixa etária no Município de

Medianeira- PR, Paraná. Brasil, 2000 a 2015. *Coeficiente calculado por 1.000.

No município estudado quando comparado a faixa etária o número maior de mortalidade ocorre nos primeiros anos de vida 0 a 6 dias. O ano de 2007 apresentou os maiores valores de mortalidade infantil, sendo 12 óbitos de 0 a 6 dias. A mortalidade pós neonatal ocorreu o maior número (6) no ano de 2000.

A mortalidade infantil ao longo dos 15 anos no município estudado a mesma dispôs de maneira bem peculiar, os maiores valores ocorreram nos anos: 2007 (16 óbitos), 2000 (14 óbitos), 2005 (12 óbitos), 2004 (10 óbitos), 2015 (10 óbitos) e 2009 (9 óbitos).

DISCUSSÃO

No município de Medianeira constatou-se que do ano de 2000 e 2015, houve um declínio no número de nascimentos, dado que pode estar relacionado com as políticas públicas no Brasil que apresentam em constante desenvolvimento como: os direitos sexuais e reprodutivos que contemplando três eixos direcionados para o planejamento familiar, com ampliação da disponibilização de métodos anticoncepcionais reversíveis, aumento do acesso à esterilização cirúrgica

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voluntária, além de introduzir a reprodução humana assistida, todos pelo Sistema Único de Saúde (BRASIL, 2005). Além do Ministério da Saúde financiar e comprar os contraceptivos e insumos no âmbito do Programa Saúde da Mulher, disponibilizados pelo Programa Farmácia do Brasil, são oferecidos os medicamentos que constam na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) (BRASIL, 2016). As políticas públicas tem correlação direta na saúde reprodutiva e melhoria dos indicadores socioeconômicos (FARIAS et al., 2016), podendo explicar a melhoria no número de consultas de pré- natal, e Apgar da criança, identificados no município de Medianeira.

Observa-se que o número de gestantes sem companheiro apresentou tendência crescente, dado observado mundialmente, no ano de 2016, 15% das gestações do mundo ocorreram fora do casamento, e na América Latina isso aconteceu em mais de 60% dos nascimentos, dado correlacionado com o aumento da independência econômica e a educação (CHAMIE, 2017).

Em Medianeira, vem ocorrendo mudanças no perfil epidemiológico das gestantes em relação á idade, sendo a mesma crescente para superior a 34 anos, dado também detectado no estudo realizado nas cinco regiões brasileiras, evidenciou que o aumento da escolaridade e planejamento familiar das mulheres em algumas regiões do Brasil, pode influenciar no adiantamento da gestação (TEIXEIRA et al., 2015).

Constatou-se o aumento da cesariana no município estudado, o que não difere do que ocorre no Brasil, pois quando analisado o ano de 2000 a 2010 no país a proporção de partos cesarianos aumentou aproximadamente 40%, possuindo a tendência de crescimento de forma proporcional a idade e ao nível de escolaridade (RATNER; MOURA, 2016). O que pode justificar o fato da redução de parto vaginais, visto, que Medianeira apresentou um aumento da idade e escolaridade das gestantes.

A mortalidade infantil no município de Medianeira ocorre mais na faixa etária neonatal precoce, dado que corrobora com o estudo realizado em São Paulo, onde metade dos óbitos ocorrem nessa faixa etária, o que estão relacionados, particularmente devido as fragilidades na atenção à saúde materno- infantil (ARECO; KONSTANTYNER; TADDEI, 2016; ARAÚJO FILHO et al., 2017).

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CONCLUSÃO

Constata-se que ao longo dos anos analisados, no município de Medianeira, houve uma melhora das características maternas e infantis como o aumento: da escolaridade; mais de 7 consultas de pré- natal; peso ao nascer maior ou igual 2.500 kg; apgar no 1º e 5º minuto de vida. Além da diminuição da mortalidade infantil, o que pode estar correlacionado devido as políticas púbicas de saúde como a Rede Mãe Paranaense.

REFERÊNCIAS

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XIV ERIC – (ISSN 2526-4230)

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE INTERNAÇÃO E MORTALIDADE NO MUNICÍPIO DE MEDIANEIRA- PARANÁ

Verônica Francisqueti Marquete, Universidade Estadual de Maringá,

veronicafrancisqueti@hotmail.com

Fabiana Vidigal, Fundação Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Mandaguari (FAFIMAN). E-mail: vidigal.fabi@gmail.com

Viviane Cazetta Vieira de Lima- Universidade Estadual de Maringá (FAFIMAN). E-mail: vivicazetta_@hotmail.com

Rebeca Rosa de Souza- Universidade Estadual de Maringá (UEM) e-mail:

resouza15@hotmail.com

Comunicação oral RESUMO

Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico de morbidade e mortalidade notificados no município de Medianeira- Paraná. Método: Estudo transversal, de natureza quantitativa, das informações cadastradas no Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) e Sistema de Informação de Mortalidade (SIM/SUS), no período de 2000, 2015 e 2017, coletados no ano de 2018. Resultados: O maior coeficiente de internação ocorreu em menores de 1 ano, seguido de 50 anos e mais. Ao ser comparado o sexo, o feminino ocorre o maior número de hospitalizações e com a faixa etária de 20-49 anos. Detecta-se que o coeficiente de maior internação dispôs na gravidez, parto e puerpério, seguida das doenças do aparelho respiratório. Os maiores coeficientes de mortalidade encontram-se na faixa etária de 50 anos e mais, seguido de menor de 1 ano, sendo a maior mortalidade por neoplasias (tumores) e doenças do aparelho circulatório. Conclusão: O perfil epidemiológico do município de Medianeira apresenta curva de Nelson Morais com condições elevadas de saúde, contudo o coeficiente de internação é elevado para menores de 1 ano, além de ser a segunda faixa etária com a maior mortalidade, desta forma é necessário uma atenção especial para essa população.

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INTRODUÇÃO

O perfil de mortalidade e morbidade global e nacional é modificado pela transição demográfica e epidemiológica. Entretanto, houve um progresso significativo da diminuição da mortalidade infantil e de adultos, de forma diversificada nas regiões e países. Salienta-se que os óbitos estão ocorrendo em idades progressivamente mais avançadas (RAJARATNAM et al., 2010; WANG et al., 2012).

Atualmente as doenças crônicas não transmissíveis, são as principais causas de hospitalizações, mortalidade e incapacidade, nos países desenvolvidos e em desenvolvimento (WORLD BANK, 2012; OMS, 2011). O custo dessas doenças, afeta negativamente o crescimento e desenvolvimento econômico entre os países (BLOOM et al., 2011; ENGELGAU; KARAN; MAHAL, 2012).

Desta forma no Brasil a Politica Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP) nº 3390/2013,desenvolvida a partir da necessidade da reorganização e qualificação da atenção hospitalar no âmbito do SUS. Executa suas ações de acordo com as necessidades da população, visando a garantia do atendimento aos usuários com equipe multiprofissional, atuantes no cuidado, regulação do acesso, segurança do paciente e qualidade da assistência prestada. Sendo integrada com os pontos de atenção da Rede de Atenção à Saúde (RAS), e com as políticas intersetoriais (BRASIL, 2013).

A PNHOSP está instituída na Portaria de Consolidação nº 2, de 28/07/2017, que instituiu a Consolidação das normas sobre as políticas nacionais de saúde do SUS, em seu art.6º, inciso IV, define e recomenda a criação do Núcleo Interno de Regulação (NIR), que possui algumas funções como: Conhecer a necessidade dos leitos de acordo com as especialidades e patologias; Otimizar a utilização dos leitos hospitalares, para a diminuição do tempo médio de permanência, taxa de ocupação, nos diferentes setores do hospital, intra- hospitalar ou outros serviços das RAS; Possibilitar o uso dinâmico dos leitos hospitalares; Proporcionar discussões internas e externas, possibilitando o planejamento da ampliação ou readequação dos leitos hospitalares disponíveis; entre outros (BRASIL, 2017).

É fundamental conhecer o perfil das internações e mortalidade de cada localidade, pois cada extensão territorial tem suas peculiaridades e

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heterogeneidade. Assim as políticas públicas e programas de saúde devem ser estabelecidos, de acordo com a realidade de cada território (ROUQUAYROL, 2013). Diante desse contexto, o objetivo do presente estudo é analisar o perfil epidemiológico de morbidade e mortalidade notificados no município de Medianeira- Paraná.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo descritivo, e transversal, das informações cadastradas no Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) e Sistema de Informação de Mortalidade (SIM/SUS), coletados no ano de 2018, disponíveis online no site do Departamento de Informática do SUS- DATASUS, no município de Medianeira, no período de 2000, 2015 e 2017.

Os eixos de análise foram: faixa etária, sexo e causa- capítulo (CID- 10ª).

O município está localizado no Brasil, no oeste do estado do Paraná, área territorial de 325,167 km², e 580 km de distância à capital Curitiba, a Oeste faz fronteira com São Miguel do Iguaçu, ao norte, limita-se com o município de Missal, ao sul com o município de Serranópolis do Iguaçu, e ao leste com o município de Matelândia (MEDIANEIRA, 2015; IBGE, 2017).

Os dados foram digitados em planilha do excel e realizado a análise descritiva obtendo as frequências absolutas e relativas. O coeficiente de internação hospitalar, foi calculado pela razão entre o número de eventos observados e a população do ano de 2000, 2012 e 2015 , obtidas nas estimativas populacionais enviadas para o Tribunal da Contas da União (TCU), e coordenação-Geral de Informações e Análises Epidemiológicas (CGIAE), pelos habitantes de forma peculiar como descritos no final de cada tabela.

A pesquisa segue os fundamentos éticos e científicos da resolução 466/2012, os dados são de livre acesso e domínio público.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

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menores de 1 ano, seguido de 50 anos e mais, sendo (202,7/ 1.000 meninas) e (180,3/ 1.000 meninos) seguida de 50 anos e mais (163,5/ 1.000 homens), e de (140,0/ 1.000 mulheres). (Tabela 1).

Observa-se maior internação no sexo feminino, sendo de 543 a mais do que a do sexo masculino, com a maior faixa etária a de 20-49 anos (47,5%), seguida de maior ou igual 50 anos (33,2%), já no sexo masculino a faixa etária que obteve os maiores valores de internação foi a maior ou igual a 50 anos (46,1%), seguida de 20 a 49 anos (33,9%).

Nas duas últimas década, as taxas de internação na Índia mais altas foram entre bebês e idosos, apresentando de forma crescente de mais de duas vezes no coeficiente de hospitalização, implicando no aumento do custos de saúde (KASTOR; MOHANTY, 2018). A taxa de hospitalização para a população idosa representou 3,6 vezes maior quando comparado com a população mais jovem, sendo a proporção de internações maior por doenças não transmissíveis (PANDEY et al., 2017).

Tabela 1- Distribuição do número, percentual e coeficiente de internação hospitalar*, por faixa etária, segundo sexo, no Município de Medianeira- PR. Brasil, 2017.

Faixa etária

Masculino Feminino Total

N % *coef. n % *coef. n % *coef. < 1 55 3,9 180,3 59 3 202,7 114 3,4 191,3 1- 4 81 5,7 71,4 77 3,9 70,7 158 4,7 71 5- 19 149 10,4 28,1 243 12,3 47,3 392 11,5 37,6 20- 49 484 33,9 47,9 936 47,5 90,3 1420 41,8 69,4 > 50 658 46,1 163,5 655 33,2 140 1313 38,7 150,9 Total 1427 100 68,4 1970 100 91,4 3397 100 80,1

*Coeficiente de internação hospitalar por 1.000 habitantes e população de 2012.

A tabela 2, dispõe as causas de internação hospitalar por sexo no ano de 2017, no munícipio de Medianeira, onde se detecta que o coeficiente de maior /internação dispôs na gravidez, parto e puerpério (131,7/ 10 mil habitantes), seguida das doenças do aparelho respiratório (94,0/10 mil habitantes), e as menores foram : Doenças do olho e anexos (1,6/ 10 mil habitantes) e doenças do ouvido e da apófise mastoide (2,0/ 10 mil habitantes). De maneira específica o sexo masculino

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apresentou os maiores coeficientes de internação para os capítulos CID-10: XIX. Lesões envenenamento e algumas outras consequências de causas externas (113,1/ 10 mil homens), X. Doenças do aparelho respiratório (101,9/ 10 mil homens). Em contrapartida nas mulheres os maiores coeficientes de internação se dispuseram nos capítulos XV. Gravidez, parto e puerpério (261, 3/ 10 mil mulheres); X. Doenças do aparelho respiratório (86,2/ 10 mil mulheres). É importante destacar algumas comparações relevantes dos coeficientes de internação entre os sexos: As neoplasias (tumores), apresentou um coeficiente maior para o sexo feminino (84,5/10 mil mulheres), enquanto no sexo masculino foi de (63,3/ 10 mil homens). As doenças do aparelho geniturinário nas mulheres foi de (81,8/10 mil mulheres), e os homens de (49,4/ 10 mil homens) e as lesões envenenamento e algumas outras consequências causas externas nos homens (113,1/ 10 mil homens), e nas mulheres (57,0/ 10 mil mulheres).

As maiores causas de internação no município estudado foi as das doenças do aparelho respiratório, o que também foi evidenciado em Fortaleza, sendo essas responsáveis por 12% do total das internações (PINHEIRO et al., 2016).

Tabela 2- Distribuição do número, percentual e coeficiente de internação*, segundo sexo, causa- capítulo (CID- 10ª) no Município de Medianeira -PR. Brasil, 2017.

Capítulo CID-10

Masculino Feminino Total

n % *coef n % *coef n % *coef

I. Algumas doenças infecciosas e

parasitárias 98 6,9 44,0 86 4,4 38,0 184 5,4 41,0 II. Neoplasias

(tumores) 141 9,9 63,3 191 9,7 84,5 332 9,8 74,0 III. Doenças sangue

órgãos hemat e transt

imunitár 29 2,0 13,0 25 1,3 11,1 54 1,6 12,0 IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 23 1,6 10,3 45 2,3 19,9 68 2,0 15,1 V. Transtornos mentais e comportamentais 37 2,6 16,6 23 1,2 10,2 60 1,8 13,4 VI. Doenças do 33 14,8 45 19,9 78 17,4

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sistema nervoso 2,3 2,3 2,3 VII. Doenças do olho

e anexos 6 0,4 2,7 1 0,1 0,4 7 0,2 1,6 VIII. Doenças do ouvido e da apófise mastoide 5 0,4 2,2 4 0,2 1,8 9 0,3 2,0 IX. Doenças do aparelho circulatório 133 9,3 59,7 100 5,1 44,2 233 6,9 51,9 X. Doenças do aparelho respiratório 227 15,9 101,9 195 9,9 86,2 422 12,4 94,0 XI. Doenças do aparelho digestivo 151 10,6 67,8 184 9,3 81,4 335 9,9 74,6 XII. Doenças da pele

e do tecido

subcutâneo 24 1,7 10,8 10 0,5 4,4 34 1,0 7,6 XIII. Doenças sist

osteomuscular e tec conjuntivo 47 3,3 21,1 61 3,1 27,0 108 3,2 24,1 XIV. Doenças do aparelho geniturinário 110 7,7 49,4 185 9,4 81,8 295 8,7 65,7 XV. Gravidez, parto e puerpério - - - 591 30,0 261,3 591 17,4 131,7 XVI. Algumas afec

originadas no período

perinatal 17 1,2 7,6 21 1,1 9,3 38 1,1 8,5 XVII. Malf cong

deformid anomalias

cromossômicas 16 1,1 7,2 6 0,3 2,7 22 0,6 4,9 XVIII. Sint sinais e

achad anorm ex clín e

laborat 31 2,2 13,9 39 2,0 17,2 70 2,1 15,6 XIX. Lesões enven e

alg out conseq

causas externas 252 17,7 113,1 129 6,5 57,0 381 11,2 84,9 XXI. Contatos com

serviços de saúde 47 3,3 21,1 29 1,5 12,8 76 2,2 16,9 Total 142 7 100,0 640,7 1970 100,0 871,1 3397 100,0 0 756,8 *Coeficiente de internação hospitalar por 10.000 habitantes e população de 2015.

No município de Medianeira, no ano de 2000 e 2015, os maiores coeficientes de mortalidade apresentou na faixa etária de 50 anos e mais, seguido de menor de 1 ano, além de ocorrer um decréscimo desses coeficientes no ano de 2015. A faixa etária de 5 a 19 anos evidenciou uma queda do coeficiente no ano de 2015 passando de (6,2/ 10 mil), para (1,9/ 10 mil). Já a faixa etária de 1 a 4 anos, houve

(31)

um aumento no coeficiente passando de (3,7/ 10 mil) no ano de 2000 para (9,0/ 10 mil), em 2015. Quando analisado o sexo constata-se que a mortalidade em menor de 1 ano é maior no sexo masculino em ambos os anos. Destaca-se que a faixa etária de 20 a 49 anos ocorrem mais óbitos no sexo masculino em ambos os anos estudados, apresentando um coeficiente no ano de 2000 para o sexo masculino de (34,5/ 10 mil), em contrapartida as mulheres foi de (6,7/10 mil), de forma semelhante para o ano de 2015, sendo (31,7/ 10 mil homens) e de (13,5/ 10 mil mulheres) (Tabela 3).

É essencial o planejamento de recursos para que ocorra a cobertura universal de saúde e diminuição da mortalidade prematura, com foco na população adulta e infantil, e proporção crescente da população idosa, que assim como a maioria da população da Índia o município de Medianeira também dispõe, dessa forma é importante o fornecimento de serviços de saúde que atenda as necessidades específicas de saúde (PANDEY et al., 2017).

Tabela 3- Distribuição do número, percentual e coeficiente de mortalidade (CM, por 10 mil habitantes), por faixa etária, segundo sexo, no Município de Medianeira- PR, Brasil. 2000 e 2015. Faixa etária 2000 2015 n % *coef. n % *coef. <1 14 7,2 224,4 10 3,8 167,8 1 a 4 1 0,5 3,7 2 0,8 9 5 a 19 7 3,6 6,2 2 0,8 1,9 20- 49 36 18,6 20,4 46 17,4 22,5 >50 136 70,1 245,3 204 77,3 234,4

*Coeficientes calculado por 10.000.

* Coeficiente do ano de 2015, calculado utilizando a população de 2012.

É importante verificar a curva de Nelson Morais, a fim de detectar as condições de saúde, sendo que a figura 1, nos anos de 2000 e 2015 , ambos anos analisados observa-se a curva do tipo 4 – Condições elevadas. Contudo no ano de 2015, pode constatar um decréscimo nos valores percentuais da mortalidade na

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faixa etária de menor de 1 ano, 5 a 19 e 20 a 49 anos, depois a mesma apresenta de forma crescente para a faixa etária de maior que 50 anos.

Figura 1- Mortalidade proporcional por idade no Município de Medianeira- PR. Brasil, 2000 e 2015.

No município de Medianeira se verifica que a causa- capítulo CID-10, que representa os maiores valores de coeficiente de mortalidade são: II. Neoplasias (tumores) (144,8/ 100 mil habitantes); IX. Doenças do aparelho circulatório (138,1/ 100 mil habitantes); X. Doenças do aparelho respiratório (82,4/ 100 mil habitantes) e XX. Causas externas de morbidade e mortalidade (64,6/ 100 mil habitantes); Ao analisar os sexos no feminino são: IX. Doenças do aparelho circulatório (132,7/ 100 mil mulheres); II. Neoplasias (tumores) (115,0/ 100 mil mulheres), e no sexo masculino: II. Neoplasias (tumores) (175,1/ 100 mil homens) e IX. Doenças do aparelho circulatório (143,7/ 100 mil homes). Vale salientar que quando comparado os sexos, constata-se algumas diferenças nas causas de mortalidade: Sendo maiores os coeficientes no sexo masculino: XX. Causas externas de morbidade e mortalidade (112,2/ 100 mil homens), (17,7/ 100 mil mulheres); XI. Doenças do aparelho digestivo (53,9/ 100 mil homens), (8,8/ 100 mil mulheres); VI. Doenças do sistema nervoso (22,4/ 100 mil homens), (8,8/ 100 mil mulheres); XVII. Malformações congênitas deformidades e anomalias cromossômicas (18,0/ 100 mil homens), (4,4/ 100 mil mulheres) e a IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas (40,4/ 100 mil homens) e (22,1/ 100 mil mulheres) (Tabela 4).

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Em Medianeira a mortalidade dos homens por causa externa foi muito maior do que nas mulheres dado identificado no estudo realizado no Brasil, onde a razão de mortalidade por causas externas é nove vezes maior entre homens quando comparado com as mulheres, sendo as principais causas externas de óbitos entre homens as agressões e acidentes de transporte terrestre (MOURA et al., 2015).

A maior causa de mortalidade nos homens em Medianeira, são as neoplasias e doenças do aparelho circulatório, estudo executado em Cuiabá detectou que os maiores coeficientes de mortalidade no sexo masculino foi devido as causas externas, doenças do aparelho circulatório e neoplasias malignas (OLIVEIRA et al., 2017).

Tabela 4- Distribuição do número, percentual e coeficiente de mortalidade (CM, por 100 mil habitantes) segundo sexo e causa- capítulo (CID- 10ª) no Município de Medianeira- PR. Brasil, 2015.

Capítulo CID-10 Masculino Feminino Total

n % *coef. n % *coef. n % *coef.

I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 4 2,5 18,0 6 5,7 26,5 10 3,8 22,3 II. Neoplasias (tumores) 39 24,5 175,1 26 24,8 115,0 65 24,6 144,8 III. Doenças sangue

órgãos hemat e transt imunitár 2 1,3 9,0 - - - 2 0,8 4,4 IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 9 5,7 40,4 5 4,8 22,1 14 5,3 31,2 V. Transtornos mentais e comportamentais 1 0,6 4,5 1 1,0 4,4 2 0,8 4,4 VI. Doenças do sistema nervoso 5 3,1 22,4 2 1,9 8,8 7 2,7 15,6 VIII. Doenças do ouvido e da apófise mastoide - - - 1 1,0 4,4 1 0,4 2,2 IX. Doenças do aparelho circulatório 32 20,1 143,7 30 28,6 132,7 62 23,5 138,1 X. Doenças do aparelho respiratório 18 11,3 80,8 19 18,1 84,0 37 14 82,4 XI. Doenças do 12 7,5 53,9 2 1,9 8,8 14 5,3 31,2

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aparelho digestivo XIII. Doenças sist osteomuscular e tec conjuntivo

- - - 1 1 4,4 1 0,4 2,2 XIV. Doenças do

aparelho geniturinário 2 1,3 9,0 3 2,9 13,3 5 1,9 11,1 XVI. Algumas afec

originadas no período perinatal

3 1,9 13,5 2 1,9 8,8 5 1,9 11,1 XVII. Malf cong

deformid e anomalias cromossômicas 4 2,5 18,0 1 1 4,4 5 1,9 11,1 XVIII.Sint sinais e achad anorm ex clín e laborat 3 1,9 13,5 2 1,9 8,8 5 1,9 11,1 XX. Causas externas de morbidade e mortalidade 25 15,7 112,2 4 3,8 17,7 29 11,0 64,6 Total 159 100 713,9 105 100 464,3 264 100 588,2

*Coeficiente calculado por 100.000 e população de 2015.

Por fim a realização desse estudo, permitiu identificar as características e a epidemiologia do município de Medianeira, possibilitando a melhor tomada de decisão, em relação a situação de saúde da população, sendo a base para constatar a necessidade de políticas públicas (ROUQUAYROL, 2013).

CONCLUSÃO

O perfil epidemiológico do município de Medianeira apresenta a curva de Nelson Morais do tipo 4 com condições elevadas de saúde, contudo o coeficiente de internação é elevado para menores de 1 ano, além de ser a segunda faixa etária com a maior mortalidade, desta forma é necessário uma atenção especial para essa população.

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