Aula 5 – Direito do Trabalho Férias. R.S.R.Suspensão e interrupção
contratual. Aviso prévio. Terminação contratual.
Maria Inês Gerardo
FÉRIAS
(Art. 129, CLT) ART. 7º, XVII, CRFB/88) Descanso anual remunerado que o trabalhador tem de usufruir, desde quetenha adquirido o direito.
É irrenunciável.
FÉRIAS
FÉRIAS
Ao completar 12 meses de serviço o empregado passa a ter direito às férias, que devem ser usufruídas nos 12 meses subsequentes à data da aquisição do direito.
Ao completar 12 meses de serviço o empregado passa a ter direito às férias, que devem ser usufruídas nos 12 meses subsequentes à data da aquisição do direito.
O direito a férias é adquirido após cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho. O direito a férias é adquirido após cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho.
Período Aquisitivo (Art. 130 CLT)
Período Concessivo (Art. 134 CLT)
FÉRIAS - REGRAS GERAIS
Os dias de férias variam conforme as faltas injustificadas que o empregado tiver durante o período aquisitivo. Leva-se em conta a assiduidade durante o período aquisitivo.
• Faltas justificadas – art. 131, CLT;
• Perda das férias – art. 133, I a IV, da CLT.
Durante as férias, o empregado não pode trabalhar para outro empregador – art. 138, CLT
Empregados sobre o regime de tempo parcial
Art. 130-A CLT - Fixa o gozo de férias de acordo com a jornada do empregado.
Art. 130-A, parágrafo único CLT – Mais de 7 faltas injustificadas ao longo do período aquisitivo reduz o período de férias à metade.
ATENÇÃO!!!
ATENÇÃO!!!
A escolha do período das férias cabe ao empregador (art. 136, CLT).
A escolha do período das férias cabe ao empregador (art. 136, CLT).
Empregado estudante, menor de 18 anos, tem direito de fazer coincidir suas férias com as férias
escolares;
Empregados de uma mesma família – mesmo empregador, podem gozar as férias no mesmo período, se quiserem e desde que não seja prejudicial ao serviço.
Exceções
Exceções
PERÍODO CONCESSIVOA concessão das férias será participada por escrito, ao empregado, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias
(art. 135, CLT)
A concessão das férias será participada por escrito, ao empregado, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias
(art. 135, CLT)
Regra: as férias não podem ser
divididas (art. 134, caput, da CLT).
Exceção: art. 134, §1º, da CLT –
em casos excepcionais é possível dividir as férias em até 2 períodos, não podendo ser inferior a 10 dias.
Maiores de 50 anos e menores de 18 anos não podem ter suas férias divididas (art. 134, § 2º, CLT); Maiores de 50 anos e menores de 18 anos não podem ter suas férias divididas (art. 134, § 2º, CLT); CONCESSÃO DAS FÉRIAS APÓS O PRAZO LEGAL PAGAMENTO EM DOBRO ART. 137 CLT
OJ 386, SDI-I, TST – é devida a dobra, inclusive com o acréscimo de 1/3, quando as férias, embora gozadas dentro do prazo, o pagamento não é realizado
O empregador tem que pagar as férias até 2 (dois) dias antes do início do respectivo gozo (art. 145, CLT)
PRAZO PARA PAGAR AS FÉRIAS
Forma de Pagamento
Forma de Pagamento
Remuneração da época da concessão ou da extinção do contrato com cômputo das parcelas
salariais habitualmente pagas (Art. 142 CLT)
Terço Constitucional.
(Art. 7°, XVII, CF/88)
ABONO CONSTITUCIONAL O empregador terá que remunerar as férias com um
PLUS, que corresponde ao acréscimo de 1/3 constitucional.
O pagamento deve ser efetuado até 2 (dois) antes do início das férias
Férias Coletivas Art. 139 CLT Abono de Férias Art. 143 CLT ABONO PECUNIÁRIO É facultado ao empregado converter 1/3 do período de férias, ou seja, no máximo 10 dias, a que tiver direito em abono
pecuniário – “venda de férias”
SÚMULAS 171 e 261 TST FÉRIAS PROPORCIONAIS
Para cada mês ou fração superior a 14 dias de trabalho o empregado tem direito a 1/12 de férias (art. 146, parágrafo único da CLT). O EMPREGADO SÓ PERDE AS FÉRIAS PROPORCIONAIS NA DISPENSA COM JUSTA CAUSA
REPOUSO
SEMANAL
REMUNERADO
(ART. 7º, XV, CRFB/88Lei nº 605/49)
Direito ao descanso no sétimo dia da semana, proporcionando ao empregado
uma folga para repor as energias gastas na execução
dos serviços.
Efeitos: interrupção do
contrato de trabalho Direito ao descanso no sétimo
dia da semana, proporcionando ao empregado
uma folga para repor as energias gastas na execução
dos serviços.
Efeitos: interrupção do
contrato de trabalho
Repouso Semanal Remunerado
Art. 7°, XV, CRFB/88Repouso Semanal Remunerado
Art. 7°, XV, CRFB/88Art. 7º, XV, CRFB/88 - “repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos”
Preferencialmente aos domingos e nos dias de feriados civis e religiosos Preferencialmente aos domingos e nos dias de feriados civis e religiosos Art. 1° da Lei 605/49
REQUISITO: cumprir integralmente seu horário de trabalho
Repouso Semanal Remunerado
Repouso Semanal Remunerado
Não será devida a remuneração quando, sem motivo justificado, o
empregado não tiver trabalhado durante toda
a semana anterior, cumprindo integralmente
o seu horário de trabalho.
Pagamento em dobro Pagamento em
dobro
QUANDO O EMPREGADO TRABALHAR EM DIA DE REPOUSO
QUANDO O EMPREGADO TRABALHAR EM DIA DE REPOUSO
OU
Art. 9° da Lei 605/49
OJ 410, SDI-I, TST – Concessão após o 7º dia consecutivo de trabalho, importa no pagamento em dobro
Repouso Semanal Remunerado
Repouso Semanal Remunerado
Concessão de folga compensatória Concessão de folga compensatória
SUSPENSÃO E
INTERRUPÇÃO
CONTRATUAL
(ART. 471, CLT)O contrato não produz efeitos. O período não é computado como tempo
de serviço O empregado não presta serviços, nem o empregador paga salário
Os efeitos do contrato permanecem. Computa-se o
tempo de serviço O empregado não presta serviços, mas o empregador
paga salários
SUSPENSÃO
(SUSPENSÃO
TOTAL)
INTERRUPÇÃO
(SUSPENSÃO
PARCIAL)
SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO
CONTRATO DE TRABALHO
Art. 471, da CLT – Ao empregado afastado do emprego, são assegurados, por ocasião de sua volta, todas as vantagens que, em sua ausência, tenham sido atribuídas à categoria a que pertencia na empresa.
SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO
CONTRATO DE TRABALHO
Manutenção do vínculo contratual
Durante o período de afastamento, seja interrupção ou suspensão, não é possível despedir o empregado imotivadamente. É possível a dispensa por justa causa.
Manutenção do vínculo contratual
Durante o período de afastamento, seja interrupção ou suspensão, não é possível despedir o empregado imotivadamente. É possível a dispensa por justa causa.
ATENÇÃO
Caso ocorra a dispensa sem justa causa no período de suspensão ou interrupção do contrato de trabalho, o empregado poderá ajuizar ação trabalhista postulando a reintegração (restabelecimento do vínculo).
INTERRUPÇÃO
DO
CONTRATO DE
Ausências legais (art. 473, CLT)
I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, viva sob sua dependência econômica;
CASOS DE INTERRUPÇÃO CONTRATO DE TRABALHO
Professor: 9 (nove) dias – falecimento de cônjuge, pai, mãe ou filho.
(art. 320, §3º, CLT)
CASOS DE INTERRUPÇÃO CONTRATO DE TRABALHO Ausências legais (art. 473, CLT)
II – até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento;
Professor:9 (nove) dias: gala (casamento)
(art. 320, §3º, CLT)
Ausências legais (art. 473, CLT)
III – licença paternidade – 5 dias – art. 10, §1º, ADCT/CRFB/88
IV – por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada;
V – até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para fins de se alistar eleitor, nos termos da lei respectiva; CASOS DE INTERRUPÇÃO CONTRATO DE TRABALHO
Ausências legais (art. 473, CLT)
VII – nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior;
CASOS DE INTERRUPÇÃO CONTRATO DE TRABALHO Ausências legais (art. 473, CLT)
VI – no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na letra c do art. 65 da Lei nº 4.375, de 17/08/64 (Lei do Serviço Militar);
Ausências legais (art. 473, CLT)
VIII – pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer em juízo;
SÚMULA Nº 155, TST - AUSÊNCIA AO SERVIÇO - As horas em que o empregado
falta ao serviço para comparecimento necessário, como parte, à Justiça do Trabalho não serão descontadas de seus salários
CASOS DE INTERRUPÇÃO CONTRATO DE TRABALHO
Ausências legais (art. 473, CLT)
IX – pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro.
- DIRIGENTE SINDICAL (Art. 543, §2º, CLT) – Considera-se licença não remunerada, salvo assentimento da empresa ou cláusula contratual, o tempo em que o empregado se ausentar do trabalho no desempenho das funções de dirigente sindical.
Os primeiros 15 dias da doença, ou acidente de trabalho; CASOS DE INTERRUPÇÃO CONTRATO DE TRABALHO
SÚMULA Nº 15, TST - ATESTADO MÉDICO
A justificação da ausência do empregado motivada por doença, para a percepção do salário-enfermidade e da remuneração do repouso semanal, deve observar a ordem preferencial dos atestados médicos estabelecida em lei.
Art. 60, §3º, Lei 8.213/91 - Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do afastamento da atividade por motivo de doença, incumbirá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário
integral.
Os primeiros 15 dias da doença;
CASOS DE INTERRUPÇÃO CONTRATO DE TRABALHO
SÚMULA Nº 282, TST - ABONO DE FALTAS. SERVIÇO MÉDICO DA EMPRESA
Ao serviço médico da empresa ou ao mantido por esta última mediante convênio compete abonar os primeiros 15 (quinze) dias de ausência ao trabalho.
Art. 60, §4º, Lei nº 8.213/91 - A empresa que dispuser de serviço médico, próprio ou em convênio, terá a seu cargo o exame médico e o abono das faltas correspondentes ao período referido no §3º, somente devendo encaminhar o segurado à perícia médica da Previdência Social quando a incapacidade ultrapassar 15 (quinze) dias.
Férias – art. 129, CLT
Testemunhas – comparecimento à audiência – art. 822, CLT;
Domingos e feriados – art. 1º e art. 8º da Lei nº 605/49; CASOS DE INTERRUPÇÃO CONTRATO DE TRABALHO
Domingo / repouso semanal – será hipótese de suspensão quando o empregado perder a remuneração do repouso quando, injustificadamente, não tiver trabalhado durante toda a semana anterior, cumprindo integralmente seu horário de trabalho – art. 6º, Lei nº 605/49;
Art. 131, IV, da CLT – Falta justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não tiver determinado o desconto do correspondente salário.
SUSPENSÃO
DO
CONTRATO DE
TRABALHO
Auxílio doença (ou seguro-doença / auxílio-enfermidade) a partir do 16º dia de afastamento, inclusive, o empregado é considerado em licença não remunerada, durante o prazo desse benefício. (Art. 476, da CLT e Art. 60, da Lei nº 8.213/91).
Aposentadoria por invalidez – (art. 475, da CLT) – O empregado que for aposentado por invalidez terá suspenso o seu contrato de trabalho durante o prazo fixado pelas leis de previdência social para a efetivação do benefício.
CASOS DE SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
Súmula nº 440, TST – assegura a manutenção do plano de saúde na suspensão do contrato em virtude de auxílio doença acidentário ou de aposentadoria por invalidez
Aposentadoria por invalidez – (art. 475, da CLT) §1º - Recuperando o empregado a capacidade de trabalho e sendo a aposentadoria cancelada, ser-lhe-á assegurado o direito à função que ocupava ao tempo da aposentadoria, facultado, porém, ao empregador, o direito de indenizá-lo por rescisão do contrato de trabalho. CASOS DE SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
SÚMULA 160, TST - APOSENTADORIA POR INVALIDEZ - Cancelada a aposentadoria por
invalidez, mesmo após cinco anos, o trabalhador terá direito de retornar ao emprego, facultado, porém, ao empregador, indenizá-lo na forma da lei.
Greve - art. 7º, Lei 7.783/89. A lei não obriga o pagamento dos salários do período, mesmo quando a greve for declarada legal
Exceção: quando há pagamento de salários no período da greve será hipótese de interrupção. CASOS DE SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
Empregado eleito diretor da S/A, salvo de permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de emprego – S. 269, TST.
Lei Mª Penha - art. 9º, II, Lei nº 11.340/06 – manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário o afastamento do local de trabalho, por até seis meses. Posição majoritária considera hipótese de suspensão.
SUSPENSÃO DISCIPLINAR (Art. 474, CLT) até 30 dias consecutivos – A suspensão do empregado por mais de 30 dias consecutivos importa na rescisão injusta do contrato de trabalho.
CASOS DE SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
SUSPENSÃO PARA RESPONDER INQUÉRITO JUDICIAL - (Art. 494, CLT) – O contrato do estável decenal ficará suspenso até o trânsito em julgado. Caso improcedente o inquérito converte-se a suspensão em interrupção do contrato. O empregado retornará ao serviço e receberá todas as verbas do período de afastamento.
Suspensão para realização de curso profissional ou programa de qualificação profissional - art. 476-A, CLT.
Serviço militar (obrigatório)
Licença por acidente do trabalho
Licença maternidade (gestante) Serviço militar (obrigatório)
Licença por acidente do trabalho
Licença maternidade (gestante)
SITUAÇÕES ESPECIAIS E CONTROVERTIDAS
SÃO DEVIDOS OS DEPÓSITOS DO FGTS (8%) E A CONTAGEM DO TEMPO DE SERVIÇO (Art. 4º, CLT) INTERRUPÇÃO: Art. 28, D. 99.684/90 – regulamento da Lei nº 8.036/90 (FGTS)
SUSPENSÃO: Doutrina e jurisprudência majoritárias, SALVO, licença maternidade que alguns doutrinadores sustentam ser hipótese de INTERRUPÇÃO
AVISO PRÉVIO
(art. 7°, XXI, CRFB/88 e art. 487, CLT)AVISO PRÉVIO
-CONCEITO
AVISO PRÉVIO
-CONCEITO
É comunicação que uma parte do contrato deve
fazer à outra de que pretende rescindir o referido pacto sem justa causa, de acordo com o prazo previsto em lei, sob
pena de pagar uma indenização substitutiva.
AVISO PRÉVIO – FINALIDADE
AVISO PRÉVIO – FINALIDADE
EMPREGADO
EMPREGADOR
PROCURAR
OUTRO
EMPREGO
PROCURAR
OUTRO
EMPREGADO
Evitar o rompimento abrupto do contratode trabalho de modo que:
Súmula nº 276, TST – O direito ao aviso prévio é
irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de
HIPÓTESES DE CABIMENTO
DO AVISO PRÉVIO
HIPÓTESES DE CABIMENTO
DO AVISO PRÉVIO
Dispensa sem justa causaExtinção da empresa, falência, etc. – Súmula 44, TST Fechamento da empresa por força maior, factum principis; Rescisão indireta – art. 487,§ 4º, CLT
Pedido de demissão do empregado – neste caso é para o empregador
Término antecipado do contrato a termo com cláusula assecuratória – Súmula nº 163, TST
NÃO CABE AVISO PRÉVIO
NÃO CABE AVISO PRÉVIO
Justa causa do empregado Morte do empregado
Término normal do contrato a termo
CABE AVISO PRÉVIO PELA METADE
CABE AVISO PRÉVIO PELA METADE
Culpa recíproca – Súmula nº 14, TST
CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO (A TERMO) CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO (A TERMO) REGRA
Incabível aviso prévio
Rompimento antecipado do contrato a termo CONSEQUÊNCIA indenização prevista nos arts. 479 e 480, CLT Esta indenização não tem nenhuma relação com o aviso
AVISO PRÉVIO
Contrato a termo com cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisãoantecipada (art. 481, CLT) Contrato a termo com cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão
antecipada (art. 481, CLT)
Caberá aviso prévio, pois aplicam-se os princípios que regem a rescisão dos contratos
indeterminados (Súmula nº 163, TST)
Caberá aviso prévio, pois aplicam-se os princípios que regem a rescisão dos contratos
indeterminados (Súmula nº 163, TST)
AVISO PRÉVIO - DURAÇÃO
(art. 487, CLT e art. 7°, XXI, CRFB/88)
AVISO PRÉVIO - DURAÇÃO
(art. 487, CLT e art. 7°, XXI, CRFB/88)
O aviso prévio é inerente aos contratos de duração indeterminada O aviso prévio é inerente aos contratos de duração indeterminada
PRAZO: mínimo de 30 (trinta) dias, para os empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa.
PRAZO: mínimo de 30 (trinta) dias, para os empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa.
Contagem do prazo: exclusão do dia do começo e inclusão do dia do seu término. Súmula 380 do TST
AVISO PRÉVIO
ALTERAÇÃO LEI Nº 12.506, DE 11.10.2011
AVISO PRÉVIO
ALTERAÇÃO LEI Nº 12.506, DE 11.10.2011
A Lei nº 12.506, regulamentou a proporcionalidade do aviso prévio, prevista no art. 7º, XXI, da CRFB/88. Assim, com as novas regras serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias.Terá direito ao aviso prévio de 90 (noventa) dias, o empregado que tiver trabalhado na mesma empresa por mais de 20 (vinte) anos (30 dias + 60 dias), limite
• Redução de 2 horas diárias ou
• 7 dias corridos
É ilegal substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no aviso prévio, pelo
pagamento das horas correspondentes É ilegal substituir o período que se reduz da
jornada de trabalho, no aviso prévio, pelo pagamento das horas correspondentes RESCISÃO PROMOVIDA PELO EMPREGADOR RESCISÃO PROMOVIDA PELO EMPREGADOR
Aviso prévio trabalhado (art. 488, CLT)
S. 230, TST
A falta de aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço.
Aviso prévio indenizado (art. 487, § 1º, CLT) Aviso prévio indenizado
(art. 487, § 1º, CLT)
OJ nº 82, SDI-I, TST
Aviso prévio. Baixa CTPS. A data de saída a ser anotada na CTPS deve corresponder à do término do prazo do
aviso prévio, ainda que indenizado. OJ nº 82, SDI-I, TST
Aviso prévio. Baixa CTPS. A data de saída a ser anotada na CTPS deve corresponder à do término do prazo do
aviso prévio, ainda que indenizado.
OJ Nº 14, SDI-I, TST aviso prévio cumprido em casa equivale ao aviso indenizado RESCISÃO PROMOVIDA PELO EMPREGADO RESCISÃO PROMOVIDA PELO EMPREGADO
A falta de aviso prévio por do empregado dá ao empregador o direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo Art. 487, §2º, CLT Art. 487, §2º, CLT
BASE DE CÁLCULO DO AVISO PRÉVIO
BASE DE CÁLCULO DO AVISO PRÉVIO
Todas as parcelas de natureza salarial habitualmente pagas nos últimos 12 meses de vigência do contrato por prazo determinado. Todas as parcelas de natureza salarial habitualmente pagas nos últimos 12 meses de vigência do contrato por prazo determinado.
EXCEÇÃO
(GORJETAS - SÚMULA 354 TST)
EFEITOS DO AVISO PRÉVIO
O aviso prévio não rescinde o contrato de trabalho, apenas marca prazo para sua terminação. Portanto, a parte concedente, pode reconsiderar o aviso prévio. Neste caso, a outra parte poderá ou não concordar com a reconsideração (art. 489, in fine, CLT). Se reconsiderar é como se o aviso prévio não tivesse sido concedido.
Reajuste salarial concedido no prazo do aviso prévio é devido ao empregado mesmo que tenha recebido antecipadamente os salários. (art. 487, § 6º, CLT)
O aviso prévio não rescinde o contrato de trabalho, apenas marca prazo para sua terminação. Portanto, a parte concedente, pode reconsiderar o aviso prévio. Neste caso, a outra parte poderá ou não concordar com a reconsideração (art. 489, in fine, CLT). Se reconsiderar é como se o aviso prévio não tivesse sido concedido.
Reajuste salarial concedido no prazo do aviso prévio é devido ao empregado mesmo que tenha recebido antecipadamente os salários. (art. 487, § 6º, CLT)
JUSTA CAUSA NO PRAZO DO AVISO
PRÉVIO
JUSTA CAUSA NO PRAZO DO AVISO
PRÉVIO
• Perde o direito ao restante do respectivo prazo – art. 491, CLT.
• Perde também o direito às verbas rescisórias de natureza indenizatória – Súmula 73, TST.
• Perde o direito ao restante do respectivo prazo – art. 491, CLT.
• Perde também o direito às verbas rescisórias de natureza indenizatória – Súmula 73, TST.
"Eu e a aldeia" - 1911 Marc Chagall “Às vezes é
preciso passar por certas dificuldades
para que possamos ir com
mais afinco no que virá pela
frente.”
Autor: (Bob Marley).
Maria Inês Gerardo
EXTINÇÃO DO
CONTRATO
TERMINAÇÃO DO
CONTRATO DE TRABALHO
Conceito: cessação / extinção / terminação / rescisão do contrato de trabalho é a terminação do vínculo de emprego, com a extinção das obrigações para os contratantes.
O empregador terá que pagar as verbas rescisórias
TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE
TRABALHO
Execução plena do contrato de trabalho com o advento do termo
final; morte natural do contrato.
Ex: término normal do contrato por prazo determinado (contrato a termo)
MODO NORMAL
TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE
TRABALHO
Rompimento antecipado do contrato a termo ou o rompimento do contrato antes que pudesse produzir todos os seus efeitos.RESILIÇÃO
Rompimento do contrato pelas partes, sem que quaisquer das partes tenha
dado motivo: iniciativa do empregado (demissão); iniciativa do empregador (dispensa ou despedida). Trata-se do exercício do poder potestativo, porém tem
que comunicar a outra parte
RESOLUÇÃO
Rompimento do contrato por inexecução faltosa de uma das
partes. Ato faltoso do empregado
(justa causa); ato faltoso do empregador
(rescisão indireta); ato faltoso de ambas as partes
(culpa recíproca)
VERBAS RESCISÓRIAS
TÉRMINO DO CONTRATO DE TRABALHO
POR INICIATIVA DO EMPREGADOR
Saldo de salário
Férias vencidas e/ou proporcionais + 1/3 constitucional 13º salário proporcional
Aviso prévio
Guias para saque do FGTS
Indenização compensatória de 40% FGTS Guias do seguro desemprego
VERBAS RESCISÓRIAS
TÉRMINO DO CONTRATO POR
INICIATIVA DO EMPREGADO
Saldo de salário
Décimo terceiro proporcional
Férias integrais e/ou proporcionais + 1/3 constitucional Aviso prévio – para o empregador. Se o empregado não
cumprir o aviso prévio, o empregador poderá descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo – art. 487, §2º, da CLT.
VERBAS RESCISÓRIAS
TÉRMINO DO CONTRATO POR RESCISÃO
INDIRETA
Saldo de salário
Férias vencidas e/ou proporcionais + 1/3 constitucional 13º salário proporcional
Aviso prévio – art. 487, § 4º, CLT Guias para saque do FGTS
Indenização compensatória de 40% FGTS Guias do seguro desemprego
VERBAS RESCISÓRIAS
TÉRMINO DO CONTRATO POR JUSTA
CAUSA
Saldo de salário
VERBAS RESCISÓRIAS
TÉRMINO DO CONTRATO POR CULPA
RECÍPROCA
Saldo de salário
Férias integrais + 1/3 constitucional
50% férias proporcionais + 1/3 constitucional – S. 14, TST
50% 13º proporcional – S. 14, TST 50% aviso prévio – S. 14, TST Guias para saque do FGTS
Indenização compensatória de 20% FGTS – art. 18, §2º, Lei nº 8.036/90
0
TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
POR FATO OU ATO NÃO DEPENDENTE DA
VONTADE DAS PARTES
FACTUM PRINCIPIS
FORÇA MAIOR
• Força maior: art. 501, CLT – força maior é o acontecimento inevitável, imprevisível, em relação a vontade do empregador e para a realização do qual este não concorreu direta ou indiretamente. O fato tem que afetar substancialmente a empresa. A imprevidência do empregador exclui a força maior (§1º, art. 501,CLT). Esta força maior é a que extingue a empresa. Ex: incêndio, desabamento, etc. • Consequência: paga a indenização pela
metade – art. 502, CLT c/c art. 18, §2º, da Lei 8.036/90 (20% FGTS). As demais verbas, são devidas na integralidade, tais como: saldo de salário; aviso prévio, férias integrais e proporcionais, 13º salário e receberá as guias para saque do FGTS.
• Factum principis – (art. 486, CLT) – quando a extinção do contrato de trabalho decorre de ato praticado pela autoridade pública, sem culpa do empregador. A indenização (atualmente os 40% do FGTS) ficará a cargo da autoridade pública responsável pelo fechamento. Ex: desapropriação.
Extinção da empresa/falência/fechamento do estabelecimento: em todos esses casos, o empregado fará jus a todos os direitos trabalhistas, pois os riscos do negócio pertencem ao empregador.
N
O
T
A
•
Aposentadoria Espontânea – se o empregado decidir não
mais trabalhar em virtude da aposentadoria. – Se o empregado continuar trabalhando
após a concessão da aposentadoria - NÃO
rompe o contrato de trabalho – Na ADI nº 1721-3 o STF declarou a inconstitucionalidade do art. 453, §2º, CLT - OJ 361, SDI-I, TST
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ: NÃO EXTINGUE O CONTRATO – implica na suspensão do contrato de trabalho, nos termos do art. 475, da CLT.
N
O
T
A
TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
•
Morte do empregado – extingue ocontrato de trabalho, em razão da falta o requisito da pessoalidade. Equivale ao pedido de demissão sem necessidade de aviso prévio.
• Os dependentes ou sucessores farão jus as verbas rescisórias devidas no pedido de demissão além do levantamento dos depósitos do FGTS – art. 20, IV, da Lei nº 8.036/90.
TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE
TRABALHO POR MOTIVO DE MORTE
Morte do empregador pessoa física
– não extingue o contrato de trabalho. O que extingue o contrato é a cessação da atividade (art. 485, CLT).
Se a atividade continuar com os sucessores do empregador falecido, nada muda no contrato de trabalho.
TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE
TRABALHO POR MOTIVO DE MORTE
RESOLUÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
JUSTA CAUSA (art.482, CLT) JUSTA CAUSA (art.482, CLT) RESCISÃO INDIRETA (art.483, CLT) RESCISÃO INDIRETA (art.483, CLT) Atos faltosos praticados pelo empregado Atos faltosos praticados pelo empregador CULPA RECÍPROCA (art.484, CLT) CULPA RECÍPROCA (art.484, CLT)Atos faltosos praticados pelo empregado e
empregador
REQUISITOS PARA APLICAÇÃO DA JUSTA CAUSA
• Previsão legal – a justa causa tem que estar tipificada em lei. As hipóteses de justas causas praticadas pelo empregado estão no art. 482 e, também, em outros artigos da CLT.
• Gravidade da falta – tem que existir uma falta e esta terá que ser grave o suficiente para tornar insuportável a continuidade do contrato de trabalho, abalando a fidúcia que deve existir na relação de emprego.
REQUISITOS PARA APLICAÇÃO DA JUSTA CAUSA
• A falta praticada pelo empregado deve ser analisada concretamente, isto é tem que considerar: – A personalidade do agente; – Ficha funcional; – Punições anteriores; – Tempo de casa; – Local;
– Momento em que foi praticada.
• Proporcionalidade entre o ato faltoso e a punição – o poder de aplicar penalidades ao empregado decorre do poder disciplinar do empregador. Para faltas mais leves devem ser aplicadas penalidades mais leves, reservando-se o despedimento para as mais graves.
– Falta leve – advertência (admoestação verbal ou escrita) – não tem previsão legal
– Falta média – suspensão – até 30 dias corridos (art. 474, CLT)
– Falta grave – justa causa (ART. 482, CLT)
REQUISITOS PARA APLICAÇÃO DA JUSTA CAUSA
• Imediatidade na aplicação da sanção – a punição tem que ser imediata sob pena de caracterizar o perdão da falta. Esse requisito deve ser analisado a partir do conhecimento da falta e da autoria. Deve levar em consideração o tamanho da empresa. Aplicar o critério da razoabilidade.
• Proibição de dupla penalidade - non bis
in idem – para cada falta só pode existir
uma única punição. Se o empregador punir 2 (duas) vezes a mesma falta, esta não produz qualquer efeito. Fundamento: permitir a estabilidade das relações empregatícias.
• OBS: Não caracteriza dupla punição o desconto das faltas ao serviço, a perda do repouso semanal, o desconto nas férias por faltas e etc.
REQUISITOS PARA APLICAÇÃO DA JUSTA CAUSA
• Que não tenha havido perdão – o perdão pode ser tácito ou expresso.
– Tácito – falta de imediatidade na punição; pratica de ato contrário à punição. – Expresso – é a própria declaração do
perdão.
• Não discriminação – os empregados que praticaram a mesma falta em co-participação têm que ser punidos da mesma forma.
REQUISITOS PARA APLICAÇÃO DA JUSTA CAUSA
JUSTA CAUSA – ARTIGO 482, CLT
a) Improbidade - revela mau caráter, desonestidade,maldade. Constitui um atentado contra o patrimônio do empregador.
b) Incontinência de conduta - está relacionada com a vida irregular ligada ao aspecto sexual ou a desregramento de conduta sexual (pornografia, assédio sexual, etc.).
Mau procedimento - trata-se de uma atitude irregular do empregado. É a figura mais ampla. Tudo que não possa ser encaixado nas demais alíneas pode ser classificado como mau procedimento.
c) Negociação habitual - trata-se da prática de atos de comércio pelo empregado. Requisitos:
– Ausência de permissão do empregador – Habitualidade
– Negociação que gera concorrência ou prejuízo d) Condenação criminal - somente após a condenação com trânsito em julgado, e desde que não tenha sido concedida a suspensão da pena (sursis).
JUSTA CAUSA – ARTIGO 482, CLT
e) Desídia no desempenho das respectivas funções - consiste em desempenhar as funções
com negligência, imprudência, imperícia, preguiça, má vontade, desinteresse, desatenção, relaxamento, etc.
Em regra, uma só falta não vai ensejar a dispensa por justa causa por desídia. No entanto, uma única falta pode ser grave o suficiente para autorizar a dispensa por justa causa.
Todas as faltas anteriores devem ter sido punidas.
JUSTA CAUSA – ARTIGO 482, CLT
f) Embriaguez - é aquela proveniente de álcool ou de drogas. Pode ser habitual ou em serviço;
– Embriaguez habitual – é aquela que ocorre fora do serviço. O empregado chega sóbrio ao trabalho, mas reflete no serviço por causa da ressaca. Se não afetar o trabalho, não caracterizará justa causa.
– Embriaguez em serviço – basta ocorrer uma única vez para caracterizar a justa causa. Não é o ato de beber que enseja justa causa, mas o estar embriagado
f) Embriaguez – NOTAS
1) A embriaguez involuntária não caracteriza a justa causa;
2) Há posições na doutrina e jurisprudência defendendo que como a embriaguez é uma doença, conforme prevê a Organização Mundial da Saúde, o empregador não poderia dispensar o empregado por justa causa, na modalidade embriaguez habitual. O empregador deveria encaminhar o empregado ao INSS, para tratamento médico, hipótese em que contrato de trabalho ficaria suspenso.
JUSTA CAUSA – ARTIGO 482, CLT
g) Violação de segredo da empresa
h) Indisciplina e insubordinação - descumprimento de ordens
– Indisciplina – constitui em descumprimento de uma ordem geral, indireta, inespecífica.
– Insubordinação – descumprimento de uma ordem pessoal, direta, específica.
i) Abandono de emprego –
• Faltas injustificadas reiteradas e consecutivas;
• Animus abandonandi – presume-se o abandono pela ausência injustificada e consecutiva por mais de 30 dias – Súmulas nºs 32 e 62 do C. TST.
JUSTA CAUSA – ARTIGO 482, CLT
j) Ato lesivo a honra e boa fama, ou
ofensas físicas – contra qualquer pessoa na empresa, salvo legítima defesa
k) Ato lesivo a hora e boa fama ou
ofensas físicas contra empregador ou
superior hierárquico, salvo legítima defesa
l) Prática constante de jogos de azar
RESCISÃO INDIRETA
ART. 483, CLT
a) exigência de serviços superiores às forças do empregado, defesos em leis, contrário aos bons costumes ou alheios ao contrato,
b) Tratamento com rigor excessivo por parte do empregador ou seus superiores hierárquicos;
c) O empregado correr perigo de mal considerável; d) Descumprimento pelo empregador das obrigações
contratuais - Ex: mora contumaz. Art. 2º, § 2º, DL 368/68 – atraso ou sonegação salarial por período igual ou superior a 3 (três) meses.
RESCISÃO INDIRETA
ART. 483, CLT
e) Ofensa a honra e a boa fama do empregadoou pessoa de sua família praticada pelo empregador ou seus prepostos;
f) Ofensas físicas praticadas pelo empregador ou prepostos ao empregado, salvo legítima defesa;
g) Redução do trabalho do empregado, sendo este por peça ou tarefa, de modo a afetar sensivelmente a importância dos salários.
CULPA RECÍPROCA
ART. 484, CLT
Existência de duas faltas graves e autônomas – uma
praticada pelo empregado e outra pelo empregador grave o suficiente para romper o contrato de trabalho;
Nexo de causalidade - deve existir um nexo de causalidade
entre as faltas – ação e reação. A falta de um (ação) deve ser a falta do outro (reação);
Contemporaneidade – não é necessário que haja concomitância, mas é necessário que a reação não demore
“Mulher com sombrinha - 1875” Claude Monet
Maria Inês Gerardo
“Felicidade é quando o que você pensa, o que você diz e o
que você faz estão em harmonia.”