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O impacto do processo de finitude e morte de pacientes no cotidiano do profissional de enfermagem

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Rev Inic Cient e Ext. 2018; 1(Esp.4): 400-4

O IMPACTO DO PROCESSO DE FINITUDE E MORTE DE PACIENTES NO COTIDIANO DO

PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM

THE IMPACT OF THE FINITUDE AND DEATH OF PATIENTS IN THE DAILY PROFESSIONAL'S

NURSING PROFESSIONAL

Renan Moreira de Araújo1, Alice da Cunha Morales Álvares2, André Luiz Souza de Jesus3

RESUMO

Este artigo tem como objeto analisar o impacto do processo de finitude e morte de pacientes em estágio terminal que requer atendimento humanizado e o impacto psicológico causado ao profissional de enfermagem, que tem como parâmetro seguir normas, éticas profissionais e institucionais com o objetivo de salvar vidas. A morte é um evento que causa sofrimento à família e aos profissionais de enfermagem, sendo necessário aos mesmos criarem mecanismos de defesa para evitar o sofrimento, demonstrando a necessidade do distanciamento entre o lado pessoal e o profissional. Percebe-se a importância de haver ligação entre teoria e prática na formação acadêmica para que haja equilíbrio emocional e estrutural desses profissionais.

Descritores: Emocional; Enfermagem; Finitude; Morte.

ABSTRACT This article aims to analyze the impact of the process of finitude and death of patients in the terminal stage that requires humanized care and the psychological impact caused to the nursing professional, whose goal is to follow norms, professional and institutional ethics in order to save lives . Death is an event that causes suffering to the family and nursing professionals, and it is necessary for them to create defense mechanisms to avoid suffering, demonstrating the need for distance between the personal and the professional side. It is perceived the importance of having a connection between theory and practice in the academic formation so that there is emotional and structural balance of these professionals.

Descriptors: Emotional; Nursing; Finitude; Death.

Como citar: Araújo RM, Álvares ACM, Jesus ALS. O impacto do processo de finitude e morte de pacientes no cotidiano do profissional de enfermagem. Rev Inic Cient Ext. 2018;1(Esp.4):400-4.

1. Acad êmico do curso de enfermagem. Faculdade de Ciências e Educação Sena Aires. Goiás, Brasil.

2. Farmacêutica. Doutora em F arm ácia. Faculdade d e Ciências e Educação Sena Aires. Goiás, Brasil. alicealvares@senaaires.com.br 3. Psicólogo. Mestre em Psicologia. Faculdade de Ciências e Educação Sena Aires . G oiás, Brasil

3Psic Doutor em Economia pela Universidade de Brasília. Professor da Faculdade Sena Aires. E-mail: georgehmc@outlook

Doutoranda em Ciências da Educação pela Universidad Nacional de La Plata. Professora da Faculdade Sena Aires. E-mail: reginaadm@uol.com.br

rmagem. Faculdade de Ciências Sena

ólogo. Mestre em Psicologia. Faculdade de Ciências e Educação Sena Aires 4Pedagoga. Especialista Faculdade de Ciência Sena Aires

¹ Acadêmica de Enfermagem. Faculdade de Ciências Sena Aires nane.bm@hotmail.com

2 Academico de Enfermagem. Faculdade de Ciências Sena

3 Psicólogo. Mestre em Psicologia. Faculdade de Ciências e Educação Sena Aires 4Pedagoga. Especialista Faculdade de Ciência Sena Aires

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INTRODUÇÃO

A finitude é o termo usado para definir o limite do tempo de vida de um ser. Busca-se cada vez mais o tratamento humanizado e integralizado aos pacientes em casos terminais, possibilitando menos sofrimento e amenizando também o dos familiares.

No Brasil, a maioria das faculdades não oferece um suporte psicológico para os alunos no decorrer do percurso, o que deixa uma grande lacuna entre teoria e prática, já que esses alunos serão futuros profissionais que irão atuar nos campos da vida e morte. A falta de preparo psicológico e humano desses estudantes ao lidar com a morte causa a retirada desse profissional do mercado trabalho por problemas emocionais e estruturais no exercício da função.

Durante o exercício da profissão, os enfermeiros seguem normas e condutas éticas, profissionais e institucionais objetivando salvar vidas e evitar morte.1

De acordo com os autores acima, os enfermeiros devem seguir normas e condutas éticas nos exercícios da função para evitar a morte de um cliente ou usuário, e não atingindo o objetivo ele pode se sentir frustrado, estressado e triste afetando assim sua capacidade de atuar com excelência e segurança no cotidiano hospitalar.

O impacto da morte causa sofrimento tanto na família quanto no enfermeiro. A princípio, o indivíduo fica abalado emocionalmente com a morte de algum paciente, porem, com o passar do tempo, ele vai criando mecanismos de defesa que podem ser refugio na religião, o não envolvimento emocional com os clientes, o distanciamento entre o pessoal e o profissional e com tempo esse enfermeiro torna se frio e indiferente em relação à morte.

Pretende se assim, mostrar a importância que há entre teoria e prática oferecida pelos Cursos de Enfermagem para que o impacto causado pela morte não seja fator de desequilíbrio emocional e estrutural desse profissional, sendo esse estudo de suma importância para a conscientização do enfermeiro e da instituição em que se habilita.

O objetivo deste estudo é entender se existe uma dificuldade que o enfermeiro tem a lidar com a morte de um paciente com quem criou uma relação de restabelecimento de saúde, respondendo aos questionamentos de que se existe a necessidade de apoio psicológico para profissionais de enfermagem nas unidades hospitalares e conhecer a necessidade da faculdade oferecer matérias no decorrer da graduação que abordem a morte e como lidar com a mesma.

MÉTODO

A Finitude é define o tempo de vida que uma pessoa terá e a morte é a delimitação desse tempo, sendo um momento delicado para o profissional de Enfermagem, já que o mesmo lida

com momentos de cuidados e perdas. Este trabalho busca apresentar uma análise da percepção dos estudiosos em relação ao assunto, apresentado o que é a doença e suas características. O estudo será desenvolvido através de pesquisa exploratória.

Para realização da pesquisa, foram realizados levantamentos bibliográficos, de natureza exploratória, e posteriormente análises, para a fundamentação teórica necessária. Segundo GIL (1999), um trabalho é de natureza exploratória quando envolver levantamento bibliográfico, entrevista com pessoas que tiveram (ou tem) experiências práticas com o problema pesquisado e análise de exemplos que estimulem a compreensão. Possui ainda a finalidade básica de desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias para a formulação de abordagens posteriores.

Dessa forma, a pesquisa exploratória proporciona maior conhecimento para o pesquisador acerca do assunto, a fim de que esse possa formular problemas mais precisos ou criar hipóteses que possam ser pesquisadas por estudos posteriores. As pesquisas exploratórias, segundo Gil (1999, p. 43) “visam proporcionar uma visão geral de um determinado fato, do tipo aproximativo”.

Vergara (2005) argumenta, quanto à pesquisa bibliográfica, como “estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral”. Na citação acima, percebe-se a importância de uma revisão bibliográfica bem feita, pois a partir dela é possível coletar dados importantes e que seja de fácil acesso às pessoas que tenham interesse em conhecer o assunto.

Esse trabalho enfatiza a importância do conhecimento da necessidade de um melhor preparo dos enfermeiros no seu cotidiano em relação a morte, visando levar informações aos leitores e material para futuras pesquisas relacionadas ao assunto, com pesquisas em livros, artigos científicos e internet.

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Rev Inic Cient e Ext. 2018; 1 (Esp.4): 400-4 402 assim como também para todas as pessoas que têm interesse em conhecer mais sobre o que acontece

com esses profissionais ao liderem com a morte.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A Finitude e a morte são dois fatores relacionados à vida humana, sendo a morte inevitável e que faz parte do ciclo da vida. “[...] o homem tende a ignorá-la, talvez por não conseguir desvendá-la [...]”. (1) Sendo assim, a morte trona se um momento de sofrimento para familiares e profissionais da

saúde, o que requer um controle emocional para evitar sofrimento excessivo.

Finitude, segundo dicionário Aurélio o termo significa “qualidade do que é finito”. Morte é um termo presente em todos os momentos da vida dos seres humanos. De acordo com1 “A morte é

um evento biológico natural e inevitável da vida humana”. Quadros cita a Bíblia para conceituar o termo morte esclarecendo que “É um sono sem sonhos. Morrer significa morrer mesmo, deixar de existir até o dia da ressurreição [...]”.2

“Entendendo-se que a existência da pessoa natural termina com a morte, tem-se que admitir que o morto não seja pessoa e sim coisa [...]”. Analisando os autores acima citados percebe se que a morte começa a partir do nascimento sendo um processo inevitável e irreversível tendo vários fatores para que ela ocorra.7

Segundo a Organização mundial da saúde (OMS) as doenças que mais causam a morte no mundo são: Doenças cardíacas isquêmicas que são infarto agudo do miocárdio (morte tecidual causada por obstrução de uma artéria coronária por um coágulo de sangue sobre a placa de gordura que estava em sua parede não deixando que uma quantidade suficiente de sangue chegue até músculo cardíaco afetado logo esta porção do músculo cardíaco sofre um processo de morte e necrose) e angina (é uma dor torácica causada por um suprimento insuficiente de sangue e de oxigênio para o coração podendo ser estável ou instável) .

Acidente vascular cerebral (AVC) havendo dois tipos de AVC diferenciamos como acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) é causado pela falta de sangue em uma área do cérebro, por conta da obstrução de uma artéria e acidente vascular cerebral hemorrágico (AVCH) é causado por sangramento de um determinado vaso sanguíneo. As duas interrompem o fluxo sanguíneo impedindo que nutrientes e oxigênio cheguem a determinadas áreas do cérebro causando perda de funções neurológicas. Infecções Respiratórias Inferiores que são pneumonias e empiema, são causadas por fungos e bactérias e vírus e bronquite que é causada por bactérias.

“[...] no Brasil poucas faculdades de enfermagem têm a temática da morte no seu currículo ou como disciplina optativa. Assim, uma grande parcela dos profissionais de saúde que trabalham com pacientes nestas condições não estão recebendo adequada capacitação e isso irá repercutir negativamente nos cuidados prestados[...]”.3 O ensino sobre o processo que leva a morte tem sido

negligenciado, é superficial e pouco consistente, e ações como essas causam impactos maléficos no profissional de enfermagem, no paciente e na família.3

O enfermeiro, por não ter um acompanhamento emocional voltado para a realidade dentro de um hospital, para com trato com pacientes e com a morte, é levado a sentir se incapaz de lidar com as próprias emoções, sentido se impotente diante da situação. “Em suma, a morte vista como uma etapa da vida deve receber maior atenção durante a vida acadêmica dos profissionais de saúde

[...]”1 enfatizando que “em especial, os da enfermagem, pois são os que se encontram mais

diretamente ligados a esse tipo de ocorrência no cotidiano de sua atividade profissional”.1 “O

profissional luta contra a ideia de que não é capaz de fazer mais do que o que faz para impedir a morte do outro” os mesmos autores afirmam que “A situação de vida/morte gera sofrimento na equipe de enfermagem, principalmente, pelo caráter humano desse trabalho [...]”.1

Para amenizar o sofrimento causado pela morte muitas vezes ele busca a espiritualidade e a religião como forma de enfrentar o sofrimento.Bioética em seu conceito define-se bio (vida) ou seja, a ética da vida sendo assim, essa palavra explica exatamente fatos que ocorrem no cotidiano do enfermeiro que busca sempre com todas as possibilidades mantar o bem mais precioso do ser humano à vida.4

“Falar de Bioética e espiritualidade consiste em ferramentas no sentido de ajudarem a ultrapassar a ideia curativa da saúde e voltar-se a olhar o paciente como todo.”5 Entrando nesse mérito

de que o profissional deve olhar o paciente como um todo e não de forma apenas curativa, deve procurar saber onde é a maior necessidade daquele indivíduo sempre respeitando os limites do cliente, o profissional de enfermagem deve procurar não apenas se manter no âmbito técnico mas procurar dar

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Rev Inic Cient e Ext. 2018; 1 (Esp.4): 400-4 403 todo auxílio necessário ao paciente, juntamente a equipe multidisciplinar para dar conforto naquele

último momento de vida.4

Para lidar com as perdas que faz parte do cotidiano do profissional muitos encontram abrigo na espiritualidade, que segundo dicionário, espiritualidade significa qualidade do que ou quem é espiritual, encontrar conforto na concepção de que mesmo que aquela vida tenha chegado ao fim nesse plano de alguma forma ela encontrou a paz em outro lugar.4

A morte no ambiente hospitalar é um evento esperado, todo e qualquer profissional de enfermagem tem consciência de que em algum momento da sua trajetória profissional ele vai ter contato com a morte de um paciente, embora testemunhar o fim da vida seja algo corriqueiro na vida de um profissional de enfermagem, o contato com ela é sempre uma experiência amarga que de certa forma nos lembra da nossa própria finitude, uma experiência como essa pode afetar o profissional em varias etapas da sua vida, por isso é necessário o processo de luto.6

O Luto é definido7 como um conjunto de reações emocionais, físicas, comportamentais e

sociais que surgem como resposta a uma perda, seja uma perda real ou fantasiosa (perda de um ideal, de uma expectativa), seja uma perda por morte ou pela cessação/diminuição de uma função, possibilidade ou oportunidade. O luto é a reação natural quando ocorrem situações de perda, seja de um ente querido, seja de muitas vezes um paciente em que houve uma ligação emocional mais forte, de muitas formas é um evento estressante que profissionais de enfermagem vão enfrentar no decorrer da vida, e esse processo geralmente modifica as concepções de mundo do individuo e até as concepções sobre si próprio.

Para o profissional de enfermagem o contato permanente com o doente no final de sua vida pode refletir em um sentimento maior de perda quando o doente morre o enfermeiro estando em um ambiente em que não é permitido que o enfermeiro vivenciasse um luto saldável e adaptativa.6

Na fase final da vida de paciente, o enfermeiro muitas vezes fica envolvido em um processo de luto antecipado e são muitas vezes forçados a fazer procedimentos de “futilidade” terapêutica, que em sua maioria esses procedimentos são questionáveis sobre sua adequação e benefícios de determinados procedimentos operacionais padrão, da mesma forma esses profissionais são assombrados com os desejos de muitas vezes antecipar a morte, suas dividas sobre o significado da vida e ansiedade relacionada à morte, geralmente questionando sua própria finitude.6

Durante o cuidar da enfermagem, os profissionais de enfermagem podem sentir que não tem o tempo necessário para manter uma relação que mais benéfica para auxiliar os doentes a encarar a sua própria morte, muitas vezes as limitações dos sistemas de saúde ou a falta de recursos financeiros da família imposta aos doentes, ficam sujeitos a tensões e conflitos pessoais, interpessoais e até profissionais.6

Os profissionais vivenciam a morte de um doente como uma perda pessoal e são totalmente susceptíveis ao sofrimento, esses profissionais passam por um processo onde a angustia oscila entre aquilo que ele experimentou e aquilo que evitou na perda e no luto, o profissional que passa pelo luto coloca significados em relação à morte e ao morrer essa experiência muitas vezes se torna partilhada com seus colegas de trabalho.6 O processo de luto profissional oferece ao enfermeiro uma

oportunidade de um crescimento profissional e principalmente pessoal.

A maioria dos discentes de enfermagem mostra por diversas vezes condutas que se mostram inadequadas com pacientes que estão próximos a morte, estando assim revelando seu despreparo e até mesmo seu envolvimento emocional ao encontrar essas situações nas práticas curriculares, nisso é visto um problema frente a sua relação diante da morte, docentes de cursos de enfermagem tentam ensinar que a morte está no cotidiano dos discentes e profissionais de enfermagem, porém não focam em estratégias de enfrentamento e reflexão que ajuda a diminuir a dor psicológica e possibilitando ao discente uma forma de lidar com a frustação da morte, pois não tendo tem um grande risco de uma inadequação e despreparo desse futuro enfermeiro e assim não prestando a melhor assistência aos seus pacientes próximos a morte.9

Há a necessidade de que estudantes de enfermagem tenham um preparo adequado no decorrer do curso de enfermagem, para auxiliar esses indivíduos a lidar com a morte e oferecendo uma melhor assistência, pois teriam uma maneira adequada de lidar com a morte.9

Estar presente durante um processo de morte causa diversos sentimentos negativos ao profissional como: frustação, desapontamento, derrota, tristeza, pesar, cobrança referente aos cuidados prestados, pena e dó. Esse enfermeiro vive muitas vezes formas de luto com a morte e diversas vezes criando uma relação afetiva com esses pacientes criando assim uma dor emocional maior que é uma reação natural esperada, sendo ela muitas vezes camuflada por profissionais de enfermagem para

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Rev Inic Cient e Ext. 2018; 1 (Esp.4): 400-4 404 morte pois sem cuidados antecipados que pouco é feito.10

Sendo assim como enfermeiros são ensinados a compreender o conceito de morte e assim relacionam o conceito e a situação vivida com o paciente a sua existência e as suas perdas pessoais relembrando um sofrimento já vivenciado e que vão influenciar na sua atuação frente a morte. (10)

Visto que a morte é um processo natural e inevitável e que ocorre na maioria das vezes dentro do ambiente hospitalar, o profissional de enfermagem é quem está mais próximo do paciente vivencia diversas vezes esse momento, sendo também suporte em relação à família, o que muitas vezes causam envolvimento emocional e sofrimento ao profissional, tornando um processo de luto que se expande entre os diversos pacientes em processo de finitude. Os profissionais de enfermagem procuram uma forma de lidar com menos envolvimento e sofrimento, o que não é fácil mas que precisa ser concretizado em sua vida profissional, para isso necessitam ter um suporte espiritual e psicológico para exercer sua função com excelência, sendo necessário para isso uma boa formação acadêmica que ligue teria e prática, necessitando maior ênfase no preparo para o exercício da função.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Desde os primórdios da humanidade o ser humano tem dificuldades em lidar com a morte que significa o fim da existência de um ente querido, o que causa sofrimento e por vezes a sensação de abandono, que podem ser potencializado quando o há a necessidade do individuo permanecer hospitalizado. Na situação de internação do indivíduo existe ainda o envolvimento de profissionais da saúde entre ele o enfermeiro, profissional responsável por dedicar cuidados e atenção ao paciente e orientação aos familiares.

O enfermeiro é o profissional da saúde que tem a responsabilidade de promover o bem estar físico e psicológico dos pacientes que estão aos seus cuidados por isso, quando um deles vem a óbito, ele se sente frustrado, incapaz e sensibilizado emocionalmente. Por ser o profissional que está diretamente ligado ao processo de morte ele necessita de um acompanhamento que vem desde sua formação acadêmica até o momento final do exercício da profissão.

Percebe-se assim, que o enfermeiro tem papel de suma importância no trato com a morte, devendo assim ser valorizado profissionalmente e dispondo de acompanhado psicológico com profissionais capacitados no que se refere ao atendimento necessário para que o mesmo sinta-se seguro e capaz de desenvolver suas funções com segurança e excelência no exercício da função.

REFERÊNCIAS

1. Rockembach, JV, Casarin ST, Siqueira HCH. Morte pediátrica no cotidiano de trabalho do enfermeiro: sentimentos e estratégias de enfrentamento. 2010 Ver. Rene. Fortaleza, v. 11, n 2. P. 63-71.

2. Quadros LS. O que é a morte? 2010. Disponível em: http://esperanca.com.br/2010/02/17/o-que-e-a-morte-2/. Acesso em: 10/10/2017. 3. Dias MV, Backes DS, Ilha S, Nicola GDO, Vidal DAS, Mendes D, o processo de morte e morrer na prática de enfermagem: um relato de experiência. 2012, disponível em: http://www.unifra.br/eventos/jornadadeenfermagem/Trabalhos/3978.pdf. Acesso em: 10/10/2017. 4. Borges TRC, O enfrentamento da equipe de enfermagem no processo de morte e morrer do paciente, 2011 disponível em: http://repositorio.unesc.net/bitstream/1/841/1/T%C3%A2nia%20Regina%20Costa%20Borges.pdf acesso em 23/11/2017

5. Selli L, Alves JS. O cuidado espiritual ao paciente terminal no exercício da enfermagem e a participação da bioética. Bioethikos – Centro Universitário São Camilo, 2007, disponível em: http://www.scamilo.edu.br/pdf/bioethikos/54/O_cuidado_espiritual.pdf Acesso em 23/11/2017

6. Gomes SMR, O luto em enfermeiros expostos à morte dos doentes, 2014 Faculdade de Medicina na universidade de Porto, acesso em 23/11/2017

7. Parkes C, Luto - Estudos sobre a perda na vida adulta. 2018. Disponível em: https://docero.com.br/doc/n8nsne. Acesso em 27/07/2018.

8. Métodos e técnicas de pesquisa social / Antonio Carlos Gil. - 6. ed. - São Paulo: Atlas, 2008.

9. Vargas D. Morte e morrer: sentimentos e condutas de estudantes de enfermagem. APE- Acta Paulista de Enfermagem, v23, n:3 p:405-410, junho 2010

10. COSTA,J.C; LIMA,R.A.G. Luto da equipe: revelações dos profissionais de enfermagem sobre o cuidado à criança/adolescente no processo de morte e morrer. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010411692005000200004&script=sci_arttextacessado

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