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MANIFESTAÇÃO Nº DPLAN-D

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ

R Pref Rosaldo Gomes M Leitão, S/N Bairro CENTRO CÍVICO CEP 80530210 Curitiba PR -www.tjpr.jus.br

MANIFESTAÇÃO Nº 5612359 - DPLAN-D

SEI!TJPR Nº 0084293-26.2020.8.16.6000 SEI!DOC Nº 5612359

I - Trata-se de pedido de esclarecimentos pelo Sindicato dos

Servidores do Poder Judiciário do Estado do Paraná – SINDIJUS-PR a respeito

da alteração da nomenclatura e do enquadramento dos profissionais do

serviço social e da psicologia contidos no Projeto de Lei nº 472/2020, bem como

as repercussões nessas carreiras, vencimentos e atribuições.

O Projeto de Lei nº 472/2020, sancionado pelo Governador do

Estado no dia 14 do corrente mês, tem por objeto a alteração e o acréscimo de

dispositivos às Leis Estaduais nº

s

16.748/2010, 16.024/08 e 17.528/2013, para

fins de unificação dos Quadros de Pessoal do Poder Judiciário do Estado do

Paraná, e estabelece outras providências.

A unificação dos quadros de servidores e das carreiras

equivalentes deu‑se em cumprimento à Resolução nº 2019/2016 do Conselho

Nacional de Justiça, observadas as especificidades e particularidades locais,

reconhecidas pelo CNJ no julgamento do Pedido de Providências n

o

0006315-78.2017.2.00.0000, conforme costa da própria justificativa que acompanhou a

mensagem com aquele projeto de lei à Assembleia Legislativa.

Especificamente em relação aos servidores das áreas de serviço

social e psicologia, o Projeto de Lei nº 472/2020 estabelece as medidas a

seguir descritas.

Quanto aos ocupantes dos cargos de Assistente Social e

Psicólogo do extinto Quadro de Pessoal da Secretaria do Tribunal de Justiça,

que integram o grupo ocupacional de Apoio Especializado Superior, passarão

a integrar a parte suplementar do Quadro de Pessoal do Poder Judiciário do

Estado do Paraná, de modo que os cargos vagos foram extintos, a partir da

vigência da Lei oriunda do PL nº 472/2020, e os cargos preenchidos serão

extintos à medida que vagarem, conforme dispõe o parágrafo único do artigo

6º desse anteprojeto.

Não haverá alteração na tabela de vencimentos desses cargos

após o enquadramento derivado dessa lei. Permanecerão com 9 níveis e sem

qualquer acréscimo de vencimentos no desenvolvimento da carreira a mais do

que o previsto na tabela anterior de vencimentos relativo ao grupo

ocupacional SAE.

(2)

As atribuições funcionais básicas desses cargos estão descritas

nos artigos 16 e 19 do Anexo II, do Projeto de Lei nº 472/2020, sem qualquer

alteração do núcleo essencial de atribuições previstas na redação original do

Anexo X da Lei Estadual nº 16.748/2010, vinculadas, substancialmente, à

atuação no Centro de Assistência Médica e Social:

“Art. 16. Ao Assistente Social incumbe:

I - executar estudos, pesquisas, planos, programas e projetos na área de Serviço Social; II - elaborar e analisar laudos sociais, pareceres, relatórios e outros documentos, relacionados a processos judiciais e administrativos;

III - prestar atendimento ao público interno;

IV - desenvolver programas de caráter curativo, preventivo e promocional, com vistas ao equilíbrio psicossocial do magistrado ou servidor;

V - minimizar e prevenir tensões existentes no ambiente de trabalho, contribuindo para a melhoria das relações interpessoais e da qualidade de vida;

VI - realizar acompanhamento de portadores de distúrbios psiquiátricos, extensivo aos familiares;

VII - controlar as licenças para tratamento de saúde;

VIII - atender os que se encontram em licença para tratamento de saúde, acompanhando‑os; bem como à sua família, durante e após o tratamento, através de visitas domiciliares, hospitalares, entrevistas e orientações;

IX - disponibilizar informações sobre os diversos recursos existentes na comunidade, assim como os critérios e as possibilidades de acesso a esses recursos;

X - avaliar candidatos para a admissão profissional ao Poder Judiciário;

XI - implementar ações e programas voltados à adequada preparação dos que estão em vias de aposentadoria por invalidez.”

“Art. 19. Ao Psicólogo incumbe:

I - elaborar e analisar laudos psicológicos, pareceres, relatórios e outros documentos, relacionados a processos judiciais e administrativos;

II - atendimento terapêutico ao público interno de acordo com as orientações existentes; III - realizar avaliação psicológica para adultos e adolescentes, psicodiagnóstico, psicoterapia, avaliação psicológica, orientação aos pais, avaliação do estado mental para candidatos que ingressam no Poder Judiciário, perícias em caso de designação, avaliação psicológica de candidatos à adoção;

IV - realizar orientação vocacional de adolescentes;

V - aplicar e avaliar testes psicológicos, orientação psicopedagógica de crianças em tratamento, orientação a familiares, encaminhamentos e atendimento psicoterápico das famílias.”

Os Técnicos Especializados da Infância e da Juventude

permanecem na parte suplementar do Quadro de Pessoal do Poder Judiciário

do Estado do Paraná, enquadrados na carreira intermediária, em

conformidade com as decisões administrativas e judiciais a respeito do tema,

em especial, a decisão do Conselho Nacional de Justiça no Pedido de

Providências nº 0009215-97.2018.2.00.0000 que rejeitou a pretensão do

requerente de enquadramento dos ocupantes desses cargos nas carreiras de

nível superior do Quadro de Pessoal por constituir transposição de cargos e

consequente violação à Súmula Vinculante nº 43:

“É inconstitucional toda

modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia

aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que

não integra a carreira na qual anteriormente investido”

.

O artigo 5º do Projeto de Lei nº 472/2020 transforma, a partir da

vacância, 21 cargos de Técnico Especializado em Infância e Juventude e 3

cargos de Técnico Especializado em Execução Penal em 11 cargos de Psicólogo

(3)

Judiciário e 10 cargos de Assistente Social Judiciário.

As atribuições funcionais dos cargos de Técnico Especializado

em Infância e Juventude, nos termos do Anexo II, do Projeto de Lei nº 472/2020,

são as seguintes:

“Art. 27. Ao Técnico Especializado em Infância e Juventude incumbe:

I - realizar entrevista com os adolescentes e representantes legais, objetivando a realização do Estudo Social;

II - realizar visita domiciliar, objetivando conhecer as condições de moradia em que vivem tais sujeitos e apreender aspectos do cotidiano das suas relações;

III - sugerir à autoridade judiciária, mediante parecer interdisciplinar, as medidas socioeducativas que deverão ser aplicadas aos adolescentes;

IV - realizar contato externo, quando da sugestão de tratamento.”

Especificamente em relação aos cargos de Analista Judiciário das

áreas de Assistência Social e Psicologia criados pela Lei Estadual nº 16.023/08,

importa observar que referida Lei, ao definir que a parte permanente do

Quadro de Pessoal do Poder Judiciário de 1º Grau de Jurisdição é composta

pelos cargos de Técnico Judiciário e por Analistas Judiciários, com áreas de

especialidade (judiciária, apoio especializado ou técnico, na qual se

enquadram os servidores das áreas de psicologia e assistência social, e apoio

administrativo), também dispôs em seu artigo 8º, §1º, que

“Aos ocupantes do

cargo da carreira de Analista Judiciário na área de apoio relacionadas às

funções de avaliação psicológica, pedagógica e social é conferida,

respectivamente, a denominação de Psicólogo Judiciário, Pedagogo Judiciário e

de Assistente Social Judiciário para fins de identificação funcional”

.

Portanto, ao adequar a nomenclatura dos cargos de Analista

Judiciário das áreas de Assistência Social e Psicologia em Assistente Social

Judiciário e Psicólogo Judiciário, o Projeto de Lei nº 472/2020 pouco inovou em

relação ao próprio comando do artigo 3º, §1º, da Lei Estadual nº 16.023/08.

A denominação dos cargos de Psicólogo e Assistente Social

definem da melhor forma a natureza das atribuições, constituindo-se em

nomenclatura adotada pela legislação federal que regulamenta as respectivas

profissões: Leis nº 4.119, de 27 de agosto de 1962, e nº 8.662, de 7 de junho de

1993, respectivamente, tendo sido acrescida, apenas, a denominação, na parte

final do nome dos cargos, de Judiciário, conforme já estabelecido pela Lei

Estadual nº 16.023/08.

"A denominação deve refletir a essência do cargo, sua atividade

ou missão principal. Muitas denominações já estão consagradas e pertencem

ao domínio público. Todavia, quando precisamos definir um título novo,

costumamos ter a pretensão de conseguir um nome que abranja todas as

funções, o que nem sempre é possível. Devemos nos satisfazer em descobrir

um nome que identifique o cargo pela sua missão mais importante”

[1]

,

motivo

pelo qual a adoção das nomenclaturas de Psicólogo Judiciário e Assistente

Social Judiciário, definidas a cerca de 12 anos pelo artigo 8º, §1º, da Lei

Estadual nº 16.023/08, ao invés da nomenclatura genérica de Analista

Judiciário, melhor sintetiza a essência das atribuições funcionais desses

cargos.

O PL nº 472/2020 restringe a denominação de Analista Judiciário

aos Analistas da área judiciária, ou seja, aos bacharéis em Direito, que terão

mobilidade entre as unidades judiciárias, ou seja, de apoio direto à prestação

(4)

jurisdicional, de 1º e 2º graus, com a possibilidade de lotação nas secretarias

judiciárias, gabinetes do Juízo e de Desembargadores e Juízes de Direito

Substitutos em 2º Grau, dentre outras.

O Projeto de Lei nº 472/2020 manteve o Analista Judiciário das

áreas de Assistência Social e Psicologia na mesma carreira dos Analistas

Judiciários da área judiciária, que comporão a carreira de Auxiliares da Justiça

de Nível Superior:

“Art. 1º. (...)

Art. 5º Auxiliares da Justiça de Nível Superior (AJS) – composta por cargos de

provimento efetivo de Analista Judiciário, Psicólogo Judiciário e Assistente Social Judiciário, destinados à área de apoio direto à prestação jurisdicional, com atribuições de elaboração e execução de atos processuais e laudos, cujo requisito de ingresso é a formação superior correlacionada com a especialidade e com habilitação legal, se for o caso;”

A adoção da nomenclatura dessa carreira de Auxiliares da Justiça

de Nível Superior melhor define o plexo de atribuições dos cargos que a

compõe. Na lição de Cândido Rangel Dinamarco:

“Reputam-se auxiliares da Justiça as pessoas a quem o sistema do processo atribui encargo de realizar os serviços complementares à jurisdição, sob a autoridade do juiz. Eles figuram como sujeitos secundários do processo, atuando na medida dos atos que por lei são legitimados a realizar. Na dicção do art. 149 do Código de Processo Civil, ‘são auxiliares da Justiça, além de outros cujas atribuições sema determinadas pelas normas de organização judiciária, o escrivão, o chefe de secretaria, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador, o intérprete, o tradutor, o mediador, o conciliador judicial, o partidor, o distribuidor, o contabilista e o regulador de avarias. Todos atuam sob a direção do juiz, a quem são subordinados – seja porque este é o diretor do processo e paira acima de todos os demais sujeitos processuais, seja pelo fato mesmo de serem afetos a atividades em si próprias complementares e, portanto, auxiliares. Existem auxiliares da Justiça com funções perante órgãos judiciários de todos os graus – desde as varas, onde os juízes exercem jurisdição inferior, até os Tribunais de superposição (STF e STJ), passando pelos tribunais das diversas Justiças.

(...)

Os auxiliares permanentes, que integram o quadro de funcionalismo, são sujeitos a regimes administrativos próprios, inclusive censura disciplinar pelos tribunais, segundo as regras e o disposto nos regimentos internos (Const., art. 96, inc. I, letras b e f)” (DINAMARCO, C. R. Instituições de direito processual civil. 8 ed. São Paulo: Malheiros, 2016. p. 852/853).

A segregação desses cargos da carreira de Auxiliares da Justiça

de Nível Superior permite o melhor planejamento de distribuição da força de

trabalho para a área da Infância e da Juventude, cuja prioridade deriva de

comando constitucional, enquanto os cargos de Analista Judiciário serão

destinados para as unidades de apoio direto à prestação jurisdicional de

ambos os graus, conforme dito, com distribuição desses cargos segundo o

volume de casos novos e demais critérios estabelecidos no Projeto de Lei nº

472/2020 e em atos normativos infralegais.

As atribuições básicas dos cargos de Assistente Social Judiciário

e Psicólogo Judiciário, por sua vez, estão dispostas nos artigos 9º e 10 do

Anexo II do Projeto de Lei nº 472/2020, sem alterações substanciais em relação

às atribuições dos respectivos cargos constantes do Anexo X da Lei Estadual

(5)

nº 16.748/2010:

“Art. 9º. Ao Psicólogo Judiciário incumbe:

I - elaborar e analisar laudos psicológicos, pareceres na área de psicologia, relatórios e outros documentos relacionados a processos administrativos e judiciais;

II - realizar avaliação psicológica, psicodiagnóstico, bem como perícias, em caso de designação e avaliação psicológica de candidatos à adoção;

III - aplicar e avaliar testes psicológicos;

IV - atender determinações judiciais relativas à prática da Psicologia.” “Art. 10. Ao Assistente Social Judiciário incumbe:

I - executar estudos, pesquisas, planos, programas e projetos na área de Serviço Social; II - elaborar e analisar laudos sociais, pareceres na área de assistência social, relatórios e outros documentos relacionados a processos judiciais;

III - atender determinações judiciais relativas à prática do Serviço Social.”

Importa observar que a redação constante do artigo 8º, inciso I,

da Lei Estadual nº 16.023/08, revogada tacitamente pelo Anexo X da Lei

Estadual nº 16.023/08, é por demais genérica, sem a divisão adequada das

atribuições de cada cargo que compunha a carreira de Analista Judiciário,

confira-se:

“I - Carreira de Analista Judiciário: atividades de planejamento,

organização, coordenação, supervisão técnica, assessoramento, estudo,

pesquisa, elaboração de certidões, pareceres, laudos ou informações e

execução de tarefas de maior grau de complexidade”.

A elaboração de pareceres e laudos, por exemplo, é restrita aos

cargos de Assistente Social Judiciário e Psicólogo Judiciário. Ocorre que a

referência genérica constante no artigo 8º, inciso I, da Lei Estadual nº

16.023/08 – similar ao texto do Quadro de servidores do Poder Judiciário da

União – prestou-se por falso fundamento para que os Analistas Judiciários

solicitassem equiparação remuneratória com os cargos de Consultor Jurídico

do Poder Judiciário, que detêm a competência privativa para expedição de

pareceres jurídicos.

Sem embargo da decisão do Conselho Nacional de Justiça no

Pedido de Providências n

o

0006315-78.2017.2.00.0000, que reconheceu a

ausência de correção desses cargos, da mesma maneira que excluiu a

pretensão de enquadramento dos cargos do atual Grupo Ocupacional Superior

(SUP), do Quadro de Pessoal do 1º Grau de Jurisdição, no Grupo Ocupacional

Superior de Apoio Especializado (SAE), o melhor delineamento das atribuições

desses cargos, pelo Projeto de Lei nº 472/2020, sem qualquer inovação em

relação ao núcleo essencial de suas atribuições funcionais, constitui-se em

importante instrumento de segurança jurídica, evitando dúvidas, situações de

desvios funcionais ou pretensões descabidas de reenquadramento, tanto na

via administrativa quanto judicial.

É a informação.

Curitiba, data gerada pelo sistema.

Vinícius Rodrigues Lopes

(6)

[1]

PASCHOAL, L. Administração de cargos e salários. Manual prático e novas

metodologias. 3. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2015. p. 23

Documento assinado eletronicamente por VINICIUS RODRIGUES LOPES, Diretor de Departamento, em 23/09/2020, às 12:33, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site

https://sei.tjpr.jus.br/validar informando o código verificador 5612359 e o código CRC 71733812.

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