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Uefa pulveriza ações em Madri para final

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Academic year: 2021

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Uefa amadureceu. Ao menos é isso que se percebe se for levado em con-sideração o que a entidade está proporcionando a milhares de turistas que invadiram Madri para a final da Champions League. A partida entre Tottenham e Liverpool será neste sábado (1°), no Estádio Wanda Metropolitano.

Criado em 2006 como uma forma de atender os torcedores sem ingressos para o jogo final e também os patrocinadores da competição, o Champions League Festival, espaço que concentra as ações fora do campo de jogo, pela primeira vez não está restrito a um único lugar, como acontecia desde sua primeira realização.

Num ponto mais central da Europa, numa cidade que respira futebol e com a expectativa de receber mais de 100 mil torcedores, a Uefa pulverizou as ações. Em 2016/2017 e 2017/2018, as cidades escolhidas para a decisão foram Cardiff (País

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

POR WAGNER GIANNELLA, DE MADRI*

Uefa pulveriza ações

em Madri para final

1

N Ú M E R O D O D I A EDIÇÃO 1257 - SEXTA-FEIRA, 31 / MAIO / 2019

de dólares (R$ 70 bi) geraram de receita os clubes das cinco maiores ligas europeias em 2018, afirma estudo da Deloitte

(2)

de Gales) e Kiev (Ucrânia). A Máquina do Esporte esteve presente nas duas e viu que a Uefa concentrou em praticamente um único local as ações para a final.

Na capital ucraniana, a única atração um pouco distante do festival era a "Ore-lhuda", réplica infável gigante da taça da Champions League. Mesmo assim, ela estava a cerca de 700m do local onde ocorriam as celebrações para os torcedores.

Para Madri este ano, a estratégia foi espalhar turistas por diversos pontos da capital espanhola. Na Plaza de la Puerta del Sol, a entidade montou o Champions Festival, com palco repleto de atrações musicais, além de uma galeria com uma ex-posição de itens históricos da competição. Ali também há uma pequena loja com produtos da final, como bolas, camisas, chaveiros e bonés, e ativações de metade dos patrocinadores (Heineken, a marca da PepsiCo Lay’s, MasterCard e Nissan).

É preciso andar um pouquinho para um lado, até a Plaza del Callao, para chegar a uma loja muito maior e com mais opções de produtos da final. E para o outro se encontra a outra metade dos patrocinadores. Na Plaza Mayor, estão as ativações de Gazprom, Hotels.com, Santander e Sony, além de um minicampo de futebol.

Por último, a Plaza de Oriente, onde fica o Palácio Real de Madri, a alguns quilô-metros dali, foi o local escolhido para a “Orelhuda” inflável. Além disso, por toda a cidade há cartazes e lembretes da final, com o logotipo da Uefa e os escudos de Tottenham e Liverpool fazendo parte da decoração da capital espanhola.

Se a nova estratégia está dando certo? É quase possível tropeçar em turistas em diversas partes da cidade. Eles estão empolgados. Felizes. Com mapas nas mãos. Essa parece ser uma resposta mais do que convincente para a pergunta.

* O repórter viaja a convite da Nissan

H E I N E K E N P E D E

M A I S T V A B E R TA

PA R A T O R N E I O

C O N T R A B R I G A S , E N T I D A D E

C R I A FA N Z O N E S D I S T I N T O S

Maior patrocinador da

Champi-ons League, a Heineken "pressionou"

a Uefa publicamente para aumentar

os jogos da competição exibidos em

TV aberta. Em entrevista ao

"Sport-Business", Hans Erik Tuijt, head de

patrocínios da cervejaria, disse que os

patrocinadores precisam ser "nutridos"

com mais jogos para todos no torneio.

A crítica do executivo não é

novi-dade. Em 2017 ele já havia dito que os

jogos em TV aberta asseguram que a

competição consiga manter-se popular

para todos os torcedores no mundo.

No Brasil, como a final será exibida

de graça só no Facebook, a marca fará

exibições públicas em alguns lugares.

A preocupação com a violência dos torcedores fez a

Uefa se precaver. A entidade criou dois pontos de

encon-tro em lugares distintos de Madri para evitar conflito de

torcedores de Tottenham e Liverpool antes do jogo.

Os londrinos se reunirão na Avenida Felipe II e

us-arão a linha 2 do metrô até o estádio. Já os torcedores de

Liverpool se reúnem na Plaza de Colon e, dali, vão até o

metrô para pegar a linha 5. Em 2013, torcedores de

Bay-ern e Borussia se enfrentarem antes da final em Londres.

(3)

O P I N I Ã O

Final dá força para a

Liga dos Campeões

N

o sábado (1), Liverpool e Tottenham entrarão em campo para disputar

a decisão da Liga dos Campeões. A final certamente confundiu

apos-tadores; era difícil de imaginar esse cenário no mais importante torneio

de futebol do mundo. Mas, para a competição, essa é uma vitória, com a quebra do

domínio de três times nos últimos anos. E desequilíbrio técnico é péssimo negócio.

Nas últimas dez finais da Liga dos Campeões, sempre esteve em campo um dos

três times que dominaram o futebol nesse período: Real Madrid, Barcelona ou Bayern

de Munique. Os dois times espanhóis levaram sete dessas dez disputas. Isso tornou a

competição uma competição de cartas quase marcadas, um pesadelo para o esporte.

A magia do futebol e de qualquer outra modalidade popular é a sensação de que

todos podem almejar o posto mais alto. Da maneira que estava, o caminho natural

era por um maior desinteresse de

torcedo-res que são chave para a popularidade do

torneio. Não é o fã do time de várzea, mas

aquele que acompanha as outras grandes

e médias equipes do continente europeu.

É o caso dos atuais finalistas.

Liverpool e Tottenham estão longe de

serem zebras na competição. O primeiro

foi vice-campeão na última temporada e

conta com um badalado trio de ataque. O

segundo vive um momento especial:

aca-bou de inaugurar aquela que é

provavel-mente a mais moderna arena de futebol do mundo. Não é por acaso. Segundo a

De-loitte Football Money League, os dois estão entre as dez equipes mais ricas do planeta.

E esse é um ponto importante: a Liga dos Campeões não pode ser um objeto

distante de, por exemplo, uma das maiores torcidas de Londres. O ideal, claro, é que

houvesse um sistema de distribuição que qualquer time de elite pudesse em algum

momento sonhar com o título, como fazem os americanos em suas principais ligas

esportivas. Mas já é um avanço se a luta ficar restrita a pelo menos uma dúzia de

agre-miações, e não uma constante briga contra três equipes que são dominantes.

A final surpreendente da Liga dos Campeões dá força ao torneio e também é um

golpe contra a esdrúxula ideia da Superliga, um torneio fechado de equipes europeias.

Provavelmente, Liverpool e Tottenham estariam dentro deste grupo, mas a própria

existência dele apenas reforçaria as diferenças econômicas do topo da elite do futebol.

Esporte conta histórias graças ao tom ‘aspiracional’; é o que faz os grandes

produ-tos serem especiais. A Liga dos Campeões não pode perder isso.

Torneio europeu conviveu com o

desequilíbrio nos últimos anos, o que

é um péssimo negócio para a Uefa

POR DUDA LOPES

(4)

Sem atratividade,

Red Bull decide

encerrar Air Race

A Visa anunciou um acordo de

patrocínio inédito com a Federação

Americana de Futebol (US Soccer).

Para ser patrocinadora dos times

americanos de futebol, a empresa

exige que pelo menos 50% da verba

do patrocínio seja direcionada para

as seleções de futebol feminino.

O acordo prevê que essa verba

seja usada para as seleções

femini-nas, desenvolvimento das categorias

de base e iniciativas de marketing.

"Queremos que a Visa nos

aju-de a cumprir nossa missão aju-de aju-

de-senolver jogadores de nível

mun-dial, treinadores e árbitros, além de

aumentar o engajamento dos

torce-dores", disse em nota Jay Berhalter,

diretor comercial da US Soccer.

V I S A F E C H A C O M

E U A E E X I G E Q U E

5 0 % D A V E R B A VÁ

PA R A M U L H E R E S

O DAZN anunciou um acordo

exclusivo para o território alemão que

vai levar para o streaming a

trans-missão das partidas da seleção local

na Copa do Mundo feminina, que

começa no próximo mês.

A empresa fechou um acordo de

sublicenciamento de direitos com a

agência SportA. Com o negócio, o

DAZN exibirá ao vivo 26 partidas da

competição, entre elas todos os jogos

da Alemanha e todas as partidas a

partir das quartas de final.

D A Z N C O M P R A

N A A L E M A N H A

O S D I R E I T O S

D O M U N D I A L

F E M I N I N O

POR REDAÇÃO

A Red Bull decidiu colocar fim a um projeto de ativação de marca que durava mais de 15 anos. Em um comunicado, a empresa de bebida energética anunciou que após este ano não será mais realizada a Red Bull Air Race, corrida de avi-ões em baixa altitude que acontecia em diversas cidades. O motivo alegado pela marca para o fim do evento é curioso.

"A Red Bull Air Race provia um entretenimento esportivo de alta qualidade, mas não atraía mais o interesse do público como outros eventos da Red Bull pelo mundo", diz a marca.

Ainda serão realizadas três etapas neste ano. Nos próximos dias 15 e 16 de junho em Kazan, na Rússia, nos dias 13 e 14 de julho em Lake Balaton, na Hungria, e a derradeira etapa em Chiba, no Japão, nos dias 7 e 8 de setembro.

Inicialmente, a temporada de 2019 seria composta de oito etapas. A empresa já havia deixado de fazer um evento na Europa antes da disputa agora em junho na Rússia. Além dis-so, desistiu de fazer mais três etapas após o Japão.

No comunicado, a marca agradeceu aos pilotos, times, par-ceiros comerciais, às cidades-sedes e a seus funcionários por terem "ajudado a proporcionar esses eventos memoráveis". Desde 2003, a Red Bull Air Race realizou mais de 90 cor-ridas de aviões, que reforçavam o conceito de "dar asas", que caracteriza as campanhas da Red Bull. O Brasil abrigou duas etapas, em 2007 e 2010, ambas no Rio de Janeiro. A primeira delas recebeu 1 milhão de pessoas. Já a segunda teve apenas a etapa de classificação devido ao mau tempo.

(5)

POR ERICH BETING

O

futebol brasileiro vai ganhar uma feira de negócios anual, que terá sua primeira edição entre os dias 4 e 8 de setembro próximos. A Brasil Fu-tebol Expo foi anunciada na noite de quarta-feira em São Paulo com um coquetel no Pro Magno Centro de Eventos fechado para convidados.

Organizado pela CBF, o encontro pretende reunir, num mesmo ambiente, di-versos segmentos da indústria e, ao mesmo tempo, estudantes interessados em ingressar no mercado. Num formato multidisciplinar, a BFE poderá realizar simulta-neamente dez seminários para 150 pessoas cada, além de uma feira de exposições para prestadores de serviços do mercado e para interessados em geral por futebol.

"A BFE será uma oportunidade excelente para nos aproximarmos e oferecermos ao público universitário a oportunidade de acesso irrestrito a conteúdo teórico e prático sobre os vários temas que envolvem a indústria do futebol. Entendemos que só através da educação é que evoluiremos para a melhoria do nosso esporte", afirma Walter Feldman, secretário-geral da CBF, que esteve no lançamento.

A expectativa é de que o evento atraia cerca de 45 mil visitantes ao longo dos cinco dias, entre profissionais do mercado, estudantes e fãs de futebol. Os organi-zadores do evento, atualmente, trabalham na procura de expositores, patrocina-dores e também no desenvolvimento da curadoria de conteúdo dos debates.

"A Brasil Futebol Expo é mais uma iniciativa da CBF que tem como missão ajudar a desenvolver o futebol brasileiro através da capacitação dos profissionais do meio e da aproximação de um novo público, ávido por colaborar com idéias inovadoras para o progresso da indústria", resume Gustavo Herbetta, diretor geral da BFE.

CBF cria feira para os

negócios do futebol

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Referências

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