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Ponto certo: supermercado

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Academic year: 2021

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TEXTO DE MARCELO CASAGRANDE

MAPA DA MINA

ESTRATÉGIA

uem vai aos supermercados já deve ter reparado: cada vez mais os estabelecimentos in-vestem em galerias de serviços. Tem de tudo um pouco, desde quios-ques de sorvetes a restaurantes, passan-do por farmácias, oficinas mecânicas e por aí vai... Foi a forma que supermerca-distas encontraram para compor receita e, também, para agradar consumidores exigentes – e com o tempo curto – que conseguem fazer várias coisas em um mesmo local. Todo mundo ganha: quem compra e quem está ali para vender.

As portas abertas para comércios den-tro dos supermercados dão as boas-vin-das às franquias. Não é de hoje que as re-des têm aproveitado esse nicho. O con-sultor e sócio diretor da Francap, André Friedheim, diz entre as vantagens de ins-talação de ponto em um mercado está na questão de custos operacionais que são mais baixos quando comparados aos de shopping centers. “Além disso, há mais segurança quando comparado ao comércio de rua, maior facilidade de es-tacionamento e aproveitamento do flu-xo de clientes que vão fazer compras no

supermercado”, enumera o especialis-ta. Friedheim afirma que é preciso, tam-bém, ficar atento a dois pontos impor-tantes, que podem ser considerados ne-gativos: “O fluxo de pessoas [nos super-mercados] é menor quando comparado ao de um shopping center. Vale destacar que ainda falta vocação dos supermerca-distas para divulgar as operações de va-rejistas estabelecidas no local”, alerta.

Um estudo realizado pela consulto-ria Francap confirma uma tendência da criação de galerias comerciais dentro dos supermercados. Isso se deve à busca por maior rentabilidade em função de mar-gens apertadas e aumento da concor-rência. Foi preciso se reinventar e buscar novas alternativas e a gestão profissio-nalizada desses espaços tem se mostra-do como uma das principais alavancas de resultados para o setor. “Os espaços pouco rentáveis nas áreas dos supermer-cados vem ganhando importância estra-tégica no crescimento das redes e trans-formando-se em verdadeiros centros de compras”, explica André Friedheim.

As mudanças no comportamento do consumidor e na forma de consumir acabaram com a “centralização” de lojas em shopping centers e de rua, quando o assunto é localização do ponto de venda. “Nesse cenário, as galerias comerciais surgem como espaços alternativos viá-veis para se estabelecer negócios varejis-tas ou de prestação de serviços”, opina.

SEGMENTO

Apesar do especialista afirmar que a

Diversas redes supermercadistas

viram em áreas, até então

ociosas do estabelecimento,

uma oportunidade de novos

negócios: criar galerias comerciais.

Uma opção viável para redes de

franquias que pretendem ampliar

o número de unidades.

Ponto certo:

supermercado

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pretende fechar 2015 com cerca de 250 lojas. Trata-se da Arranjos Express, fran-quia especializada em customização, ajustes e reparos de roupas. O modelo de negócio da empresa é adaptável a qual-quer tipo de locação, mas os supermer-cados passaram a fazer parte dos planos depois da assinatura de uma grande par-ceria. “O que nos motivou foi a parceria com o Grupo Pão de Açúcar, onde esta-mos com vários projetos de abertura de lojas. Além da parceria, a vantagem de aproveitar o fato de esses pontos serem uma grande conveniência, o que faz com que o cliente-alvo aproveite essa mesma conveniência para usufruir dos nossos serviços de grande qualidade”, revela o sócio fundador da rede, Paulo Alexandre.

O planejamento para a nova etapa da Arranjos Express seguiu o padrão usado em outros pontos comerciais. O super-mercadista tem a responsabilidade de proporcionar o melhor marketing para o supermercado, e dessa forma, atrair e conquistar o cliente para o local. “A pre-paração foi fácil por ser um projeto ino-vador, de grande qualidade e diferen-ciado, o que torna a contratação desses

segurança quando comparado

ao comércio de rua, maior

facilidade de estacionamento

e aproveitamento do fluxo

de clientes que vão fazer

compras no supermercado”

ANDRÉ FRIEDHEIM, DA FRANCAP

“O custo total não deve superar 15%

do faturamento mensal do negócio,

sob o risco de inviabilizar o projeto"

FERNANDO SOARES JÚNIOR, ADVOGADO

do compromisso com a rede detentora da marca, o empreendedor vai precisar assinar ainda um documento com o su-permercado. “É preciso tomar cuidado com o tempo de locação, já que ele nem sempre acompanha o prazo de contrato com a franqueadora. Muitos supermer-cados determinam períodos curtos de locação, depois disso corre-se o risco de ter que tirar a unidade do local”, explica Soares Júnior. Devido a isso, o advogado reforça a necessidade de uma boa nego-ciação. “Busque sempre um prazo deter-minado que permita a operação e o re-torno do investimento”, indica.

Outro ponto que requer cautela são os custos de ocupação. É aconselhável fazer a soma de três despesas mensais: o aluguel, a taxa do fundo de promoção e a taxa de condomínio. “O custo total não deve superar 15% do faturamento men-sal do negócio, sob o risco de inviabilizar o projeto", afirma Soares Júnior.

DIRETO DE PORTUGAL

A experiência foi adquirida em mais de dez anos de operação na Europa. E no Brasil, a rede está em plena expansão: aposta em uma operação em

supermer-cados é viável, é preciso saber em que investir. Na lista de boas escolhas estão quiosques e lojas de cafeterias, sorvete-rias, revistasorvete-rias, além de serviços como chaveiro, correspondente bancário e la-vanderia. “É preciso ficar atento às con-dições comerciais apresentadas. Outra variável importante é a concorrência ins-talada”, reforça o diretor da Francap.

DE OLHO NO CONTRATO

O advogado tributarista e empresa-rial, Fernando Soares Júnior, alerta para a questão da assinatura do contrato. Além

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espaços mais fácil. Nosso planejamento foi todo feito junto com nosso parceiro, e hoje pretendemos chegar a 10 lojas nos supermercados até o final deste ano”, conta Alexandre.

Em menos de um ano de parceria com os supermercados, a rede já tem quatro unidades em operação. Com es-te modelo de negócio foi possível atingir empreendedores que, por razões finan-ceiras, não conseguem investir em lojas de shopping, por exemplo. “O nível de vendas só se pode medir contabilizando as franquias abertas, pensamos chegar em 35 unidades no final do ano, os su-permercados valem uma média de 30%

MAPA DA MINA

ESTRATÉGIA

ARRANJOS EXPRESS

Data de fundação da empresa 2003

Área mínima da unidade 25 m2 Unidades próprias 1 Unidades franqueadas 18 Associado à ABF não informado

Faturamento anual da rede não informado

Investimento inicial Entre R$50 mil e R$66 mil

Número total de funcionários da rede não informado

Número de funcionários por loja 3 Prazo de contrato 5 anos Royalties 6% faturamento bruto Taxa de propaganda 2% faturamento bruto

Previsão de retorno do investimento a partir de 8 meses

Média de faturamento bruto por loja de R$25 mil à R$60 mil

Média de lucro mensal até 30% faturamento bruto Taxa de franquia R$40 mil Capital de giro R$10 a R$ 20 mil Site www.arranjosexpress.com.br

Contatos para interessados na franquia franquia@arranjosexpress.com.br ou (11) 3842 0211

OFICINA BRASIL

Data de fundação da empresa 2002

Área mínima da unidade a partir de 180 m² Unidades próprias 4 Unidades franqueadas 48 Associado à ABF não

Faturamento anual da rede R$60 milhões

Investimento inicial a partir de R$250 mil

Número total de funcionários da rede 1 mil

Número de funcionários por loja 17 Prazo de contrato 5 anos Royalties 5% Taxa de propaganda 1%

Previsão de retorno do investimento 3 anos

Média de faturamento bruto por loja R$95 mil

Média de lucro mensal 18% Taxa de franquia R$60 mil Capital de giro R$50 mil Site www.redeoficinabrasil.com.br

Contatos para interessados na franquia franquia@redeoficinabrasil.com.br ou (11) 4423 1000

RAIO-X DAS FRANQUIAS

“[...] Nosso

planejamento foi

todo feito junto

com nosso parceiro,

e hoje pretendemos

chegar a 10 lojas nos

supermercados até

o final deste ano”

PAULO ALEXANDRE,

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do total das franquias”, diz. Para abrir uma unidade da Arranjos Express, o in-vestimento inicial é de, no mínimo, R$50 mil, além de um capital de giro de cerca de R$20 mil.

DE LONGA DATA

A rede Rei do Mate opera em super-mercados desde o início no sistema de franchising, na década de 1990. Como o público-alvo da marca é variado, inde-pendentemente da faixa etária e do po-der aquisitivo, os supermercados são am-bientes compatíveis com a operação. “É mais um canal de vendas e normalmente as pessoas gostam de comer alguma coisa Data de fundação da empresa

1996

Área mínima da unidade 70 m² Unidades próprias não divulgado Unidades franqueadas 112 (no Brasil) Associado à ABF não informado

Faturamento anual da rede não informado

Investimento inicial a partir de R$210 mil

Número total de funcionários da rede não informado

Número de funcionários por loja 4 Prazo de contrato 10 anos Royalties 5% Taxa de propaganda 2%

Previsão de retorno do investimento 3 anos

Média de faturamento bruto por loja R$35 mil

Média de lucro mensal até 35% Taxa de franquia R$45 mil Capital de giro R$25 mil Site www.qualitylav.com.br Contatos ventura@afranquia.com.br ou (11) 5535 4110

Data de fundação da empresa 1978

Área mínima da unidade a partir de 15 m² Unidades próprias 334 Unidades franqueadas 2 Associado à ABF Sim

Faturamento anual da rede R$100 milhões

Investimento inicial entre R$200 mil e R$350 mil Número total de funcionários da rede não informado

Número de funcionários por loja 8

Prazo de contrato 5 anos

Royalties

4% do faturamento bruto da loja Taxa de propaganda

1% do faturamento bruto

Previsão de retorno do investimento 3 anos

Média de faturamento bruto por loja R$ 45 a R$ 80 mil

Média de lucro mensal até 20%

Taxa de franquia

entre R$ 20 mil e R$29,5 mil Capital de giro

entre R$15 mil e R$20 mil Site www.reidomate.com.br Contatos sp-expansao@reidomate.com.br ou (11) 3081 9335

“Há alguns anos

saiu uma pesquisa

comprovando que

quem faz compras

com fome come mais.

Desde então essa

informação só ajudou

a aumentar as vendas

dessas lojas”

ADRIANA LIMA,

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Aumento da oferta de produtos e serviços aos clientes com apelo de conveniência e comodidade

Aumento da frequência de visitação e fidelização dos clientes no estabelecimento

Melhor aproveitamento dos espaços internos, com maior rentabilidade por m2 quando

comparado às margens auferidas pelo setor

Maior capacidade de atração de público

Fonte adicional de geração de receitas

Possibilidade de cross selling (complementação) com determinadas operações das galerias de serviços dos supermercados

Para o consumidor, a possibilidade de solucionar todas as suas compras em um único local com comodidade e conveniência.

FONTE: ANDRÉ FRIEDHEIM, DA FRANCAP

antes de fazer as compras, principalmen-te, os que fazem apenas uma vez por mês, isto é, ficam muito tempo no mercado”, justifica a diretora de expansão e opera-ções da rede, Adriana Lima que comple-menta: “Há alguns anos saiu uma pesqui-sa comprovando que quem faz compras com fome come mais. Desde então essa informação só ajudou a aumentar as ven-das dessas lojas”.

Atualmente, 15% da rede é formada por lojas instaladas em supermercados, o que representa 17% do faturamento total. A taxa de franquia para novas uni-dades varia de R$20 mil a R$29,5 mil. As novas oportunidades para aberturas de unidades estão em cidades com popula-ção superior a 80 mil habitantes. Adriana explica que é preciso avaliar a quantida-de quantida-de clientes que se atenquantida-de (ou pretenquantida-de atender) por mês, além do custo de ocu-pação que está sendo cobrado. “Teremos que fazer nosso estudo de viabilidade a partir desses números, uma vez que o nosso sucesso está diretamente ligado ao sucesso do mercado”, conta a executiva.

COMODIDADE E SERVIÇOS

A rede de lavanderias Quality tem ho-je 112 unidades no País. Para se tornar um novo franqueado da marca é preci-so investir entre R$210 mil e R$250 mil, o que inclui o maquinário, as instalações e a taxa de franquia. Depois de identifi-car que as galerias de serviços poderiam ser promissoras, a rede expandiu no seg-mento: tem 15 unidades em supermer-cados. “O aluguel costuma ser bem mais barato, além disso, é mais fácil para o cliente levar a roupa do estacionamento para a lavanderia. Em shopping esta lo-gística é mais complicada. Geralmente, os supermercados são instalados den-tro do bairro, são lugares bem frequenta-dos”, justifica o gerente de expansão da Quality Lavanderia, José Ventura.

Para fidelizar o cliente que frequen-ta esses locais, Ventura diz que é preciso apostar em uma estratégia pautada pe-lo bom atendimento. “Além disso, bus-camos excelente qualidade nos serviços

e programas de fidelidade que acabam proporcionando uma relação pessoal com ele. Cliente satisfeito e feliz acaba indicando novos clientes para as empre-sas”, opina. A última inauguração da rede foi um ponto de coleta instalado em um supermercado em Maceió, Alagoas.

PARA O CARRO

A ideia de instalar um centro de servi-ços automotivos dentro de supermerca-dos surgiu a partir da constatação de que o número de pneus que o hipermercado vendia e que necessitavam de um servi-ço complementar, como a montagem, balanceamento e alinhamento era gran-de. Foi então que o foco da rede Oficina Brasil mudou, deixando de atender ape-nas o público que buscava reparação au-tomotiva. Hoje a marca conta com 48 unidades franqueadas, instaladas em 11 estados. São feitos, em média, cerca de 300 mil atendimentos ao ano.

O gerente de expansão da Oficina Brasil, Antonio Cesar Costa, diz que a parte mais difícil foi justamente o

con-MAPA DA MINA

ESTRATÉGIA

“O aluguel costuma

ser bem mais barato,

além disso, é mais

fácil para o cliente

levar a roupa do

estacionamento

para a lavanderia.

Em shopping esta

logística é mais

complicada [...]”

JOSÉ VENTURA,

DA QUALITY LAVANDERIA

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BONS MOTIVOS

PARA VOCÊ

INSTALAR UMA

FRANQUIA EM

SUPERMERCADO

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tato inicial com os hipermercados, que não estavam acostumados a esse tipo de atividade dentro dos estabelecimentos, sendo que a montagem dos pneus fica-va a cargo de lojas externas, sem controle de qualidade do serviço prestado e sem um estreitamento da parceria. “De ime-diato verificamos que quanto mais o hi-permercado vendesse, mais clientes nós teríamos em nossas lojas. A estratégia foi investir no ponto de venda, com mate-riais de marketing, promotores treinados a atender o cliente no tocante principal-mente a pneus e óleo”, revela Costa.

Inicialmente os clientes desses pontos de venda eram majoritariamente oriun-dos da classe C e D, atraíoriun-dos pelos preços baixos praticados regularmente pelos

hi-QUAL TIPO DE

FRANQUIA VAI BEM

EM SUPERMERCADO?

permercados. “Hoje, porém, o consumi-dor começou a perceber vantagens em uma oficina dentro dos hipermercados, como: segurança, facilidade de acesso, proximidade, horário de atendimento ampliado, garantias e mix de serviços va-riados”, afirma Costa que finaliza: “Outra mudança é o aumento cada vez maior do público feminino nas oficinas, fruto de maior independência das mulheres nos dias atuais”.

A expansão da rede hoje está voltada para as regiões Norte e Nordeste. Existe também um interesse nos estados do Paraná e de Santa Catarina. O investi-mento inicial para novas unidades é de cerca de R$250mil em um contrato com cinco anos de duração.

mais o hipermercado vendesse, mais

clientes nós teríamos em nossas

lojas. A estratégia foi investir no

ponto de venda, com materiais de

marketing, promotores treinados

a atender o cliente no tocante

principalmente a pneus e óleo”

ANTONIO CESAR COSTA, DA OFICINA BRASIL

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Referências

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