A incidência em Portugal da Política de Coesão da UE:
Balanço e perspetivas
Duarte Rodrigues
Coordenador adjunto do Observatório do QREN
ISCTE, 22 de março de 2013
Estrutura
• Política de Coesão: racionalidade e
sinopse histórica;
• Que resultados? Quantitativos e
qualitativos?
Política de Coesão: racionalidade e sinopse
histórica
A racionalidade da Política de Coesão
• Objectivo principal - promover um desenvolvimento
harmonioso do conjunto da União e, em especial,
contribuir para reduzir a disparidade entre os níveis de
desenvolvimento das diversas regiões e o atraso das
regiões mais desfavorecidas (Tratado);
• Permitir que todos as regiões beneficiem da integração
europeia;
• Alargamento do mercado interno;
• Concilia a solidariedade e a equidade na afectação
territorial de recursos com a competitividade e a
eficiência na sua utilização.
Sinopse histórica
• A promoção do desenvolvimento harmonioso, enquanto objectivo Comunitário,
remonta ao Tratado fundador - Tratado de Roma (1957);
• 1964 – Reconhecida pela CE a necessidade de uma solução Comunitária
coordenada para a correcção das disparidades regionais de desenvolvimento.
• 1958 – Entrada em vigor do FSE, já inscrito no Tratado de Roma;
• 1975 – Entrada em vigor do FEDER, cuja criação ficou associada ao primeiro
alargamento em 1973 (Irlanda, Dinamarca e Reino Unido) e ao objectivo da
União Económica e Monetária;
• 1993 – Entrada em vigor do Fundo de Coesão, criado no âmbito do Tratado da
UE;
• 1986 – Política de Coesão assume maior relevância como forma de auxiliar as
regiões menos desenvolvidas a ajustar-se aos choques resultantes da
integração de mercados, na sequência do Acto Único Europeu.
• 1988 - Adopção do primeiro regulamento dos Fundos estruturais sob o chapéu
da Política de Coesão, no âmbito do “pacote Delors I”.
1989 - 1993
• Integração dos Fundos
Estruturais
• Regras de administração
normalizadas
• Gestão descentralizada
• Aumento do orçamento dos
Fundos Estruturais até 14 mil
milhões de ECU por ano (cerca
de 20% do orçamento da UE)
1994 - 1999
• Simplificação de
procedimentos
• Novos instrumentos. Fundo
de Coesão e instrumento
das pescas
• Aumento do orçamento dos
Fundos Estruturais até 32
mil milhões de ECU/ano
(cerca de 30% do
2000 - 2006
• Concentração das regiões
abrangidas e eliminação
progressiva dos recursos
financeiros (Phasing-out)
• 3 Objectivos comuns
• Introdução dos instrumentos
estruturais de pré-adesão
para os candidatos (ISPA)
• Aumento do orçamento dos
Fundos Estruturais até 38 mil
milhões de €/ano (cerca de
33% do orçamento da UE)
2007 - 2013
• Abordagem mais estratégica –
Orientações estratégicas para a
Coesão;
• Focalizada na Agenda de Lisboa
Revista (e.g. earmarking);
• Mais relevante no orçamento da
UE (35,7%);
• Simplificação (e.g. menos
regulamentos; menos objectivos,
mono-fundo, proporcionalidade
em matéria de controlo, maior
flexibilidade nacional na
definição das elegibilidades);
• Descentralização – papel mais
relevante das regiões e agentes
locais;
Competitividade Objectivoregional e emprego
Regiões em Phasing-in, “naturalmente" acima de 75%
Objectivo convergência
Efeito estatístico Objectivo
Competitividade regional e emprego Objectivo convergência
Que resultados?
Saldos orçamentais por EM
(2007-2011)
BE BG CZ DK DE EE IE EL ES FR IT CY LV LT LU HU MT NL AT PL PT RO SI SK FI SE UK -200 0 200 400 0 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 60.000 "Oper ating budge tar y balance" per c a pit a , €, 2007-2011"Gross national income" (GNI) per capita, €, 2007-2011
"Com Rebates"
"Sem rebates"
Despesas do orçamento da UE em PT
Fonte: Dados da DG BUDGT trabalhados pelo Observatório do QREN 0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Despesas do orçamento da UE por rubrica em PT (2000-2011)
Administração e Compensações Acções Externas e Pré-adesão
outras Políticas para Competitiv. Programa-Quadro Ciência PAC e Pescas Desenv. Rural Política de Coesão M€
Despesas do orçamento da UE por rubrica e EM
Fonte: Dados da DG BUDGT trabalhados pelo Observatório do QREN
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% AT BE BG CY CZ DE DK EE EL ES FI FR HU IE IT LT LU LV MT NL PL PT RO SE SI SK UK
Despesas do orçamento da UE por rubrica e EM (média 2007 - 2011)
Administração e Compensações Acções Externas e Pré-adesão outras Políticas para Competitiv. Programa-Quadro Ciência PAC e Pescas Desenv. Rural Política de Coesão
14
Prioridades do orçamento da UE 2007-2013
Rúbricas
Coesão (1B)
vs.
Competitividade (1A)
Papel dos fundos comunitários
(evolução da execução)
15 Fonte: Sistema Monitorização QREN
Papel dos fundos comunitários
(execução regional do QREN - 2011)
16 Fonte: Sistema Monitorização QREN
930
1 005
1 303
134
266
2 507
845
2,5%
2,6%
3,2%
0,2%
0,6%
4,8%
1,5%
0
2 000
4 000
Norte
Centro
Alentejo
Lisboa
Algarve
R. A.
Açores
R. A.
Madeira
€/habitante
A relevância da Política de Coesão
no investimento
2,6% 39% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009P 2010P 2011Relevância do FEDER e FC na FBCF 2000-2011
% FBCF/PIB % FBCF S11/PIB % FBCF S13/PIB % FEDER empresas na FBCF S11 % FC e FEDER público na FBCF S13
A política de Coesão em Portugal
QCA I, QCA II, QCA III e QREN
QCA I 1989-1993 (Mio ECU pr.89) QCA II 1994-1999 (Mil ECU pr.94) QCA III 2000-2006 (Mil EURO pr.99) QREN 2007-2013 (Mil EURO pr.04) Total de investimentos 18.059 30.127 40.326 28.730 (*) Fundos Comunitários 6.958 16.970 23.834 21.412 FEDER 3.757 8.724 13.296 11.498 FSE 2.028 3.149 4.721 6.853 FEOGA-O / FEADER 1.173 1.894 2.283 3.574 IFOP / FEP 0 213 235 246 Fundo de Coesão 0 2.601 3.299 3.060 Contrapartida Nacional 11.101 13.157 16.492 7.318 (*) Contrapartida Pública 6.658 6.516 7.092 4.503 Contrapartida Privada 4.443 6.641 9.400 2.815
Fonte: QCA I, QCA II e QCA III (valores da primeira programação). (*) só QREN
…impactes macroeconómicos significativos
1989-2015 1989-2007 2008-2015 2016-2050 1989-2050
Desvios Percentuais médios entre valores com e sem QCA+QREN (Despesa Pública)
PIB a preços de mercado (pr.2000)
2,4 2,0 3,2 1,7 2,0PIB potencial (a preços de base, pr.2000)
3,6 3,5 3,8 1,4 2,4PIB per capita ppc
2,4 2,0 3,3 1,8 2,1VAB sector Transaccionável (pr.2000)
3,9 3,4 5,1 2,9 3,3VAB sector Não Transaccionável (pr.2000)
2,4 2,6 2,0 0,4 1,3Consumo Privado (pr.2000)
0,9 0,9 1,0 0,4 0,6FBCF (pr.2000)
9,0 10,4 5,6 -0,2 3,8da qual: Infraestruturas
56,0 67,2 29,5 1,8 25,4Investimento Produtivo
1,6 2,4 -0,4 -1,1 0,1Efeito multiplicador sobre o PIB (acumulado
em fim do período)*
* Quociente entre a soma dos valores atuais acumulados (de 1989 até ao fim do período) do PIB atribuível ao QCA+QREN e da despesa pública 0,78 0,64 0,78 1,28 1,28executada (QCA+QREN), a preços de 2000 (utilizando uma taxa de desconto de 3%).
Fonte: DPP (2011) Avaliação do impacto macroeconómico do quadro de referência estratégico nacional 2007-2013 (QREN)
O QREN no final de 2012…
• 12,2 mil M€ de fundos executados até Dez. 2012 (56,9%)
Que resultados?
Os resultados até ao QCA III…
Fonte: OECD and EUROSTAT
TAXA DE ESCOLARIZAÇÃO-SECUNDÁRIO ESPERANÇA MÉDIA DE VIDA
TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL
PORTUGAL 0 5 10 15 20 25 1980 1990 1995 2000 2001 2002 2003 REDE DE AUTO-ESTRADAS (KM) PORTUGAL 71 72 73 74 75 76 77 78 1980 1990 1995 2000 2001 2002 2003 PORTUGAL 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 15 25 35 45 55 65 1985 1990 1995 2000 PORTUGAL
... também ao nível da governação das
políticas públicas
• Melhoria do planeamento estratégico e das
competências de programação operacional;
• Experiência de governação multinível;
• Orçamento plurianual de investimento;
• Reforço dos mecanismos de monitorização e de
uma cultura de avaliação;
• Estímulo de aplicação do princípio da parceria;
• …
Competitividade e coesão - ISDR (2009)
Competitividade
Coesão
A organização do QREN
PO TemáticosFatores de
Competitiv. PotencialHumano
Valorização Territorial Potencial Humano Fatores de Competitiv. Valorização Territorial PO Region (Continent e)
6,4 mil M€
2,5 mil M€
FEDER: 1,2 mil M€ F.Coesão: 3,1 mil M€3,1 mil M€
AGENDAS Educação e Qualificação Crescimento Sustentado Coesão Social Valorização Urbana e Territorial Eficiência da Governação Prioridades Stratégicas FEDER: 3,1 mil M€ PO Region (Regiões Autón.)0,5 mil M€
FEDER 0,7 mil M€0,3 mil M€
As prioridades de PT na aplicação da PC:
evolução e comparação com UE
23,7% 23,1% 13,8% 11,1% 7,4% 4,0% 22,4% 21,2% 8,8% 12,2% 13,0% 2,1% 1,2% 17,4% 21,6% 13,5% 23,9% 5,5% 0% 10% 20%
Melhorar o Capital Humano Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (IDT ), Inovação e
Empreendedorismo Investimento em Infra-estruturas Sociais
Protecção do Ambiente e Prevenção de Riscos
Transportes
Reabilitação Urbana e Rural
QREN (Reprog. 2012) QREN (2007-2013) QCA III + FC (2000-2006)
23,7% 23,1% 13,8% 11,1% 7,4% 4,0% 7,6% 18,5% 4,9% 14,5% 22,2% 3,0% % 10% 20% Portugal EU27
Fonte: Sistema Monitorização QREN e COM, dados trabalhados pelo Observatório do QREN
Prioridades do QREN português no
contexto europeu
(temas prioritários do regulamento)
% de fundos do QREN por tema prioritário
segundo os grupos de Estados-Membros
5,9% 5,5% 10,4% 7,7% 4,8% 8,8% 23,7% 7,6% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35%
CONV EU2 CONV Most CONV
CO/CO(4) Most COMP
COMP Portugal EU27
Melhorar o Capital Humano
9,6% 16,4% 14,5% 24,4% 27,2% 30,0% 23,1% 18,5%
CONV EU2 CONV Most CONV
CO/CO(4) Most COMP
COMP Portugal EU27
IDT, Inovação e Empreendedorismo
Fonte: Sistema Monitorização QREN e COM, dados trabalhados pelo Observatório do QREN
Principais resultados
– Compromisso e execução por
agenda operacional temática e principais áreas de intervenção
(Dez. 2012)
Fatores de Competitividade Valorização Territorial
Compromisso Execução Compromisso Execução Compromisso Execução
Execução
Compromisso
20 mil M€ 92%
12 mil M€ 57%
Potencial Humano
Principais resultados
– Compromisso e execução por
agenda operacional temática e principais áreas de intervenção
(Dez. 2012)
10.687 bolseiros 2,2 milhões formandos noutras formações 382.791 adultos com competências certificadas 556.595 formandos dupla certificação 726 – 1º CEB 51 – 2º e 3º CEB 118 – escolas ensino secundário 6.912 empresas 8.136 empresas (92% PME) 8,2 M€ investimento 327 sociais; 135 saúde, 162 cultural; 350 desporto 4.322 km de coletores drenagem águas residuais 3.754 km estradas 123 km ferrovia Fatores de
Competitividade Valorização Territorial Potencial Humano 94.285 abrangidos 3.301 I&D projetos 3,7 milhões de pessoas em áreas urbanas com projetos de renovação urbana 1.133 ações coletivas Outros 1.632 lojas cidadão Outros Outros
Taxa de abandono escolar precoce
39 45 34 30 39 37 55 48 23 23 21 23 20 26 44 32 0 50Portugal Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve R. A. Açores R. A. Madeira % Meta 2020 (10%) 2005 2011 44 39 23 18 16 14 0 40 2000 01 02 03 04 05 06 07 08 09 2010 2011 % Portugal UE 27
Taxa de escolaridade (secundário e 3º CEB)
da população dos 25-64 anos
71
73
73
44
51
56*
27
32
35*
0
40
80
2000 01
02
03
04
05
06
07
08
09 2010 2011
%
* Quebra de série do Inquérito ao Emprego
UE 27 - Pelo
menos com o
secundário
Portugal
-Pelo menos
com o 3º CEB
Portugal
-Pelo menos
com o
secundário
Despesas em I&D (% do PIB)
0,7 0,6 0,6 1,0 0,4 0,2 0,4 0,2 1,6 1,4 1,3 2,5 0,8 0,5 0,8 0,3 0,0 2,7Portugal Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve R. A. Açores R. A. Madeira % Meta 2020 2003 2009 1,9 1,83 2,00 0,7 0,78 1,59 0 3 2000 01 02 03 04 05 06 07 08 09 2010 % UE 27 Portugal
Contributo para alteração do perfil de
especialização produtiva
0% 20% 40% Indústrias de alta e média-alta tecnologia Indústrias de baixa e média-baixa tecnologia Indústrias de rede e construção Setores característicos do turismo Serviços de mercadocom forte intensidade de conhecimento Serviços de mercado
com fraca intensidade de conhecimento
Setor primário FBCF
SI QREN
% dos setores na FBCF 2010 e nas aprovações QREN até junho 2012
Alimentação e bebidas Têxteis Vestuário Papel e pasta Química e farmacêutica Minerais não-Metálicos Produtos metálicos Máquinas e equipamentos Automóvel Mobiliário Informática Outros serviços às empresas 0 4 8 0 4 8 12 % fundo aprovado % Peso nas exportações líquidas de conteúdo importado (2008) % dos setores nas aprovações QREN
até 2011 e exportações líquidas de conteúdo importado (2008)
Desafios e perspetivas para 2014-2020
-3,2 15,7 -16 -12 -8 -4 0 4 8 12 16 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 2000 01 02 03 04 2005 06 07 08 09 2010 11 12 % %
Evolução do PIB (e contributos) e taxa de desemprego
consumo público Consumo privado Investimento Procura externa líquida PIB pm (variação anual) Taxa de desemprego (escala da direita)
A profunda alteração do contexto
Programação
QREN Implementação
Investimento como variável crítica da(s) crise(s)
36 Fonte: INE, Projeções da 5ª Avaliação e cálculos próprios
Efeito PPP: Alteração da forma de tratamento em contabilidade nacional de 4 PPP rodoviárias, que passaram a ser consideradas como investimento das Administrações Públicas (ver destaque INE de 23 abril 2011).
1,7% 3,4% 2,6% 27,0% 15,9% 16,4% 0% 10% 20% 30% 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
FBCF em % do PIB
"Efeito PPP" FBCF pública/PIB FBCF/PIB… a nível mundial (Público e Privado)
37 Fonte: OCDE, AMECO e cálculos próprios
-30 -20 -10 0 10 20 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
OCDE
% -30 -20 -10 0 10 20 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014Variação da % FBCF (pública e privada) no PIB:
Portugal
Privado Público
Público sem efeito PPP %
… o desafio do desemprego
38 Fonte: INE4,5
16,9%
5
10
15
20
4,5
4,8
5,1
5,4
4T
2002
4T
2003
4T
2004
4T
2005
4T
2006
4T
2007
4T
2008
4T
2009
4T
2010
4T
2011
4T
2012
%
milhões de pessoas
Programação 2014-2020
Negociação período 2014-2020
…num contexto europeu marcado…
• Agravamento da crise e forte pressão orçamental
• Reforço da Governação Económica da UE
• Identificação de desígnios estratégicos na UE 2020
• Elevação das críticas sobre valor acrescentado da PC
• Apelo crescente ao “Better Spending”
• Respostas: Maximizar Resultados, Assegurando Níveis Elevados de
Concentração e Pleno Cumprimento de Condicionalidades
Eligibilidade 2014-2020
3 categorias
de regiões
Regional GDP figures: 2006-07-08 GNI figures: 2007-08-09
© EuroGeographics Association for the administrative boundaries
< 75 % of EU average GDP/capita* *index EU27=100 75-90 % > 90 % Canarias Guyane Réunion Guadeloupe/ Martinique Madeira Açores Malta
Less developed regions
Transition regions
More developed regions
Envelope financeiro
Principais (re)orientações
• Alinhamento com EU 2020 e PNR
• Subordinação aos mecanismos de governação económica
(semestre europeu):
• condicionalidade macroeconómica;
• recomendações oriundas desse processo;
• Orientação para resultados:
• indicadores, reporte, monitorização e avaliação
• quadro de performance (metas e milestones) – 5% de reserva de
performance a nível nacional
• Concentração temática –
maximizar impactos
• Condicionalidades ex-ante –
assegurar condições prévias à eficácia
da política
Principais (re)orientações
Maior integração
• Quadro estratégico Comum (QEC) – integração entre fundos QEC e
com outros instrumentos e políticas comunitários
• Contrato de parceria, com reporte próprio
• PO multi-fundos e/ou multi-categorias (mas eixos em regra
mono-fundos e mono-categorias)
• Instrumentos que promovem abordagens mais integradas ou
orientadas para resultados:
• Integrated Territorial Investment, para desenvolvimento urbano (5% FEDER) ou
outras estratégias territoriais;
• Community Led local development – lógica LEADER;
• Joint Action Plan – contratualização com base em resultados
Principais (re)orientações
Abordagem territoria
l
• Quadro Estratégico Comum:
• principais desafios territoriais (urbano, rural, zonas costeiras, etc.);
• prioridades de cooperação;
• mecanismos de coordenação (entre fundos e entre políticas europeias);
• Acordo de Parceria e PO
• mecanismos de coordenação de financiamentos;
• abordagens integradas de mobilização dos fundos no desenvolvimento territorial;
• princípios para a utilização dos novos instrumentos (ITI e CLLD);
• abordagens territoriais de combate à pobreza e à exclusão.
• Regiões Ultraperiféricas
THE COMMON STRATEGIC FRAMEWORK
ERDF, ESF, CF, EAFRD, EMFF
THE COMMON STRATEGIC FRAMEWORK
ERDF, ESF, CF, EAFRD, EMFF
THE PARTNERSHIP CONTRACT
ERDF, ESF, CF, EAFRD, EMFF
THE PARTNERSHIP CONTRACT
ERDF, ESF, CF, EAFRD, EMFF
National or
regional level
National or
regional level
Operational Programmes
for ERDF
Operational Programmes
for ERDF
development
Rural
programmes
(EAFRD)
Rural
development
programmes
(EAFRD)
Operational Programmes
for ESF
Operational Programmes
for ESF
Operational Programmes
for CF
Operational Programmes
for CF
EU level
EU level
National level
National level
Multifund Operational
Programmes for ERDF, ESF, CF
Multifund Operational
Programmes for ERDF, ESF, CF
Operational
Programmes
for (EMFF)
Operational
Programmes
for (EMFF)
Fonte: CEInstrumentos de programação
Lógica de programação
Specific objectives corresponding
to investment priorities Actions
Thematic objectives
Disparities and development needs
National Reform Programme, national targets
THE PARTNERSHIP AGREEMENT
Key territorial challenges Objectives and targets of EU 2020
THE COMMON STRATEGIC FRAMEWORK
Result indicators Output indicators
EU 2020 headline targets,
GDP,
employment rate
OPERATIONAL PROGRAMME – INTERVENTION LOGIC
FEDER FSE FC Objetivos Temáticos
1. reforçar a investigação, o desenvolvimento tecnológico e a inovação
2. melhorar o acesso às tecnologias da informação e da comunicação, bem como a sua utilização e qualidade
3. reforçar a competitividade das pequenas e médias empresas e dos sectores agrícola (para o FEADER), das pescas e da aquicultura (para o FEAMP) 4. apoiar a transição para uma economia com baixas emissões de carbono em
todos os sectores
5. promover a adaptação às alterações climáticas e a prevenção e gestão de riscos 6. proteger o ambiente e promover a eficiência dos recursos
7. promover transportessustentáveis e eliminar os estrangulamentos nas principais redes de infra-estruturas
8. promover o emprego e apoiar a mobilidade laboral 9. promover a inclusão social e combater a pobreza
10. investir no ensino, nas competências e na aprendizagem ao longo da vida 11. reforçar a capacidade institucional e uma administração pública eficiente
Programação 2014-2020
Objetivos estratégicos para o AP
(nº2 RCM 98/2012)
a) Estímulo à produção de bens e serviços transacionáveis e à internacionalização da
economia
, assegurando o incremento das exportações e o seu contributo para o equilíbrio dabalança de transações correntes; à qualificação do perfil de especialização da economia
portuguesa, nomeadamente à sua reconversão estrutural através da dinamização da indústria e promovendo a ciência e a transferência dos seus resultados para o tecido produtivo;
b) Reforço do investimento na educação, incluindo a formação avançada, e na formação
profissional
e, nesse contexto, reforço de medidas e iniciativas dirigidas à empregabilidade,desenvolvimento do sistema de formação dual e de qualidade das jovens gerações, assegurando o cumprimento da escolaridade obrigatória até aos 18 anos e a manutenção da trajetória de redução dos níveis de abandono escolar precoce, bem como, as condições fundamentais para a ulterior integração no mercado de trabalho;
c) Reforço da integração das pessoas em risco de pobreza e do combate à exclusão
social
, assegurando a dinamização de medidas inovadoras de intervenção social e os apoios diretosaos grupos populacionais mais desfavorecidos, as políticas ativas de emprego e outros instrumentos de salvaguarda da coesão social, em todo o território nacional;
d) Prossecução de instrumentos de promoção da coesão e competitividade territoriais
,particularmente nas cidades e em zonas de baixa densidade e promoção do desenvolvimento
territorial de espaços regionais e sub -regionais, contribuindo para o desenvolvimento sustentável, nomeadamente numa ótica de eficiência de recursos;
e) Apoio ao programa da reforma do Estado
, assegurando que os fundos possam contribuir paraa racionalização, modernização e capacitação institucional da Administração Pública e para a reorganização dos modelos de provisão de bens e serviços públicos.
Princípios operacionais
(nº3 RCM 98/2012)
a) Princípio da racionalidade económica
— subordinação de qualquer decisão de apoio dosfundos à aferição rigorosa da sua mais -valia económica, social e ambiental;
b) Princípio da concentração
— concentrar o apoio dos fundos QEC num número limitado dedomínios temáticos por forma a maximizar o seu impacte nas dimensões económica, social, ambiental e territorial;
c) Princípios da disciplina financeira e da integração orçamental
— subordinação dasdecisões de apoio dos fundos no que respeita a projetos públicos à aferição do impacto presente e futuro nas contas públicas e à coerência entre a programação dos fundos comunitários e a
programação orçamental plurianual nacional e a integração plena dos fluxos financeiros comunitários no orçamento do Estado;
d) Princípios da segregação das funções de gestão e da prevenção de conflitos de
interesse
— subordinação do modelo de gestão dos fundos ao primado da separação rigorosa defunções de análise e decisão, pagamento, certificação e de auditoria e controlo;
e) Princípio da transparência e prestação de contas
— aplicação à gestão dos fundoscomunitários de boas práticas de informação pública dos apoios concedidos e da avaliação dos resultados obtidos.