do Mercado de Carbono
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do Mercado de Carbono
do Mercado de Carbono
Regulamentação dos Ativos Ambientais no BrasilFundos de Investimento e Instrumentos Financeiros no
• Analisamos a regulamentação aplicável aos fundos de Investimento constituídos no exterior e inseridos no mercado de carbono nosExterior
constituídos no exterior e inseridos no mercado de carbono nos seguintes países: • EUA • Inglaterra • França • França • Espanha • Não identificamos regulamentação específica aplicável aos fundos de investimento em Créditos de Carbono nestes países.• Aplicam‐se as regras gerais locais • Aplicam‐se as regras gerais locais.
• Fundos de Investimento:
• Multimercado – compra e venda de Créditos de Carbono e instrumentos a eles atrelados.
• FIP – investimento em empresas que desenvolvam o projetos de redução de emissão.
• FIDC NP – investimento em recebíveis lastreados em Créditos de • FIDC‐NP – investimento em recebíveis lastreados em Créditos de Carbono.
• FII – investimento imobiliários em projetos de redução de emissão.
Fundos de Investimento e Instrumentos Financeiros no
• Fundos de investimentos somente podem negociar com ativos em bolsa de valores de mercadoria e futuro ou registrados em sistema deBrasil
bolsa de valores, de mercadoria e futuro ou registrados em sistema de registro ou custódia. • O mesmo acontece com as entidades fechadas de previdência complementar. • Dada a inexistências destes ambientes, hoje, os fundos de investimento não podem negociar com certificados de Créditos de Carbono no país não podem negociar com certificados de Créditos de Carbono no país. • Fora este entrave operacional, não identificamos demanda no sentido de alteração da regulamentação aplicável aos fundos de investimento no Brasil para negociação com Créditos de Carbono.• Principais Instrumentos Financeiros de Negociação: • Operações de Swap com índice de Créditos de Carbono. • Debênture com remuneração acrescida de prêmio de participação com a alienação de RCEs. • Compra e Venda Futura de RCEs (ERPAs): • Operações privadas, sem padronização. • Preço pré‐ajustado para pagamento somente na emissão. • Menos usualmente, pagamento adiantado (financiamento do projeto).
Fundos de Investimento e Instrumentos Financeiros no
•Principais Instrumentos Financeiros de Negociação:Brasil
• Operações de securitização através de ERPAs e com participação de instituições financeiras (recebíveis como garantia). • Tendência: migração das grandes empresas do modelo de ERPA para venda spot.• Lei n. 12.187/09:
• Institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima – PNMC e dá outras providências.
• Prevê a criação do Mercado Brasileiro de Redução de Emissões – MBRE.
• Negociação de títulos mobiliários representativos de emissões de • Negociação de títulos mobiliários representativos de emissões de gases de efeito estufa evitadas certificadas.
Levantamento da Regulamentação no Brasil
• Projetos de Lei n. 493/07, 494/07, 594/07, 1.657/07: • RCEs podem ser negociadas através de bolsas de mercadorias e futuros, bolsas de valores ou entidades de balcão organizado autorizadas a funcionar pela CVM. • Constituição dos Fundos de Investimento em Projetos de MDL – FIMDL. • Compete à CVM, ouvida a Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima, disciplinar o funcionamento e administração do FIMDL. • Incentivos fiscais à negociação de RCEs por pessoas físicas e jurídicas.• Não há outra lei federal ou projetos de lei específicos sobre o assunto. • Aplica‐se a legislação/regulamentação geral em vigor.
Levantamento da Regulamentação no Brasil
• Entendimento da CVM: RCEs não são valores mobiliários para os fins da Lei n 6 385/76 da Lei n. 6.385/76. • Contudo, instrumentos sintéticos ou derivativos lastreados em RCEs podem ser considerados valores mobiliários. • Processos Administrativos CVM n. RJ 2009/6346 e n. Processo Administrativo CVM n. SP 2010/0107. • Consequência: • Distribuição pública de RCEs e regulamentação de mercado l i t à i t ã t i b j i di ã d CVM exclusivamente à vista não estariam sob a jurisdição da CVM. • Distribuição pública de instrumentos sintéticos ou derivativos lastreados em RCEs e regulamentação de mercado que negocie g ç q g estes ativos podem estar sob a jurisdição da CVM.• Fora a previsão de remessa de recursos do exterior na negociação com RCEs não identificamos pronunciamentos oficiais do BACEN acerca de RCEs, não identificamos pronunciamentos oficiais do BACEN acerca de seu eventual papel regulatório sobre um mercado de negociação pública de RCEs.
Tratamento Contábil e Tributário no Exterior
Países pesquisados• EUA ‐ Não é signatário do Protocolo de Quioto
• REINO UNIDO ‐ Signatário do Protocolo de Quioto (Anexo‐I) • AUSTRÁLIA ‐ Signatário do Protocolo deQuioto (Anexo‐I) • ÍNDIA Signatária do Protocolo de Quioto (Não Anexo I) • ÍNDIA ‐ Signatária do Protocolo de Quioto (Não Anexo‐I)
• IASB IFRIC 3 (cancelado em 2005): • IASB IFRIC 3 (cancelado em 2005):
• Orientar a aplicação de normas contábeis internacionais aos programas de redução de emissões no modelo cap and trade. • Não identificamos legislação tributária ou contábil específica sobre a negociação de créditos de carbono.
• Aplicam‐se as regras gerais em vigor em cada país. • Influência do IASB IFRIC 3, mesmo cancelado:
• Emission rigths devem ser contabilizados como ativos intangíveis Alocação sem custo deve ser contabilizada como concessão
governamental g
Tratamento Contábil e Tributário no Exterior
• Existem diversos incentivos fiscais e financeiros orientados para finalidades de preservação ambiental que desoneram e estimulam finalidades de preservação ambiental, que desoneram e estimulam projetos de redução de emissão de gases. • Incentivos fiscais específicos para a negociação de créditos de carbono são raros. • Exceção ‐ África do Sul: • Lei de 2009 isenta de impostos as importâncias recebidas na alienação de Créditos de Carbono por aquele que desenvolveu o projeto que os gerou.
• Assim como nos países estudados, a legislação brasileira não estabelece regras específicas relativas à tributação e/ou contabilização da geração regras específicas relativas à tributação e/ou contabilização da geração ou negociação de Créditos de Carbono.
• Aplicam‐se as normas gerais em vigor. • Dúvidas:
• Como devem ser registrados os Créditos de Carbono pelas • Como devem ser registrados os Créditos de Carbono pelas empresas que os geram?
• Qual o custo que lhes deve ser atribuído?
Tratamento Tributário e Contábil no Brasil
• Práticas identificadas: • Contabilização dos Créditos de Carbono emitidos em um das subcontas do ativo circulante ou realizável a longo prazo, conforme as intenções da empresa em aliená‐los. • O custo de aquisição pode corresponder:• “Valor justo” (Lei das S A ): valor dos Créditos de Carbono • Valor justo (Lei das S.A.): valor dos Créditos de Carbono em mercados líquidos de negociação.
• Custo médio por Crédito de Carbono (somatório dos custos diretos incorridos no projeto, dividido pelo total de Créditos de Carbono emitidos).
• Zero caso a empresa considere os custos incorridos no • Zero, caso a empresa considere os custos incorridos no projeto como despesas dedutíveis ou relativas à formação de um bem intangível (o projeto).
• Práticas identificadas:
• No caso de venda pré‐acordada (i.e. Emission Reduction Purchase Agreements–ERPAs), a empresa registra os Créditos de Carbono pelo valor da venda.
Tratamento Tributário e Contábil no Brasil
• Tributação: • IRPJ e CSLL – tributação dos ganhos no momento da alienação pela pessoa jurídica. • A mera aquisição originária (geração) dos Créditos de Carbono não é tributada até a sua alienação.• Ajustes contábeis para atualização do valor de mercado também • Ajustes contábeis para atualização do valor de mercado também não devem ser tributados.
• PIS e COFINS sobre a receita na alienação.
• Precedentes da SRFB: entendimento de que a alienação de Créditos de Carbono teria natureza de “prestação de
serviços” caso em que estariam desoneradas de PIS e COFINS serviços , caso em que estariam desoneradas de PIS e COFINS nas exportações.
• Natureza Jurídica: • Atestam que houve uma redução de emissão ou sequestro de gases do efeito estufa devidamente comprovados conforme as regras estabelecidas pela ONU. • Representam um direito de seu detentor: de utilizá‐los para o cumprimento parcial de suas metas de redução de gases impostas sob o Protocolo de Quioto
sob o Protocolo de Quioto. • Bens • Intangíveis (sem existência física) • Fungíveis (se destacam do projeto que os gerou) • Títulos (corporificam um direito literal e autônomo) • Circuláveis / Mobiliários (nascem para circular em massa) • Escriturais • Escriturais • Ativos Financeiros (finalidade de investimento financeiro e circulação de dinheiro)
Modelo de Regulamentação do Mercado de Créditos de
• Natureza Jurídica:Carbono
• São ativos financeiros, com natureza jurídica de títulos mobiliários impróprios de legitimação. • Lei n. 12.187/09: • “Art. 9° ‐ O Mercado Brasileiro de Redução de Emissões ‐ MBRE será operacionalizado em bolsas de mercadorias e MBRE será operacionalizado em bolsas de mercadorias e futuros, bolsas de valores e entidades de balcão organizado, autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários ‐ CVM, onde se dará a negociação de títulos mobiliários representativos de emissões de gases de efeito estufa evitadas certificadas.”• CVM:
• Não são valores mobiliários para os fins da Lei n. 6.385/76: • Processos Administrativos CVM n. RJ 2009/6346 e CVM n. SP 2010/0107.
Modelo de Regulamentação do Mercado de Créditos de
• Tratamento Contábil e Tributário:Carbono
• Devem ser registradas no ativo circulante ou realizável a longo prazo, de acordo com a intenção do detentor quanto à alienação, pelo valor justo. • A alienação deve ser tributada como ganho, nas alienações realizadas fora de bolsa, ou ganhos líquidos, naquelas realizadas em bolsa ou mercado de balcãoem bolsa ou mercado de balcão.
• Na geração das RCEs, essas devem ser registradas pelo valor equivalente aos custos imputáveis especificamente ao Projeto de MDL que as gerou.
• Proposta: • SRFB poderia se pronunciar formalmente (Instrução Normativa ou Portaria) sobre entendimento aplicável à tributação das operações envolvendo com Créditos de Carbono. • Órgãos responsáveis pela uniformização de normas contábeis do Brasil poderiam se pronunciar oficialmente sobre o tratamento contábil das operações envolvendo Créditos de Carbono
Modelo de Regulamentação do Mercado de Créditos de
• Proposta:Carbono
• Incentivos Fiscais: • Foco nas pessoas jurídicas que desenvolvem Projetos de MDL. • Exclusão da base de cálculo do IRPJ e CSLL dos resultados com a alienação de RCEs geradas em projeto da própria com a alienação de RCEs geradas em projeto da própria contribuinte.• Exclusão da base de cálculo do PIS e da COFINS das receitas a alienação de RCEs geradas em projeto da própria
contribuinte.
• Dedução adicional de valor correspondente aos dispêndios • Dedução adicional de valor correspondente aos dispêndios com o Projeto de MDL.
• Proposta: • Incentivos Fiscais: • Redução do IPI sobre os equipamentos destinados ao desenvolvimento de Projetos de MDL. • Depreciação acelerada do custo de equipamentos utilizados em Projetos de MDL em Projetos de MDL. • Possibilidade de implementação: • Alteração dos Projetos de Lei no Congresso. • Edição de Medida Provisória. • Quaisquer destas medidas devem esclarecer a natureza jurídica das RCEs, conforme apresentado anteriormente.