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Definir Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS); Definir e classificar a Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC);

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OBJETIVOS:

 Definir Infecção Relacionada à Assistência à Saúde

(IRAS);

 Definir e classificar a Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC);  Identificar os fatores predisponentes de ISC;

(3)

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2616, 12 de maio de 1998. DOU, 13 de maio de 1998.

 Infecção Hospitalar é aquela adquirida após a

admissão do paciente e que manifeste durante a internação ou após a alta, quando puder estar relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares (BRASIL, 1998).

(4)

Infecção Relacionada à Assistência à Saúde

(IRAS)

Condição localizada ou sistêmica, resultante de reação adversa à presença de agente infeccioso ou sua toxina, sendo causada por agentes infecciosos de fontes endógenas (por exemplo: presente na pele do paciente) ou exógenas (por exemplo: presente em equipamentos). Não pode haver evidências que a infecção está presente ou incubada no momento da admissão do paciente no serviço de saúde (HORAN; ANDRUS; DUDECK, 2008).

(5)

Infecção Relacionada à Assistência

à Saúde (IRAS)

 Infecção do Trato Urinário (ITU);

 Pneumonia Relacionada à Assistência à Saúde;  Infecção de Sítio Cirúrgico;

(6)

Infecção de Sítio Cirúrgico

(ISC)

É a infecção “relacionada a procedimentos cirúrgicos, com ou sem colocação de implantes, em pacientes internados e ambulatoriais, sendo classificada conforme os planos acometidos” (ANVISA, 2017 a).

(7)

Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC)

 É a terceira IRAS mais frequente;

 Incidência entre 14% e 16% de todas as

IRAS em pacientes hospitalizados;

 Estudos norte-americanos: acréscimo de 6,5 dias de

internação; custo adicional de mais de 3 mil dólares; pacientes apresentam cinco vezes mais chances de reinternação após alta hospitalar; 60% maior possibilidade de internação em UTI;maior risco/morte.

(8)
(9)

Microorganismo:  Quantidade de inóculo;  Virulência. Paciente:  Idade;  Obesidade/desnutrição;  Diabetes mellitus. Procedimento cirúrgico:  Tricotomia;  Técnica cirúrgica;  Drenos;  Duração da cirurgia;  Estresse cirúrgico;  Hipotermia;  Potencial de contaminação da ferida cirúrgica.

(10)

A ferida operatória pode ser dividida em quatro classes:  limpa;

 potencialmente contaminada;  contaminada;

 infectada.

Classificação de cirurgias segundo

potencial de contaminação

(11)

Cirurgias limpas:

 Ferida operatória com ausência de processo infeccioso ou inflamatório;

 Sem penetração nos tratos respiratório, digestório e geniturinário;

 Fechamento por primeira intenção.

Exemplos: safenectomia, revascularização do miocárdio.

(CDC, 2017)

Classificação de cirurgias segundo

potencial de contaminação

(12)

Cirurgias potencialmente contaminadas:

 Ferida operatória com penetração nos tratos respiratório, digestório ou geniturinário sob condições controladas e sem contaminação não usual;

 Especificamente cirurgias envolvendo o trato biliar, apêndice, vagina e orofaringe são classificadas nesta categoria, sem evidências de infecção ou grande quebra de técnica.

Exemplos: colecistectomia, apendicectomia, perineoplastia.

(CDC, 2017)

Classificação de cirurgias segundo

potencial de contaminação

(13)

Cirurgias contaminadas:

 Feridas aberta, fresca e acidental;

 Cirurgia com grande quebra na técnica estéril ou derramamento grosseiro do trato gastrointestinal e, incisões em que se encontra inflamação aguda não purulenta, incluindo tecido necrótico sem evidência de drenagem purulenta estão incluídas nesta categoria.

Exemplo: apendicectomia na presença de processo

inflamatório.

(CDC, 2017)

Classificação de cirurgias segundo

potencial de contaminação

(14)

Cirurgias infectadas:

 Inclui feridas traumáticas antigas com tecido desvitalizado retido e, aquelas que envolvem infecção clínica existente ou víscera perfurada.

Exemplos: apendicectomia supurada, debridamento de lesão

por pressão com tecido desvitalizado.

(CDC, 2017)

Classificação de cirurgias segundo

potencial de contaminação

(15)

Critérios para definição de ISC

ISC – incisional superficial

ISC – incisional profunda ISC – órgão/espaço

(16)

ISC – incisional superficial (IS): “ocorre nos primeiros 30 dias

após o procedimento cirúrgico (sendo o 1º dia a data do

procedimento), envolve apenas pele e tecido subcutâneo e apresenta pelo menos UM dos seguintes critérios:

 Drenagem purulenta da incisão superficial.

 Cultura positiva de secreção ou tecido da incisão superficial, obtido assepticamente.

 A incisão superficial é deliberadamente aberta pelo cirurgião na vigência de pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas: dor, aumento da sensibilidade, edema local, hiperemia ou calor, EXCETO se a cultura for negativa.

(17)

 Diagnóstico de infecção superficial pelo cirurgião ou outro médico assistente”.

(ANVISA, 2017a)

(18)

ISC – incisional profunda (IP): “ocorre nos primeiros 30 dias

após a cirurgia (sendo o 1º dia a data do procedimento), ou até

90 dias, se houver colocação de implantes, envolve tecidos moles profundos à incisão (ex.: fáscia e/ou músculos) e apresenta pelo menos UM dos seguintes critérios:

 Drenagem purulenta da incisão profunda, mas não originada de órgão/cavidade.

 Deiscência espontânea profunda ou incisão aberta pelo cirurgião e cultura positiva ou não realizada, quando o paciente apresentar pelo menos 1 dos seguintes sinais e sintomas: febre (T>38ºC), dor ou tumefação localizada.

(19)

 Abcesso ou outra evidência de infecção envolvendo tecidos profundos, detectado durante exame clínico, anatomopatológico ou de imagem.

 Diagnóstico de infecção incisional profunda feito pelo cirurgião ou outro médico assistente”.

(ANVISA, 2017a)

(20)

ISC – órgão/cavidade (OC): “ocorre nos primeiros 30 dias após a cirurgia, ou até 90 dias, se houver colocação de implantes, envolve qualquer órgão ou cavidade que tenha sido aberta ou manipulada durante a cirurgia e apresenta pelo menos UM dos seguintes critérios:

 Cultura positiva de secreção ou tecido do órgão/cavidade obtido assepticamente.

 Presença de abcesso ou outra evidência que a infecção envolve os planos profundos da ferida identificada em reoperação, exame clínico, anatomopatológico ou de imagem.

(21)

 Diagnóstico de infecção de órgão/cavidade pelo médico assistente”.

(ANVISA, 2017a)

(22)

Paciente Profissionais de saúde  Ambiente;  Materiais;  Equipamentos. Mecanismos de contaminação

(23)

Microrganismos relacionados à ISC

 Geralmente é causada por microrganismos colonizadores da pele e/ou mucosa do próprio paciente.

 Os cocos Gram-positivos são os mais comuns:

Staphylococcus aureus e o Staphylococcus coagulase

(24)

 O principal mecanismo de contaminação de ISC é a inoculação direta da microbiota do próprio paciente, principalmente da pele e do sítio manipulado;

 Outros mecanismos: equipe cirúrgica, material, equipamento e o ambiente;

 A ocorrência depende: capacidade de defesa do hospedeiro + quantidade do agente inoculado + virulência do microrganismo.

(25)
(26)

Pré-operatório

Procedimento Recomendação

Preparo do paciente

Sempre que possível, identificar e tratar as infecções a

distância antes de cirurgias eletivas; adiar o

procedimento até que a infecção seja resolvida;

Não remover os pelos, exceto quando estiverem ao redor da incisão e interferirem no ato cirúrgico;

Se for necessário realizar a tricotomia, fazê-la imediatamente antes da cirurgia, com o uso de aparelho elétrico (tricotomizador);

(27)

Pré-operatório

Procedimento Recomendação

Preparo do paciente

Banho pré-operatório no chuveiro com degermante na noite anterior ao procedimento ou na manhã da cirurgia;

Usar degermante apropriado para o preparo da pele (soluções alcoólicas à base de clorexidina ou PVPI).

(28)

Intraoperatório

Procedimento Recomendação

Controle da contaminação ambiental

Uso de sistema de ventilação adequado (ar condicionado centralizado);

Manter pressão positiva na sala de operação (SO) em relação ao corredor e às áreas adjacentes;

Manter as portas fechadas, exceto para passagem de equipamentos, pessoal e paciente;

Limitar o número de pessoas em SO somente ao necessário.

(29)

Intraoperatório

Procedimento Recomendação

Preparo da equipe

cirúrgica

Manter unhas curtas e não utilizar unhas artificiais;

Executar a escovação das mãos, antebraços e cotovelos por pelo menos 2 a 5 minutos, com degermante;

Não utilizar joias de mãos ou braço, como pulseira, braceletes, relógios e anéis;

(30)

Intraoperatório

Procedimento Recomendação

Vestimenta

Paramentação cirúrgica

Usar máscara cirúrgica que cubra totalmente a boca e o nariz quando entrar na SO, a partir do momento de exposição do primeiro material estéril. Usar a máscara durante todo o procedimento cirúrgico;

Todo o cabelo e barba devem ser cobertos ao entrar na SO; Não utilizar propés;

Calçar luvas cirúrgicas estéreis após a escovação das mãos; Usar aventais e campos cirúrgicos estéreis que promovam barreira efetiva, mesmo quando molhadas, isto é, materiais que resistam à penetração de líquidos;

Trocar a paramentação quando estiver visivelmente suja ou infiltrada com sangue ou outro fluido corpóreo potencialmente infectante.

(31)

Intraoperatório

Procedimento Recomendação

Técnica cirúrgica

Técnica asséptica na instalação de dispositivos intravasculares ou cateteres de anestesia epidural e raquidiana, ou quando preparar e administrar medicamentos endovenosos;

Montar equipamentos e soluções estéreis imediatamente antes de usar;

Manipular os tecidos delicadamente, manter hemostasia eficiente, diminuir os tecidos desvitalizados e corpos estranhos (por exemplo: suturas, uso de bisturis elétricos e restos necróticos) e eliminar espaço morto do sítio cirúrgico;

Se a drenagem for necessária, utilizar dreno com sistema fechado. Inserir o dreno por meio de uma incisão separada, diferente da incisão operatória, e removê-lo assim que possível.

(32)

Pós-operatório

Procedimento Recomendação

Incisão

Proteger a incisão primariamente fechada com curativo estéril por 24 a 48 horas;

Lavar as mãos antes e após a realização de curativo ou qualquer contato com a incisão cirúrgica;

Trocar o curativo com técnica asséptica;

Educar pacientes e familiares quanto aos cuidados com a incisão, na identificação e notificação de sinais e sintomas relacionados à infecção.

(33)
(34)

REFERÊNCIAS

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Critérios

Diagnósticos de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. 2 ed.

135p. 2017a.

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Medidas de

Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. 2 ed. 201p.

2017b.

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Surgical Site

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