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ITEM a ITEM TRIBUNAIS

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Academic year: 2021

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Texto

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Recife – PE

2017

Colaboradores

Maria Augusta Guimarães de Almeida Edvaldo Ferreira Emanuelle Gouveia Orman Ribeiro Shirley Gisele Rodrigo Rabello Felipe Menezes Ana Cláudia Campos

Elisabete Moreira Wilson Araújo

ITEM a ITEM

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Parte 9.

LEI 8.112/90

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1. A QUEM SE APLICA

Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais (Art. 1º, Lei 8.112/90).

E o que vem a ser regime jurídico? Fácil, é o conjunto de normas e princípios que rege a relação dos servidores para com a administração, dispondo sobre seus direitos e obrigações.

Por exemplo, no setor privado a norma que vem a reger as relações de trabalho é a CLT (consolidação das leis do trabalho). Já as pessoas que ingressarem, após apro-vação prévia em um concurso público, nos quadros da União, das autarquias e das fundações públicas federais passarão a ser chamados de servidores estatutário, já que serão regidos por uma lei própria, denominada estatuto, que no caso das entidades ora mencionadas, será a Lei 8.112/90.

Já os ocupantes de cargos estaduais, distritais e municipais serão regidos por leis próprias, promulgadas pelo respectivo ente federativo.

Para efeito de provas de concurso, cobra-se basicamente o texto da Lei 8.112/90. Então, para um bom resultado, é imprescindível a leitura exaustiva do estatuto do servidor federal. Sendo assim, nesta obra, vamos comentar os principais dispositivos da referida lei.

2. CARGO

PÚBLICO

Para os efeitos da Lei 8.112/90, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público.

Mas, o que vem a ser um cargo público?

O próprio estatuto nos responde, segundo o art. 3º da lei 8.112/90: “Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão”.

Podemos esquematizar da seguinte forma: Cargo público é:

a) conjunto de atribuições (conjunto de atividades) e responsabilidades;

b) acessíveis aos brasileiros e aos estrangeiros que preencham os requisitos esta-belecidos por lei (art. 37,I, CF).

c) deve ser criado por lei (art. 48, X, CF)

d) pode ser efetivo (ingresso mediante aprovação prévia em concurso) ou em comissão (ingresso mediante uma escolha de livre nomeação e exoneração).

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2.1. REQUISITOS PARA A INVESTIDURA EM UM CARGO PÚBLICO

Alguns requisitos são necessários para que se ingresse no serviço público, segundo a própria Constituição Federal de 1988, os cargos podem ser ocupados por brasileiros e estrangeiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, após uma prévia aprovação em concurso público.

Art. 37, I, CF: os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;

Entretanto, a jurisprudência dos tribunais superiores só veem aceitando restrições que sejam devidamente justificadas em virtude do cargo a ser exercido. Por exemplo, uma pessoa que é paraplégica não poderia ser impedida de fazer concurso para técnico de um Tribunal de Justiça, mas, já se aceitou a vedação do ingresso desta pessoa para o exercício de carreiras militares.

Segundo o art. 5º, Lei 8.112/90: São requisitos básicos para investidura em cargo público:

I – a nacionalidade brasileira; II – o gozo dos direitos políticos;

III – a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

IV – o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; V – a idade mínima de dezoito anos;

VI – aptidão física e mental.

§ 1º. As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em lei.

2.1.1. Concurso público

A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a comple-xidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração (art. 37, II da CF).

A exigência de prévia aprovação em um concurso público para que haja o ingresso em um cargo efetivo, decorre principalmente dos princípios da impessoalidade, mora-lidade e isonomia. Basta imaginar, se não existisse concurso público será que você conseguiria uma vaga, por exemplo, em um Tribunal Regional Federal?

Entretanto, a própria constituição faz a ressalva de alguns cargos que prescindem (não precisam) de prévia aprovação em um concurso público para que exista o ingresso. Por exemplo, os cargos em comissão, que servem para as funções de direção, chefia e assessoramento, são de livre nomeação e exoneração, ou seja, o ato de nomear

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depende de uma escolha da autoridade nomeante7 e não de prévia aprovação em um

concurso. O problema é que este tipo de cargo não garante nenhuma estabilidade a quem o ocupa, já que, a exoneração é ad nutum (pode ser feita a qualquer momento e sem necessidade de motivação).

Sendo assim, temos dois tipos de cargos:

a) Cargo efetivo – ingresso mediante prévia aprovação em um concurso público; b) Cargo em comissão – ingresso mediante escolha da autoridade nomeante.

3. DO

PROVIMENTO

Provimento é a forma de preenchimento de um cargo público. Podendo este ser originário ou derivado.

PROVIMENTO ORIGINÁRIO PROVIMENTO DERIVADO

• Nomeação • Readaptação • Reversão • Reintegração • Recondução • Aproveitamento • Promoção 3.1. NOMEAÇÃO

É a única forma de provimento originário, já que, o agente está travando a sua primeira relação com a carreira para a qual foi nomeado.

Sendo o momento da nomeação ato discricionário da administração, devendo ser feita dentro do prazo de validade do concurso.

Consoante o art. 12 da Lei 8.112/90: O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período.

Entretanto, a nomeação não faz com que a pessoa já vire servidor, pois, como a própria Lei 8.112/90 diz, o provimento só acontecerá com a assinatura do termo de posse.

7. Lembrando que a liberdade para nomeações em cargo em comissão e funções de confiança não é absoluta. Já que a nomeação de parentes para estes cargos (prática conhecida como nepotismo) ficou proibida de forma expressa pela súmula vinculante de número 13 do STF, a saber: “A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal”.

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3.1.1. Da posse

A investidura em cargo público ocorrerá com a posse. (art. 7º da Lei 8.112/90). Só havendo esta no caso de provimento originário, ou seja, por nomeação (art. 13, § 4º do estatuto).

E, para que haja a posse, que poderá acontecer pessoalmente ou por procuração específica, deve o servidor passar por prévia inspeção médica oficial, apresentar decla-ração de bens e valores que constituam seu patrimônio e fazer decladecla-ração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública.

Se a pessoa for nomeada mas não comparecer ao ato da posse, sua nomeação se torna sem efeito. Cuidado, neste caso a pessoa não será exonerada, até porque ela ainda nem virou servidora, só viraria se tivesse assinado o termo da posse.

3.1.2. Do exercício

Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da função de confiança (art. 15, Lei 8.112/90).

Em uma linguagem simples, entrar em exercício é literalmente começar a trabalhar. Entretanto, se a pessoa foi nomeada, assinou o termo de posse, mas não entrou em exercício, ela será exonerada.

3.1.3. Prazos

Quando uma pessoa é nomeada terá um prazo para assinar o termo de posse, devendo esta acontecer dentro de um prazo de 30 dias a contar da publicação da nomeação. Art. 13, § 1º, Lei 8.112/90: “A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de provimento.” (salvo algum impedimento como, por exemplo, se a pessoa estiver exercendo o serviço militar).

Após a assinatura do termo de posse começa a contar o prazo para o servidor entrar em exercício, devendo este acontecer dentro de um período de 15 dias conta-dos da data da posse. Art. 15, § 1º, Lei 8.112/90: “É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse”.

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3.1.4. Estágio probatório

A exigência de o servidor passar por ele período decorre do princípio da eficiência. Sendo o estágio probatório um teste com o ocupante do cargo efetivo para analisar se este desempenha bem ou não as suas funções.

Segundo o artigo 20 da Lei 8.112/90, durante este período serão analisadas aptidão e a capacidade do servidor, analisando os seguintes fatores: assiduidade, disciplina, capacidade de iniciativa, produtividade, responsabilidade.

O texto da Lei 8.112/90 fala que o período do estágio será de 24 meses, entretanto, a Constituição Federal passou por uma grande reforma no ano de 1998, passando a adotar um período de 3 anos para se adquirir a estabilidade, a saber:

Art. 41 da CF (após a EC 19/98): São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.

Com isto, uma grande discussão nasceu. Pois, passou-se a ter uma disparidade entre o texto constitucional e a letra da Lei 8.112/90.

Entretanto, hoje a controvérsia já se encontra superada. Os tribunais superiores e a doutrina amplamente majoritária passaram a adotar o prazo de 3 anos para o estágio probatório sob o fundamento de que este tem de ser exatamente o mesmo prazo para se adquirir a estabilidade.

Em resumo, para provas de concurso se perguntar o prazo do estágio probatório e o prazo para se adquirir a estabilidade, responda 3 anos8.

3.2. READAPTAÇÃO

A readaptação ocorre em virtude de uma limitação física ou mental sofrida pelo servidor e que acabe por o impossibilitar de exercer as suas atuais funções.

De acordo com o art. 24, Lei 8.112/90: Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.

§ 1º. Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado. § 2º. A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.

8. Cuidado com provas que pedem a literalidade da lei, pois segundo a lei 8.112/90, em seu artigo 20 diz: “Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores”. Então, se a prova pedir em uma questão o prazo do probatório segundo a lei 8.112/90, estará pedindo o texto do estatuto, então, deve-se marcar o prazo de 24 meses.

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Então, quando ocorrer esta restrição de capacidade, deverá a administração readaptá-lo para um cargo compatível com suas limitações, garantindo ao servidor:

a) equivalência de vencimentos; b) cargo de atribuições afins;

c) cargo com o mesmo nível de escolaridade;

d) não existindo vaga, deverá exercer suas funções como excedente;

e) não havendo um cargo compatível com a sua limitação será aposentado por invalidez.

3.3. REVERSÃO

É o retorno ao serviço público de um servidor já havia se aposentado, por invalidez ou de forma voluntária.

Art. 25, do estatuto: Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado: I – por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou

II – no interesse da administração, desde que: a) tenha solicitado a reversão;

b) a aposentadoria tenha sido voluntária; c) estável quando na atividade;

d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação; e) haja cargo vago.

Podendo a reversão ser esquematizada na seguinte tabela:

REVERSÃO DO APOSENTADO POR

INVALIDEZ REVERSÃO DO APOSENTADO DE FORMA VOLUNTÁRIA

Retorno vinculado

(acontece independentemente do interesse da administração)

Retorno discricionário

(acontece a depender do interesse da administração)

Requisito para o retorno: a) junta médica oficial declarar

insubsistentes os motivos da aposentadoria

Requisito para o retorno:

a) servidor tenha solicitado a reversão; b) a aposentadoria tenha sido voluntária; c) servidor estável quando na atividade; d) a aposentadoria tenha ocorrido nos

cinco anos anteriores à solicitação; e) haja cargo vago.

No caso do servidor que se aposentou de forma voluntária, a reversão dele fica a depender da existência de vaga. Já no caso da reversão daquele em que não mais

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existem motivos para continuar aposentado por invalidez, como o retorno deste é vinculado, mesmo não existindo vaga ele retornará ao serviço público na qualidade de excedente até a ocorrência de uma vaga. (art. 25, § 3º, Lei 8.112/90).

Segundo o estatuto dos servidores federais, Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 (setenta) anos de idade. (art. 27 do estatuto). Entretanto, a Constituição federal sofreu uma alteração pela emenda constitucional 88 de 2015, passando a prever em seu artigo 40, II, que os servidores serão aposentados: “compul-soriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar”. Lei complementar esta que já está em vigência, a saber:

LC 152/2015: Art. 2º – Serão aposentados compulsoriamente, com proventos pro-porcionais ao tempo de contribuição, aos 75 (setenta e cinco) anos de idade:

I – os servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações;

II – os membros do Poder Judiciário; III – os membros do Ministério Público; IV – os membros das Defensorias Públicas;

V – os membros dos Tribunais e dos Conselhos de Contas.

3.4. REINTEGRAÇÃO

No caso de um servidor vir a ser demitido e, posteriormente por uma revisão administrativa ou judicial, esta venha a ser anulada em virtude de alguma ilegalidade, o servidor, injustamente demitido, terá o direito de reingressar no serviço público com o ressarcimento de tudo que deixou de ganhar em virtude do ato irregular.

Art. 28, Lei 8.112/90: A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando inva-lidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

§ 1º. Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, observado o disposto nos arts. 30 e 31.

§ 2º. Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.

Se, o cargo do servidor reintegrado estiver ocupado, o eventual ocupante, será reconduzido ao cargo de origem sem direito a indenização. Por exemplo: Maria, ocu-pante do cargo x, foi demitida e seu cargo passou a ser ocupado por José. Entretanto, se Maria for reintegrada, José deixará o cargo X e retornará ao seu cargo de origem.

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3.5. RECONDUÇÃO

Segundo o estatuto, em seu artigo 29, “recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:

a) inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo; b) reintegração do anterior ocupante”.

Se o cargo de origem estiver provido o servidor será aproveitado em outro cargo e não existindo um cargo que possa aproveitar o servidor, este, será posto em dispo-nibilidade. (art. 31, parágrafo único, da Lei 8.112/90).

Segundo o Supremo Tribunal federal9, se o cargo for extinto e o servidor ainda não

for estável, não terá como este ser reconduzido, já que não possui um cargo anterior para retornar.

3.6. APROVEITAMENTO

É o retorno ao serviço público do servidor que se encontrava em disponibilidade. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante apro-veitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado. (art. 30, Lei 8.112/90)

Observe, que a própria lei diz que a disponibilidade deve acontecer em um cargo compatível com o anterior. Exemplo, um servidor exercia um cargo de nível superior, mas este cargo veio a ser extinto, ficando, desta forma, o servidor em disponibilidade, não poderia, neste caso, o servidor ser aproveitado em um cargo de nível médio, só podendo existir o aproveitamento em um cargo de nível superior.

E, será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo doença comprovada por junta médica oficial. (art. 32, Lei 8.112/90)

3.7. PROMOÇÃO

É uma forma de provimento derivado, já que só poderá ser promovido quem já possuir um cargo efetivo. Não se trata de mudança de cargo, mas apenas de nível.

4. DA

VACÂNCIA

Diametralmente oposto ao instituto do provimento, forma de preenchimento do cargo público, surge a vacância, trazendo formas do cargo público ficar vago.

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A Lei 8.112/90, no art. 33, já faz uma lista das formas de vacância, sendo elas: I – exoneração;

II – demissão; III – promoção;

IV – (Revogado pela Lei 9.527/97) V – (Revogado pela Lei 9.527/97) VI – readaptação;

VII – aposentadoria;

VIII – posse em outro cargo inacomodável; IX – falecimento.

No caso da exoneração de um cargo efetivo, esta poderá acontecer a pedido do servidor ou de ofício, ou seja, por um ato da administração, quando o servidor for inabilitado no estágio probatório ou quando não entrar em exercício no prazo legal (art. 34, Lei 8.112/90).

Sendo a demissão a única forma de vacância punitiva. Este instituto será mais bem explicado na parte do regime disciplinar.

5. DA

REMOÇÃO

Não é nem uma forma de provimento e nem de vacância, sendo simplesmente o deslocamento do servidor para uma nova lotação.

Art. 36, Lei 8.112/90, Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

A remoção de ofício ocorre no interesse da administração, devendo o servidor acatar a ordem, salvo se comprovar que ocorreu algum tipo de desvio de finalidade. Por exemplo, se realmente a remoção está ocorrendo por alguma razão de interesse público, ao servidor resta apenas acatar a ordem. Entretanto, se o servidor consegue comprovar que a remoção está ocorrendo por alguma perseguição de seu chefe, poderá contestar o ato de deslocamento com base no desvio de finalidade.

Permitindo-se ao servidor pedir a sua remoção, só que a implementação desta vai depender do interesse da administração, sendo um ato, como regra, puramente discricionário.

Só de forma excepcional, o servidor pedirá a sua remoção e a administração será obrigada a acatar independentemente de seu interesse. A saber:

Art. 36, III, Lei 8.112/90: remoção a pedido, para outra localidade, independente-mente do interesse da Administração:

a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração;

Referências

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