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ELEIÇÕES EUROPEIAS Eurobarómetro Parlamento Europeu (EB Standard 70) Outono de 2008 Análises

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Direcção-Geral da Comunicação Direcção C – Relações com os cidadãos Unidade “Sondagens de Opinião”

Estrasburgo, 12 de Dezembro de 2008

ELEIÇÕES EUROPEIAS 2009

Eurobarómetro Parlamento Europeu (EB Standard 70) – Outono de 2008 Análises

Os resultados deste segundo EB/PE dedicado especificamente às eleições europeias de 2009 deverão ser lidos tendo em mente que o inquérito foi conduzido por altura da crise económica e financeira, nos meses de Outubro e Novembro de 2008 1

É dado destaque a várias tendências:

Temas de campanha: as preocupações de natureza económica e social já surgem

como sendo o principal motivo de apreensão desde o inquérito anterior, realizado na Primavera de 2008, e registam um forte aumento.

Nível de conhecimento das eleições: o conhecimento da data das eleições revela

um claro aumento. No auge da crise, o interesse pelas eleições europeias decaiu ligeiramente tal como a probabilidade de votar.2

A UE e as expectativas dos cidadãos europeus:

 No que se refere às políticas que o PE deverá defender em primeiro lugar, observamos um conjunto de preocupações relacionadas com a segurança (PESC, saúde e protecção dos consumidores, alterações climáticas).

 No que se refere a valores, a ideia de solidariedade prevalece sobre todas as outras.

Laços que unem os europeus:

 O euro é visto como o elemento mais importante da identidade europeia.

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 Um sistema de protecção social unificado entre Estados-Membros seria o factor que mais contribuiria para reforçar o sentido de cidadania europeia.

Para uma análise circunstanciada de cada pergunta (no que toca a cada país e variáveis sociodemográficas), o leitor deverá consultar o texto sobre os primeiros resultados e também a apresentação em Power Point.

I. Temas da campanha

Os três conjuntos de temas registados desde o ultimo EB mantêm-se; contudo, registam-se algumas diferenças assinaláveis, igualmente relacionadas com a situação económica e financeira:

a) Um conjunto de preocupações de natureza económica relacionadas com

situações individuais, mais de 40%:

Verifica-se um aumento considerável nos três temas principais: crescimento económico (51%, +6), desemprego (49%, +2), inflação e poder de compra (47%, +6). Por outro lado, os temas relacionados com as perspectivas a longo prazo não estão no centro das preocupações actuais: o apoio a um modelo social europeu reúne apenas 13% (+1) e o futuro das pensões 33% (+1).

As preocupações centrais estão relacionadas com áreas relativamente às quais a UE não tem competências próprias.

b) Preocupações relacionadas com a segurança mundial comum, entre 28% e

33%:

A tendência relativa às preocupações colectivas decaiu consideravelmente: insegurança (33%, -4), a luta contra as alterações climáticas (29%, -4), imigração (29%, -3) e terrorismo (28%, -7).

c) Certas políticas da UE e Instituições, entre 13% e 20%.

O euro e a agricultura (17%,=), o papel da UE no cenário internacional (17%+2), os poderes institucionais e também a identidade e valores, situando-se cada um nos 13% (+1).

No que se refere a cada um destes temas, verificam-se diferenças nacionais significativas e grandes variações sociodemográficas claras (ver texto sobre "os primeiros resultados").

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II. Conhecimento da data das eleições

Uma vez interpelados sobre a data das eleições, os inquiridos responderam a

perguntas sobre o seu grau de interesse e a probabilidade de participação nas eleições.

a) Um maior conhecimento da data das eleições

Há um ano atrás, apenas 9% dos europeus referiram o ano de 2009 (EB 68). Actualmente, este valor é de 26%. Há seis meses atrás (EB 69), 4% dos inquiridos tinham noção do mês das eleições; hoje, o valor é 8%.

O número de inquiridos que desconhece (NS) está a diminuir: este número situa-se actualmente nos 67%, enquanto no EB 68 e 69 era de 75%.

No que diz respeito às diferenças entre países, consulte-se a página "Os primeiros resultados "

 Critérios sociodemográficos:

Observa-se um melhor conhecimento da data de eleições por parte dos homens em comparação com as mulheres. Isto aplica-se também à resposta "Junho de 2009". Entre os inquiridos com idades compreendidas entre os 17 e 24 anos, o nível de respostas NS aumenta para 72%. Além do mais, nesta faixa etária regista-se um número muito mais elevado de respostas erradas a esta pergunta em comparação com qualquer outro grupo etário.

 Escala esquerda/direita:

Os inquiridos de direita têm um melhor conhecimento da data das eleições em comparação com os de esquerda.

 Principais líderes de opinião3 :

15% respondem “Junho de 2009” em comparação com uma média da UE de 8%; 42% respondem “2009” contra 26%, e 49% respondem NS, em comparação com 67%.

b) Interesse ainda limitado

 54% dos inquiridos declaram "não estar interessados", em comparação com 51% no EB69.

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c) Maior incentivo à mobilização

O número de cidadãos que afirma que provavelmente irá votar é menor do que há seis meses (EB69).

Numa escala de 1-10, o número de cidadãos, em valor percentual, que muito provavelmente irá votar (nível 9 e 10) é de 34%, contra 37% (EB69).

Na mesma escala, o número de cidadãos, em valor percentual, que afirma que provavelmente não irá votar é essencialmente o mesmo (15%, +1).

De facto, estes dois valores são a pedra angular determinante daqueles que, em princípio, deverão votar e daqueles que não deverão votar.

A intenção de voto e o nível de afluência não deverão ser confundidos

Não se pode, de maneira alguma, com base nestes dados, inferir que o valor

percentual - 34% - corresponde a qualquer nível de afluência às urnas. Na realidade, a oito meses das eleições, estamos no plano da opinião (a resposta a uma pergunta num contexto distanciado das eleições) enquanto que, durante o tempo de eleições,

estamos no plano da acção (a própria votação).

III. A UE e as expectativas dos cidadãos

a) Prioridades a promover pelo PE

Necessidade de protecção: os europeus dão prioridade a uma PESC que permita

à UE fazer face à crise internacional (36%), à melhoria da protecção do consumidor e da saúde pública (33%) e ao combate às alterações climáticas (31%).

Paradoxalmente, a coordenação das políticas económica, orçamental e fiscal só

vem em sétimo lugar, com 26%, embora as preocupações económicas dominem os temas da campanha. Mais uma vez, as preocupações individuais ganham mais importância para os cidadãos dos que os meios colectivos susceptíveis de responder a uma crise.

b) Valores a defender pelo PE

A hierarquia de valores mantém-se a mesma, excepto durante a crise, altura em que a solidariedade ultrapassou a igualdade: "Solidariedade entre os Estados-Membros" (36%, =) situa-se à frente da "igualdade entre homens e mulheres" (36%, =), que se situa antes da "protecção dos direitos humanos no mundo" (53%, -5).

A descida em pontos percentuais não é comparável. Na realidade, os inquiridos podiam dar três respostas: desde o EB70 passaram a ser mais selectivos nas suas escolhas, concentrando-se em valores que avaliavam como sendo os mais importantes.

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c) Objectivos presentes e futuros da construção da Europa

Para os europeus, ainda neste contexto de crise financeira, o principal objectivo

da construção da Europa é actualmente o desenvolvimento da economia e o crescimento europeu (23%), à frente da melhoria dos níveis de vida de todos os cidadãos europeus da UE (18%) e da manutenção da paz e estabilidade (16%).

Por outro lado, quando interpelados sobre qual deverá ser o principal objectivo

da construção da Europa, 23% responderam a melhoria dos níveis de vida de todos os cidadãos da UE, à frente do desenvolvimento económico e do crescimento europeu (17%) e também da manutenção da paz e da estabilidade (17%).

Os europeus prefeririam que a construção da Europa se concentrasse mais na melhoria dos níveis de vida do que no desenvolvimento da economia e no crescimento, cujos efeitos são menos concretos para os cidadãos.

IV. Laços que unem os cidadãos

Na altura do debate sobre os objectivos da construção da Europa, é importante analisar o que une os europeus e as razões que encontram para se manterem juntos.

a) Elementosrelativos à construção da identidade europeia

Para 40%, o euro é o elemento mais importante da identidade europeia. Ultrapassa os valores democráticos (37%) e a História (24%).

Devido ao papel estabilizador do euro, principalmente como um “amortecedor” do choque durante a crise, será hoje mais bem aceite pelos europeus do que no passado?

b) Elementos relativos ao sentido de cidadania europeia.

Os inquiridos foram interpelados sobre os elementos que, na sua opinião, reforçavam o sentido de cidadania europeia.

39% responderam um sistema de previdência social europeu harmonizado entre Estados-Membros, 24% um serviço de acção comunitário destinado a combater as catástrofes naturais e 20% referiram um Presidente da UE directamente eleito pelos cidadãos. Podemos, pois, considerar dois temas relacionados com a solidariedade e segurança.

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idade de frequência da escola primária, em oposição a 18% de inquiridos com mais idade.

V. O estado actual da construção da Europa

A oito meses das eleições, foi igualmente interessante inquirir os europeus sobre a sua percepção do estado actual da construção da Europa e a sua opinião sobre o assunto.

a) O grau de percepção

Os europeus consideram que:

 A UE cresceu demasiado depressa (56% concordam; 32% discordam)

 O que une os cidadãos de vários países é mais importante do que o que os separa (72% concorda, 17% discorda)

 Actualmente, a UE carece de ideias e projectos (42% concordam; 38% discordam)

 A UE é indispensável na resolução dos desafios mundiais: alterações climáticas, terrorismo, etc. (73% concordam, 16% discordam)

Ao ler estes resultados, é óbvio que a construção da Europa não é posta em questão; no entanto, há que a dotar de uma nova perspectiva. Contraditoriamente, a maioria dos inquiridos, excepto no caso de Itália e Polónia, considera que a UE cresceu demasiado depressa. Surpreendentemente, este sentimento é expresso até nos 12 novos países, ainda que o número seja superior, atingindo os 10%, na UE15 (63%) do que na UE12 (53%).

b) Apoio à construção da Europa

As respostas a esta pergunta confirmam os resultados atrás referidos:

 A construção da Europa deve prosseguir (54%)

 A construção da Europa foi demasiado longe, precisamos de recuar (19%)

 Não devemos, nem ir mais longe, nem recuar (Espontâneo) (16%)

 Não sei (11%)

VI. Imagem, informação obtida através dos meios de comunicação social e nível de conhecimento sobre o PE

a) Imagem do PE

O PE é descrito como uma instituição democrática (descreve bem: 66%, em oposição aos que consideram que descreve mal:19%), mas ainda não é bem conhecido (51% contra 37%); não está suficientemente atento aos cidadãos europeus (40% contra 43%), é dinâmico (44% contra 36%), mas também é tecnocrático (40% contra 25%). 43% consideram que o termo "ineficácia" descreve mal o PE, em comparação com 34%, que acham o contrário.

b) Informação obtida através dos meios de comunicação social sobre o PE

Neste inquérito, perguntou-se aos cidadãos se tinham recentemente lido na imprensa, visto na Internet ou ouvido na rádio alguma infromação sobre o PE. 44% responderam “sim” (42% há um ano) e 53% responderam “não” (54% há um ano).

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c) O nível de informação sobre as actividades do PE

73% (=) dos inquiridos consideram que estão mal informados, enquanto que 23% (24% EB68) se consideram bem informados.

VII. O papel e a confiança nas Instituições

a) O papel no contexto da UE NB: EB Standard n°70 (Primavera 2009).

A percepção da importância do papel do PE, da Comissão e do Conselho mantém-se estável. Pelo contrário, o papel do Banco Central Europeu aumentou dois pontos percentuais.

Os europeus atribuem o seguinte papel ao Parlamento Europeu: é importante

para 74% (75% EB69), não é importante para 12% (11% EB69) e 14% (= EB69) respondem “Não Sei”.

68% dos europeus vêem a Comissão Europeia como tendo um papel

importante (=), 11% consideram-na não importante (10% EB69) e 21% respondem “Não Sei” (22% EB69).

61% dos europeus atribuem um papel importante ao Conselho da União Europeia (60% EB69), não é importante para 12% (= EB69) e 27% (28%

EB69) respondem “Não sei”.

Em relação ao Banco Central Europeu, 73% dos europeus consideram o seu

papel importante (71% EB69), não é importante para 8% (= EB69) e 19% (21% EB69) respondem “Não sei”.

b) Confiança nas Instituições – NB: EB Standard n°70 (Primavera 2009)

Em comparação com o EB 69, podemos verificar que, ou se mantém, ou existe uma ligeira redução no que respeita à confiança nas Instituições, que se cifra em 1%-2%.

51% dos europeus tendem a confiar no Parlamento Europeu (52% EB69),

31% tendem a não confiar (27% EB69) e 18% (21% EB69) respondem “Não sei”.

A percentagem de europeus que tende a confiar na Comissão Europeia é de

47% (=), 30% tendem a não confiar (27% EB69) e 23% (26% EB69) respondem “Não sei”.

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Na análise do EB Standard, é interessante constatar que a confiança em certos governos regista um aumento, especialmente em relação àqueles que estavam na primeira linha na altura da crise financeira. Alemanha 42% (36%), Dinamarca 60% (55%), França 31% (28%), Itália 26% (15%), Reino Unido 29% (24%).

Referências

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