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Comitê de Especialistas em Enfermagem Obstétrica

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Academic year: 2021

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MINISTÉRIO DA SAÚDE  Secretaria de Políticas de Saúde  Área Técnica Saúde da Mulher  Brasília, 10 de fevereiro de 2.000.  Área Técnica da Saúde da Mulher  Secretaria de Políticas de Saúde 

Comitê de Especialistas em Enfermagem Obstétrica

 

Coordenação Área Técnica Saúde da Mulher  ­  Janine Schirmer  ­  Alice G. M. Ribeiro  Membros  ­  Ana Lucia De Lourenzi Bonilha  ­  Universidade  Federal do Rio Grande do Sul, ABENFO ­ Seção/RS  ­  Márcia Barbieri  ­  Universidade Federal de São Paulo, ABENFO ­ Seção/SP  ­  Maria Antonieta Rubio  Tyrrell  ­  Presidente Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiras Obstetras  (ABENFO)  ­  Escola de Enfermagem Anna Nery ­ Universidade Federal do Rio de Janeiro  ­  Maria Auxiliadora Souza Gerk  ­  Universidade Federal do Mato Grosso do Sul  ­  Maria Luiza Riesco  ­  Escola Enfermagem da Universidade de São Paulo  ­  Mirian dos Santos Paiva  ­  Vice­Presidente da Associação Brasileira de Enfermagem  ­  Universidade Federal da Bahia

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CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE  PROJETOS DE  CURSO DE  ESPECIALIZAÇÃO ENFERMAGEM OBSTÉTRICA 

I – Introdução 

A política adotada pelo Ministério da Saúde, por meio de ações programáticas  que  priorizam  a  atenção  básica  e  mudança do modelo assistencial visando a  humanização  do  parto  e  nascimento  no  âmbito  do  Sistema  Único  de  Saúde  (SUS)  integram  projeto  de  trabalho  da  Área  Técnica  da  Saúde  da  Mulher.  Desta  forma,  investir  na  capacitação  dos  profissionais  dos  saúde,  particularmente  médicos  e  enfermeiras  para  oferecer  assistência  obstétrica  menos intervencionista e iatrogênica, como a que temos presenciado ao longo  das  últimas  décadas,  assume  prioridade  na    redução  da  morbimortalidade  perinatal e materna. 

O  aumento  da  demanda  por  profissionais  qualificados  promovido  pelas  Portarias  Ministeriais  e  guiados  pela    NOB/96,  indica  a  necessidade  de  capacitar sistematicamente recursos humanos para o SUS. 

O apoio do Ministério da Saúde para o desenvolvimento de cursos de acordo  com  a  Resolução  nº  3  do  Comitê  de  Ensino  Superior  ­  CES/99,  em  parceira  com  Instituições  de  Ensino  Superior,  Secretarias  Estaduais  e  Municipais  de  Saúde,  cria  estrutura  favorável  para  garantir  o  envolvimento  dos  órgãos  formadores com as instâncias de gestão do SUS. 

Regulamentação e Princípios Norteadores: 

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­  Resolução CSE nº 3 /1999.  ­  Parecer do CES 908/98 

­  Resolução do COFEN 173/94.  ­  Resolução do COFEN ­ 223/99.  ­  Critérios da ABENFO/1998 

­  Portaria    nº  2.815  /98/MS  que  inclui  na  Tabela  do  Sistema  de  Informação  Hospitalar  (SIH/SUS)  o  procedimento  parto  normal  sem  dissocia  realizado  por  enfermeiras  obstetras,    na  Tabela  do  Sistema    de  Informações  Ambulatórias  (SAI/SUS)  aumentou  os  valores  do parto domiciliar realizado  por enfermeiras e parteiras. 

­  Portaria  nº  163/98/SAS/MS aprova  o  Laudo  de  Enfermagem  para  emissão  de Autorização de Internação Hospitalar. 

­  Portaria  nº  985/99/MS  que  criou  o  Centro  de  Parto  Normal  (CPN)  cuja  equipe mínima é integrada pela  enfermeira obstetra. 

­  Portarias  nº s 3016,  3477  e  3482/98,    que  criaram  o  Sistema  Estadual  de  Referência para a Gestação de Alto Risco. 

­  Normas  de  financiamento  de  programas  e  projetos  mediante  a  celebração  de convênios. 

II ­ Justificativa 

A justificativa para a implantação de um curso de especialização presencial em  Enfermagem Obstétrica deve ser fundamentada em questões como: 

­  Perfil  epidemiológico  da  morbi­mortalidade  materna  e  perinatal  da  região,  estado ou município do proponente; 

­  Avaliação  da  força  de  trabalho  de  enfermagem e necessidade institucional  para a sua formação; 

­  Articulação  entre  a  Instituição  de  Ensino  Superior  (IES)  e    os  Órgãos  de  gestão do SUS (Secretarias Estaduais e/ou Municipais de Saúde);

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­  Aderência à proposta de mudança no modelo assistencial vigente, visando  um tratamento humanizado à mulher e sua família; 

­  Reconhecimento  dos  direitos  de  cidadania  feminina  e  abordagem  de  gênero na assistência à saúde. 

III ­ Objetivos 

1  ­ Formar enfermeiros(as) para a realização do parto normal. 

2  ­  Capacitar  enfermeiros(as)  para  identificação  dos  riscos  obstétricos  e  perinatal. 

3  ­  Capacitar  enfermeiros(as)  com  bases  epidemiológicas,  clínicas  e  humanísticas no contexto do SUS. 

IV – Funcionamento do Curso 

A descrição do funcionamento do curso deve contemplar informações sobre: 

­  As Instituições responsáveis, os quantitativos e qualitativos na formação da  área específica e das instituições parceiras; 

­  O  coordenador  do  curso  (especialista  em  Enfermagem  Obstétrica  e/ou  Mestre);  ­  O denominação do curso " Enfermagem Obstétrica" ;  ­  A instituição responsável pela  emissão do certificado (Resolução CES nº  3/99).  ­  A inter­relação estabelecida com os níveis de gestão do SUS locais.  ­  A clientela alvo (deve ser 80% de enfermeiros (as) da rede ambulatorial e  hospitalar  do  SUS,  incluindo  as  Unidades  do  Programa  de  Saúde  da  Família ­ PSF);

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­  O processo seletivo (deve explicitar os critérios, incluindo as exigências de  tempo médio de retorno para o serviço público de 10 anos e liberação do  profissional pelo serviço para cumprir com as atividades curriculares);  ­  O número de vagas (15  nomínimo, não excedendo à 20);  ­  A gratuidade do curso (deve ser assegurada);  ­  A carga horária  (460 – 600 horas); 

­  O  período  de  realização  do  Curso  (prazo  mínimo  de  6  meses,  não  excedendo a 12 meses); 

­  Relatório  Final  (por  exemplo:  nº  inscritos,  selecionados,  evadidos  e  titulados;  média  partos,  consultas  e  acompanhamento  de  recém­nascido  por aluno;  intercorrências obstétricas, limitações e dificuldades). 

A  Área  Técnica  da  Saúde  da  Mulher  terá  prerrogativa  de  acompanhamento  para orientação técnica e avaliação do plano de execução. 

V – Estrutura Curricular 

A  estrutura  curricular  deverá  conter  áreas  temáticas  e/ou  disciplinas  com  1/3  da carga horária em conteúdos teóricos  e  2/3 da carga horária em atividades  práticas. 

Recomenda­se utilizar abordagem de gênero, saúde reprodutiva e sexualidade  com  enfoque  nos  direitos  de  cidadania  (políticos,  jurídicos,  trabalhistas  e  sociais),    incorporando  também  a  discussão  dos  indicadores epidemiológicos  de  saúde  e  avaliação  de  qualidade,  princípios  bioéticos  da  assistência  e  questões  éticas  e  legais  do  exercício  profissional,  bem  como  os  aspectos  relacionados com políticas públicas, gestão do SUS e programas nacionais e  internacionais que tratam da saúde da mulher. 

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­  Obstetrícia Fundamental  ­  Enfermagem Obstétrica  ­  Enfermagem Perinatal 

­  Adoção  de  estratégias  diversificadas,  como  seminários,  estudos  clínicos,  análise  de  vídeos,  promoção  de    cursos  de  treinamento  para  auxiliares  e  técnicos  de  enfermagem  e  apoio  a    programas  governamentais  de  capacitação de parteiras tradicionais. 

­  Currículo  do  corpo  docente  dos  últimos  5  anos  (relação  mestre  e  especialista em enfermagem obstétrica). 

­  Cronograma  das  atividades  teóricas  e  práticas,  carga  horária,  e  descrição  dos campos de  estágios, considerando as oportunidades de aprendizagem,  (por exemplo nº de partos/mês, consultas pré­natal, etc.). 

­  Critério  de  avaliação  do  discente,  priorizando  capacidade  técnica  e  segurança  no  desempenho  da  assistência.  Atender  critérios  da  Resolução  nº  3/99  e  critérios  da  ABENFO/98  (20  partos  com  acompanhamento  completo do trabalho de parto, parto e pós­parto, 15 atendimentos a recém­  nascidos na sala de parto e 15 consultas de pré­natal. 

­  Elenco de disciplinas com professor responsável, titulação  e ementas com  bibliografia atualizada (dos últimos 5 anos). 

A  necessidade  de  formação  técnica­científica  e  humanistica  para  o  desempenho  da  assistência  à  mulher    na  condição  de  gestante,  parturiente,  puérpera e para o recém­nascido, impõe que a enfermagem obstétrica retome  seus  propósitos,  reconquiste  espaço  no  panorama  asssistêncial  da  rede  pública  e  privada  de  saúde.  A  adoção  de  novos  paradigmas  exige  coragem,  mas não permite erros que possam aumentar os riscos à saúde, aos quais  a  população feminina já está exposta. Desta forma, devemos inovar sem perder  a coerência no curto, médio e longo prazo.

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VI ­  Infra­estrutura Física  e Logistica  ­  Biblioteca com acervo científico e da área específica atualizado.  ­  Equipamentos e laboratórios  ­  Salas de aula,   auditórios e outros.  ­  Material didático­pedagógico.  ­  Material de informação em saúde e informática.  VII – Orçamento e Cronograma de Execução 

Deve  ser  elaborada  uma  planilha  com  a  descrição  dos  gastos  orçados  especificando­se no mínimo, as seguintes despesas:  ­  Consultoria  ­  Diárias  ­  Passagens  ­  Hora­aula  ­  Material de Consumo  ­  Seviços de Terceiros (Pessoa  física­  jurídica)  ­  Equipamentos e Material permanente 

Deve­se  também  anexar  um  cronograma  de  execução  definindo  as  etapas/fases do projeto e a previsão de início e término.

Referências

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