CAPíTULO I
DENOMINAÇÃO, SEDE, NATUREZA E FINS
Artigo 1º
1. A Associação adopta a denominação de Casa de Goa - Associação de Goa, Damão e Diu.
2. Terá duração por tempo indeterminado.
Artigo 2º
A Casa de Goa - Associação de Goa, Damão e Diu, adiante designada por Casa de Goa, tem a sua sede em Lisboa, no Baluarte do Livramento, sito na Calçada do Livramento, n° 17, e poderá ter delegações onde e quando julgar oportuno.
Artigo 3º
A Casa de Goa é uma pessoa colectiva de direito privado, reconhecida como instituição de utilidade pública, sem fins lucrativos, sem filiação politico-partidária e sem opção religiosa, e rege-se pelos presentes Estatutos e pelos regulamentos que venham a ser aprovados.
Artigo 4º
A Casa de Goa tem por objectivos:
a) Promover acções conducentes à preservação da identidade das culturas de Goa, Damão e Diu;
b) Fomentar trabalhos de pesquisa nas diversas áreas que consubstanciem aquela iden-tidade e incentivar, por todos os meios, a sua divulgação;
c) Desenvolver o intercâmbio com todas as associações congéneres de goeses,
dama-nenses e diuenses;
d) Organizar deslocações de Portugal a Goa, Damão e Diu e vice-versa tendo em vista o estreitamento dos laços de união;
e) Promover a colaboração com organismos portugueses, indianos e outros vocaciona-dos para a investigação e a divulgação das culturas goesa, damanense e diuense; f) Constituir um espaço de convívio e diversão dos sócios e dos seus amigos;
g) Sensibilizar as gerações mais novas para a preservação e divulgação dos valores cul-turais de Goa, Damão e Diu;
h) Dinamizar acções de apoio social e moral aos goeses, damanenses e diuenses care-cidos, com a possibilidade de constituir, para o efeito, uma instituição particular de solidariedade social.
CAPíTULO II
DOS SÓCIOS
Artigo 5º
1. Podem ser sócios da Casa de Goa as pessoas originárias de Goa, Damão e Diu, seus descendentes, seus ascendentes e respectivos cônjuges, as pessoas colectivas com sede naqueles territórios, bem como as pessoas singulares ou colectivas que se identifi-quem com os fins e objectivos da Casa de Goa.
2. Podem, igualmente, ser sócios da Casa de Goa todas as pessoas singulares e colectivas que, embora não sendo naturais daqueles territórios ou não tendo aí a sua sede, se iden-tifiquem com os fins e objectivos da Associação.
3. Os sócios referidos no número anterior gozam de capacidade eleitoral activa.
Artigo 6º
1. Haverá cinco categorias de sócios:
a) FUNDADORES - as pessoas que, contribuíram para a institucionalização da Casa de Goa, por escritura pública de 15 de Julho de 1987;
b) BENEMÉRITOS - as pessoas cuja quotização periódica seja igual ou superior a vinte vezes o valor da quota anual em vigor;
c) VITALÍCIOS - as pessoas que façam donativos a quantia igual ou superior a 500 € (qui-nhentos euros);
d) EFECTIVOS - as pessoas que se obrigam ao pagamento periódico da quota estabeleci-da pela Assembleia Geral, bem como estabeleci-da jóia de inscrição;
e) HONORÁRIOS - as pessoas que tenham prestado à instituição serviços reconhecida-mente distintos.
2. Os sócios fundadores estão obrigados ao pagamento de quotização periódica igual à dos sócios efectivos.
Artigo 7º
A qualidade de sócio prova-se pela inscrição no livro respectivo, que a instituição obrigato-riamente possuirá.
Artigo 8º
A admissão dos sócios é feita pela Direcção, mediante proposta assinada por um sócio no pleno gozo dos seus direitos.
§ único - Podem ser sócios os menores de dezoito anos, quando propostos pelo seu repre-sentante legal.
Artigo 9º
São deveres do sócio:
a) Pagar pontualmente as suas quotas no início do correspondente período, consoante opte pelo pagamento semestral ou anual;
b) Comparecer às Assembleias Gerais;
c) Desempenhar com zelo os cargos para que for eleito;
d) Cumprir os Estatutos e os regulamentos internos, bem como todas as deliberações aprovadas em conformidade com os mesmos, pela Assembleia Geral ou pela Direc-ção;
e) Contribuir, por todas as formas ao seu alcance, para o prestígio e o desenvolvimento da Casa de Goa;
f) Informar a Casa de Goa da mudança de residência.
§ único - O sócio que, por qualquer forma, deixar de pertencer à Casa de Goa, não tem o direito de reaver as contribuições que haja pago, sem prejuízo da sua responsabilidade por todas as prestações relativas ao tempo em que foi membro da Associação.
Artigo 10º
1. São direitos do sócio:
a) Tomar parte nas Assembleias Gerais;
b) Eleger e ser eleito para os órgãos sociais, nos termos dos Estatutos e da Lei;
c) Requerer a convocação extraordinária da Assembleia Geral nos termos dos Estatu-tos;
d) Participar activamente na vida da Associação;
e) Reclamar perante a Direcção e o Conselho Fiscal, com recurso à Assembleia Geral, de todos os actos contrários aos Estatutos e à Lei.
2.
Por morte do sócio efectivo, o cônjuge sobrevivo e os filhos menores continuarão a usu-fruir dos direitos a que se refere este artigo, sem prejuízo das limitações que os regula-mentos imponham.CAPíTULO III
DOS ORGÃOS SOCIAIS
Artigo 11º
1. A Casa de Goa tem os seguintes órgãos sociais: - Assembleia Geral;
- Direcção;
- Conselho Fiscal.
2. Os Presidentes e a maioria dos membros dos órgãos sociais deverão ter a capacidade eleitoral passiva decorrente do nº1 do artigo 5º dos presentes Estatutos.
SECÇÃO I
Da Assembleia Geral
Artigo 12º
1. A Assembleia Geral, constituída por todos os sócios no pleno gozo dos seus direitos, é o órgão máximo deliberativo da Casa de Goa.
2. As reuniões da Assembleia Geral são ordinárias e extraordinárias:
a) A Assembleia Geral reune obrigatoriamente duas vezes em cada ano, uma até 31 de Março, para aprovação do relatório e contas de gerência, e outra até 15 de Novem-bro, para apreciação e votação do plano anual de actividades da Casa de Goa e do respectivo orçamento;
b) A reunião extraordinária da Assembleia Geral deve ser convocada no prazo de quin-ze dias a contar da data da apresentação, ao Presidente da Mesa de Assembleia Geral, do pedido para a sua convocação e pode ser solicitada:
- Por iniciativa do Presidente da Mesa; - Pela Direcção ou pelo Conselho Fiscal; - Por um mínimo de cinquenta sócios.
3. A Assembleia Geral é dirigida por uma Mesa que é composta por três membros efecti-vos, o Presidente e dois Secretários.
4. São eleitos, conjuntamente com os membros da Mesa, dois suplentes, que substituirão os Secretários, em caso de impedimento ou vacatura do cargo.
5. Compete à Assembleia Geral:
b) Apreciar e votar o relatório e contas anuais, com o parecer do Conselho Fiscal, bem como o plano de actividades da Casa de Goa e o respectivo orçamento;
c) Deliberar sobre aquisições onerosas de bens imóveis e sua alienação a qualquer títu-lo, bem como sobre a alienação de bens de valor histórico ou artístico;
d) Aprovar, modificar e interpretar os Estatutos e os regulamentos e resolver as suas omissões;
e) Deliberar sobre a destituição dos membros dos órgãos sociais; f) Aplicar, sob proposta da Direcção, a pena de irradiação ao sócio;
g) Estabelecer e alterar, sob proposta da Direcção, o valor da jóia e das quotas de todos os sócios, consoante o país de origem;
h) Conceder a qualidade de sócio honorário;
i) Autorizar a demandar civil e penalmente os membros dos órgãos sociais por factos praticados no exercício das suas funções, podendo eleger, para aquele efeito, sócios que representarão a Casa de Goa.
6. Só poderão votar nas eleições os associados que sejam sócios há mais de seis meses e tenham as quotizações regularizadas.
SECÇÃO II
Da Direcção
Artigo 13º Composição
1. A Direcção é composta por sete membros efectivos: a) Presidente;
b) Vice-Presidente; c) Vogais.
Artigo 14º Competência
1. Compete à Direcção:
a) Representar a Casa de Goa;
b) Organizar e submeter à aprovação da Assembleia Geral o relatório e contas de gerência, bem como o plano anual de actividades e o respectivo orçamento;
c) Gerir e administrar a Associação e os respectivos bens;
d) Manter sob a sua guarda e vigilância os bens pertencentes à Associação; e) Velar pela organização e funcionamento dos serviços;
f) Contratar o pessoal necessário para a organização dos serviços, sobre o qual exerce-rá em plenitude o respectivo poder disciplinar;
g) Admitir e classificar os sócios;
h) Deliberar sobre a penalidade aplicável aos sócios, sem prejuízo do disposto na alínea f) do n° 5 do artigo 12º;
i) Propor, à Assembleia Geral, a concessão da qualidade de sócio honorário, beneméri-to e vitalício;
j) Submeter á aprovação da Assembleia Geral os regulamentos internos;
k) Deliberar sobre a aceitação de heranças, doações e legados, sem prejuízo de autori-zação da Assembleia Geral, quando houver encargos;
l) Representar a Casa de Goa;
m) Organizar todos os serviços, criando e regulamentado os departamentos, secções ou delegações;
n) Cumprir e fazer cumprir, não só os Estatutos e regulamentos, mas também as delibe-rações emanadas da Assembleia Geral e as suas próprias decisões;
o) Formular propostas sobre as quais a Assembleia Geral tenha de se pronunciar;
p) Criar os pelouros necessários à eficiente administração da Associação e atribuir a cada um dos seus elementos a respectiva supervisão, definindo em regulamento interno as suas tarefas.
2. Quem tiver perdido a sua qualidade de sócio, poderá ser readmitido mediante o paga-mento de, no máximo, dois anos de quotização, mais a jóia.
No caso das propostas submetidas ao abrigo do nº2 do artigo 5º, a deliberação da Direcção deve ser objecto de parecer escrito, exarado em acta.
3. A Associação obriga-se:
a) Pelas assinaturas conjuntas do Presidente da Direcção e um elemento da mesma; b) Pelas assinaturas conjuntas de três elementos da Direcção.
SECÇÃO III
Do Conselho Fiscal
Artigo 15º Composição
1. O Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos, o Presidente e dois Vogais. 2. Conjuntamente com os membros efectivos é eleito um suplente para substituir um Vogal
que interrompa ou cesse as suas funções.
3. Na ausência, impedimento ou cessação de funções do Presidente, será este substituído pelo Vogal efectivo escolhido entre os membros do Conselho.
Artigo 16º Competência
Compete ao Conselho Fiscal:
a) Dar parecer sobre o relatório e contasde gerência, sobre os demais assuntos da sua competência ou ainda os que a Direcção haja submetido à sua apreciação;
b) Requisitar para exame, quando assim o entender, a escrita e toda a documentação da Associação.
SECÇÃO IV
Artigo 17º Das eleições
1. Os membros que compõem a Mesa da Assembleia Geral, a Direcção e o Conselho Fis-cal, bem como os suplentes, serão eleitos por escrutínio directo e secreto, para um man-dato de quatro anos, dos sócios em pleno gozo dos seus direitos.
2. A Assembleia Geral reunir-se-á, para o efeito, em Assembleia Eleitoral, no prazo máximo de quinze dias a contar da aprovação do relatório e contas da Direcção e do parecer do Conselho Fiscal, relativos ao último ano do mandato dos órgãos sociais.
3. Não poderão ser reeleitos quaisquer titulares por mais de dois mandatos consecutivos para o mesmo órgão social.
CAPíTULO IV
DA REVISÃO DOS ESTATUTOS
Artigo 18º1. Os Estatutos da Casa de Goa só poderão ser revistos decorrido o prazo de cinco anos após a última revisão.
2. Decorridos cinco anos sobre a última revisão, o pedido de convocação da Assembleia Geral, deve ser apresentado à Direcção em exercício com a modificação dos Estatutos, por um mínimo de cinquenta sócios no gozo dos seus plenos direitos, devendo sempre ser acompanhado do projecto de revisão
CAPíTULO V .
DA DISSOLUÇÃO E LIQUIDAÇÃO
Artigo 19ºA Casa de Goa dissolver-se-á quando, em Assembleia Geral, especialmente convocada para o efeito, pelo menos setenta e cinco por cento dos sócios fundadores e efectivos, à data existentes, assim o entenderem.
CAPíTULO VI
DO REGIME FINANCEIRO
Artigo 20ºConstituem receitas da Casa de Goa:
b) Os donativos e produtos de festas, sorteios e/ou subscrições; c) Os subsídios do Estado e de outras pessoas colectivas; d) Outras fontes de receita não previstas nas alíneas anteriores.
Artigo 21º Norma Transitória
Os actuais titulares dos órgãos sociais podem ser reeleitos para mais um quadriênio.