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Reduzir as Atitudes Negativas em Relação à Aprendizagem da Matemática e Aumentar o Desempenho dos Alunos Através de Metodologia CAL

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Academic year: 2021

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Reduzir as Atitudes Negativas em Relação à

Aprendi-zagem da Matemática e Aumentar o

Desempenho dos

Alunos Através de Metodologia CAL

Reducing Negative Attitudes Toward the Learning of Mathematics and Increase

Stu-dent Performance Through Methodology CAL

Jaime R. S. Fonseca Universidade de Lisboa

Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas Rua Almerindo Lessa, Lisboa, Portugal

jaimefonseca@iscsp.ulisboa.pt

Resumo

O objetivo deste estudo é triplo: em primeiro lugar, investiga as vantagens educacionais da metodologia "Aprendizagem Assistida por Computador" (Computer Assisted Learning - CAL) nos resultados dos alunos; em segundo lugar, pretendemos saber se as atitudes negativas em relação à aprendizagem da matemática (Attitudes Towards Math-ATM) influenciam o seu desempenho na disciplina de Métodos Quantitativos, na escola secundária; em terceiro lugar, queremos saber se o uso de CAL na Universidade (primeiro ano) no ensino e aprendizagem de Estatística e Análise de Dados pode reduzir o efeito de experiências negativas aquando da aprendizagem de matemática na escola secundária. Usámos uma amostra de n = 758 estudantes, obtidos por um plano de amostragem por clusters (sendo os clusters os três cursos), que usou metodologia CAL e outra amostra de n = 449 estudantes, obtidos também por um plano de amostragem por clusters a partir dos cursos que utilizaram a metodologia tradicional (lápis-e-papel). Conclui-se: (1) que as ATM negativas (gostar ou não gostar de matemática), influenciaram o seu desempenho na disciplina de Métodos Quantitativos, (2) o mesmo não aconteceu com o seu desempenho na Estatística e Análise de Dados da Universidade, usando CAL; (3) finalmente, comparámos performances depois de usar as duas metodologias, com e sem CAL, e concluímos que a média do desempenho dos alunos quando usaram metodologia CAL é superior a média do desempenho dos alunos que usaram metodologia tradicional.

Palavras-Chave: aprendizagem ativa; aprendizagem assistida por computador; atitudes em

relação à matemática; inovações com as TIC.

Abstract

The aim of this research study is three-fold: firstly, it concerns of educational advantages of the methodology Computer Assisted Learning (CAL) in students’ outcomes; secondly, it intends to know if negative attitudes towards mathematics (ATM) influence their performance in the disci-pline of Quantitative Methods, at secondary school; thirdly, we want to know if using CAL at University (first year) in teaching and learning Statistics and Data Analysis can reduce the effect of negative experiences when learning mathematics, at secondary school. We used one sample of n = 758 students, obtained by a cluster sampling plan (clusters being the three cours-es), which used methodology CAL and other sample of n = 449 students, from the three courses which used traditional methodology pencil-and-paper. We concluded: (1) that the negative ATM (liking or disliking Math), influenced their performance in the discipline of Quantitative Meth-ods; (2) the same not happened with their performance in the Statistics and Data Analysis at University, using CAL; (3) finally, we compared performances after using the two methodolo-gies, with and without CAL, and we conclude that mean of students performance when use methodology CAL is higher than mean of students’ performance from methodology pencil-and-paper.

Keywords: active learning; computer assisted learning; attitudes towards mathematics; inno-vations with ICT.

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1 Introdução

Os alunos dos cursos universitários de Sociologia, Ciências da Comunicação e Administração Pública, em Portugal, geralmente vêm de uma área de estudos em que aprendem Matemática até o nono ano escolar e Métodos Quantitativos no décimo ano. A aquisição de conhecimentos lida com processos complexos como a perceção, aprendizagem, comunicação, associação e raciocínio. Se a mistura desses processos não é fácil para quem ensina, é certamente uma tarefa enorme para aqueles que aprendem. Além disso, a heterogeneidade da comunidade de professores e pesquisadores na área de ensino de Estatística é bem conhecida (Batanero e Godino 2002 [1]), sendo provenientes de diferentes áreas. A Estatística e Análise de Dados são disciplinas importantes em diversas áreas científicas, como Engenharia, Administração, Sociologia, Antropologia, Ciências da Comunicação, Ciência Política, Relações Internacionais, Política Social e Gestão de Recursos Humanos, ou Criminologia.

Em conformidade com Maqsud [2], há evidências que sugerem que a variável ATM é significativa e positivamente correlacionada com os resultados em matemática (Aiken [3]; Cheung [4]; Maqsud e Khalique [5]). Vários pesquisadores (Resnick [6]; Weinert e Kluwe [7]; Elawar [8]) destacaram que o professor deve procurar desenvolver nos estudantes (a) habilidades para resolver problemas, (b) ATM positivas e (c) a confiança nas suas capacidades para a resolução de problemas.

Argumentamos que o uso conveniente de metodologia CAL em sala de aula a fim de ensinar e aprender assuntos de Estatística, pode ser importante para o desenvolvimento das capacidades dos alunos para resolver problemas, para o desenvolvimento de ATM positivas, e para o desenvolvimento da confiança dos alunos na resolução de problemas. Esta pesquisa foi realizada com o objetivo de esclarecer as vantagens da CAL no ensino e aprendizagem, e para o desenvolvimento de atitudes positivas em relação aos assuntos de aprendizagem.

O principal objetivo deste estudo, consiste em saber se a metodologia utilizada no ensino e aprendizagem de Estatística "Aprendizagem Assistida por Computador" (CAL), tende a contribuir para uma melhoria dos resultados obtidos pelos estudantes. Em segundo lugar, queremos saber se as atitudes dos alunos em relação à Matemática (ATM) - predisposição organizada do aluno para pensar, sentir, perceber e comportar-se em relação à matemática (Jovanovic e King [9]) - como não gostar de Matemática, afetam os desempenhos dos estudantes na

aprendizagem de assuntos de Estatística. Em terceiro lugar, queremos saber se a questão do uso de CAL no primeiro ano de universidade no ensino e aprendizagem de estatística, pode reduzir o efeito de experiências negativas aquando da aprendizagem da matemática, na escola secundária. As abordagens educativas devem ser julgadas por uma série de critérios, incluindo ganhos de desempenho e quando isso é feito, CAI (Computer Assisted Instruction) pode ultrapassar em muito, outras formas de instrução (Fletcher-Flinn e Gravatt, 1995 [10]).

Assim, as três questões de investigação são:

(i) Os sentimentos dos alunos em relação à Matemática afetam os resultados dos mesmos em Métodos Quantitativos?

(ii) Os sentimentos dos alunos em relação à Matemática afetam os resultados dos alunos em Estatística?

(iii) O uso de metodologia CAL afeta os resultados dos alunos em Estatística?

O artigo está organizado da forma seguinte: Na secção 2 procedemos à revisão de trabalhos anteriores relacionados com o tema; na secção 3 apresentamos a metodologia; na secção 4 é apresentada a análise dos dados e a discussão dos resultados e na secção 5 tratamos da conclusão.

O método científico usado é o método indutivo, com base na informação contida em duas amostras aleatórias; uma recolhida dos alunos sujeitos à metodologia CAL e a outra obtida através dos alunos sujeitos à metodologia lápis-e-papel.

2 Revisão da literatura

Hoje em dia, é impossível resistir ao uso de novas tecnologias na obtenção de conhecimento, porque nesta sociedade tecnológica da informação e comunicação, o acesso à informação, o uso de dados, a análise de dados e a tomada de decisões fundamentadas em situações de incerteza, faz parte das novas necessidades de formação dos cidadãos do mundo atual (Vallecillos e Moreno [11]). Com a disponibilidade de vários pacotes estatísticos, os aspetos computacionais de estatísticas não devem ter prioridade sobre outras habilidades. Além disso, eles devem incentivar os alunos a desempenhar um papel ativo na sua própria aprendizagem.

O potencial das tecnologias de informática para revolucionar o ensino e a aprendizagem em universidade, e mesmo antes, tem sido comemorada há muito, por técnicos de educação (Selwyn [12]; John [13]), e nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, as

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tecnologias de computador tornaram-se um ícone no início do século 21, na prestação de educação superior. No entanto, como a integração das TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação) é um processo complexo e multidimensional, várias dinâmicas devem ser consideradas, tais como: professores, alunos, administração escolar, currículos, filosofia da escola, além de hardware e software (Akbiyik [14]). Quanto aos professores, por exemplo, o grande problema da formação inicial de professores em TIC tem a ver com a dependência das universidades, que resistem à mudança, e não se pode facilmente variar currículos e metodologias tão rapidamente como as mudanças tecnológicas e sociais (Martín et al. [15]). A formação de professores parece mais adequada para modificar práticas de ensino circunstanciais, do que para gerar atitudes que favoreçam as inovações da educação com as TIC. Podemos dizer que as TIC são mais utilizadas como um apoio para o "trabalho diário dos professores do que como forma central do ensino pedagógico para a inovação" (Moreira [16]). Resultados no trabalho, nas relações pessoais ou na sociedade civil, não são baseadas simplesmente na acumulação de conhecimento em segunda mão armazenado como dados, mas como uma combinação desse conhecimento com habilidades, valores, atitudes, desejos e motivações e sua aplicação na configuração humana, em particular, em um determinado ponto numa trajetória no tempo, (Hoskins e Crick [17]).

A metáfora subjacente da aprendizagem como um ato de aumentar a posse do indivíduo - como uma aquisição de entidades, tais como conceitos, conhecimentos, habilidades, esquemas mentais - vem a este discurso académico diretamente de expressões cotidianas, tais como aquisição de conhecimento, formando conceitos ou construção de significado (Sfard [18]). Neste contexto, será útil a utilização do computador em sala de aula, substituindo papel e lápis, com o objetivo de tomar notas e realizar trabalhos, levando os estudantes a habituarem-se a “escrever no computador” e “pensar no computador” (Freitas et al. [19]).

Segundo o que afirmou Orhun [20], o estilo de aprendizagem é a aproximação pessoalmente preferida para a coleta e processamento de informações, formação de uma ideia, tomada de decisão e atitudes e interesses. Conforme Kolb [21], o estilo de aprendizagem é a maneira como processamos as possibilidades de cada novo evento emergente que determina a gama de escolhas e decisões que vemos, e as escolhas e decisões que tomamos, para alguns eventos, para determinar os eventos que vivemos através dos quais influenciamos escolhas futuras.

Outro fator adicional que afeta o desempenho de aprendizagem dos alunos, é a maneira como eles enfrentam o conhecimento, ou seja, suas atitudes para

com o assunto. Xin e Kishor [22] referem-se à atitude como "uma predisposição aprendida ou tendência por parte de um indivíduo para responder positivamente ou negativamente a algum objeto, situação, conceito, ou outra pessoa", e McLeod [23] acrescentou que o sentimento, positivo ou negativo, é de intensidade moderada e razoável estabilidade. Atitudes como sentimentos profundos relativamente estáveis, derivam de experiências positivas ou negativas ao longo do tempo, na aprendizagem do assunto (Estrada [24]).

A investigação das atitudes dos estudantes para o estudo da ciência, tem sido uma característica substantiva do trabalho da comunidade de pesquisa da educação científica nos últimos 30 a 40 anos (Osborne et al. [25]) e sua importância atual é enfatizada pela crescente evidência de declínio no interesse dos jovens em seguir carreiras científicas (Smithers e Robinson [26]). Consequentemente, a promoção de atitudes favoráveis em relação à ciência, aos cientistas e à aprendizagem de ciência, que sempre foi um componente da educação científica, é cada vez mais uma preocupação para a educação em ciências (Osborne et al. [25]). Aprendizagem Assistida por Computador (CAL) no ensino e aprendizagem da Estatística, significa o uso de computadores e pacotes estatísticos em sala de aula, em todas as sessões, procurando desenvolver novas habilidades do estudante sobre a educação da Estatística; não habilidades sobre computadores. Com o uso de CAL não queremos sobrecarregar os alunos com demonstrações de teoremas, por exemplo, mas pretendemos que os alunos possam alcançar um rigor razoável na análise de dados. Além disso, pensamos que o uso de CAL pode enfatizar a qualidade do relacionamento entre aluno e professor durante o processo de ensino e aprendizagem, como Harrington ([27]) conclui, contribuindo para um melhor envolvimento do estudante com o processo de aprendizagem. Acreditamos ainda que o papel crítico da avaliação em Estatística (Garfield e Gal [28]), também pode ser atenuado, porque a avaliação também é feita através do computador.

Em muitos países, uma percentagem cada vez menor de estudantes parece estar prosseguindo o estudo da matemática no nível secundário e superior (Holton et al. [29]). A escolha dos alunos é seriamente influenciada por suas atitudes e desempenho em matemática, e estes por sua vez, são profundamente moldados por suas experiências matemáticas escolares (Dick e Rallis [30]; Johnston [31]). No Reino Unido, apesar de uma ligeira melhoria relatada nas ATM nos últimos 15 anos (Brown, [32]), as comparações internacionais recentes sugerem, que o desempenho está em níveis bastante insatisfatórios (Jaworski e Phillips, [33]).

Em suma, dadas as fortes ligações entre a atitude, o desempenho e escolha de estudos mais aprofundados, e

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de carreira, mais pesquisas sobre atitudes em relação à matemática, e em particular sobre não gostar de matemática no secundário - onde os alunos estão à beira de decidir se vão prosseguir os estudos matemáticos em nível pós-obrigatória - é essencial.

3

Material e Métodos

3.1

População e Amostras

Em 1999, quando chegámos à Universidade de Lisboa, para o ensino de "Matemática e Estatística para as Ciências Sociais", decidimos depois de conversar com alguns alunos e colegas de outras áreas, por um currículo de Estatística, em vez de Matemática, na disciplina "Matemática e Estatística para as Ciências Sociais". Como consequência, os estudantes de Sociologia, Ciências da Comunicação e da Administração Pública passaram a ter um currículo de Estatística, com metodologia CAL; os estudantes de outros cursos, com outros professores, continuaram com a metodologia tradicional lápis-e-papel para o ensino e a aprendizagem de Estatística, nessa disciplina. Nesta investigação foi usado o paradigma quantitativo, e os dados utilizados neste trabalho de pesquisa, foram obtidos através da utilização de um questionário autoadministrado. A pesquisa foi realizada a partir de duas amostras aleatórias de alunos do Instituto de Ciências Sociais e Políticas (Universidade de Lisboa): uma amostra de n = 758 estudantes, obtidos por um plano de amostragem por conglomerados (sendo os três cursos os clusters), através dos alunos que tiveram Estatística nos últimos oito anos (2005-2012), que estavam sob metodologia CAL; a outra amostra de n = 449 estudantes, dos alunos dos restantes cursos que tiveram Estatística, nos últimos oito anos (2005-2012), usando a metodologia tradicional lápis-e-papel. Os atributos que usámos neste questionário são seis variáveis categóricas: género (feminino ou masculino), curso, gosta /não gosta de Matemática (sim/não), o estudo semanal (uma, duas, três, quatro ou mais vezes), estudante trabalhador (sim/não); os resultados de Métodos Quantitativos eram conhecidos (CV) e os resultados de Estatística eram conhecidos através da avaliação na Universidade. Todos os alunos da amostra tiveram o mesmo currículo, mas o método de ensino e aprendizagem foi diferente. Ressalta-se que a variável atitudes para com a Matemática (gosta/não gosta) e a metodologia CAL (uso/não uso) são as mais relevantes para os principais objetivos deste estudo.

3.2

Metodologia CAL

O ensino e a aprendizagem de Estatística com metodologia CAL, utilizado no Instituto Superior de Ciências Social e Políticas desde 2005/2012, por alguns

estudantes, (grupo 1) rompe com metodologias do passado, utilizadas em todos os cursos de ensino e aprendizagem de Matemática e Estatística para as Ciências Sociais. A base é constituída pelos seguintes oito fatores e pelo propósito de que ensinar é apoiar toda a aprendizagem, onde quer que este aprendizado aconteça (Bates, Baume e Assinder, [34]). Esta é a nossa metodologia (com base no uso de SPSS e Excel):

i. Apresentação oral dos fundamentos e objetivos dos métodos, gráficos, cálculos, técnicas de análise;

ii. Apresentação oral com projeção, das maneiras de proceder com métodos, cálculos, gráficos, técnicas, com o software utilizado (SPSS e Excel); iii. Compreender Conhecimento: Em primeiro lugar, realizamos resoluções detalhadas de aplicações, com auxílio de computador, acompanhado pela explicação e análise, com projeção contínua, em ordem a ser seguida por todos os alunos, permitindo-lhes escrever todo percurso da resolução; a análise é sempre concluída com a interpretação cuidadosa e discussão dos resultados;

iv. Tempo permitido para ganhar conhecimento e desenvolvimento de habilidades e capacidades, através de discussão dentro do grupo de trabalho: os alunos aprendem de forma ativa, discutindo a técnica utilizada e respetivos resultados, porque mais atividade e mais empenho implica mais aprendizagem. Por exemplo, não é importante a forma como se calcula o desvio padrão (calculadora, papel e lápis, software estatístico), mas é muito importante saber o significado desse valor. Suponhamos que foi idêntica a aquisição de conceitos teóricos através do uso das duas metodologias. Porque o uso de um software estatístico resulta na obtenção rápida dos resultados, ficamos com muito mais tempo para discutir os resultados e, assim, conseguir mais conhecimento sobre o assunto. A aprendizagem é reforçada quando há mais esforço de equipa do que uma corrida a solo. Assim, uma boa aprendizagem, como um bom trabalho, é colaborativa e social, não competitiva e isolada. O trabalho em equipa, muitas vezes aumenta a participação na aprendizagem, porque a partilha de ideias e respostas com os outros, melhora o pensamento e aprofunda a compreensão.

v. Período para proceder à apresentação de dúvidas de grupo e discussão, porque a aprendizagem é um processo de questionar;

vi. Aplicação do conhecimento: os alunos devem ter oportunidades para desenvolver e demonstrar suas

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habilidades, por meio da resolução de uma nova aplicação, deixando ao professor o papel de ajudar, individual ou coletivamente, de acordo com a situação. Neste estágio, os alunos devem concentrar-se em discutir cuidadosamente os resultados, a fim de conseguir o objetivo de aprendizagem: explorar, analisar e interpretar dados;

vii. O processo continua através da identificação e resolução de novos problemas; nas aulas, os alunos precisam de oportunidades frequentes para realizar e receber feedback sobre o seu desempenho;

viii. Avaliação em sala de aula, através do uso de computadores; por outras palavras, os estudantes têm na avaliação as mesmas ferramentas que usaram durante o processo de ensino e aprendizagem.

Tal como acontece com qualquer tecnologia, deve facilitar-se o acesso; boa navegação, instalações, expectativas claras e indução ao sistema. A medida em que as ferramentas baseadas em computador incentivam a colaboração espontânea do estudante foi uma das primeiras surpresas sobre computadores (Chickering e Ehrmann, [35]). O sistema de avaliação dos temas da estatística em metodologia CAL tem vantagens sobre uma avaliação tradicional lápis-e-papel em termos de facilidade e de tempo para a administração, a capacidade de fornecer produtos adequados para a capacidade de cada aluno, o que dá resultados mais fiáveis ( Merrell e Tymms [36]). Estes autores analisam problemas de avaliação por computador e apresentam estratégias de melhoria.

3.3

Metodologia "Lápis-e-papel"

O ensino e a aprendizagem de Estatística com metodologia lápis-e-papel representa a metodologia tradicional, muito vocacionada para as demonstrações dos teoremas, na qual aos professores está reservada a transmissão de informações e aos alunos a receção das mesmas. Numa visão mais lata, lápis-e-papel são tecnologias que estendem a nossa memória (Levy [37]). É uma metodologia mais vocacionada para a teoria, sobretudo mais morosa na obtenção dos resultados e consequentemente deixa menos tempo disponível para a discussão e significado dos resultados.

3.4 Métodos de Análise de Dados

Testes de hipóteses serão usados basicamente (1) para testar a normalidade dos resultados em Métodos Quantitativos e em Estatística (teste de

Kolmogorov-Smirnov), (2) para testar se a atitude negativa dos alunos (gosta/não gosta de Matemática) para com a aprendizagem da Matemática, é decisiva em relação ao seu desempenho em ambos os assuntos, Métodos Quantitativos e Estatística (teste de Mann-Whitney), e (3) para testar se o desempenho médio dos alunos com CAL é maior do que o desempenho médio dos alunos sem CAL (teste de Mann-Whitney).

4

Análise de Dados e Resultados

4.1 Métodos Quantitativos face à atitude

A fim de descobrir se os sentimentos dos alunos em relação à Matemática afetam os resultados dos estudantes em Métodos Quantitativos, procedeu-se a comparação dos resultados médios obtidos em Métodos Quantitativos, se eles gostam ou não gostam de Matemática (Estatística Descritiva na Tabela 1 e no boxplot, Figura 1). A nota /avaliação de desempenho deriva de uma faixa de 0-20 com 0 a representar mau desempenho, e 20 desempenho máximo.

Como podemos ver a partir da Tabela 1, os alunos que gostam de Matemática mostram resultados com média 15.6 e mediana 16, com um desvio padrão de aproximadamente 1; caso contrário, sobre os alunos que não gostam de matemática, podemos ver que a média (12) e a mediana (13) são menores.

Gosta

Mat n Média Mediana

Desvio padrão M. Q. Não 318 12,0 13,0 1,08 Sim 440 15,6 16,0 1,19

Tabela 1: Resultados em Métodos Quantitativos (M. Q.) segundo gosto pela Matemática

A partir da Tabela 1, podemos ver que a média da amostra é elevada para os alunos que gostam de matemática.

Além disso, a partir da Figura 1, podemos ver que os resultados provenientes do género feminino, em Métodos Quantitativos, são melhores do que os resultados do género masculino, quando ambos gostam ou não gostam de matemática, especialmente quando eles não gostam de matemática. A partir destes resultados, para sabermos sobre as médias das populações, aplicámos testes de hipóteses, com base na informação das amostras. Relativa aos resultados dos Métodos Quantitativos, podemos aplicar primeiro um teste de hipóteses de ajustamento (Lilliefors [38], Fonseca [39]); rejeitou-se a hipótese nula de normalidade dos resultados dos alunos em Métodos Quantitativos, sabendo que gosta /não gosta de Matemática (valor p = 0,000, em ambos os casos).

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O teste não paramétrico de Mann e Whitney ([40]) foi então utilizado para proceder à comparação das médias dos resultados obtidos, de acordo com as atitudes face à Matemática. A hipótese nula de igualdade das distribuições foi rejeitada (valor p = 0,000) e concluiu-se que os resultados médios de Métodos Quantitativos para os alunos que gostam de Matemática é maior do que os resultados médios de Métodos Quantitativos para os alunos que não gostam de Matemática.

Figura 1: Resultados em Métodos Quantitativos por gosto da Matemática

Assim, o sentimento negativo em relação à Matemática afetou o desempenho médio dos alunos em Métodos Quantitativos.

4.2 Estatística face à atitude

Como está resumido na Tabela 2 e Figura 2, os resultados em Estatística das amostras, são semelhantes para estudantes do sexo masculino e feminino, independentemente de gostar ou não gostar de Matemática, o que não está de acordo com Anderson et al. ([41]), que conclui que alunos seniores do género feminino do ensino médio tendem a perceber assuntos de computação avançada como aborrecidos e expressam uma forte aversão aos computadores.

As amostras dos resultados em Estatística têm quase a mesma média (14,1/14, dado que gostam/não gostam de Matemática); podemos ainda concluir que os resultados são mais heterogéneos quando os alunos gostam de matemática, pois o desvio padrão é maior (1,67, em vez de 1,04). Em seguida, temos uma das hipóteses mais interessantes - Há uma diferença significativa entre os resultados dos alunos de nível universitário, em Estatística, segundo eles gostam ou não gostam de

Matemática.

Os resultados das amostras são ilustrados na Figura 2 (separados para homens/mulheres) e na Figura 3 (global, por gostar/não gostar de Matemática); a Tabela 2 também apresenta resumo útil para os resultados de Estatística, como eles gostam/não gostam de Matemática.

Figura 2: Resultados em Estatística por gosto da Matemática e género

Se CAL fez melhorar o desempenho dos estudantes, é razoável pensar que o sentimento negativo em relação à Matemática não afetou o desempenho médio dos alunos em Estatística; caso contrário, o sentimento negativo em relação à Matemática afetaria o desempenho médio dos resultados dos alunos em Estatística, como aconteceu com Métodos Quantitativos (usando metodologia tradicional, sem CAL).

Figura 3: Resultados em Estatística por gosto da Matemática

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obtidos pelos alunos na disciplina de Estatística, consoante a atitude manifestada em relação à Matemática, os resultados obtidos foram animadores, de acordo com a estratégia utilizada de ensino e aprendizagem (aqui só usámos os resultados dos alunos de uma amostra, ou seja, os estudantes provenientes do ensino e da aprendizagem com metodologia CAL). O teste de falta de ajuste de Kolmogorov-Smirnov rejeitou a hipótese nula de normalidade dos resultados de alunos em Estatística, independentemente da atitude em relação à Matemática (valor p = 0, para quem gosta/não de Matemática); então o teste não paramétrico de Mann-Whitney foi utilizado para a comparação dos resultados médios dos alunos em Estatística e Análise de Dados, nas condições referidas.

A hipótese nula de igualdade das distribuições não foi rejeitada (valor p = 0,933), e assim podemos concluir que não há evidência suficiente nos dados, a fim de reivindicar que o ATM negativo afetou o desempenho dos alunos em Estatística (usando t-teste, que pode ser utilizado com grande número de dados, também não se rejeita a hipótese nula, valor de p = 0,461). Assim, não temos dúvidas de que a metodologia utilizada, o ensino e a aprendizagem com CAL, em vez de metodologia sem CAL, foi o principal responsável pela anulação dessa desvantagem (efeito de não gostar de matemática).

4.3 Estatística face à metodologia de ensino

e aprendizagem

Podemos usar agora todos os alunos, os que usaram metodologia CAL e os que não usaram a metodologia CAL, a fim de concluir sobre os benefícios do uso de CAL ou não; esta é a hipótese sobre o primeiro objetivo deste estudo.

Figura 4: Resultados em Estatística segundo a metodologia e género

Os resultados das amostras são mostrados na Figura 4 (separados para o género masculino e feminino) e Figura

5 (a nível global, para utilização CAL ou não). No boxplot da Figura 4, podemos ver que a média dos resultados de Estatística é maior para os alunos que utilizaram metodologia CAL, seja para os estudantes do género masculino ou do género feminino. A Tabela 3 também exibe um resumo útil para os resultados de Estatística, sobre o uso e não uso de CAL. Como po-demos ver, temos

x

CAL= 12,82 e sCAL = 1,033 e

x

nCAL=

14,02 e snCAL = 1,032.

Uso de

CAL n Média Mediana Desvio padrão

Est. Não 449 12,8 13,0 1,03

Sim 758 13,96 14,0 1,44

Tabela 3: Resultados em Estatística (Est.) segundo usam/não usam CAL

Queremos comparar as médias de resultados em Estatística, se os alunos usaram/não usaram CAL, usando essas estimativas, naturalmente. Quanto à normalidade dos resultados dos estudantes em Estatística, o teste de falta de ajuste de Kolmogorov-Smirnov rejeitou a hipótese nula de normalidade, independentemente da metodologia utilizada (valor p=0, usando e não usando CAL); então o teste não-paramétrico de Mann-Whitney foi utilizado para a comparação das médias dos resultados em Estatística, nas condições referidas. A Tabela 3 e Figura 5 mostram que a média da amostra é maior para estudantes com metodologia CAL.

Figura 5: Resultados gerais em Estatística conforme usaram ou não CAL

A hipótese nula de igualdade das distribuições foi claramente rejeitada (valor p=0,000) e por isso se concluiu que havia evidência suficiente nos dados, para concluir que a média dos resultados dos alunos que aprenderam a partir de metodologia CAL é maior, do que a média dos resultados dos alunos que aprenderam a partir de metodologia de lápis-e-papel. Assim, podemos

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afirmar que o uso de CAL afetou positivamente o desempenho dos alunos em Estatística.

5 Conclusão

O objetivo principal deste trabalho foi o de reunir provas que possam sustentar a hipótese da eficácia da metodologia CAL, no ensino e aprendizagem de Estatística no primeiro ano da universidade, dando aos alunos competências que vão colocá-los em boas condições para explorar, analisar e interpretar dados. Normalmente, todas as estratégias utilizadas pelos professores são implementadas, para que os alunos aprendam melhor e para que os professores possam tomar decisões importantes sobre o tipo de instrução que usam em sua sala de aula, bem como as políticas e os procedimentos utilizados (Marshall et al. [42]); o objetivo do ensino standard, é captar o que se entende por um bom ensino e explicar o que os professores precisam conhecer e ser capazes de fazer, para determinar a qualidade de oportunidades para a aprendizagem do aluno (Ingvarson e Rowe [43]). A metodologia CAL ajuda professores e alunos, para uma melhor transmissão e uma melhor compreensão, respetivamente?

No processo de ensino e aprendizagem, através de uma abordagem tradicional usado no ensino de Métodos Quantitativos, como no ensino da Matemática, os resultados mostram que os Métodos Quantitativos e os assuntos de Matemática foram muito semelhantes para os alunos. Provavelmente transferiram para a aprendizagem de Métodos Quantitativos, suas atitudes negativas sobre a aprendizagem de Matemática. Os resultados dos testes confirmam que as atitudes negativas para com a Matemática influenciaram os resultados em Métodos Quantitativos, utilizando a mesma metodologia, (metodologia tradicional de lápis-e-papel). O uso CAL em sala de aula, tenta não sobrecarregar os alunos com grandes equações, teoremas, e assim por diante. Os alunos precisam saber como analisar dados. Acreditamos também que é mais importante discutir os resultados com os alunos e requerer deles a prestação de esclarecimentos e a comunicação de forma eficaz das suas conclusões (Chance et al., [44]). Pelos resultados, pode ser concluído que o software de aprendizagem teve uma influência positiva na aprendizagem dos alunos, o que está de acordo com Wentling et al. ([45]). Hoje em dia, a tecnologia para a educação fornece a todos nós uma grande variedade de estratégias de ensino (Godino et al. [46]), em geral, e em particular da Estatística. A questão-chave para a maioria dos educadores é simplesmente se essas inovações tecnológicas terão um impacto positivo na educação (Fried, [47]).

Concluímos que as ATM negativas afetaram o desempenho dos alunos em Métodos Quantitativos

(usando em sala de aula a metodologia tradicional, sem CAL), mas não afetou o seu desempenho em Estatística (usando metodologia CAL). Na verdade, pensamos que a metodologia utilizada foi a principal responsável pelo melhor desempenho em Estatística.

Em resumo, nesta investigação foram realizadas as seguintes comparações:

1) Comparação dos resultados em Matemática, conforme gostam/não gostam de Matemática, tendo usado metodologia baseada em "papel-e-lápis";

Conclusão: Diferenças significativas entre as médias (efeito claro da atitude).

2) Comparação dos resultados em Métodos Quantitativos, conforme gostam/não gostam de Matemática, tendo usado metodologia baseada em "papel-e-lápis";

Conclusão: Diferenças significativas entre as médias (efeito claro da atitude).

3) Comparação dos resultados em Estatística, conforme gostam/não gostam de Matemática, tendo usado metodologia CAL;

Conclusão: Não há diferenças significativas entre as médias (anulou-se o efeito claro da atitude): Porque todos os outros fatores subjacentes se mantiveram, podemos concluir que isso traduz a influência da metodologia CAL. Assim, o uso da metodologia CAL leva os alunos a desempenhos idênticos em Estatística, gostando ou não de Matemática. Este resultado mostra que o uso da metodologia CAL é vantajoso para os estudantes.

As novas tecnologias vão mudar o estilo de ensino e o estilo de aprendizagem drasticamente: os professores não devem ser apenas transmissores de informações e os alunos devem deixar de ser apenas recetores de informação.

Informação tecnológica não deve apenas ser entendida como um catalisador para a mudança (Watson [48]), mas deve conduzir a mudanças nos estilos de ensino, nas abordagens à aprendizagem e no acesso à informação. Segundo Sokal e Katz ([49]), além de efeitos nos resultados, o uso de computadores está relacionado com atitudes mais positivas em estudantes do género masculino. Na verdade, pensamos que, ao utilizar os computadores em sala de aula para o ensino e a aprendizagem dos assuntos de Estatística, os alunos podem ver melhor os resultados de sua aprendizagem e a compreensão dos assuntos tratados. Encontrámos evidência estatística em nossos dados de que a metodologia "tradicional" de ensino e aprendizagem utilizada nos Métodos Quantitativos e Matemática falhou. Provavelmente, porque os alunos fizeram a transferência para Métodos Quantitativos da ATM negativa; em ambas as disciplinas foi usada a mesma metodologia, o tradicional lápis-e-papel. Os resultados dos testes estatísticos confirmaram que a ATM negativa influenciou negativamente os resultados dos Métodos Quantitativos.

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Também encontramos evidências estatísticas em nossos dados, de que a ATM negativa não afetou o desempenho dos estudantes em Estatística. Assim, podemos concluir a partir destes resultados do estudo que o uso de computadores com programas de software na aprendizagem de Estatística é um dos fatores importantes para melhorar o conhecimento dos alunos sobre Estatística e Análise de Dados, como Basturk ([50]). Como concluiu Reid e Petocz ([51]), também acho que o uso de CAL ajudou os alunos no desenvolvimento da sua compreensão dos conceitos estatísticos. Além disso, também pensamos que CAL precisa ser usada como parte de um ambiente que apoia o diálogo entre os alunos, a investigação e avaliação (Prvan et al., [52]).

Em resumo, podemos concluir que o uso de metodologia CAL resulta em melhor desempenho do aluno e ajuda a reduzir (eliminar) a atitude negativa para com a matemática desenvolvida em experiências anteriores.

6 Implicações e Investigação futura

Como consequência desta pesquisa, as políticas institucionais da Universidade relativas aos recursos de aprendizagem e tecnologia de apoio, desloca-se para dar prioridade ao uso de hardware e software e veículos de comunicação, a fim de ajudar a Universidade e os alunos sobre o uso de tecnologias de forma eficiente e eficaz. Portanto, é recomendável que as políticas futuras permitam aos professores serem inovadores e possam aplicar o seu conhecimento profissional para a implementação da política e ainda adaptá-la, para atender às necessidades dos seus alunos. Os decisores políticos devem assegurar que todas as partes envolvidas na implementação da política tenham oportunidades de participarem no seu desenvolvimento (Ohi, [53]).

Quanto a perspetivas futuras, acreditamos que mais pesquisa é necessária sobre o uso desta metodologia, por exemplo, explorando efeito de género e envolver alunos de outros cursos. No entanto, e sabendo as condições de certos países, simultaneamente, devemos refletir bem, sobre a seguinte pergunta "What does the identification of the powerful ICT-learning potential mean for that large majority of children and students around the world who have no access to computers? Are we facing a technology-facilitated form of social exclusion?" (Skovsmose [54]).

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Tabela 1: Resultados em Métodos Quantitativos (M. Q.) segundo gosto  pela Matemática
Figura  2:  Resultados  em  Estatística  por  gosto  da                Matemática e género
Figura  4:  Resultados  em  Estatística  segundo  a  metodologia  e  género

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