Universidade Federal de Campina Grande Centro de Tecnologia e Recursos Naturais Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola
Leda Veronica Dantas
PROJETO DE IMPACTO
AMBIENTAL
PARTICIPAÇÃO PÚBLICA. ANÁLISE TÉCNICA.
Apresentação da proposta
Licenciamento ambiental convencional
Licenciamento apoiado em Estudo de Impacto Ambiental
Determinação do escopo Elaboração de EIA/RIMA Análise Técnica Consulta Pública Decisão Aprovação Reprovação
Monitoramento e gestão ambiental
Acompanhamento
Etapa I - Triagem
Etapa II - Análise detalhada
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CONSULTA PÚBLICA
• A participação do público é um aspecto essencial ao
processo de AIA.
• Empreendimentos com potencial de causar impactos
ambientais significativos afetam, degradam ou
consomem recursos ambientais que dizem respeito ao bem-estar de todos.
• “... todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.” – Constituição
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• Tratados internacionais relativos à consulta pública são baseados em 3 pontos (Convenção de Aarhus, 1998):
(i) acesso à informação;
(ii) participação no processo decisório; e
(iii) acesso à justiça.
• No Brasil, desde 1985, o acesso à Justiça para fins de proteção ambiental é assegurado aos cidadãos e às
associações civis sem que seja necessário demonstrar um interesse direto no tema ou que direitos individuais possam ser afetados – Lei dos Interesses Difusos.
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• Participação pública:
Princípios democráticos: equidade e justiça
Razões funcionais: confere maior legitimidade às
decisões
• O envolvimento público geralmente limita-se ao direito de ser informado e de exprimir seus pontos de vista Expectativa de influência na decisão.
• Mecanismos de participação pública visam colocar
ordem nas discussões e estabelecer canais formais de expressão da vontade dos cidadãos.
• A participação pública nas decisões ambientais se dá
Possibilidade de expressão cidadã em uma democracia
Representação Participação
Eleições
Plebiscitos
Conselhos
Ação sob convite Planejamento participativo Mediação Consulta pública Ação autônoma Lobby Petições Manifestações Campanhas na imprensa Outros
Informação Persuasão Consulta Parceria Controle A decisão é tomada e o público é comunicado a respeito. A decisão é tomada e há uma alternativa de convencimento ao público. O problema é apresentado, opiniões são coletadas e a decisão é tomada. Os limites são previamente definidos; as informações são partilhadas e a decisão é conjunta. A decisão é tomada pelo público, que assume a responsabilida de pública. Poder decisório da organização
Participação do público nas decisões Os vários graus de participação pública
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Benefícios da consulta pública:
Redução do número de conflitos e prazos de
aprovação Maior lucratividade para os investidores;
Governantes melhoram os processos decisórios e
demostram maior transparência e responsabilidade;
Órgãos públicos e ONGs ganham credibilidade e
melhor compreensão de sua missão;
Público afetado pode influenciar o projeto e reduzir impactos adversos, maximizar benefícios e assegurar que receba compensação apropriada;
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Benefícios da consulta pública:
Planos de gestão ambiental mais efetivos;
Maiores possibilidades de que:
– grupos vulneráveis recebam atenção especial;
– questões de equidade sejam levadas em conta;
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Objetivos da consulta pública
Aprimorar decisões com potencial de causar impactos
em comunidades ou no meio ambiente;
Possibilitar aos cidadãos a oportunidade de se
expressarem, serem ouvidos e de influenciar nos resultados;
Avaliar a aceitação pública de um projeto e acrescentar medidas mitigadoras;
Desarmar a oposição da comunidade ao projeto;
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Objetivos da consulta pública
Atender requisitos legais de participação pública;
Desenvolver mecanismos de comunicação em duas
vias entre o proponente do projeto e os cidadãos;
Identificar as preocupações e os valores do público;
Fornecer aos cidadãos informações sobre o projeto;
Informar os responsáveis pela decisão sobre
Objetivos da consulta pública durante o processo de AIA ETAPA DO PROCESSO OBJETIVOS DE CONSULTA
Apresentação da proposta Divulgar intenções do proponente e objetivos do projeto.
Triagem Permitir eventuais questionamentos sobre a classificação do projeto em termos de impacto potencial e dos estudos ambientais necessários. Determinação do escopo do
EIA
Identificar grupos interessados;
Identificar e mapear preocupações do público; Incluir ou excluir questões do escopo do EIA; Aprimorar os termos de referência;
Considerar alternativas ao projeto. Preparação do EIA Identificar e caracterizar impactos;
Disseminar informações sobre métodos de estudo e seus resultados;
Incluir no diagnóstico ambiental o conhecimento que a população local tem do meio ambiente e aproveitá-lo na análise dos impactos;
ETAPA DO PROCESSO OBJETIVOS DE CONSULTA
Análise técnica Conhecer os pontos de vista do público para
eventual consideração e incorporação ao parecer de análise.
Decisão Levar em conta as opiniões dos interessados; Considerar a distribuição social dos ônus e dos benefícios do projeto como um dos elementos da decisão.
Acompanhamento Contribuir para verificar o cumprimento satisfatório de compromissos e condicionantes;
Possibilitar que reclamações possam ser reformuladas e atendidas.
Fonte: Sánchez (2008)
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• Formatos de consulta pública:
Audiências públicas;
Reuniões abertas;
Encontro com pequenos grupos e lideranças;
Pesquisas de opinião;
Criação de comissões multipartites.
• Etapas de condução de audiências públicas:
Exposição do projeto e seus impactos
Perguntas do público
Esclarecimentos do proponente, consultores ou
governo
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• De acordo com a Resolução nº 9/87 do Conama, deverá
ser realizada ao menos uma audiência pública quando:
O órgão ambiental encarregado do licenciamento
assim o decidir;
Houver uma solicitação de uma entidade civil;
Houver uma solicitação da parte do Ministério Público;
For solicitada por pelo menos cinquenta cidadãos.
• Convocação, organização e andamento de audiência
pública devem ter regras definidas de antemão e de conhecimento dos participantes.
ORGANIZAÇÃO DA AUDIÊNCIA AGENTE
1a parte: abertura; Secretaria do Meio Ambiente (saudação inicial);
Coordenador da Secretaria do Meio Ambiente (esclarecimentos sobre o processo).
2a parte: exposições sobre o
projeto em discussão;
Empreendedor – quinze minutos;
Equipe responsável pela elaboração do estudo ambiental – trinta minutos.
3a parte: manifestação de
entidades ambientalistas;
Trinta minutos. 4a parte: manifestação de
entidades da sociedade civil;
Cinco minutos para cada um. 5a parte: manifestação de
pessoas em particular;
Três minutos para cada um. 6a parte: manifestação de
representantes de órgãos públicos;
Cinco minutos para cada um.
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Deficiências das audiências públicas ambientais
Dinâmica que favorece um clima de confronto;
Uso frequente de argumentos jurídicos e ameaças de
ações em Justiça,
Dão margem a manipulação por aqueles que têm mais
poder econômico ou maior capacidade de mobilização;
Ocorrem muito tarde no processo de AIA, quando muitas
decisões importantes já foram tomadas;
Maior parte do público dispõe de pouca informação
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Deficiências das audiências públicas ambientais
Grande parte do público não tem condições de
decodificar e compreender a informação de caráter técnico e científico;
Tomadores de decisão raramente estão presentes;
Surgimento de uma categoria de “especialistas em
audiências públicas” que falam em nome do público;
Uso frequente de argumentos de cunho técnico-científico
em um contexto político no qual a verdade não pode ser verificada.
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• Consulta pública pode ser feita também por vias não
oficiais, por iniciativa voluntária das empresas.
• Objetivos da consulta pública voluntária:
melhorar relacionamento da empresa com a
comunidade
conhecer as preocupações, valores e perspectivas da
população.
• A interação precoce com a comunidade e com grupos
de interesse durante o planejamento de um novo projeto pode facilitar sua futura aprovação.
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• Possíveis benefícios da consulta pública voluntária em
etapa anterior à elaboração do EIA:
melhor entendimento mútuo (comunidade –
empreendedor);
melhor compreensão das características e impactos do
projeto;
melhor compreensão dos pontos de vista do público;
contribuição para um ambiente de respeito pelos
valores da comunidade;
livre expressão e manifestação de apreensões, dúvidas
e necessidades;
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• Principais tarefas em uma consulta pública voluntária: 1. Definir os objetivos de consulta pública.
2. Identificar as partes interessadas Grupos de interesse.
3. Preparação de material para divulgação e disseminação de informação.
4. Intercâmbio e diálogo.
5. Estabelecimento de compromissos.
6. Estabelecimento e manutenção de um canal de
comunicação durante todas as etapas do empreendimento.
Apresentação da proposta
Licenciamento ambiental convencional
Licenciamento apoiado em Estudo de Impacto Ambiental
Determinação do escopo Elaboração de EIA/RIMA Análise Técnica Consulta Pública Decisão Aprovação Reprovação
Monitoramento e gestão ambiental
Acompanhamento
Etapa I - Triagem
Etapa II - Análise detalhada
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ANÁLISE TÉCNICA DOS EIA-RIMAS
•
Função: Verificar a conformidade dos estudos
apresentados com critérios preestabelecidos.
•
O EIA apresentado...
(i) atende aos requisitos mínimos estabelecidos
pela regulamentação? – Res. Conama nº1/86 e normas estaduais (Órgãos Licenciadores)
(ii) atende ao termo de referência formulado?
(iii) tem qualidade técnica para subsidiar a tomada
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ANÁLISE TÉCNICA DOS EIA-RIMAS
•
O que é um bom EIA?
“É aquele que apresenta, de uma forma apropriada para os usuários, constatações e conclusões que cubram todas as tarefas da avaliação, empregando métodos apropriados de coleta de informação,
análise e comunicação.” (LEE, 2000).
•
Características desejáveis:
Balanço adequado entre descrição e análise;
Rigor metodológico;
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ANÁLISE TÉCNICA DOS EIA-RIMAS
•
Análise técnica busca determinar se os estudos de
impacto apresentam forma e conteúdo satisfatórios e
adequados.
•
Julgamento da qualidade e adequação deve ser feita
com base em critérios preestabelecidos.
•
Critérios de comparação:
(i) Termos de referência estabelecidos para o EIA
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ANÁLISE TÉCNICA DOS EIA-RIMAS
•
Critério de comparação com termos de referência:
Vantagem: métodos sistemático de análise da
qualidade dos estudos apresentados;
Desvantagem: não permite avaliação crítica dos
termos de referência.
•
Critério de comparação com as melhores práticas:
Vantagens: maior ênfase ao conteúdo, aplicável
quando EIA foi elaborado sem TR específico;
Desvantagem: estabelece patamar muito alto para as
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ANÁLISE TÉCNICA DOS EIA-RIMAS
•
Análise técnica não é de interesse exclusivo do
agente decisório.
•
Podem ter interesse em analisar os estudos:
– empresas contratantes;
– associações que representam o público;
– membros do Ministério Público, assistentes técnicos e
peritos judiciais;
– agências reguladoras e demais órgãos do governo
interessados no empreendimento;
– agentes financiadores públicos e privados;
– órgãos governamentais que devem ser ouvidos no
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ANÁLISE TÉCNICA DOS EIA-RIMAS
• Estabelecimento prévio de critérios ou diretrizes pode facilitar a análise técnica – menor subjetividade;
resultados mais consistentes e reprodutíveis.
• Análise consistente e previsível auxilia a tomada de decisão e incentiva a melhoria da qualidade dos
estudos.
• Ferramentas para a análise de estudos ambientais:
Listas de verificação
Método de Lee e Colley:
• Divisão do EIA em partes às quais se atribui notas
ÁREAS CATEGORIAS SUBCATEGORIAS
Áreas:
(i) descrição do projeto e do ambiente afetado; (ii) identificação e avaliação de impactos-chave;
(iii) consideração de alternativas e medidas mitigadoras; (iv) comunicação dos resultados.
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ANÁLISE TÉCNICA DOS EIA-RIMAS
• O parecer técnico é uma análise do EIA elaborada pelo
serviço especializado do órgão ambiental e considera:
comentários e recomendações de outros órgãos
governamentais;
manifestações do público (audiência ou por escrito).
• Um bom parecer técnico deve:
Identificar deficiências e problemas cruciais dos
estudos de impacto ambiental;
Determinar quais problemas podem influenciar na
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ANÁLISE TÉCNICA DOS EIA-RIMAS
•
Apresentação do Parecer Técnico
Legível
Linguagem clara
Conciso
Analítico
Recomendações adequadamente fundamentadas e
justificadas
Tamanho ideal dependerá da complexidade do
Apresentação da proposta
Licenciamento ambiental convencional
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Determinação do escopo Elaboração de EIA/RIMA Análise Técnica Consulta Pública Decisão Aprovação Reprovação
Monitoramento e gestão ambiental
Acompanhamento
Etapa I - Triagem
Etapa II - Análise detalhada
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TOMADA DE DECISÃO
•
A legislação brasileira atribui poder de decisão aos
órgãos ambientais – integrantes do SISNAMA.
•
A decisão pode ser tomada diretamente pelo órgão
licenciador ou por colegiados com representantes do
governo e da sociedade civil (conselhos de meio
ambiente).
•
A decisão é fundamentada pelo parecer técnico, mas
podem ser impostas condições adicionais para a
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TOMADA DE DECISÃO
Decisão Técnica x Decisão Política
•
O tomador de decisão irá considerar:
Aspectos tecnológicos – impactos ambientais;
Considerações de ordem econômica e social;
Aspectos políticos;
Implicações da decisão sob todos os pontos de
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TOMADA DE DECISÃO
•
Três tipos de decisão são possíveis:
(i) não autorização do empreendimento;
(ii) aprovação incondicional; ou
(iii) aprovação com condições.
•
Pode-se também retornar a etapas anteriores e
solicitar modificações ou complementações dos
estudos apresentados.
Apresentação da proposta
Licenciamento ambiental convencional
Licenciamento apoiado em Estudo de Impacto Ambiental
Determinação do escopo Elaboração de EIA/RIMA Análise Técnica Consulta Pública Decisão Aprovação Reprovação
Monitoramento e gestão ambiental
Acompanhamento
Etapa I - Triagem
Etapa II - Análise detalhada
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ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO
ACOMPANHAMENTO AMBIENTAL
O termo acompanhamento em AIA descreve um
conjunto de atividades realizadas após a aprovação do empreendimento e é crucial para a proteção e melhoria da qualidade ambiental. A etapa de acompanhamento engloba os procedimentos de gestão ambiental do
empreendimento aplicados durante todo o seu ciclo de vida (implantação, operação e desativação).
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ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO
Funções da etapa de acompanhamento:
Assegurar a implementação dos compromissos
assumidos pelo empreendedor;
Adaptar o projeto ou seus programas de gestão no
caso de ocorrência de impactos não previstos ou de magnitude acima do esperado;
Demonstrar o cumprimento dos compromissos e a
consecução de certos objetivos e metas;
Fornecer elementos para o aperfeiçoamento do
processo de AIA identificação de problemas decorrentes das etapas anteriores.
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ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO
Atribuições do empreendedor no acompanhamento:
Cumprir os requisitos legais;
Observar todas as condicionantes da licença
ambiental;
Implementar todos os programas e planos de ação;
Demonstrar o cumprimento de todos os requisitos
aplicáveis;
Coletar evidências ou provas documentais de
cumprimento dos requisitos;
Organizar e manter registros de sua atuação e dos
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ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO
Atribuições do agente governamental (órgão
ambiental) no acompanhamento:
Verificar e fiscalizar o atendimento às exigências;
Impor sanções em caso de não atendimento;
Demonstrar às partes interessadas o cumprimento
de todos os requisitos aplicáveis;
Conferir e validar evidências ou provas documentais
fornecidas pelo empreendedor acerca do cumprimento dos requisitos legais.
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ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO
Atividades da etapa de acompanhamento:
i. Monitoramento ambiental.
ii. Supervisão,
Fiscalização ou
Auditoria ambiental
iii. Documentação e análise.
Atividades
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ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO
Monitoramento ambiental:
• Processo de coleta sistemática e periódica de dados
previamente selecionados.
• Objetivo: verificar o atendimento a requisitos
predeterminados (obrigatórios ou não) como padrões legais e condições exigidas na licença.
• Importância: identifica e avalia qualitativa e
quantitativamente as condições dos recursos naturais em um determinado momento, assim como as
EIA Identificação de Impactos Implantação do Empreendimento Gestão Ambiental Monitoramento
Previsões efetivas ou não
Informações sobre o desempenho do empreendimento e comportamento do meio
Pré-operacional Operacional Pós-operacional
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ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO
Supervisão:
Atividade contínua realizada peloempreendedor ou seu representante com a finalidade de verificar o cumprimento de exigências legais ou
contratuais por parte dos empreiteiros ou outros contratados.
Fiscalização:
Atividade semelhante à supervisão, masrealizada por agentes governamentais por meio de amostragens e de forma pontual.
Auditoria:
Atividade sistemática, documentada, objetivae periódica que visa analisar a conformidade com critérios prescritos (requisitos legais e condições da licença).
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ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO
Documentação:
• Registro sistemático de: resultados de monitoramento;
constatações de não conformidades; evidências de atendimento a requisitos e quaisquer outras
informações relevantes.
• Os registros devem ser coletados, armazenados de
modo tal que permita sua fácil recuperação.
• Importância: análise da documentação permite alertar
para a necessidade de adoção de medidas corretivas caso os critérios preestabelecidos não sejam
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ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO
Arranjos para acompanhamento:
Fiscalização e supervisão
Automonitoramento
Comissões especiais de acompanhamento
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ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO
Fiscalização:
• Mecanismo mais comum de acompanhamento.
• Realizado por órgãos governamentais que têm o dever
legal de fiscalizar a conduta de indivíduos e empresas e aplicar sanções em casos de não cumprimento das normas predeterminadas.
Supervisão:
• Arranjo importante na etapa de construção, quando
empreendedor deve supervisionar as empresas contratadas.
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ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO
Automonitoramento:
• Empresa verifica se suas atividades atendem aos
requisitos legais de proteção ambiental.
• Os dados sobre o desempenho das empresas devem
ser coletados, registrados, interpretados e divulgados por meio de relatórios periódicos.
• Preparação de relatórios é uma exigência comum em
muitas licenças ambientais.
• Relatórios preparados por empreendedor devem ser
submetidos ao julgamento do órgão fiscalizador ou comissão externa para atestar sua qualidade.
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ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO
Comissões especiais de acompanhamento:
• Solução adotada nas seguintes situações:
Reduzida confiança do público nos órgãos do
governo;
Falta de recursos humanos ou financeiros para
fiscalização eficiente por parte do governo.
• Comissões podem ser:
Interinstitucionais: diversos órgãos governamentais
com atribuições diferentes para fiscalizar um empreendimento;
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ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO
Instituições especializadas:
• Arranjo sofisticado e custoso empregado em alguns
casos altamente polêmicos.
• São criadas instituições independentes para
acompanhar um empreendimento.
• Exemplo: 3 instituições criadas por meio de uma lei no ano de 1978 para controle e monitoramento de novas minas de urânio na Austrália após abertura de 2 minas no norte do país gerarem inúmeros debates.
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RESUMO DA AULA
• A participação pública é um aspecto essencial ao
processo de AIA sendo de realização obrigatória para empreendimentos com potencial de causar impactos significativos.
• A consulta pública no processo de AIA contribui para a
redução no número de conflitos e prazos de aprovação de projetos.
• Dentre as formas de consulta pública existentes, a mais
usual e conhecida é a audiência pública.
• Consulta pública também pode ser feita por vias não
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RESUMO DA AULA
• Análise técnica visa verificar a conformidade dos estudos
apresentados com critérios preestabelecidos e pode ser realizada por outros atores sociais que não o órgão
ambiental licenciador.
• A análise técnica pode ser facilitada se houver um
conjunto de critérios e diretrizes preestabelecidos para orientar o trabalho do analista e reduzir a subjetividade.
• O parecer técnico é uma análise do EIA elaborada pelo serviço especializado do órgão ambiental e considera os comentários e recomendações de outros órgãos
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RESUMO DA AULA
• A tomada de decisão é de responsabilidade dos órgãos
ambientais integrantes do SISNAMA e é fundamentada pelo parecer técnico.
• São possíveis 3 tipos de decisão: não autorização;
aprovação incondicional ou aprovação com condições.
• O termo acompanhamento em AIA descreve um conjunto
de atividades realizadas após a aprovação do
empreendimento e engloba os procedimentos de gestão ambiental do empreendimento aplicados durante todo o seu ciclo de vida.
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RESUMO DA AULA
• O acompanhamento abrange as seguintes atividades:
monitoramento; supervisão; fiscalização; auditoria e documentação.
• A etapa de acompanhamento visa assegurar a
implementação dos compromissos assumidos pelo
empreendedor e adaptar o projeto ou seus programas de gestão no caso de ocorrência de impactos não previstos ou de magnitude acima do esperado.
• Um acompanhamento eficaz necessita da atuação do
empreendedor e dos agentes governamentais, e o