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Aula 10 - Participação pública. Análise técnica. Decisão. Acompanhamento.

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Universidade Federal de Campina Grande Centro de Tecnologia e Recursos Naturais Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola

Leda Veronica Dantas

PROJETO DE IMPACTO

AMBIENTAL

PARTICIPAÇÃO PÚBLICA. ANÁLISE TÉCNICA.

(2)

Apresentação da proposta

Licenciamento ambiental convencional

Licenciamento apoiado em Estudo de Impacto Ambiental

Determinação do escopo Elaboração de EIA/RIMA Análise Técnica Consulta Pública Decisão Aprovação Reprovação

Monitoramento e gestão ambiental

Acompanhamento

Etapa I - Triagem

Etapa II - Análise detalhada

(3)

Universidade Federal de Campina Grande Centro de Tecnologia e Recursos Naturais Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola

CONSULTA PÚBLICA

A participação do público é um aspecto essencial ao

processo de AIA.

Empreendimentos com potencial de causar impactos

ambientais significativos afetam, degradam ou

consomem recursos ambientais que dizem respeito ao bem-estar de todos.

“... todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.” – Constituição

(4)

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CONSULTA PÚBLICA

Tratados internacionais relativos à consulta pública são baseados em 3 pontos (Convenção de Aarhus, 1998):

(i) acesso à informação;

(ii) participação no processo decisório; e

(iii) acesso à justiça.

No Brasil, desde 1985, o acesso à Justiça para fins de proteção ambiental é assegurado aos cidadãos e às

associações civis sem que seja necessário demonstrar um interesse direto no tema ou que direitos individuais possam ser afetados – Lei dos Interesses Difusos.

(5)

Universidade Federal de Campina Grande Centro de Tecnologia e Recursos Naturais Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola

CONSULTA PÚBLICA

Participação pública:

Princípios democráticos: equidade e justiça

Razões funcionais: confere maior legitimidade às

decisões

O envolvimento público geralmente limita-se ao direito de ser informado e de exprimir seus pontos de vista Expectativa de influência na decisão.

Mecanismos de participação pública visam colocar

ordem nas discussões e estabelecer canais formais de expressão da vontade dos cidadãos.

A participação pública nas decisões ambientais se dá

(6)

Possibilidade de expressão cidadã em uma democracia

Representação Participação

Eleições

Plebiscitos

Conselhos

Ação sob convite Planejamento participativo Mediação Consulta pública Ação autônoma Lobby Petições Manifestações Campanhas na imprensa Outros

(7)

Informação Persuasão Consulta Parceria Controle A decisão é tomada e o público é comunicado a respeito. A decisão é tomada e há uma alternativa de convencimento ao público. O problema é apresentado, opiniões são coletadas e a decisão é tomada. Os limites são previamente definidos; as informações são partilhadas e a decisão é conjunta. A decisão é tomada pelo público, que assume a responsabilida de pública. Poder decisório da organização

Participação do público nas decisões Os vários graus de participação pública

(8)

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CONSULTA PÚBLICA

Benefícios da consulta pública:

Redução do número de conflitos e prazos de

aprovação  Maior lucratividade para os investidores;

Governantes melhoram os processos decisórios e

demostram maior transparência e responsabilidade;

Órgãos públicos e ONGs ganham credibilidade e

melhor compreensão de sua missão;

Público afetado pode influenciar o projeto e reduzir impactos adversos, maximizar benefícios e assegurar que receba compensação apropriada;

(9)

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CONSULTA PÚBLICA

Benefícios da consulta pública:

Planos de gestão ambiental mais efetivos;

Maiores possibilidades de que:

grupos vulneráveis recebam atenção especial;

questões de equidade sejam levadas em conta;

(10)

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CONSULTA PÚBLICA

Objetivos da consulta pública

Aprimorar decisões com potencial de causar impactos

em comunidades ou no meio ambiente;

Possibilitar aos cidadãos a oportunidade de se

expressarem, serem ouvidos e de influenciar nos resultados;

Avaliar a aceitação pública de um projeto e acrescentar medidas mitigadoras;

Desarmar a oposição da comunidade ao projeto;

(11)

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CONSULTA PÚBLICA

Objetivos da consulta pública

Atender requisitos legais de participação pública;

Desenvolver mecanismos de comunicação em duas

vias entre o proponente do projeto e os cidadãos;

Identificar as preocupações e os valores do público;

Fornecer aos cidadãos informações sobre o projeto;

Informar os responsáveis pela decisão sobre

(12)

Objetivos da consulta pública durante o processo de AIA ETAPA DO PROCESSO OBJETIVOS DE CONSULTA

Apresentação da proposta Divulgar intenções do proponente e objetivos do projeto.

Triagem Permitir eventuais questionamentos sobre a classificação do projeto em termos de impacto potencial e dos estudos ambientais necessários. Determinação do escopo do

EIA

Identificar grupos interessados;

Identificar e mapear preocupações do público; Incluir ou excluir questões do escopo do EIA; Aprimorar os termos de referência;

Considerar alternativas ao projeto. Preparação do EIA Identificar e caracterizar impactos;

Disseminar informações sobre métodos de estudo e seus resultados;

Incluir no diagnóstico ambiental o conhecimento que a população local tem do meio ambiente e aproveitá-lo na análise dos impactos;

(13)

ETAPA DO PROCESSO OBJETIVOS DE CONSULTA

Análise técnica Conhecer os pontos de vista do público para

eventual consideração e incorporação ao parecer de análise.

Decisão Levar em conta as opiniões dos interessados; Considerar a distribuição social dos ônus e dos benefícios do projeto como um dos elementos da decisão.

Acompanhamento Contribuir para verificar o cumprimento satisfatório de compromissos e condicionantes;

Possibilitar que reclamações possam ser reformuladas e atendidas.

Fonte: Sánchez (2008)

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CONSULTA PÚBLICA

Formatos de consulta pública:

Audiências públicas;

Reuniões abertas;

Encontro com pequenos grupos e lideranças;

Pesquisas de opinião;

Criação de comissões multipartites.

Etapas de condução de audiências públicas:

Exposição do projeto e seus impactos

Perguntas do público

Esclarecimentos do proponente, consultores ou

governo

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CONSULTA PÚBLICA

De acordo com a Resolução nº 9/87 do Conama, deverá

ser realizada ao menos uma audiência pública quando:

O órgão ambiental encarregado do licenciamento

assim o decidir;

Houver uma solicitação de uma entidade civil;

Houver uma solicitação da parte do Ministério Público;

For solicitada por pelo menos cinquenta cidadãos.

Convocação, organização e andamento de audiência

pública devem ter regras definidas de antemão e de conhecimento dos participantes.

(16)

ORGANIZAÇÃO DA AUDIÊNCIA AGENTE

1a parte: abertura; Secretaria do Meio Ambiente (saudação inicial);

Coordenador da Secretaria do Meio Ambiente (esclarecimentos sobre o processo).

2a parte: exposições sobre o

projeto em discussão;

Empreendedor – quinze minutos;

Equipe responsável pela elaboração do estudo ambiental – trinta minutos.

3a parte: manifestação de

entidades ambientalistas;

Trinta minutos. 4a parte: manifestação de

entidades da sociedade civil;

Cinco minutos para cada um. 5a parte: manifestação de

pessoas em particular;

Três minutos para cada um. 6a parte: manifestação de

representantes de órgãos públicos;

Cinco minutos para cada um.

(17)

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CONSULTA PÚBLICA

Deficiências das audiências públicas ambientais

Dinâmica que favorece um clima de confronto;

Uso frequente de argumentos jurídicos e ameaças de

ações em Justiça,

Dão margem a manipulação por aqueles que têm mais

poder econômico ou maior capacidade de mobilização;

Ocorrem muito tarde no processo de AIA, quando muitas

decisões importantes já foram tomadas;

Maior parte do público dispõe de pouca informação

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CONSULTA PÚBLICA

Deficiências das audiências públicas ambientais

Grande parte do público não tem condições de

decodificar e compreender a informação de caráter técnico e científico;

Tomadores de decisão raramente estão presentes;

Surgimento de uma categoria de “especialistas em

audiências públicas” que falam em nome do público;

Uso frequente de argumentos de cunho técnico-científico

em um contexto político no qual a verdade não pode ser verificada.

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CONSULTA PÚBLICA

Consulta pública pode ser feita também por vias não

oficiais, por iniciativa voluntária das empresas.

Objetivos da consulta pública voluntária:

melhorar relacionamento da empresa com a

comunidade

conhecer as preocupações, valores e perspectivas da

população.

A interação precoce com a comunidade e com grupos

de interesse durante o planejamento de um novo projeto pode facilitar sua futura aprovação.

(20)

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CONSULTA PÚBLICA

Possíveis benefícios da consulta pública voluntária em

etapa anterior à elaboração do EIA:

melhor entendimento mútuo (comunidade –

empreendedor);

melhor compreensão das características e impactos do

projeto;

melhor compreensão dos pontos de vista do público;

contribuição para um ambiente de respeito pelos

valores da comunidade;

livre expressão e manifestação de apreensões, dúvidas

e necessidades;

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CONSULTA PÚBLICA

Principais tarefas em uma consulta pública voluntária: 1. Definir os objetivos de consulta pública.

2. Identificar as partes interessadas  Grupos de interesse.

3. Preparação de material para divulgação e disseminação de informação.

4. Intercâmbio e diálogo.

5. Estabelecimento de compromissos.

6. Estabelecimento e manutenção de um canal de

comunicação durante todas as etapas do empreendimento.

(22)

Apresentação da proposta

Licenciamento ambiental convencional

Licenciamento apoiado em Estudo de Impacto Ambiental

Determinação do escopo Elaboração de EIA/RIMA Análise Técnica Consulta Pública Decisão Aprovação Reprovação

Monitoramento e gestão ambiental

Acompanhamento

Etapa I - Triagem

Etapa II - Análise detalhada

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Universidade Federal de Campina Grande Centro de Tecnologia e Recursos Naturais Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola

ANÁLISE TÉCNICA DOS EIA-RIMAS

Função: Verificar a conformidade dos estudos

apresentados com critérios preestabelecidos.

O EIA apresentado...

(i) atende aos requisitos mínimos estabelecidos

pela regulamentação? – Res. Conama nº1/86 e normas estaduais (Órgãos Licenciadores)

(ii) atende ao termo de referência formulado?

(iii) tem qualidade técnica para subsidiar a tomada

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Universidade Federal de Campina Grande Centro de Tecnologia e Recursos Naturais Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola

ANÁLISE TÉCNICA DOS EIA-RIMAS

O que é um bom EIA?

“É aquele que apresenta, de uma forma apropriada para os usuários, constatações e conclusões que cubram todas as tarefas da avaliação, empregando métodos apropriados de coleta de informação,

análise e comunicação.” (LEE, 2000).

Características desejáveis:

Balanço adequado entre descrição e análise;

Rigor metodológico;

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Universidade Federal de Campina Grande Centro de Tecnologia e Recursos Naturais Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola

ANÁLISE TÉCNICA DOS EIA-RIMAS

Análise técnica busca determinar se os estudos de

impacto apresentam forma e conteúdo satisfatórios e

adequados.

Julgamento da qualidade e adequação deve ser feita

com base em critérios preestabelecidos.

Critérios de comparação:

(i) Termos de referência estabelecidos para o EIA

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ANÁLISE TÉCNICA DOS EIA-RIMAS

Critério de comparação com termos de referência:

Vantagem: métodos sistemático de análise da

qualidade dos estudos apresentados;

Desvantagem: não permite avaliação crítica dos

termos de referência.

Critério de comparação com as melhores práticas:

Vantagens: maior ênfase ao conteúdo, aplicável

quando EIA foi elaborado sem TR específico;

Desvantagem: estabelece patamar muito alto para as

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ANÁLISE TÉCNICA DOS EIA-RIMAS

Análise técnica não é de interesse exclusivo do

agente decisório.

Podem ter interesse em analisar os estudos:

empresas contratantes;

associações que representam o público;

membros do Ministério Público, assistentes técnicos e

peritos judiciais;

agências reguladoras e demais órgãos do governo

interessados no empreendimento;

agentes financiadores públicos e privados;

órgãos governamentais que devem ser ouvidos no

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Universidade Federal de Campina Grande Centro de Tecnologia e Recursos Naturais Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola

ANÁLISE TÉCNICA DOS EIA-RIMAS

Estabelecimento prévio de critérios ou diretrizes pode facilitar a análise técnica – menor subjetividade;

resultados mais consistentes e reprodutíveis.

Análise consistente e previsível auxilia a tomada de decisão e incentiva a melhoria da qualidade dos

estudos.

Ferramentas para a análise de estudos ambientais:

Listas de verificação

(29)
(30)

Método de Lee e Colley:

Divisão do EIA em partes às quais se atribui notas

ÁREASCATEGORIASSUBCATEGORIAS

Áreas:

(i) descrição do projeto e do ambiente afetado; (ii) identificação e avaliação de impactos-chave;

(iii) consideração de alternativas e medidas mitigadoras; (iv) comunicação dos resultados.

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ANÁLISE TÉCNICA DOS EIA-RIMAS

O parecer técnico é uma análise do EIA elaborada pelo

serviço especializado do órgão ambiental e considera:

comentários e recomendações de outros órgãos

governamentais;

manifestações do público (audiência ou por escrito).

Um bom parecer técnico deve:

Identificar deficiências e problemas cruciais dos

estudos de impacto ambiental;

Determinar quais problemas podem influenciar na

(32)

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ANÁLISE TÉCNICA DOS EIA-RIMAS

Apresentação do Parecer Técnico

Legível

Linguagem clara

Conciso

Analítico

Recomendações adequadamente fundamentadas e

justificadas

Tamanho ideal dependerá da complexidade do

(33)

Apresentação da proposta

Licenciamento ambiental convencional

Licenciamento apoiado em Estudo de Impacto Ambiental

Determinação do escopo Elaboração de EIA/RIMA Análise Técnica Consulta Pública Decisão Aprovação Reprovação

Monitoramento e gestão ambiental

Acompanhamento

Etapa I - Triagem

Etapa II - Análise detalhada

(34)

Universidade Federal de Campina Grande Centro de Tecnologia e Recursos Naturais Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola

TOMADA DE DECISÃO

A legislação brasileira atribui poder de decisão aos

órgãos ambientais – integrantes do SISNAMA.

A decisão pode ser tomada diretamente pelo órgão

licenciador ou por colegiados com representantes do

governo e da sociedade civil (conselhos de meio

ambiente).

A decisão é fundamentada pelo parecer técnico, mas

podem ser impostas condições adicionais para a

(35)

Universidade Federal de Campina Grande Centro de Tecnologia e Recursos Naturais Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola

TOMADA DE DECISÃO

Decisão Técnica x Decisão Política

O tomador de decisão irá considerar:

Aspectos tecnológicos – impactos ambientais;

Considerações de ordem econômica e social;

Aspectos políticos;

Implicações da decisão sob todos os pontos de

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Universidade Federal de Campina Grande Centro de Tecnologia e Recursos Naturais Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola

TOMADA DE DECISÃO

Três tipos de decisão são possíveis:

(i) não autorização do empreendimento;

(ii) aprovação incondicional; ou

(iii) aprovação com condições.

Pode-se também retornar a etapas anteriores e

solicitar modificações ou complementações dos

estudos apresentados.

(37)

Apresentação da proposta

Licenciamento ambiental convencional

Licenciamento apoiado em Estudo de Impacto Ambiental

Determinação do escopo Elaboração de EIA/RIMA Análise Técnica Consulta Pública Decisão Aprovação Reprovação

Monitoramento e gestão ambiental

Acompanhamento

Etapa I - Triagem

Etapa II - Análise detalhada

(38)

Universidade Federal de Campina Grande Centro de Tecnologia e Recursos Naturais Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola

ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO

ACOMPANHAMENTO AMBIENTAL

O termo acompanhamento em AIA descreve um

conjunto de atividades realizadas após a aprovação do empreendimento e é crucial para a proteção e melhoria da qualidade ambiental. A etapa de acompanhamento engloba os procedimentos de gestão ambiental do

empreendimento aplicados durante todo o seu ciclo de vida (implantação, operação e desativação).

(39)

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ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO

Funções da etapa de acompanhamento:

Assegurar a implementação dos compromissos

assumidos pelo empreendedor;

Adaptar o projeto ou seus programas de gestão no

caso de ocorrência de impactos não previstos ou de magnitude acima do esperado;

Demonstrar o cumprimento dos compromissos e a

consecução de certos objetivos e metas;

Fornecer elementos para o aperfeiçoamento do

processo de AIA  identificação de problemas decorrentes das etapas anteriores.

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Universidade Federal de Campina Grande Centro de Tecnologia e Recursos Naturais Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola

ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO

Atribuições do empreendedor no acompanhamento:

Cumprir os requisitos legais;

Observar todas as condicionantes da licença

ambiental;

Implementar todos os programas e planos de ação;

Demonstrar o cumprimento de todos os requisitos

aplicáveis;

Coletar evidências ou provas documentais de

cumprimento dos requisitos;

Organizar e manter registros de sua atuação e dos

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Universidade Federal de Campina Grande Centro de Tecnologia e Recursos Naturais Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola

ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO

Atribuições do agente governamental (órgão

ambiental) no acompanhamento:

Verificar e fiscalizar o atendimento às exigências;

Impor sanções em caso de não atendimento;

Demonstrar às partes interessadas o cumprimento

de todos os requisitos aplicáveis;

Conferir e validar evidências ou provas documentais

fornecidas pelo empreendedor acerca do cumprimento dos requisitos legais.

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Universidade Federal de Campina Grande Centro de Tecnologia e Recursos Naturais Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola

ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO

Atividades da etapa de acompanhamento:

i. Monitoramento ambiental.

ii. Supervisão,

Fiscalização ou

Auditoria ambiental

iii. Documentação e análise.

Atividades

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Universidade Federal de Campina Grande Centro de Tecnologia e Recursos Naturais Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola

ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO

Monitoramento ambiental:

Processo de coleta sistemática e periódica de dados

previamente selecionados.

Objetivo: verificar o atendimento a requisitos

predeterminados (obrigatórios ou não) como padrões legais e condições exigidas na licença.

Importância: identifica e avalia qualitativa e

quantitativamente as condições dos recursos naturais em um determinado momento, assim como as

(44)

EIA Identificação de Impactos Implantação do Empreendimento Gestão Ambiental Monitoramento

Previsões efetivas ou não

Informações sobre o desempenho do empreendimento e comportamento do meio

Pré-operacional Operacional Pós-operacional

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Universidade Federal de Campina Grande Centro de Tecnologia e Recursos Naturais Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola

ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO

Supervisão:

Atividade contínua realizada pelo

empreendedor ou seu representante com a finalidade de verificar o cumprimento de exigências legais ou

contratuais por parte dos empreiteiros ou outros contratados.

Fiscalização:

Atividade semelhante à supervisão, mas

realizada por agentes governamentais por meio de amostragens e de forma pontual.

Auditoria:

Atividade sistemática, documentada, objetiva

e periódica que visa analisar a conformidade com critérios prescritos (requisitos legais e condições da licença).

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Universidade Federal de Campina Grande Centro de Tecnologia e Recursos Naturais Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola

ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO

Documentação:

Registro sistemático de: resultados de monitoramento;

constatações de não conformidades; evidências de atendimento a requisitos e quaisquer outras

informações relevantes.

Os registros devem ser coletados, armazenados de

modo tal que permita sua fácil recuperação.

Importância: análise da documentação permite alertar

para a necessidade de adoção de medidas corretivas caso os critérios preestabelecidos não sejam

(47)

Universidade Federal de Campina Grande Centro de Tecnologia e Recursos Naturais Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola

ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO

Arranjos para acompanhamento:

Fiscalização e supervisão

Automonitoramento

Comissões especiais de acompanhamento

(48)

Universidade Federal de Campina Grande Centro de Tecnologia e Recursos Naturais Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola

ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO

Fiscalização:

Mecanismo mais comum de acompanhamento.

Realizado por órgãos governamentais que têm o dever

legal de fiscalizar a conduta de indivíduos e empresas e aplicar sanções em casos de não cumprimento das normas predeterminadas.

Supervisão:

Arranjo importante na etapa de construção, quando

empreendedor deve supervisionar as empresas contratadas.

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Universidade Federal de Campina Grande Centro de Tecnologia e Recursos Naturais Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola

ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO

Automonitoramento:

Empresa verifica se suas atividades atendem aos

requisitos legais de proteção ambiental.

Os dados sobre o desempenho das empresas devem

ser coletados, registrados, interpretados e divulgados por meio de relatórios periódicos.

Preparação de relatórios é uma exigência comum em

muitas licenças ambientais.

Relatórios preparados por empreendedor devem ser

submetidos ao julgamento do órgão fiscalizador ou comissão externa para atestar sua qualidade.

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ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO

Comissões especiais de acompanhamento:

Solução adotada nas seguintes situações:

Reduzida confiança do público nos órgãos do

governo;

Falta de recursos humanos ou financeiros para

fiscalização eficiente por parte do governo.

Comissões podem ser:

Interinstitucionais: diversos órgãos governamentais

com atribuições diferentes para fiscalizar um empreendimento;

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Universidade Federal de Campina Grande Centro de Tecnologia e Recursos Naturais Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola

ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO

Instituições especializadas:

Arranjo sofisticado e custoso empregado em alguns

casos altamente polêmicos.

São criadas instituições independentes para

acompanhar um empreendimento.

Exemplo: 3 instituições criadas por meio de uma lei no ano de 1978 para controle e monitoramento de novas minas de urânio na Austrália após abertura de 2 minas no norte do país gerarem inúmeros debates.

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RESUMO DA AULA

A participação pública é um aspecto essencial ao

processo de AIA sendo de realização obrigatória para empreendimentos com potencial de causar impactos significativos.

A consulta pública no processo de AIA contribui para a

redução no número de conflitos e prazos de aprovação de projetos.

Dentre as formas de consulta pública existentes, a mais

usual e conhecida é a audiência pública.

Consulta pública também pode ser feita por vias não

(53)

Universidade Federal de Campina Grande Centro de Tecnologia e Recursos Naturais Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola

RESUMO DA AULA

Análise técnica visa verificar a conformidade dos estudos

apresentados com critérios preestabelecidos e pode ser realizada por outros atores sociais que não o órgão

ambiental licenciador.

A análise técnica pode ser facilitada se houver um

conjunto de critérios e diretrizes preestabelecidos para orientar o trabalho do analista e reduzir a subjetividade.

O parecer técnico é uma análise do EIA elaborada pelo serviço especializado do órgão ambiental e considera os comentários e recomendações de outros órgãos

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Universidade Federal de Campina Grande Centro de Tecnologia e Recursos Naturais Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola

RESUMO DA AULA

A tomada de decisão é de responsabilidade dos órgãos

ambientais integrantes do SISNAMA e é fundamentada pelo parecer técnico.

São possíveis 3 tipos de decisão: não autorização;

aprovação incondicional ou aprovação com condições.

O termo acompanhamento em AIA descreve um conjunto

de atividades realizadas após a aprovação do

empreendimento e engloba os procedimentos de gestão ambiental do empreendimento aplicados durante todo o seu ciclo de vida.

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Universidade Federal de Campina Grande Centro de Tecnologia e Recursos Naturais Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola

RESUMO DA AULA

O acompanhamento abrange as seguintes atividades:

monitoramento; supervisão; fiscalização; auditoria e documentação.

A etapa de acompanhamento visa assegurar a

implementação dos compromissos assumidos pelo

empreendedor e adaptar o projeto ou seus programas de gestão no caso de ocorrência de impactos não previstos ou de magnitude acima do esperado.

Um acompanhamento eficaz necessita da atuação do

empreendedor e dos agentes governamentais, e o

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