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ELEMENTOS PRIMÁRIOS DA FORMA ARQUITETÔNICA

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(1)

Caixa metafísica por construção de triedros, Jorge Oteiza, 1958

INSERÇÃO DE TEORIA E HISTÓRIA

PROFs. ANTONIO SENA E ANA PAULA POLIZZO

COMPOSIÇÃO PLANAR

(2)

ELEMENTOS PRIMÁRIOS DA FORMA

ARQUITETÔNICA

Um

ponto

marca uma posição num campo

espacial, conceitualmente não possui dimensão e é fixo, estático, sem direção.

Um ponto extendido transforma-se em

linha

, conceitualmente tem comprimento e expressa direção, movimento e crescimento.

Uma linha extendida transforma-se num

plano

, conceitualmente tem comprimento e largura.

Um plano extendido transforma-se num

volume

, conceitualmente tem comprimento, largura e

profundidade.

Paul Klee.

concepção da forma:Ponto, linha, plano e volume.

(3)

A CAIXA

A caixa é a tradução mais elementar da arquitetura (define

sinteticamente a condição de contenção, interioridade e utilidade):

• apresenta pureza geométrica

• busca o rigor e a ordem na matemática.

• Suas proporções são determinadas por fórmulas precisas.

(4)
(5)

Constrói-se facilmente uma analogia entre a constituição

caixa

(fundo, quatro laterais e tampa) e a conformação do

objeto arquitetônico

(6)

A delimitação formal e material da caixa gera e

separa dois âmbitos espaciais: um espaço

interior e um espaço exterior.

A caixa não se confunde, no entanto, com o

cubo ou com o paralelepípedo.

(7)

Cubo:

conceito ideal, matemático; predomínio da

idéia de exterioridade.

Caixa:

Objeto concreto; sentido utilitário; implica um

volume vazio, idéia de interioridade, inclusão

(8)

A arquitetura é a caixa habitada, contenedora de vida

e de movimento; uma caixa a ser vivenciada.

Caixa + objeto arquitetônico = caixa arquitetônica

Caixa arquitetônica

define um lugar espacial

(9)

A obra dá-

se como presença que se abre à “vivência”

do habitar reclamando formações vitais de sentido

pois a

arquitetura

é, na sua condição mais

existencial, a

caixa habitada

, contenedora de

vida e de movimento, apta a realizações e

virtualidades de vivências. Assim, a idéia da

caixa

ou

arca

pode constituir uma metáfora da casa e da

arquitetura.

(10)

Mario Botta

(11)
(12)
(13)

Valor de oco contenedor reforçado pela

lingüística:

Arca

(caixa grande) do latim

arcère

Espaço interno e finito, cortado da extensão

ilimitada do externo.

Arquitetura

do grego

Arché + Techne

Onde a raiz

Ar

vem da palavra

Arro que se

refere à idéia de grande oco-mãe

do céu.

(14)

gruta casulo útero habitáculos

primordiais naturais humanos.

Casa abrigo ventre protetor

feminino materno caixa protetora e

(15)

A Casa-Ovo, chamada de VB3 Blob,

tem 22 metros quadrados e demorou 18 meses para ficar pronta. Concebida pela DMVA e pela Ax Factor (empresas belgas), ela tem tudo que uma pessoa precisa para morar, como cozinha, banheiro e cama. Mas também pode ser usada como escritório ou como um cômodo extra de uma casa, para

receber os hóspedes. É feita de

poliéster, um material caro, mas que a tornou leve, possibilitando sua

(16)

Dai Haifei, um arquiteto chinês, construiu a sua própria casa e instalou-a ninstalou-as imediinstalou-ações do local de trabalho, em Pequim, em plena via pública.

A casa tem o formato de um ovo e foi

concebida em madeira, tiras de bambu, barras de aço e materiais antifogo e à prova de água. Para a isolar do calor e do frio, Dai Haifei revestiu-a com pequenos sacos cheios de aparas de madeira e sementes de relva.

O “ovo” tem dois metros

(17)

Caixa “coisa” utilitária

(18)

Caixa-arquitetônica

valor utilitário + valor artístico

O uso institui um valor poético

à obra e é aberto à

imaginação

(19)

Caixa-arquitetônica não se

esgota no seu propósito

final.

(20)
(21)

A forma não depende fundamentalmente

da função

Nenhuma função tem forma específica.

A forma final arquitetônica não é a forma

da função, mas sim uma forma que

(22)

“A casa não é uma caixa

inerte, o espaço habitado

transcende o espaço da

geometria”

(23)
(24)

A caixa de milagres

“...O verdadeiro construtor, o arquiteto, pode conceber as edificações que lhes serão

mais úteis, por possuir o mais alto grau de conhecimento dos volumes.

Ele pode de fato criar uma caixa mágica guardando tudo o que vocês desejarem. Desde que surge a caixa de milagres, cenários e atores se materializam; a caixa de

milagres é um cubo; com ela são são colocadas todas as coisas necessárias à fabricação dos milagres: levitação, manipulações, distrações, etc...

O interior do cubo é vazio, mais seus espíritos inventivos o encherá de com todos

seus sonhos”.

(25)

Qualquer caixa encerra sempre um mistério,

um princípio oculto, uma verdade em seu

interior.

O conteúdo oculto precisa ser desvendado.

Cria-se uma tensão entre sujeito e objeto,

aumentada, ainda mais, pela indicação de

alguma dificuldade de abertura da caixa

(fechadura, tampa...).

(26)
(27)
(28)

Não é só curiosidade;

Há a idéia de valor oculto, ao qual só pode ter

acesso o portador da chave.

(29)
(30)
(31)
(32)

O espaço é por natureza ilimitado, invisível, intangível.

(33)

O limite separa e define a extensão espacial aberta, exterior e

infinita, do espaço interior e finito

(34)
(35)

elementos horizontais

Oscar Niemeyer: Casa das Canoas, Rio de Janeiro, 1953

(36)

elementos horizontais

plano de base elevado

(37)

elementos horizontais

plano de base deprimido

(38)

elementos lineares verticais

planos verticais

(39)

planos verticais

(40)

Rietveld - Casa Schroder (1924)

Louis Kahn Casa Esherick (1959)

Limites: intenções expressivas

(41)

Definições habituais de espaço em arquitetura

vazios

(42)

Vilanova Artigas FAU-USP (1961)

Definições habituais de espaço em arquitetura

(43)

Definições habi

tuais de espaço em arquitetura

Extensão

(44)

Definições habituais de espaço em arquitetura

Amplitude

Paulo Mendes da Rocha

(45)

Definições habituais de espaço em arquitetura

Vazio x cheio

(46)

Limitações sutis:

- Diferenças de níveis;

- Mudanças de materiais de revestimento;

- Diferentes posicionamentos dentro de um mesmo

ambiente.

(47)

Caixas-arquitetônicas :

Estereotômica e tectônica

A intencionalidade produtiva

"Essa casa pretende ser a tradução literal das questões estereotômicas e tectônicas: uma construção tectônica sobre uma caixa estereotômica. A

destilação do que é essencial para a arquitetura“

(48)

Caixa estereotômica:

“ Aquela em que a gravidade se transmite

de maneira contínua, em um sistema

estrutural no qual a continuidade

(49)
(50)
(51)

Lina Bo Bardi

(52)

Caixa tectônica:

“É aquela em que a gravidade se

transmite de modo descontínuo, em um

sistema estrutural com nós, em que a

construção pressupõe um ritmo,

(53)
(54)
(55)
(56)
(57)

Interrupções nos limites

(visível, tangível, audível):

Vãos - portais

- janelas

- portas

- pórticos

(58)
(59)
(60)
(61)
(62)
(63)
(64)

Janela

(65)

Rasgo

versus

perfuração

(66)
(67)
(68)
(69)

Vital Brazil

(70)

Lina Bo Bardi

(71)
(72)
(73)
(74)

Transfigurações da Caixa

As transfigurações são alterações na

caixa-arquitetônica relacionadas à revestimentos

ou materiais (sem alterar a forma física) que

trazem significados diversos à construção.

(75)

Materiais

Louis Kahn

(76)

Frank Lloyd Wright Casa Pauson (1939)

(77)
(78)
(79)

“A cor não mata as paredes, mas pode classificá-las em importância” Le Corbusier

(80)
(81)

O Mural

(revestimento em azulejo ou pastilhas)

Oculta ou camufla a condição tectônica de certas paredes, ou, em direção oposta, focam a atenção nelas.

(82)

Jaime Varon e Metta Arquitectos

Teatro Gota de Plata (2005)

Operações especulares

- Mascaram os limites;

(83)

Jean Nouvel

(84)

Oscar Niemeyer Palácio do Itamarati

Tadao Ando Museu de Arte Moderna (1999)

(85)

Operações projetuais de transformação da caixa

(86)

Giuseppe Terragni - Casa del Fascio (1932)

Subtração

- Relaciona-se com a falta;

- Quando se reconhece a identidade da forma original;

(87)

Le Corbusier

(88)
(89)

Adição

-Juntar à caixa outras caixas

ou outros elementos. -Tende a preservar a identidade de cada elemento.

(90)

Tadao Ando

(91)

Também são adições:

-Organizações lineares, centralizadas ou

oblíquas;

(92)

Kisho Kurokawa Torre Nakagin

(93)

Frank Lloyd Wright

(94)

Deformações dimensionais

- quando formas regulares são modificadas,

mas ainda mantém identificação com as

(95)
(96)

Interseção

- define jogos espaciais de interpenetrações de

volumes ou esquemas espaciais.

(97)
(98)

Peter Eisenman Casa III

(99)
(100)

Frank Lloyd Wright :

Rompe inicialmente com os cantos da caixa;

Decompõe a caixa em planos independentes;

Evita a janela como perfuração;

Reforça a importância do conceito de espaço fluido (leitura visual

(101)

Frank Lloyd Wright

(102)

Mies van der Rohe

Pavilhão da Alemanha na

(103)
(104)

Retorno à caixa

- Elementaridade

(105)
(106)

Philip Johnson

(107)

Aldo Rossi

(108)

Arquitetura contemporânea:

-Revalorização de um rigor geométrico -Valorização de um caráter abstrato -Recurso constante a transparências e translucidez.

-Caixa como invólucro tecnológico.

(109)
(110)
(111)
(112)

Referências

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