ANÁLISE DE VIABILIDADE DE
PROJETOS
Prof. M.Sc. ARISTIDES OLIVEIRA Jr.
(DA-FES/UFAM)
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02/05/2012 Análise de Viabilidade de Projetos -Prof. ARISTIDES OLIVEIRA Jr.
EMENTA
1. TIPOLOGIA
DE
PROJETOS
E
DIMENSÕES DE VIABILIDADE
2. MONTAGEM DO FLUXO DE CAIXA DE
PROJETOS
3. MÉTODOS
DE
ANÁLISE
DE
VIABILIDADE
EM
PROJETOS
PRIVADOS E PÚBLICOS
4. ANÁLISE
DE
PROJETOS
SOB
CONDIÇÕES DE RISCO
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3
• Projetos: Documentos de planejamento que discriminam a origem, o volume e os detalhes técnicos da aplicação de recursos materiais, financeiros e humanos, de modo a atingir algum objetivo desejado. Podem ser privados ou públicos.
• Privados (empresariais): Almejam contribuir para maximizar o retorno econômico para a empresa, medido em termos de tempo de retorno, custos, receitas, valor de mercado, lucratividade e rentabilidade. Exemplos:
Aumento de market share (diversificação de linhas de produção,
introdução de novos produtos/serviços etc.).
Elevação da capacidade das operações produtivas ou comerciais (= capacidade instalada);
Incremento tecnológico ou da qualidade de bens e serviços.
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4
• Públicos (sociais): Não possuem finalidade lucrativa para agentes privados individuais. Destinam-se a realizar objetivos ligados ao bem-estar social, ou à infraestrutura de apoio ao sistema econômico nacional, regional ou municipal e apresentam critérios
de retorno não necessariamente econômico-financeiros.
Exemplos:
Dotação de infraestrutura social e econômica (habitação, saneamento, transportes, eletrificação, comunicações, saúde, educação etc.).
Serviços públicos, objetivando a melhoria dos indicadores de desenvolvimento social e da qualidade dos bens públicos.
• Orçamento de capital/investimento: processo administrativo que envolve as etapas de propostas, avaliação e análise, seleção e acompanhamento posterior de projetos empresariais ou públicos, coerentes com seus respectivos objetivos.
• Premissas do Orçamento de Capital:
Os recursos disponíveis são escassos (= possuem um custo);
existem múltiplas alternativas de investimento (uso desses recursos); e
os investimentos devem contribuir para maximizar o valor de mercado e os retornos da empresa (projetos privados) ou para maximizar o bem-estar da sociedade (projetos públicos).
2. MONTAGEM DO FLUXO DE CAIXA DE
PROJETOS
• Etapas do Orçamento de Capital:
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1. Montagem do fluxo de caixa do investimento
4. Recomendação justificada sobre a viabilidade e/ou sobre o melhor projeto
2. Seleção das fontes de capital (decisão de financiamento do projeto)
3. Aplicação das técnicas de análise de viabilidade
• Fluxos de caixa relevantes em Orçamento de Capital:
a) Investimento – I (= desembolsos referentes à estruturação do projeto);
b) Entradas de Caixa incrementais – ECn (= retornos operacionais líquidos ao longo da vida útil do projeto e que representem ganho patrimonial); e
c) Fluxo de Caixa Residual – FCR (= retorno não-operacional, resultante da revenda do ativo).
I
ECn
FCR
n1 n2 n3 n4 n0
3. MÉTODOS DE ANÁLISE DE
VIABILIDADE EM PROJETOS PRIVADOS E
PÚBLICOS
O que avaliam Métodos
Valor Presente - VP
Valor Presente Líquido - VPL Taxa Interna de Retorno - TIR Análise Custo-Benefício - ACB
Tamanho do retorno do projeto
Tempo de retorno do projeto
Payback Descontado - PRI
O Custo de Oportunidade - i
• É a taxa de desconto utilizada para trazer para o momento presente os fluxos de caixa futuros do projeto, tomando por parâmetro taxas financeiras do custo do capital empregado no projeto (Ex: Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP).
• É a taxa financeira representativa do abandono de uma ou mais alternativas (oportunidades) de ganho para investir no projeto.
• Também conhecida como Taxa Mínima de Atratividade (TMA). • A taxa de desconto representativa do custo de oportunidade é
expressa em percentual por unidade de tempo (ex: i = 12% a.a., 5% a.m.) e pode ser transformada de uma unidade de tempo em outra, através do método de taxas de juros equivalentes.
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• Método das taxas equivalentes, em regime de juros
compostos, é utilizado para converter taxas de juros
expressas em unidades de tempo diferentes.
• Fórmula:
i
q= (1 + i
t)
q/t– 1
, onde:
iq = taxa que eu quero (= pedida pelo problema)
it = taxa de juros que eu tenho (= dada pelo problema) q = prazo da taxa que eu quero
• Programação para cálculo de taxas equivalentes na HP 12C: Para gravar o programa na calculadora financeira HP 12C, os passos são os seguintes (caso seja a HP 12C Platinum, trocar os passos 3 e 4 por g GTO
004 e g GTO 007, respectivamente):
SEQUÊNCIA TECLE VISOR
1 f P/R 00
-2 g x=0 01 - 43.35
3 g GTO 04 02 - 43.33 04 4 g GTO 07 03 - 43.33 07
5 RCL n 04 - 45.11
6 1/x 05 - 22
7 n 06 - 11
8 RCL i 07 - 45 12
9 1 08 - 1
SEQUÊNCIA TECLE VISOR
11 1 10 - 1
12 + 11 - 40
13 RCL n 12 - 45 11
14 Yx 13 - 21
15 1 14 - 1
16 - 15 - 30
17 1 16 - 1
18 0 17 - 0
19 0 18 - 0
20 x 19 - 20
• UTILIZAÇÃO DO PROGRAMA:
Taxa de juros dada (em forma percentual)
i
Tecle o número de períodos menores (*), em seguida
n
0 R/S (se quiser a taxa equivalente menor ) ou
1 R/S (se quiser a taxa equivalente maior)
(*)O número de períodos menores indica quantos períodos a que se refere a taxa menor estão contidos no período a que refere a taxa menor. Assim, se as taxas de juros a serem convertidas forem
anual e mensal, n será 12, pois um ano contém 12 meses. Se as
• Exemplo 1: Calcular a taxa anual equivalente a 3% ao mês.
TECLE VISOR COMENTÁRIO
CLX f 2 0,0000 Limpa o visor e o deixa com 2 decimais 3 i 3,0000 Introduz a taxa de juros
12 n 12,0000 Introduz o número de períodos menores (1 ano = 12 meses). 1 R/S 42,5761 Taxa equivalente maior calculada
• Exemplo 2: Calcular a taxa trimestral equivalente a 24% ao ano.
TECLE VISOR COMENTÁRIO
CLX f 2 0,0000 Limpa o visor e o deixa com 2 decimais 24 i 24,0000 Introduz a taxa de juros
3.1. Valor Presente - VP
VP =
Σ
EC
n
(1+i)
n
n = 1 n
• Conceito:
Representa o ganho bruto que o projeto propiciará à empresa, a
partir do desconto a valor presente de suas entradas de caixa incrementais somadas.
• Critério de Decisão:
Quanto maior for o VP do Projeto, melhor ele será em comparação com outras alternativas.
OBS: O VP não revela se o investidor está obtendo lucro financeiro no projeto.
• Exemplo:
Uma empresa precisa escolher entre dois projetos alternativos (mutuamente excludentes) A e B. Os fluxos de caixa representativos de ambos os projetos são abaixo apresentados:
R$ 10.000,00
3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00
Deseja-se saber: qual é o melhor investimento, a um custo de capital de 10% ao ano, pelo método do Valor Presente?
1 2 3 4 5 0
2.800,00 2.800,00 2.800,00 2.800,00 2.800,00 0
R$ 8.000,00
1 2 3 4 5
VPA =
[
3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00]
(1+ 0,10)1 + + + + (1+0,10)2 (1+0,10)3 (1+0,10)4 (1+0,10)5
VPA = 2.727,27 + 2.479,34 + 2.253,94 + 2.049,04 + 1.862,76
VPA = R$ 11.372,35
VPB =
[
2.800,00 2.800,00 2.800,00 2.800,00 2.800,00]
(1+ 0,10)1 + + + + (1+0,10)2 (1+0,10)3 (1+0,10)4 (1+0,10)5
VPB = 2.545,45 + 2.314,05 + 2.103,68 + 1. 912,44 + 1.738,58
VPB = R$ 10.614,20
R: O Projeto A propicia o maior ganho bruto dentre ambas as
alternativas, a um custo de capital de 10% a.a.
3.2. Período de
Payback
Descontado
• Conceito:
É o período de tempo exato necessário para a empresa recuperar seu investimento no projeto, a partir do desconto a valor presente de suas entradas de caixa incrementais somadas.
• Critérios de Decisão:
a) Se o período de payback descontado for menor do que o período
máximo aceitável determinado pela empresa, aceita-se o projeto; se for maior, rejeita-se o projeto.
b) No caso de projetos mutuamente excludentes, seleciona-se aquele
que apresentar o menor PRI descontado.
• O PRI descontado é assim calculado:
1. Usa-se o Método do FCD para traduzir a valor presente todos as entradas de caixa incrementais do projeto (inclusive o Fluxo de Caixa Residual, se houver).
2. O momento do tempo em que o valor presente acumulado das entradas de caixa “empatar” com o valor do investimento realizado é o PRI.
3. Se o PRI estiver localizado em um intervalo de tempo do fluxo de caixa, seu valor será quebrado, podendo ser calculado com exatidão pela seguinte fórmula:
PRI =
+
LimiteInferior do Intervalo
Investimento – Valor Acumulado até o Limite Inferior Entrada de caixa do Limite Superior do Intervalo
Anos
PRI aceitável: 4 ANOS PROJETO A
Investimento: R$ 10.000,00 Entradas de Caixa
incrementais
Entradas de Caixa Descontadas
Payback
acumulado 1 3.000,00 2.727,27 2.727,27
2 3.000,00 2.479,34 5.206,61
3 3.000,00 2.253,94 7.460,55
4 3.000,00 2.049,04 9.509,59
5 3.000,00 1.862,76 11.372,35
PRIA = 4 + 10.000,00 – 9.509,59
1.862,76
PRIA = 4,26 anos = 4 anos, 03 meses e 5 dias (REJEITADO !)
Anos
PRI aceitável: 4 ANOS PROJETO B
Investimento: R$ 8.000,00 Entradas de Caixa
incrementais
Entradas de Caixa Descontadas
Payback
acumulado 1 2.800,00 2.545,45 2.545,45
2 2.800,00 2.314,05 4.859,50
3 2.800,00 2.103,68 6.963,18
4 2.800,00 1.912,44 8.875,62
5 2.800,00 1.738,58
-PRIB = 3 + 8.000,00 – 6.963,18
1.912,44
PRIB = 3,54 anos = 3 anos, 06 meses e 15 dias (ACEITO !)
• Vantagens do PRI descontado:
a) Facilidade de cálculo e apelo intuitivo, sendo muito usado por
pequenas empresas.
b) É um indicador de risco, pois quanto maior for o PRI, maior
será a probabilidade de ocorrerem problemas durante a operacionalização do projeto.
• Desvantagens do PRI descontado:
a) Elevado grau de subjetividade como critério de decisão, pois
depende do estabelecimento de um PRI “aceitável”.
b) Desconsidera os fluxos de caixa após o período de payback.
3.3. Valor Presente Líquido –VPL
• Conceito:
É a subtração entre o valor presente das entradas de caixa incrementais do projeto, descontadas à taxa de juros do custo de capital, do valor do Investimento. É uma autêntica medida de
custo/benefício do investimento, pois revela o ganho líquido da
empresa com o projeto.
• Critérios de decisão:
a) Se o VPL > 0, aceita-se o projeto, pois a empresa obterá um retorno maior do que o custo de capital; se o VPL < 0, rejeita-se o projeto.
b) No caso de projetos mutuamente excludentes, seleciona-se aquele
que apresentar o maior VPL.
(1+i)
n
VPL =
Σ
n– Investimento
n = 1
EC
n
• Exemplo:
Uma empresa precisa escolher entre dois projetos alternativos (mutuamente excludentes) A e B. Os fluxos de caixa representativos de ambos os projetos são abaixo apresentados:
R$ 10.000,00
3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00
Deseja-se saber: qual é o melhor investimento, a um custo de capital de 10% ao ano, pelo método do Valor Presente Líquido?
1 2 3 4 5 0
2.800,00 2.800,00 2.800,00 2.800,00 2.800,00 0
R$ 8.000,00
1 2 3 4 5
VPLA =
[
3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00]
(1+ 0,10)1 (1+0,10)2 (1+0,10)3 (1+0,10)4 (1+0,10)5
+ + + +
VPLA = ( 2.727,27 + 2.479,34 + 2.253,94 + 2.049,04 + 1.862,76) – 10.000,00
VPLA = R$ 1.372,35
VPB =
[
2.800,00 2.800,00 2.800,00 2.800,00 2.800,00
]
(1+ 0,10)1 + + + + (1+0,10)2 (1+0,10)3 (1+0,10)4 (1+0,10)5
VPLB = ( 2.545,45 + 2.314,05 + 2.103,68 + 1. 912,44 + 1.738,58) – 8.000,00
VPLB = R$ 2.614,20
R: O Projeto B propicia o maior ganho líquido dentre ambas as
alternativas, a um custo de capital de 10% a.a.
02/05/2012 Análise de Viabilidade de Projetos - 25 Prof. ARISTIDES OLIVEIRA Jr.
- 10.000,00
Cálculo pela HP-12C – Projeto A
10.000,00
CHS
CF
03.000,00
CF
j5,00
N
j10,00
NPV
g
g
g
i
f
Investimento
Entradas de Caixa
No de períodos
Custo do Capital
VPL = R$ 1.372,36
Cálculo pela HP-12C – Projeto B
8.000,00
CHS
CF
02.800,00
CF
j5,00
N
j10,00
NPV
g
g
g
i
f
Investimento
Entradas de Caixa
No de períodos
Custo do Capital
VPL = R$ 2.614,20
3.4. Taxa Interna de Retorno - TIR
• Fórmula:
• Conceitos:
(a) É a taxa de desconto que iguala o valor presente das entradas
de caixa ao investimento referente a um projeto; (b) é a taxa de
desconto que faz com que o VPL de uma oportunidade de investimento se iguale a zero.
• Critério de decisão:
Se a TIR > custo do capital (i), aceita-se o projeto, pois a empresa obterá um retorno maior do que o custo de capital; se a TIR < i, rejeita-se o projeto.
(1+ TIR)
n
0 =
Σ
n– Investimento
n = 1
EC
n
Exemplo:
Dado o fluxo de caixa abaixo, representando um investimento:
10.000,00
Investimento
2.466,80 2.466,80 2.466,80 2.466,80 2.466,80
Deseja-se saber: o investimento é viável, a um custo de oportunidade de 12% ao ano, pelo método TIR ?
1 2 3 4 5 0
Cálculo pela HP-12C
10.000,00
CHS
CF
02.466,80
5,00
IRR Nj CFj
g
g
g
Investimento Inicial
Entradas de caixa
No de
períodos
TIR = 7,43% (TIR < TMA)
f
3.5. Análise de Benefício-Custo - ABC
• Conceito:
Comparação, por diferença (B-C) ou por quociente (B/C) entre os benefícios brutos mensurados para o projeto público e seus respectivos custos de implantação/operação. Representa, pois, o
ganho líquido esperado que o projeto propiciará à sociedade, a
partir do desconto a valor presente de suas entradas de caixa incrementais somadas.
• Critérios de Decisão:
1. Quanto maior for o resultado entre (B-C) ou (B/C), tanto melhor será o projeto para a sociedade.
2. Na comparação entre projetos alternativos, o melhor é o que apresentar a maior diferença positiva entre B e C.
• Questões práticas:
1. Dificuldade de mensurar os benefícios de um projeto social.
2. Uso de taxa de desconto do financiamento público obtido para o projeto.
3.5.1. Método da Diferença Benefício - Custo (B – C):
B - C = VP
B
– VP
C
EC
n
(1+i)
n
n = 1 n
02/05/2012 Análise de Viabilidade de Projetos - 32 Prof. ARISTIDES OLIVEIRA Jr.
Σ
B - C =
–
n
n = 1
Σ
SC
n
(1+i)
n
• ECn = Entradas de Caixa por período (n) -> Benefícios periódicos do
projeto (em $).
• SCn = Saídas de Caixa por período (n) -> Custos periódicos do
projeto (em $).
• A viabilidade do projeto é obtida sempre que B - C > 0,0,
3.5.2. Método do Quociente Benefício – Custo (B – C)
B / C =
EC
n
(1+i)
n
n = 1 n
02/05/2012 Análise de Viabilidade de Projetos - 33 Prof. ARISTIDES OLIVEIRA Jr.
Σ
B / C =
nn = 1
Σ
SC
n
(1+i)
n
VP
B
VP
C
A viabilidade do projeto
4. ANÁLISE DE PROJETOS SOB
CONDIÇÕES DE RISCO
• Risco em análise de projetos significa a probabilidade de que a operacionalização do projeto de investimento propicie retornos (financeiros ou sociais) abaixo do esperado.
• Alternativamente, é o grau de variabilidade dos retornos
(entradas de caixa) que pode ser observada ao longo do seu tempo de vida útil.
• Existem vários métodos para inclusão do risco na análise de
projetos, mas o mais utilizado no caso dos projetos públicos/sociais é o Método de Análise de Sensibilidade, que trataremos a seguir.
Análise de Sensibilidade
• Abordagem comportamental que avalia a sensibilidade dos
indicadores de viabilidade do investimento (VPL, TIR, PRI, etc.) à variação de uma ou mais variáveis (ex: entradas de caixa incrementais, taxa do custo de capital etc.), com o objetivo de avaliar a relação risco-retorno envolvida na decisão de fazer ou não o projeto, ou de selecionar os projetos mais adequados ao perfil do investidor.
• Passos da Análise de Sensibilidade/Cenários:
a) projetar três cenários: otimista, provável e pessimista; em cada
cenário, estimar as entradas de caixa (ECn) e o comportamento da
taxa do custo do capital (i), esperados para os períodos que compõem a vida útil do projeto;
b) calcular os indicadores de viabilidade (VPL, TIR, PRI etc.) do projeto em cada cenário;
d) determinar a amplitude do intervalo através da
subtração entre os indicadores do cenário otimista e os
indicadores do cenário pessimista; e
e) analisar os resultados com base nos seguintes
parâmetros:
– Investidores com perfil agressivo tenderão a selecionar o projeto que apresentar uma amplitude maior do intervalo dos indicadores, pois ela implica em maior potencial de retornos mais elevados;
– Investidores com perfil conservador, ao contrário, tenderão a selecionar o projeto que apresentar uma amplitude menor do intervalo dos indicadores, pois ela indica uma menor margem de variabilidade dos retornos, ou seja, menor o risco associado.
REFERÊNCIAS
• BLANK, Leland; TARQUIN, Anthony.
Engenharia
Econômica. 6 ed., São Paulo: McGraw-Hill, 2008.
• CLEMENTE, Ademir (org.)
Projetos Empresariais e
Públicos. São Paulo: Atlas, 1998.
• COHEN, Ernesto; FRANCO, Rolando.
Avaliação de
Projetos Sociais. 6 ed., Petrópolis: Vozes, 2004.
02/05/2012 Análise de Viabilidade de Projetos -Prof. ARISTIDES OLIVEIRA Jr.